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Exames Laboratoriais ● Conceitos de Biossegurança 1) Hemograma: Componentes sanguíneos produzidas pela medula óssea: ● Hemácias; ● Grande grupo de leucócitos; ● Plaquetas Imerso em uma local rico em plasma (As principais proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gamaglobulinas, as lipoproteínas e as proteínas que participam da coagulação do sangue, como protrombina e fibrinogênio. ) 1.1 Eritrograma (eritro = hemácia/glob. vermelhos) a. Eritrócitos = dado de eritrócitos (tubo de EDTA - roxo). i. Milhões/mm³ ii. Homens: 5,0 ± 0,5 iii. Mulheres: 4,3 ± 0,5 iv. Conclusão: quanto que a medula óssea está produzindo de eritrócitos, dentro do padrão ou não. b. Hematócrito i. Expresso em porcentagem; ii. Na centrifugação, as hemácias se concentram no fundo, o líquido em cima, as plaquetas e os leucócitos no meio. iii. O normal é que adultos tenham mais plasma do que células. iv. Caso contrário, o sangue ficará mais denso e mais viscoso, diminuindo sua “leveza” de circulação. v. Homens: 45 ± 5 vi. Mulheres: 41 ± 5 vii. Grávida: Aumenta o nível de líquido circulante (plasma). c. Hemoglobina i. g/dL ii. Homens: 15 ± 2 iii. Mulheres: 13,5 ± 1,5 iv. Principal definidor de anemia; v. Se falta hemoglobina, logo a produção será afetada também (eritrócitos); vi. Proteína de transporte de oxigênio; d. VCM (VGM/Volume Corpuscular Médio) i. fL (fentolitros) ii. Adultos: 92 ± 9 iii. Tamanho médio das hemácias; iv. Índice hematimétrico (normocítica, macrocítica ou micro); v. Macrocitose = ex.: só determina anemia se a hemoglobina estiver alterada ou no limite. e. HCM (Hemoglobina corpuscular média); i. picogramas (pg) ii. Adultos: 29,5 ± 2,5 iii. Valor médio de hemoglobinas dentro das hemácias. iv. Hemoglobina pigmenta a hemácia. v. Coloração normocrômica, hipo ou hipercrômica. f. CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) i. g/dL ii. Adultos: 33 ± 1,5 iii. Determina a concentração da hemoglobina dentro da célula. g. RDW (Variação de tamanho entre as hemácias); i. Porcentagem % ii. Adultos: 12,8 ± 1,2 iii. Acima de 14: Anisocitose h. Observações: tudo que for observado microscopicamente. Descrições; Inclusões que não deveriam estar; i. Poiquilocitose (variação da morfologia das hemácias) 1.2 Leucograma (específica dos leucócitos) a. Leucócitos totais: 4 - 10 i. Alta: indicativo de infecção ii. 32000 leucemia ou reação leucemóide (produz muito leucócitos); iii. 60000 leucemia; b. Neutrófilos i. Porcentagem do total de leucócitos; ii. Bactérias e fungos; c. Monócitos i. Macrófago geral; ii. Mononucleose (do beijo); d. Eosinófilos e Basófilos i. Parasitas intestinais e. Blastos i. Mieloblastos ou linfoblastos ii. Células jovens; iii. Relaciona-se com leucemia na maioria das vezes; iv. Células tronco > mieloblasto > promielócito > mielócito > metamielócito > bastonete > neutrófilo. v. Desvio à esquerda: saindo bastonete em vez de neutrófilo da medula óssea. vi. Escalonada ou não escalonado: respeitando a porcentagem. vii. Escalonado: geralmente é infecção; f. Segmentados: (granulócitos: basófilos, neutrófilos e eosinófilos) i. É mais comum o desvio para esquerda no neutrófilo. Se não tiver explícito, é neutrófilo. g. Termos: i. Neutrófilos: neutropenia: diminuição; Neutrofilia/citose: aumento; ii. Linfopenia: diminuição. Linfocitose: aumento. 1.3 Plaquetograma a. 150 - 400 i. Um dos principais componentes da coagulação, dentro vários fatores; ii. Abaixo: dificuldade para coagular; iii. Acima: trombos; iv. Trombopenia: abaixo do valor de referência; v. Trombocitose: aumento; AULA 17/08/2022 ANEMIAS PODEM SER ● Ver contagem de reticulócitos (pré-eritrócito): VR até 2%. - Acima: sobrecarga (reticulocitose - aumento da liberação dos reticulócitos na medula óssea). Liberação antes de serem formados: pois urge a necessidade de liberarem “hemácias”. ● Ver VCM. ● (1) hemorragia; (2) produção insuficiente de eritrócitos pela medula óssea; (3) produção de eritrócitos com pouca hemoglobina; (4) destruição acelerada dos eritrócitos. 1. microcíticas a. ferropriva b. talassemias c. Anemia por Doença Crônica 2. normocíticas a. hemolíticas b. aplásticas c. sideroblástica d. deficiência de EPO e. hemorragias agudas 3. macrocíticas a. megaloblástica b. perniciosa anemia - Hb baixa reticulócitos acima do normal suspeitamos de anemia hemolítica Ferro: Dosagem de ferro - forma de obtenção: alimentação (20-10%) ou reaproveitamento da hemácia (80-90%) (macrófagos no baço -> hemoglobina -> Fe²+) ● Qual a quantidade de ferro disponível no corpo do paciente. ● Ferro 2+ está em uso 3+ está em transporte; Ferritina (proteína) - dosagem: quanto de estoque do ferro no corpo - fígado. O ferro nem está indo pra medula, nem ta sendo utilizado - portanto, está estocado na forma de proteína - ferritina; Caso seja necessário, retira-se o ferro para consumo. Transferrina - pega o ferro e leva à MOV (que foi reaproveitado para ligar-se à hemoglobina). Carrega na forma 3+ (em transporte). ²+ em uso. Os eritroblastos contêm receptores para transferrina na membrana. Após se combinarem, o complexo receptor-transferrina penetra o citoplasma por endocitose. IST - índice de saturação da transferrina me diz o quanto ta saturada, em uso. Representa a razão entre o ferro sérico e a capacidade total de ligação do ferro. CTLF - capacidade total de ligação do Ferro. (Livre) Baixo IST e baixo CTLF pode indicar que a pessoa está com problema na produção de transferrina ANEMIA FERROPRIVA 1. Deficiência de ferro no corpo 2. Ferro sérico baixo 3. Ferritina (estoque é consumido primeiramente) baixo, logo: 4. Aumenta a quantidade de transferrina (feedback negativo); que é produzida pelo fígado; Se o corpo entende que há uma falta de O2, entende-se que a transferrina deve aumentar para produzir mais hemácias. 5. depleção do ferro - ainda não se tem anemia ferropriva pois o ferro do estoque ainda está sendo usado 6. IST baixo CTLF alto Reticulócitos sem excesso: hemácia baixo VCM baixo - microcitose: saem dessa forma porque ficam à espera de Hb, logo, sofrem divisão celulares. HCM baixo - hipocromia RDW alto - anisocitose Tratamento: alimentação - 2+ (carnes) e 3+ (vegetais, feijão). Precisa-se de uma reação bioquímica para que passe de 3+ para 2+ para que seja absorvido pelos enterócitos. Sulfato ferroso. ● Acomete principalmente pessoas com sangramento crônico - Ex hiperplasia do endométrio, sangramento nasal frequente; ● Sintomas - cansaço, sonolência, cefaléia, palidez; ● Característica da ferropriva: unha coiloniquia, queilite angular, língua lisa, síndrome de PICA. ANEMIA POR DOENÇA CRÔNICA (ADC) Infecções graves prolongadas, por tuberculose; Paciente com pneumonia, sepse, HIV, doenças autoimunes, cânceres. Infecção muito grave: altas produções de anticorpos - se ligam às hemácias e causam lise. Hemácias sendo perdidas; Citocinas inflamatórias (IL-6, IL-1, IL-12, TNF) alteram