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CIENCIA-DO-SOLO

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 3 
2 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO .................................................. 4 
2.1 Conceituação de solo ..................................................................... 5 
3 COMPOSIÇÃO DO SOLO .................................................................... 6 
3.1 Fase Sólida .................................................................................... 7 
3.2 Fase Líquida .................................................................................. 9 
3.3 Fase Gasosa ................................................................................ 10 
4 PEDOGÊNESE ................................................................................... 11 
4.1 Intemperismo ............................................................................... 12 
4.2 Fatores de Formação do Solo ...................................................... 14 
4.3 Processos de Formação do Solo ................................................. 18 
5 MORFOLOGIA DO SOLO .................................................................. 19 
5.1 Horizontes e camadas do perfil do solo ....................................... 20 
5.2 Atributos morfológicos internos .................................................... 25 
5.3 Atributos ambientais ..................................................................... 33 
6 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO .............................................................. 34 
6.1 Sistema Brasileiro de Classificação de Solos .............................. 35 
7 REFERÊNCIAS .................................................................................. 45 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre 
o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para 
todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. 
Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo 
de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
4 
 
2 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO 
 
Fonte: revistadeagronegocios.com.br 
A origem da ciência do solo se deu a partir do momento que o homem 
começou a utilizar o solo para pastoreio, culturas, jardins, videiras e florestas 
(SCHROEDER, 2017). O estudo do solo, a aquisição e disseminação de 
informações sobre o papel que exerce na natureza e sua importância na vida do 
homem são condições primordiais para sua proteção e conservação e uma 
garantia da manutenção de ambiente sustentável e sadio (BECKER, 2007, p.75). 
A Ciência do Solo tem um caráter tipicamente multidisciplinar. Entre essas 
ciências são tradicionalmente relevantes a Física, Química e a Biologia. Neste 
contexto, a Geografia continua sendo a ciência que leva em conta os aspectos 
físicos da Terra, cultivando o mérito de fazer a interlocução com outras ciências 
como a Geologia, Pedologia e Geomorfologia. É interessante assinalar que as 
relações entre esses ramos das Ciências do Solo só podem ser estabelecidas a 
partir do conhecimento das relações entre seus objetos de estudo (NETO, 2000 
e SAMPAIO, 2011). 
 
5 
 
2.1 Conceituação de solo 
Componente fundamental do ecossistema terrestre, o solo é o principal 
substrato utilizado pelas plantas para o crescimento, fornecendo água, ar e 
nutrientes. Além disso, possui diversas funções como regulação da distribuição, 
armazenamento, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação; 
armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas; e, ação filtrante 
protetora da qualidade da água (LIMA, LIMA e MELO, 2007). Para Ruivo et al. 
(2004, p.5) “os solos são componentes da paisagem e constituem um 
ecossistema particular dento do ecossistema geral”. 
Santos et al. assim o conceitua: 
(...) coleção de corpos naturais, tridimensionais, dinâmicos, 
constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, formados por 
materiais minerais e orgânicos que ocupam a maior parte do manto 
superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém 
matéria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem e, 
eventualmente, terem sido modificados por interferências antrópicas 
(2008, p.27). 
Em um sentido mais estrito, SSSA (1997) apud Sampaio (2011) classifica 
o solo como “material não consolidado, mineral ou orgânico, existente à 
superfície da terra e que serve de meio natural para o crescimento das plantas”. 
A origem do solo está relacionada à ação de diversos fatores sobre determinado 
material de origem, rocha mãe ou matriz. Em condições naturais, mantém-se em 
equilíbrio dinâmico, permitindo o desenvolvimento de vegetação. Becker (2007) 
o descreve como um sistema condicionado por uma série de fatores ambientais, 
como o tipo de material de origem, relevo, clima, tempo e organismos. 
De acordo com Wadt et al.: 
O solo é um dos recursos naturais mais importantes para a qualidade 
de vida do homem. Possui múltiplas funções nos ciclos dos nutrientes, 
no ciclo da água e também é importante para a sustentabilidade dos 
sistemas naturais, como as florestas primárias e campos, sendo um 
dos fatores mais relevantes na determinação da tipologia florestal 
(Wadt et al., 2003. p.11). 
A alteração da vegetação natural também provoca modificações nas 
características do solo. De acordo com Cassol, Denardin e Kochhann (2007, 
p.334), “o desequilíbrio estabelecido entre o solo e os demais fatores ambientais 
 
6 
 
pode tender a um novo padrão de equilíbrio e ser ecologicamente sustentável ou 
ser de difícil reversão”. 
A modificação de uma área não significa necessariamente sua 
degradação. Contudo, se essa alteração ocorre juntamente com processos que 
levam à perda da capacidade produtiva do sistema, diz-se que as áreas estão 
degradadas. Normalmente, o processo de degradação das terras está 
relacionado à própria degradação dos solos, embora, outros fatores, como a 
prática de manejo inadequada, também possam ocasioná-la (WADT et al. 2003). 
3 COMPOSIÇÃO DO SOLO 
A composição do solo compreende três fases: sólida, líquida e gasosa. A 
fase sólida é composta por minerais e matéria orgânica. A fase líquida é 
representada pela água armazenada nos espaços vazios da fase sólida e é de 
onde as plantas e os microrganismos absorvem os nutrientes necessário para 
seu desenvolvimento. Já a fase gasosa, são os espaços vazios que não foram 
preenchidos pela fase líquida. 
 
Fonte: aegro.com.br 
 
7 
 
3.1 Fase Sólida 
A fase sólida do solo é constituída por material orgânico e mineral. O 
material mineral do solo é originado dos minerais das rochas alterados ou não, 
apresentando estrutura cristalina, que é a repetição de uma sequência de 
átomos na estrutura da matéria. Quando não existe essa repetitividade, a 
estrutura dos minerais é chamada de amorfa (SANTOS e REICHERT, 2006). 
Conforme Zimback: 
A matéria mineral do solo é representada pelos minerais constituintes 
do material de origem do solo, e pelos minerais formados como 
resultado do intemperismo. Tais minerais possuem dimensões 
variadas, sendo classificados em função desse tamanho. Os minerais 
que constituíam o material de origem e que passam para o solo sem 
sofreralterações são denominados minerais primários, enquanto que 
os minerais neoformados, produtos do intemperismo, são 
denominados minerais secundários (2003, p.4). 
 
Fonte: multiplaescolha.com.br 
As rochas que originam os minerais presentes no solo são divididas em: 
ígneas (magmáticas), sedimentares e metamórficas. As rochas ígneas resultam 
da solidificação da lava. As metamórficas, são formadas sob altas temperaturas 
e altas pressões. Já as sedimentares, são formadas pela intemperização das 
rochas ígneas e metamórficas (SCHROEDER, 2017). 
 
8 
 
 
Para Carneiro, Gonçalves e Lopes (2009), as rochas ígneas têm sua 
origem no resfriamento do magma, nas quais o tamanho dos cristais geralmente 
é proporcional ao tempo de resfriamento do magma: quanto mais lenta a 
cristalização de um magma, maiores os tamanhos dos cristais formados. São 
exemplos de rochas ígneas, o basalto e o granito. 
 
Fonte: igeologico.com.br 
As rochas metamórficas são formadas por transformações na 
mineralogia, química e estrutura de rochas já existentes, devido a mudanças nos 
parâmetros físicos (pressão e temperatura principalmente) e químicos. As 
rochas resultantes do processo de metamorfismo dependem do tipo de rocha e 
sua composição mineralógica, e as principais transformações são a 
recristalização de minerais e, ou, formação de novos minerais e deformações na 
estrutura das rochas. São exemplos de rochas metamórficas, a ardósia, o 
gnaisse e o xisto (CARNEIRO, GONÇALVES e LOPES, 2009 p. 60). 
As rochas sedimentares são formadas pela deposição e diagênese de 
sedimentos provenientes de outras rochas ou de materiais de origem biogênica, 
ou ainda da precipitação química de minerais. Esses sedimentos são 
encontrados na superfície terrestre como camadas de partícula soltas, como 
areia, silte e conchas de organismos. Assim, são transportadas para os locais 
onde são depositados em camadas de sedimentos (TEIXEIRA et al. 2006). 
 
9 
 
Além do material mineral, o solo também é composto pela matéria 
orgânica. A matéria orgânica é representada pelos restos animais e vegetais em 
todos seus estágios de decomposição, sendo que os restos vegetais têm um 
significado muito maior como fonte de matéria orgânica para o solo. A matéria 
orgânica encontra-se principalmente na camada superficial do solo, e seu teor 
pode sofrer um acréscimo em função da adição feita pelo homem (ZIMBACK, 
2003). 
Para Santos e Reichert (2006), no solo, o termo material orgânico se 
refere a todo tipo de material de origem orgânica, vivo ou morto, reconhecível ou 
não. A matéria orgânica do solo inclui a biomassa microbiana, os resíduos 
vegetais em decomposição, os compostos orgânicos derivados da 
decomposição (facilmente identificáveis) e o húmus. 
3.2 Fase Líquida 
A fase líquida compreende a água presente no solo, trata-se de uma 
solução, uma vez que contém minerais (ânions e cátions) dissolvidos que serão 
absorvidos pelas plantas. A água fica retida nos microporos e é drenada para as 
camadas mais profundas através da gravidade. 
 
