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Eduvaldo C. S. Júnior
ANÁLISE CEFALOMÉTRICAANÁLISE CEFALOMÉTRICA
A avaliação do esqueleto facial é baseada nas informações provenientes de medidas
lineares e angulares obtidas a partir do estudo da telerradiografia lateral em norma
cefalométrica. O uso da cefalometria no diagnóstico ortodôntico é tão importante quanto
outras ferramentas de diagnóstico. Ela fornece parâmetros de como está a situação, além de
poder traçar alguns prognósticos. A cefalometria também permite avaliar as influências do
crescimento e/ou tratamento.
DESENHO ANATÔMICODESENHO ANATÔMICO
O desenho anatômico tem a finalidade de eliminar algumas estrutuas de referência e
desenhar a média das estruturas que aparecem com imagem dupla (lado direito e esquerdo).
Este procedimento facilita a visualização dos futuros traçados cefalométricos. O desenho
anatômico completo se dá a partir de uma telerradiografia cefalométrica em norma lateral
com uso de um papel transparente (vegetal) ou ultrafino. As estruturas de referência são
desenhadas para facilitar a localização das 10 estruturas básicas.
As 10 estruturas básicas desenhadas num traçado cefalométrico são:
1. Perfil mole.
2. Násio.
3. Órbita.
4. Sela.
5. Meato Acústico Externo.
6. Básio.
7. Mandíbula.
8. Maxila.
9. Fissura Pterigomaxilar.
10. Dentes.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE RICKETTS (NORMA LATERAL)ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE RICKETTS (NORMA LATERAL)
É considerada uma análise muito completa, sendo 32 fatores examinados no total.
Nesta análise há correlação de estruturas importantes como maxila, mandíbula e dentes, sem
deixar de lado as variações da base do crânio, as quais exercem influência direta no
posicionamento mandibular. Considera-se para uma análise cefalométrica, o uso de no mínimo
16 fatores, fundamentais para o diagnóstico cefalométrico.
PONTOS CEFALOMÉTRICOSPONTOS CEFALOMÉTRICOS
 Ba (Básio):Ba (Básio): ponto mais póstero-inferior da base occipital.
 N (Násio):N (Násio): ponto localizado na sutura frontonasal.
 Or (Orbitário):Or (Orbitário): ponto mais inferior do contorno da órbita.
 ENA (Espinha Nasal Anterior):ENA (Espinha Nasal Anterior): ponto localizado na extremidade anterior e superior da
maxila.
 PontoPonto “A”:“A”: localizado no ponto mais posterior, sobre a curvatura anterior da maxila.
 Po (Pogônio):Po (Pogônio): ponto mais anterior da sínfise mentoniana.
 Pm (ProtuberânciaPm (Protuberância
Mentoniana):Mentoniana): ponto mais
localizado na curvatura da
borda anterior da sínfise,
quando a curvatura passa de
côncava para convexa. Entre
o ponto “B” e o Po. 
 Me (Mentoniano ouMe (Mentoniano ou
Mentual):Mentual): ponto mediano
mais inferior, situado sobre a
curvatura inferior da sínfise
mentoniana.
 Pr (Pório):Pr (Pório): ponto mais
superior do conduto auditivo
externo.
 Pt (Pterigóide):Pt (Pterigóide): ponto
localizado na junção da
borda inferior do canal do
forame redondo, com a
borda posterior da fissuara
pterigomaxilar.
 S (Sela):S (Sela): ponto localizado na porção central da sela túrcica (região onde se aloja a
hipófise).
 Gn (Gnátio):Gn (Gnátio): ponto localizado na porção central do ângulo da mandíbula. Para acha-lo
traça-se uma reta na porção posterior do ramo da mandíbula e uma reta na porção
inferior do corpo da mandíbula, onde o ponto de encontro destas retas, traça-se uma
reta (bissetriz) em direção ao ângulo da mandíbula, neste ponto localiza-se o Gn.
 PogPog’ (Pogônio Mole):’ (Pogônio Mole): porção mais proeminente (convexa) do mento mole.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
LINHAS E PLANOS DE REFERÊNCIALINHAS E PLANOS DE REFERÊNCIA
1. Linha S-N:Linha S-N: base anterior do crânio, uma reta que sai do ponto S até o ponto N.
2. Plano de Frankfurt:Plano de Frankfurt: linha que passa pelos pontos Pr e Or.
3. Plano Mandibular (Riedel/Steiner):Plano Mandibular (Riedel/Steiner): linha que passa pelo ponto Me e é tangente ao
ponto mais inferior do ramo da mandíbula Gn.
4. Linha N-ALinha N-A: linha
que liga o ponto N
ao Ponto “A”.
Também é
chamada de Linha
Facial Superior.
5. Linha N-B:Linha N-B: linha
que liga o ponto N
ao Ponto “B”,
passando pelo
ponto Pog.
Também chamada
de Linha Facial
Inferior.
6. Longo Eixo doLongo Eixo do
Incisivo Superior:Incisivo Superior: 
linha que parte da
ponta incisal do
incisivo superior,
passando pelo ápice radicular deste.
7. Longo Eixo do Incisivo Inferior:Longo Eixo do Incisivo Inferior: linha que parte da ponta incisal do incisivo inferior,
passando pelo ápice radicular deste.
8. Linha H:Linha H: linha que sai do Pog’ passando sobre ou próximo ao ponto Ls (lábio superior),
em sentido à ponta do nariz.
INTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE CEFALOMÉTRICAINTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE CEFALOMÉTRICA
A análise cefalométrica em norma lateral é composta por 32 fatores agrupados em 6
grupos:
I.I. Problema Dentário.Problema Dentário.
II.II. Relação Maxilomandibular.Relação Maxilomandibular.
III.III. Dentes/Esqueleto.Dentes/Esqueleto.
IV.IV. Problema Estético.Problema Estético.
V.V. Relação Craniofacial.Relação Craniofacial.VI.VI. Estrutura Interna.Estrutura Interna.
CAMPO I: PROBLEMA DENTÁRIO
É relacionado à análise do posicionamento do incisivo central inferior. Classificando em
normal, extruído ou intruído. A extrusão é a distândia entre a borda incisal do incisivo
inferior e o plano oclusal, medida perpendicular a este. Nesta análise é possível responder
 
Eduvaldo C. S. Júnior
a questão da sobremordida excessiva, devido a infraoclusão ou intrusão do incisivo
central. Norma clínica: + 1,25 mm.
Deve-se avaliar 6 pontos chaves
para um problema dentário:
1. Relação Molar.
2. Relação Canina.
3. Overjet Incisivo.
4. Overbite Incisivo.
5. Extrusão do Incisivo Inferior.
6. Ângulo Interincisivo.
CAMPO II: RELAÇÃO MAXILOMANDIBULARCAMPO II: RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
Observa-se a convexidade do Ponto “A” e a altura facial anterior inferior. A
convexidade do ponto “A” define a classificação esquelética ântero-posterior. Esta
convexidade implica padrão Classe II esquelética. Convexidade negativa, implica um
padrão Classe III esquelética. É considerado normal o valor de +2 mm. A altura facial
anterior Inferior define a relação vertical entre maxila e mandíbula, e se o paciente tem
mordida aberta normal ou profunda esquelética. Valores aumentados indicam mordida
aberta, e valores reduzidos indicam mordida profunda. Valores normais 47°.
CAMPO III: DENTES / ESQUELETOCAMPO III: DENTES / ESQUELETO 
Avalia a relação de 7 elementos chaves, dando destaque para 2 deles:
1.1.
 
