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Imunodeficiência Primária e Secundária

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Laila Aeid 
AES 5 - problema 8: imunodeficiência 
 
1) DIFERENCIAR IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA. 
 
 
 
Visão geral sobre as imunodeficiências 
 
Infecções recorrentes por bactérias piogênicas (p. ex., estafilococos) indicam uma deficiência de células B, 
enquanto infecções recorrentes por certos fungos, vírus e protozoários são indicativos de uma deficiência das 
células T. 
A principal consequência da imunodeficiência é o aumento da predisposição a infecções 
A imunidade humoral defeituosa normalmente desencadeia o aumento da predisposição à infecção por 
bácterias encapsuladas, formadoras de pus e alguns vírus. 
A imunidade mediada por células defeituosa normalmente desencadeia à infecção por vírus e outros 
microorganismos intracelulares. 
As imunidade humoral e a imunidade mediada por células defeituosa aumentam a predisposição à infecção por 
todas as classes de microorganismos.. 
 
Do ponto de vista clínico, os pacientes com imunodeficiências têm maior suscetibilidade 
a infecções, assim como a determinados tipos de câncer. 
*O tipo de infecção em um paciente depende, sobretudo, do componente do sistema 
imunológico afetado* Por exemplo: deficiência no complemento e deficiência de 
anticorpos assemelham-se na clínica e a deficiência das células natural killer (NK) 
resultam principalmente de infecções virais 
 
A imunodeficiência também pode predispor a ocorrência de câncer 
Um aumento da incidência de câncer é, mais frequentemente obsevado nas imunodeficiências de células T, 
que desempenham função importante na vigilância contra tumores malignos. 
 
A imunodeficiência pode ser resultado de defeitos do desenvolvimento ou da ativação dos linfófitos ou de 
defeitos nos mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa. 
 
 
 
 
 
Aeid Yusuf
Aeid Yusuf
Aeid Yusuf
Deficiência de células B (HUMORAL)
Deficiência de células T (CELULAR) �
Aeid Yusuf
 
 Laila Aeid 
Imunodeficiência primária 
 
As imunodeficiências primárias são congênitas/ hereditárias e frequentemente se manifestam na infância e no início 
da adolescência, mas às vezes é detectada clinicamente mais tarde na vida. 
 
Deficiências de células B 
Deficiências de células T 
Deficiências combinadas de células B e T 
Deficiências do complemento 
Deficiências de fagócitos 
 
Defeitos na Imunidade Inata 
A imunidade inata constitui a primeira linha de defesa contra organismos infecciosos. Dois importantes 
componentes da imunidade inata são os fagócitos e o complemento, os quais também participam nas fases 
efetoras da imunidade adaptativa. Portanto, distúrbios congênitos dos fagócitos e do sistema complemento 
resultam em infecções recorrentes. 
 
Deficiências de Anticorpos: Defeitos no Desenvolvimento e Ativação das Células B 
Enquanto os defeitos no desenvolvimento das células T, ou no desenvolvimento de ambas células T e B 
contribuem para o fenótipo de SCID (imunodeficiência combinada severa), defeitos mais restritos às células B 
resultam em desordens nas quais a anormalidade primária acontece na produção de anticorpos. 
Algumas destas doenças são causadas por defeitos no desenvolvimento das células B, e outras são causadas 
pela ativação da célula B e a síntese de anticorpos anormais. 
Nas síndromes hiper-IgM, que serão discutidas adiante, as deficiências de anticorpos também são acompanhadas 
por defeitos na ativação de macrófagos e APCs, o que, por sua vez, resulta em uma atenuação da imunidade 
mediada por células. 
 
Defeitos na Ativação e Função do Linfócito T 
À medida que nosso conhecimento aumenta e a compreensão das bases moleculares melhora, são descobertas 
cada vez mais anomalias congênitas na ativação dos linfócitos T. Incluem-se nesta categoria geral 
alguns distúrbios de composição do grânulo celular de linfócitos T citotóxicos e NK ou de exocitose. Embora 
as doenças ligadas à expressão defeituosa do MHC sejam classificadas com as desordens ligadas ao 
desenvolvimento de células T, estas anormalidades também resultam na ativação deficiente das células T que 
amadurecem e emergem do timo. 
 
