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Lições Bíblicas 1 Trimestre de 2022

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APRESENTANDO O TRIMESTRE
	Estamos dando início, pela graça de Deus, a mais um ano letivo da Escola Bíblica Dominical e iniciando um novo ciclo de sete anos, o que significa dizer que estamos começando um novo currículo da Escola Bíblica Dominical. A cada sete anos, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus tem lançado um currículo, estabelecendo os temas a serem estudados por todas as faixas etárias, com exceção dos jovens e dos adultos, faixas em que não há uma pré-fixação de temas, mas uma retomada, a cada sete anos, dos principais assuntos que devem ser aprofundados no estudo da sã doutrina. Neste novo ciclo, muito oportuno iniciarmos o estudo da Palavra de Deus pela Bibliologia, ou seja, a doutrina da Bíblia, pois estamos na Escola Bíblica Dominical, já que a Bíblia Sagrada é a base e o fundamento de todos os nossos estudos. Vivemos dias difíceis, o princípio das dores, onde, como não poderia deixar de ser, a Palavra de Deus é duramente atacada, porque é ela a Palavra de Deus e o “espírito do Anticristo” tem como missão se levantar contra tudo o que se chama Deus ou se adora” (2Ts 2.4) e as Escrituras são o próprio testemunho do Senhor (Jo 5.39), motivo pelo qual é ela alvo prioritário dos ataques do inimigo. Deste modo, voltarmos a estudar a Bíblia, compreender porque ela é a Palavra de Deus e como deve ela ser interpretada e qual é a sua estrutura se mostra como apropriado meio de iniciarmos um novo currículo da EBD. O título do trimestre já mostra o lugar e o papel que as Escrituras devem desempenhar em nossa vida espiritual, em nossa peregrinação terrena. “A Supremacia das Escrituras” indica que a Bíblia está num lugar supremo e é este sim o lugar que deve a Palavra de Deus ter em nossas vidas e em nossa fé. O próprio Deus diz que pôs a Sua Palavra acima do Seu próprio nome (Sl 138.2) e que vela pela Sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12), de modo que não podemos, pois, de forma alguma, deixar de reconhecer que a Palavra de Deus é o norte de nossas vidas, o que devemos seguir, pois, em o fazendo, certamente estaremos realizando a vontade do Senhor. A capa da nossa revista apresenta uma Bíblia aberta, um livro que está iluminado por raios que vêm do alto, havendo na capa, acima da Bíblia luz e abaixo dela trevas. Esta ilustração, por primeiro, mostra-nos que o livro escrito, a obra literária não tem autoria humana. Ela é inspirada por Deus, que é a luz representada na figura, pois Deus é luz (1Jo 1.5). A Bíblia não é uma obra humana, mas, sim, divina. Ela É a Palavra de Deus, a revelação de Deus ao homem. Por isso, o Senhor Jesus disse que ela é a verdade (Jo 10.10), a fiel testemunha do próprio Cristo (Jo 5.39), Ele próprio a Verdade (Jo 14.6). A própria Bíblia diz que os homens que a escreveram o fizeram por inspiração do Espírito Santo (2Pe 1.21). A origem divina das Escrituras jamais pode ser esquecida e quando verificamos tal verdade afastamos diversas ideias equivocadas, como a de que a Bíblia é fruto da Igreja, como defendem, por exemplo, os romanistas. Mas, além de ter origem divina, vemos que a Bíblia se tornou um livro, ou seja, é, sob este aspecto, também uma obra humana, pois quis Deus que a Sua mensagem revelada fosse escrita por seres humanos. Por isso mesmo, embora seja a revelação divina, a Bíblia foi escrita durante cerca de 1.500 a 1.600 anos, por mais de 40 pessoas, que viveram em épocas, lugares e circunstâncias completamente diferentes, mas que construíram uma obra única e completa. Desde quando Moisés iniciou sua redação, no deserto de Midiã, cuidando das ovelhas de seu sogro, até o apóstolo João, preso, na ilha de Patmos, vamos ver o mesmo Espírito Santo inspirando os escritores que, cada um na sua individualidade, escreviam a mensagem que Deus lhe dava. Neste ponto, pois, vemos que a Bíblia é um livro divino-humano, até porque seu assunto principal, que é o Senhor Jesus, é o Deus-homem. Mas a capa nos mostra que a Bíblia vem da luz e é iluminada e é por meio dela que podemos ter acesso a esta luz, a esta iluminação. Sem a Bíblia, temos as trevas da parte inferior da capa, porque a Bíblia é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119.105). As Escrituras testificam-nos de Jesus, que é a luz do mundo (Jo 8.12). O trimestre pode ser dividido em quatro blocos. Depois de uma lição introdutória, que nos fala da autoridade da Bíblia, veremos quais são as características do Santo Livro, a saber, a sua inspiração divina (lição 2), inerrância (lição 3) e estrutura (lição 4). O segundo bloco é dedicado ao estudo da aplicação da Bíblia, em que veremos como se deve lê-la (lição 5), como deve ela ser o guia de nossa vida (lição 6) e o seu poder transformador de pessoas (lição 7). O terceiro bloco é dedicado a uma síntese bíblica, em que faremos um passeio pelos seus livros: a lei, os Evangelhos (lição 8); os livros históricos e poéticos (lição 9), os livros proféticos (lição 10), os livros de Lucas (lição 11) e as epístolas (lição 12). Por fim, o quarto bloco, uma conclusão, onde analisaremos a leitura da Bíblia e a educação cristã (lição 13). O comentarista deste trimestre é o pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, líder da Assembleia de Deus da Missão do Distrito Federal e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Convenção Geral das Assembleias de Deus, que foi o relator da Comissão Especial que elaborou a Declaração de Fé das Assembleias de Deus e que já tem, há alguns anos, comentado as Lições Bíblicas. Que ao término do estudo deste trimestre, possamos ter reafirmado, em nossos corações, a convicção de que a Bíblia é a Palavra de Deus e que, com conhecimento de causa, possamos repetir o item 1 do Cremos de nossa Declaração de Fé: “Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão”. Prezado(a) Professor(a), é verdade que a Bíblia é o livro mais vendido no mundo. Mas há um recuo da resposta se a pergunta for: “A Bíblia é o livro mais lido do mundo?” Isso ocorre porque há grandes desafios para a leitura da Bíblia na igreja nos dias atuais. Esses desafios remontam a linguagem, o tempo, a cultura e o fervor espiritual. Por isso, para inaugurar este primeiro trimestre, bem como o novo projeto editorial do Currículo de Escola Dominical CPAD, abordaremos o tema da “Supremacia das Escrituras”. Nosso propósito é destacar a supremacia das Escrituras, sua autoridade, inspiração e inerrância; ao mesmo tempo apresentá-la de maneira compreensível para a nossa igreja. E, finalmente, desejamos que, ao final do trimestre, formemos bons leitores da Bíblia, de modo que o fervor espiritual seja mais e mais uma realidade em nossa igreja. Bom trimestre!
	Lição 1
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
2 de janeiro de 2022
	TEXTO ÁUREO
	VERDADE PRÁTICA
	“Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor” (Sl 119.1)
	A Bíblia Sagrada é a autoridade final da nossa regra de fé e prática.
	LEITURA DIÁRIA
	Segunda - 2Pe 1.20,21: As Sagradas Escrituras têm origem no próprio Deus
Terça - Sl 19.1-4: A natureza manifesta a grandeza de Deus ao ser humano
Quarta - Jo 20.30,31: A Bíblia revela a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus
	Quinta - Hb 4.12: Podemos ouvir a voz de Deus por meio da leitura da Bíblia
Sexta - Mc 13.31: As gerações passam, mas a Palavra de Deus permanece inalterada
Sábado - Ap 22.18,19: As Sagradas Escrituras transmitem toda a doutrina da salvação
	LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
	Salmos 119.1-8
	1 Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.
2 Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o coração.
3 E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos.
4 Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
5 Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos.
6 Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
7 Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.
8 Observarei os teus estatutos;não me desampares totalmente.
	HINOS SUGERIDOS
	258, 499, 559 da Harpa Cristã
	PLANO DE AULA
	APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
	Resumo:
	Ler e compreender a Bíblia é um desafio. Neste trimestre, vamos enfrentá-lo. O pastor Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus Missão e presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, é o comentarista deste trimestre. Ele nos ajudará a reconhecer a Supremacia da Bíblia na fé cristã, sua autoridade, inspiração e inerrância, e aplicá-la a vida cristã.
	Objetivos da Lição:
	I. Relacionar a origem da Bíblia com a Revelação Divina;
II. Pontuar as evidências da autenticidade da Bíblia;
III. Apresentar a mensagem da Bíblia.
	Motivação:
	Por que o nosso casamento, a nossa família, a nossa profissão e suas demandas éticas devem estar de acordo com a Bíblia? Por que a Bíblia é autoridade final para nós?
	Sugestão de Método:
	Apresente uma história em que os prejuízos espirituais e morais, como consequências de a Bíblia não ter autoridade final na vida, estejam em destaque.