Fonte:andarilhar.com 
 
10 
 
Geralmente é abordada sob dois aspectos: quantitativo e qualitativo. O 
primeiro, se preocupa com a quantidade de água presente no solo e seu 
movimento em função da permeabilidade do solo. No segundo, procura-se 
analisar qualitativamente os íons dissolvidos e seus efeitos no comportamento 
do solo e das plantas (SANTOS E REICHERT, 2006). 
Pedologicamente, a presença da água no solo é importante pois auxilia 
nos processos de intemperismo, sendo um fator essencial nos processos de 
gênese dos solos. A água infiltra no solo, causando a lixiviação das rochas, 
realizando o transporte de minerais úteis ao desenvolvimento de plantas e 
organismos (SCHROEDER, 2017). 
3.3 Fase Gasosa 
O componente gasoso vem a ser o ar do solo, que possui a mesma 
composição qualitativa do ar atmosférico, porém difere quantitativamente, 
possuindo teores mais elevados de dióxido de carbono (CO2) e teores mais 
baixos de oxigênio (O2), visto que os organismos do solo respiram, consumindo 
oxigênio e liberando dióxido de carbono (ZIMBACK, 2003). A respiração dos 
microrganismos e das raízes, por exemplo, é responsável pela maior 
concentração de gás carbônico no ar do solo. 
Uma vez que a espaço poroso total deve ser dividido pelo ar e pela água, 
o teor de ar varia reciprocamente com teor de água. Quando o solo é saturado 
com água, seu teor de ar é praticamente nulo, exceto para algum ar dissolvido 
na solução do solo; em solo seco o ar ocupa o total do espaço poroso 
(SCHROEDER, 2017). 
As três fases do solo (sólida, líquida e gasosa) estão intimamente ligadas. 
Na realidade, os diferentes tamanhos das partículas sólidas e da porosidade 
interna de alguns minerais fazem com que, na organização da fase sólida, 
sobrem espaços livres que serão preenchidos pelos gases e/ou pela água. 
 
11 
 
4 PEDOGÊNESE 
A parte da ciência do solo que estuda os fatores e processos que intervêm 
na gênese dos solos é chamada de Pedogênese (SILVA e AMARAL, 1995). De 
acordo com Santos e Reichert (2006), o conjunto de processos que leva à 
decomposição e degradação das rochas é denominado de intemperismo, que 
pode ser de natureza química ou física. 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Pedogênese vem a ser a formação do solo, incluindo os fatores e 
processos de formação de solos, fazendo com que, em virtude da variação 
desses fatores e processos, os vários solos apresentem propriedades e 
características que diferenciam uns dos outros (ZIMBACK, 2003). 
Ainda segundo Santos e Reichert (2006), os processos de formação do 
solo são divididos em: adição, remoção, transformação e translocação. Já os 
fatores de formação definem o estado do sistema, na qual atuam os processos, 
sendo estes: material de origem, clima, relevo, organismos vivos e tempo. 
Conforme Lima, Lima e Melo (2007), o solo resulta da ação integrada e 
simultânea do clima e organismos que a atuam sobre um material de origem, o 
qual ocupa determinada paisagem ou relevo, durante certo período de tempo. 
 
12 
 
4.1 Intemperismo 
Consiste da transformação das rochas em materiais mais estáveis em 
condições físico-químicas diferentes daquelas em que elas se originara. Pode 
ser causado por processos de natureza física – desgaste – e química – 
decomposição -, que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. Assim, 
os processos intempéricos são classificados em físicos e químicos. Quando a 
ocorre a participação de organismos vivos ou da matéria orgânica, o 
intemperismo é denominado de físico-biológico ou químico-biológico 
(MUGGLER et al. 2005). 
 
Fonte: educaescola.com.br 
O intemperismo físico constitui o conjunto de processos que resultam na 
desagregação física das rochas. Nesse caso altera-se apenas a unidade física 
da rocha e não a sua composição química. De acordo com os fatores atuantes, 
o intemperismo físico pode ser subdividido em termal e mecânico (MUGGLER et 
al. 2005). É composto pelos processos que levam à fragmentação da rocha, sem 
modificação significativa em sua estrutura química ou mineralógica. Essas 
quebras podem ocorrer por vários processos, como a variação de temperatura, 
crescimento de raízes e congelamento (SANTOS e REICHERT, 2006). 
De acordo com os autores Schroeder (2017) e Muggler et al. (2005): 
Temperatura: mudanças no resfriamento e aquecimento causam 
diferenças na contração e expansão da superfície e interior das rochas, 
 
13 
 
resultando na divisão, fissuração e estresse. Desta forma, rochas submetidas ao 
processo contínuo de expansão e contração, tendem a se fragmentar devido ao 
enfraquecimento de sua estrutura. Este tipo ocorre em ambientes onde fortes 
variações de temperatura, clima seco e pouca vegetação. 
Crescimento das raízes: A espessura das raízes aumenta as fissuras. A 
raiz da vegetação presente aproveita as fissuras e crescem na procura de água 
e nutrientes.Congelamento: A expansão da água nas fendas e fissuras resulta na 
fragmentação das rochas. O congelamento da água inclusa em fraturas, 
aumenta o volume exercendo pressão sobre as paredes envolventes, podendo 
fragmentá-las, principalmente se houver uma repetição contínua do processo. 
O intemperismo químico é a decomposição dos materiais intemperizados 
fisicamente por dissolução, hidrólise, acidólise e oxidação. O principal agente do 
intemperismo químico é a água, que infiltra e percola as rochas, sendo o seu 
efeito mais intenso na medida em que ela se acidifica devido a dissolução de 
dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e à presença de ácidos orgânicos. A 
água da chuva dissolve o dióxido de carbono da atmosfera formando ácido 
carbônico (MUGGLER et al. 2005). 
Conforme Santos e Reichert (2006), o intemperismo químico compreende 
o conjunto de reações que levam à modificação da estrutura dos minerais que 
compõem a rocha, sendo aumentado à medida que o intemperismo físico 
avança, devido ao aumento da área superficial dos minerais. 
Os autores Muggler et al. (2005), Schroeder (2017) e Santos e Reichert 
(2006) classificam: 
Hidrólise: Decomposição pela água dos sais pouco ou muito solúveis, 
combinando uma base forte com um ácido fraco, pela dissociação da água em 
íons de H+ e OH-. É uma reação química entre íons H+, proveniente da ionização 
da água, e cátions do mineral, principalmente cátions alcalinos (K+ e Na+) e 
alcalino-terrosos (Ca2+ e Mg2+). A hidrólise ocorre sempre na faixa de pH 
(potencial hidrogeniônico) de 5 a 9. Se há maior ou menor percolação de água, 
os componentes solúveis são eliminados completa ou parcialmente, resultando, 
respectivamente, na hidrólise total ou parcial. 
 
14 
 
Dissolução: É solubilização completa de alguns minerais por ácidos. Por 
exemplo, os carbonatos são minerais muito susceptíveis a esse tipo de reação. 
Assim, quando a água está, de forma relativa, pura, a solubilização pode não 
ocorre satisfatoriamente, porém se a solução contiver CO2 (dióxido de carbono) 
dissolvido, pode ocorrer a total dissolução do mineral, devido à acidez da água. 
Acidólise: Geralmente ocorre em ambientes de clima frio, onde a 
decomposição da matéria orgânica é incompleta, formando-se ácidos orgânicos 
que diminuem muito o pH das águas (pH<5), complexando e solubilizando o ferro 
(Fe) e alumínio (Al). 
Oxidação: Quimicamente, refere-se ao processo de transferência de 
elétrons, em que o íon receptor de elétrons é reduzido (porque tem seu número 
de oxidação diminuído) e o que doa o elétron é oxidado. É a mudança do estado 
de oxidação de um elemento, normalmente através de reação com o oxigênio. 
Essa reação produz a destruição da estrutura cristalina do mineral, afetando 
comumente rochas cujos minerais contém ferro ferroso (Fe2+), que se oxida em 
ferro férrico (Fe3+). Diz-se que tais rochas "enferrujam" na presença de umidade, 
já que a reação é acompanhada por uma mudança de cor das superfícies 
alteradas para avermelhado ou amarelado. 
Na natureza, é praticamente impossível separar o intemperismo físico do 
intemperismo químico, já que ocorrem quase simultaneamente e devido à 
diferença de ambiente na formação da rocha em relação ao ambiente na 
formação do solo. As transformações e reações que ocorrem são no sentido do 
equilíbrio com o ambiente (SANTOS e REICHERT, 2006). 
4.2 Fatores de Formação do Solo 
A ação do intemperismo, seja ele físico, químico ou biológico, ocorre a 
partir da ação de fatores que estabelecem as condições ou estado do sistema 
na gênese de determinado solo. Os principais fatores de formação do solo são 
o material de origem, clima, organismos, relevo e tempo, os quais estão inter-
relacionados entre si na natureza. Diante disso, temos que o clima e organismos, 
controlados pelo relevo, atuando sobre um material de origem, em determinado 
 
15 
 
período de tempo, geram um desequilíbrio que resulta em intemperismo e 
formação de solos (MUGGLER et al., 2005). 
 