Posição do molar superior.Posição do molar superior.2.2. Protrusão do incisivo inferior.Protrusão do incisivo inferior.
3. Protrusão do incisivo superior.
4. Inclinação do incisivo inferior.
5. Inclinação do incisivo superior
6. Plano oclusão ao ramo mandibular.
7. Inclinação do plano oclusal.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
Posição do Molar Superior determina se a maloclusão é devida à posição do molar
superior e se pode distalizar. Valores normais são de 3 mm de acordo com a idade do paciente.
Já a protrusão do Incisivo Inferior é a distância que vai do centro da borda incisal do incisivo
inferior até o plano A-Po, perpendicular a este. Em pacientes braquicefálicos, aceitam-se os
incisivos um pouco mais vestibularizados. Valores normais são: +2mm.
CAMPO IV: PROBLEMA ESTÉTICOCAMPO IV: PROBLEMA ESTÉTICO
Avalia-se 3 pontos no paciente, dando relevância a 1 deles:
1.1. Protrusão Labial.Protrusão Labial.
2. Longitude do Lábio Superior.
3. Comissura Labial-Plano
Oclusal.
A protrusão labial (protrusão
do lábio inferior) determina o
equilíbrio entre o lábio e o perfil
facial. Incisivos superiores protruídos
podem causar protrusão do lábio
inferior. Valores positivos indicam que
o lábio inferior encontra-se anterior
ao plano estético. Valores normais: -
2mm.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
CAMPO V: RELAÇÃO CRANIOFACIALCAMPO V: RELAÇÃO CRANIOFACIAL
Avalia 7 pontos chaves, porém, destacam-se 5 pontos:
1.1. Profundidade Facial.Profundidade Facial.
2.2. Eixo Facial.EixoFacial.
3. Cone Facial.
4.4. Plano Mandibular.Plano Mandibular.
5.5. Profundidade Maxilar.Profundidade Maxilar.
6.6. Altura Maxilar.Altura Maxilar.
7. Plano Palatino.
A Profundidade Facial
localiza o mento
horizontalmente na face.
Determina se a mandíbula tem
participação na Classe II ou
Classe III esquelética. Apresenta
como valores normais 87°. O Eixo
Facial determina a direção de
crescimento e exprime a
proporção da altura facial em
comparação à profundidade
facial. Valores normais são 90°. O
Plano Mandibular apresenta 2
subdivisões: plano mandibular
alto ou plano mandibular baixo;
um plano mandibular alto está
ligado à mordida aberta
esquelética, já um plano
mandibular baixo está ligado à
sobremordida profunda. Valores
normais para o plano mandibular
são de 26°. Profundidade Maxilar
indica a posição horizontal da
maxila na face. Padrões de Classe
II esquelética devidos à maxila podem apresentar valores superiores a 93°. Valores normais
são de 90°. Por fim a Altura Maxilar determina se há excesso de crescimento vertical anterior
da maxila, podendo cauxar sorriso gengival. Por outro lado, valores reduzidos podem estar
ligados à mordida profunda esquelética. Valores normais são de 53°.
CAMPO VI: ESTRUTURA INTERNACAMPO VI: ESTRUTURA INTERNA
Apresenta 7 pontos chaves, aqui destacamos 5 deles:
1.1. Deflexão Craniana.Deflexão Craniana.
2.2. Longitude Craniana Anterior.Longitude Craniana Anterior.
3. Altura Facial Posterior.
4. Posição do Ramo Mandibular.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
5.5. Localização do Pório.Localização do Pório.
6.6. Arco Mandibular.Arco Mandibular.
7.7. Longitude do CorpoLongitude do Corpo
Mandibular.Mandibular.
Deflexão Craniana mostra
displasia basal e esquelética. O valor
do seu ângulo acima do normal
indica padrão anormal de
crescimento, relacionado ao
crescimento mandibular excessivo.
Importante para o prognóstico de
Classe III. Valores normais são de
27°. Longitude Craniana Anterior
avalia se um padrão de Classe II
esquelética é devido a uma base
craniana anterior longa, ou se um
padrão de Classe III esquelética é
devido a uma base curta. Valores
normais são de 55 mm (indivíduos
com até 9 anos). Localização do
Pório indica a localização da fossa
mandibular, portanto, esta distância
aumentada até o ponto Pt, indica
que a fossa pode estar
posteriorizada, trazendo a
mandíbula para trás. O pório
localizado para anterior está
associado a crescimento mandibular
excessivo, sendo um fator
importante na avaliação de Classe III
cirúrgica. Valores normais são de -
39 mm (aos 9 anos de idade). Arco
mandibular determina a morfologia mandibular. O aumento do valor do ângulo indica uma
mandíbula com aspecto braquicefálico (mordida profunda). Algumas vezes, apresentam
padrões de prognatismo. Valores reduzidos, tendem a mordidas abertas, morfologia
mandibular dólicocefálico. Valores normais são de 26°. Longitude do Corpo Mandibular, avalia
o prognatismo ou o retrognatismo devido ao comprimento da mandíbula. Valores normais são
de 65 mm (9 anos de idade).
MEDIDAS COMPLEMENTARESMEDIDAS COMPLEMENTARES
 Ângulo SNA:Ângulo SNA: ângulo formado pelas linhas SN e NA, definindo o posicionamento
ântero-posterior da maxila, em relação a base do crânio. Valores normais: 82°.
 Ângulo SNB:Ângulo SNB: ângulo formado pelas linhas SN e NB, definindo o posicionamento
ântero-posterior da mandíbula, em relação à base do crânio. Valores normais: 80°.
 Ângulo ANB:Ângulo ANB: ânglo formado pelas linhas NA e NB, definindo a relação ântero-posterior
entre maxila e mandíbula, por meio do ponto N. Valores Normais permanentes: 2°; 3°
 
Eduvaldo C. S. Júnior
(regular) e acima de 3° (ruim). O ângulo ANB também pode ser calculdo pela equação
SNA – SNB, no qual se o valor
encontrado for positivo,
indica que a maxila está mais
protruída que a mandíbula;
caso o valor seja negativo,
indica uma protrusão
mandibular em relação à
maxila.
 Ângulo FMA (Tweed):Ângulo FMA (Tweed): 
ângulos formados pelos
planos de Frankfurt e Plano
Mandibular, indicando a
tendência de crescimento
crâniofacial, baseando-se nos
graus de inclinação da base
da mandíbula, e em relação
ao 1/3 médio superior da
face. Valor normal: 25°.
 Ângulo SNGoGn (Riedel):Ângulo SNGoGn (Riedel): 
ângulo formado pela linha SN
e o Plano Mandibular. Este
ângulo elucida o comportamento da base mandibular, em relação ao terço anterior do
crânio. Valor normal: 32°.
 Ângulo 1.NA:Ângulo 1.NA: ângulo formado pelo Longo Eixo dos Incisivos Superores com a Linha NA.
Representa a inclinação dos incisivos centrais superiores, em relação a Linha NA. Valor
normal: 22°; caso o valor encontrado esteja superior ao normal, indica uma
vestibularização dos incisivos; caso esteja inferior ao normal indica uma verticalização
dos incisivos.
 Distância NA (1-NA):Distância NA (1-NA): distância entre a superfície coronária vestibular dos incisivos
centrais superiores à linha NA. Representa o grau de protusão ou retrusão destes
dentes. Valor normal: 4,0 mm.
 Ângulo 1.NB:Ângulo 1.NB: ângulo formado pelo longo eixo dos incisivos inferiores com a linha NBA.
Sujeito às alterações dimensionais e espaciais da base do crânio e da mandíbula. Valor
normal: 25°; valores encontrados acima do valor normal, indica uma vestibularização
dos incisivos inferiores; caso esteja inferior ao normal indica uma verticalização dos
incisivos inferiores.
 Distância NB (1-NB):Distância NB (1-NB): maior distância ou entre a superfície vestibular dos incisivos
centrais inferiores à linha NB. Representa o grau de protrusão ou retrusão destes
dentes. Valor normal: 4,0 mm.
 Distância H-Nariz:Distância H-Nariz: corresponde à distância perpendicular desde a Linha H à região
mais proeminente do ápice nasal. Valor normal: 9,0 a 11,0 mm. Esta distância indica o
perfil do paciente, sendo que quanto mais distânte da Linha H, maior a convexidade da
face, quando mais interna for a Linha H e a distância for negativa, maior a concavidade
da face.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
 