	Aplicação:
	Você conhece a realidade de sua classe. Por isso, aplique a lição segundo essa realidade. Sugerimos que você desafie aos alunos a iniciar a leitura da Bíblia. Promova esse desafio em classe.
	SUBSÍDIO AO PROFESSOR
	Revista Ensinador Cristão:
	Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
	Subsídio Lições Bíblicas:
	Aqui você encontrará um subsídio especial para esta lição que dará suporte na preparação de sua aula. Leia o auxílio com atenção e busque integrá-los à prática docente.
	Auxílios Especiais:
	Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: (1) O texto “Categorias da Revelação Divina” aprofunda o primeiro tópico a respeito do tema da Revelação Especial; (2) O texto “O Professor que veio de Deus” traz uma reflexão que servirá como base de aplicação do terceiro tópico “A Mensagem da Bíblia”. Leia os auxílios com atenção e busque integrá-los à prática docente.
	COMENTÁRIO DA LIÇÃO
	PALAVRA-CHAVE
	Palavra-Chave: Autoridade
	INTRODUÇÃO
	Iniciando não só um novo ano letivo, mas um novo currículo de EBD, estaremos a estudar a Bibliologia - a doutrina da Bíblia. A Bíblia é a Palavra de Deus. No 1º Trimestre letivo de 2022, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: “A Supremacia das Escrituras - a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus”. O comentarista das Lições é o pastor Douglas Baptista. As lições estão distribuídas sob os seguintes assuntos: Lição 1 - A autoridade da Bíblia; Lição 2 - A Inspiração Divina da Bíblia; Lição 3 - A Inerrância da Bíblia; Lição 4 - A Estrutura da Bíblia; Lição 5 - Como ler as Escrituras; Lição 6 - A Bíblia como um Guia para a Vida; Lição 7 - A Bíblia transforma pessoas; Lição 8 - A Lei e os Evangelhos revelam Jesus; Lição 9 - As Histórias e as Poesias falam ao Coração; Lição 10 - As Profecias despertam e trazem esperança; Lição 11 - Lucas-Atos: O Modelo Pentecostal para hoje; Lição 12 - As Epístolas instruem e formam os cristãos; Lição 13 - A Leitura da Bíblia e a educação cristã. As Escrituras Sagradas, conhecida como Bíblia Sagrada, são a expressão do próprio Deus. Elas não são fruto da lucubração humana, mas da revelação divina. Elas não provêm da descoberta humana, mas do sopro divino. As Esculturas surgiram na mente de Deus e foram comunicadas pela boca de Deus, pelo sopro de Deus ou pelo seu Espírito Santo. As Escrituras são, pois, no verdadeiro sentido do termo, a Palavra de Deus, porque Deus as proferiu. É como os profetas costumavam anunciar: “a boca do Senhor o disse” (Is 1.20). Assim sendo, o tema do trimestre está bem colocado, pois nada é superior às Escrituras Sagradas. A Palavra “supremacia” significa aquilo que está acima, que não tem ninguém acima dele. E esta é a posição da Palavra de Deus. Quando lemos o Salmo 138.2, veja o que disse Davi: “Inclinar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua benignidade e pela sua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome”. Davi teve esta revelação do Espírito Santo de que o próprio Deus colocou a Sua Palavra acima do seu nome. É por isso que, quando Ele chama Jeremias, a primeira visão que o Senhor dá a ele mostra esta posição de Deus em relação à Sua Palavra. Veja o que Deus disse a Jeremias: “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr 1.12). Então, note que Deus tem um cuidado todo especial com a Sua Palavra, a ponto de afirmar que ela está acima do seu glorioso nome. No cumprimento da Palavra de Deus, que Ele se encarrega de fazer, Ele revela a sua majestade e divindade. As Escrituras Sagradas, portanto, são a Palavra de Deus; elas mesmas assim se definem, e o cumprimento exato de tudo quanto nela está desde os primórdios da história da humanidade é a prova irrefutável de que elas são, sem sombra de dúvida, a Palavra de Deus, a revelação de Deus aos homens. Muitos têm tentado, ao longo dos séculos, levantar-se contra a Palavra de Deus, mas todos têm fracassado em seu intento de calá-la ou desacreditá-la, precisamente porque não se trata de uma obra feita pela mente, vontade ou imaginação humana, mas tem sua origem, sua concepção e o zelo pelo seu cumprimento diretamente em Deus. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Como filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras, pois todos nós dependemos vitalmente delas. Quanto mais as estudarmos, mais íntimos seremos de seu Autor. Um cristão só adquire a maturidade cristã através da leitura e estudo da Palavra de Deus. A oração é necessária para que falemos com Deus, e o estudo das verdades sagradas fará com que Deus fale conosco, comunicando-nos sua vontade e sua pessoa. Disse Jesus: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39). Devemos observar que o estudo das Escrituras Sagradas não é de exclusividade da liderança eclesiástica, como muitos pensam. Todos os cristãos, sejam leigos, sejam clérigos, têm obrigação de estudar as Escrituras e buscar o seu conhecimento adequando de acordo com as normas de interpretação reconhecidas. A “Supremacia das Escrituras” é verdadeira porque o seu conteúdo tem origem em Deus; foi comunicado por Deus aos homens santos escolhidos pelo Senhor para reduzi-la a escrito. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êx 5.1; Is 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jr 1.2); "está escrito" (Mc 1.2). Ante tais considerações, não temos como deixar de reconhecer que a Bíblia Sagrada é dotada de autoridade absoluta, ou seja, deve ser aceita pelo homem como única regra de fé e prática, ou seja, o ser humano, se quiser ser fiel e obediente ao seu Criador, deve crer no que as Escrituras dizem e fazer exatamente o que elas determinam. Sendo a Palavra de Deus e a fiel comunicação da vontade divina aos homens, não há, mesmo, como deixar de observar o que é prescrito pelas Escrituras, nem deixar de crer naquilo que elas nos dizem. No entanto, apesar disto, não têm sido poucas as tentativas, ao longo da história, mesmo no meio do povo que se diz ser cristão, para descaracterizar esta autoridade absoluta e prioritária que deve ter a Bíblia Sagrada na vida de um servo do Senhor. Ao longo da história de Israel, todos quantos procuraram se rebelar contra a autoridade das Escrituras foram apresentados como pessoas que se fizeram inimigas da vontade de Deus, demonstrando, claramente, que a desconsideração da autoridade das Escrituras é atentado contra o próprio Deus. São diversos os exemplos, mas citemos apenas alguns a título de ilustração: (1) Saul, o primeiro rei de Israel, foi rejeitado por Deus porque preferiu sacrificar a obedecer à Palavra do Senhor (1Sm 13.8-14); (2) Davi, mesmo sendo um homem segundoo coração de Deus, viu transformar-se em tragédia uma festividade que realizou para levar a arca de Deus para Jerusalém, por não ter atentado à lei do Senhor (2Sm 6.3-9; 2Cr 15.1-3); (3) O povo do reino de Israel, o reino das dez tribos do Norte, perdeu a sua terra e a sua identidade, até o dia de hoje, porque rejeitou o conhecimento de Deus, ou seja, a observância da Sua Palavra (2Rs 17.7-23); (4) O povo do reino de Judá, o reino das duas tribos do Sul, perdeu a sua terra, que descansou durante setenta anos, por não ter cumprido a determinação do ano sabático (2Cr 36.21,22); (5) Os saduceus são apontados por Jesus como pessoas que viviam erradamente sob o ponto-de-vista espiritual por não conhecerem as Escrituras, ou seja, não a observarem, erro este que levou à total destruição deste partido judeu quando da destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d.C. e a derrota definitiva para os romanos no ano 135 d.C. (Mt 22.29; Mc 12.24,27). Apesar destes exemplos bíblicos, não foram nem são poucos os que se encontram na mesma e triste lamentável situação dos saduceus, errando por não conhecerem as Escrituras e lhes negando autoridade, embora se digam, como o faziam os saduceus, “defensores intransigentes das Escrituras”, e isto porque, assim como os saduceus, embora afirmem prestigiar o texto sagrado e reconhecer-lhe a autoridade, diminuíam-no na prática de seus atos. Os saduceus, por exemplo, somente criam nos cinco livros da Lei, desprezando todas as demais Escrituras, como se elas não fossem igualmente inspiradas por Deus. De igual modo, os “modernos saduceus” promovem muitos erros porque não aceitam a autoridade e a supremacia da Bíblia Sagrada. Os 66 Livros da Bíblia Sagrada são divinamente inspirados. Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2; 2Pe 1.21). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”. Esta expressão ocorre mais de 2.600 vezes. O Espírito Santo falou por intermédio dos autores: “O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca” (2Sm 23.2). Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26). Todavia, é bom fazer uma distinção entre o texto inspirado e o registro inspirado. Assim, declarações mentirosas como as de Ananias e Safira, as declarações de Satanás não foram inspiradas por Deus, mas sim o seu registro. Tais registros foram incluídos na Bíblia, para que conheçamos os ardis de Satanás e os pensamentos dos ímpios. Sabemos que uma das características da Bíblia é a sua imparcialidade; assim, ela não omite as mentiras, as falsidades ditas por alguém. As Escrituras Sagradas são essencialmente o manual da salvação, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2Tm 3.15). As Escrituras são ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. Seu propósito mais alto não é ensinar fatos da ciência que o homem pode descobrir por sua investigação experimental, mas ensinar fatos da salvação que nenhuma exploração humana pode descobrir e que somente Deus pode revelar. As Escrituras falam sobre a criação e a queda. Ensinam sobre o juízo de Deus e também de seu amor redentor. Alguém disse que as Escrituras são pastoralmente úteis para o ensino, isto é, como fonte positiva de doutrina cristã; para repreensão, isto é, para refutar o erro e para repreender o pecado; para a correção, isto é, para convencer os mal-orientados dos seus erros e colocá-los no caminho certo outra vez; e para a educação na justiça, isto é, para a educação construtiva na vida cristã. A Bíblia Sagrada revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is 46.10; Lc 21.25-28). As Escrituras Sagradas são infalíveis e inerrantes. Todavia, temos de entender que a inerrância e a infalibilidade estão relacionadas diretamente com a inspiração das Escrituras e, portanto, dizem respeito à mensagem originariamente transmitida aos homens inspirados pelo Espírito Santo, e que foram sendo copiadas e transmitidas geração após geração. Não nos esqueçamos de que a cópia de um texto é algo feito pelo homem, que não está sob a inspiração verbal plenária, e que, por isso mesmo, neste ato de copiar não estão envolvidos os conceitos de inerrância nem de infalibilidade. Com relação à tradução bíblica, também, é outro fator que não está sob o império da inerrância e da infalibilidade da Bíblia. Aqui, também, não temos a atuação da “inspiração verbal plenária” e, portanto, tais atividades podem ter erros ou equívocos, como também necessitam, de tempos em tempos, de revisões e atualizações, pois são ações humanas e, como tal, sujeitas ao tempo e ao espaço. Veja que a primeira versão da Bíblia Sagrada em língua portuguesa a ser levada para a imprensa, a de João Ferreira de Almeida, que continha o Novo Testamento, ainda antes de ter sido lançada, teve, pelo próprio tradutor, apontados cerca de 1.000 erros de tradução. Aliás, é por isso que esta versão, após terem sido feitas as correções, é conhecida como Almeida Revista e Corrigida, ou seja, foi objeto de uma correção e, se foi corrigida, é porque continha erros. Na década de 1940, a Sociedade Bíblica do Brasil efetuou uma atualização dessa versão que, feita no século XVII, se encontrava extremamente defasada e era de difícil compreensão da população da metade do século XX, surgindo, então, a Versão Almeida Revista e Atualizada. Tudo isto é possível e até necessário porque versões e traduções são obras humanas, feitas segundo a vontade de Deus, no sentido da tarefa da Igreja, mas sem a “inerrância e infalibilidade”. É bom enfatizar que a autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt 28.19; At 1.8). As Escrituras Sagradas são a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade. Ela sobreviveu para contar a mensagem de Cristo e da salvação, de geração a geração. Enfim, a Palavra de Deus é: Leite que nutre: “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pe 2.2); Água que limpa: “tendo-a purificado por meio da lavagem e da água pela palavra” (Ef 5.26); Espada para as lutas: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17); Mel que deleita: “os juízos do Senhor são verdadeiros e igualmente justos... são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Sl 19.10); Fogo e martelo: “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29); Restaura a alma: “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos” (Sl 19.7,8); É suprema: “Inclinar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua benignidade e pela sua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome” (Sl 138.2). Tomara que neste trimestre letivo venhamos a ter um profundo desejo de examinar as Escrituras Sagradas de forma sistemática e contínua, e que venhamos a nos conscientizar de que nenhum cristão pode ter uma saúde espiritual inabalável, uma vida espiritual equilibrada e firme sem o alimento contínuo da Palavra de Deus. A supremacia das Escrituras é doutrina fundamental do pentecostalismo clássico. A fé pentecostal se alicerça na inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. O tema é de relevada importância, especialmente nesse período de pós-modernidade e relativização da verdade. A Igreja atual enfrenta o avanço de ideologiasanticristãs que buscam desconstruir os valores preconizados na Bíblia Sagrada. Portanto, se faz necessário reafirmar o nosso compromisso inegociável com a revelação escrita de Deus. Na obra em comento, o autor discorre acerca de verdades práticas que são essenciais na formulação e na sustentação doutrinária professada pelas Assembleias de Deus. Já no capítulo de abertura, a Bíblia Sagrada é apresentada como autoridade final da nossa regra de fé e prática. Assuntos como a origem da Bíblia, sua autenticidade e a mensagem revelada na Palavra de Deus são descritos com clareza e fidelidade às doutrinas pentecostais. A inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada é explicada e ratificada em consonância com a nossa Declaração de Fé. Nesse compromisso, os conceitos de infalibilidade e inerrância dos textos bíblicos são analisados e reafirmados. A veracidade das Escrituras é atestada. E isso significa que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões espirituais quanto históricas e científicas. Somado a esses temas, o autor trabalha os critérios para avaliação da canonicidade bíblica, e assim destaca a uniformidade, validade e a coerência entre o Antigo e o Novo Testamento. Ressalta que os livros sagrados são de origem divina e possuem igual autoridade como regra de fé e prática, porém com funções distintas. Descreve, ainda, as técnicas de interpretação por meio da hermenêutica e da exegese com a ressalva que nenhum método pode ser colocado acima da autoridade da Palavra de Deus. Enfatiza que a Bíblia é um guia seguro para a nossa caminhada cristã e que, baseados nos ensinos da Palavra de Deus, somos instigados a viver com sabedoria e prudência. A obra igualmente salienta a eficácia da Palavra de Deus, que transpassa o interior do ser humano; tal qual uma espada, anula os conselhos do mundo e nos capacita a viver em humildade diante de Deus. São estudados, também, os preceitos e as narrativas da Lei e as aplicações dos Evangelhos, bem como a relação entre o Pentateuco e a Mensagem de Cristo. Os livros históricos e poéticos são aplicados de modo a mostrar a soberania e a sabedoria divina. Os livros proféticos são abordados como mensagens que expressam a soberana vontade do Senhor e como alerta ao povo de Deus com o propósito de produzir esperança e confiança nas promessas divinas. O exame de Atos dos Apóstolos focaliza a atividade do Espírito Santo e suas implicações na vida cristã como padrão bíblico adotado pelo crente pentecostal. As Epístolas são estudadas como instruções vitais na compreensão da doutrina cristã, bem como na formação do povo de Deus. A leitura e o estudo da Bíblia são incentivados na busca do fortalecimento da fé e da comunhão com Deus. O tema geral deste trimestre é a Bíblia, o livro por excelência. O historiador César Cantu afirmou: "A Bíblia é o livro de todos os séculos, de todos os povos e de todas as idades". A rainha Vitória disse: "A Bíblia é o segredo da grandeza da Inglaterra." Em 18 de abril de 1521, Martinho Lutero foi conduzido ao local da Primeira Dieta Imperial em Worms na Alemanha. A assembleia estava lotada, o número dos que ocupavam as antessalas, as janelas e as escadarias somavam cinco mil pessoas. Na ocasião, Lutero foi instigado a retratar-se de seus escritos e sua resposta diante daquela multidão entrou para a história como umade convicção e fé na autoridade das Escrituras Sagradas: Minha consciência está atrelada à palavra de Deus. Enquanto não me tiverem convencido pelas Sagradas Escrituras, não posso, nem quero retratar-me de coisa alguma, pois é perigoso agir contra a consciência. Não posso falar de outro modo. Eis-me aqui. Que Deus me ajude! Amém. A partir dessa declaração, surgia o embrião de um dos relevantes princípios teológicos da Reforma Protestante: “Sola Scriptura”. Para Lutero, o sentido dessa expressão latina era literal, ou seja, somente a Escritura - e não a Escritura somada à tradição da Igreja - é a fonte final de revelação cristã. Sua defesa era pela centralidade da Palavra de Deus. Lutero não reconhecia nenhuma outra fonte como autoridade infalível de fé e conduta que não fosse as Escrituras. Nessa perspectiva, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil professa crer e ensinar que “a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito Santo para a humanidade [...] nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus”. Nesse sentido, a autoridade da Bíblia se fundamenta em seu autor, que é Deus. Assim sendo, a autoridade dela depende do Altíssimo, e não dos homens. Desse modo, além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e exclusivamente do Altíssimo e não dos homens. Desse modo além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a origem da Bíblia, sua autenticidade e mensagem revelada na Palavra de Deus. A Escritura Sagrada é o livro mais traduzido em todo o mundo. Em agosto de 2020, as Sociedades Bíblicas Unidas (SBU) divulgaram que a tradução da Bíblia alcançou a marca de 700 idiomas. Isso significa que pouco mais de 5 bilhões de pessoas (mais ou menos 80% da população do mundo) agora têm a Palavra de Deus completa na sua língua materna. Esse crescimento na tradução bíblica é motivo de louvor e adoração ao autor das Escrituras: o Senhor Deus