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LESÕES ELEMENTARES

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Dermatologia 
Bruna Argolo 
 
SEMIOLOGIA DERMATOLÓGICA – LESÕES ELEMENTARES: 
ANAMNESE: 
• Dados de identificação: exposição ocupacional (com o que trabalha: exposto ao sol, com produtos químicos). 
• Idade, sexo – prevalência e epidemiologia das doenças. 
• Procedência – ajuda pensar em doenças frequentes em determinados locais, como a leishmaniose, que é 
comum na chapada diamantina. 
• Etnia – fototipo – é algo referido pelo paciente e utilizamos a escala abaixo para classificar. 
- Há o movimento para ampliar essa escala, pois ela só 
conta com 6 opções, mas ainda é muito utilizada. 
- Como podemos classificar de forma objetiva o fototipo? 
Olhando a cor do mamilo, pois os mais escurou são de 
pessoas mais miscigenadas e provavelmente tenha um 
fototipo mais alto, mesmo que de pele ser clara. 
- Mais baixo fototipo = maior o risco de câncer de pele. 
- Fototipo I (ruivo, olho claro, sardas) é muito difícil de 
encontrar no Brasil; na Bahia é comum o III, IV,V e VI. 
QUEIXA E DURAÇÃO: 
• Caracterizar a duração (recente, intermediária, antiga) – classifica a doença como aguda, subaguda ou crônicas; 
• Sintomas relacionados: prurido, ardor, dor, odor. 
• Sintomas sistêmicos associado: dor articular, sinais de artrite, edema, rubor, se piora ou melhor com o passar 
do dia, febre, perda de peso... 
• Se fez uso de tópicos com autoprescrição (nebacetin, trok-N, polaramine em pomada...) – fazem muita reação 
e modificam a lesão inicial. 
• Hábitos de banho e cuidados – qual temperatura da água, sabonete usa, se usa bucha/escova ou não, se usa 
folhas (aroeira – não faz bem para pele), se usa sabão de roupa para banho, se utiliza álcool na pele – esses 
hábitos interferem muito em doenças de pele e até mesmo causa algumas doenças de pele. 
• Uso de protetor solar – quantidade, fator de proteção, se é de fato protetor solar e não hidratantes/outros 
produtos com proteção solar. 
• Hábitos de manicure (principalmente em problemas nas unhas – se tira as cutículas, utiliza palito, se faz uso de 
acetona, que retira a camada de queratina da unha e a deixa mais fraca) e procedimentos capilares 
(principalmente com queixas de cabelo). 
ANTECEDENTES MÉDICOS: 
• Questionar doenças sistêmicas, pois qualquer medicamento que o paciente use pode acarretar lesões de pele 
ou piorá-las. 
• Questionar também uso de vitaminas, suplementos, uso de whey protein, chás e tudo que o paciente tomar, 
mesmo que considere “natural”. 
• Questionar doenças dermatológicas prévias – principalmente câncer de pele. 
• Questionar outras morbidades, alergias e uso de medicamentos incluindo contracepção (afeta em doenças 
como a acne, além de afetar a escolha de terapêuticas, pois alguns medicamentos não podem ser utilizados em 
grávidas, como os retinóicos). 
HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL: 
• Hábitos de lazer, exposição solar. 
• Importância da doença, o quanto ela afeta a vida da pessoa e se afeta suas relações interpessoais! 
 