Fonte: TULLIO et al. 2019. 
Ainda segundo os autores (MUGGLER et al., 2005), os fatores, material 
de origem e tempo são considerados fatores passivos, clima e organismos são 
fatores ativos, enquanto o relevo é fator controlador. Fator passivo é aquele que 
não adiciona e não exporta material, nem gera energia que possa acelerar os 
processos de pedogênese. Já o fator ativo é aquele que atribui o pavimento de 
energia e compostos químicos que promovem os processos de formação do 
solo. 
Material de Origem: É a matéria-prima a partir da qual os solos se 
desenvolvem, podendo ser de natureza orgânica (resíduos vegetais) ou mineral 
(rochas e sedimentos). Vários minerais constituintes do material de origem 
permanecem inalterados, enquanto alguns sofrem decomposição. É importante 
destacar que um material de origem pode originar solos iguais ou diferentes, de 
acordo com os fatores de formação atuantes (LIMA, LIMA e MELO, 2007 e 
ZIMBACK, 2003). 
Os autores Lima, Lima e Melo exemplificam da seguinte forma: 
Um granito, em região de clima seco e quente, origina solos rasos e 
pedregosos em virtude da reduzida quantidade de chuvas. Já, em 
 
16 
 
clima úmido e quente, essa mesma rocha dará origem a solos mais 
profundos, não-pedregosos e mais pobres. Em qualquer clima, os 
arenitos geralmente originam solos de textura grosseira (arenosa), têm 
baixa fertilidade, armazenam pouca água e são muito propensos à 
erosão. Rochas como o basalto originam solos de textura argilosa e 
com altos teores de ferro, pois são ricas nesse elemento. Solos 
originados a partir de argilitos apresentarão textura argilosa, isto é, com 
predominância de argila (p.3, 2007). 
Relevo: Importante fator na formação do solo, é responsável pelo controle 
de toda dinâmica dos fluxos de água na paisagem através da lixiviação de 
solutos, atuação de processos erosivos e condições de drenagem. As principais 
características que controlam esses processos são a distância do lençol freático 
e a declividade. Assim, nos pontos mais altos da paisagem devido ao 
distanciamento do lençol freático existem boas condições de drenagem e, 
quando associados a baixas declividades, propiciam a maior infiltração da água. 
Entretanto, pontos de paisagem com boa drenagem, porém com maiores 
declives, aumentam o escoamento superficial da água em detrimento a 
infiltração, que intensifica a taxa de erosão. Já os pontos mais baixos da 
paisagem, apesar da menor declividade, estão mais próximos do lençol freático, 
sendo normalmente mal ou muito mal drenado (TULLIO et al. 2019). 
Pes e Arenhardt exemplificam a influência do relevo como: 
O relevo vai influenciar, basicamente, na redistribuição de água e 
radiação solar. Um exemplo que podemos citar e que nas áreas 
declivosas os solos serão mais rasos, comparados aos solos de áreas 
de planícies. Isso se explica pela maior taxa de erosão do solo nas 
áreas declivosas, enquanto que as planícies, geralmente, recebem o 
material erodido (p. 23, 2015). 
Clima: Considerado o fator que mais contribui para o intemperismo, o 
clima determina o tipo e a velocidade da ação intempérica. O solo, produto da 
decomposição do material de origem, apresenta características e propriedades 
diferenciadas em função do clima. Desta forma, solos formados sob clima 
tropical são bastante intemperizados, enquanto aqueles formados sob clima 
temperado são bem menos intemperizados. Quanto mais úmido e quente for o 
clima, maior a lixiviação de minerais, inclusive de bases, tornando o solo mais 
ácido e mais pobre (ZIMBACK, 2003 e MUGGLER et al. 2015). 
Organismos: Possuem íntima relação com o fator clima, considerando a 
adaptabilidade da flora e fauna às condições de umidade e temperatura de um 
 
17 
 
determinado ambiente. Os organismos que vivem no solo (insetos, bactérias, 
fungos, vegetais, entre outros) exercem função muito importante na sua 
formação, visto que, além de seus corpos seremfonte de matéria orgânica, 
atuam também na transformação dos constituintes minerais e orgânicos 
(TULLIO et al., 2019). 
As ações dos organismos podem ser classificadas como conservadoras 
e transformadoras. As conservadoras são por exemplo, a interceptação da chuva 
por parte dos vegetais, o sombreamento da superfície, responsável pela redução 
da amplitude térmica, assim como a retenção de solo pelas raízes das plantas. 
Entre as ações transformadoras se destacam a mobilização de sólidos por 
animais e a reciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica pelos 
vegetais (MUGGLER et al. 2005). 
Os autores Lima, Lima e Melo descrevem as ações dos organismos da 
seguinte forma: 
A vegetação exerce marcante influência na formação do solo pelo 
fornecimento de matéria orgânica, na proteção contra a erosão pela 
ação das raízes fixadas no solo, assim como as folhas evitam o 
impacto direto da chuva. Ao se decompor, a matéria orgânica libera 
ácidos que também participam na transformação dos constituintes 
minerais do solo. A fauna (representada por inúmeras espécies de 
minhocas, besouros, formigas, cupins, etc.) age na trituração e 
transporte dos resíduos vegetais no perfil do solo. Os fungos e as 
bactérias realizam o ataque microbiano, transformando a matéria 
orgânica fresca em húmus, o qual apresenta grande capacidade de 
retenção de água e nutrientes, o que é muito importante para o 
desenvolvimento das plantas que habitam o solo. Maiores detalhes são 
encontrados nos capítulos sobre biologia e composição do solo (p.6, 
2007). 
Tempo: É o responsável por condicionar a ação dos demais fatores de 
formação. No estudo dos solos, geralmente, o tempo cronológico não descreve 
a “idade” do solo, leva-se em consideração o grau de desenvolvimento. Um solo 
velho em idade pode ser pouco ou muito desenvolvido, dependendo da 
intensidade do intemperismo (PES e ARENHARDT, 2015). Para Santos e 
Reichert (2006), “o tempo refere-se ao período que os fatores ativos (clima e 
organismos) atuaram sobre o material de origem, condicionados pelo relevo”. 
Algumas reações demandam mais tempo que outras, fazendo com que haja 
 
18 
 
solos que demorem mais tempo para atingirem seu ponto de equilíbrio 
(ZIMBACK, 2003). 
4.3 Processos de Formação do Solo 
São os processos responsáveis pelas alterações que ocorrem no solo 
devido à atuação dos fatores de formação. A atuação destes processos em 
intensidade diferentes conforme as condições ambientais resultam na 
variabilidade dos tipos de solo (MUGGLER et al., 2005 e TULLIO et al., 2019). 
Os processos pedogenéticos indicam a intensidade e direção das 
transformações e são condicionados pela junção dos fatores de formação do 
solo, sendo reconhecidos quatro tipos de processos, a transformação, 
translocação, adição e perda (SANTOS e REICHERT, 2006). 
 
