Buscar

Preparo químico cirúrgico na endodontia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

FASES DO TRATAMENTO 
o Acesso 
o Desinfecção 
o Instrumentação 
o Obturação 
 
Em 1967, segundo Schilder, para um tratamento 
endodôntico de sucesso, é necessário uma correta 
e adequada limpeza e modelagem dos canais. 
 
“Cleaning and shaping”. 
 
 O preparo químico-cirúrgico possui três objetivos 
finais: 
 
 LIMPEZA 
o Hipoclorito de sódio consegue dissolver o 
biofilme que está no canal radicular. 
 
o Polpa viva = biopulpectomia. 
o Polpa morta = necropulpectomia. 
o Deve limpar até o limite do canal 
dentinário, área de menor constricção 
(1mm ou menos) 
 
OBS: biofilme – formação 
 Bactérias se unem e formam uma comunidade, 
ficando sob a superfície dentinária (dentro do 
canal radicular). 
 
 A remoção desse biofilme acontece 
principalmente de forma mecânica. 
Mas em região de istmo é bem difícil a remoção 
de forma mecânica, utilizando material químico. 
 
Clorexidina: não age em matéria orgânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AMPLIAÇÃO e MODELAGEM 
o Visa a obtenção de um canal radicular de 
formato cônico contínuo, menor diâmetro 
apical e o maior em nível coronário 
 
o Facilita a etapa da obturação 
 
PRINCÍPIOS DE SCH ILDER - PREPARO 
o Preparo de forma cônico-afunilada em 
sentido apical 
 
o Preparo no interior do canal dentário 
o Manter a forma original do canal 
o Manter a posição foraminal 
o Formação de um batente apical 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO NO PREPARO QUÍMICO-CIRÚRGICO 
Terço cervical: brocas (50% das bactérias) 
Terço médio: brocas e limas (35% das bactérias) 
Terço apical: limas (15% das bactérias) 
 
Cor 
Diâmetro (D0) = centésima parte do número 
presente no cabo 
 Ex: lima 30 (D0: 0,30mm) 
 
Conicidade (0,02mm a cada milímetro) 
Preparo químico-cirúrgico na endodontia 
Tamanho parte ativa (16mm) e intermediária 
(sofre modificação). Tamanho das limas: 21 mm, 
25 mm, 31 mm. 
 
Secção transversal. 
 
 
 
LIMAS K 
 Haste quadrangular 
 Espiral de passos curtos 
 É torneada 
 Ângulo de 45° 
 Fundamentais para instrumentação de início 
de canais, devido a sua baixa flexibilidade 
 
 Não são indicadas em dentes com 
curvaturas 
 
 
 
LIMAS HEDSTROEM 
 Utilizadas para remoção de algo dentro do 
canal (ex: polpa) 
 
 Alta capacidade de corte 
 Usada depois das limas K ou Flexofile 
 NÃO usadas para instrumentação 
 APENAS para remoção 
 
 
 
 
LIMAS FLEXOFILE 
 Mais flexíveis 
 Haste triangular 
 É torneada 
 Fundamentais para instrumentação de início 
de dentes que possuem curvaturas em seus 
canais 
 
 
 
 
SOLUÇÃO IRR IGADORA 
o Sempre que utilizar um instrumento, deve-
se utilizar uma solução irrigadora para 
promover uma limpeza 
 
o Para a irrigação e limpeza, é usado 
hipoclorito de sódio a 2,5% 
 
o Para uma limpeza adequada, deve-se 
considerar 3 princípios importantes: 
 
1. Quantidade 
2. Frequência 
3. Profundidade 
 
Mas por que o hipoclorito de sódio a 2,5%? 
 Ele é capaz de fazer a dissolução de matéria 
orgânica, possui ação bactericida e branqueadora. 
 