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Bruna Argolo 
 
EXAMES FÍSICO DERMATOLÓGICO: 
• Pele, anexos, mucosas (observar mucosa oral) e gânglios linfáticos. 
• Eventualmente avaliar articulações (dor, vermelhidão, incha, melhora ou piora ao acordar e ao andar?), 
principalmente na psoríase, e nervos periféricos, principalmente na hanseníase (palpar nervos e realizar testes 
de sensibilidade). 
• Realizar em local bem iluminado, com luz direta de preferência. 
• Inspeção e palpação – esclarecer sobre transmissibilidade das doenças (colocar uma luva): 
o Observar de qual lesão elementar se trata; 
o Quais as cores da lesão; 
o Quais as formas da lesão; 
o A lesão é simétrica ou assimétrica; 
o Possui alterações secundárias? 
o Distribuição da lesão – topografia; 
o Arranjo da lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dependendo do pigmento que formará as lesões de cor, elas terão um aspecto diferente e formarão lesões 
conhecidas – ex.: quando ocorre um depósito/aumento de melanina alterando a cor da pele teremos um tipo 
de lesão denominada hipercrômica e serão lesões em cor de castaho, cinzas, pretas e entre os diagnósticos 
diferenciais teremos os nevos melanocíticos, as manhcas café com leite, melasmas, melanomas; já quando 
ocorre uma diminuição da melamina teremos uma lesão hipocrômica ou acrômica e entre os diagnósticos 
difereciais terão a pitiríase, vitiligo, entre outros. 
• O alpaptona é um metabólito que pode estar aumentado em uma doença genética chamada alcaptonúria e ela 
deixa a pele difusamente acinzentada, assim como urina e secreções. Normalmente é descoberta na infância 
pelo xixi cinza. 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES: 
• Primeiro iremos classificar a lesão quanto às categorias primárias/elementáres e depois classificaremos nas 
categorias secundárias, pois uma lesão pode ser uma placa com eritema (primária) e descamação (secundária), 
por exemplo. 
- Primárias/ elementáres: 
o Lesões por alteração de cor: planas; 
o Lesões de conteúdo sólido; 
o Lesões de conteúdo líquido. 
- Secundárias: 
o Lesões por solução de continuidade; 
o Lesões caducas; 
o Sequelas; 
o Alterações de espessura e consistência. 
OBS: Observar como o tom de pele modifica o mesmo tipo de lesão – não haverá 
eritemas em peles escuras, e sim cores violáceas, acastanhadas. 
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Bruna Argolo 
 
EQUIMOSE 
LESÕES PRIMÁRIAS: 
LESÕES POR ALTERAÇÃO DA COR: 
MÁCULAS E MANCHAS: 
• Não palpável - sem relevo. 
• Até 1 cm: mácula X Maior que 1 cm: mancha. 
• Podem ser bem delimitadas, circunscritas, ou sem limites precisos. 
• Apesar de não terem relevo e não serem palpadas, podem ter o mínimo de alterações de textura: 
apergaminhada (textura de papel velho que molhou – comum no linfoma cutâneo), descamação furfurácea 
(poeirinha em cima da lesão, comum na ptiriase versicolor) etc. 
• Essas lesões por alteração de cor são por depósito de pigmento, melanina, hemossiderina e podem ser na 
superfície (epiderme) ou na derme – quanto mais superficial, mais escuras. 
 
 
 
 
 
VASCULOSSANGUÍNEAS: 
• Lesão por extravasamento de sangue na pele. 
• Petéquias < 1 cm X Equimoses > 1 cm. 
• Quando realizamos a vitropressão essas lesões NÃO desaparecem – o pigmento está fixo na pele 
(extravasamento) e precisa ser reabsorvido (por isso as variações de cor, conforme é absorvido). 
• No caos do eritema por vasodilatação em doenças eritematosas, como o exantema, quando realizamos a 
vitropressão ele DESAPARECE, porque o sangue saí daquela região por conta da interrupção da circulação local, 
distinguindo um extravasamento de uma vasodilatação. 
• Outros termos: 
- Enantema – eritema em mucosa. 
- Eritrodermia – eritema que acomete mais de 90% da superfície corporal total. 
- Talangectasia – dilatação do vaso em milímetros ocasionada por dano de sol ou uso de corticóide tópico 
prolongado – some com vitropressão. 
 
