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Bioenergética e metabolismo ● estudo quantitativo das transduções de energia que ocorrem em células vivas, isto é, mudança de uma forma de energia a outra e a natureza e a função dos processos químicos envolvidos nessas transduções ● 1ª lei da Termodinâmica: conservação da energia ● 2ª lei da Termodinâmica: a entropia do universo aumenta durante todos os processos químicos e físicos, embora o aumento da entropia não ocorra necessariamente no próprio sistema reagente. ● Entalpia (Organização) x Entropia (Caos) ● Negentropia (Contrário do caos) ● Trabalho biológico: ser humano está sujeito às mesmas leis químicas e físicas que regem o universo Glicólise ● fluxo de glicose pela via glicolítica é regulado para manter os níveis de ATP praticamente constantes ○ ajuste necessário na velocidade da glicólise é alcançado pela interação complexa entre o consumo de ATP, a regeneração de NADH e a regulação alostérica de algumas enzimas glicolíticas - incluindo a hexocinase, a PFK-1 e a piruvato-cinase - e as flutuações segundo a segundo das concentrações dos metabólitos-chave que refletem o equilíbrio celular entre a produção e o consumo de ATP. ○ em uma escala de tempo um pouco maior: glicólise é regulada pelos hormônios glucagon, adrenalina e insulina e por variações na expressão de genes de várias enzimas glicolíticas ○ glicólise aeróbica em tumores: tumores de praticamente todos os tipos possuem velocidade da glicólise muito maior que a de tecidos normais, mesmo quando oxigênio está disponível → efeito Warburg → base de vários métodos de detecção e tratamento do câncer ● indivíduos com diabetes melito tipo 1 (diabetes dependente de insulina) têm pouquíssimas células /J e são incapazes de liberar insulina suficiente para desencadear a captação de glicose pelas células do músculo esquelético, do coração ou do tecido adiposo ○ hiperglicemia → Incapazes de captar glicose, o músculo e o tecido adiposo utilizam os ácidos graxos armazenados nos triacilgliceróis como seu principal combustível. No fígado, a acetil-CoA derivada da degradação desses ácidos graxos é convertida nos "corpos cetônicos" - acetoacetato e /J-hidroxibutirato -, (cruciais para o encéfalo, que utiliza os corpos cetônicos como combustível alternativo quando a glicose não estiver disponível) que são exportados e levados a outros tecidos para serem utilizados como combustível → superprodução de acetoacetato e /J-hidroxibutirato → seu acúmulo no sangue → redução do pH sanguíneo → cetoacidose, (potencialmente letal) ● intolerância à lactose: devida ao desaparecimento, após a infância, da maior parte ou de toda atividade lactásica das células epiteliais intestinais → a lactose não pode ser completamente digerida e absorvida no intestino delgado, passando para o intestino grosso, onde bactérias a convertem em produtos tóxicos que causam cãibras abdominais e diarreia → lactose não digerida e seus metabólitos aumentam a osmolaridade do conteúdo intestinal, favorecendo a retenção de água no intestino Gliconeogênese ● método para sintetizar glicose a partir de precursores que não são carboidratos ● converte em glicose o lactato, o piruvato e o glicerol, assim como certos aminoácidos, com três e quatro carbonos. ● ocorre principalmente no fígado, e em menor extensão no córtex renal e nas células epiteliais que revestem internamente o intestino delgado Ciclo de Krebs ● Mitocôndrias possibilitaram usar o NADH ● na matriz mitocondrial: piruvato → acetil-CoA + 𝐶𝑂 2 ○ oxidado por: complexo da piruvato-desidrogenase (PDH) ● acetil-CoA entra na mitocôndria → pode ser oxidado pelo ciclo do ácido cítrico para gerar energia, ou pode ser utilizado como precursor para a síntese de ácidos graxos e esteróis ou piruvato pode ser utilizado como precursor para a síntese de aminoácidos ● também: na glicólise anaeróbica o piruvato pode simplesmente ser reduzido a lactato no citosol, regenerando o NAD+ para possibilitar a continuada produção de ATP pela glicólise ● para iniciar uma rodada do ciclo: acetil-CoA doa seu grupo acetila ao composto oxalacetato (4C), formando o citrato (6C). ● citrato → isocitrato → a-cetoglutarato (oxoglutarato, 5C) + 𝐶𝑂 2 → succinato + → oxalacetato (pronto pra reagir com𝐶𝑂 2 outro acetil-CoA) Fosforilação oxidativa ● ápice do metabolismo produtor