Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Proteínas Totais e Frações PROTEÍNAS QUE CIRCULAM NO SANGUE → Quando se realiza a dosagem de proteínas no sangue, estamos dosando não só uma, pois no sangue estão presentes hormônios, anticorpos, proteínas inflamatórias, de transporte, de coagulação, com função estrutural, etc. Proteínas totais são as plasmáticas ou séricas Plasma (Proteínas plasmáticas totais): se obtém do sangue coletado com anticoagulante, as proteínas da coagulação ficam suspensas no líquido Soro (Proteínas séricas totais): se obtém do sangue coletado sem anticoagulante → Uma patologia que pode apontar o desequilíbrio de alguma proteína é a hiperproteinemia ou hipoproteinemia → Para fazer essa análise é utilizado o espectrofotômetro qualitativo e também é levado em consideração um exame quantitativo Frações de proteínas → As frações são albumina e globulinas. Os hormônios estão em pequena concentração e por isso não afetam na ordem de grandeza das proteínas totais ALBUMINA → Está presente +/- 60% no sangue; produzida pelo fígado Funções → Carreadoras de várias substâncias lipossolúveis (cálcio, ácido graxo, hormônios lipossolúveis e esteroides) → A bilirrubina é produzida no baço quando uma hemoglobina é degradada, a albumina carrega a bilirrubina para o fígado e ser eliminada pela via biliar, esse carreamento é feito pela corrente sanguínea → Fonte de aminoácidos para tecidos periféricos, processos de cicatrização, reparo tecidual (queimaduras) → Manutenção do equilíbrio ácido-base, através dos grupos ionizáveis → Pressão hidrostática: pressão que o sangue exerce sobre a parede do vaso. Quando isso ocorre, o endotélio acaba sendo permeável a água e aos solutos pequenos (sódio, glicose, eletrólitos), e assim essas substâncias penetram nos tecidos. A pressão hidrostática ocorre em função do efeito da pressão arterial e resistência vascular → Pressão coloidosmótica: pressão que células do sangue exercem sobre o sangue. Conforme vai passando para capilares venosos, ocorre um aumento da concentração de proteínas e hemácias que ficou no leito vascular puxando na água de volta. Essa função é percebida em pacientes com hipoalbuminemia, porque não possui uma concentração de proteínas suficiente para atrair a água de volta para o leito vascular → Pressão oncótica: é a força que empurra o fluido para os capilares sanguíneos Meia vida → Tempo médio da albumina no sangue é de 15 a 20 dias, depois é degradada pelo próprio fígado ou por outros órgãos do retículo endotelial Hiperalbuminemia → Tem como causa a desidratação → Quando há perda de líquido circulatório e a concentração de solutos se mantém, ocorre uma hiperalbuminemia (aumento de quantidade em relação ao volume) → Não há nenhuma patologia relacionada com o aumento da produção de albumina → O excesso de ingestão de lipídeos arranca o grupamento amina e o que sobra é transformado em gordura. O organismo não estoca proteína, assim o fígado para evitar a hiper viscosidade do sangue mantém a constante produção de albumina Hipoalbuminemia → Tem como causa a desnutrição → Diminui a pressão coloidosmótica (pressão oncótica) dos capilares → Doença hepática: quando há comprometimento de 70% da massa hepática → Lesão hepática x função hepática = a lesão não está se referindo a comprometimento de função, são parâmetros diferentes → Qualquer enteropatia perdedora de proteína → Perda renal: lesões glomerulares fazem o paciente perder proteína pela urina, fazendo com o que a proteína não seja absorvida, assim falta matéria prima para produção de albumina → Aumento de consumo de albumina: se no processo de recuperação de aminoácidos e proteínas para os tecidos exigir muita albumina, pode faltar albumina em outras funções → Insuficiência cardíaca → Processos inflamatórios: diminuição da produção de albumina em função de outras proteínas inflamatórias para combater a infecção → Hemorragias → Queimaduras → Síndrome nefrótica: produzida por alterações dos glomérulos renais (amiloidose renal ou glomerulonefrite), a principal proteína perdida é a albumina porque sua molécula é menor, embora, em casos de dano glomerular grave também se percam globulinas. Pode ser severa, acompanhada de proteinúria GLOBULINAS → +/- 40% do sangue → α = alfa globulina / β = beta globulina / γ= gama globulina → São proteínas relacionadas a processos imunológicos, como anticorpos ou outras proteínas da fase aguda → No espectrofotômetro dá pra dosar as proteínas totais e a fração da albumina, mas não existe como dosar a globulina. Então usa-se a seguinte formula: P = A + G P= proteínas totais A= albumina G= globulina Hiperglobulinemia → Aumento da produção de anticorpos → Adaptação a um processo infeccioso, causa por doenças parasitarias, doenças infecciosas, como a hepatite de característica infecciosa → Doenças imunomediadas, de natureza neoplásicas, como o mieloma múltiplo → Neoplasias hematopoiéticas → Processos inflamatórios agudos (alfa) ou crônicos (gama) → A globulina também pode afetar a concentração de proteínas totais, principalmente com relação a produção de anticorpos Hipoglobulinemia → Imunossupressão → Problemas de imunodeficiência devido à ingestão inadequada de colostro e diminuição de gamaglobulinas. Esses animais são suscetíveis a infecções e problemas parasitários REAÇÃO ALBUMINA/ GLOBULINA → Vai ser próximo a 1/1,1. Um aumento muito significativo dessa relação, se tem muito mais albumina do que globulina, ou uma diminuição muito significativa dessa relação, se tem muito mais globulina do que albumina irá indicar alguma alteração patológica: imunossupressão, hepatite C por exemplo ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS Anticorpos → Produzido quando animal recebe proteína estranha (antígeno), proposital ou não, liga-se a receptores dos linfócitos B, ativam-se e diferenciam-se em plasmócitos e geram anticorpos/imunoglobulinas. O anticorpo reage com antígeno, forma complexo antígeno-anticorpo, destrói antígeno e o elimina → Os macrófagos fagocitam o complexo antígeno-anticorpo, criam memória imunológica após primeiro contato, após o segundo contato são produzidos mais rapidamente → Anticorpos produzidos no primeiro contato são as imunoglobulinas M e depois, produz imunoglobulinas G Resposta Imunológica – Imunoglobulinas → Duas cadeias pesadas + duas cadeias leves, unidas por ligações de sulfeto = Y → Sítio de ligação para antígeno + sitio de ligação para célula sanguínea (linfócito B) IgG → Em soro de aves, mamíferos → Predominante na resposta imune secundária (imunidade tardia) → No segundo contato, não se produz IgM antes da IgG, apenas IgG → Difunde-se pela placenta de humanos, mas não da maioria dos animais IgM → Resposta imune primária - 1º contato com antígeno (reposta ativa) → Em soro dos animais, raramente em fluidos corpóreos → Não atravessa placenta - muito grande, com 5 unidades IgA → Secreções (superfícies mucosas), lágrimas, saliva, secreções traqueais, glândulas digestivas, glândula mamária, sangue → Resistente às enzimas pepsina e tripsina → Presente no colostro (leite após o parto) → Proteção ao recém-nascido → Imunidade passiva natural → No sangue: uma unidade, em secreções: dimérica - duas unidades IgE → Produzida em parasitoses, processos alérgicos (hipersensibilidade tipo 1) → Ligada aos mastócitos (células teciduais) e basófilos → Mastócitos ativados: liberam grânulos → histamina causa coceira IgD → Não atravessa placenta → Não presente no colostro → Pequenas quantidades no soro → Função não descoberta
Compartilhar