Fonte: geoverdade.com 
Adição: Corresponde a qualquer contribuição externa ao perfil do solo. O 
principal constituinte adicionado é a matéria orgânica proveniente da morte dos 
organismos que vivem no solo. Por serem ricos em carbono, esses compostos 
configuram a coloração escura à porção superior do solo (LIMA, LIMA e MELO 
2007). Para Zimback (2013), adição diz respeito a tudo o que entra no corpo do 
 
19 
 
solo, seja através da adição de compostos orgânicos ou minerais, trazidos pela 
erosão ou pela água do lençol freático. 
Perda: Também denominado de remoção, compreende as perdas de 
líquidos, gases ou sólidos sofridos por uma determinada porção de solo, 
podendo ser em profundidade ou superfície. Durante a fase de desenvolvimento, 
os solos perdem materiais através da erosão e lixiviação (MUGGLER et al. 
2005). 
Transformação: É o processo pelo qual o material existente no perfil 
muda sua natureza química ou mineralógica. Assim, ocorre a transformação do 
material orgânico em matéria orgânica e dos minerais primários em secundários 
e outras transformações químicas (SANTOS e REICHERT, 2006). 
Translocação: Também denominado de transporte, envolve a 
movimentação do solo resultando na diferenciação de perfil. Assim, o material 
passa de um horizonte a outro, sem abandonar o perfil. A translocação começa 
com a mobilização e termina com a imobilização dos materiais transportados. 
Como exemplos de processos de translocação, está o movimento de argilas e/ou 
solutos de um horizonte para outro, o transporte de materiais provindos da 
atividade agrícola e o preenchimento de vazios provocados pela contração de 
solos (SCHROEDER, 2017). 
5 MORFOLOGIA DO SOLO 
A morfologia corresponde ao estudo do formato do solo, sendo a 
descrição da aparência e características visíveis a olho nu ou perspectiveis por 
manipulação. Representa o efeito combinado dos fatores e processos de 
formação expressos no perfil do solo (SILVA, CHAVES e LIMA, 2009). 
As características morfológicas são a base inicial para definir o corpo 
edáfico. Ela é utilizada para inferir sobre outras propriedades importantes no 
manejo do solo, tais como: retenção de umidade, drenagem, permeabilidade, 
compactação, susceptibilidade à erosão, resistência a mecanização agrícola, etc 
(TULLIO et al., 2019). 
 
20 
 
De acordo com Pes e Arenhardt (2015), a descrição do solo pode ser 
realizada em duas etapas: Descrição das características morfológicas internas 
do solo e a descrição das características ambientais de ocorrência do solo. A 
morfologia do solo é avaliada através da descrição detalhada e padronizada do 
solo em seu meio m condições naturais, sendo a unidade de estudo denominada 
perfil solo ou pedon (SANTOS e REICHERT, 2006). 
 
Fonte: embrapa.br 
5.1 Horizontes e camadas do perfil do solo 
Durante o processo de transformação do solo, sob ação dos fatores e 
processos de formação, o material de origem se diferencia em seções mais ou 
menos paralelas à superfície, estas são denominadas de horizontes. O conjunto 
de horizontes, situados em uma seção vertical entre a superfície e o material de 
origem é chamado de perfil do solo (ZIMBACK, 2003). 
Para Tullio et al. 2019 (2019) os horizontes são formados por processos 
pedogenéticos múltiplos de adições, perdas, translocações e transformações, 
devido ao fato desses fenômenos ocorrerem com intensidades diferentes. Já a 
 
21 
 
camada, se diferencia de um horizonte por apresentar características que não 
resultam ou são pouco influenciadas pelos processos de formação do solo. 
 Santos et al., em uma publicação para a Embrapa Solos, fazem a 
seguinte distinção entre camada e horizonte: 
Camada: seção de constituição mineral ou orgânica, à superfície ou 
aproximadamente paralela à superfície do terreno, possuindo conjunto 
de propriedades não resultantes ou pouco influenciadas pela atuação 
dos processos pedogenéticos. É parcialmente exposta quando se 
observa a perfil do solo, e é integrante deste, caso possua relação com 
seções que compõem o perfil e tenha expressiva influência no 
provimento de material originário de horizonte ou mesmo de outra 
camada do perfil, distinguindo-se das seções que lhe sejam 
adjacentes, devido a disparidade de propriedades. Horizontes: seção 
de constituição mineral ou orgânica, à superfície ou aproximadamente 
paralela à superfície do terreno, parcialmente exposta quando se 
observa o perfil do solo e dotada de propriedades geradas por 
processos formadores do solo que lhe conferem características 
pedogenéticas de inter-relacionamento com outros horizontes 
componentes do perfil, dos quais se diferencia em virtude de 
diversidade em propriedades possuídas por ações de pedogênese 
(2018). 
As camadas e horizontes do perfil de solo exprimem diversas 
características específicas, tais como, cor, estrutura, textura, consistência, 
cimentação, poros, espessura, etc. Por conveniência de estudo e descrição, os 
horizontes de um perfil recebem denominações com símbolos que tem um 
significado genético (ZIMBACK, 2003). 
 
22 
 
 
Fonte: proenem.com.brOs principais símbolos utilizados são: O, H, A, E, B, C, F e R. Onde, O é 
o horizonte mineral em boas condições de drenagem. Constituído por restos 
orgânicos; H é o horizonte de constituição orgânica. Ocorre em condições de má 
drenagem; A é o horizonte mineral enriquecido por matéria orgânica e possui 
coloração escurecida; E é o horizonte que apresenta perda de argilas, óxidos de 
ferro e alumínio ou matéria orgânica, possui textura mais arenosa com coloração 
mais clara; B é o horizonte que apresenta intensa transformação pedogenética, 
com concentração de argilas e óxidos; C é o horizonte ou camada pouco afetado 
pelos processos pedogenéticos; F consiste no horizonte ou camada de material 
mineral consolidado rico em ferro e/ou alumínio e pobre em matéria orgânica; e 
R representa o material consolidado, constituindo-se como um substrato rochoso 
contínuo (SILVA, CHAVES e LIMA, 2009). 
Além dos símbolos utilizados para descrever os horizontes e camadas, o 
Manual Técnico de Pedologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
 
23 
 
(IBGE, 2007) classifica os sufixos, responsáveis por indicar propriedades ou 
processos em um determinado horizonte, sendo eles: 
a - Propriedades ândicas - Usado com A, B e C para designar constituição 
dominada por material amorfo, de natureza mineral, oriundo de transformações 
de materiais vulcanoclásticos. 
b - Horizonte enterrado - Usado com H, A, E, B e F para designar 
horizontes enterrados, se suas características pedogenéticas principais puderem 
ser identificadas como tendo sido desenvolvidas antes do horizonte ser 
enterrado. 
c - Concreções ou nódulos endurecidos - Usado com A, E, B e C para 
designar acumulação significativa de concreções ou nódulos, cimentados por 
material outro que não seja sílica. 
d - Acentuada decomposição de material orgânico - Usado com O e H 
para designar muito intensa ou avançada decomposição do material orgânico, 
do qual pouco ou nada resta de reconhecível da estrutura dos resíduos de 
plantas, acumulados conforme descrito nos horizontes O e H. 
e - Escurecimento da parte externa dos agregados por matéria orgânica 
não associada a sesquióxidos - Usado com B e parte inferior de horizontes A 
espessos, para designar horizontes mais escuros que os contíguos, podendo ou 
não ter teores mais elevados de matéria orgânica, não associada com 
sesquióxidos, do que o horizonte sobrejacente. 
f - Material laterítico e/ou bauxítico brando (plintita) - Usado com A, B e C 
para designar concentração localizada (segregação) de constituintes minerais 
secundários, ricos em ferro e/ou alumínio, em qualquer caso, pobre em matéria 
orgânica e em mistura com argila e quartzo. Indicativo de presença de plintita. 
g – Glei - Usado com A, E, B e C para designar desenvolvimento de cores 
cinzentas, azuladas, esverdeadas ou mosqueamento bem expresso dessas 
cores, decorrentes da redução do ferro, com ou sem segregação. 
h - Acumulação iluvial de matéria orgânica - Usado exclusivamente com 
B para designar relevante acumulação iluvial, essencialmente de matéria 
orgânica ou de complexos orgânico-sesquioxídicos amorfos dispersíveis, se o 
componente sesquioxídico é dominado por alumínio e está presente em 
quantidade muito inferior em relação à matéria orgânica. 
 
24 
 
i - Incipiente desenvolvimento de horizonte B - Usado exclusivamente com 
B para designar transformações pedogenéticas pouco expressivas, que se 
manifestam como: decomposição fraca do material originário ou constituintes 
minerais, associada à formação de argila, desenvolvimento de cor ou de 
estrutura; alteração química intensa associada a destruição apenas parcial da 
estrutura da rocha matriz e/ou desenvolvimento de cor em materiais areno-
quartzosos. 
j – Tiomorfismo - Usado com H, A, B e C para designar material palustre, 
permanente ou periodicamente alagado, de natureza mineral ou orgânica, rico 
em sulfetos (material sulfídrico). 
k - Presença de carbonatos - Usado com A, B e C para designar presença 
de carbonatos alcalino-terrosos, remanescentes do material originário, sem 
acumulação, comumente carbonato de cálcio. 
k - Acumulação de carbonato de cálcio secundário - Usado com A, B e C 
para designar horizonte de enriquecimento com carbonato de cálcio secundário. 
m - Extremamente cimentado - Usado com B e C para designar 
cimentação pedogenética extraordinária e irreversível (mesmo sob prolongada 
imersão em água), contínua ou quase contínua. 
n - Acumulação de sódio trocável - Usado com H, A, B e C para designar 
acumulação de sódio trocável, expresso por 100.Na/T > 6%, acompanhada ou 
não de acumulação de magnésio trocável. 
o - Material orgânico mal ou não decomposto - Usado com O ou H para 
designar incipiente ou nula decomposição do material orgânico. 
do - Material orgânico intermediário entre d e o com predomínio de d. 
od - Material orgânico intermediário entre d e o com predomínio de o. 
p - Aração ou outras pedoturbações - Usado com H ou A para indicar 
modificações da camada superficial pelo cultivo, pastoreio, ou outras 
pedoturbações. 
q - Acumulação de sílica - Usado com B ou C para designar acumulação 
de sílica secundária (opala e outras formas de sílica). 
qm - Usado com B ou C para designar acumulação de sílica secundária, 
em caso de ocorrer cimentação contínua por sílica. 
 