Qual a técnica deve ser utilizada nessa irrigação? 
Irrigação e aspiração, sendo capaz de gerar um 
fluxo-refluxo, promovendo assim a limpeza 
adequada do canal. 
 
o A agulha irrigadora deve ter ponta romba e 
não pode obliterar a luz do canal. 
 
o A agulha deve atingir o terço apical do canal 
(3mm aquém do ápice). 
 
o Irrigar no mínimo 2mm por canal a cada 
troca de instrumento. 
 
o Renovar a solução quando a câmara não 
estiver preenchida ou quando se observar 
muitos detritos. 
 
o Durante a irrigação, realizar movimentos de 
entrada e saída para potencializar o refluxo. 
 
o Irrigar e aspirar simultaneamente para 
aumentar o fluxo da solução. 
 
 
 
MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 
 
MOVIMENTO DE REMOÇÃO – alargamento 
contínuo 
1. Avanço 
2. Rotação a direita (2 a 3x) 
3. Tração 
 
MOVIMENTO DE CATETERISMO ou EXPLORAÇÃO 
1. Pequenos avanços 
2. Rotação à direita e à esquerda (meia 
volta) 
3. Pequenos retrocessos 
 
 
 
MOVIMENTO DE LIMAGEM 
1. Avanço 
2. Tração com pressão lateral (empurra para 
fora contra a parede lateral) 
 
 
MOVIMENTO DE ALARGAMENTO PARCIAL 
1. Avanço 
2. Rotação à direita (1/4 a ½ volta) 
3. Tração 
 
OBS: é o movimento para fazer batente apical. 
 
SEQUÊNCIA TÉCNICA 
 
CASO 1 
 Paciente MSD, 27 anos. Há três meses sentiu 
forte dor no dente 22 e que aliviou após fazer uso 
de analgésico e antibiótico. 
 Em seguida, surgiu uma fístula na região 
adjacente. 
 
OBS: fístula = infecção = polpa morta 
 
 
 
 
o Lima fina do tipo K #08/ #10/ #15 
o Movimento de cateterismo 
o Penetrar até 2/3 do CAD 
 
 Objetivos 
o Verificar a direção do canal 
o Verificar possíveis calcificações 
o Neutralizar conteúdo infectado do canal 
 
OBS: CAD = comprimento aparente do dente 
(baseado na medida radiográfica periapical) 
 
CPT = comprimento provisório de trabalho 
 
Exemplo: CAD = 24mm 
CPT = 2/3 CAD = 16mm 
 
 
CASO 2 
 Paciente A.B.C.D, 22 anos. Apresenta dor forte a 
noite, difusa na região anterior que não cessa com 
analgésicos e que aumenta com bebidas quentes. 
 Ao teste do frio, sensibilidade moderada de lento 
declínio no dente 12. 
 
Uma possível pulpite irreversível. 
Tratamento: Biopulpectomia. 
 
 Exploração inicial + pulpectomia 
o Lima fina: K #08/ #10/ #15 
o Movimento de cateterismo 
o Penetrar até CAD – 3 mm 
o Limas Hedstroen: #20 - #25 (canais 
estreitos); #30 - #35 (canais médios); #40 - 
#45 (canais amplos) 
o Movimentos de remoção 
 Objetivos 
o Verificar a direção do canal 
o Verificar possíveis calcificações 
 
CAD: 23mm 
CPT: CAD – 3mm = 20mm 
 
 
 
 
 
o Alargadores cervicais 
o Brocas utilizadas em baixa rotação afim 
de desgastar dentina em área cervical 
o *GG, Largo, LA Axxes, CP Drill 
o Penetrar no máximo até 2/3 do CAD 
o São usadas 3 brocas Gates de diferentes 
numerações, sempre reduzindo 
 
 Objetivos 
o Remover interferências cervicais e 
concrescências dentinária 
o Neutralizar conteúdo infectado do canal 
o Permitir maior penetração da SQA 
(substância química auxiliar) 
 
Como escolher as brocas do tipo Gates? 
Dentes estreitos – incisivos centrais e laterais 
inferiores 
 Iniciar com a broca n°3 e em seguida, reduzir as 
numerações (3 – 2 – 1). 
 
Dentes médios – incisivos laterais superiores 
 Iniciar com a broca n°4 e em seguida, reduzir as 
numerações. 
 