Eduvaldo C. S. Júnior
ANÁLISE DA DENTADURA MISTAANÁLISE DA DENTADURA MISTA
As modificações que sofrem os dentes desde o início da formação até a sua erupção e
oclusão nos arcos dentais estão intimamente relacionadas à edificação e crescimento da face.
A organização desta está, por sua vez, associada à história dos arcos branquiais.
ERUPÇÃO DOS DENTES
É um complexo fenômeno resultante de causas variadas, que faz com que o dente,
ainda incompletamente formado, migre do interior dos maxilares para a cavidade oral.
Concomitantemente à emergência do dente até a sua posição definitiva no arco, edifica-se a
raíz, conforma-se a loja alveolar para recebê-la, assim como se organiza o ligamento
alvéolodental.
Os processos de erupção dos dentes permanentes e decíduos sendo semelhantes
serão avaliados em comum. O mecanismo da erupção pode ser estudado tendo-se em conta
três períodos que se sucedem e que são interdependentes:
1. Período inicial ou pré-eruptivo.
2. Período de erupção propriamente dita.
3. Período pós-eruptivo.
PERÍODO INICIAL OU PRÉ-ERUPTIVO
Pode considerá-lo como compreendido desde os primórdios da formação do dente até
o contato da borda incisal ou triturante com o cório ou derma da mucosa bucal. Durante esta
fase intensas modificações se processam ao nível do órgão do esmalte. Às primeiras aposições
de dentina seguem-se as de esmalte, início da formação radicular e edificação do tecido ósseocircunjacente. Neste, dada à preponderância dos fenômenos de reabsorção osteoclástica, o
dente atravessa a cripta óssea que o envolve, estabelecendo contato com o cório da mucosa
bucal.
PERÍODO DE ERUPÇÃO PROPRIAMENTE DITO
Está compreendido entre o momento em que se dá o rompimento do epitélio bucal,
com o consequente aparecimento do dente na boca, até o estabelecimento do contato dos
dentes de um arco com os do arco antagonista. Neste período, a cutícula do dente é
elaborada, a porção radicular já se apresenta com aproximadamente2/3 de seu tamanho
definitivo e já se inicia a calcificação de alguns dentes permanentes (incisivos). Rompida a
barreira conjuntiva que separa o dente do epitélio da boca, aquele aflora na cavidade bucal,
iniciando-se, assim, a erupção dental propriamente dita.
PERÍODO PÓS-ERUPTIVO
Corresponde ao ciclo vital do dente, após ter tomado contato com o antagonista. A
partir deste momento, cessa a erupção ativa, iniciando-se a erupção contínua. Na verdade, o
dente prossegue com menor intensidade seu movimento eruptivo, quer devido ao desgaste de
sua face triturante, quer devido à ausência do dente antagonista. O osso alveolar sofre
modificações arquiteturais a fim de suportar os impactos mastigatórios que se exercem sobre
os dentes em oclusão, assim como se reorganizam as fibras do ligamento alveolodental.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
MUDA DOS DENTESMUDA DOS DENTES
É preciso salientar que os animais vertebrados podem ser classificados em:
1. MonofiodontesMonofiodontes possuem apenas uma dentição
2. DifiodontesDifiodontes  apresentam duas dentições.
3. PolifiodontesPolifiodontes  apresentam mais de duas dentições.
O modo de substituição dos dentes é diferente, variando com o tipo de implantação
dos dentes, com o tipo de articulação e sistema de fixação das peças, com o número de mudas
e com a presença ou não de grupos morfológicos dentais. Nos mamíferos, muito embora se
diga que a substituição seja vertical, ou que aparente ser vertical, na realidade ela é látero-
vertical.
Nos humanos, a muda dos dentes consiste na troca das peças temporárias pelas
permanentes, sendo as raízes daquelas reabsorvidas. Este fenômeno ocorre com os incisivos,
caninos e molares decíduos que dão lugar, respectivamente aos incisivos, caninos e pré-
molares permanentes ou definitivos.
Um fator primordial para a erupção normal dos dentes permanentes é o espaço
disponível previsto pelo dente temporário. Daí a importância da manutenção das relações
normais entre as duas dentições.
CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO DOS DENTES CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS E PERMANENTESDECÍDUOS E PERMANENTES
O incisivo central inferior decíduo é o primeiro dente a aparecer na cavidade oral e o
faz no sétimo mês de vida extra-uterina, enquanto o primeiro molar permanente irrompe aos
seis anos de idade aproximadamente. É necessário frisar que a cronologia da erupção está nadependência de muitos fatores tais como alimentação, grupo étnico, clima, sexo, etc. Nos
indivíduos do sexo feminino há uma antecipação dos fenômenos de erupção dental com
relação aos indivíduos do sexo masculino.
Entre os três e seis anos, o desenvolvimento dos dentes permanentes no interior dos
rebordos alveolares está se processando em ritmo acelerado. Dos cinco aos seis anos, época
em que os incisivos temporários são substituídos e os primeiros molares permanentes estão
prestes a irromper, existe, nos maxilares, maior número de dentes que em qualquer outra
época. Dos seis aos dez anos, tanto os quatro primeiros molares permanentes quanto os oitro
incisivos têm sua erupção finalizada e entram em oclusão. Entre dez e doze anos, a dentição
mista dá lugar à permanente. Os caninos e molares decíduos dão lugar aos sucessores
permanentes. Aos 13 anos, em média, todos os dentes permanentes já irromperam, exceto o
terceiro molar, para o qual não é possível estabelecer uma idade determinada para sua
aparição na cavidade oral.
De modo geral, podemos dizer que a sequência eruptiva dos dentes decíduos é a
seguinte:
ICI ICS ILS ILI 1°M C 2° M.
Em geral os dentes inferiores antecedem os superiores, na cronologia de erupção. Para
os dentes permanentes, a ordem de erupção é a seguinte:
 
Eduvaldo C. S. Júnior
1°M ICI ILI ICS ILS CI 1°PM 2°PM CS 2°M 3°M.
Sob aspecto clínico, Nolla, dá uma avaliação dos estágios médios de calcificações dos
dentes individualmente. Os 10 estágios de desenvolvimento de Nolla, como são conhecidos,
para os dentes superiores e inferiores, compreendem:
0. Ausência de cripta.
1. Presença de cripta.
2. Calcificação inicial.
3. 1/3 da coroa completa.
4. 2/3 da coroa completa.
5. Coroa praticamente completa.
6. Coroa completa.
7. Coroa completa mais 1/3 da raiz formada.
8. Coroa completa mais 2/3 da raiz formada.
9. Coroa completa e a raiz praticamente completa porém com o ápice ainda aberto.
10. Dente totalmente formado com ápice radicular completo.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
DENTADURA MISTADENTADURA MISTA
Apresenta três períodos de desenvolvimento:Apresenta três períodos de desenvolvimento:
1. PRIMEIRO PERÍODO TRANSITÓRIO (PRIMEIRO PERÍODO TRANSITÓRIO (Dura dos seis a oito anos
aproximadamente):): Vai do irrompimento do primeiro dente permanente até o irrompimento
do incisivo lateral superior (é o último a série dos permanentes do primeiro período
transitório. Quando o incisivo lateral superior atingir a linha de oclusão sairemos do primeiro
período transitório e entraremos no período inter-transitório. (quatro primeiro molares
irrompidos e quatro incisivos superiores e inferiores).
Características:
 Irrupção do primeiro molar permanente
 Esfoliação dos incisivos decíduos;
 Irrupção dos incisivos permanentes;
Eventualmente a ordem pode mudar (incisivo central irrompendo antes do primeiro molar
 permanente), ocorrendo na mesma fase, por volta dos seis anos.
 É comum a criança apresentar diastemas, devido à forma que os incisivos irrompem
(de forma angulada), pois a coroa do canino comprime os ápices radiculares. O diastema se
fecha quando os caninos irrompem – naturalmente.
 Irrupção lingualizada dos incisivos inferiores. Posteriormente eles se inclinam
naturalmente para a vestibular e buscam a linha de oclusão.
Sequência de irrupção de permanentes (começa por volta dos 6 anos e termina aosSequência de irrupção de permanentes (começa por volta dos 6 anos e termina aos
12)12):
1MI – 1MS - ICI – ICS - ILI – ILS - 1PI e CI (normalmente irrompem juntos); 1PS - 2PI – 2PS
- CS e 2M.
2. PERÍODO INTER TRANSITÓRIO:PERÍODO INTER TRANSITÓRIO: Período de poucas mudanças clínicas visíveis.
Começa quando incisivo lateral atinge a linha de oclusão. Temos os quatro molares em oclusão
e também os quatro incisivos permanentes superiores e inferiores.
Características:
 Desgastes dentários nos decíduos.
 Mudanças intra-ósseas.
 Apinhamento primário nos Incisivos Inferiores.
 Espaçamento nos Incisivos Superiores: diastemas (fase do patinho feio)
 Fase do patinho feio: os ILS apresentam-se com as raízes inclinadas para mesial e as
coroas para distal (gerando diastema). Nesta fase não necessita-se de correção ortodôntica,
pois ocorrerá uma auto-correção após a erupção dos caninos permanentes.
 Melhor período pra fazer análise da dentadura mista;
Frenectomia PrecoceFrenectomia Precoce: Não se faz frenectomia precoce, a não ser que o freio esteja
excessivamente baixo e atrapalhando a mobilidade do lábio e o desenvolvimento. Caso seja
feito, sem necessidade, pode levar a quadros de uma hipotonia do lábio.
3. SEGUNDO PERÍODO TRANSITÓRIO:SEGUNDO PERÍODO TRANSITÓRIO: (fase final da dentadura mista): Começa
com a esfoliação de caninos e primeiros molares decíduos.
 Irrompe caninos e pré-molares,
 Ocorre a diminuição do perímetro do arco.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
ESPAÇO LIVRE DE NANCE OU LEE WAY SPACE:ESPAÇO LIVRE DE NANCE OU LEE WAY SPACE: É a sobra de espaço que ocorre na
região posterior de molares decíduos. Nesta arcada temos os caninos, pré-molares e molares
decíduos, e ao somarmos o diâmetro mésio-distal deles e comparamos com dentes sucessores
(canino, 1° pré-molar, 2° pré-molar) haverá um excesso de espaço, ou seja, os dentes
permanentes serão menores e esta sobra de espaço será de 0,9 mm0,9 mm para o arco superior e
1,7mm1,7mm para o arco inferior. Em média 3,5 mm de sobra no arco inferior e em média 2,0 mm no
arco superior.
Esse espaço é extremamente importante para os ajustes da oclusão, para que os
molares se ajustem em chave de oclusão classe I.
Utilização do EspaçoLivre de Nance:Utilização do Espaço Livre de Nance:
 Irrupção de caninos e pré-molares; 
 Ajuste de oclusão do 1MP; 
 Alinhamento dos Incisivos Inferiores. 
Eventualmente, nosso paciente vai apresentar um pequeno apinhamento na região de
incisivos, (em média, aos 8 anos a criança terá um apinhamento). Quando este apinhamento é
de 3mm ou menos, na transição da dentadura mista para permanente, esse apinhamento
pode sofrer uma auto-correção, aquele Lee Wayspace pode auxiliar na correção e os incisivos
ficarem bem alinhados.
Medidas do arco dentário:Medidas do arco dentário: Arco decíduo inferior: molares, caninos e incisivos.
A-A- Comprimento do arcoComprimento do arco
B1- Distância Inter-caninosB1- Distância Inter-caninos
B2- Distância inter-molaresB2- Distância inter-molares
C-C- Perímetro do arcoPerímetro do arco
 Comprimento do arco:Comprimento do arco: passamos uma linha tangente na distal dos segundos molares
decíduos e mede-se a região da linha mediana, então dessa linha até o ponto de contato dos
incisivos, esse e o chamado comprimento do arcocomprimento do arco.
 Distância inter-caninos:Distância inter-caninos: que vai da cúspide de um canino a cúspide de outro;
 Distância inter-molares:Distância inter-molares: vai do sulco central do molar ao sulco central do outro;´
 Perímetro do arco:Perímetro do arco: Vai da distal do segundo molar passando pelas cúspides
vestibulares dos segundos molares, cúspide do primeiro molar, cúspide do segundo molar,
cúspide do canino, incisal dos incisivos até do lado oposto.
Estas medidas também são aplicadas à dentadura permanente. As medidas do arco dentário
tendem a reduzir na transição da dentadura decícua para a permanente.
Alterações do comprimento do arco:Alterações do comprimento do arco:
 Dentadura decídua: normalmente é constante, não muda.
 Dentadura mista: tende a aumentar no primeiro período transitório (pois, ao irromper
incisivos superiores e inferiores, há presença de um eixo vestibular de inclinação, ou seja, um
posicionamento ao final da irrupção mais pra vestibular do que os decíduos, e isso faz com que
haja um aumento nas medidas do arco.
 Período inter-transitório: constante
 Segundo período transitório: há uma diminuição, devido à migração dos molares
sofrem, ajustando ou fechando o Lee wayspace.
 