25 
 
r - Rocha branda ou saprolito - Usado com C para designar presença de 
camada de rocha subjacente, intensamente ou pouco alterada, desde que 
branda ou semibranda. Esta notação identifica presença de saprolito. 
s - Acumulação iluvial de sesquióxidos com matéria orgânica - Usado 
exclusivamente com horizonte B para indicar relevante acumulação iluvial ou de 
translocação lateral interna no solo de complexos organo-sesquioxídicos 
amorfos dispersíveis. 
t - Acumulação de argila - Usado exclusivamente com B para designar 
relevante acumulação ou concentração de argila. 
u - Modifi cações e acumulações antropogênicas - Usado com A e H para 
designar horizonte formado ou modificado pelo uso prolongado do solo. 
v - Características vérticas - Usado com B ou C para designar 
características vérticas. 
w - Intensa alteração com inexpressiva acumulação de argila, com ou sem 
concentração de sesquióxidos - Usado exclusivamente com B para 
designar intensa alteração com inexpressiva acumulação de argila, com ou sem 
concentração de sesquióxidos. 
x - Cimentação aparente, reversível - Usado com B ou C e ocasionalmente 
E, para designar cimentação aparente, reversível. 
y - Acumulação de sulfato de cálcio - Usado com B ou C para indicar 
acumulação de sulfato de cálcio. 
z - Acumulação de sais mais solúveis em água fria que sulfato de cálcio - 
Usado com H, A, B ou C para indicar acumulação de sais mais solúveis em água 
fria que sulfato de cálcio. 
5.2 Atributos morfológicos internos 
No processo de identificação do solo, é de suma importância o 
conhecimento dos atributos morfológicos. Assim, estas características permitem 
identificar, no campo, diferentes unidades taxonômicas, homogêneas, que 
poderão constituir uma classe de solos (SILVA, CHAVES e LIMA, 2009). 
• Espessura e transição 
 
26 
 
A transição de um horizonte a outro no perfil de solo é definida por 
disparidades, maiores ou menores no conjunto de atributos que os caracterizam. 
Após realizar a separação dos horizontes, inicia-se o processo de medição da 
espessura, a partir do topo do primeiro horizonte mineral. Quando a transição de 
um horizonte para o outro não é representada por um plano paralelo à superfície 
do terreno, tomam-se as espessuras máxima e mínima deste horizonte. No caso 
de horizontes orgânicos, coloca-se o zero da fita métrica no topo do horizonte 
mineral superficial e faz-se a leitura inversa (TULLIO et al. 2019. e SILVA, 
CHAVES e LIMA, 2009). 
Para Silva, Chaves e Lima (2009), a nitidez ou contraste de separação 
entre horizontes é denominada detransição, sendo traduzida pela espessura da 
zona limítrofe entre horizontes. Desta forma, pode ser classificada como: 
Abrupta – quando a faixa de separação é menor que 2,5cm; 
Clara – quando a faixa de separação varia entre 2,5 e 7,5cm; 
Gradual – quando a faixa de separação varia entre 7,5 e 12,5 cm; 
Difusa – quando a faixa de separação é maior que 12,5cm. 
 
Fonte: Tullio, 2019 
O IBGE (2007) ainda classifica quanto à topografia: Plana ou horizontal – 
quando a faixa de separação dos horizontes é praticamente horizontal, paralela 
à superfície do solo; Ondulada ou sinuosa – quando a faixa de separação é 
sinuosa, sendo os desníveis, em relação a um plano horizontal, mais largos que 
 
27 
 
profundos; Irregular – quando a faixa de separação dos horizontes apresenta, 
em relação a um plano horizontal, desníveis mais profundos que largos; 
Quebrada ou descontínua – quando a separação entre os horizontes não é 
contínua. Neste caso, partes de um horizonte estão parcial ou completamente 
desconectadas de outras partes desse mesmo horizonte. 
• Cor 
A cor é uma característica morfológica de fácil visualização e 
identificação. A importância da cor do solo está ligada à inferência sobre a 
ocorrência de processos pedogenéticos ou à avaliação de características 
importantes no solo. Os principais agentes responsáveis pela cor são a matéria 
orgânica e os óxidos de ferro, estando relacionada a processos de drenagem, 
salinização, eluviação-iluviação, dentre outros (SANTOS E REICHERT, 2006). 
A cor do solo é definida pela presença de diferentes componentes do solo. 
Assim é que a cor vermelha ou amarela é devida à presença de óxidos de ferro 
e a cor cinza ou preta é devida à presença de matéria orgânica. A cor é uma 
característica tão importante que é utilizada na própria nomenclatura dos solos 
(ZIMBACK, 2003). 
Para fins de objetividade e uniformização na identificação das cores, 
utiliza-se escalas de padrões comparativos, sendo a mais empregada a Escala 
de Munsell de Cores Para Solos, construída segundo três variáveis: o matiz, o 
valor e o croma (SANTOS E REICHERT, 2006). 
Matiz: cor do espectro da luz, estando relacionado com o comprimento 
de onda de luz; 
Valor: refere-se à luminosidade/tonalidade relativa da cor; 
Croma: é a pureza da cor em relação ao cinza. 
Para Silva, Chaves e Lima (2009): 
A cor implica em várias considerações sobre o solo. Por exemplo, 
quanto mais escuro o solo, maior será o conteúdo de matéria orgânica; 
quanto maior for a presença de óxidos de ferro, mais avermelhado será 
esse solo. Uma tonalidade preto-azulada pode significar a presença de 
magnésios. Assim, um solo argiloso e vermelho é muito provavelmente 
dotado de boa drenagem interna, apreciáveis teores de óxidos de ferro 
e grande capacidade em absorver fosfatos (p.6). 
• Textura 
 
28 
 
Refere-se às dimensões e características das partículas primárias do solo. 
Essas partículas são agrupadas em função do tamanho, porém apresentam 
características comuns. Pode ser avaliada através do tato, pela sensação ao 
esfregar um pouco de solo úmido entre os dedos. A areia provoca sensação de 
aspereza, o silte de sedosidade e a argila de pegajosidade (ZIMBACK, 2003). 
Para o melhor entendimento sobre a granulometria do solo, é necessário 
compreender os grupos que traduzem as características e dimensões das 
partículas primárias. Assim, Zimback (2003) os conceitua como: 
Fração Areia - Compreende partículas de dimensões entre 2 e 0,05mm, é 
constituída quase que essencialmente de quartzo, apresenta aspereza ao tato, 
é responsável pelo aparecimento de macroporos, e, portanto, pela aeração do 
solo, retém pouca água e poucos nutrientes. 
Fração Silte - Compreende partículas de dimensões entre 0,05 e 
0,002mm, é constituída em sua maior parte por quartzo, apresenta a sensação 
de serosidade (sensação de seda) ao tato, promove o aparecimento de poucos 
poros, podendo causar adensamento do solo, retém pouca água e poucos 
nutrientes. 
Fração Argila - Compreende partículas com dimensões menores que 
0,002mm. Constituída em sua maior parte por minerais de argila, apresenta 
sensação de untuosidade (sensação de talco) ao tato, promove a estruturação 
do solo, fazendo com que ocorra o aparecimento de um alto volume de poros, 
principalmente de microporos, retém muita água e muitos nutrientes. 
 
29 
 
 
Fonte: ofitexto.com.br 
Para classificar o solo em uma classe textural, utiliza-se o triângulo 
textural, entrando com os percentuais de areia, silte e argila, e assim achando o 
nome da classe do solo. A textura do solo nos informa sobre facilidade de 
mecanização do solo, suscetibilidade à erosão, porosidade, armazenamento de 
água, entre outros (SANTOS E REICHERT, 2006). A determinação da 
quantidade de partículas distribuídas pelo tamanho das partículas é realizada em 
laboratório. 
 
 
• Estrutura 
Refere-se à aglutinação das partículas primárias, formando ou não 
agregados. São separadas umas das outras por superfícies de fraqueza ou 
separadas por descontinuidades, dando origem a agregados de características 
próprias, inerentes à organização natural da matéria sólida que constitui os 
horizontes componentes do perfil do solo (SILVA, CHAVES e LIMA, 2009). 
 