 
Dentes amplos – incisivos centrais superiores e 
caninos inferiores e superiores 
 Iniciar com a broca n°5 e em seguida, reduzir as 
numerações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Lima fina K: #08/ #10/ #15 
o Movimento de cateterismo 
o Penetrar até o CRT (CRD – 1mm) 
 
OBS: CRD = comprimento real do dente 
E sempre deixar 1mm do vértice, para evitar 
instrumentação de osso. 
 
 
 Objetivos 
o Verificar o CRT (comprimento real de 
trabalho) 
o Verificar possíveis calcificações 
o Neutralizar o conteúdo infectado do canal 
 
OBS: a NÃO realização da Odontometria pode 
causar extravasamento do material obturador 
pelo forame apical. 
 
Existe outra forma de realizar Odontometria? 
 Sim, através de um localizador eletrônico 
foraminal. 
 
Exemplo: CAD = 26mm 
CRD = 28mm (localizador fornece) 
CRT = 27mm 
 
 
 
 
o D.A = diâmetro anatômico do canal 
o L.A.I = lima apical inicial 
 
 
 Objetivos 
o Identificar o diâmetro anatômico da 
constrição apical. 
o Neutralizar conteúdo infectado do canal. 
Como é determinado o L.A.I? 
É necessário averiguar qual lima se prende 
firmemente no CTR, devendo penetrar até este. 
 
Mas o que seria o CRT? 
É o comprimento real de trabalho, sendo 
determinado pelo CRD – 1mm. 
Justamente onde fica o limite CDC entre o canal 
cementário e dentinário. 
 
 
 
Mas como podemos fazer esta detecção? 
Deve ser feita com movimentos de cateterismo, 
aumentando-se a lima de acordo com a amplitude 
do canal. Até chegar na lima que se adere 
firmemente ao canal. 
 
OBS: o D.A corresponde ao primeiro instrumento 
que alcança o CRT de forma ajustada, 
apresentandoresistência durante a sua rotação. 
 
 
 
 
 
o Lima fina K #08, #10, #15 
o Movimentos de cateterismo 
o Penetrar CRD (CRT + 1mm) 
 
 Objetivos 
o Desobstruir forame 
o Neutralizar o conteúdo infectado do canal 
o Impedir o efeito Vapor-Lock 
 
OBS: VAPOR LOCK 
Formação de uma bolha ou coluna de ar nos 
últimos milímetros da porção apical do canal 
radicular, dificultando a chegada do irrigante ao 
mesmo local. 
 
 
 
 
 
o 3 limas sequenciais após D.A (observar 
curvatura da raiz) 
o Movimento de alargamento parcial 
o Penetrar no CRT 
o O último instrumento do preparo apical é 
o instrumento de memória 
 
 Objetivos 
o Neutralizar conteúdo infectado do canal 
o Confeccionar o batente apical 
 
OBS: o instrumento de memória está 
intimamente relacionado com a etapa da escolha 
do cone de guta-percha durante a obturação do 
canal radicular. 
 
 
 
OBS: sempre irrigar quando for passar de uma 
lima para outra. 
 
EXEMPLO 
D.A = 20 -> o instrumento de memória seria #35; 
Pois do 20, passaria para a lima #25, #30 e #35. 
 
D.A = 40 -> instrumento de memória é #55; 
Do 40 passaria para #45, #50 e #55. 
 
D.A = 60 -> instrumento de memória é #80; 
Do 60 passaria para #70 e #80. 
 
OBS: A partir do #60 não aumentamos 3 do 
memória, e sim apenas 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o 3 limas sequenciais após o I.M 
o Movimentos de alargamento parcial 
o Movimento de limagem 
o Penetrar no CRT – 1mm; CRT – 2mm e 
CRT – 3mm 
 
 Objetivos 
o Neutralizar conteúdo infectado do canal 
o Conferir conicidade ao canal cirúrgico 
 
EXEMPLO 
I.M #50 
CRT 25mm (entre os recuos realizar a Patência 
foraminal e instrumento memória) 
 
A lima #55 recua 1 mm, então vai entrar 24mm; 
A lima #60 recua 2mm, então vai entrar 23mm. 
A lima #70 recua 3mm, então vai entrar 22mm. 
 
Em seguida, faz Odontometria novamente.

Continue navegando