Desordens Multissistêmicas com Imunodeficiência 
A imunodeficiência frequentemente é uma constelação de sintomas em inúmeras desordens hereditárias. 
 
Abordagens Terapêuticas para Imunodeficiências Congênitas 
O tratamento atual para as imunodeficiências tem dois objetivos: minimizar e controlar as infecções, e substituir os 
componentes defeituosos ou ausentes do sistema imunológicopor transferência adotiva ou 
transplante. A imunização passiva com gamaglobulina é muito benéfica para os pacientes agamaglobulinêmicos, 
salvando a vida de muitos meninos com agamaglobulinemia ligada ao X. 
Atualmente, o transplante de células-tronco hematopoéticas é o tratamento de escolha para 
muitas doenças de imunodeficiência e tem sido bem-sucedido no tratamento de SCID (imunodeficiência 
combinada grave) com deficiência de ADA, síndrome de Wiskott-Aldrich, síndrome do linfócito nu, 
e deficiências de adesão dos leucócitos. 
Congênitas 
Aeid Yusuf
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e em outras células apresentadoras de antígenos㛀
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 Laila Aeid 
 
Imunodeficiência secundária 
As imunodeficiências secundárias/ adquiridas não são doenças hereditárias, mas ocorrem como consequência a 
condições adquiridas durante a vida (fatores exógenos), como a desnutrição, câncer disseminado, tratamento com 
fármacos imunossupressores ou infecção das células do sistema imune, que é o que ocorre por parte do vírus da 
imunodeficiência humana (HIV), agente etiológico da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) 
 
➥ A imunossupressão pode ocorrer como uma complicação de outro processo de doença 
➥ As imunossupressões iatrogênicas podem se desenvolver como complicações no tratamento de outras doenças 
➥ A imunossupressão pode ser adquirida por uma infecção que depleta as células do sistema imune 
 
Deficiências de células B 
Deficiências de células T 
Deficiências do complemento 
Deficiências de fagócitos 
Síndrome da fadiga crônica 
 
 
2) DESCREVER AS FORMAS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMORAL E CELULAR. 
 
 
DAS	IMUNODEFICIÊNCIAS	CONGÊNITAS	
 
Deficiências de células B (HUMORAL) 
Hipogamaglobulinemia ligada ao X (agamaglobulinemia de Bruton) 
Níveis muito baixos de todas as imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD e IgE) e a possível ausência de células B são 
encontrados em meninos jovens; carreadoras do sexo feminino são imunologicamente normais. Células pré-B 
estão presentes, mas elas falham em se diferenciar em células B. Essa falha é causada por uma mutação no gene 
que codifica a tirosina-cinase, uma importante proteína transdutora de sinal. A imunidade mediada por células é 
relativamente normal. 
 
Fatores adquiridos/ exógenos 
condicionam essas deficiências 
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prejudica: por exemplo a infecção pelo vírus HIV�
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 Laila Aeid 
 
 
Deficiências seletivas de imunoglobulinas 
A deficiência de IgA (lembrar que a igA é um componente imune das mucosas) é a mais comum entre as deficiências 
seletivas; as deficiências de IgG e IgM são mais raras. Pacientes com uma deficiência de IgA geralmente apresentam 
infecções recorrentes sinusais e nos pulmões. (No entanto, alguns indivíduos com deficiência de IgA não apresentam 
infecções recorrentes, possivelmente porque seus níveis de IgG e IgM conferem proteção.) 
A causa dadeficiência de IgA pode ser atribuída a uma falha nos genes que coordenam a troca de cadeia pesada, já 
que as quantidades de IgM e IgG são normais. 
Pacientes com deficiência seletiva de IgM ou deficientes para uma ou mais subclasses de IgG também apresentam 
infecções sinopulmonares recorrentes. 
 
