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Herança Complexa ou Multifatorial 165 -Há um componente genético indispensável, mas o ambiental também atua de forma obrigatória vários genes (poligênica), associados com o ambiente, desencadeiam e/ou aceleram o processo da doença. -Fator de risco: componente ambiental que atua como “gatilho” para o aparecimento de uma condição. Esse ambiente é necessário para o aparecimento da patologia, em uma pessoa que já possui suscetibilidade para ela. -Patologias com Herança Complexa: Defeitos congênitos; Infarto do miocárdio; Câncer; Transtornos neuropsiquiátricos; Obesidade; Diabetes; Doença de Alzheimer. -A herança poligênica tem caráter quantitativo, a partir de alelos aditivos que contribuem para a característica expressa. Genes dominantes e/ou selvagens contribuem para a doença; Genes recessivos não contribuem. -Por essa herança ser quantitativa e aditiva não seguem o padrão mendeliano. Dessa forma, não calculamos a chance de um genitor ter um filho com a mesma doença, mas sim a razão de risco (qual o risco de um indivíduo ter um filho com a mesma condição). -A herança quantitativa é calculada por padrões matemáticos, gerando 2 mecanismos da herança multifatorial: 1. Um gene principal (maior contribuição) + genes modificadores; 2. Genes com igual contribuição sobre o fenótipo. O fenótipo é a soma dos valores dos alelos. Assim, cada alelo de cada gene apresenta um valor quantitativo que indica a sua contribuição para um traço poligênico. -A agregação familiar é importante pois existe um compartilhamento de alelos e de ambiente. -Caracteres: Qualitativos discretos: apresenta ou não a doença (doente ou não doente). Ex: é ou não é hipertenso; Quantitativos contínuos: mensurável bioquimicamente ou fisiologicamente. Ex: peso, IMC, altura, etc. o Variam continuamente na população, sendo a patologia diagnosticada baseado no valor da característica ultrapassar ou ser menor que o intervalo normal (distribuição normal/média da população); o A herança monogênica é discreta, visto que o gráfico é expresso por apresentar ou não a doença. Em uma herança multifatorial, por ser continua, o gráfico apresenta diversas colunas (variação continua) utilizamos um gráfico gaussiano. o Nesse sentido, o indivíduo é alocado em um ponto do gráfico e não em uma coluna especifica. Assim, pode ser comparado com a distribuição normal, gerando um dado se ele terá maior suscetibilidade ou menor. 166 -Distribuição normal: o Fornece diretrizes para se determinar os limites da variação normal; o Variação normal: valores de uma característica quantitativa que estão presentes em 95% da população; o Quanto maior a suscetibilidade à característica menor a quantidade de ambiente que a pessoa precisa para desenvolver a patologia. Agregação familiar: -Maior exemplo: gêmeos monozigóticos apesar de compartilharem dos mesmos genes, o ambiente resulta em variações nos indivíduos. -A agregação resulta em maior quantidade de alelos em comum. Mas como calcular a agregação familiar de caracteres qualitativos? -O risco relativo é calculado pela comparação da frequência da doença em parentes de um indivíduo afetado com a sua frequência na população em geral. -Se a razão de risco for = 1 significa que não há agregação familiar nessa condição. Assim, a probabilidade do indivíduo ter um filho com essa condição e de uma pessoa aleatória da população ter um filho com a condição é a mesma. -A prevalência da população deve entrar no cálculo para avaliar a suscetibilidade genética daquela pessoa/família para a característica. Incidência: número de novos casos; Prevalência: número de casos já diagnosticados. -Mas o que a razão de risco significa? Adotando a razão como 100, observa-se que se tivermos um filho com a doença, o risco de possuir um outro indivíduo da família também acometido é 100x maior. E como calcular a agregação familiar de caracteres quantitativos? -Utiliza-se a correlação familiar, uma medida da tendência de valores quantitativos serem mais semelhantes entre parentes de primeiro grau do que na população em geral. -O coeficiente de correlação varia de -1 a +1. A correlação positiva indica dependência entre as variáveis; A negativa indica independência entre as variáveis. -A reta representa uma correlação positiva, visto que ela está crescente. No entanto, devemos observar a proximidade dos pontos com a reta. Assim, quando estão mais próximos a correlação é mais perfeita, mas quando estão mais distribuídos significa que outros fatores também influenciam a característica. Nesse caso, os pontos se encontram espalhados.
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