Todo-Poderoso! Contudo, apesar dessas notícias alvissareiras, de outro lado, multiplicaram-se as correntes ideológicas que buscam desconstruir a autoridade da Bíblia Sagrada. Nossa sociedade convive com a chamada “Modernidade Líquida” que, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman (1925-2017), teve início após a Segunda Guerra Mundial e continua se intensificando. Dentre as ideologias desse tempo, destaca-se o “relativismo cultural”, em que nenhum valor é absoluto, tudo é relativo e toda a verdade depende da cultura em que se está inserida. Em vista disso, os valores morais e éticos da Bíblia Sagrada são contestados e negados. Não fossem suficientes as mazelas da “modernidade líquida”, também denominada por alguns sociólogos e cientistas sociais de “pós-modernidade”, enfrentamos, ainda, o crescimento das teologias liberais e de seus adeptos. Cita-se o racionalismo teológico, especialmente a teoria de desmitologização de Rudolf Bultmann (1884-1976) e a sua heresia de que o discurso bíblico é mitológico, e como tal não pode ser proposto ao homem de hoje. Acrescenta-se a esse disparate a hermenêutica pós-moderna que busca ressignificar o sentido do texto focado no leitor em detrimento do Autor sagrado, e a isso se soma a não aceitação da inerrância bíblica. Diante desse quadro, surgem vários desafios, tanto de defesa da fé cristã como da necessidade de reafirmar a ortodoxia bíblica e de motivar os cristãos à leitura e ao estudo da Bíblia Sagrada. Nesse sentido, essa obra se propõe a expressar a supremacia das Escrituras, sua autoridade, inspiração, inerrância e infalibilidade de maneira compreensível para a Igreja. A obra também apresenta os princípios hermenêuticos a fim de dirimir dificuldades interpretativas quanto a linguagem, tempo, cultura e espiritualidade. Nesse propósito, ratifica-se autoridade suprema da Bíblia. O que está escrito deve ser obedecido, e não questionado ou relativizado. A obra também possui a pretensão de formar bons leitores da Bíblia, e, desse modo cumpre o papel de meio auxiliar para as Lições Bíblicas da Escola Dominical (EBD). Ressalta-se que o pressuposto doutrinário e as afirmações dogmáticas escudam-se na Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil. A fonte de consulta bibliográfica, tal como as demais obras de minha autoria, baseia-se em renomados escritores da teologia pentecostal. Este livro, contudo, não ignora os bons intérpretes da teologia romanista e/ou reformada, cuja abordagem identifica-se, ao menos nos pontos tratados no livro, com a confissão defé das Assembleias de Deus. Aproveito esse espaço para anotar que, no decorrer da redação desta obra, eu e minha esposa fomos “imunizados” com duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca, porém, cerca de vinte dias após a última dose, fomos infectados pelo Covid-19. Os sintomas como febre, dor de garganta, tosse, coriza, ausência de olfato e paladar colocaram toda a família em quarentena e em estado de alerta, aliás, todos foram infectados, exceto a netinha de pouco mais de um aninho. Contudo, a misericórdia do Senhor operou a cura em nossas vidas. Desse modo, registro nossa adoração e gratidão ao nosso bom Deus pela dádiva da vida e da salvação em Cristo Jesus. Ao iniciarmos mais um trimestre, temos diante de nós treze lições sobre a Bíblia - a Palavra de Deus. Que privilégio! Vamos estudar e conhecer melhor este maravilhoso livro e seu sagrado ensino. Ele revela ao homem o caminho para a salvação. Capacita o salvo para um contínuo crescimento espiritual, levando-o a andar em veredas Justas e retas, em condições de servir a Deus (Pv 4.18). A nossa segurança, como salvos, está condicionada aos ensinos deste Sagrado Livro. Precisamos aprender mais do seu Autor. O profeta Oséias, disse certa vez: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento” (Os 4.6). A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êx 5.1; Is 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jr 1.2); "está escrito" (Mc 1.2). Ante tais considerações, não temos como deixar de reconhecer que a Bíblia Sagrada é dotada de autoridade absoluta, isto é, deve ser aceita pela Igreja como única regra de fé e de prática; ou seja, o crente se quiser ser fiel e obediente ao seu Criador, deve crer no que a Bíblia diz e fazer exatamente o que ela determina. No entanto, apesar disto, não têm sido poucas as tentativas, ao longo da história, e no meio do povo que se diz de Deus, para descaracterizar esta autoridade absoluta e prioritária que deve ter a Bíblia Sagrada na vida de um crente. Ao longo da história de Israel, todos quantos procuraram se rebelar contra a autoridade da Bíblia Sagrada foram apresentados como pessoas que se fizeram inimigas da vontade de Deus, demonstrando, claramente, que a desconsideração da autoridade das Escrituras Sagradas é atentado contra o próprio Deus. Dediquemo-nos, ao estudo das Escrituras e prossigamos em conhecer a Deus (Os 6.3), a fim de não perecermos. Temos notado um descaso pelos ensinos da Palavra de Deus em nossas igrejas, e o grande número de pessoas sem a convicção plena da salvação e do que seja uma vida de santidade e de adoração a Deus. Tais crentes, como crianças, deixam se levar por crendices e ventos de doutrinas, soprados pelos falsos mestres, falta lhes o conhecimento do Santo Livro, por causa da negligência de alguns líderes, no ministério da palavra. (Veja Rm 12.7). “Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, repreensão, correção, para a educação em justiça” (2Tm 3.16). A autoridade suprema das Escrituras é uma doutrina da Reforma Protestante do Século XVI, surgida em contraposição à doutrina católica romana de uma tradição oral apostólica. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu Autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a Palavra de Deus. No seu livro, A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja, o pastor Ricardo Barbosa aponta uma contradição bastante comum no meio evangélico. Diz ele: “Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, deveríamos deixar que ela, além de revelar as doutrinas certas, molde nossa cosmovisão, a forma como vemos e interpretamos a realidade. Mas não é isso que acontece. Não tem sido a Bíblia, mas a mídia e a cultura em geral que têm moldado nossa leitura da realidade. Existe uma forte discrepância entre o que afirmamos crer e a forma como vivemos; não há uma integridade entre o conteúdo e a forma, entre a fé e a realidade. É claro que crer nas doutrinas certas é fundamental, mas é igualmente fundamental que elas sejam integradas à realidade de nossas vidas e igrejas. Certa vez Jesus advertiu seus discípulos dizendo: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”. Minha impressão é que alguns conhecem as Escrituras, mas não conhecem o poder de Deus; e outros conhecem o poder de Deus, mas não conhecem as Escrituras. Conhecer as Escrituras e o poder de Deus é integrar as verdades bíblicas e a vida de forma que o testemunho de Cristo seja poderosamente afirmado nos atos de misericórdia, compaixão, serviço e proclamação.” A maior parte das pessoas “engole” tudo que é oferecido hoje sem o menor cuidado. Daí a confusão reinante e o crescimento assustador não só de novas denominações cristãs, mas também de seitas e heresias. Claro, não se pode mudar de ideia nem de convicção só porque alguém ensina algo novo. Mas, a cada dia é preciso examinar as Escrituras para ver se tudo o que esse alguém transmite é de fato assim. Como escreve o Pr. Antonio Gilberto: “O presente século é caracterizado por ceticismo, racionalismo, materialismo e outros “ismos” sem conta. A Bíblia, em meio a tais sistemas, sempre sofre grandes ameaças. Até há pouco tempo, a luta do Diabo visava destruir o próprio Livro, mas vendo que não conseguia isso, mudou de tática e agora procura perverter a mensagem do Livro. Seitas e doutrinas falsas proliferam por toda parte coadjuvadas pelo fanatismo e ignorância prevalecentes em muitos lugares. Nossa crença na Bíblia deve ser convicta, sólida e fundamental; não deve ser jamais um eco ou reflexo dos outros. Se alguém lhe perguntar, leitor: “Por que você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus?” - saberá você responder adequadamente? Muitos crentes têm sua crença na Bíblia desde a infância, através dos pais, etc., mas nunca fizeram um estudo profundo e acurado para verificarem a realidade da origem divina da Bíblia”. Muito falaríamos sobre os danos morais e espirituais, por falta de conhecimento das Escrituras, se houvesse espaço. Todavia, enfocaremos alguns fatos trágicos se não existisse a Bíblia: Não teríamos o verdadeiro conhecimento do nosso Criador, que é a condição essencial para adorá-lo (Jo 4.21-24); Não conheceríamos as normas de conduta moral que honram a santidade de Deus; O futuro do homem seria mera conjectura, pois nada conheceríamos quanto à recompensa dos justos e ao castigo dos ímpios. Estudemos com afinco as lições. Elas serão proveitosas àqueles que puserem em prática os seus ensinos. Nesta lição veremos as definições dos termos Bíblia e autoridade; pontuaremos alguns aspectos da autoridade da Bíblia; notaremos alguns propósitos de Deus com a Bíblia; e por fim, falaremos sobre as características da Bíblia Sagrada. Coloquemo-nos a disposição do Autor da Bíblia. Sejamos ganhadores de almas e edificadores de vidas. Glorifiquemos a Deus, através de uma vida santificada, conhecendo os maravilhosos ensinos da sua Palavra. Amém! Vamos pensar maduramente a nossa fé?