Síndrome de Hiper-lgM 
Em uma resposta imunológica normal a antígenos proteicos, a IgM é a primeira Ig a ser produzida, seguida da 
elaboração sequencial de IgG, IgA e IgE. O aparecimento ordenado dos diferentes tipos de anticorpos é chamado 
de mudança de classe da cadeia pesada (isótipo) e é importante para a geração de classes de anticorpos que possam 
ativar o complemento e/ou opsonizar patógenos bacterianos. 
A habilidade das células B produtoras de IgM para ativar a transcrição dos genes que codificam outros isotipos de 
Ig depende de determinadas citocinas, assim como dos sinais mediados pelo contato com as células T auxiliares 
CD4+. Esses sinais são fornecidos por meio da interação entre as moléculas CD40 nas células B e o CD40L (também 
chamado de CD154) expresso pelas células T auxiliares ativadas. 
Os pacientes com a síndrome de hiper-IgM produzem níveis normais (ou aumentados) de IgM em resposta aos 
antígenos, mas não têm a capacidade de produzir IgG, IgA ou isotipos de IgE; isso é causado por uma incapacidade 
das células T de induzirem a mudança de classe das células B. A anormalidade genética mais comum é uma mutação 
no gene que codifica o CD40L. Esse gene está localizado no cromossomo X; consequentemente, em 
aproximadamente 70% dos casos, a síndrome de hiper-IgM é ligada ao X. 
 
Deficiências	de	células	T	(CELULAR)	
 
Aplasia tímica (síndrome de DiGeorge) 
 
A síndrome de DiGeorge resulta de um defeito congênito no desenvolvimento do timo, com deficiência no 
amadurecimento das células T. Nessa desordem, as células T estão ausentes dos linfonodos, baço e sangue 
periférico, e os lactentes afetados são extremamente vulneráveis a infecções por vírus, fungos e protozoários. 
Os pacientes também são suscetíveis a infecções causadas por bactérias intracelulares em virtude da 
imunidade celular defeituosa. 
As células B e as imunoglobulinas séricas não costumam ser afetadas. 
Essa desordem é uma consequência de uma malformação congênita que afeta a terceira e a quarta bolsa 
faríngea — estruturas que dão origem ao timo, glândulas paratireoides e porções da face e arco da aorta. 
Logo, além dos defeitos tímicos e das células T, também pode haver hipoplasia das glândulas paratireoides, 
resultando em tetania causada pela hipocalcemia, assim como anormalidades de desenvolvimento da linha 
média. Em 90% dos casos de síndrome de DiGeorge ocorre uma deleção no cromossomo 22q11 
Deficiências	combinadas	de	células	B	e	T	(COMBINADAS:	HUMORAL	E	CELULAR) 
Doença	da	imunodeficiência	combinada	grave	(SCID)		
A imunodeficiência combinada grave (IDCG) representa uma constelação de síndromes geneticamente distintas que 
têm em comum manifestações de deficiências das respostas imunológicas humoral e celular. As crianças afetadas 
são suscetíveis a infecções graves de repetição causadas por uma variedade de patógenos, incluindo bactérias, vírus, 
fungos e protozoários; A despeito das manifestações clínicas em comum, os defeitos em cada paciente são diversos. 
Algumas formas de IDCG são causadas por um único defeito que afeta tanto as células T quanto as B, enquanto 
outras podem resultar de um déficit primário das células T e deficiência secundária da imunidade humoral. 
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celular ou combinada?
Aeid Yusuf
 
 Laila Aeid 
 
Aproximadamente a metade dos casos é ligada ao X; a forma ligada ao X constitui cerca de 75% dos casos. Alguns 
pacientes com SCID ligada ao X apresentam um defeito no receptor de IL-2 nas células T. Eles não possuem a cadeia 
g do receptor de IL-2, a qual é essencial para o desenvolvimento das células 
 
Outros 40-50% dos casos de IDCG apresentam herança autossômica recessiva, 
• Cerca da metade desses casos é causada por mutações na adenosina desaminase (ADA), uma enzima envolvida 
no metabolismo das purinas. Sua deficiência causa acúmulo de adenosina e metabólitos do trifosfato de 
desoxiadenosina que inibem a síntese de DNA e são tóxicos para os linfócitos. 
• Os outros casos de IDCG autossômica recessiva são atribuídos a defeitos em outra via do metabolismo das 
purinas, falha primária na expressão do MHC da classe II 
 
DEFICIÊNCIAS	CONGÊNITAS	DOS	COMPONENTES	DA	IMUNIDADE	NATURAL	
 
Diversos defeitos genéticos vêm demostrando afetar moléculas ou células importantes na resposta inicial do 
sistema imunológico natural aos microrganismos. 
 