o ciclo da transferrina: aumentam a produção de lactoferrina (muito semelhante) que tem uma maior atração pelo Ferro (2x maior), em vez da transferrina. Sendo assim, o transporte é prejudicado (na MOV). Frente à uma inflamação, o Ferro começa a ser estocado na forma de ferritina. Por isso a ferritina é elevada. Ferro baixo (ligado à lactoferrina ou estocado no fígado) Ferritina alto IST baixo CTLF alto ou normal VCM baixo ou normal HCM baixo RDW não da específico Portanto, se está ocorrendo a “morte” de hemácias acima do normal e não está produzindo novas, desenvolve-se a anemia. Mecanismos: 1. diminuição da sobrevivência das hemácias; 2. resposta medular inadequada (o Ferro não chega na medula óssea); 3. distúrbios no metabolismo do ferro; Não adianta dar sulfato ferroso, é necessário tratar a doença/infecção base. SIDEROBLÁSTICA Ferro alto Ferritina alto IST alto CTLF baixo ou normal VCM baixo ou normal HCM baixo Hemocromatose: alteração no excesso de Ferro. Deficiência na incorporação do Ferro: enzima ALA-sintase o ferro não consegue ser incorporado na hemoglobina.Ferro se acumula em volta do núcleo da hemácia -> anel sideroblásticas. M. Compensatório: Pela detecção de baixa de O2, o rim libera eritropoetina para produção de hemácias. Causas: genético cromossomo X, comum nos homens, forma adquirida - consumo excessivo de álcool dificulta a produção da ALA-sintase, idiopática. Biópsia de medula óssea ou mielograma (laudo: observado anéis sideroblásticos). Durante o processo de evolução quando o núcleo for retirado da hemácia, o ferro sai junto - anemia. Hemocromatose Quelante - medicamento para eliminar ferro, tratamento com sangue-sugas. “A molécula da hemoglobina (proteína conjugada com ferro) é formada por quatro subunidades, cada uma contendo um grupo heme ligado a um polipeptídio. O grupo heme é um derivado porfirínico que contém Fe2+. Devido a variações nas cadeias polipeptídicas, distinguem-se vários tipos de hemoglobina, dos quais três são considerados normais: as hemoglobinas A1, A2 e F. A hemoglobina A1 (Hb A1) representa cerca de 97%, e a hemoglobina A2 (Hb A2), cerca de 2% da hemoglobina do adulto normal. O terceiro tipo de hemoglobina normal é característico do feto, sendo conhecido como hemoglobina fetal ou F (Hb F). Representa 100% da hemoglobina do feto e cerca de 80% da hemoglobina do recém-nascido; sua taxa diminui progressivamente até o oitavo mês de idade, quando alcança 1%, porcentagem semelhante à encontrada no adulto. Durante a maturação na medula óssea, o eritrócito perde o núcleo e as outras organelas, não podendo renovar suas moléculas. Ao fim de 120 dias (em média), as enzimas já estão em nível crítico, o rendimento dos ciclos metabólicos geradores de energia é insuficiente e o corpúsculo é digerido pelos macrófagos, principalmente no baço.” TALASSEMIAS Alteração genética alfa e beta; Deficiência cromossomal; Num indivíduo normal, no cromossomo 16, haverão 4 moléculas que produzirão alfa. Num indivíduo com alfa-talassemia, haverá uma perda genética: Indivíduo normal: 2 alfa em cada cromossomo. Alfa-talassemia-mínima: “defeito” em um dos cromossomos, com uma perda alfa em um cromossomo e normalidade no outro (2). Alfa-talassemia-menor: ambos casos a seguir possuem apenas dois alfa. Sendo dois alfa em apenas um cromossomo e 0 no outro, ou 1 em cada cromossomo. Alfa-talassemia-intermediária: 0 em um cromossomo e o outro apenas com 1. Alfa-talassemia-maior: com nada. Incompatível com a vida. Hidropsia fetal. A hemoglobina é estrutura quartenárias, com 4 globinas. Sendo as duas primeiras alfa e as duas restantes beta. Quando há um problema na produção de alfa, a beta a substitui. Dando origem a uma Hb patológica: a Hb (H). - Sendo 4 betas, exclusivas da alfa-talassemia. Diagnóstico: Eletroforese. Hemoglobina normal do nosso corpo: Hb A (2alfa e 2beta) Beta-Talassemia: microcítica No cromossomo 11, temos um B em cada cromossomo. Beta substituído: Menor: Delta - A2 -> Até 4% Maior: Gama - Fetal -> Até 2% ANEMIA FALCIFORME: presença de depranócitos; Normal: A - 96-99% A2 - 4% F - 2%; Alteração genética - hemoglobina não é A e sim S; Alteração na base nitrogenada (substituição do ácido glutâmico (carga negativa) pela valina (carga neutra); Colimeriza a hemácia -> origem: formato de foice (HbS); Negativo com negativo se repelem, negativo com neutro há a colimerização; As hemoglobinas ao invés de estarem distribuídas, elas se polimerizam e a hemácia fica em formato de foice. Hemoglobina na ausência de O2 se polimeriza. Ela pode ficar falciforme e voltar ao normal a depender da oferta de O2, mas chega um momento que ela se torna rígida e fica apenas falciforme. Crises dolorosas: O depranócito, por ter seu formato irregular, se quebra, e com isso, a Hemoglobina é liberada e consome o óxido nítrico que é vasodilatador. Sem o NO, há uma cascata bioquímica que se repete e causa dores. Fluxo interrompido. Hemoglobina S: Anemia falciforme; (visto na eletroforese) Traço falciforme (A+S): quando apenas um cromossomo produz apenas um S. Quando ambos produzem, denomina-se anemia falciforme. Clínica: inflamação no terço inferior do pé, aumento do coração (mecanismo compensatório), inchaço das mãos e dos pés (dactilite). Doença falciforme: S+B, S+Alfa, S+C (lisina) ANEMIA HEMOLÍTICA Se tem um grande processo de hemólise, há um acúmulo de bilirrubina indireta, ou seja, o fígado não dá conta de converter toda em bilirrubina direta. Observação: toda anemia hemolítica, o nível de bilirrubina indireta estará elevado. -> icterícia. 1. extracorpusculares a. algo de fora quebrou ela b. infecciosas e parasitárias (plasmodium - falciparum e vivax) c. imunológicas: por crioaglutininas (frias) - ligação de anticorpos-, anemia hemolítica autoimune (quentes) d. por fragmentação: traumática, dependência de fármacos oxidativos 2. intracorposculares a. quando o erro está dentro da hemácia (interno) b. defeitos de membrana: liberando a Hb: esferocitose, eliptocitose, hemoglobinúria paroxística noturna (urina fica bem característica, devido a coloração da hemácia e o grande período sem urinar durante a noite) - coca-cola; c. hemoglobinopatias: anemia falciforme, outras hemoglobinopatias d. deficiência de enzimas: deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6FD), deficiência de piruvato quinase (PK). a. bilirrubina indireta alta - icterícia b. reticulócitos alto >2% c. esquizócitos - hemácias que se quebraram e não tem formato característico Hb baixo VCM normal reticulócito alto bilirrubina indireta alto Presença de esquizócitos (formato esquizito - hemácias quebradas, observadas) ANEMIA POR HEMORRAGIA AGUDA (grande perda de sangue) até 10% - tolerável 10-20% - tontura e desmaios > 30% - anemia aguda > 30% - mortalidade elevada ANEMIA APLÁSTICA Quadro de pancitopenia - todas as células sanguíneas estão diminuídas. Problemas na medula óssea, por isso todos os níveis caem. A medula fica aplástica. Pacientes que fazem radiologia em órgãos próx à medula Pacientes que fazem quimioterapia Diagnóstico: biópsia de medula. Vai ter bastantes lipídeos, ou seja, a vermelha é substituída pela amarela. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Vitamina B12 - origem animal VCM elevado - Macrocítica B12 se liga ao fator intrínseco e direcioná ela para entrar no enterócito para ser absorvida (corrente sanguínea); Após entrar na corrente, depende da transcobalamina-2 para ser transportada até a medula óssea vermelha. Anemia megaloblástica: deficiência de B12. Anemia perniciosa: falta do fator intrínseco (FI) que não consegue absorver a B12. FI - produzido por células glandulares estomacais B12 é essencial para a produção de timina (BN) o que não permite o processo de divisão celular, com isso a hemácia não passa pelos seus processos de divisão como deveria e fica macrocítica. Deficiência de ácido fólico (falta bases nitrogenadas) ANEMIA PERNICIOSA Deficiência de FI B12 baixo Valores: Bilirrubina indireta: até 0,8 mg/dL Vitamina B12: 300-900 pg/ml Ácido fólico - superior a 3,10 LEUCEMIA 1. de origem mieloide a. agudo b. crônico 2. de origem linfóide a. agudo b. crônico Agudo refere-se a células jovens, seja dos leucócitos, das hemácias Em formação: crônica. GASOMETRIA: Análise dos gases, eletrólitos, pressão de CO2, se o paciente está com desvio ácido ou básico. VR: pH: 7,35 a 7,45 (7,4 = neutro) - Todas as enzimas funcionando. Acima de 7,95 começa a morte celular. Abaixo de 6,85 começa a morte celular também. ● Coleta deve ser em contato com a heparina: que vai preservar os gases e eletrólitos daquela amostra. ● Sempre sangue arterial (art. medial); Equilíbrio ácido-básico: 1. Solução tampão: rápida, porém limitada; 2. Respiração; CO2 + H2O -> H2CO3 -> H+ + HCO3- 3. Filtração e excreção renal; Controla o bicarbonato -> precisa ser reabsorvido, com isso, secreta o H+: H+ + HCO3- -> H2CO3 (ácido carbônico); O HCO3- precisa estar na forma molecular, estável, com isso requere-se o H+ para ser reabsorvido; BE: base excess -> quando mais negativo, eliminando menos bases. (menos excesso de base na urina); Quanto mais positivo,mais eliminação mais base na urina. •Acidose respiratória→↓pH - ↑pCO2 •Alcalose respiratória→ ↑pH - ↓pCO2 •Acidose metabólica→↓pH - ↓HCO3 •Alcalose metabólica→↑pH - ↑HCO3 INTERPRETAÇÃO: 1. COMPENSADA ● pH dentro da normalidade; ● Um sistema compensando o outro (vice-versa); 2. PARCIALMENTE COMPENSADA ● pH fora da normalidade; ● Um dos órgãos/sistemas deve estar tentando compensar a “falha” do outro; 3. DESCOMPENSADA ● Um dos sistemas está “normal”, não tentando compensar o outro ● pH fora da normalidade; 4. ALTERAÇÃO MISTA ● Nenhum dos dois está funcionando corretamente; ● Ex: covid e IRC Coagulograma: A protrombina é uma proteína plasmática instável que pode facilmente ser dividida em compostos menores, um dos quais é a trombina. A protrombina é continuamente produzida pelo fígado. Se o fígado deixar de produzir protrombina, em 24 horas a concentração plasmática cai ao ponto de não ser suficiente para promover a coagulação normal do sangue. O fígado necessita de vitamina K para a ativação normal da protrombina; (1) espasmo vascular; (2) formação de um tampão plaquetário; (3) formação de um coágulo sanguíneo, como resultado da coagulação do sangue; (4) eventual crescimento de tecido fibroso para o fechamento permanente do orifício do vaso. Mecanismo da Coagulação Sanguínea: Fases 1 - Iniciação: Um complexo de substâncias ativadas chamadas de ativador da protrombina é formado em resposta à ruptura ou dano no vaso sanguíneo. a. Lesão: Fator Tecidual desencadeia a cascata; b. Fator tecidual + fator 7; c. Fator 7 ativado; d. Fator 7 ativado + fator tecidual = ativam fator 9; e. Fator 9 se liga às plaquetas no tampão plaquetário inicial; f. Fosfatil-di-serina (plaquetas precisam entrar em contato com colágeno) possibilita a ligação dos fatores às plaquetas; g. Fator tecidual ativado + fator 7 = ativa fator 10. h. Fator 10 ativa o fator 5; i. 10 e 5 se juntam e formam a protrombina; j. Protrombina ativa a trombina; k. Resultado: a trombina ainda é fraca, sem capacidade para transformar o fibrinogênio em fibrina. A quantidade é baixa. 2 - Ampliação: O ativador da protrombina catalisa a conversão da protrombina em trombina. a. Fator 9 já está ligado à plaqueta; b. A trombina ativa o fator 11 = que ativa mais fator 9; (outra forma de ativar +) c. Trombina ativa mais fator 5, que se liga à superfície das plaquetas (diferente da fase 1); d. Trombina ativa fator de Von Willebrand (Vw) = carrega o fator 8, que quando ativado, se quebra; e. Fator 8 (Hemofilia A - ausência do fator) + fator 9 (Hemofilia B - ausência do fator), ligados à plaqueta, formam o complexo tenase. f. Complexo tenase = ativa o fator 10 (que estará ligado à plaqueta); g. 10 + 5 = ativam a protrombina; h. Protrombina (proteína) com capacidade de formar mais trombina; 3 - Propagação: A trombina atua como uma enzima convertendo o fibrinogênio em fibras de fibrina que enredam plaquetas, células sanguíneas e plasma para formar o coágulo. a. Trombina atua no fibrinogênio (proteína de alto peso molecular, produzida no fígado, removendo 4 peptídeos, transformando em monômero de fibrina); b. Coágulo = hemácias + plaquetas + fibrina; c. O Fator 13 (ativado pela fibrina) tem função de estabilizar o coágulo; d. Ausência do fator 13 = êmbolos, pois ele não ficará fixo; e. Fatores anticoagulantes - naturais - precisam ser ativados; i. Proteína C e S: travam/inativam o 5 e o 8 ii. Antitrombina III: bloqueia a protrombina e sua conversão em trombina iii. Inibidor do Fator Tecidual (TFPI) Heparina Quando há excesso de heparina, a remoção da trombina da circulação é quase instantânea. Os mastócitos localizados no tecido conjuntivo pericapilar em todo o corpo e os basófilos produzem heparina. Essas células secretam continuamente pequenas quantidades de heparina que se difundem para o sistema circulatório. Prevenção da Coagulação Sanguínea no Sistema Vascular Normal – Anticoagulantes Intravasculares (1) a uniformidade lisa do endotélio, que previne a ativação por contato do sistema intrínseco da coagulação; (2) a camada de glicocálice no endotélio, que repele os fatores de coagulação e as plaquetas; (3) uma proteína ligada à membrana endotelial (chamada de trombomodulina), que se liga à trombina. Vitamina K: O sangramento excessivo pode ser o resultado de uma deficiência de vitamina K, de hemofilia ou de trombocitopenia (deficiência de plaquetas). A vitamina K é necessária para a formação de cinco fatores importantes para a coagulação: protrombina, fator VII, fator IX, fator X e proteína C. Na ausência de vitamina K, a insuficiência desses fatores de coagulação pode provocar uma séria tendência para o sangramento. Quebra do Coágulo: Para desfazer o coágulo, precisa-se do processo de fibrinólise (quebra do coágulo de fibrina); A plasmina digere as fibras de fibrina e outros fatores de coagulação. O plasminogênio fica retido no coágulo juntamente com outras proteínas plasmáticas. Fibrinólise: ativação do plasminogênio (sintetizado no fígado) = transforma-se em plasmina (enzima proteolítica), que quebra a fibrina -> D-dímero. D-dímero: indica alta coagulação (mede o índice de quebra do coágulo - quebra de fibrina); COVID-19: Processo inflamatório, vasos dilatados, fatores teciduais entravam, processo de coagulação. A coagulação intravascular disseminada (CIVD). INTERPRETAÇÃO DE COAGULOGRAMA: 1. Tempo de Protrombina (TP) ● VR : 10 a 14 segundos; ● Avaliação dos fatores de iniciação (5,7, 9, 10, e protrombina); ● Deficiência de Vitamina K aumenta o tempo; ● RNI (INR) - Relação de Normatização Internacional - 0,8 a 1 no mundo inteiro, dependendo do cálculo do KIT. 2. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado ● Avaliação do fator 11, FVw, 8 e pode avaliar o 9; ● VR: 30 segundos TP Alterado: fatores de iniciação (7, 9, 10, 5 e protrombina) TTPA Alterado: fatores 11, FvW, 8 Comum: 5, 9, 10, protrombina. 3. Contagem de plaquetas 150 mil a 400 mil; 4. Tempo de Coagulação ● VR: 4 a 11 minutos ● Indicado em acidentes antiofídicos (acelera a coagulação); ImunoHematologia: Os antígenos tipo A e tipo B ocorrem sobre as superfícies das hemácias em grande parte da população. Esses antígenos, ou aglutinogênios, causam as reações transfusionais. É com base na presença ou ausência dos aglutinogênios sobre as hemácias que o sangue é agrupado com o objetivo de transfusão. Tipos Sanguíneos com seus Genótipos e seus Aglutinogênios e Aglutininas (anticorpos) Constituintes As aglutininas são γ-globulinas das subclasses das imunoglobulinas IgM e IgG. Técnicas: ● Lâmina ● Tubo (laboratório) ● Gel (mais caro): se correr, é positivo. O controle não reage; Técnica por aglutinação: ● Aglutinação ou não ● Adiciona o anticorpo específico D fraco (expressa o antígeno fracamente); Obrigatoriedade: paciente apresente Rh negativo, eu preciso confirmar ou não o D fraco (falso-negativo), passando por contra-prova. Antiglobulina humana: se liga à anticorpos; Fazer a lavagem, anticorpos descartados (3x no mínimo); Antiglobulina reage com anticorpos, ou seja, aglutina. (D fraco positivo); Transfusão Sanguínea: Colhido no máximo 72h antes, para fazer a tipagem. Além de testes hematológicos, são feitos testes imunológicos (Sorológico HIV, HTLV, Sífilis, Hepatite (HCV), HbS (falciforme), etc. O teste de coombs é um tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando a sua destruição e podendo levar ao surgimento de um tipo de anemia conhecida como hemolítica 1. ABO e Rh (receptor e doador); 2. Coombs direto (por meio da antiglobulina humana - anticorpo que se liga em anticorpo); a. Detecta o que está ligado à superfície da hemácia. b. Coombs deve estar negativo. c. Normal: sem anticorpo na superfície, logo, quando coloca-se a antiglobulina, não aglutina. d. Precisa-se fazer lavagem, para detectar apenas o que estão ligados na superfície da hemácia. e. Coombs direto reagente ou não reagente. 3. Coombs indireto; a. Detecta anticorpos livres.b. O soro do paciente, que contém anticorpos, será utilizado. c. Uma hemácia conhecida do laboratório (positiva, geralmente O+) é adicionada ao soro; d. Soro de Coombs é adicionado (antiglobulina humana); 4. Compatibilidade doador/receptor; Mistura as duas amostras de ambos. Alguns fatores da coagulação começam a diminuir após certo tempo. Portanto, o plasma fresco tem maiores quantidades em comparação com o plasma de +24h. A partir do plasma fresco, retira-se o crioprecipitado (CRIO), retirando o sobrenadante, rico em fibrinogênio, FvW. Atentar para as diferenças de plasma e concentrado de hemácias. Para realizar transfusão plaquetária, os indivíduos devem ser, obrigatoriamente, compatíveis (iguais totalmente). PERFIL HEPÁTICO E BILIAR O fígado como órgão - Funções básicas: ● Filtração e armazenamento de sangue; ● Metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas, hormônios e xenobióticos; ● Formação e excreção da bile; ● Armazenamento de vitaminas e ferro; ● Formação de fatores de coagulação; a. A Taxa de Fluxo Sanguíneo no Fígado é Alta e a Resistência Vascular é Baixa; b. A Taxa de Fluxo Linfático do Fígado é Alta Funções Metabólicas do Fígado: a. O fígado processa e sintetiza várias substâncias que são transportadas para e trazidas de outras áreas do organismo; Metabolismo da Bilirrubina: Marcadores hepáticos e biliares: ● Lesão hepática; ● Fluxo biliar e lesões biliares; ● Síntese hepática; Comunicação fígado-pâncreas-bile. ALT (Alanina Aminotransferase) ou TGP (Transaminase Glutâmico Pirúvica). a. Está presente nos hepatócitos (mais expressiva) ou na musculatura esquelética. b. Mais específica para o fígado. VR: Homem: <58 U/L; Mulher: <41 U/L; AST (Aspartato Aminotransferase ou TGO (Transaminase Glutâmico-oxalacética) a. Menos específica do fígado; b. Presente em inúmeros tecidos (coração, hemácias, etc); c. Citoplasma e mitocôndrias, sendo indicativo de lesão celular; VR: H: <38 U/L; M: 32U/L; Ambas elevadas: indicativo de lesão hepática; ALT apenas elevado: alterações agudas AST apenas elevado: outro tecido lesado, sem ser no fígado; ÍNDICE DE RITS (AST/ALT): < 1 -> lesão média (inflamatória) > 1 -> lesão grave (necrose) LDH –Desidrogenases lácticas a. Marcador de lesão celular (não necessariamente hepática); b. Elevação não indica lesão hepática; c. Órgão sofrendo lesão; d. Enzima intracelular; VR: 24 a 480 U/L; Fluxo Biliar e Lesões Biliares: I - Gama Glutamil Transferase (GGT) (dentro das células) ● Abundante nas células hepáticas e parede biliar; ● Correlacionada com: Colestase (obstrução); ● Consumo de álcool; ● Lesões Hepáticas (compressão das células dos ductos) ● Específica dos ductos hepáticos (Alto GGT); VR: Mulheres: 5 -27 U/L Homens: 7 -45 U/L II - Bilirrubina VR: Total: 0,3 a 1,2 mg/dL Indireta: Inferior ou igual a 0,8 mg/dL Direta: Inferior ou igual a 0,4 mg/dL Aumento de bilirrubina indireta: anemia hemolítica/hemólise; Aumento de bilirrubina direta: regurgitamento, não conseguindo eliminá-la. Voltando para a corrente sanguínea e não indo para o intestino (litíase); Duas alteradas: problema nos hepatócitos; Fosfatase Alcalina: ● Presente no fígado; ● Nos ossos (paciente adolescente geralmente vai estar alta - normal); ● Na mulher no 3° trimestre, vai estar alta; ● Marcador de lesão óssea; ● Muito elevada pode ser indicativo de lesão nos ductos; VR: 36 a 110 U/L Síntese Hepática: ● TP: 10 a 14 segundos; ● Fígado produz a protrombina; ● Fígado produz a albumina; ● Albumina sérica: 3,5 a 5,2 g/dL; Perfil Pancreático: I) Amilase ● Também produzida pelas glândulas salivares (alteração da glândula parótida influência); ● Inflamação da glândula salivar; ● Insuficiência renal; ● Neoplasias de pulmão, ovário, mama e cólon; ● Obstrução intestinal (sobra amilase).] VR: 30-118 U/L Sobe rápido e desce rápido (pico de 5-8h, decai em até 48h) II) Lipase ● Lipase salivar e pancreática ● Demora para subir; ● Demora 24h para atingir seu valor máximo, mas depois demora para decair (5 a 14 dias); ● Pancreatite crônica ● Consumo excessivo de álcool ● Insuficiência renal VR: <60 U/L Diagnóstico da Hepatite B: Antígenos: ● HbSAg (Antígeno de superfície) ● HbCAg (Antígeno Capsídeo/Core) ● HbeAg (Antígeno de Replicação das proteínas internas) ● HbV (DNA) O Vírus da Hepatite B: Possui tropismo por hepatócitos; Transmissão: parental, via sexual, vertical (baixas taxas); Marcadores: Anticorpos reconhecem proteínas, sejam, S, C, E; HbsAg 1° antígeno de superfície HbeAg Anti-HbC - IgM (aguda) AntiHbC - Total (IgM + IgG) Marcador para vida toda. Crônico. AntiHbE Anticorpo contra antígeno de replicação AntiHbS Anticorpo contra o antígeno da superfície 1) Apenas HbSAg positivo Paciente entrou em contato com o vírus recentemente. Nas primeiras semanas. 