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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Introdução: Quando é necessário realizar um retratramento endodôntico, significa que houve um insucesso do tratamento endodôntico. Isso acontece quando alguma etapa do protocolo não é seguida corretamente. Nesses casos haverá duas opções: • Extração do elemento dentário (que não é o mais adequado); • Retratamento endodôntico. OBS: A extração é capaz de resolver o problema apenas no momento. Depois, esse dente irá necessitar de uma reabilitação. Quando se trata de uma situação de retratamento endodôntico, ele pode ser um: • Pós-tratamento (quando o tratamento endodôntico deu certo, mas chega em um momento em que ele necessita de uma nova reintervenção); • Ou pode ser um quadro de recidiva (alguma alteração ou presença de alguma bactéria). Nesses casos, pode-se estar diante de: • Infiltração; • Iatrogenia (erros do profissional); • Extravasamento do material obturador. Esse retratamento endodôntico pode acontecer por microrganismos (infecção extrarradicular), ou microrganismos advindos do interior dos canais radiculares. Muitas vezes, também pode induzir resposta de corpo estranho e situações de lesões císticas também podem necessitar de uma nova reintervenção. Infecções intrarradiculares: • Espécie mais comum – Enterococcus faecalis: ele é resistente à desinfecção. Utilizar hipoclorito de sódio para fazer a deseinfecção e evitar a reagudização; • A Candida albicans é um microorganismo resistente; Infecções extrarradiculares: • Contaminação perirradicular: há outros microrganismos envolvidos, que pode se dá por uma continuação de dentro do dente, difundir para os tecidos perirradiculares: ▪ Se dá por meio da disseminação direta; ▪ Podem haver fragmentos de dentina contaminada; ▪ Geram uma resposta do hospedeiro; ▪ Espécies que podem impedir o reparo: → Actinomyces israelii; → Propionibacterium propionicum. (Silva-Neto et al., 2019). Reação de corpo estranho: O que pode induzir essa reação: • Presença de papel absorvente; • Extravasamento de material obturador (em especial o cimento a base de óxido de zinco e eugenol - induz resposta inflamatória, o eugenol é uma substância tóxica); • Instrumentação inadequada; • Guta-percha e cimento endodôntico ultrapassam muito. Cistos verdadeiros: Podem estar presentes em 15 a 42% dos casos de todas as lesões periapicais. • O organismo tenta encapsular a lesão. endodôntico OBS: restos de papel absorvente podem induzir reação de corpo estranho (a celulose pode gerar resposta inflamatória). O pó da luva também pode levar a uma reação de corpo estranho (por isso, não se deve tocar na ponta ativa da lima). – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Diagnóstico da lesão pós-tratamento: Deve-se diagnosticar de forma adequada: • Pode haver diversas formas de tratar uma doença; • Parte mais importante de qualquer procedimento endodôntico é o diagnóstico; • Deve-se excluir a etiologia não odontogênica; • Com o diagnóstico definitivo: deve-se pensar nas possibilidades de tratamento. (Lopes e Siqueira, 2010; Cohen et al., 2017) O diagnóstico é feito de forma subjetiva, por meio de dados objetivos e a partir disso é elaborado o plano de tratamento. Com o diagnóstico feito, deve-se analisar as causas da recontaminação dos canais: que pode acontecer de diversas formas. • Visualizar dificuldades anteriores do profissional; • Realizar uma radiografia própria; • Teste de vitalidade (em casos de dúvida). Cohen et al., 2017 Tratamento: • Tratamento não cirúrgico – quando se faz o retratamento de canal (se for feito de forma correta, pode induzir de 74% a 98% do reparo completo)- essa é a forma mais segura e eficaz; • Tratamento cirúrgico apical – Em 58% dos casos se obtém reparo completo; • E com a associação das técnicas: há 80% de chance de reparo completo. Cohen et al., 2017 Há 4 categorias: 1. Não fazer nada ( a doença continua e o estabelecimento da lesão vai acontecer); 2. Extrair o dente (que só resolve o problema no momento e depois outras medidas devem ser tomadas - reabilitação); 3. Retratamento não cirúrgico; 4. Retratamento cirúrgico. (Lopes e Siqueira, 2010;Cohen et al., 2017) Retratamento não cirúrgico: • Preparar o acesso: o desmonte coronário; • Restauração total do dente: preservar ou não? • Retentores intrarradiculares: como remover? • Comunicar os riscos ao paciente. (Lopes e Siqueira, 2010;Cohen et al., 2017) COM RETENTORES: Muitas vezes, é necessário realizar a remoção de retentores intrarradiculares. Eles podem ser: pino de fibra de vidro (serrilhados ou não, lisos ou não). Deve-se identificar se eles terão que ser removidos. • 1º passo – expor o retentor; • 2º passo – pode-se utilizar o ultrassom para remover a linha de cimento; • 3º passo – quebrar a linha de cimento; • 4º passo – remover o retentor intrarradicular do canal; • 5º passo – remover a guta-percha do canal (com as pontas ultrassônicas esse processo pode ser feito mais rapidamente). Depois de removido o retentor, deve-se desobturar o dente, tendo acesso ao canal obturado. Os canais podem ser obstruídos de duas formas: • Obstruções mecânicas: ▪ Intencionais – obturação do canal; ▪ Acidentais – limas podem fraturar dentro do canal. • Obstruções biológicas: ▪ Calcificações totais; ▪ Calcificações parciais; ▪ Calcificações nodulares. (Lopes e Siqueira, 2010;Cohen et al., 2017) Essas obstruções podem acontecer de forma total ou parcial. Em que pode acontecer aposição de coroas totais e pontes ou pinos intracanais. • Alargadores; • Limas K especiais; • Broca de Gates, Largo e Peeso; • Ultrassom; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Saca-pontes; • Saca-pinos; • Brocas de baixa rotação; • Brocas de alta rotação; • Intrumentos rotatórios e reciprocantes. • Xilol; • Eucaliptol • Clorofórmio; • Metiil-clorofórmio; • Halotano; • Óleo de laranja. São substâncias químicas que podem ser utilizadas para que se consiga deixar a guta-percha amolecida, para assim removê-la de forma mais fácil. • Mecânica: ▪ Manual; ▪ Rotatória; ▪ Ultrassom. • Térmica; • Química. • Realizar uma radiografia (para fazer o estudo clínico- radiográfico); • Desmonte coronário – remoção da restauração coronária; • Aplicação do solvente na câmara – para que haja contato com a guta percha; • Realizar o isolamento absoluto do campo operatório; • Antissepsia – descontaminação do campo operatório; • Realiza a remoção da guta-percha; • Reinstrumenta o dente; • Obtura e proserva o dente. Referências: Aula teórica de Clínica de Endodontia. Faculdade Maurício de Nassau, Professor Reinaldo Dias da Silva Neto, Odontologia, 2021.
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