Proteínas do Complemento 
• Os componentes do complemento são importantes para as respostas inflamatória e imunológica. Por isso, 
deficiências hereditárias de componentes do complemento, principalmente a C3 (essencial para as vias 
clássica e alternativa), resultam em aumento na suscetibilidade a infecções com bactérias piogênicas. 
• As deficiências hereditárias de C1q, C2 e C4 não tornam o indivíduo suscetível a infecções, mas elevam o risco 
de desenvolver doença mediada por complexos imunes (p. ex., Lúpus Eritematoso Sistêmico), possivelmente 
pela deficiência na eliminação de células apoptóticas ou complexos antígeno-anti-corpo da circulação. 
• Deficiências dos componentes posteriores da via clássica do complemento (C5 a C9) resultam em infecções 
recorrentes com Neisseria (gonococos, meningococos), mas, curiosamente, não com outros microrganismos. 
A ausência da proteína reguladora inibidora de C1 permite a ativação desenfreada de C1, com geração a 
jusante de mediadores vasoativos do complemento, resultando no angioedema hereditário que afeta a pele 
e/ou mucosas. 
 
 
Células Fagocitárias 
São conhecidos diversos defeitos congênitos envolvendo as células fagocitárias. Eles incluem defeitos na 
enzima oxidase fagocitária (NADPH oxidase), a causa da doença granulomatosa crônica, e defeitos nos ligantes 
das integrinas e selectinas, causando deficiências na adesão leucocitária. 
 
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Nas respostas inflamatórias�
 
 Laila Aeid 
 
DAS	IMUNODEFICIÊNCIAS	ADQUIRIDAS 
Deficiências de células B 
 
Hipogamaglobulinemia comum variável 
 
Pacientes com a doença apresentam infecções recorrentes causadas por bactérias piogênicas (p. ex., sinusites e 
pneumonia causadas por bactérias piogênicas como S. pneumoniae e H. influenzae). O número de células B 
geralmente é normal, mas a habilidade de sintetizar IgG (e outras imunoglobulinas) encontra-se muito reduzida. 
A imunidade mediada por células é normal. A causa da falha na produção de IgG é desconhecida, mas parece ser 
devida a um defeito na sinalização por células T. 
- A injeção intravenosa mensal de gamaglobulina reduz o número de infecções. 
Desnutrição 
A desnutrição grave pode reduzir o suplemento de aminoácidos para as células e, portanto, reduzir, a síntese 
de IgG. Esse quadro predispõe à ocorrência de infecções por bactérias piogênicas. 
Deficiências de células T 
 
Síndrome da imunodeficiência adquirida 
Pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) são afetados por infecções oportunistas causadas 
por determinados vírus, bactérias, fungos e protozoários (p. ex., Mycobacterium avium-intracellulare, herpes-vírus, 
C. albicans e P. jiroveci). O quadro édevido a uma grande redução no número de células T auxiliares causada pela 
infecção pelo retrovírus denominado vírus da imunodeficiência humana (HIV; ver Ca- pítulo 45). Esse vírus infecta e 
mata especificamente as células que apresentam a proteína CD4 em sua superfície. A resposta a imunizações 
específicas é reduzida, o que é atribuído à perda da atividade das células T auxiliares. 
 Pacientes com Aids também apresentam uma alta incidência de tumores, como os linfomas, o que pode ser 
resultante da perda da vigilância imunológica. 
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 Laila Aeid 
Sarampo 
Pacientes com sarampo apresentam uma supressão passageira da hipersensibilidade tardia. Outro resultado é a 
ativação da tuberculose que estava em repouso/ quiescente. Nesses pacientes, a função das células T encontra-se 
alterada, mas as imunoglobulinas são normais. 
 