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 Dentadura permanente: as medidas do arco tendem a diminuir ao longo da
vida as medidas. O indíviduo que apresente um apinhamento dentário, com o passar do tempo
tenderá a um prognóstico pior.
 Transição da dentadura permanente pra decídua: 
Comprimento do arco: tende a diminuir de 2 a 3 mm.
Perímetro do arco: tende a diminuir 3,5 mm nos meninos e 4 mm nas meninas.
RELAÇÃO DOS ESPAÇOS PRESENTESRELAÇÃO DOS ESPAÇOS PRESENTES
Relaciona o tamanho do osso basal entre a mesial do 1° molar permanente de um lado
e a mesial do 1° molar permanente do lado oposto, ou seja, perímetro do arco. Equaciona-se
esta relação como: EP = EP anterior + EP posterior.
O espaço requerido, é a somatória dos diâmetros MD dos dentes permanentes de
mesial de 1° molar permanente de um lado à mesial do 1° molar permanente do lado oposto.
Equaciona-se esta relação como: ER = ER anterior + ER posterior.
Discrepância do modelo é a diferença entre EP e ER, significando a presença ou
ausência do espaço no arco dentário. Equaciona-se esta relação como: DM = EP – ER. O cálculo
para esta discrepância de modelo, deve-se seguir uma sequência lógica:
 Mede-se a região dos incisivos centrais e laterais de cada lado (EP anterior):
E................./12/11/...............D , logo, EP anterior = 23 mm.
 Mede-se a região de caninos e molares decíduos de cada lado (até mesial do 1° molar
permanente).
E................/20/.........../23/................../20/...............D, logo, EP posterior = 40 mm, sendo que o
somatório do ER = 20 + 23 + 20 = 63 mm.
 Mede-se o diâmetro MD dos incisivos inferiores (dente a dente), anota-se no cartão e
soma-se os valores.
E...................6,5/6,0/6,0/6,5/......................D, logo, o ER anterior será de 25 mm.
 Consulta-se a tabela de Moyers, para verificar o nível sucesso requerido com o
tratamento, sendo sugerido um valor médio de 75%. ER = ER anterior + ER posterior
(mensuração que vai de canino ao 2° pré-molar. Porém, como não houve erupção dos
prés-molares, usa-se a tabela de Moyers para prever os valores dos espaços dos prés-
molares dentro de 75% do valor sugerido. Logo, ER posterior = 23,4.
E...................23,4.........................23,4...................D
Total= 23,4 + 23,4 + 25 = 71,8 mm. Ou seja, para que haja erupção correta dos dentes,
necessita-se de 71,8 mm de espaço na arcada.
 Calcula-se agora a DM, sendo DM = EP – ER  DM = 63 – 71,8 DM = - 8,8 mm. A
partir deste valor, calcula-se a necessidade ou não de executar outros procedimentos,
como extrações seriadas.
 
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DESVIO DE LINHA MÉDIADESVIO DE LINHA MÉDIA 
Quando há desvios de linha média, deve-se avaliar outros fatores:
E..........(-4,4)...............LM............(-4,4)...............D
Quando há discrepâncias , leva-se em consideração, a direção do desvio.
E.....(-2,4).........LM....................................(-6,4).............D. Neste exemplo, houve uma
discrepância de 2,0 mm de desvio.
O desvio de linha média, quando seu valor é positivo, indica que há excesso de espaço
para erupção dos dentes; quando é nula, indica que pode haver instalada uma
mordida aberta anterior; quando é negativa, indica falta de espaço para erupção
dentária, logo deve-se levar em consideração a possibilidade de procedimentos
interceptivos.
MÉTODO DE MOYERSMÉTODO DE MOYERS
Este método apresenta vantagens e desvantagens. As maiores vantagens do
método de Moyers são: (1) erro mínimo. (2) pode ser feito tanto pelo inciante quanto
pelo profissional experiente. (3) não exige muito tempo. (4) pode ser feito tanto no
modelo quanto na boca. (4) serve para os dois arcos dentários. (5) não necessita de
radiografias. Por outro lado apresenta algumas desvantagens, como: (1) utiliza como
base de cálculo, médias numéricas. (2) os valores foram obtidos por uma amostragem
de crianças caucasianas, logo, esses valores sofrem interferência da etnia do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Flávio Vellini Ferreira. Ortodontia Diagnóstico e Planejamento Clínico.
Desenvolvimento da Dentição.Desenvolvimento da Dentição. Cap. 3, pág 57-73. Editora Artes Médicas. 5ª Edição.
 
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ANÁLISE FACIALANÁLISE FACIAL
A análise facial, embora não possa ser vista de maneira isolada, pode ser considerada o
item mais importante do diagnóstico, pois nos permite avaliar as características morfológicas
responsáveis pela estética do indivíduo. A fim de realizar uma análise facial adequada e
efetiva, deve-se ter como objetivo identificar:
 Padrão facialPadrão facial (relacionado ao crescimento facial).
 Tipologia facialTipologia facial (relacionada à morfologia óssea e muscular).
 Alterações verticais.Alterações verticais.
 Alterações do Plano Frontal.Alterações do Plano Frontal.
 Alterações do Plano Sagital.Alterações do Plano Sagital.
 Alterações Estéticas do Sorriso.Alterações Estéticas do Sorriso.
 Posicionamento Horizontal da MaxilaPosicionamento Horizontal da Maxila (análise de Andrews).
Para isso, a face deve ser observada em vistas frontalfrontal e de perfil.perfil. Preferencialmente,
fotografias são realizadas para este estudo, devendo a cabeça estar orientada em sua posição
natural, mostrando na foto de perfil o “prumo” ou “alinhamento” paralelo à margem lateral.
Geralmente é realizado alguns registros da posição natural da cabeça:
 Fotografar o paciente de perfil com os lábios relaxados, em pé olhando em seus
próprios olhos refletidos num espelho a 1,5m de distância.
 Ao seu lado e à frente deve haver um prumo que represente a vertical verdadeira.
Quando ocorrem discrepâncias muito acentuadas entre a posiçãode relação cêntrica
(RC) e máxima intercuspidação habitual (MIH), deve-se realizar a análise do perfil com a
mandíbula do paciente em RC. Os lábios em repouso são importantes para se evitarem
alterações faciais em função da tentativa forçada, por parte do paciente, de obter vedamento
labial.
Visando facilitar o estudo, alguns pontos localizados na face (vistas frontal e de perfil)
serão descritos abaixo:
 
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1. Tríquio:Tríquio: ponto localizado na linha onde se inicia a raiz do cabelo.
2. Glabela:Glabela: ponto mais proeminente da fronte localizado sobre o plano sagital mediano.
3. Subnasal:Subnasal: ponto localizado na intersecção da base do nariz com o lábio superior.
4. Filtro:Filtro: ponto localizado no centro “V” do lábio superior. 
5. Estômio Superior:Estômio Superior: ponto mais inferior do lábio superior.
6. Pogônio Mole:Pogônio Mole: ponto mais proeminente do mento mole.
7. Gnátio Mole:Gnátio Mole: ponto médio localizado entre o pogônio mole e o mento.
8. Mentoniano (Mento):Mentoniano (Mento): ponto mais inferior do mento mole.
9. Ponto C:Ponto C: ponto localizado na intersecção da linha do queixo com a linha do pescoço.
PADRÃO FACIALPADRÃO FACIAL
Entende-se mais facilmente de padrão se pensarmos como sendo um conjunto de
características faciais que se mantém ao longo do crescimento. Alguns autores referem-se à
padrão facial como sendo a manutenção da configuração da face através do tempo. O padrão
facial nos indivíduos é classificado em 5 grupos diferentes:
 PADRÃO I
 PADRÃO II
 PADRÃO III
 PADRÃO FACE LONGA
 PADRÃO FACE CURTA
PADRÃO IPADRÃO I é o indivíduo com crescimento equilibrado, portador de maloclusão. Neste
caso, a etiologia do problema é a maloclusão, já que não ocorre alterações esqueléticas no
plano vertical ou sagital. Apresenta uma face harmônica, com perfil reto, selamento labial
passivo e terços faciais equilibrados. Pode-se verificar, dentro do PADRÃO I, indivíduos
mesocefálicos preferencialmente, porém, há presença de dólicocefálicos e braquicefálicos. A
criança pode apresentar perfil convexo, mas as características faciais e esqueléticas indicam
 