	PONTO CENTRAL
	A Bíblia tem origem em Deus.
	I. A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA
	A investigação do caráter da Bíblia se constitui num esforço no sentido de se descobrir a verdadeira base da sua autoridade. As Escrituras do Antigo e Novo Testamentos formam um cânon devido ao fato de que estas são palavras ou oráculos autorizados. No contexto desta lição e expressão autorizada sugere que a Bíblia em todas as suas partes é a voz de Deus falando ao homem. Sua autoridade é inerente, sendo como é, nada menos do que um edito imperial: “Assim diz o Senhor”.
1. A Origem da Bíblia. Antes de haver a revelação divina escrita, Deus revelava-se verbalmente. Desde Adão até Moisés, passaram-se 2.500 anos aproximadamente. A revelação verbal de Deus foi transmitida inicialmente por Adão, que viveu 930 anos, e este passou às gerações seguintes até chegar a Moisés. Não há evidência de que houvesse alguma revelação escrita antes de Moisés, por isto Deuslhe ordenou: “Escreve isto para memorial num livro!” (Êx 17.14). Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio do alto (2Tm 3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (1Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação divinamente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a humanidade. O teólogo Norman Geisler assegura que “um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais”. A referência diz respeito a dois dos textos bíblicos de autoria dos proeminentes apóstolos Pedro e Paulo (2Pe 1.20,21; 2Tm 3.16). Essa constatação é importante, uma vez que tais apóstolos têm seus ministérios reconhecidos como cheios do poder de Deus (At 5.14-16; 19.11,12), e isso tanto entre os judeus como entre os gentios (Gl 2.7-9). Em 2 Pedro 1.20,21, o apóstolo enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus. Nessa passagem, Pedro atribui a origem da revelação à obra do Espírito de Deus. O Comentário de Aplicação Pessoal destaca que tal assertiva petrina significa que “as Escrituras não se originaram do homem, nem foram interpretadas pelos próprios profetas à medida que transmitiam as preciosas mensagens”. Quer dizer que não se trata de opinião ou fruto do desejo humano. Na sequência, o apóstolo esclarece que os autores da Bíblia são homens santos, que nos transmitiram a vontade de Deus por meio da inspiração do Espírito Santo. Por sua vez, o apóstolo Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio da parte de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16a, ARA). Aqueles que fazem objeção que o texto de Pedro se refere apenas ao Antigo Testamento, aqui no texto paulino “toda” a Escritura é autenticada como inspirada, inclusive o Novo Testamento. Matthew Henry enfatiza que esse versículo descreve a excelência das Escrituras como “revelação divina, de que podemos depender como infalivelmente verdadeira”. Além dessas duas citações, temos ainda outras referências bíblicas nas quais os apóstolos ratificam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (confira 1Co 2.13,14; 14.37; Gl 1.12; Ap 1.1). O artigo de fé número um da Declaração das Assembleias de Deus corrobora com essa verdade ao professar crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada”. Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. A Bíblia tem sua origem em Deus. Toda a autoridade das Escrituras Sagradas depende exclusivamente da sua origem divina. O apóstolo Paulo escreveu que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16a). Um dos princípios da Teologia é o fato de Deus ter nos confiado um manual que revela a sua vontade, a Bíblia. Daí advém o que chamamos de revelação, o ato de tornar conhecido o que antes não o era. A Bíblia nos foi entregue a fim de que reconheçamos a Deus como o ser Supremo por excelência e a seu Filho Unigênito como o nosso Senhor Salvador. A Bíblia, portanto, não é fruto da lucubração humana, mas da revelação divina. Ela não provém da descoberta humana, mas do sopro divino. Isto não quer dizer, porém, que Deus anulou a personalidade, o estilo ou a preparação de seus escritores, uma vez que esses homens santos “falaram movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21). Significa que as Escrituras surgiram na mente de Deus e foram comunicadas pela Sua boca, pelo Seu sopro ou pelo Seu Espírito. As Escrituras são, pois, no verdadeiro sentido do termo, a Palavra de Deus, porque Deus as disse. É como os profetas costumavam anunciar: “a boca do SENHOR o disse” (Is 1.20; 40.5; 58.14; Mq 4.4). Portanto, por ter sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão.
a) Bíblia Sagrada - A Constituição Divina. É extremamente salutar saber que enquanto milhões de pessoas estão hoje buscando uma voz de autoridade que mereça confiança, a Bíblia Sagrada se levanta como tal. Sim, a Bíblia Sagrada é a única autoridade real que temos. Ela projeta luz sobre a natureza humana, sobre os problemas do mundo e sobre o sofrimento do homem. Além disso, ela revela de modo claro o caminho para Deus. A mensagem da Bíblia é a mensagem de Jesus Cristo. É a história da salvação e redenção através de Cristo. É a história da vida, da paz e da eternidade. Apesar dos grandes sucessos dos projetos científicos em nosso século, a nossa confiança repousa, acima de tudo, na mensagem inconfundível da Palavra de Deus. A Bíblia tem uma grande tradição e uma herança magnífica. Ela contém 66 livros escritos num período de mais ou menos dezesseis séculos, por diferentes homens. Entretanto, sua mensagem, divinamente inspirada pelo Espírito Santo, é clara do princípio ao fim. A Bíblia, apesar de antiga, é sempre nova. É nas Escrituras Sagradas que achamos as respostas às perguntas fundamentais da vida: De onde vim? Por que estou aqui? Qual o propósito da minha existência? Uma das grandes necessidades da Igreja hodierna é voltar às Escrituras como base da sua autoridade, e estudá-las em oração e na dependência do Espírito Santo. Quando lemos a Palavra de Deus, nosso coração se enche de suas palavras, e Deus fala conosco. Durante este trimestre você estudará a Bíblia sobre os seus mais variados aspectos, como seja: inspiração, harmonia e unidade, autoridade, atualidade e fidelidade das Escrituras. Outros temas serão abordados, como: as grandes doutrinas da Bíblia, métodos de estudo da Bíblia, como interpretar a Bíblia, a pregação e a Bíblia, a família cristã e a Bíblia. Faça do estudo dos assuntos desta revista uma bênção extensiva à sua família e demais conhecidos seus, desafiando-os a participarem da Escola Dominical. Que a bênção de Deus repouse sobre a sua vida!
b) A Bíblia - O Livro da Igreja. A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Esta é a mais curta definição canônica da Bíblia. Esta posição para com a Bíblia é de capital importância para o êxito no seu estudo. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela expressa a vontade de Deus. Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade. Declarou corretamente certo autor anônimo: "A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!" Tudo o que Deus tem preparado para o homem, bem como o que Ele requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber espiritualmente da parte dele quanto à sua redenção e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar a Palavra de Deus e apropriar-se dela pela fé em Jesus. O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo, e praticar a Bíblia para ser santo. Saiba-se que conhecemos de fato a Deus, não primeiramente estudando a Bíblia, mas amando-O de todo o coração e crescendo em comunhão com Ele (1Jo 4.7; Jo 14.21,23). É nulo o conhecimento espiritual destituído de fé (Hb 4.2). A Palavra de Deus é destinada ao coração (para ser amada), e à mente (para ser estudada, entendida), (Hb 10.16). O plano de Deus para o crente é que o mesmo tendo uma vez conhecido a verdade salvadora, prossiga até o pleno conhecimento dela (1Tm 2.4; Pv 9.9). Que neste trimestre, cada aluno da Escola Dominical aprofunde-se mais e mais na comunhão com Deus ao meditar na viva e eficaz Palavra de Deus.
c) A Bíblia - O Livro Singular. A Bíblia é um livro singular, diferentede qualquer outro. Mesmo quem não vê seu valor religioso deve considerar que se trata de uma obra antiga magnífica. Por vários motivos a Bíblia é a Palavra de Deus, ela é única.
1) Singular por aquilo que é em si mesma. A Bíblia divide-se em duas partes: Antigo e Novo Testamentos. O A.T. foi escrito antes de Cristo e o Novo depois de sua morte. Foi o primeiro livro impresso no mundo, em 1452. É o livro mais traduzido e o de maior circulação. Foi escrito por cerca de 40 diferentes homens, ao longo de 16 séculos.
2) Singular por aquilo que afirma. A Bíblia é a revelação objetiva de Deus. Da pessoa, dos atributos, da natureza, do pensamento e da ação de Deus. Ela fala essencialmente de quatro pessoas: Pai, Filho, Espírito Santo e Satanás. Ela envolve acontecimentos que se relacionam com três lugares: Céu, Terra e Inferno. Abrange três povos: judeus, gentios e Igreja de Deus. Ela fala de dois destinos eternos: salvação e perdição e um Salvador poderoso: Jesus Cristo.