Deficiências do complemento 
 
Insuficiência hepática 
A insuficiência hepática causada pela cirrose alcoólica ou hepatites B ou C crônicas podem reduzir a síntese das 
proteínas do complemento pelo fígado até o nível em que infecções piogênicas graves passam a ocorrer. 
Desnutrição 
A desnutrição grave pode reduzir o suplemento de aminoácidos e, assim, reduzir a síntese das proteínas do 
complemento pelo fígado. Esse quadro predispõe à ocorrência de infecções por bactérias piogênicas. 
 
Deficiências de fagócitos 
 
Neutropenia 
Pacientes com neutropenia estão sob risco de infecções graves causadas por bactérias piogênicas, como S. 
aureus e S. pneumoniae, além de bacilos entéricos gram-negativos. Contagens de neutrófilos inferiores a 500 
células/mL predispõem a essas infecções. As causas mais comuns da neutropenia incluem o uso de fármacos 
citotóxicos, como os utilizados na quimioterapia contra o câncer, leucemias, em que a medula óssea se torna 
“superpovoada” por células leucêmicas, e a destruição autoimune dos neutrófilos. 
A ciprofloxacina é utilizada para tentar prevenir infecções em pacientes neutropênicos. 
 
Síndrome da fadiga crônica 
O sinal predominante em pacientes que apresentam a síndrome da fadiga crônica (SFC) é a fadiga 
persistente, debilitante, que dura pelo menos seis meses e não melhora com repouso. 
• Há uma similaridade entre os sintomas da SFC e os sintomas que ocorrem quando o interferon-Y ou a IL-2 
são administrados aos pacientes. Anormalidades em vários componentes do sistema imune têm sido 
documentadas (p. ex., perda da reatividade do tipo hipersensibilidade tardia em testes de pele e aumento 
nos níveis de linfócitos T citotóxicos), mas nenhum achado definitivo surgiu. A abordagem terapêutica 
envolve o tratamento dos sintomas. Tratamentos com diversos fármacos antimicrobianos, como aciclovir, 
cetoconazol e gamaglobulinas, não surtem efeito. 
 
 
3) CONHECER A AIDS E SEUS ASPECTOS IMUNOFISIOLÓGICOS (PROTEÍNAS VIRAIS ENVOLVIDAS COM PROCESSO 
DE ADESÃO, AS ENZIMAS ENVOLVIDAS COM O PROCESSO DE REPLICAÇÃO, JANELA IMUNOLÓGICA DO HIV) 
 
A síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) é uma doença causada pela infecção com HIV e caracteriza-se 
por uma profunda imunossupressão acompanhada por infecções oportunistas e tumores malignos, emaciação 
e degeneração do sistema nervoso central (SNC). 
O vírus HIV infecta vários tipos de células do sistema imunológico, incluindo células T CD4+ auxiliares, 
macrófagos e células dendríticas. A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, 
com o organismo mais vunerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a 
infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com 
a presença do vírus HIV no organismo. 
 
 
 
 
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 Laila Aeid 
	
 
Estrutura: o núcleo do vírus contém: 
 
(1) p24, a proteína principal do capsídeo (a proteína p24 é o antígeno viral detectado com mais 
facilidade, sendo, portanto, o alvo para os anticorpos empregados para o diagnóstico da infecção 
pelo HIV no sangue) 
(2) p7/p9, a proteína do capsídeo nuclear, 
(3) duas cópias do RNA do genoma e (4) três enzimas virais (protease, transcriptase reversa e 
integrase). 
O núcleo viral é cercado por uma matriz proteica, denominada p17, localizada abaixo do envelope do vírion. O 
envelope viral é pontuado por duas glicoproteínas virais (gp120 e gp41), decisivas para que o HIV infecte as 
células. 
 
• Os produtos dos diversos genes reguladores são importantes para a patogenicidade do vírus, e diversas 
estratégias terapêuticas de mutações estão sendo desenvolvidas para bloquear sua ação. 
 