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que haverá potencial de crescimento suficiente para que a mandíbula, no futuro, atinja uma
relação de Classe I esquelética com a maxila. O PADRÃO I é também conhecido como
maloclusão dentária.
PADRÃO IIPADRÃO II engloba os indivíduos portadores das frequentes maloclusões resulantes do
degrau sagital aumentado entre a maxila e a mandíbula. Na maioria das vezes, o problema
está relacionado à deficiência mandibular, mas pode ocorrer também a protrusão maxilar, ou
ainda, a associação de ambas. Como a protrusão maxilar é menos comum, podemos lembrar
do PADRÃO II como sendo o indivíduo com deficiência mandibular, expressa na face através da
linha queixo-pescoço diminuída, perfil muito convexo, altura do terço inferior normal ou
diminuída e ângulo da linha do queixo com o pescoço aberto. Na criança, o crescimento
mandibular não é suficiente para diminuir a convexidade, terminando em uma relação de
Classe II esquelética. Deve-se lembrar que o indivíduo com estas características será PADRÃO
II, independentemente da relação molar.
PADRÃO IIIPADRÃO III envolve os indivíduos portadores de maloclusões resultantes de degrau
sagital diminuído entre maxila e mandíbula. Nesse padrão, estão incluídos os portadores de
retrusão maxilar ou prognatismo, independentemente da relação molar que suas arcadas
dentárias apresentarem. A relação dentária tenderá a ser de Classe III, mas haverá situações
em que será de Classe I e, mais raramente, de Classe II. A deficiência maxilar é mais comum
que o prognatismo. Quando o problema se encontra na maxila, verifica-se uma depressão
característica na região infra-orbitária. O ângulo nasolabial aberto é outro sinal de deficiência
maxilar, porém os incisivos superiores devem estar bem posicionados para que esta
informação possa ser utilizada. Quando os incisivos se encontram vestibularizados, tendem a
fechar o ângulo nasolabial, mesmo na presença de uma deficiência maxilar. No entanto,
quando o problema for devido à mandíbula, o aumento da linha queixo-pescoço torna-se
evidente, em geral, acompanhado de um aumento da altura do terço inferior, com o lábio
inferior verticalizado e o sulco mentolabial, ausente.
PADRÃO FACE LONGAPADRÃO FACE LONGA será todo indivíduo que apresentar excesso do terço inferior da
face, que torne o selamento labial impossível ou forçado. Existe tendência à mordida aberta
esquelética, porém não deve-se utilizar essa classificação para os indivíduos PADRÃO FACE
LONGA. Sabe-se que a variação que ocorre no trespasse vertical é muito grande, podendo ir de
mordida aberta expressiva a uma sobremordida profunda. A etiologia, apesar de multifatorial,
tem um forte caráter genético.
PADRÃO FACE CURTAPADRÃO FACE CURTA será todo indivíduo que apresentar deficiência vertical do terço
inferior da face, que torne o selamento labial compressivo. Apresenta dimensão vertical de
repouso aumentada. Isso significa que a face melhora quando observada em repouso, em
comparação com a face observada em oclusão. A entiologia determinante tem caráter
genético.
Ao se estudar os padrões, durante o crescimento facial, torna-se evidente a influência
genética. Sabe-se que as características hereditárias atuam sobre os padrões de crescimento,
busca-se nos pais o sinais que possam alertar quanto à intensidade das discrepâncias
esqueléticas, o que nos permite traçar um prognóstico mais próximo da realidade.
É muito importante atentar a esse fato para que, no final do tratamento, não haja
decepção por parte do profissional ou por parte do paciente, com os resultados que
 
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gostaríamos de atingir, mas que não serão atingidos. O erro pode estar em tentar vencer a
genética.
TIPOLOGIA FACIALTIPOLOGIA FACIAL
No tratamento ortodôntico, ortopédico ou ortocirúrgico, é muito importante conhecer
o tipo morfológico de cada indivíduo, determinado pelas características esqueléticas e
musculares da face. Os diferentes tipos faciais podem ser classificados em 3 grupos:
mesocefálicos, braquicefálicos e mesocefálicos, braquicefálicos e dolicocefálicodolicocefálico. Estes grupos apresentam respostas diferentes
quando submetidos à forças ortodônticas similares, tornando clara a importância desta
classificação para o diagnóstico e, muitas vezes, direcionando o tratamento a ser realizado. É
importante lembrar que as diferenças genéticas sofrem interferências do meio ambiente.
MESOCEFÁLICO OU MESOFACIAL
 Harmonia facial.
 Proporções dos terços faciais de 1:1.
 Equilíbrio entre as distâncias verticial e horizontal.
 Musculatura facial equilibrada.
 Bom padrão de crescimento.
BRAQUICEFÁLICO OU BRAQUIFACIAL
 Aspecto médio-facial largo (predomínio da distância horizontal sobre a distância
vertical).
 Padrão de crescimento horizontal predominante.
 Altura facial interior diminuída.
 Ângulo mandibular (goníaco) fechado.
 
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 Musculatura potente e, muitas vezes, hipertrofia, em especial do músculo masseter.
DÓLICOCEFÁLICO OU DÓLICOFACIAL
 Aspecto médio-facial curto (predomínio da distância vertical).
 Padrão de crescimento vertical.
 A ponte nasal e a raiz do nariz tendem a ser muito altas.
 Altura facial inferior aumentada.
 Ângulo mandibular (goníaco) aberto.
 Musculatura, em geral, estirada e hipotônica.
 Músculo mentual hipertônico para auxiliar o vedamento labial.
 
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ALTERAÇÕES VERTICAISALTERAÇÕES VERTICAIS
PROPORÇÃO DOS TERÇOS
Para esta análise, a face pode ser dividida em 3 partes, as quais devem apresentar
proporcionalidade entre sí de 1 : 1 : 1. Os terços, assim chamados, são determinados pelos
seguintes trechos:
1. Tríquio-glabela.
2. Glabela-subnasal.
3. Subnasal-mentoniano.
Uma variação dessa análise pode ser realizada, desconsiderando-se o terço superior,
pois o ponto tríquio varia consideravelmente, de índivíduopara indivíduo.
PORÇÃO DO TERÇO INFERIOR
O terço inferior subdivide-se em duas partes desiguais, sendo a distância subnasal-
estômio (Sn-St) equivalente a 1/3 do terço inferior e a distância estômio-mentoniano (St-Me)
equivalente a 2/3 do terço inferior. O terço superior diminuído pode estar relacionado ao
encurtamento do lábio (pequeno e/ou hipotônico), sendo necessária uma avaliação clínica,
associada à medição do comprimento labial. A desproporção também pode significar aumento
do terço inferior, que seria sugestivo de uma sínfise alongada.
 
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ALTERAÇÕES NO PLANO FRONTALALTERAÇÕES NO PLANO FRONTAL
Na vista frontal, a face deve ser examinada quanto à:
 Simetria bilateral.
 Relação interlabial (gap).
SIMETRIA BILATERALSIMETRIA BILATERAL na fotografia frontal da face, traça-se uma linha partindo do
centro da ponte nasal até o filtro (Ar-nett). O filtro, por estar mais próximo dos dentes, torna-
se uma referência mais perceptível pelo paciente em relação à linha média da face. O lado
direito da face deve ser proporcional ao lado esquerdo. Não há face perfeitamente simétrica,
contudo, a presença de algumas assimetrias mais significativas prejudica a estética facial.
Ao detectar uma assimetria mandibular, onde o mento é a única estrutura desviada,
deve-se definir se a etiologia do problema é funcional ou esquelética.funcional ou esquelética.
Assimetria Funcional:Assimetria Funcional: não verifica-se problemas estruturais, mas apenas uma posição
incorreta da mandíbula, resultante de uma interferência oclusal. Nesses casos, um contato
prematuro induz ao deslocamento lateral mandibular, podendo srcinar uma mordida cruzada
unilateral. Desequilíbrios musculares e algumas desordens articulares também são capazes de
gerar assimetrias funcionais.
Assimetria Esquelética:Assimetria Esquelética: é caracterizada pelo crescimento desigual de estruturas como:
corpo, ramo ou côndilo.
O diagnóstico diferencial consiste em manipular a mandíbula na tentativa de
posicioná-la em RC. Quando a assimetria é funcional, encontramos uma diferença lateral entre
RC e MIH, onde em RC a linha média dentária inferior tende a centralizar-se com a linha média
facial. Se não ocorrer diferença no posicionamento mandibular, provavelmente será uma
assimetria esquelética, sendo confirmada por mio de uma radiografia frontal PA ou tomografia
computadorizada.
 