2) HbSAg, AntiHbC (IgM), AntiHbC Total positivos Exposição do capsídeo. Fase aguda ainda. 3) HbsAg, AntiHbC (IgM), AntiHbC Total, HbeAg positivos Indica a replicação e liberação de novos vírus no corpo, podendo transmitir. 3.1) Obs.: diante da última situação: HbEAg negativo e AntiHbE positivo O organismo criou a imunidade, logo, ele não é capaz de transmitir, porém, ele tem a doença. Inversamente proporcional. 4) HbSAg, AntiHbC Total, AntiHbE positivos e AntiHbC (IgM), HbEAg negativos Fase Crônica mais recente. AntiHbE pode negativar se for uma cronicidade por muito tempo. 4.1) HbEAg positivo e AntiHbE negativo Ainda não possui o anticorpo. Replicação e transmite. HbsAg - HBeAg - HbcTotal + HbcIgM – AntiHbe – AntiHbs + Paciente já entrou em contato com o vírus de forma natural e conseguiu adquirir a imunidade permanecendo somente com cicatriz HbsAg - HBeAg - HbcTotal - HbcIgM – AntiHbe – AntiHbs + Vacina (antiHbS + e restante negativo); Hepatites: A - Fecal/Oral - Sintomas leves B (icterícia), C (silenciosa na fase aguda, chegando na crônica), D (necessita de uma infecção pela B) - Parental, Sexual, Vertical E - Fecal/Oral (rara no Brasil) Diagnóstico: IgG e IgM para hepatites A, C, D, E. IgG - IgM - / - Sem doença -/+ Aguda +/- Crônica/Vacina Sífilis Treponema pallidum i) Sífilis primária - cancro duro -> lesão única na maioria das vezes (alto treponemas nas lesões, com alta taxa de transmissibilidade). ii) Sífilis secundária -> múltiplas lesões com distribuição sistêmica. (Menos treponemas em cada lesão). iii) Sífilis terciária -> Não possui cura, com órgãos e sistemas afetados. Sem transmissão, pois não tem bactérias nas lesões. Destaque para a goma sífilica. iv) Congênita -> ocasiona má formação ou não. Destaque para osteocondrite. Fisiopatologia: Quando o treponema adentra ao corpo e infecta as células, haverá morte celular. Principalmente no cancro duro, liberando a CARDIOLIPINA (produto de morte celular), ficando no meio externo, assim, o organismo libera o anti-cardiolipina. Atenção: a cardiolipina não é específica para o treponema. Pois é produto de lesão celular. Diagnóstico da Sífilis: a. Treponêmicos (detectam propriamente a bactéria) a.1 FTA-Abs (marcador para vida toda) - Imunofluorescência, verifica-se a ligação de anticorpos. a.2 Teste Rápido/Elisa (não imunofluorescência) - (marcador para vida toda) - ver anticorpos. b. Não-treponêmicos (detectam outras substâncias que não possui relação direta com o agente etiológico da sífilis) b.1 VDRL (Venereal Disease Research Laboratory): Teste: tubo de laboratório virá com a cardiolipina. Se o soro do paciente, que foi colocado, possuir anticardiolipina, irá aglutinar. Reagente ou não. Porém, não significa que ele possui um diagnóstico de sífilis, mas sim, que está havendo morte celular. Exame Direto: pesquisa direta do treponema (raspado -> primária); a. Campo escuro (excelente na 1a) b. Secundária: baixo número de bactérias na lesão, pode dar um falso-negativo. Portanto, não sendo tão recomendado na secundária. ● Da sífilis primária para a secundária, o VDRL tende a ser alto; ● Da sífilis terciária, o VDRL tende a ser baixo, pois a fisiopatologia é diferente das demais. ★ Os testesnão treponêmicos medem os anticorpos anticardiolipina, um fosfolipídio presente em ambos, nos tecidos do hospedeiro e no T. pallidum. Os testes treponêmicos medem os anticorpos que reagem especificamente contra o T. pallidum. Titulação: VDRL 1. Maior a titulação = Maior a lesão celular = Mais cardiolipina 2. Todo paciente que já teve sífilis vai marcar titulação ½ durante 1 ano. 3. Amostra pura: 1:1 (do paciente); 4. Anticorpos que reagem com a cardiolipina nos testes. É verificado essa situação nas diluições. 5. VDRL como controle para vida toda (ver tratamento de fármacos); 6. Todo paciente que teve sífilis, vai titular ½ por um ano. Primária: Campo Escuro/FTA-Abs/VDRL Secundária: Pode ser feito campo escuro/FTA-Abs/VDRL Terciária: FTA-Abs/Pode ser feito o VDRL/Exame clínico Período de latência: FTA-ABs/VDRL ★ Efeito Prozona: Quando meu paciente possui anticorpos, mais do que os antígenos do testes, eles não reagem, ou seja, não aglutinam. O mínimo é ir no título de 1:8. HIV Diagnóstico: Elisa/Teste Rápido: Não são padrão ouro; Detecta o anticorpo; Proteínas importantes: Superfície do envelope: gp 120, 160 e 41. Capsídeo: p24 Integrase (dentro da célula, se multiplicando): p31 Western/Imuno Blotting ● Padrão-ouro ● Detecta as proteínas virais e não os anticorpos (elisa,tr); Pelo menos 2 dessas proteínas: p24, gp41 e/ou gp120/gp160 para considerar paciente positivo. Indeterminado: 1 antígeno viral - repito com 1 semana. 2° Bimestre 1. Marcadores Cardíacos Patologias principais: A. Insuficiência Cardíaca Marcador: Peptídeo Natriurético do tipo B; O ventrículo esquerdo é a primeira câmara que sofre na insuficiência cardíaca; O Peptídeo N. do tipo B é um marcador liberado pelo ventrículo esquerdo; O mesmo também é liberado de forma fisiológica (regular PA), não apenas na insuficiência cardíaca; Ao estresse físico, esse marcador é liberado, de modo a regular a PA. Marcador: Peptídeo tipo A - Átrio (“para o átrio sofrer, primeiramente o ventrículo precisa sofrer”, logo é pouco usual nesse caso); Peptídeo tipo C - Vasos sanguíneos (pouca especificidade); Portanto, em uma IC, haverá uma alta dosagem de pep. tipo B. O organismo desenvolverá uma resistência ao peptídeo tipo B, logo, ficará menos funcional. Valor de Referência: Tipo B < 100 pg/ml (normal - fisiológico) 100 - 400 pg/ml (atleta de alta performance, fisiologicamente. Alerta para indivíduos fora dessa categoria citada ); > 400 pg/ml (confirma IC) B. Infarto Agudo do Miocárdio Marcador Troponina: Tipos Trop. C (idêntica do estriado esq. e cardíaco) Trop. I (diferente do estriado esq. e cardíaco) Trop. T (diferente do estriado esq. e cardíaco) I e T são específicas de lesão