• Os sequenciamentos do ácido nucleico de diversos vírus isolados revelam variabilidade considerável em várias 
partes do genoma viral. As principais variações estão agrupadas em determinadas regiões das glicoproteínas do 
envelope. Como a resposta imunológica contra o HIV-1 é dirigida contra o seu envelope, essa variabilidade na 
estrutura antigênica representa uma grande barreira para o desenvolvimento de uma vacina. 
 
 
1 
2 3 4 
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 Laila Aeid 
 
A entrada do HIV nas células exige a presença da molécula CD4, que atua como receptor de alta afinidade 
para o vírus (tropismo pela T CD4+). Entretanto, a ligação com o CD4 não é suficiente para que haja infecção; 
o gp120 do envelope do HIV também deve se ligar a outras moléculas de superfície (correceptores) para 
facilitar sua entrada na célula. Os receptores de quimiocina realizam esse papel. 
 
1. O gp 120 do envelope (apresentando ligação não covalente com a proteína transmembrana gp41) se liga, de 
início, às moléculas CD4. 
2. Essa ligação causa uma alteração de conformação que expõe um novo local de reconhecimento na gp120 
para os correceptores principalmente nas células T ou nos macrófagos. 
3. O gp41 sofre uma alteração de conformação que permite sua inserção na membrana-alvo, e esse processo 
facilita a fusão do vírus com a célula. 
4. Após a fusão, o núcleo viral, contendo o genoma do HIV, entra no citoplasma da célula. 
	
Cepas trópicas para macrófagos (vírus R5) infectam monócitos/macrófagos e células T recém-isoladas do sangue 
periférico. As cepas trópicas para células T (vírus X4) infectam apenas linhagens de células T ativadas. Essa 
seletividade é explicada agora pelo uso seletivo de correceptores. As cepas R5 usam o CCR5 como correceptor 
e, como ele é expresso tanto por monócitos quanto pelas células T, essas células sucumbem à infecção pelas 
cepas R5. Por outro lado, as cepas X4 ligam-se ao CXCR4, que é expresso nas linhagens de células T (e não nos 
monócitos/macrófagos) e, por isso, apenas células T são suscetíveis. 
Por causa da importância da interação HlV-correceptor na patogenia da AIDS, prevenir essa interação pode ter 
grande importância terapêutica. 
 
Uma vez internalizado, ocorre a transcrição reversa do genoma viral, ocasionando a formação do DNA 
complementar (cDNA). Após a interação, o provírus permanece sem ser transcrito por meses ou anos e a infecção 
se torna latente; por outro lado, o DNA proviral pode ser transcrito para formar partículas virais completas que 
são liberadas por brotamento da membrana celular. Essas infecções produtivas, associadas a extenso 
brotamento viral, levam à morte celular. 
O início da transcrição do DNA proviraI só ocorre quando a célula afetada é ativadapela exposição a antígenos 
ou citocinas. 
 
Aeid Yusuf
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 Laila Aeid 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se entender melhor a evolução clínica da infecção pelo HIV em termos da conexão entre o HIV e o sistema 
imunológico. São reconhecidas três fases que refletem a dinâmica da interação vírus-hospedeiro: (1) uma fase 
aguda inicial, (2) uma fase crônica intermediária e (3) uma fase final de crise 
 
Fase aguda: é caracterizada por sintomas não específicos, incluindo dor de garganta, mialgia, febre, erupção cutânea. 
Essa fase também é caracterizada pelo alto nível de produção viral, viremia e colonização disseminada dos tecidos 
linfoides periféricos, com redução modesta das células T CD4+. Entretanto, uma resposta imunológica específica para 
o vírus logo se desenvolve, marcada pelo desenvolvimento de linfócitos T citotóxicos (CD8+) específicos para o vírus. 
 À medida que a viremia se reduz, o número de células T CD4+ retoma ao normal. Porém, a redução dos vírus no 
plasma não sinaliza o término da replicação (marca a transição pra fase crônica) 
Fase crônica: representa o estágio de contenção do vírus (período latente). O sistema imunológico ainda está 
intacto, mas há replicação continuada do HIV, que pode durar por muitos anos. Os pacientes estão assintomáticos 
ou desenvolvem linfadenopatia persistente, e muitos pacientes desenvolvem infecções oportunistas “menores”, 
como sapinho (Candida) ou herpes-zóster. Durante essa fase, a replicação viral continua nos tecidos linfoides. A 
renovação viral extensa está associada à perda contínua das células T CD4+, mas grande proporção das células 
CD4+ é substituída e seu declínio no sangue periférico é modesto. 
 
