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Imunodeficiências Congênitas

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1 imunodeficiências – Isabela Marquetti 
 Imunodeficiências 
IMUNODEFICIÊNCIAS 
→ As imunodeficiências são as doenças causadas por 
respostas imunológicas deficientes 
→ A função normal do sistema imunológico é defender os 
indivíduos contra infecções e algumas neoplasias 
(imunologia dos tumores). Entretanto, quando há uma 
deficiência imunológica pode ocorrer as chamadas doenças 
de imunodeficiência. Quando tem deficiências temos 
doenças decorrentes dessas doenças 
TIPOS DE IMUNODEFICIÊNCIAS 
→ Algumas imunodeficiências podem resultar de 
anormalidades genéticas em um ou mais componentes do 
sistema imunológico: imunodeficiências congênitas (ou 
primárias) 
→ Outras falhas no sistema imunológica podem ser 
resultado de infecções, anormalidades nutricionais ou 
tratamentos que causam perda ou função inadequada de 
vários componentes do sistema imunológico: 
imunodeficiências adquiridas (ou secundarias). 
→ Má-nutrição, os indivíduos mal nutridos pode gerar 
problema no sistema imune 
→ Indivíduos transplantados passam por tratamento com 
imunossupressores, uso continuo aumento na 
suscetibilidade de alguma infecção. 
IMUNODEFICIÊNCIAS CONGÊNITAS (PRIMÁRIAS OU 
IDP) 
→ Causadas por defeitos genéticos que levam ao bloqueio 
da maturação ou função dos diferentes componentes do 
sistema imunológico 
→ Geralmente manifesta-se desde o nascimento. Algumas 
resultam em suscetibilidade muito aumentada a infecções 
que podem ser fatais 
→ Outras imunodeficiências congênitas levam a infecções 
leves e podem ser detectadas pela primeira vez apenas na 
vida adulta 
→ Existe um grupo grande e heterogêneo de mais de 200 
diferentes doenças raras, quase todas monogênicas 
(herança autossômica recessiva ou ligada ao X) – associada 
a um único gene, quando ocorre uma falha. 
→ Sua detecção precoce representa o mais desafio hoje no 
Brasil 
→ IDP geralmente é doença monogênica 
→ Quando gene é defeituoso deixa de atuar em vias 
importantes. 
→ Imunodeficiências congênitas podem apresentar um 
pouco tardia. 
→ Infecções recorrentes, porque o sistema imune está 
falho. 
→ Individuo mais velho aumenta a chance de 
desenvolvimento de tumor, quando o sistema imune está 
falho há chance de desenvolver o tumor e o sistema imune 
não reconhece. 
→ IDP pode acontecer independente do ambiente. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
→ Infecções de repetição, normalmente muito graves e 
causadas por microrganismos oportunistas – quando tem o 
organismo no corpo, mas quando tem oportunidade ele 
causa doença. 
→ Doenças autoimunes na criança pequena. Quando tem 
falha no processo de maturação dos linfócitos pode ocorrer 
IDP. 
→ Reações alérgicas graves 
→ Reações inflamatórias exageradas 
→ Neoplasias (aparecimento mais tardio) 
TRATAMENTO 
→ Cuidados gerais de higiene 
→ Fármacos antibióticos, antifúngicos, antivirais 
→ Imunoglobulina endovenosa e subcutânea 
→ Transplantes de células hematopoiéticas (medula óssea 
ou cordão umbilical) 
TIPOS DE IMUNODEFICIÊNCIAS CONGÊNITAS 
(PRIMÁRIAS) 
 
2 defeitos na maturação dos linfócitos (imunidade adaptativa) – Isabela Marquetti 
 