 
 
TALANGECTASIA 
 
LESÕES DE CONTEÚDO SÓLIDO: 
PÁPULA: 
• Lesão elevada medindo até 1 cm. 
• Varia em número, cor e arranjo. 
• Possui limites precisos quando na epiderme. 
• Possui limites menos definidos quando na derme. 
• Podem ter lesões em derme e epiderme – misto. 
LESÕES ACRÔMICAS, PROVAVELMENTE VITILIGO COM 
ILHOTAS DE REPIGMINETAÇÃO (REGIÕES ONDE A PELE 
VOLTOU A PRODUZIR MELANNA). OBS: A IMAGEM DE BAIXO 
PODE ESTAR MAIS AVERMELHADA POR ROBOR DE SOL. 
ACIMA MANCHA HIPERCRÔMICA E 
ABAIXO MÁCULAS HIPERCRÔMICAS 
(MELANOSE SOLAR – SARDAS). 
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PRIMEIRA IMAGEM - QUERATOSE SEBORRÉICA; 
SEGUNDA IMAGEM – PSORÍASE; 
 TERCEIRA IMAGEM – SARCOIDOSE. 
 
PLACA 
 
PLACA: 
• Lesões elevadas medindo > 1 cm. 
• Pode ser um grupo de pápulas ou nódulos juntos, em geral a placa é 
separada dos nódulos, pois a placa é plana e o nódulo mais 
arredondado. 
• Geralmente em derme, mas pode existir epiderme acometida. 
 
 
 
 
 
 
NÓDULO E TUMOR: 
• Nódulo > 2 cm – porém existem literaturas que afirmem maiores > 1 cm e coloque a placa como lesão plana.
• Tumor > 3 cm. 
• Quando localizado na epiderme e/ou derme: é facilmente identificado e visível. 
• Quando localizado na hipoderme (mais profundo): mais palpável que visível. 
• Goma: nódulo ou tumor que sofre necrose na região central -> elimina material gomoso -> cicatriza (ciclo). 
OBS: É um subtipo de nódulo ou tumor, muito incomum de ser visto no dia-dia – comum na sífilis terciária. 
 
VEGETAÇÃO: 
• Algumas literaturas classificam como lesão primária e outras como secundária. Mas iremos considerar uma 
lesão primária e elementar. 
• Lesão exofítica por hipertrofia de papilas dérmicas e cones interpapilares. 
• Dimensões variáveis. 
• Verrucosa: superfície seca. 
• Condilomatosa: superfície úmida. 
 
 
 
LESÕES DE CONTEÚDO L ÍQUIDO: 
VESÍCULAS E BOLHAS: 
• Lesões de conteúdo líquido de caráter seroso ou citrino, sanguinolento ou purulento (pústula pode ocorrer por 
infecção ou não, pode ser estéril e originada da resposta inflamatória). 
• Vesículas < 1 cm X Bolhas > 1 cm. 
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HERPES ZOOSTER 
PENFIGOIDE BOLHOS 
PENFIGOIDE 
BOLHOSO O 
FOLICULITE 
• Classificadas também como: 
o Intraepidérmicas: efêmeras, flácidas, estouram rápido – epiderme; 
o Subepidérmicas: duradouras, tensas, a bolha é visível formadinha – 
membrana basal ou derme. 
 
LESÕES SECUNDÁRIAS: 
LESÕES POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE: 
EROSÃO OU EXULCERAÇÃO: 
• Compromete apenas a epiderme – somente perda da epiderme, bem fina. 
• Algumas literaturas consideram que a erosão/exulcerarão acomete um pouco de derme papilar, mas as 
principais consideram apenas perda da epiderme. 
• Escoriação: erosão/exulcerarão secundária ao trauma mecânico (coçadura). 
 
 
ÚLCERA: 
• Compromete derme, hipoderme, podendo chegar a músculo e osso. 
• As mais comuns são as úlceras venosas e de pressão (em pacientes internados, com imobilidade). 
 