3) Singular por aquilo que produz. Nenhum outro livro, em todo o Universo, se parece com a Bíblia, inclusive em seus resultados. Ela é capaz de santificar (Jo 17.17), fortalecer (Sl 119.28), esclarecer (Sl 119.30), regenerar (1Pe 1.23), limpar (Jo 15.3) e vivificar (Jo 6.63). Bendito seja o Senhor por tão maravilhosa Palavra!
2. A Bíblia como um livro. Além da necessidade de aceitar a Bíblia como a divina revelação dos propósitos de Deus para com a humanidade, impõe-se o dever de compreendê-la como um livro, escrito com palavras ao nível da assimilação humana. O fato de Deus usar a linguagem humana como meio de dar forma escrita aos Seus santos decretos, toma o livro, conhecido como Bíblia, um património do céu e uma riqueza e bênção para a vida do homem. Compreender isto ajuda a fazer da Bíblia o livro mais amado dos seus leitores e estudiosos.
a) Os livros antigos. A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolo (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente, cuja entrecasca servia para escrita. Pergaminho é a pele de animais curtida. Seu uso é mais recente que o papiro; vem desde os primórdios da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 2 Timóteo 4.13.
1) O formato primitivo da Bíblia. A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim, vemos que a princípio, os livros sagrados não estavam reunidos uns aos outros como os temos agora em nossa Bíblia. O que tomou isso possível foi a invenção do papel no Século II pelos chineses, bem como a do prelo de tipos móveis em 1450 d.C. por Guttenberg, tipógrafo alemão. Até então era tudo manuscrito pelos escribas, de modo laborioso, lento e oneroso. Quanto a este aspecto da difusão da Sua Palavra, Deus tem abençoado maravilhosamente, de modo que hoje em dia milhões de exemplares das Escrituras são impressos com rapidez e facilidade em muitos pontos do globo. Também, graças ao progresso alcançado no campo das invenções e da tecnologia, hoje podemos transportar com toda comodidade um exemplar da Bíblia, coisa impossível nos tempos primitivos. Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais. os rolos sagrados das escrituras hebraicas continuam em uso nas sinagogas judaicas.
2) O vocábulo “Bíblia”. Este vocábulo não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras. E derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado “biblion”, e vários destes era uma “bíblia”. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”. É consenso geral entre os doutores no assunto que o nome Bíblia, foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no IV Século da nossa era. Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O Livro, isto é: O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como O Livro Divino, a definição canónica da Bíblia é “A revelação de Deus à humanidade”. A palavra “Bíblia” não se encontra no texto das Sagradas Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita “biblos”. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado “biblion”, e vários destes era uma “bíblia”. Portanto, a palavra Bíblia quer dizer: “coleção de livros pequenos”. Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação do uso desse vocábulo para se referir à Palavra de Deus. No Ocidente, a palavra em questão foi introduzida por Jerônimo tradutor da Vulgata Latina (tradução da Bíblia do grego para o latim), o qual, costumeiramente, chamava o Sagrado Livro de “Biblioteca Divina”. Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma são: (1) Escrituras (Mt 21.42; 22.29; Mc 14.29; Lc 24.27; Jo 5.39); (2) Sagradas Letras (2Tm 3.15); (3) Livro do Senhor (Is 34.16); e, (4) Palavra de Deus (Pv 30.5; Hb 4.12).
3) Nomes da Bíblia. Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, isto é, nomes canônicos, são: Escrituras (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2); Livro do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 7.13); Oráculos de Deus (Rm 3.2, ARA).
b) A estrutura da Bíblia. A estrutura da Bíblia compreende a sua composição, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classificação por assuntos, divisões em capítulos e versículos, e certas particularidades indispensáveis.
1) Os dois Testamento. A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo e Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros; sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo. Estes 66 livros foram escritos num período de mais ou menos 16 séculos por cerca de 40 autores distintos. Aqui está um dos milagres da Bíblia. Esses escritores pertenciam às mais variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, regiões e continentes diferentes, distantes uns dos outros, em épocas e condições diferentes. Entretanto seus escritores formam uma harmonia perfeita. Isto prova' que um só os dirigiu no registro da revelação divina.
2) O Antigo Testamento. Como já dissemos, o Antigo Testamento contém 39 livros, e foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de pequenos trechos que estão em aramaico. Seus 39 livros estão classificados em 4 grupos, conforme o assunto a que pertencem. São eles:
a) Lei. São 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. São comumente chamados de O Pentateuco. Esses livros tratam da origem de todas as coisas, da Lei, e o estabelecimento da nação de Israel.
b) História. São 12 livros: de Josué a Ester. Registram fatos ocorridos no período compreendido pela teocracia, monarquia, reino dividido, e pós-cativeiro de Judá.
c) Poesia. São 5 livros, de Jó a Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque sejam cheios de imaginação e fantasias, mas devido ao gênero de seu conteúdo. São também chamados devocionais.
d) Profecia. São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estes estão divididos em profetas maiores (Isaías a Daniel - 5 livros), e profetas menores (Oséias a Malaquias - 12 livros).
3) Novo Testamento. O Novo Testamento se compõe de 27 livros. Foi escrito em grego. Seus livros estão classificados em 4 grupos. São eles:
a) Biografia. São os 4 Evangelhos. Descrevem a vida terrena de Jesus Cristo e seu glorioso ministério. Todos os livros que os precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus Cristo, e os que se lhes seguem são explicações da doutrina de Cristo.
b) História. E o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história dos primeiros anos da Igreja, seu viver, a pregação do Evangelho; tudo feito na força do Espírito Santo, conforme Jesus prometera (At 1.8).
c) Epístolas. São 21 as epístolas ou cartas, e vão desde Romanos até a epístola de Judas. Elas contêm a doutrina da Igreja.
d) Profecia. E o Livro de Apocalipse ou Revelação. Trata dos eventos que terão lugar na terra imediatamente após o arrebatamento da Igreja do Senhor JesusCristo.
c) Como manusear a Bíblia. Melhor proveito terá do estudo da Bíblia aquele que melhor souber manuseá-la. Os pontos abordados a seguir, ajudar-lhe-ão a ter o aproveitamento que tanto deseja na leitura e estudo das Escrituras.
1) Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de Deus. A memória é falível, de sorte que muita coisa importante pode ser esquecida ao longo do tempo. Seus apontamentos se constituirão numa fonte de consultas contínua. Portanto, racionalize e organize os apontamentos feitos em terno do seu estudo da Palavra de Deus.
2) Como ler e escrever referências bíblicas. O sistema mais simples e rápido para escrever referências bíblicas é o seguinte: duas letras, sem ponto, para cada livro da Bíblia. Por exemplo: 1Jo 2.4 (1 João capítulo 2, versículo 4); Jó 2.4 (Jó capítulo 2, versículo 4); Jn 2.4 (Jonas capítulo 2, versículo 4); 1Pe 5.5 (1 Pedro capítulo 5, versículo 5); Fp 1.29 (Filipenses capítulo 1, versículo 29); Fm 14 (Filemom, versículo 14).
3) Diferença entre as partes da Bíblia. Para efeito de estudo e compreensão da Bíblia, é interessante que atentemos para a diferença entre suas partes, assim definidas:
a) Texto. São as palavras contidas numa passagem.
b) Contexto. É a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro.
c) Referência. É a conexão direta sobre determinado assunto. As referências podem ser verbais e reais. A primeira é um paralelismo de palavras; a segunda, de assuntos ou ideias.
d) Inferência. É uma conexão indireta entre assuntos. É uma ilação ou dedução. De acordo com o texto bíblico básico desta lição (Dt 17.14,15,18-20), os reis de Israel tinham o dever de possuir um traslado da lei do Senhor, “e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los; para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel”. Face à possibilidade de adquirir e ler a Bíblia Sagrada, mais que um privilégio, constitui-se num sagrado dever da nossa parte lê-la e dela jamais nos desviarmos.