cardíaca. Troponina permanece elevada durante dias (marca dias/pós-infarto). Todavia, o infarto pode acontecer muitos episódios, assim, não se obtém uma definição exata de quando ocorreu o episódio por meio da troponina, sendo uma desvantagem por sempre estar elevada. Após vários dias ela começa a decair. Valores de referência: ver a marca. Deu elevado (alerta); Marcador Creatinoquinase: Presente em diversas partes do corpo, não só no músculo cardíaco. Porém, consegue distingui-la. Melhor marcador de episódios. ● CKBB (cérebro) ● CKMM (m. esquelético) ● CKMB (m. cardíaco) 1% de CKMB pode estar no m. esquelético. Se eleva rapidamente e cai rapidamente. Pode-se requerer um valor de CK total e específicas. Solicita-se comumente a troponina, CK e a Mioglobina (proteína de transporte de O2 dentro da célula dos m. esqueléticos e cardíacos) (pouca específica também), se fora, indicativo de lesão muscular; Mioglobina: VR: Inferior ou Igual a 110 mg/mL C. Aterosclerose Perfil lipídico posteriormente. Marcadores Inflamatórios: a. Marcador PCR (Proteína C Reativa) IL-6 ativa a proteína C Reativa: inflamação. Artrite reumatóide, pacientes internados, etc. Marcador inespecífico. Convencional: pouco sensível; Identificar inflamação. VR: < 3 mg/L Ultrassensível: < 1 mg/L > 1 mg/L - persistente = risco de doenças cardíacas. Ultrassensível sempre elevado pode identificar uma constância inflamatória. Sendo um risco cardiovascular. Ex. paciente sempre acima de 1. (2,9; 1,9; 2, por exemplo…) Utilizado para analisar risco cardíaco; Marcador VHS: Velocidade de Hemossedimentação: Hemácias por terem um peso maior, haverá uma sedimentação; Se há um processo inflamatório, as imunoglobulinas “pesam” as hemácias, logo, sedimentam de forma mais rápida. Dentro de 1 hora é analisado o sangue do paciente. PERFIL LIPÍDICO: 1. Os sais biliares provenientes do fígado recobrem as gotas de gordura (alimentação), formando as micelas. 2. Quebra de gorduras em monoacilgliceróis e ácidos graxos estocados em micelas pela lipase e colipase. O colesterol é muito pouco proveniente advindo da dieta. Sendo mais provenientes da dieta os ácidos graxos e os gliceróis = formando o triglicerídeo (triacilglicerol). Montagem: Triglicérides (3 moléculas de ácido graxo + glicerol) + colesterol (baixa) + proteína (de transporte), a partir do RE. Quilomícrons (lipídeos) circulantes pelo organismo: provenientes da dieta -> irá para o vaso linfático -> vaso sanguíneo. Composição do Quilomícron: Externamente (camada de proteínas), camada interna (triglicérides + baixo colesterol [sendo os tipos: éster, que possui um ácido graxo em sua porção terminal e o “livre”, que em sua montagem terminal possui OH.]. O colesterol “éster” é o mais utilizado no organismo, tendo em vista sua produção de hormônios, membrana fosfolipídica. O colesterol livre é feito a partir do colesterol “éster”, após ser utilizado e posteriormente, “reciclado”. ● Quilomícron entra na corrente sanguínea de forma imatura, sem proteínas específicas para quebra e absorção hepática. ● Com isso, ele irá ganhar proteínas por meio do HDL (que possui o saco protéico, contendo Apo-C-2 e Apo-E); ● Proteína ApoC2: quilomicron ser quebrado (ser utilizado) - Recepção com as lipoproteínas-lipases (receptores) (LPL-PAp.C-2) nos tecidos musculares e adiposo; ● Proteína ApoE: Receptor de ApoE no fígado (absorvido) e ser quebrado (restos); ● Quilomícron imaturo: Apo-B-48. ● Quilomícron maduro: com ApoE e Apo-C2 e Apo-B-48. ● Quando o quilomícron é montado, ele recebe um apo-iD, sendo o Apo-B-48, sendo sua identidade. Quando produzido no enterócito (RE). ● Quando o quilomícron chega no fígado, a proteína Apo-C2 não existe mais, pois já foi utilizada teoricamente e devolvida para o HDL. ● A partir do fígado (quilomícron), quebra-se o restante que sobrou, sendo: triglicerídeo/triacilglicerol (3 ácido graxo + glicerol) + colesterol éster = montagem de uma nova lipoproteína proveniente do fígado e não da dieta. ● Formação do VLDL (proteína lipídica produzida pelo fígado); ● VLDL: Apo-B-100. Com Apo-C2 e ApoE, com as mesmas funções. Sendo diferente apenas o iD e o local de produção (comparando com o quilomícron); ● VLDL: muita baixa densidade lipídica. ● VLDL: proteína em volta, com triglicerídeo em seu interior. Quanto mais triglicérides, menor sua densidade. ● Após sair do fígado, é sendo quebrado (LPL) e doando seu triacilglicerol (quando chegar em 50% de triacilglicerol), sendo chamado agora de iDL; Perdendo volume e ganhando densidade. ● PORÉM, quando “doa” o triacilglicerol, ele recebe em troca um COLESTEROL ÉSTER; 50% de triacilglicerol e 50% colesterol (média); ● iDL perde ao ir doando a Apo-C-2 (não sendo utilizado como fonte de energia, apenas como transporte); ● iLDL podem ser absorvidos pelo fígado, e reciclados (VLDL); Por Apo-E; ● iDL pode ser fonte de ácidos graxos para HDL; ● Ao ceder os triglicérides, cada vez mais, eles diminuem, nesse processo, há a formação de proteínas com baixo triglicérides e muito colesterol éster: LDL (mais densidade em comparação com VLDL e iDL); ● O LDL (perde o apoE). Apo-B-100 continua. ● HDL: Apo-A; Produzido no fígado. Quanto mais atividade física, ômega 3, alimentação adequada, mais HDL. ● HDL: lipoproteína sem triacilglicerol e com muito colesterol éster (pode estaralto ou baixo, à depender) e proteína. ● Possui a proteína LCAT (que se alimenta de triacilglicerol) - Incorpora aos colesterol livres (OH) um ácido graxo, transformando em colesterol éster. (acrescentando um ácido graxo por meio da LCAT); Para poder ser transportado e voltar para o fígado; ● iDL e LDL pode ser fonte de ácidos graxos para HDL; ● iDL vai se transformando em LDL e perde sua APo-E; ● LDL é muito pequeno em tamanho (adentrando às fenestras dos vasos sanguíneos); Retirado pelo HDL; ● Excesso do LDL é ruim (colesterol éster), tendo em vista a comparação com o HDL; DIABETES: Absorção de Carboidratos: Diabetes tipo 1: Baixa produção de insulina (autoimune - ataca as células Beta); Tipo 2: Resistência à insulina - GLUT2 Diagnóstico: 1. Glicemia em Jejum - 2. Teste de Tolerância Oral à Glicose Faz o teste com 30 min, 60 min, 120, por exemplo. Dosa o nível de glicose sanguínea. 