→ Falhas no sistema imune, pode acontecer em 
componentes da imunidade inata/adaptativa 
→ Falhas na imunidade inata relacionadas aos linfócitos T/B 
→ Falhas na imunidade adaptativa, associadas aos 
macrófagos, fagócitos, componentes inflamatórios 
DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS 
(IMUNIDADE ADAPTATIVA) 
→ Muitas imunodeficiências congênitas são o resultado de 
anormalidades genéticas que causam bloqueios na 
maturação dos linfócitos B, linfócitos T ou ambos 
→ Os distúrbios que se manifestam como defeitos em 
ambos linfócitos, são classificados como imunodeficiência 
combinada grave (SCID, do inglês, severe combined 
immunodeficiency) 
→ Várias anormalidades genéticas diferentes podem causar 
a SCID 
DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS LINFOCITOS B 
→ A síndrome clinica mais comum causada por um 
bloqueio na maturação de linfócitos B é a 
Agamaglobulinemia ligada ao X (antigamente descrita como 
agamaglobulinemia de Bruton) 
 
→ Nesse distúrbio, os linfócitos B na medula óssea são 
incapazes de amadurecer além do estágio de célula pré-B, 
resultando em uma diminuição importante ou ausência 
completa de linfócitos B maduros e imunoglobulinas séricas 
 
→ Pode ocorrer falha nos receptores de superfície dos 
linfócitos B – imunoglobulinas (IgD), ele reconhece o 
antígeno e ele leva sinal para o núcleo, vira um plasmócito 
→ Para o linfócito B ser funcional, o IgD precisa estar 
certinho na superfície 
 
 
→ O gene responsável por causar esta doença está 
localizado no cromossomo X. Portanto, as mulheres que 
têm um alelo mutante do gene em um dos cromossomos X 
são portadores da doença, e os filhos de homens que 
herdam o cromossomo X anormal são afetados 
→ Os doentes têm 25% de chances aumentadas em 
desenvolver doenças autoimunes 
- Falha na maturação, perde o processo de seleção 
negativa/positiva. Separa os antígenos próprio, do 
estranho, ele sai reconhecendo todos os antígenos, 
inclusive os próprios e causa doenças autoimunes. 
→ Doença mais recorrente em meninos. 
Comum menina ser só portadora, mas pode ocorrer a 
doença também. 
 
 
DEFEITOS NA MATURAÇÃO DOS LINFOCITOS T 
→ Defeitos na maturação de células T são mais raros. 
Dentre esses, destaca-se a Síndrome de DIGerorge. Ela 
resulta do desenvolvimento incompleto do timo (e das 
glândulas paratireoides) e, portanto, uma falha na 
maturação dos linfócitos T 
→ Os pacientes tendem a melhorar com a idade, talvez 
porque a pequena quantidade de tecido tímico que 
realmente se desenvolve é capaz de assegurar alguma 
maturação de células T 
→ 80% dos acometidos apresentam cardiopatia congênita 
grave 
 
3 defeitos na ativação e função dos linfócitos T – Isabela Marquetti 
 
→ individuo tem falha no timo solta na periferia linfócitos 
não funcionais – não atuam, ou reconhece o próprio como 
estranho e gera doença autoimune. 
DEFEITOS NA ATIVAÇÃO E FUNÇÃO DOS 
LINFÓCITOS T 
 
→ Matura os linfócitos normalmente, reconhece próprio e 
não próprio. Chega na periferia e não consegue gerar um 
sinal para ter ativação. 
→ Para linfócito ser ativado precisa de reconhecimento via 
MHC. 
Quando há o reconhecimento o linfócito se prolifera e 
multiplica, recebe sinais do meio externos citocinas, 
induzem o linfócito virgem a tornar linfócitos específicos 
Th-1; Th-2 – desinflamar; Th-17 – mucosas. Encontra o 
antígeno se prolifera e se diferencia naquilo que é 
necessário. Linfócito T auxilia o B a produzir anticorpos. 
Quando MHC está defeituoso o linfócito não consegue se 
ativar. Ou quando tem falha nas células co-estimuladoras. 
Falha na produção de citocina, para auxiliar os macrófagos 
e atrapalha a ativação dos linfócitos T. 
DEFEITOS NA IMUNIDADE INATA 
→ Causadas principalmente por deficiências genéticas nos 
fagócitos e sistema complemento 
DOENÇA GRANULOMA CRÔNICA 
 Ex: doença granulomatosa crônica. Causada por mutações 
nos genes que codificam enzima fagócito oxidase, que 
catalisa a produção de intermediários reativos de oxigênio 
(ação microbicida nos lisossomos). Como resultado, os 
neutrófilos e os macrófagos que fagocitam os 
microrganismos são incapazes de exterminá-los – 
microrganismo intracelular. 
→ O sistema imunológico tenta compensar essa deficiência 
convocando um número maior de macrófagos, os quais 
estimulam o recrutamento e ativação de mais fagócitos. Os 
acúmulos de fagócitos ao redor de processos infecciosos se 
assemelham a granulomas, dando origem ao nome dessa 
doença. 
→ Infecções fúngicas e bacterianas recorrentes 
 