 
Estabelecimento da infecção crônica; 
vírus concentrados em tecidos 
linfoides; baixos níveis de produção 
viral 
 
Aeid Yusuf
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 Laila Aeid 
 
Mas depois de um tempo, o número de células CD4+ começar a cair, dai a quantidade dessas células infectadas com 
o HIV aumenta e as defesas começam a falhar. 
 
A linfadenopatia fica persistente e os sintomas (febre, erupção cutânea, fadiga) reflete o início da descompensação 
do sistema imunológico, junto do aumento da replicação viraI e início da fase de “crise” (marca a transição para a 
fase de crise) 
 
Fase de crise A fase de crise final é caracterizada pela ruptura catastrófica das defesas do hospedeiro, aumento 
acentuado da viremia e doença clínica. Tipicamente, os pacientes se apresentam com febre por mais de um mês, 
fadiga, perda de peso e diarreia; a contagem de células CD4+ cai abaixo de 500 células/mL. Após um intervalo variável, 
os pacientes desenvolvem infecções oportunistas graves 
 
Janela imunológica 
 
Anticorpos 
Testes que detectam anticorpos (proteínas que nosso organismo produz ao entrar em 
contato com o vírus). Existem 2 tipos de anticorpos: 
• Imunoglobulina M – IgM: anticorpos que são produzidos durante fase precoce do 
contato com o vírus. 
• Imunoglobulina – IgG: anticorpos que são produzidos em etapas mais tardias 
 
	
	
	
 
Aeid Yusuf
Aeid Yusuf
Aeid Yusuf
Aeid Yusuf
 
 Laila Aeid 
 
Testes de rastreio 
 
Testes de Primeira Geração 
• Este teste identifica a presença de anticorpos específicos de tipo IgG. Eles são 
menos sensíveis e menos específicos que as gerações seguintes, pois podem 
positivar erroneamente por contaminantes de proteínas celulares. 
Em média, a janela de seroconversão destes testes é de 6 a 8 semanas. 
Testes de Segunda Geração 
• Identificam algumas proteínas do próprio vírus. Em comparação com os ensaios 
de primeira geração, os de segunda geração são mais sensíveis e específicos, por 
conter uma maior concentração de proteínas relevantes. 
Em média, a janela imunológica dos ensaios de segunda geração é de 28 a 30 
dias. 
Testes de Terceira Geração 
• Identifica algumas proteínas virais e a identificação simultânea de anticorpos 
anti-HIV IgM e IgG. A possibilidade de detectar anticorpos da classe IgM (que 
são expressos antes dos anticorpos IgG) torna esse ensaio mais sensível do que 
os de gerações anteriores. 
Testes de Quarta Geração 
• Este teste detecta ao mesmo tempo o antígeno p24 e anticorpos específicos 
anti-HIV de tipo IgM e IgG. 
Em média a janela imunológica deste teste é de 15 dias. 
Testes de rastreio são testes bastante sensíveis e por isso possuem altas taxas de 
resultados falso positivos. Por isso, quando um destes testes possui um resultado 
positivo, um teste complementar deverá ser feito. 
Diagnóstico do HIV – Testes Complementares 
 
• Western blot (WB); 
• Imunoblot (IB); 
• Imunofluorescência indireta (IFI); 
• Testes moleculares. 
 
A maioria destes testes detecta apenas anticorpos. Então, uma pessoa com infecção muito 
recente pode ter um teste de rastreio de 4ª geração positivo e um WB negativo, pois ainda não 
houve tempo de aparecerem os anticorpos.

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