de energia (catabolismo) ● NADH: 2,5 ATP ● FAD : 1,5 ATP𝐻 2 ● teoria quimiosmótica: a medida que o elétrons atravessam as proteínas, são liberados no meio externo; ddp e𝐻+ diferença de potencial químico ○ espaço intramembrana: + e ácido ○ matriz: - e alcalino ○ potencial eletroquímico → energia para a síntese de ATP (enzima ATP-sintase) ● cadeia respiratória mitocondrial ○ desidrogenases: catalisam as reações de oxidação ○ moléculas carreadoras de elétrons: NAD, flavoproteínas, ubiquinona, citocromos e proteínas ferro-enxofre ○ Coenzima Q (ubiquinona): caráter hidrofóbico ○ recebe elétrons e é reduzida (recebe H) ○ semi reduzida e totalmente reduzida (ubiquinol) ○ não deixa escapar elétrons e gerar espécies reativas de oxigênio ○ Complexo 1: NADH a Ubiquina ○ Complexo lI: succinato a ubiquinona ○ mutações puntuais em subunidades do complexo II próximas ao heme b ou ao sítio de ligação da ubiquinona → paraganglioma hereditário (tumores benignos na cabeça e no pescoço) → maior produção das ERO ○ Complexo IlI: ubiquinona a citocromo c ○ Complexo IV: citocromo c para 𝑂 2 ○ força próton-motriz ○ Espécies reativas de oxigênio são geradas durante a fosforilação oxidativa ○ Espécies reativas de oxigênio podem provocar sérios danos, reagindo com enzimas, lipídeos de membranas e ácidos nucleicos e os danificando ○ formação de ERO é favorecida: ○ (1) mitocôndrias não estão produzindo ATP (por falta de ADP ou de )𝑂 2 → têm grande força próton-motriz e elevada razão QH/ Q ○ (2) há uma alta razão NADH/NAD+ na matriz. ○ (1) e (2): mitocôndria está sob estresse oxidativo (há mais elétrons disponíveis para entrar na cadeia respiratória do que aquele número que pode imediatamente ser passado para o oxigênio) ○ baixos níveis de ERO: pode ser entendido pela célula como um sinal que reflete o suprimento insuficiente de oxigênio (hipoxia), desencadeando ajustes metabólicos ○ para impedir o dano oxidativo: enzima superóxido-dismutase catalisa ○ glutationa-redutase recicla a glutationa oxidada para sua forma reduzida ○ glutationa: essencial para erradicação do EROS → superóxidos → peróxido de hidrogênio → água ○ Modelo quimiosmótico ○ é o gradiente de prótons que faz a enzima liberar o ATP formado em sua superfície. ○ mecanismo de catálise rotacional: os três sítios ativos de F1 se revezam catalisando a síntese de ATP ○ As mudanças conformacionais importantes nesse mecanismo são desencadeadas pela passagem de prótons pela porção F0 da ATP-sintase ○ uma rotação completa da subunidade y faz cada subunidade passar por suas três conformaçõesβ possíveis e, para cada rotação, três ATP são sintetizados e liberados da superfície da enzima Mitocôndrias na termogênese e na apoptose ● tecido adiposo marrom (em bebês): oxidação de combustível serve para gerar calor para manter o recém-nascido aquecido ○ é marrom devido à presença de um grande número de mitocôndrias ● mitocôndrias dos adipócitos marrons: proteína singular na membrana interna: proteína desacopladora 1 (UCP1) ○ fornece uma via para os prótons retornarem à matriz sem passarem pelo complexo F0F1 → energia de oxidação não é conservada pela formação de ATP, mas dissipada como calor ● mitocôndrias desempenham um papel fundamental em desencadear a apoptose 1. estressor fornece o sinal para a morte da célula → aumento na permeabilidade da membrana mitocondrial externa, permitindo que o citocromo c escape do espaço intermembrana para o citosol 2. citocromo c liberado no citosol interage com monômeros da proteína protease fator 1 de ativação de apoptose (Apaf-1) 3. causa a formação de um apoptossomo composto por7 moléculas de Apaf-1 e 7 moléculas de citocromo c. 4. apoptossomo proporciona a plataforma sobre a qual a pró-enzima procaspase 9 é ativada a caspase 9, membro de uma família de proteases altamente específicas, as caspases, envolvidas na apoptose ○ todas apresentam um resíduo Cys crucial em seus sítios ativos e todas clivam proteínas apenas no lado carboxiterminal dos resíduos de Asp, por isso o nome “caspases” 5. caspase 9 ativada inicia uma cascata de ativações proteolíticas, com uma caspase ativando uma segunda, que, por sua vez, ativa uma terceira, e assim por diante ● apoptose pode ser desencadeada por estresse oxidativo causado pelas espécies reativas de oxigênio
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