30 
 
Para Tullio et al., (2019), a estrutura é avaliada de acordo com os 
seguintes parâmetros, quanto à forma: 
Laminar - As partículas unitárias estão arranjadas segundo um plano no 
Horizontal; 
Granular - Os agregados têm forma e aspecto arredondados, sem 
apresentar faces de contato. Pode ser: granular (pouco porosas) e grumosa 
(muito porosas); 
Prismática - Os agregados têm um eixo vertical maior que o eixo 
horizontal. Pode ser: colunar (ápices arredondados) ou prismática (ápices 
angulosos); 
Blocos - Os agregados têm dimensões equivalentes, nas três direções x, 
y e z. Pode ser: angular (quando as faces são planas e os vértices angulares) e 
subangular (quando as faces e vértices forem ligeiramente arredondados) ou 
algumas faces e vértices o forem). 
 
Fonte: extensao.cecierj.edu.br 
Quanto ao grau de desenvolvimento, Silva, Chaves e Lima (2009) 
reconhece as seguintes estruturações: 
Grãos simples: ausência de estruturas em decorrência da falta de 
agregação (incoerente ou solto); 
Fraca: com agregação pouco eficaz; com o manuseio, desfaz-se 
facilmente; 
 
31 
 
Moderada: com estruturas relativamente bem configuradas e 
individualizadas; com o manuseio, o material se desagrega em menor proporção 
que a mais fraca; 
Forte: é a condição que reflete a alta coesão e pequena adesão entre os 
grãos. Exibe forma muito bem definida; ao serem manuseadas, pouco se 
desfazem. 
Os autores Santos e Reichert descrevem: 
A estrutura nos informa sobre a resistência à compactação, a 
suscetibilidade à erosão, a porosidade do solo, a infiltração de água, a 
permeabilidade do solo, o crescimento de raízes, dentre outros. Por 
exemplo, um solo com estrutura granular ou grumosa é mais poroso e 
permite maior infiltração de água e permeabilidade à água e ao ar, se 
comparado com estrutura laminar, blocos, prismática ou colunar 
(2006). 
• Consistência 
É o termo utilizado para designar manifestações das forças físicas de 
adesão e coesão entre as partículas do solo, conforme variações dos teores de 
umidade. Assim, a terminologia para a consistência inclui especificações 
distintas para a descrição em três estados de umidade padronizados: solo seco, 
úmido e molhado. O estado de consistência do solo é resultante das 
manifestações das forças físicas de coesão (solo-solo) e adesão (solo-água) 
entre as partículas do solo, conforme variações da umidade (teor de água) do 
solo (SANTOS E REICHERT, 2006 e IBGE, 2007). 
 
Fonte: extensao.cecierj.edu.br 
Santos e Reichert (2006) e Tullio et al. (2019) determinam a consistência 
em três estados de umidade: 
 
32 
 
Em solo seco - Caracterizada pelo grau de dureza ou tenacidade, avalia-se a resistência do torrão seco à ruptura ou fragmentação. Poderá ser: solta, 
macia, ligeiramente dura, dura, muito dura ou extremamente dura. 
Em solo úmido - Caracterizada pelo grau de friabilidade, consiste na 
compressão do torrão, fragmentando-o e, posteriormente, a tentativa de 
reconstrução por uma nova compressão. Pode ser: solto, muito friável, firme, 
muito firme e extremamente firme. 
Em solo molhado - Caracterizada pelo grau de plasticidade (capacidade 
de ser moldado) e de pegajosidade (capacidade de aderir a outros objetos). 
Quanto à plasticidade, pode ser não plástica, ligeiramente plástica, plástica e 
muito plástica. Quanto à pegajosidade pode ser não pegajoso, ligeiramente 
pegajoso, pegajoso e muito pegajoso. 
Em resumo, Silva, Chaves e Lima (2009) descreve que, o solo seco 
determina a dureza, um solo úmido determina a friabilidade e um solo molhado 
e/ou encharcado determina a plasticidade e a pegajosidade. 
• Cerosidade 
São concentrações de material inorgânico, na forma de preenchimento de 
poros ou de revestimentos de unidades estruturais (agregados ou peds) ou de 
partículas de frações grosseiras (grãos de areia), que se presentam em nível 
macromorfológico com aspecto lustroso e brilho graxo e em nível 
micromorfológico com manifestação de anisotropia ótica. Podem ser resultantes 
de iluviação de argilas e/ou intemperização de alguns minerais com formação de 
argilas “in situ”. Apresentam-se tanto como revestimentos com aspecto lustroso 
e brilho graxo, similar à cera derretida e escorrida, revestindo unidades 
estruturais ou partículas primárias quanto como superfícies brilhantes (IBGE, 
2007). 
Para Silva, Chaves e Lima (2009) a cerosidade é um aspecto 
brilhante/ceroso que ocorre na superfície dos agregados (minerais), decorrente 
de material coloidal (argila ou óxido de ferro). É determinada quanto ao grau de 
desenvolvimento (fraca, moderada e forte) e quantidade (pouco, muito e 
abundante). 
 
• Porosidade 
 
33 
 
A porosidade do solo é o volume do solo ocupado por água e ar. É muito 
importante para as plantas e outros organismos do solo e pode ser observada 
indiretamente pelo crescimento das raízes no perfil ou diretamente através da 
observação da existência de poros e canais no solo (SANTOS e REICHERT, 
2006). A porosidade determina a capacidade do solo de armazenar e transmitir 
líquidos e gases. Assim, considera-se que quanto maior o diâmetro dos poros, 
maior a permeabilidade (SILVA, CHAVES e LIMA, 2009). 
• Cimentação 
A cimentação é definida por Silva, Chaves e Lima (2009) como a 
capacidade que os minerais têm de se agregarem. Isto ocorre devido à presença 
de agentes cimentantes, como carbonato de cálcio, sílica, óxidos de e óxidos de 
alumínio. O solo, neste caso, tem uma constituição dura, mas também 
quebradiça. A presença de agentes cimentantes faz com que os torrões não se 
desmanchem em água, como acontece com materiais endurecidos sem agentes 
cimentantes. 
O grau de cimentação detectado pode ser descrito conforme o Manual 
Técnico de Pedologia (IBGE, 2007): 
Fracamente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, dura, mas 
pode ser quebrada nas mãos; 
Fortemente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, não sendo 
possível sua quebra nas mãos, mas pode ser quebrada facilmente a martelo; e 
Extremamente cimentado - a massa cimentada é quebradiça, não 
enfraquece sob prolongado umedecimento e é tão extremamente dura que para 
quebrá-la é necessário um golpe vigoroso com o martelo. 
5.3 Atributos ambientais 
É a análise das características do ambiente no qual o solo (objeto de 
estudo) está inserido. Geralmente, são descritos os seguintes aspectos: 
localização, situação e declive, altitude, litologia (tipo de rocha ou material de 
origem), vegetação, atividade biológica, relevo local e regional, pedregosidade e 
rochosidade, erosão, drenagem, clima e uso atual (SILVA, CHAVES e LIMA, 
2009). 
 
34 
 
6 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO 
 
Fonte: agencia.cnptia.embrapa.br 
Os levantamentos de solos envolvem pesquisas de campo e laboratoriais, 
compreendendo o registro de observações, análises e interpretações dos 
aspectos do meio físico e das características morfológicas (físicas, químicas e 
biológicas), visando à sua caracterização e classificação (IBGE, 2007). 
Para Lima, Lima e Melo (2007), classificar significa agrupar segundo 
determinados critérios. Ele define que a classificação é importante, pois permite 
conhecer as qualidades e limitações dos solos, bem como predizer seu 
comportamento e identificar o uso mais adequado. 
De acordo com Pes e Arenhardt (2015), há diversos sistemas de 
classificação de solos em uso, sendo eles divididos em: 
Sistemas de classificação natural – se baseiam nas propriedades dos 
solos. Existe a classificação americana (Soil Taxonomy) e a classificação da 
 