 
FISSURA OU RÁGADE: 
• Linhas lineares, estreitas e profundas, de perda de substância. 
• São dolorosas. 
• Comuns em ceratose, principalmente em plantas de pé. 
• Lesões muito espessas, com muito prurido, xerose (secura) e 
ressecamento podem evoluir para fissuras em outros locais 
além das plantas dos pés. 
FÍSTULA: 
• Conexão entre uma cavidade, órgão ou vaso com outra estrutura ou meio externo. 
• Deve-se tratar o fator causal e proteger a lesão, hidratando-a e tirando sua espessura (pois tende a fazer uma 
ceratose em decorrência ao atrito repetitivo na região) com ácido salicílico, ureia. 
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LESÃO PROVAVELMENTE ORIUNDA DE UM ABCESSO 
DENTÁRIO QUE EXTRAVASOU PARA O MEIO EXTERNO. 
 
 
 
 
 
LESÕES CADUCAS: 
• Lesões que vão cair da pele, descamar de qualquer forma. 
ESCAMAS: 
• Acumulo de pequenas lâminas secas originárias do estrato córneo da 
pele que está descamando (quando isso se acumula forma as 
escamas, pois liberamos normalmente essa descamação). 
• Em geral, as doenças exantemáticas descamam e o padrão de 
descamação é furfuráceo (pequenos pedaços que parecem um farelo). 
• Se saírem em pedaços mais inteiros, maiores chamam-se lâminas 
(geralmente em doenças virais). 
• Variam em tamanho e cor. 
 
CROSTAS: 
• Diferente da escama, não é originada da pele e sim de um dessecamento de lesões de conteúdo líquido, seja 
por processo infamatório ou não. 
• O conteúdo do líquido pode ser seroso, seropurulento, purulento (melicérico, amarelada cor de mel, em geral 
causada por S. aureus) ou hemático. 
 
 
ESCARAS: 
• Lesão preta, escura, seca. 
• Nem sempre as úlceras de pressão vêm acompanhadas de escaras. 
• Resulta da necrose tecidual por anóxia – pele morta, formando capa 
necrótica. 
• Varia tamanho e profundidade a depender da agressão. 
• Precisa ser desbridado. 
SEQUELAS: 
• Geralmente são definitivas. 
ATROFIA: 
• Acontece por diminuição da espessura da pele em decorrência da diminuição do número de células ou fibras. 
• Pode ocorrer por conta de perda de colágeno, uso de corticóide tópico. 
• Pode ocorrer no nível de qualquer camada da pele (epiderme, derme e hipoderme/subcutâneo). 
• Quando ocorre na epiderme geralmente vemos a pele brilhante e percebemos que a pele à palpação está fina. 
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CICATRIZ: 
• Processo de regeneração da pele, formada por proliferação de tecido fibroso (colágeno) por reparação onde a 
pele perdeu suas características originais. 
• Muito difícil de tratar, não tem como retirá-la e colocar uma pele 100% normal no local. 
• Atrófica (cicatrizes de acne, onde formam buraquinhos na pele) x hipertrófica (ultrapassa em altura a 
superfície da pele) x queloidiana (quando ultrapassa os limites das bordas da cicatriz). 
 
INFILTRAÇÃO E EDEMA: 
• Aumento difuso e impreciso de volume. 
• O aumento do volume pode ser por aumento de plasma, linfa, células (principalmente linfoma), substâncias 
estranhas (sarcoidose, amiloidose). 
• O edema também é uma infiltração, mas por aumento do volume da linfa. 
 
 
 
 
 
 
 
URTICÁRIA: 
• Placa (tem alteração de relevo) com eritema e com edema – placa eritematoedematosa. 
QUERATOSE: 
• Aumento da camada córnea, que nem sempre descama e fica espessa. 
• O calo é um exemplo de queratose focal. 
• Existem divergências na literatura onde nem todas consideram a queratose uma alteração do exame físico, pois 
é um termo originalmente da patologia, pois é um aumento da camada córnea visualizado na lamina histologia, 
mas também utilizamos como termo clínico. 
• Em geral branca, mas podem ter sujidades e 
verrugas juntamente. 
• Em geral não é retirada e sim tratada com uso de 
tópicos queratolíticos (ácido salicílico, ureia). 
• São ocasionadas por agressões à pele, fazendo-a 
ficar espessa para se defender, por doenças 
genéticas ou inflamatórias. 
 