3. A Revelação divina na Bíblia. O estudo da autorrevelação de Deus para a humanidade é classificado de duas formas: (1) a revelação geral e (2) a revelação especial. A revelação geral e a revelação especial são as duas formas que Deus tem escolhido para Se revelar à humanidade. A revelação geral se refere às verdades gerais que podemos aprender sobre Deus através da natureza. A revelação especial se refere às verdades mais específicas que podemos aprender sobre Deus através do supernatural. Em relação à revelação geral, Salmos 19.1-4 declara: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” De acordo com essa passagem, a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da observação do universo. A ordem, detalhes e maravilha da criação falam da existência de um Criador poderoso e glorioso. A revelação geral também é ensinada em Romanos 1.20: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. Semelhante ao Salmo 19, Romanos 1.20 ensina que o poder eterno e a natureza divina de Deus “claramente se conhecem” e são “percebidos” pelo que foi criado, e não há nenhuma desculpa para negar esses fatos. Com essas Escrituras em mente, talvez uma definição de revelação geral seria: “A revelação de Deus a todas as pessoas, em todos os momentos e em todos os lugares que prova que Deus existe e que Ele é inteligente, poderoso e transcendente.”
a) Revelação Geral. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana. Nesse ponto, convém ressaltar que “como Deus é infinito e os seres humanos são finitos, se estes quiserem conhecer a Deus, tal conhecimento deverá ocorrer pela iniciativa do próprio Deus em se revelar”. A palavra revelação significa “descobrimento, desvelamento, divulgação”. Em vista disso, o conhecimento de Deus é o conhecimento revelado por Ele mesmo. A palavra revelação significa “tomar conhecido, mostrar”. No latim o termo revelare significa “pôr para trás o véu para que se veja”. Segundo Thayer, o significado bíblico de revelação é: descobrir, despir. Significa “tomar a verdade conhecida”. Jesus declarou que “Deus é Espírito” (Jo 4.24); por isso entendemos que é impossível ao homem, por seus próprios meios, conhecer a Deus, visto que Ele é imperceptível aos sentidos naturais. Pode o homem finito conhecer o infinito, o mortal conhecer o imortal, o limitado conhecer o ilimitado, sem que haja uma revelação? Não! Precisamos da revelação de Deus. E Ele se revela aos homens. Só Ele, o próprio Deus, pode tomar a iniciativa de se revelar a Si mesmo através de manifestações capazes de alcançar a percepção humana. Chama-se de revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda parte por três maneiras. Revelação geral é a expressão da teologia cristã utilizada para designar a revelação de Deus a toda a humanidade através, especialmente, da obra da criação. A revelação de Deus se faz conhecer por meio da História, do Universo e da Natureza Humana. Vejamos três modos pelos quais Deus tem se revelado ao homem:
1) A revelação natural. É feita mediante o falo da Criação. É impossível negar a existência de Deus diante da beleza da Criação (Sl 19.1-6). Porém, essa revelação torna-se insuficiente por causa da incredulidade do homem. Daí a necessidade de uma revelação mais objetiva. Em Atos 14.17, temos a prova que Ele deu essa revelação de Si mesmo através de um modo mais explícito, a escrita.
a) Na História. As Escrituras indicam que Deus se revela na história por meio da sua soberania. A soberania divina não deve ser entendida como “uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa oriunda das perfeições do Ser Supremo”. Em outras palavras, a soberania é um direito divino, pelo fato de Ele ser o criador, poderoso, santo, eterno e imutável. Indica o total domínio que o Senhor exerce sobre toda a criação. Significa que tudo pertence a Deus, e que Ele tudo faz conforme lhe agrada sem necessitar prestar contas a ninguém (1Cr 29.11; Sl 115.3; Dn 4.35). Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22). Para J. Williams, “a história possui um caráter teológico: toda ela carrega a marca da atividade divina [...] a história de todas as nações representa algum desvendar de Deus em ação”. Deus se revela pela sua soberania. Deus está no controle de tudo! Por definição, Ele é Soberano, Poderoso, Onisciente, Onipresente e Eterno. Ele é o Deus que criou os céus (universo) a Terra e tudo que nela existe. Ele é o Senhor que dirige a história da humanidade com o Seu braço forte e nada foge ao Seu controle, porque o nosso Deus tem o controle de tudo. Sua Soberania ultrapassa o nosso entendimento, mas a Palavra de Deus nos mostra que Ele é Soberano sobre tudo e sobre todos. Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora de Sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22).
b) No Universo. As Escrituras também mostram que Deus se revela no Universo por meio do seu poder (Is 40.26; 45.18); sua majestade (Am 4.13); e sua soberania (Sl 89.11-13). O primeiro versículo da Bíblia assevera: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”(Gn 1.1). O emprego do verbo hebraico “bara” (criar) indica que, “do nada” (latim ex-nihilo), Deus trouxe a existência todos os fenômenos físicos. A obra Teologia Sistemática Pentecostal registra que “no Antigo Testamento, ‘os céus e a terra’ abrangem a inteireza do ‘Universo ordeiro e harmonioso’. Nada existe que não tenha sido criado por Deus”. Em vista disso, Deus se manifesta onipotente, magnificente e soberano nas coisas criadas: o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19.1-4; At 14.15-17; Rm 1.18-21). De acordo com Salmos 19.1-4, a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da observação do universo: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo”. A ordem, detalhes e maravilha da criação falam da existência de um Criador poderoso e glorioso. A revelação geral por meio do universo também é ensinada em Romanos 1.20: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. Portanto, assim como no Salmo 19, Romanos 1.20 ensina que o poder eterno e a natureza divina de Deus claramente se conhecem e são percebidos pelo que foi criado, e não há nenhuma desculpa para negar esses fatos.
c) No ser humano, criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). Com relação à revelação geral, também, Deus se fez conhecer em toda parte pela natureza humana. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim está escrito: “Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). Além de ter tido cuidado peculiar na sua criação, o homem ainda porta em si algo que os demais seres criados não têm, a saber, ser “a imagem e semelhança de Deus”. Em que sentido o ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus? Obviamente Deus não nos criou exatamente como Ele, porque Deus não possui corpo físico. Em vez disso, somos reflexos da sua glória. Alguns pensam que nossa razão, criatividade, discurso ou autodeterminação são a imagem de Deus. Nunca seremos totalmente como Deus, pois Ele é o Criador supremo, porém temos a capacidade de refletir seu caráter através do amor, do perdão, da paciência, bondade e fidelidade. Saber que formos criados à imagem de Deus e compartilhar muitas de suas características provê uma base sólida para a imagem própria. O autovalor do homem não está baseado em posses, conquistas, atrativos físicos ou aclamação pública. Ao contrário, está baseado no fato de ser criado à imagem de Deus. Porque fomos feitos à imagem d’Ele, podemos nos sentir bem a respeito de nós mesmos. Criticar ou depreciar o que somos é criticar o que Deus fez e as habilidades que Ele nos tem dado. Saber que você é uma pessoa de valor ajuda-o a amar a Deus, conhecê-lo pessoalmente e prestar uma valiosa contribuição às pessoas ao seu redor. Ainda as Escrituras demonstram que Deus se revela na criação do ser humano. A Bíblia afirma que a raça humana foi criada à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Ao abordar o tema, o Comentário Bíblico Beacon salienta três aspectos do homem feito à imagem de Deus: (1) um ser espiritual apto para a imortalidade (Gn 1.26); (2) um ser moral que tem a semelhança de Deus (Gn 1.27); e (3) um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo (Gn 1.26c,28-30). Dessas três características, a natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o caráter moral de Deus (Ef 4.24; Cl 3.10). Acerca disso, Paulo falou de uma lei escrita no coração das pessoas, que por meio dos pensamentos e da consciência as acusa ou as defende diante de Deus (Rm 2.11-16). A natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o caráter moral de Deus (Rm 2.11-15; Ef 4.24; Cl 3.10). Muitas pessoas testemunharam a respeito da Bíblia. O Que Eles Disseram Sobre a Bíblia? Pedro Calmon, magnífico Reitor da antiga Universidade do Brasil: “Livro dos livros, a Bíblia é o fundamento de uma cultura que se fez com a palavra - no princípio era o verbo - a promessa, a divina promessa da justiça, que pacifica os homens; que os incorpora na sociedade; que lhes abre as portas da sobrevivência. Alicerce de uma civilização eminentemente moral, a Bíblia é o eterno documento do espírito, mensagem de comunhão do homem com Deus”; Coelho Neto, polígrafo - homem de fé: “O livro de minha alma, a Bíblia, não o encerro na biblioteca entre os livros de meus estudos. Conservo-a sempre à minha cabeceira, à mão. É dela que tiro a água para a minha sede da verdade; é dela que tiro o bálsamo para as minhas dores, nas horas de agonia. É vaso em que cresce a verdade. Nela vejo sempre a verde esperança abrindo-se na flor celestial, que é a fé. Eis o livro que é a valise com que ando em peregrinação pelo mundo”; J. J. Rousseau, filósofo francês: “Eu confesso que a majestade das Escrituras Sagradas me abisma, e a santidade do Evangelho enche o meu coração. Os livros dos filósofos com toda a sua pompa, quanto são pequenos à vista deste! Pode-se crer que um livro tão sublime e, às vezes tão simples, seja obra dos homens?!’; Erasmo Braga, teólogo: “Considerando a Bíblia pelo seu aspecto literário, não se compreende como intelectuais podem permanecer indiferentes à grande fonte em que se abeberam os que fizeram a nossa literatura - eminentemente bíblica e deram maciez, tom suave, e caminho ao nosso meigo idioma. Como se pode ler Bernard, Frei Luiz, e Vieira, e não possuir o veio donde lhes saiu o ouro de lei - Deus?”; Tobias Barreto, escritor: “A Bíblia é um modelo de tudo quanto é bom e belo, e, se outras razões não determinassem sua leitura, bastaria o gosto, o simples instinto literário, para levar-nos a folhear, a admirar as palavras sublimes, as lavras petrificadas que brotaram daquelas bocas abrasadas como crateras do Céu”; Victor Hugo, escritor francês: “Há um livro que, desde a primeira letra até a última, é uma emanação superior; um livro que contém toda a sabedoria divina, um livro que a sabedoria dos povos chamou de Bíblia. Espalhai evangelhos em cada aldeia: uma Bíblia em cada casa!”; César Cantu, historiógrafo: “A Bíblia é o livro de todos os povos, de todos os séculos, e para todas as idades”.
