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Antibioticoterapia parte 2

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Antibioticoterapia – princípios gerais
 Nem sempre febre é doença infecciosa.
 Identificar a localização/sítio doo processo infeccioso e pensar em agentes infecciosos do local.
 Reconhecer os agentes principais para cada sítio do processo.
 Muitos cenários: bacteriúria assintomática, diarreias agudas (geralmente virais), flebite química, IVAS virais: não usar.
 Avaliar urgência de início de ATB empírico (sepse, meningites, endocardites, neutropênicos).
 Agentes e sítios:
· Boca: peptococcus, peptostreptococcus, actinomyces
· Pele e partes moles: S. aureus, S. pyogenes, S. epidermidis.
· Ossos e articulações: S. aureus, S. epodermidis, Streptococcus.
· Abdome: E. coli, Proteus, Klebsiella, Enterococcus, Bacterioides sp.
· Trato urinário: E. coli, Proteus, Klebsiella, Enterococcus.
· Meningites: S. pneumoniae, N. meningitidis, H; influenzae, S. agalactiae,
E. coli, Literia.
· Trato respiratório superior: S. pneumoniae, H. influenziae, M. catarrhalis.
· Trato respiratório inferior: S. pneumoniae, H. influenziae, K. pneumoniae, Legionella pneumophila, Mycoplasma, Chlamydia.
· Trato respiratório (hospitalar): K. pneumoniae, Enterobacter sp, outras enterobacérias, pseudômonas sp, S. aureus.
 Identificar agente, técnica de coleta adequada.
 Interpretar o corte de unidade formadoras de colônia (UFC) de algumas culturas. Colonização é diferente de infecção.
 Infecção hospitalar é diferente de infecção comunitária. Situação do paciente é importante para a escolha do atb.
· Idade: à depender da idade, muda o agente.
· Comorbidades: se interna ou não.
· Uso prévio de antimicrobianos: se há resistência
· Presença de cateteres, sonda vesical, drenos, próteses: se são os sítios da infecção, retirar.
 Populações específicas: gestantes, RN, crianças.
 Como escolher o atb? Saber a absorção e penetração em alvos é muito importante. Além do espectro de cobertura e mecanismo de ação.
 Entender se o atb de escolha é bactericida ou bacteriostático é muito importante em casos de pacientes graves, imunodeprimidos, com acometimento de SNC, com critérios de sepse. Em todos os casos citados, é preciso rapidez e atb bactericida.
 Oral x parenterais: pacientes em BEG, tratamento ambulatorial  primeira opção.
 Espectro amplo x reduzido: geralmente o primeiro é para pacientes graves, que depois será preciso descalonar, reduzir o espectro do atb.
 Distribuição em tecidos: entender e saber se aquele determinado atb que eu ministrei, terá atuação naquele determinado tecido.
 Acertar a dose/adequar nível sérico.
 (
Antibioticoterapia
Maria Medeiros – Medicina
 
UFPB
)
 Interação com outros atb: alguns atb, há sinergismos, benefícios.
 Eventos adversos. Ex: histórico de alergias, nefrotoxidade em paciente com doenças renais.
 Avaliação na resposta ao atb:
· Resposta clínica e laboratorial em 48 -72h
· Avaliar curva febril (se há melhora)
· Leucograma
· Desaparecimento ou melhora dos sinais e sintomas específicos do sítio de infecção
· Marcadores de atividade inflamatória: PCR, VHS, dímero D.
· Imagem: resposta mais lenta
· Quando tiver resultados da cultura  descalonar o atb e optar por de espectro reduzido
 ‘Falhas’ na atb:
· Erro diagnóstico: rever o caso.
· Falta de adesão: dose, intervalos.
· Imunodeprimidos: sistemática de resposta diferente da atb.
· Não controle do foco: complicações locais (abscessos, coleções fechadas precisa drenar).
· Necessidade de intervenção cirúrgica
· Corpo estranho (próteses): retirar.
· Resistência dos atb’s Resistência dos atb’s
· Aumento da resistência nos últimos tempos.
· Mecanismos de resistência: intrínsecas ou adquiridas.
· Inativação enzimática (betalactamase).
· ESBL e KPC – promovem resistência.
· Alteração de permeabilidade.
· Efluxo.
· Alteração do sítio de ligação. Suspender atb no tempo adequado
 Precaução de contato para germes com esse perfil Lavar as mãos sempre
 Obedecer os protocolos de tratamento germes MR
 6 D’s da antibioticoterapia
· Diagnóstico – adequado e documentado
· Desbridamento e drenagem – tirar o foco/cultura
· Droga – escolha adequada, eventos adversos
· Dose – peso, atentar para disfunção renal e hepática
· Duração – tempo adequado
o	Descalonamento - redução do espectro baseado em culturas.

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