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RELAÇÃO INTERLABIAL (RELAÇÃO INTERLABIAL (GAP )) o espaço interlabial normal tem de 1 a 3 mm, sendo
aceitável no máximo até 5 mm, estando os lábios relaxados.
ALTERAÇÕES NO PLANO SAGITALALTERAÇÕES NO PLANO SAGITAL
 Ângulo da convexidade de Burstone e Legan.
 Ângulo nasolabial inferior.
 Linha queixo-pescoço.
 Comprimento do lábio superior.
 Linha estética de Ricketts.
 Análise de Arnett com a vertical verdadeira.
ÂNGULO DA CONVEXIDADE DE BURSTONE E LEGANÂNGULO DA CONVEXIDADE DE BURSTONE E LEGAN podem ser encontrados 3 tipos
diferentes de perfis faciais: convexo, côncavo ou reto.convexo, côncavo ou reto. Essa análise determina um ângulo
formado pelos pontos da região da glabela, subnasal e pogônio mole, estando o valor médio
entre 165° e 175°.
 Perfil Convexo:Perfil Convexo: característico de pacientes Classe II, divisão 1, onde se observa uma
discrepância óssea ântero-posterior entre a maxila e a mandíbula, refletida no tecido
mole. Pode ser devido a uma protrusão maxilar, retrusão mandibular ou ambas. Neste
caso, o ângulo de convexidade é menor que 165°.
 Perfil Côncavo:Perfil Côncavo: encontrado em pacientes Classe III esquelética. Apresenta ângulo de
convexidade maior que 175°.
 Perfil Reto:Perfil Reto: característico de indivíduos Classe I esquelética, onde não se observa
discrepância óssea horizontal. Valores médios do ângulo de convexidade entre 165° e
175°.
ÂNGULO NASOLABIAL INFERIORÂNGULO NASOLABIAL INFERIOR traça-se o
ângulo nasolabial total (linha tangente à base do
nazir/linha tangente ao lábio superior). Divide-se esse
ângulo através da linha horizontal verdadeira
(perpendicular à vertical verdadeira), passando pelo
ponto subnasal. Medimos o ângulo formado pela
horizontal verdadeira e pela tangente do lábio superior,
desconsiderando, assim, a inclinação da base do nariz.
Esse ângulo define o posicionamento ântero-posterior da
maxila e dos incisivos superiores tendo como norma 75°
e 85°.
 
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LINHA QUEIXO-PESCOÇOLINHA QUEIXO-PESCOÇO é a distância do ponto C
ao ponto Gn’. A avaliação pode ser baseada em valores
numéricos, onde a linha queixo-pescoço deve medir cerca de
80% da linha Sn-Gn’, embora seja mais simples ser realizada
por comparação visual. A diminuição desta linha indica
retrognatismo mandibular, sendo comum nos indivíduos
PADRÃO II. Quando aumentada, sugere mandíbula grande.
Em indivíduos com retrusão mandibular ou com excesso de
tecido adiposo na região do pescoço próximo à mandíbula, é
difícil a localização precisa do ponto C.
COMPRIMENTO DO LÁBIO SUPERIORCOMPRIMENTO DO LÁBIO SUPERIOR definido
pela linha Sn-St superior. Apresenta valores normais de 21 mm (mulheres) e 24 mm (homens).
Não pode ser medido na fotografia devido à distorção em relação ao tamanho real. Sua
medida é corretamente aplicada quando realizada clinicamente ou na telerradiografia em
norma lateral.
LINHA ESTÉTICA DE RICKETTSLINHA ESTÉTICA DE RICKETTS é uma medida confiável quando considera-se a
harmonia dos lábios em relação ao nariz e ao mento. Dentro deste raciocínio, se o nariz for
grande ou o mento proeminente, para que ocorra a harmonia desejada, pode-se aceitar os
lábios proporcionalmente mais à frente e vice-versa. Sua mensuração se dá pela distância da
ponta do nariz ao pogônio mole. Relaciona nariz, mento e lábios. Lábio superior com um
comprimento de -4mm e lábio inferior -2mm.
 
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ANÁLISE DE ARNETT COM A ANÁLISE DE ARNETT COM A VERTICAL SUBNASALVERTICAL SUBNASAL
 Linha Vertical Verdadeira:Linha Vertical Verdadeira: na análise de perfil (sagital), pode-se utilizar como
referência a linha vertical verdadeira (LVV) conforme preconizado por Arnett. A linha
deve passar pelo ponto subnasal (Sn) sendo esta perpendicular ao solo (a horizontal)
podendo0se através dela mensurar as alterações faciais ântero-posteriores. As
medições principais são assinaladas na imagem juntamente com a tabela.
ANÁLISE DA ESTÉTICA DO SORRISOANÁLISE DA ESTÉTICA DO SORRISO
 Linha do Sorriso.
 Corredor Bucal.
 Curvatura das bordas incisais.
 Exposição do incisivo superior.
 Linha média dentária.
 Inclinação do plano oclusal.
 Nivelamento das bordas incisais.
 Alinhamento dos zênites gengivais.
 DRED – diagrama de referências estéticas dentárias.
LINHA DO SORRISOLINHA DO SORRISO é avaliada durante o sorriso amplo, determinando a quantidade
de exposição gengival, de acordo com a elevação do lábio superior. Uma linha do sorriso
normal permite a exposição dos incisivos superiores com, no máximo, 2 mm de gengiva
(exposição gengival a partir da cervical dos incisivos centrais até o limite do lábio superior).
Valores acima deste valor, são considerados uma linha do sorriso alta, e valores abaixo, uma
linha do sorriso baixa.
CORREDOR BUCALCORREDOR BUCAL é o espaço entre a face vestibular dos dentes posteriores
superiores e a bochecha. A normalidade ocorre quando este pode ser observado, ou seja, o
corredor bucal deve estar presente durante a expressão do sorriso. Porém, em excesso, traz
uma sensação clínica de atresia maxilar. A ausência do corredor bucal não é esteticamente
agradável por dar a sensação de excesso de dentes durante o sorriso.
CURVATURA DAS BORDAS INCISAISCURVATURA DAS BORDAS INCISAIS o alinhamento dentário correto deve produzir
um efeito estético similar a uma curva, determinada pela borda incisal dos dentes anteriores
 
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superiores. Durante o sorriso “social”, esta curva acompanha a curvatura do lábio inferior,
como se as bordas incisais descansassem sobre este lábio.EXPOSIÇÃO DO INCISIVO SUPERIOREXPOSIÇÃO DO INCISIVO SUPERIOR esta avaliação deve ser realizada com a boca
semi-aberta e os lábios em repouso. O ideal é que visualiza-se uma pequena parte dos incisivos
superiores, cerca de 3 mm apenas. Exposições maiores, dão uma sensação de dentes
alongados. Exposições menores são indesejadas, pois escondem exageradamente os incisivos,
principalmente durante a fala, dando um aspecto de dentição envelhecida.
LINHA MÉDIA DENTÁRIALINHA MÉDIA DENTÁRIA um desvio da linha média (LM) dentária superior em
relação à linha média facial de até 2 mm é aceitável. Valores acima de 2 mm de desvio, já
atenuam as discrepãncias entre a linha média dentária superior e a linha média facial.
INCLINAÇÃO DO PLANO OCLUSALINCLINAÇÃO DO PLANO OCLUSAL alteraões do plano oclusal podem afetar a
estética do sorriso, devendo ser identificada e
classificada como dentária ou esquelética. Observa-se
uma inclinação do plano estético de srcem dentária,
possivelmente a correção será verificada através do
alinhamento e nivelamento dos dentes. Entretanto,
inclinações de srcem esquelética normalmente
exigem terapêutica mais complexas para a correção,
como cirurgias ortognáticas.
NIVELAMENTO DAS BORDAS INCISAISNIVELAMENTO DAS BORDAS INCISAIS nos
dentes anteriores, as bordas incisais dos caninos e
incisivos centrais estão localizadas na mesma altura,
enquanto as bordas dos incisivos laterais permanecem
0,5 a 1,0 mm mais para cima em relação a esses dentes.
ALINHAMENTO DOS ZÊNITES GENGIVAISALINHAMENTO DOS ZÊNITES GENGIVAIS para obtenção de um sorriso harmonioso,
além do posicionamento dentário correto, precisamos nos preocupar com o alinhamento dos
zênites gengivais. Por definição, zênite gengival é a
porção mais apical do contorno gengival. Nos incisivos
superiores, o zênite encontra-se centralizado com o
longo eixo. Nos incisivos centrais e caninos superiores,
encontra-se ligeiramente deslocado para distal. Se
traçarmos uma linha imaginária passando pela cervicar
dos dentes anteriores superiores, os zênites dos incisivos
centrais e caninos devem estar alinhados, enquanto nos
laterais devem estar cerca de 1 mm abaixo desta linha.
DREDDRED
 –
 DIAGRAMA DE REFERÊNCIAS ESTÉTICAS DIAGRAMA DE REFERÊNCIAS ESTÉTICAS
DENTÁRIASDENTÁRIAS é uma maneira rápida e eficaz de
visualizar os objetivos estéticos é a aplicação de um DRED
sobre a fotografia frontal do sorriso ou frontal intrabucal.
O posicionamento e as proporções que os dentes
guardam entre si, assim como a relação desses com os
lábios e a gengiva, podem ser observados quando o
diagrama é aplicado. Seis caixas envolvem os caninos e
 