35 
 
FAO. No Brasil, foi elaborado um sistema próprio, denominado Sistema 
Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). 
Sistemas de classificação técnica – se baseiam em características 
selecionadas para seu uso com determinados fins. A mais difundida é a 
classificação de capacidade de uso, desenvolvido nos Estados Unidos. No 
Brasil, utiliza-se, também, o sistema de avaliação de aptidão agrícola das terras. 
O primeiro sistema de classificação proposto nos Estados Unidos, teve 
diversas aproximações, sendo que em 1960 foi publicada como “Sétima 
Aproximação” e modificada em 1975 sob a denominação Soil Taxonomy. Este 
sistema tem como base as propriedades do solo. De acordo com a presença ou 
ausência de horizontes bem definidos e outras características do perfil, são 
colocados em doze ordens, sendo dividas em 68 subordens, 337 grandes grupos 
e um grande número de subgrupos, famílias e séries (PRADO, 1995 e 
Schroeder, 2017). 
O sistema americano é o sistema mais difundido no mundo atualmente. 
Sua estrutura serviu de base na construção de inúmeros outros sistemas como 
o brasileiro e o próprio WRB, sendo utilizado por países que não possuem seu 
próprio sistema. O WRB (World Reference Base for Soil Resources) é um 
sistema desenvolvido pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo e pela 
FAO (Food and Agriculture Organization - Organização das Nações Unidas para 
a Alimentação e Agricultura), no intuito de dispor um sistema taxonômico aceito 
e adotado universalmente. O fato de existir um sistema universal permite a troca 
de informações científicas e comparações entre países devido a padronização 
da linguagem utilizada (DALMOLIN et al., 2004). 
6.1 Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
A classificação pedológica nacional vigente consiste numa evolução do 
antigo sistema americano, formulado por Baldwin et al. (1938) e modificada por 
Thorp e Smith (1949). Esta classificação, que veio a ser nacionalizada, tem sua 
base fundada, em essência, nos conceitos centrais daquele sistema americano 
e também nos critérios firmados pelo sistema WRB. Os conceitos centrais do 
antigo sistema americano formam a base da atual classificação brasileira 
 
36 
 
transmudada, cuja esquematização atual descende de modificações de critérios, 
alteração de conceitos, criação de classes novas, desmembramento de algumas 
classes originais e formalização de reconhecimento de subclasses de natureza 
transicional ou intermediária (JACOMINE e CAMARGO, 1996 apud SANTOS et 
al., 2018). 
Como resultado, depois de anos ininterruptos de estudos de solos, surgiu, 
em 1999, o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), com várias 
mudanças em relação aos conceitos originais, à nomenclatura e às definições 
de classes utilizadas nos levantamentos de solos publicados antes daquele ano 
(SCHROEDER, 2017). 
A elaboração do SiBCS é um projeto nacional, de interesse e 
responsabilidade da comunidade de Ciência do Solo no país e é coordenado 
pelo Centro Nacional de Pesquisas de Solos – CNPS da Embrapa (IBGE,2007). 
Este sistema de classificaçãoconsiste na divisão em níveis hierárquicos 
denominados de níveis categóricos, sendo definido pelo SiBCS como conjunto 
de classes definidas segundo atributos diagnósticos em um mesmo nível de 
generalização ou abstração e inclui todos os solos que satisfizerem a essa 
definição. As características usadas para a definição de um nível categórico 
devem ser propriedades dos solos que possam ser identificadas no campo ou 
que possam ser inferidas de outras propriedades que são reconhecidas no 
campo ou a partir de conhecimentos da Ciência do Solo e de outras disciplinas 
correlatas. As características diferenciais para os níveis categóricos mais 
elevados da classificação de solos devem ser propriedades que resultam 
diretamente dos processos de gênese do solo ou que afetam diretamente sua 
gênese, porque estas propriedades apresentam um maior número de 
características acessórias (SANTOS et al. 2018). 
Os níveis categóricos adotados no Sistema Brasileiro de Classificação de 
Solos (SiBCS) são seis: 1º nível categórico (ordens), 2º nível categórico 
(subordens), 3º nível categórico (grandes grupos), 4º nível categórico 
(subgrupos), 5º nível categórico (famílias) e o 6º nível categórico (séries). 
De acordo com o Manual Técnico de Pedologia, desenvolvido pelo IBGE 
(2007), o primeiro nível (Ordens) é separado por critérios como: presença ou 
ausência de atributos, horizontes diagnósticos ou propriedades passíveis de 
 
37 
 
serem identificadas no campo, mostrando diferenças no tipo e grau de 
desenvolvimento de um conjunto de processos que atuaram na formação do 
solo. 
QUADRO 1 - CLASSES DE ORDENS 
ORDEM FORMATIVO CARACTERÍSTICAS 
ARGISSOLO ARGI Grupamento de solos com B textural, com 
argila de atividade baixa, ou atividade alta 
desde que conjugada com saturação por 
bases baixa ou com caráter alumínico. 
CAMBISSOLO CAMBI Grupamento de solos pouco desenvolvidos 
com horizonte B incipiente. 
CHERNOSSOLO CHERNO Grupamento dos solos com horizonte A 
chernozêmico, com argila de atividade alta e 
saturação por bases alta, com ou sem 
acumulação de carbonato de cálcio. 
ESPODOSSOLO ESPODO Grupamento de solos com B espódico. 
GLEISSOLO GLEI Grupamento de solos com expressiva 
gleização. 
LATOSSOLO LATO Grupamento de solos com B latossólico. 
LUVISSOLO LUVI Grupamento de solos com B textural, atividade 
alta da fração argila e saturação por bases 
alta. 
NEOSSOLO NEO Grupamento de solos pouco evoluídos, sem 
horizonte B diagnóstico definido. 
NITOSSOLO NITO Grupamento de solos com horizonte B nítico 
abaixo do horizonte A. 
ORGANOSSOLO ORGANO Grupamento de solos orgânicos. 
PLANOSSOLO PLANO Grupamento de solos minerais com horizonte 
B plânico, subjacente a qualquer tipo de 
horizonte A, podendo ou não apresentar 
horizonte E (álbico ou não). 
PLINTOSSOLO PLINTO Grupamento de solos de expressiva 
plintitização com ou sem formação de 
petroplintita. 
VERTISSOLO VERTI Grupamento de solos com horizonte vértico. 
SiBCS – Santos et al. 
Schroeder (2017) descreve as ordens da seguinte forma: 
Argissolo - Solos com processo de acumulação de argila do horizonte B 
(B textural) em vinculação com atributos que evidenciam a baixa atividade da 
fração argila ou o caráter alítico (com alto teor de Al). 
Cambissolo - Solos em formação (transformação), com horizonte B 
incipiente em sequencia a horizonte superficial de qualquer natureza, inclusive 
A chernozêmico. 
 
38 
 
Chernossolo - Solos ricos em matéria orgânica, com coloração escura, 
alta saturação por bases no horizonte A que é chenozêmico sobrejacente a 
horizonte B textural ou B incipiente com argila de atividade alta. 
Espodossolo - Tem um horizonte claro arenoso sobre outro escuro, 
também arenoso, de acúmulo eluvial de húmus e/ou compostos de ferro. 
Apresenta horizonte B espódico imediatamente abaixo de um horizonte E, A ou 
hístico. 
Gleissolo - Solos com excesso de água com forte gleização que se 
caracteriza por intensa redução de compostos de ferro. Horizonte glei. 
Latossolo - Solos muito intemperizados, com pequena diferenciação de 
horizontes e, na sua maior parte, sem macroagregados nítidos no horizonte B. 
Luvissolo - Solos pouco desenvolvidos ou medianamente 
intemperizados, ricos em bases e com acumulação de argila no horzonte B. 
Neossolo - Solos com pouco desenvolvimento pedogenético, 
insuficiência de expressão dos atributos diagnósticos que caracterizam os 
diversos processos de formação do solo, exígua diferenciação dos horizontes. 
Nitossolo - Solos com horizonte B nítico (horizonte subsuperficial argiloso 
ou muito argiloso, argila de atividade baixa e alto teor de Al). Apresenta superfície 
brilhante nas unidades estruturais. 
Organossolo - Solos com maior expressão da constituição orgânica 
sobre os constituintes minerais, com horizonte H ou O (horizonte hístico = de 
coloração preta, cinzenta muito escura ou brunada). 
Planossolo - Solos desenvolvidos em planícies ou depressões com 
encharcamento estacional e horizonte B plânico (horizonte adensado, 
permeabilidade lenta a muito lenta, cores acinzentadas ou escurecidas). 
Plintossolo - Solos com materiais argilosos coloridos que endurecem 
quando expostos ao ar e com horizonte plíntico. Com grandes quantidades de 
segregações de óxidos de ferro na forma de nódulos e/ou concreções, ou mesmo 
em camadas contínuas e muito endurecidas. 
Vertissolo - Solos com movimento de material do solo na superfície e que 
atinge a subsuperfície (expansão e contração) com horizonte vértico. Horizonte 
(B ou C) com rachaduras e superfície de fricção, típicas de argilas expansivas. 
 