 
 
 
IMUNODEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS (SECUNDÁRIAS) 
→ Deficiências no sistema imunológico que se desenvolvem 
por causa de anormalidades que não são genéticas, mais 
adquiridas durante a vida. 
 
 
 
4 sindrome da imunodeficiência adquirida (AIds/sida)– Isabela Marquetti 
→ Causa anormalidade no sistema imune por causa de 
aquisições, infecções pelo vírus HIV (imunodeficiência 
humana) 
→ Consequência: gera mais infecções, maior chance de 
desenvolver tumor. 
SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA 
(AIDS/SIDA) 
→ A síndrome da imunodeficiência humana é uma doença 
causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é 
caracterizada infecções oportunísticas, neoplasias 
secundarias e manifestações neurológicas 
→ A SIDA foi pela primeira vez descrita nos EUA em 1981 e 
atualmente existe no mundo todo 
→ A transmissão ocorre por vias sexuais, parenteral e 
vertical (mãe para o filho) 
→ A medicação antirretroviral reduz a replicação viral, 
diminuindo, portanto, a carga viral. 
→ O vírus da imunodeficiência humana é um retrovírus que 
infecta células do sistema imunológico, principalmente 
linfócitos TCD4+, e causa destruição progressiva dessas 
células 
→ A infecção acontece pela ligação das proteínas gp 
presentes no envelope viral com os receptores CD4 e 
CXCR4 ou CCR5 presentes nas células hospedeiras 
 
 
 
PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO 
→ As principais estratégias de prevenção empregadas pelos 
programas de controle envolvem; a promoção do uso de 
preservativos, a promoção do uso de agulhas e seringas 
esterilizadas ou descartáveis, o controle do sangue e 
derivados e a adoção de cuidados na exposição à materiais 
biológicos 
→ Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser 
através da detecção de anticorpos; cultura viral a 
amplificação do genoma do vírus por PCR 
→ Contagem de células TCD4+: implicações prognosticas na 
evolução da infecção pelo HIV. Pode-se dividir a contagem 
de células TCD4+ em sangue periférico em quatro faixas 
 Maior que 500 células/mm3: estágio da infecção 
pelo HIV com baixo risco de doença. Há boa 
resposta imune frente a outras infecções 
 Entre 200 e 500 células/mm3: estágio 
caracterizado por surgimento de sinais e sintomas 
menores ou alterações constitucionais. Risco 
moderado de desenvolvimento de doenças 
oportunistas. Nessa fase, podem aparecer 
candidíase oral, herpes simples recorrentes, 
herpes zoster, tuberculose, leucoplasia pilosa, 
pneumonia bacteriana. 
 Entre 50 e 200 células/mm3: estágio com alta 
probabilidade de surgimento de doenças 
oportunistas como pneumocistose, toxoplasmose 
de SNC, neurocriptococose, Histoplasmose, 
citomegalovirose localizada. 
 Menor que 50 células/mm3: estágio com grave 
comprometimento de resposta imunitária. Alto 
risco de surgimento de doenças oportunistas como 
citomegalovirose disseminada, sarcoma de Kaposi, 
linfoma não-Hodgkin e infecção por micobactérias 
atípicas. Alto risco de vida com baixa sobrevida. 
→ Acompanhamento que o individuo com HIV positivo: 
é checado a contagem de linfócitos TCD4, indicativo 
para saber o quão preocupante está o quadro do 
individuo contaminado.

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