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incisivos superiores, obedecendo aos limites de cada dente. O contorno labial, a linha média
facial e o longo eixo dos dentes posteriores também podem ser desenhados e utilizados como
referenciais estéticos. No DRED deve-se
visualizar:
 Simetria.
 Eixo dos dentes.
 Limites do contorno gengival.
 Nível do contato interdental.
 Bordas incisais.
 Linha do sorriso.
 Proporções dentárias.
POSIÇÃO HORIZONTAL DA MAXILA NA ANÁLISE DE ANDREWSPOSIÇÃO HORIZONTAL DA MAXILA NA ANÁLISE DE ANDREWS
Existem 6 elementos da harmonia facial que devem ser analisados:
I. Arcada dentária: forma e dimensões.
II. Relação maxilomandibular: ântero-posterior.
III. Relação maxilomandibular: vestíbulo-lingual.
IV. Relação maxilomandibular: superior-inferior.
V. Proeminência do pogônio.
VI. Oclusão: observar as 6 chaves para uma oclusão ótima (RC).
MAXILARESMAXILARES – ÂNTERO-POSTERIOR (AP) ÂNTERO-POSTERIOR (AP) a inclinação
e proeminência da testa decidem a posição ântero-posterior
dos maxilares. É traçada uma linha paralela à vertical
verdadeira e que passa por um ponto do centro da testa,
descendo até a região do mento. Essa linha é chamada Linha
GALL. Se a maxila estiver bem posicionada e os incisivos
superiores bem colocados no osso (centrados), essa linha
tocará a face vestibular do incisivo superior, no centro da coroa
clínica. Aceita-se uma variação de 1,5 mm entre a posição do
incisivo e a linha GALL. Ao medir a inclinação da testa em
relação á vertical verdadeira, esse ângulo for maior que 7°,
devemos modificar a posição dessa linha que será traçada. Para
cada grau de inclinação da testa for maior que 7°, a linha
passara por um ponto da testa que é 0,6 mm mais a frente,
mas nunca além da glabela, a não ser que o paciente insista e
aceite um perfil protruído. Isso significa que, quanto mais
proeminente for a testa, mais serão aceitos os dentes e a
maxila mais à frente.
 
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BIOMECÂNICA DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA INDUZIDABIOMECÂNICA DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA INDUZIDA
O processo de movimentação dentária ortodôntica é o resultado de uma mudança dinâmica, no formato e na
composição dos ossos, e dos tecidos moles, circundantes. Todos os princípios dentários ortodônticos podem ser
caracterizados como remodelagem tecidual. Para que esta movimentação dentária ocorra, todas as estruturas (osso alveolar e
ligamento periodontal) devem estar íntegros.
Os movimentos dentários são divididos em 2 grupos: fisiológicos ou induzidos.fisiológicos ou induzidos.
 FISIOLÓGICOS:FISIOLÓGICOS: são processos fisiológicos que ocorrem naturalmente, resultando na movimentação dentária.
Exemplos: processo de erupção dos dentes permanentes e decíduos; migração disto-mesial dos dentes em oclusão;
processo oclusal, na qual ocorre pequenos movimentos dentro do alvéolo. 
 
INDUZIDOS:INDUZIDOS: são processos não fisiológicos que ocorrem pela ação de forças externas que geram sinais biomecânicos,resultando na movimentação dentária. Exemplos: hábitos parafuncionais (sucção digital); ortodontia. 
ESTRUTURAS PERIODONTAIS
Periodonto de Inserção:Periodonto de Inserção: é a junção dos seguintes tecidos: cemento; ligamento periodontal; osso alveolar e gengiva.cemento; ligamento periodontal; osso alveolar e gengiva. O osso
alveolar é subdividido em 2 categorias: osso alveolar propriamente dito e o processo alveolar.osso alveolar propriamente dito e o processo alveolar. O osso alveolar propriamente
dito é continuo com o processo alveolar e forma a delgada lâmina óssea que está localizada imediatamente lateral ao
ligamento periodontal (lâmina dura – fasciculada), e adjacente temos o osso esponjoso (lamelar).
Componentes do Ligamento Periodontal (LP):Componentes do Ligamento Periodontal (LP): o ligamento periodontal é formado por uma rede de fibras colágenas, um
complexo feixe vásculo nervoso, elementos celulares e fluído intersticial. Dentre estes componentes, o mais importante no LP
são as fibras colágenas, pois elas são inseridas no cemento da superfície radicular de um lado e na lâmina dura, do outro lado.
Estas fibras de suporte correm anguladas, se ligando apicalmente mais distantes no dente do que no osso alveolar adjacente.
Este arranjo resiste ao deslocamento esperado do dente durante a função normal. O fluído intersticial tem a função de
amortecer os movimentos de impacção, permitindo que o LP exerça seu papel concomitante.
Elementos Celulares do Ligamento Periodontal (LP):Elementos Celulares do Ligamento Periodontal (LP): apresenta uma grande quantidade de células em sua formação, sendo:
células indiferenciadas, fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, restos epiteliais de Malassez e clastos.células indiferenciadas, fibroblastos, osteoblastos, cementoblastos, restos epiteliais de Malassez e clastos. As celulas
indiferenciadas são também chamadas de células mesenquimais indiferenciadas. Os fibroblastos no LP têm a função de
produzir nova matriz colágena durante a remodelação e o recortorno do alvéolo ósseo. Os osteoblastos e cementoblastos têm
a função de depositar osso e cemento respectivamente durante a remodelação óssea. E antagonicamente os osteoclastos e
cementoclatos reabsorvem tecido ósseo e cemento. Estes clastos são oriudos de células gigantes multinucleadas
especializadas.
OBS: a movimentação dentária induzida é um fenômenobiológico e não um evento físico. Ocorre neste momento a
MECANOTRANSDUÇÃOMECANOTRANSDUÇÃO em que consiste na transformação do estímulo mecânico em uma reação biológica.
SISTEMA AMORTIZADOR E DISSIPADOR DAS FORÇAS FISIOLÓGICAS NO PERIODONTO DE INSERÇÃO
LIGAMENTO PERIODONTAL  o LP ocupa um espaço de aproximadamente 0,5 mm de espessura em volta de toda a raiz. O
arranjo das fibras do LP resistem ao deslocaento esperado do dente durante a função normal.
DEFLEXÃO DO OSSO ALVEOLAR  em funções mastigatórias normais, o corpo mandibular se flexiona com a abertura e o
fechamento de boca. Em função intensa, os dentes individualmente são deslocados ligeiramente com a flexão dos processos
alveolares, permitindo que ocorra uma pressão, a qual é transmitida a distâncias consideráveis. A flexão óssea em resposta à
função normal, gera uma corrente piezoelétricapiezoelétrica, que parece ser um importante estímulo à regeneração e ao reparo
esquelético. Este é o mecanismo pelo qual a arquitetura óssea é adaptada às demais demandas funcionais.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
FLUIDO INTERSTICIAL OU TISSULAR  o fluído atua de maneira que, se uma pressão contra o dente for mantida por algum
tempo, este fluído rapidamente é escoado e o dente se desloca dentro do espaço do LP, comprimindo o ligamento contra o
osso adjacente. Esta compressão gera dor, que é sentida normalmente após 3 a 5 segundos da aplicação da força, indicando
que o fluído extravasou e a força está sendo aplicada diretamente sobre o LP. Assim a resistência proporcionada pelos fluídos
tissulares permite uma mastigação normal, sem dor, se a aplicação da força ocorrer por 1 segundo ou menos. Assim
protegendo o LP de forças excessivas e constantes.
MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA INDUZIDAMOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA INDUZIDA
OBS: PiezoeletricidadePiezoeletricidade é um fenômeno observado em vários materiais cristalinos, nos quais uma deformação na estrutura
do cristal produz um fluxo de corrente elétrica, onde elétrons são deslocados de uma parte da estrutura cristalina para outra.
Cristais orgânicos também podem apresentar esta propriedade.
GRÁFICO DAS FASES DO MOVIMENTO DENTÁRIO
FORÇAFORÇA
PROLONGADAPROLONGADA
REMODELAÇÃOREMODELAÇÃO
ÓSSEAÓSSEA
DENTEDENTE
LADO DELADO DE
COMPRESSÃOCOMPRESSÃO
LADO DELADO DE
TRACIONAMENTOTRACIONAMENTO
REABSORÇÃOREABSORÇÃO
ÓSSEAÓSSEA
APOSIÇÃO ÓSSEAAPOSIÇÃO ÓSSEA
A A FASE FASE INICIALINICIAL
B B FASE FASE DE DE ESTAGNAÇÃOESTAGNAÇÃO
C C FASE FASE DE DE MOVIMENTO MOVIMENTO ATIVOATIVO
D D FASE FASE REPARADORAREPARADORA
 