39 
 
 
Fonte: FONTANA et al., Embrapa. 
O segundo nível (Subordens) foi separado conforme as características ou 
propriedades que refletem a atuação de outros processos de formação que 
agiram junto ou afetaram os processos dominantes, cujas características foram 
utilizadas para separar os solos no 1º nível categórico; ressaltam as 
características responsáveis pela ausência de diferenciação de horizontes 
diagnósticos; envolvem propriedades resultantes da gênese do solo e que são 
extremamente importantes para o desenvolvimento das plantas e/ou para outros 
usos não agrícolas e que tenham grande número de propriedades acessórias; 
ressaltam propriedades ou características diferenciais que representam 
variações importantes dentro das classes do 1º nível categórico (IBGE, 2007). 
QUADRO 2 - CLASSES DE SUBORDENS 
NOMENCLATURAS CARACTERÍSTICAS 
Amarelo, Acinzentado, Bruno-
Acinzentado, Bruno, Vermelho, 
Vermelho-Amarelo 
Cores do Solo 
Argilúvico B textural ou caráter argilúvico 
Crômico Caráter crômico 
Ebânico Caráter ebânico 
 
40 
 
Ferrilúvico, Humilúvico e 
Ferrihumilúvico 
Tipos de horizonte espódico (Bs, Bh ou Bhs, 
respectivamente) 
Flúvico Caráter flúvico 
Fólico Horizonte hístico + contato lítico 
Háplico Quando empregado, se refere a todos os 
demais solos não distinguidos nas classes 
precedentes 
Hidromórfico Restrição de drenagem (presença de 
horizonte glei) 
Húmico Horizonte A Húmico 
Litólico Contato lítico dentro de 50cm da superfície 
Melânico Horizontes hístico, húmico, proeminente e 
chernozêmico 
Nátrico Caráter sódico 
Pétrico Horizonte litoplíntico ou concrecionário 
Quartzarênico Textura arenosa desprovida de minerais 
alteráveis 
Regolítico A, C + contato lítico além de 50cm da 
superfície + 4% de minerais alteráveis ou 5% 
de fragmentos de rocha 
Rêndzico A chernozêmico coincidindo com caráter 
carbonático ou horizonte cálcico ou A 
chernozêmico com mais de 15% de CaCO3 
equivalente, mais contato lítico 
Sálico Caráter sálico 
Tiomórfico Horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos 
Fonte: IBGE, 2007 
O terceiro nível (Grandes Grupos) foi separado conforme as seguintes 
características: tipo e arranjamento dos horizontes; atividade de argila; condição 
de saturação do complexo sortivo por bases ou por alumínio, ou por sódio e/ou 
por sais solúveis; presença dehorizontes ou propriedades que restringem o 
desenvolvimento das raízes e afetam o movimento da água no solo (IBGE, 
2007). 
QUADRO 3 - CLASSES DE GRANDES GRUPOS 
NOMENCLATURAS CARACTERÍSTICAS 
Ácrico, Acriférrico Caráter ácrico e caráter ácrico + teor de 
ferro 
Alítico Caráter alítico 
Alumínico, Aluminoférrico Caráter alumínico e caráter alumínico + 
teor de ferro 
Argila de Atividade Baixa e Alta (Tb e Ta) CTC e teor de argila 
Carbonático Caráter carbonático ou horizonte cálcico 
Concrecionário Horizonte concrecionário 
Distrocoeso, Eutrocoeso Saturação por bases + caráter coeso 
 
41 
 
Distrófico, Eutrófico, Distroférrico, 
Eutroférrico 
Saturação por bases e saturação por 
bases + teor de ferro 
Distro-úmbrico, Eutro-úmbrico Saturação por bases + horizonte A 
proeminente 
Férrico, Perférrico Teor de ferro 
Fíbrico, Hêmico, Sáprico Grau de decomposição do material 
orgânico 
Hidromórfico Lençol freático elevado na maior parte do 
ano, na maioria dos anos 
Hidro-Hiperespesso Lençol freático elevado e B espódico a 
profundidade superior a 200cm 
Hiperespesso Horizonte espódico a profundidade 
superior a 200cm 
Húmico, Hístico Horizonte A húmico e horizonte hístico 
Lítico Contato lítico dentro de 50cm da 
superfície 
Litoplíntico Horizonte litoplíntico 
Órtico Quando empregado, se refere a todos os 
demais solos não 
distinguidos nas classes precedentes 
Pálico A + B (exceto BC) > 80cm 
Psamítico Textura arenosa 
Sálico Caráter sálico 
Saprolítico Presença de C ou Cr dentro de 100cm e 
sem ocorrência de contato lítico dentro de 
200cm da superfície 
Sódico Caráter sódico 
Fonte IBGE, 2007 
O quarto nível (Subgrupos) foi separado conforme as seguintes 
características: representam o conceito central da classe (é o exemplar típico); 
representam os intermediários para o 1º, 2º ou 3º níveis categóricos; 
representam os solos com características extraordinárias (IBGE, 2007). 
 
QUADRO 4 - CLASSES DE SUBGRUPOS 
NOMENCLATURAS CARACTERÍSTICAS 
Abrúptico Mudança textural abrupta 
Antropogênico Solos afetados por atividade antrópica 
Arênico Textura arenosa 
Argissólico B textural e/ou relação textural e 
cerosidade 
Cambissólico B incipiente ou características de 
desenvolvimento incipiente 
Carbonático Caráter carbonático ou horizonte cálcico 
Chernossólico, Húmico, Antrópico, 
Úmbrico 
Tipos de horizonte A 
Dúrico Ortstein, duripã 
 
42 
 
Êndico Horizonte concrecionário ou litoplíntico 
ocorrendo na parte interna do solo 
Epiáquico Caráter epiáquico 
Espessarênico Textura arenosa x profundidade 
Espesso Profundidade de A + E 
Espódico B textural com acúmulo iluvial de carbono 
orgânico e alumínio com ou sem ferro, 
insuficiente para B espódico 
Êutrico pH e S altos 
Fragmentário Contato lítico fragmentário 
Fragipânico Presença de fragipã 
Gleissólico Horizonte glei ou mosqueados de 
oxidação e redução 
Latossólico Horizonte B latossólico, características 
latossólicas 
Léptico Contato lítico entre 50 e 100cm 
Lítico Contato lítico < 50cm da superfície 
Luvissólico B textural Ta 
Neofluvissólico Caráter flúvico 
Nitossólico B nítico e/ou características 
intermediárias para Nitossolos 
Organossólico Horizonte hístico < 40cm 
Petroplíntico Caráter ou horizonte concrecionário e 
caráter ou horizonte 
litoplíntico 
Plácico Horizonte plácico 
Planossólico B textural com mudança textural abrupta 
e sem cores para B 
plânico ou, B plânico em posição não 
diagnóstica para Planossolos 
Plíntico Caráter ou horizonte plíntico 
Psamítico Textura arenosa 
Rúbrico Cárater rúbrico 
Sálico Caráter sálico 
Salino Caráter salino 
Saprolítico Horizonte C ou Cr dentro de 100cm e sem 
contato lítico dentro de 200cm da 
superfície 
Sódico Caráter sódico 
Solódico Caráter solódico 
Térrico Material mineral (A ou Cg) dentro de 
100cm da superfície 
Tiônico Horizonte sulfúrico ou material sulfídrico 
Típico Empregado para a classe que não 
apresenta características 
extraordinárias ou intermediárias para 
outras classes. Representa o conceito 
central 
Vertissólico Horizonte vértico – caráter vértico. 
Fonte: IBGE, 2007 
 
43 
 
 
Fonte: FONTANA et al., Embrapa. 
O quinto (Famílias) e o sexto nível (Séries) ainda não foram estruturados. 
No quinto, as classes deverão ser definidas com base em propriedades físicas, 
químicas e mineralógicas e em propriedades que refletem condições ambientais. 
Já no sexto, a definição de classes terá como base características diretamente 
relacionadas com o crescimento das plantas, principalmente no que concerne ao 
desenvolvimento do sistema radicular, relações solo-água-planta e propriedades 
importantes nas interpretações para fins de engenharia e geotecnia (IBGE, 
2007). 
Com base nas informações descritas anteriormente sobre as 
propriedades e características analisadas no processo de classificação dos 
solos, bem como sua nomenclatura, segue alguns exemplos para o melhor 
entendimento dos níveis categóricos: 
LATOSSOLOS VERMELHO Perférricos húmicos. 
1º Nível categórico – LATOSSOLOS. 
2º Nível categórico – LATOSSOLOS VERMELHO. 
 
44 
 
3º Nível categórico – LATOSSOLOS VERMELHO Perférricos. 
4º Nível categórico – LATOSSOLOS VERMELHO Perférricos húmicos. 
 
ARGISSOLOS AMARELOS Eutróficos típicos. 
1º Nível categórico – ARGISSOLOS. 
2º Nível categórico – ARGISSOLOS AMARELOS. 
3º Nível categórico – ARGISSOLOS AMARELOS Eutróficos. 
4º Nível categórico – ARGISSOLOS AMARELOS Eutróficos típicos. 
 
GLEISSOLOS SÁLICOS Sódicos típicos. 
1º Nível categórico – GLEISSOLOS. 
2º Nível categórico – GLEISSOLOS SÁLICOS. 
3º Nível categórico – GLEISSOLOS SÁLICOS Sódicos. 
4º Nível categórico – GLEISSOLOS SÁLICOS Sódicos típicos. 
 
 
45 
 
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