3. Hemoglobina Glicada HbA1c (na porção c) tem atração pela molécula de glicose; Critérios de Diagnóstico: Pelo menos 2 critérios alterados: VR: Quadro Agudo: Paciente Sintomático (não está em jejum) R2 - Na presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia, É RECOMENDADO que o diagnóstico seja realizado por meio de glicemia ao acaso >= 200mg/dL; DM tipo 2. Dosagem de insulina: Se for no início, a do tipo 2 pode estar alta. Tipo 1: será baixa. GLUT-4: Proteína transmembranar que responde aos comandos da INSULINA. Diferentemente das demais. Distúrbios da Tireóide: HIPOTIREOIDISMO: Primário: Causada por disfunção intrínseca da glândula tireóide, resultando em deficiência na síntese e na secreção dos hormônios tireoidianos. Secundário: Causa hipofisária por deficiência de tireotrofina (TSH) Terciário: Causa hipotalâmica por deficiência de TRH (hormônio liberador da tireotrofina) Principal Causa: Tireoidite de Hashimoto (Doença AutoImune) Anticorpos produzidos contra a tireoglobulina (quem produz os hormônios); Hipotireoidismo primário. Iodo também é necessário para produção de T3 e T4; O Excesso também. Fisiologia: O que inibe a produção de TSH fisiologicamente: a alta de T3 e T4. Se não tiver o T3 e T4 para inibir o TSH, logo, ele estará aumentado. Se a causa for primária. Hipotireoidismo Primário: Hipotireoidismo Subclínico: Paciente produzindo tanto TSH, que é capaz de normalizar os níveis de T4 livre. Hipotireoidismo Central: TSH baixo (T3 e T4 não são produzidos). Logo o problema não é na glândula tireóide especificamente. Mas sendo um hipot. central. Hipertireoidismo: Principal causa: Graves Tireotoxicose: Medicamentos, vírus que “rompem o colóide"; Tireotoxicose: Feedback negativo T3 Toxicose, Tireotoxicose subclínica, Doença não tireoidiana: Alteração de T3 (pensar); T4 foi todo convertido em T3, estabilizando T4 e dando a característica subclínica. Situação 3: Tumor da Hipófise, por ex. SÍNDROME DE CUSHING Síndrome de Cushing: Excesso dos níveis de Cortisol (Qualquer causa que leva ao aumento dos níveis de cortisol); Doença de Cushing: Específico pelo aumento de ACTH (tumor na adenohipófise, ex); ACTH dependente. Diagnóstico Laboratorial: 1. Cortisol urinário a. Urina de 24horas. 1° xixi no vaso. Após isso, coleta em 24 horas. 2. Cortisol salivar no final da noite a. No final da noite, o cortisol a noite deve estar com baixo nível. 3. Testes de supressão com baixas doses de dexametasona a. Dexametasona inibe o ACTH por se ligar no receptor de CORTISOL na hipófise. Logo, entende-se que deve ter uma retroalimentação negativa, para inibição do cortisol. 4. Dosagem de ACTH a. Não é muito usual; Exemplos: 1. ACTH baixo e cortisol baixo: problema hipotético na adenohipófise. Supressão de ACTH; Lesão hipofisial; 2. ACTH alto e cortisol baixo: problema hipotético: problema na adrenal (insuficiência da adrenal); Não é hipercortisolismo; 3. Aldosterona Hiperaldosteronismo Hipersecreção de aldosterona: a. Independente de Renina: Alteração de Suprarrenal -> retenção de Na+, água. Aumento da PA de forma patológica; b. Verificar a atividade de renina ao mesmo tempo que verifica os níveis de aldosterona; c. Para renina baixa e aldosterona alta: patologia independente de renina. Diagnóstico Laboratorial: 1. Aldosterona plasmática 2. Excreção urinária de aldosterona 3. Atividade da renina plasmática. Paratireóide: Hiperparatiroidismo Hipocalcemia: redução anormal da taxa de cálcio encontrado no sangue; níveis de cálcio no sangue abaixo do considerado normal; O estímulo para a liberação do PTH - paratormônio - é a diminuição das concentrações plasmáticas de Ca2+ O PTH atua no osso, no rim e no intestino para aumentar as concentrações plasmáticas de Ca2+. O PTH mobiliza o Cálcio de 3 formas: 1. O PTH mobiliza cálcio dos ossos 2. O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio 3. O PTH aumenta indiretamente a absorção intestinal de cálcio pela sua influência na vitamina D3 Calcitonina: peptídeo produzido pelas células C da tireoide. As suas ações são opostas às do hormônio da paratireóide. A calcitonina é liberada quando as concentrações plasmáticas de Ca2+ aumentam. Diagnóstico Laboratorial: 1. Concentrações séricas de Cálcio 2. Concentrações séricas de Fosfato 3. Determinação do PTH 4. Concentrações da 1,25 dihidroxivitamina D Hiper Primário: Elevação do PTH diretamente ligada à paratireoide. Vit D funcionante. Secundário: [rever] Terciário: Doença Renal Crônica. Vitamina D não funcionante. Hipo: Cálcio Baixo, PTH baixo, fosfato alto. Logo, sobra o Cálcio dos músculos causando cãibras. Sistema Genital Feminino e Masculino: Fisiologia. URINÁLISE: EAS - Elementos Anormais de Sedimento; Coleta: fazer higienização, sem uso de toalhas e desprezar o primeiro jato. Pode haver exceção do primeiro jato. O que não entra no filtrado: hemácias, plaquetas, leucócitos e proteínas. Aspecto Físico: Coloração: ● Vermelho-escura: hemorragia superiormente. ● Vermelho-vivo: hemorragia mais no sistema urinário inferior. ● Laranja: alimentação, fármacos, bilirrubina. ● Verde: fármaco, pseudomonas. ● Rosada: alimentação; Aspecto: ● Límpido: - ● Turvo: células, leucócitos, hemácias, proteínas, bactérias em excesso. Densidade: Avalia a capacidade dos rins de controlar a concentração ou diluição da urina. (1015 –1025). Baixa: Falha renal primária. Alta: Proteínas, glicose, medicamentos, desidratação. pH: (5,5 -7,0) Urina ácida: -Cristais de oxalato de cálcio; -Ácido úrico; -Urato amorfo; Urina alcalina: -Cristais de fosfato amorfo; -Fosfato triplo; -Carbonato de cálcio; Químico: Proteínas: lesão glomerular. Glicose: Glicose entra no filtrado. Mas não deve ser eliminada tanta na urina. Ou seja, deve ser reabsorvida. Limitação de receptores - glicose na urina (até 180mg/dL). Pode ser um problema apenas na falha renal (reabsorção) e não indicar diabetes. Cetona: Resultado da utilização dos lipídios. Jejum prolongado - excesso de cetona. Dietas restritas de carboidratos. Hemoglobina: Presença de proteína na urina. Processo de lise das hemácias. Bilirrubina: não deve estar presente na urina. Quando há falha glomerular, pode haver entrada da proteína. Alta de bilirrubina direta (falha vesicular e hepática) na corrente sanguínea sai na urina. Passagem de bilirrubina indireta - falha glomerular -, juntamente com as proteínas (albumina). Urobilinogênio: normal. Nitrito: conversão de nitrato (resto de proteínas). Eliminado normalmente na urina. Nitrato -> nitrito (conversão: algumas bactérias). Desconfiar. Normal: NEGATIVO. Elevação: enlatados (salsicha, ex). Sedimento: Leucócitos: inflamação/diapedese. Hemácias: lesão, processo inflamatório, menstruação. Bactérias: Células Epiteliais: escamosas (uretra, canal), transitórias (bexiga), tubulares (ureteres) - se presentes, lesão no rim. Cristais: excesso de soluto. Cálcio, fosfato. Cilindros: diminuição do processo de filtração no néfron. Cilindros de hemácias/hialino/leucócitos. Infecções Renais: Bacterioscopia (gram+ ou gram-); Bactérias gram+ que mais causam infecção de urina: S. aureus e S. saprophyticus. Gram -:E. coli, pseudomonas, klebsiella. Urocultura Semeada em meio de cultura (ágar); Classificações bioquímicas; Agentes Etiológicas; Unidades Formadoras de Colônia; TSA –Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos Semeia a bactéria que está infectando o paciente; Testado os fármacos compatíveis com a bactéria. Verificação de resistência ou não. Avaliação da Função Renal ● Injúria Renal Aguda (IRA): Se for persistente, pode levar a uma insuficiência renal aguda. 