Buscar

TRIAGEM NEONATAL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TRIAGEM NEONATAL
O que é a fenilalanina?
A fenilalanina, é um AA essencial e, por isso, deve ser fornecido pela alimentação. 
Como ocorre o metabolismo da fenilalanina? Qual o papel da fenilalaninahidroxilase? Existe ação de algum co-fator nesse processo metabólico, se sim qual?
A fenilalanina (FAL), tem a sua própria vida metabólica, pela qual é capaz de formar um aa muito semelhante, a tirosina, graças ação de uma enzima, a fenilalanina hidroxilase (PAH) e de uma coenzima que facilita a reação, o cofator, a tetrahidrobiopterina (BH4). 
Como a dosagem de fenilalanina se relaciona com o teste do pezinho?
A triagem é realizada através da dosagem quantitativa de FAL sanguínea obtida de amostras colhidas em papel filtro. Para que o aumento da FAL possa ser detectado, é fundamental que a criança tenha obtido ingestão proteica, portanto é recomendado que a coleta seja feita após 48 h do nascimento da criança. Mesmo em crianças de risco, que ainda não tiveram contato com o leite materno, podem colher material desde que estejam sob dieta parenteral (rica em carbo essenciais)
OBS: a triagem para FAL, através da análise de metabólicos na urina, mostra-se inadequada para um programa de diagnósticos precoce, pois as alterações detectáveis na urina só surgem em fase posterior às que são detectáveis no sangue e muitas vezes já concomitantemente com os primeiros sinais de lesão no sistema nervoso. 
Valor de referência da triagem para a população normal é de FAL menor ou igual a 4 mg%
· EXTRA: o nível de FAL em crianças afetadas aumenta gradualmente após o nascimento, como um efeito da ingestão proteica da criança. Um resultado de triagem neonatal positivo que tenha normalizado na segunda amostra, especialmente em crianças com retardo no crescimento, microcefalia ou malformações, pode levantar a possibilidade de PKU materna. Nesse caso, uma amostra da mãe deve ser analisa para melhor orientação e aconselhamento 
O que significa TSH e T4? Qual o local de produção e funções desses hormônios?
O TSH é um dos hormônios produzidos pela porção anterior da hipófise, a adenohipófise. É um hormônio de suma importância em nosso organismo, pois, é ele quem estimula a tireoide a produzir seus hormônios tireoidianos que atuam nos mais diversos locais do organismo. 
RELEMBRANDO: a tiroide é uma importante glândula do sistema endócrino. Localizada na porção anterior do pescoço, bem abaixo da cartilagem cricoide, consiste em 2 lobos por um istmo. É composta por dois tipos celulares: células foliculares – que formam os folículos tireoidianos, e células parafoliculares. 
Células parafoliculares – não são dependentes do TSH e realizam produção de calcitonina 
Células foliculares – são alvo do TSH, sendo dependente da ação do hormônio. O TSH atua diretamente nessas células e estimulam produzir os 2 principais hormônios tireoidianos: tetraiodotironina (tiroxina T4), triiodotironina (T3).
· T3 é a forma mais ativa na ligação ao receptor nuclear
· T4 tem somente atividade hormonal mínima. Porém, tem efeito mais duradouro e pode ser convertido em T3 (na maioria dos tecidos) e, dessa forma, serve como um reservatório para T3 
· Esses hormônios atuam em células em virtualmente todos os tecidos do organismo. Necessário para o desenvolvimento normal dos tecidos cerebral e somático e recém nascido e regula o metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras.
A síntese dos hormônios tireoidianos requer iodo, ingerido na alimentação e na água. Concentrado pela tiroide e convertido em iodo orgânico dentro das células foliculares.
· As células foliculares circundam um espaço preenchido por coloide, que consiste em tireoglobulina, uma glicoproteína que contém tirosina em sua matriz.
· A tirosina em contato com a membrana das células foliculares é iodada:
 
Quais as características histológicas dos órgãos que produzem o TSH e o T4?
Os lóbulos são unidos por uma fita de tecido glandular (istmo). E ela é encapsulada por duas camadas de tecido conjuntivo. 
Constituída por vários folículos tireoidianos, cada folículo consiste em uma camada de células cúbicas que circunda a cavidade, a qual apresenta uma a substancia coloide.
Como é a relação entre a produção do TSH e do T4?
Todas as reações necessárias para a formação e liberação de T3 e T4 são controladas pelo TSH, que é secretado pelas células tireotróficas pituitárias. A secreção de TSH é controlada por um mecanismo de retroalimentação negativa na hipófise: o aumento das concentrações de T4 e T3 livres inibe a síntese e a secreção de TSH, ao passo que concentrações mais baixas incrementam a secreção de TSH. A secreção de TSH também é influenciada pelo TRH, que é sintetizado no hipotálamo
O T4 atua à nível celular ou precisa ser transformado? Se precisa ser transformado, será em que? Ele atua em qual nível celular (citoplasma, núcleo)?
O T4 é um pró-hormônio, isso quer dizer que não está ativo, e, mesmo assim, cerca de 90% da produção folicular é de T4. Isso ocorre pois, apesar de não ser a forma mais biologicamente ativa, o T4, para ser utilizado, é convertido em T3. o T4, além ser um pró-hormônio e não estar ativo, tem meia vida longa. Assim, vai sendo lentamente e gradativamente convertido em T3, e, então, o T3 desempenha suas funções. A vantagem de se produzir o T4, portanto, é prevenir esses picos de efeitos hormonais, além de manter os hormônios tireoidianos no organismo por mais tempo.
OBS: E não seria mais fácil produzir apenas T3?”, e aí está o ponto chave. O T3 apesar de ser a forma ativa, possui efeito rápido e curto. Se toda a produção fosse de T3, teríamos efeitos deste hormônio de forma exacerbada, podendo trazer complicações, efeitos esses que acabariam rapidamente, pois o T3 tem meia vida curta (ou seja, logo é degradado)
Como a dosagem de TSH ou T4 se relacionam com o teste do pezinho?
Alternativa 1: medida do hormônio estimulante da Tireóide (TSH) em amostras de sangue colhidas em papel filtro durante os primeiros sete dias de vida de todas as crianças, seguido de medida da T4 livre e TSH em amostra de soro, quando o TSH é > 20 mUI/L; a média de positivos é de 0,3 por 1.000, quando triados com 4 a 7 dias de vida; 1 a 3 por 1.000, quando triados com menos de 4 dias. Os níveis de TSH de crianças não afetadas podem ser mais altos durante as primeiras 24 horas (podendo gerar diagnósticos falsos positivos) por causa de stress do parto, mas geralmente normalizam ao redor de dois a três dias.
Alternativa 2: medida de T4, seguida de medida de TSH na mesma amostra quando o T4 é menor que o percentil 10. Qualquer que seja a estratégia escolhida, a triagem pode perder casos raros de Hipotireoidismo Congênito, tais como Hipotireoidismo Pituitário Hipotalâmico, doença compensada (T4 normal, TSH elevado) ou aumento de TSH tardio que são muito raros, estimado 
em 2 a 3 por 100.000.

Continue navegando