2) A revelação escrita. A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem. Toda a Sua vontade está expressa na Bíblia, a Sua Palavra. A revelação escrita não anulou a revelação natural de Deus, mas a tomou ainda mais viva e real, propiciando ao homem uma revelação pessoal, como o Deus Todo-Poderoso.
3) A revelação pessoal (Jo 5.39; Lc 24.25-27; Mt 5.17,18; Jo 1.18). A revelação escrita seria incompleta, só a profecia, que trata da Revelação Pessoal de Deus, não tivesse tido o seu cumprimento. Todas as profecias do Antigo Testamento anunciavam uma revelação pessoal de Deus, a qual foi feita através de Jesus Cristo.
b) Revelação Especial. A Pessoa de Jesus Cristo é a forma suprema da revelação especial de Deus. Deus se tornou um ser humano (Jo 1.1,14). Hebreus 1.1-3 resume muito bem: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser”. Deus se tornou um ser humano na pessoa de Jesus Cristo para se identificar conosco, para ser um exemplo para nós, para nos ensinar, para Se revelar a nós e, mais importante, para nos providenciar salvação eterna através da sua morte expiatória na cruz (Fp 2.6-8). Também, as Escrituras Sagradas são uma forma de revelação especial. Deus de forma milagrosa guiou os autores das Escrituras a registrarem corretamente a Sua mensagem à humanidade,ao mesmo tempo usando os seus estilos e personalidades. A palavra de Deus é viva e ativa (Hb 4.12). A Palavra de Deus é inspirada, útil e suficiente (2Tm 3.16,17). Deus determinou que a verdade sobre Si mesmo seria registrada na forma escrita porque sabia da imperfeição e falta de confiabilidade da tradição oral. Ele também sabia que os sonhos e visões dos homens poderiam ser mal interpretados e as lembranças desses sonhos distorcidas. Deus decidiu revelar através da Bíblia tudo que a humanidade precisava saber sobre Ele, o que Ele quer e o que tem feito por nós. Ele também tem prometido sustentá-la e preservá-la por todos os tempos. Se por um lado a revelação geral denuncia a culpa humana em rejeitar o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21), a revelação especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Ela é o complemento da revelação que Deus fez de si mesmo na história, no universo e na humanidade (Rm 10.11-17; Hb 1.1-3). Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo: “Estes [os sinais], porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31). Ela é o complemento da revelação que Deus fez de si mesmo na história, na criação do Universo e da humanidade (Rm 10.11-17; Hb 1.1-3). A revelação especial é necessária porque, a partir da Queda no Éden, o relacionamento do homem com Deus foi afetado. O pecado original de Adão passou a todos os homens (Rm 5.12). Jacó Armínio salienta que a “abrangência deste pecado [...] não é peculiar aos nossos primeiros pais, mas é comum a toda a raça humana e a toda sua posteridade”. Por causa disso, não basta ao homem saber da existência de Deus ou conhecer algo sobre Ele; faz-se necessário restaurar a comunhão com o Senhor. Não obstante, se, por um lado, na revelação geral, Deus se faz conhecer, por outro lado, ela também denuncia a culpa humana em rejeitar o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21). Assim, no propósito de reconciliar a humanidade com Deus, a revelação especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Nesse sentido, reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). Cremos que a encarnação do Senhor Jesus era absolutamente necessária para que o Redentor tivesse duas naturezas inseparavelmente unidas, a fim de realizar a obra da redenção. E ratificamos que a Bíblia Sagrada é a única revelação escrita de Deus dada pelo Espírito à humanidade. É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo (Jo 20.31). A revelação especial é como Deus escolheu Se revelar através de meios milagrosos. Ela inclui aparições físicas de Deus, sonhos, visões, a Palavra escrita de Deus e mais importante - Jesus Cristo. A Bíblia registra Deus aparecendo de forma física várias vezes (Gn 3.8; 18.1; Êx 3.1-4; 34.5-7). A Bíblia registra Deus falando a pessoas através de sonhos (Gn 28.12; 37.5; 1Rs 3.5; Dn 2) e visões (Gn 15.1; Ez 8.3,4; Dn 7; 2Co 12.1-7). Uma parte importante da revelação de Deus é a Sua Palavra, a Bíblia, a qual também é uma forma de revelação especial. Deus de forma milagrosa guiou os autores das Escrituras a registrarem corretamente a Sua mensagem à humanidade, ao mesmo tempo usando os seus estilos e personalidades. A palavra de Deus é viva e ativa (Hb 4.12). A Palavra de Deus é inspirada, útil e suficiente (2Tm 3.16,17). Deus determinou que a verdade sobre Si mesmo seria registrada na forma escrita porque sabia da imperfeição e falta de confiabilidade da tradição oral. Ele também sabia que os sonhos e visões dos homens poderiam ser mal interpretados e as lembranças desses sonhos distorcidas. Deus decidiu revelar através da Bíblia tudo que a humanidade precisava saber sobre Ele, o que Ele quer e o que tem feito por nós. Ele também tem prometido sustentá-la e preservá-la por todos os tempos. A forma suprema da revelação especial é a pessoa de Jesus Cristo. Deus se tornou um ser humano (Jo 1.1,14). Hebreus 1.1-3 resume muito bem: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser.” Deus se tornou um ser humano na pessoa de Jesus Cristo para se identificar conosco, para ser um exemplo para nós, para nos ensinar, para Se revelar a nós e, mais importante, para nos providenciar salvação ao Se humilhar com morte na cruz (Fp 2.6-8). Jesus Cristo é a “revelação especial” mais suprema de Deus.
4. A Bíblia é tudo quanto diz ser. A Bíblia foi o primeiro livro impresso na história, além de ser, provavelmente, aquele que mais influenciou a humanidade. Para muitos estudiosos a Bíblia é um fenômeno a ser estudado, um livro histórico com mitos, fatos e uma história que impacta o mundo há anos. Para nós, cristãos, ela é um manual de fé e prática.
a) A Bíblia é poder eterno. Quanto a isto, diz o salmista: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Sl 119.89). Outros escritores da Bíblia corroboram esta declaração (Is 40.8; 1Pe 1.25). Sendo a Palavra de Deus, esta verdade tem sido confirmada através da preservação sobrenatural deste livro singular.
b) A Bíblia é poder salvador. Por incorporar o Evangelho, a Bíblia é o “poder de Deus para salvação” (Rm 1.16), porém, muitos ignoram que o evangelho é dirigido ao homem na forma dum edito. E pregado a todos para ser crido e obedecido (At 5.32; Rm 2.8; 10.16; 2Tm 1.8; Hb 5.9; 1Pe 4.17).
c) A Bíblia é poder santificador. A autoridade da Bíblia é afirmada e demonstrada pelo seu poder santificador. O Senhor orou pelos seus discípulos: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). A nação de Israel ainda há de ser santificada pela ação da Palavra da verdade. O próprio Deus declara: “Mas este é o concerto que farei-com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jr 31.33).
d) A Bíblia é poder restaurador. Os capítulos 36 e 37 do livro do profeta Ezequiel resumem a destruição e restauração de Israel. Na sua assolação, Israel é assemelhado a um vale de ossos secos. Do que depende então a sua completa restauração? Depende da ação poderosa da Palavra de Deus. Quanto a isto, registra o profeta: “Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis” (Ez 37.4,5).
e) A Bíblia é poder revelador. Ela testifica e prova a sua autoridade de ser uma revelação dada aos homens. Como diz o salmista, a exposição da Palavra de Deus dá luz; dá entendimento aos simples (Sl 119.130). Todas as revelações de coisas celestiais e terrenas, do tempo e da eternidade, do bem e do mau, são derivadas da Palavra de Deus. Como diz o escritor da Epístola aos Hebreus, na verdade a Palavra de Deus, viva, eficaz e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, é apta para revelar o escondido e até mesmo as intenções do coração do homem.
5. A origem da Bíblia está em Deus. Estamos dando início a mais um ano letivo da Escola Bíblica Dominical, dando início a um novo ciclo de sete anos, com um novo currículo da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Este início começa pelo estudo da Bibliologia, ou seja, a doutrina da Bíblia, até porque é a Bíblia o livro que estudamos na Escola Bíblica Dominical. O primeiro item de nossa Declaração de Fé fala da nossa crença na Bíblia Sagrada, de sua autoridade e ser ela a nossa única regra de fé e prática. A colocação desta crença no início de nosso “Cremos” representou uma mudança em relação ao “Cremos” originariamente publicado desde 1969 no jornal “O Mensageiro

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