1. Injúria Renal Pré-renal a. Não tem envolvimento com o rim. Problema da chegada do fluxo até o rim. b. 1.100ml/min c. Causas da diminuição: hemorragias, diarréias ou vômitos, queimaduras. 2. Injúria Renal Intrarrenal Aguda a. Vasos ou capilares glomerulares renais; b. Lesão do epitélio tubularrenal; c. Lesão do interstício renal; d. Causas: vasculite, êmbolos de colesterol, glomerulonefrite aguda, pielonefrite aguda. 3. Injúria renal pós-renal aguda a. Ureteres, bexiga, uretra. ● Doença Renal Crônica (DRC). TFG: 90-120 ml/min ● Redução da taxa da função renal; ● Anormalidade estrutural renal; ● Quadro presente por mais de 3 meses ou mais. Biomarcadores Renais: Ureia Sérica: 10mg/dL a 45 mg/dL Produto das proteínas que viram amônia -> ureia. Se há lesão hepática, não é produzida corretamente a ureia. Não é um excelente marcador. Picos de horários de produção. Pode sofrer mais variações. Dosa sempre acompanhada da creatinina. Isolada não significa nada. Os rins que a excretam. Se em excesso, e sem outras causas associadas, o rim não está conseguindo eliminar do organismo. Se está aumentada na corrente sanguínea, significa que não está saindo na urina e vice e versa. Creatinina: 0,5 a 1,2md/dL Produto da creatina muscular. Pouco mais fidedigna. Produção mais constante. Precisa-se saber a raça. Líquido Cefalorraquidiano: Hidrocefalia: excesso de líquor. Mais comum em crianças (estrutura óssea não tão formada). Líquido: límpido, praticamente transparente, um pouco mais amarelada nas crianças (xantocromia - amarela - RN - excesso de bilirrubina). Sem nenhum tipo de bactérias. Diferente do líquor para o sangue: células leucocitárias. No líquor, há um predomínio de linfócitos e monócitos. Punção: coleta de 3/4 tubos. 1° - Bioquímico/Sorológico: Substâncias bioquímicas presentes (ureia, glicose); Sorológico (sífilis - VDRL, anticorpos); 2° Citologia Análise celulares; 3° Microbiológico Cultura. Sem nenhum anticoagulante nos tubos. 1. Pressão de Abertura Há uma medida para verificar a pressão liquórica. 2. Coloração Normal: Transparente; Límpido. 3. Celularidade Normal: Linfócitos e monócitos (dos leucócitos). Anormal: hemácias, presença de leucócitos fora os outros dois. Linfócitos - 70-50% do líquor Monócitos - 50%-30% Ou meio a meio, mas sempre linfócitos em predominância. Visível de células fúngicas; Normal que no líquor, a albumina seja mais presente que os anticorpos. Lesão da barreira hematoencefálica: passagem de albumina. Excesso de anticorpos/imunoglobulinas: indicativo de infecção. Glicose: Acompanha a glicose plasmática. Geralmente (normal) 2/3 da glicose plasmática no líquor. Hiper (diabetes) ou Hipoglicorraquia (relacionadas a infecções bacterianas, neutrófilos que consomem glicose, sendo o principal causador). Meningite bacteriana ou viral (não diminui glicose). Infecções fúngicas também consomem glicose (raramente). Lactato: Produto de respiração anaeróbia. Hipóxia. Excesso de lactato é indicativo de necrose. ADA: Adenosina Deaminase Enzima que converte adenosina em inosina. Presente em excesso em infecções causadas por tuberculose. Meningite causada por mycobacterium tb vai estar elevada. Normal que tenha alguns níveis de ADA. Ureia (normal), TGO, LDH, podem ser uteis em diagnósticos. Meningite Bacteriana: aspecto turvo, excesso de proteínas, leucócitos, excesso de bactérias. Não necessariamente muda a coloração. Neutrófilos altos. Glicose baixa. ADA alta (somente se for por myc tb). TGO alto, lactato alto (elevando de acordo com a gravidade). Meningite viral: Turvo, com excesso de leucócitos, proteínas, linfócitos ou monócitos (quantidade maior que normalmente), glicose normal (se não tiver diabetes), ADA normal. Lactato geralmente se eleva muito pouco. Espermograma: ● 2 dias de abstinência, no mínimo para coleta -> formação dos espermatozoides corretamente. Análises Macroscópicas e Física: O sêmen tem uma característica coagulativa, que facilita o processo embriológico. Durante o período fértil da mulher, ela possui um muco mais viscoso. Logo, o sêmen também mais espesso, é melhor. Após 30-60 min após a ejaculação, o sêmen passa por um processo de liquefação (para que fique mais líquido), graças ao PSA (antígeno prostático específico), que degrada as proteínas. A análise da coleta só pode ser iniciada após 1 hora. De 30-60 min, tem que ocorrer a liquefação. a. Volume 1,5 (indicativo de não produção correta de líquido seminal) a 5 ml. < 0,5 sem capacidade de análise.; Produção: 60% da vesícula seminal (possui pH mais alcalino); 5% epidídimo; 30% próstata (mais ácido); 5% glândula bulbo-uretral e gônadas; Ejaculação Retrógrada: comunicação com a bexiga. Ocorre disfunção do esfíncter da bexiga. b. Cor Normal: branco ou acinzentado; > 7 dias de abstinência - amarelado claro. Verde: pseudomonas, bilirrubina, medicação; Vermelho: sangue; Transparente: não produzindo células - espermatozóides - (mesmo com abstinência). c. pH A maior parte do líquido seminal vem da vesícula seminal (ph mais alcalino). Porém, há a mistura com o ls da próstata. Portanto, o pH: mais alcalino - 7,2 –8,0 Espermatozóide morre em pH mais ácido. d. Viscosidade O sêmen deve estar mais na sua forma líquida. Gotejamento ou < 2cm = Normal >2 cm = Aumentada Análises Microscópicas a. Motilidade: Contagem de 200 células em porcentagem, de acordo com os graus. Serão duas contagens e dará a média. b. Vitalidade Corante para testar a vitalidade (eosina). Se a cabeça corar, estará morto. Membrana não íntegra. Só é feito o teste se apenas 40% ou menos de progressivos. c. Agregação x aglutinação Aglutinação: os próprios espermatozóides se aglutinam, uns aos outros, devido a um processo autoimune (anticorpos). Há os graus de aglutinação (isolado, moderado, grande, grosso interligados). Agregação: é algo normal. d. Concentração/Contagem global Faz-se diluição 1:20 (soro) ou 1:40. > 15 milhões por ml. Primeiro conta os 5 quadrados e faz a média. Multiplica por 5. e. Morfologia Espermática Defeitos da cabeça; Defeitos da peça intermediária; Defeitos da cauda; Marcadores tumorais: ● PSA (próstata); ● CA125 (ovários); ● CA15-3 (mama); ● AFP (fígado); ● bHCG (testículo); CD ("cluster of differentiation"): Diferenciação em grupo: determinar a modificação em determinada célula. Excesso de certos antígenos. CD-34 está presente em todas as linhagens mielóides. TdT - linfóide. Importância de imunofenotipagem. PSA Não deve ser utilizado isolado para diagnóstico. < 4,0 ng/mL = normal 4,0 -10,0 ng/mL = indeterminado/inconclusivo >10,0 ng/mL = elevado O PSA só estará na corrente sanguínea se houve excesso de produção. PSA Livre: quando há a neoplasia, ocorre a liberação de PSA na corrente sanguínea na sua forma ATIVA - passível de se ligar à proteínas. Normalidade: PSA é liberado em sua forma inativa, sem capacidade de se ligar a proteínas. Resultado: PSA livre = mais baixo (pois está ligado a proteínas); PSA total = aumentado.
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