Dermatologia 
Bruna Argolo 
 
LIQUENIFICAÇÃO: 
• Área de espessamento da pele com acentuação 
dos sulcos naturais. 
• Oriunda do atrito ou prurido prolongado – não 
existe uma pele que tem muito prurido e o 
paciente coça muito que não demonstre algum 
sinal de liquenificação. 
• Pele com aspecto quadriculado, em rede. 
ESCLEROSE/MORFÉIA: 
• Muitas vezes percebidas ao palpar a pele do paciente. 
• Endurecimento da pele que impede manobra de pregueamento, pele rígida, dura. 
• É uma doença autoimune que pode ser difusa ou localizada. 
• É observado um brilho na pele. 
• A mão fica tão rígida que fere e pode evoluir para micro úlceras, formando uma lesão cicatricial. 
 
TERCEIRA IMAGEM - LESÃO 
EM GOLE DE SABRE. 
 
ANALISANDO AS LESÕES: 
MORFOLOGIA E ARRANJO: 
MORFOLOGIA: FORMA DA LESÃO 
• Arredondada, anular, em gota/gutata, numular, em alvo, linear retilínea, linear serpiginosa, poligonal etc. 
ARRANJO: MANEIRA COMO SE DISPÕEM 
• Arciforme (ARCO), herpetiforme, policíclico, agrupadas, rendilhado etc. 
• Segue a distribuição de dermátomos – herpes zoster. 
• Segue linhas de Blaschko (linha de padrão de crescimento e desenvolvimento natural da pele relaciona-se com 
mosaicismo) – nevo epidérmico. 
• Seguindo as linhas de tensão da pele (linhas naturais muito utilizadas em cirurgias para realização de suturas) – 
pitiríase rósea, segue as linhas de tensão no dorso (aspecto de árvore de natal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dermatologia 
Bruna Argolo 
 
DISTRIBUIÇÃO: 
• Está em área exposta ao sol (lúpus) ou não exposta ao sol (psoríase em geral melhora com exposição solar) – 
fotodistribuição. 
• Está localizada em superfícies extensoras x flexoras (dermatite atópica). 
• Está em áreas seborreicas (muitas glândulas sebáceas): cabeça, pescoço, parte superior de tronco e 
centrofacial – dermatite seborreica, acne. 
• Zonas flexurais (virilha, axila, interdigitais, prega abdominal e infra mamaria) – fungos, infecções inflamatórias 
(psoríase invertida). 
• Lesões em flexuras normalmentes vem acompanhadas da denominação “invertida”). 
FENÔMENOS – SEM EXPLICAÇÕES: 
• Nos ajudam a pensar em diagnósticos, pois para cada fenômeno
desse existe um grupo doenças clássico. 
• São tratadas e reversíveis. 
• Fenômeno de Koebner ou isomórfico: Reprodução da lesão em local de trauma (atrito) – psoríase, vitiligo, 
líquen plano – cotovelo, joelhos (você tem uma patologia no local que foi traumatizado). 
• Fenômeno de Koebner reverso ou Renbeok: Regressão da lesão após trauma local (trauma faz lesão sumir). 
OBS: O fenômeno de Koebner e o de Koebner reverso são eventos reversos/contrários, logo, quem possui um 
não possui o outro – são excludentes. 
OBS: Também existe o falso Koebner, por exemplo, quando você manipula uma lesão de origem viral e você 
dissemina o vírus na região em que o paciente coçou, a exemplo do HPV ou por molusco contagioso. Foi o 
próprio paciente que infectou o local em que estava coçando (autoinoculação), não se relacionando a lesão. 
• Fenômeno de Patergia: Desenvolvimento de pústulas ao mínimo trauma – comum de doenças neutrofílicas, 
autoinflamatórias – pensar sempre em pessoas que após coleta de sangue desenvolveram uma pústula na 
região do acesso. Tende a piorar se for desbridada, pois o atrito só tende a piorar a lesão. 
• Fenômeno isotópico ou de Wolf: Aparecimento de doença em local onde havia uma lesão já resolvida. Por 
exemplo, uma cicatriz que desenvolveu uma placa de sarcoidose por cima. Ocorre no mesmo local de uma 
doença anterior, mas uma doença diferente, nova. 
I 
MAGEM 1 - LESÃO POR LÍQUEN PLANO QUE FOI LEVADA 
 PARA REGIÃO POR ATRITO, COCEIRA (FALSO KOEBNER); 
IMAGEM 2 – DERMATITE DE CONTATO POR CONTA DE 
TATUAGEM DE HENNA (KOEBNER). 
 
MANOBRAS DIAGNÓSTICAS: 
• Diascopia/vitropressão – comprimir a lesão com lâmina de vidro (lesão vascular x hematoma). 
• Dermografismo – suspeita de urticária por contato, realizar o atrito com um material com ponta romba 
(caneta) e a pessoa evolui com urticária no local minutos depois. 
• Sinal de Nikolsky – quando realizamos, em pacientes com doença bolhosa, o atrito em região onde não estão 
presentes bolhas e após o atrito surgem bolhas ou exulceração da pele -> Nikolsky positivo – indica que as 
células da epiderme estão se separando, doença acantolítica. 
• Sinal de Asboe-Hansen – quando pressiona uma bolha e ela aumenta de tamanho lateralmente, se expande 
lateralmente -> Asboe-Hansen positivo. 
• Sinal de Zileri – quando se estica a pele sob uma mancha hipocrômica e após ocorre descamação furfurácea -> 
sinal de Zileri positivo, clássico de pitiríase versicolor. 
• Sinal de Darier – realizar atrito na pele e surgir uma urticária -> Darier positivo, clássico de mastocitose. 
• Lâmpada de Wood – luz negra utilizada em ambiente totalmente escuro e ao incidir a luz pode destacar algum 
pigmento (doenças possuem cores características, como vermelho coral na porfiria e no eritrasma, doença 
bacteriana) ou nenhum pigmento (branco azulado, clássico de vitiligo). 
 
Dermatologia 
Bruna Argolo 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
• Suspeita de doenças por fungos – exames micológicos, cultura e colher materiais. 
• Baciloscopia de linfa – hanseníase. 
• Exame direto de pelo – ácaro, escabiose. 
• Colher material cistológico – bolhas por doença autoimune (pênfigo) ou herpéticas? 
• Teste de contato para avaliar substâncias que causem dermatite. 
• Analisar fio de cabelo em tricograma. 
DERMATOPATOLOGIA: 
• Grande exame complementar na dermatologia. 
• Feito através da biópsia da lesão para afastar malignidade e 
realizar diagnóstico. 
• Métodos – definido pela suspeita diagnóstica e de onde esteja a 
lesão e até onde devemos ir para encontrá-la: 
A) Shaiving – retirar pedaço superficial da lesão; 
B) Saucerização – retirar pedaço profundo; 
C) Punch – instrumento cortante redondo – pedaço profundo; 
D) Incisão fusiforme. 
DERMATOSCOPIA: 
• Observação não invasiva de estruturas não visíveis a olho nu, pois possuem lentes, 
lâmpadas de led e luzes polarizadas. 
• Consegue observar até a derme. 
• Dermatoscópio: amplia em 10x e quando associada a outros aparelhos pode chegar a 
30x. 
• Ajuda a identificar lesões malignas e benignas. 
IMAGENS ABAIXO DE LE SÃO CLÍNICA X LESÃO VISTA NO DERMATOSCÓPIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISUALIZAMOS ESTRUTURAS E CORES ESPECÍFICAS: QUERATINA (AMARELO ALARANJADO), MELANINA (TONS DE PRETO A CINZA), FIBROSE 
(BRANCO), MELANINA PROFUNDA (AZUL), VERMELHO E ROXO (HEMOGLOBINA OU LAGOS VENOSOS).

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