Eduvaldo C. S. Júnior
FASE INICIAL OU FASE DE DESLOCAMENTOFASE INICIAL OU FASE DE DESLOCAMENTO é a resposta inicial de um dente, que se segue à aplicação de força, refletindo o
movimento imediato do dento dentro do tecido viscoelástico do LP. Esses movimentos são geralmente previsíveis por
princípios biofísicos e não envolvem, tipicamente, quantidades extensas de remodelagem de tecidos ou de deformação do
osso alveolar circundante. O fluído tissular, dentro do LP, exerce um importante pepel na transmissão e no amortecimento das
forças que agem sobre os dentes. A magnitude da rsposta de deslocamente também depende do comprimento radicular e da
altura do osso alveolar, que são fatores determinantes da localização do centro de resistência (CR) e do centro de rotação de
um dente.
FASE DE ESTAGNAÇÃO OU FASE DE LATÊNCIAFASE DE ESTAGNAÇÃO OU FASE DE LATÊNCIA a segunda fase do ciclo do movimento dentário ortodôntico é caracterizada
pela ausência clínica de movimento e geralmente referida como fase de latência ou retardo. Ocorre neste período uma
extensa remodelação em todos os tecidos que revestem os dentes. A quantidade absoluta de força aplicada não é tão
relevante quanto a força relativa aplicada por unidade de área. Dependendo da compressão localizada no LP, podem ocorrer:
(1) uma oclusão parcial nos vasos sanguíneos da área; ou (2) uma oclusão absoluta dos vasos sanguíneos quando forças
excessivamente altas forem aplicadas. Todavia, a oclusão completa conduz à necrose temporária da área imediatamente
adjacente, seguida por um caminho completamente diferente de movimentação dentária, que por sua vez, é mais lento para
ser iniciado, começando depois de aproximadamente 1 semana. Em cada uma destas situações as transformações estruturais
e bioquímicas dão início a uma cascata de mecanismos celulares necessários à remodelação óssea.
FASE DE MOVIMENTO ATIVO OU FASE DE ACELERAÇÃOFASE DE MOVIMENTO ATIVO OU FASE DE ACELERAÇÃO é caracterizada pelo rápido deslocamento dentário. O movimento
dos dentes é iniciado em deferência à adaptaçõ frente às transformações em seu suporte, ligamento periodontal e osso
alveolar. A magnitude a força afeta, diretamente, a velocidade de movimento dos dentes. Forças altas podem gerar uma fase
de atraso de até 21 dias antes de ocorrer o movimento dentário. Forças menores podem induzir à translação dentária, sem
fase de retardo, em velocidades que são, contudo, clinicamente significativas.
FASE REPARADORA OU FASE LINEARFASE REPARADORA OU FASE LINEAR ocorrerá por volta da 3ª semana de movimentação dentária, onde haverá a
neoformação óssea, regularização das superfícies e serão gerados novos pontos de estabilização da nova posição dentária, pós
movimentação.
LADO DELADO DE
TRACIONAMENTOTRACIONAMENTO
FASE INICIAL:FASE INICIAL:
 Distenção do ligamento periodontal. 
 Estiramento das fibras colágenas. 
 Aumento do espaço periodontal. 
FASE DE ESTAGNAÇÃO:FASE DE ESTAGNAÇÃO:
 Acúmulo de mediadores químicos.
 Reogarnização da matriz celular.
FASE DE MOVIMENTO ATIVO:FASE DE MOVIMENTO ATIVO:
 Estímulo à neoformação óssea.
 Reinserção das fibras colágenas.
FASE REPARADORA:FASE REPARADORA:
 Neoformação óssea.
 Espessura periodontal normalizada.
 Regularização das superfícies.
 Estabilidade da nova posição.
 
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ASPECTOS FÍSICOS DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIAASPECTOS FÍSICOS DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA
GRANDEZAS são divididas em 2: escalar ou vetorial.escalar ou vetorial.
 Escalar:Escalar: caracterizada por um valor numérico. Exemplos: massa, comprimento, tempo, temperatura. 
 Vetorial:Vetorial: caracterizada por direção, intensidade e sentido. Exemplos: velocidade, aceleração, deslocamento. 
FORÇA  agente capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento retilínio uniforme de um corpo. Esta definição
também é descrita na 1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia.
CENTRO DE RESISTÊNCIA (CR)CENTRO DE RESISTÊNCIA (CR)  é análogo ao centro de massa de um corpo, porém, na odontologia, é aplicada ao dente. É
equivalente ao seu “ponto de equilíbrio”. O CR de um dente depende do comprimento e da morfologia radicular, do número
de raízes e do nível do osso alveolar de suporte. O CR de um dente unirradicular com níveis normais de osso alveolar, está a
um terço (1/3), da distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e o ápice radicular.
 
LADO DELADO DE
COMPRESSÃOCOMPRESSÃO
FASE INICIAL:FASE INICIAL:
 Compressão do ligamento periodontal. 
 Encurtamento das fibras colágenas. 
 Redução do espaço periodontal. 
FASE DE ESTAGNAÇÃO:FASE DE ESTAGNAÇÃO:
 Acúmulo de mediadores químicos.
 Reogarnização da matriz celular.
FASE DE MOVIMENTO ATIVO:FASE DE MOVIMENTO ATIVO:
 Estímulo à reabsorção óssea.
 Absorção das fibras colágenas.
FASE REPARADORA:FASE REPARADORA:
 Neoformação óssea.
 Espessura periodontal normalizada.
 Regularização das superfícies.
 Estabilidade da nova posição.
ESCALAS UTILIZADAS EM ORTODONTIA.ESCALAS UTILIZADAS EM ORTODONTIA.
DISTÂNCIA DISTÂNCIA mm mm (milímetros).(milímetros).
1N = 1 Kg/Nm²1N = 1 Kg/Nm²
1N = 9,81 KgF1N = 9,81 KgF
1cN = 1gF1cN = 1gF
FORÇA ORTODÔNTICA.FORÇA ORTODÔNTICA.
 INTENSIDADE (MAGNITUDE)INTENSIDADE (MAGNITUDE)
 SENTIDOSENTIDO
 DIREÇÃODIREÇÃO
 PONTO DE APLICAÇÃOPONTO DE APLICAÇÃO
 TEMPO DE ATUAÇÃO.TEMPO DE ATUAÇÃO.
 
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OBS: o centro de resistência sofre deslocamente para apical da raíz em dentes com perda óssea.
MOMENTO DE FORÇAMOMENTODE FORÇA
Momento de uma força, é a tendência de um corpo sofrer um giro (rotação) com a aplicação de uma força fora de seu
centro de massa, na odontologia, centro de resistência.
CENTRO DE RESISTÊNCIACENTRO DE RESISTÊNCIA
(DENTE UNIRRADICULAR)(DENTE UNIRRADICULAR)DD 
1/3 D1/3 D 
DENTE SEM PERDA ÓSSEADENTE SEM PERDA ÓSSEA
DD 
1/3 D1/3 D 
DENTE COM PERDA ÓSSEADENTE COM PERDA ÓSSEA
xx xx
Quando uma força (F) é aplicada no CR,Quando uma força (F) é aplicada no CR,
haverá um deslocamento do corpo comohaverá um deslocamento do corpo como
um todo, de maneira uniforme.um todo, de maneira uniforme.
FF
CRCR CRCR CRCR 
CRCR 
FF
FF
Quando uma força (F) é aplicada fora doQuando uma força (F) é aplicada fora do
CR, haverá uma rotação do corpo emCR, haverá uma rotação do corpo em
torno do seu eixo, gerando um momento.torno do seu eixo, gerando um momento.
 
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MOMENTO (M) EM ODONTOLOGIAMOMENTO (M) EM ODONTOLOGIA
TIPOS BÁSICOS DE MOVIMENTOSTIPOS BÁSICOS DE MOVIMENTOS
INCLINAÇÃO DESCONTROLADA uma força única, horizontal, em direção lingual/palatina, provocará o movimento do ápice
radicular e da coroa em direções opostas. Este é o tipo de movimento dentário mais simples de ser produzido. Sob certas
condições, a inclinação descontrolada pode ser útil, tal como em pacientes com má oclusão Classe II, divisão 2, e Classe III, nos
quais os incisivos excessivamente verticalizados necessitam, normalmente, ser vestibularizados.
INCLINAÇÃO CONTROLADA  é um tipo bastante desejado de movimento dentário. É obtida com a aplicação de uma força
para mover a coroa, como é feito na inclinação descontrolada, e com a aplicação de um momento para “controlar” ou manter
a posição do ápice radicular. Neste tipo de movimento o estresse radicular é mínimo, o que contribui para a manutenção da
integridade do ápice radicular. Em pacientes com incisivos superiores protruídos, o ápice radicular geralmente se encontra
bem posicionado e não precisa ser movimentado. O único movimento de maior porte é realizado pela coroa.
TRANSLAÇÃO  também conhecido como movimento de corpomovimento de corpo. A translação de um dente se estabelece quando o ápice
radicular e a coroa se movem até uma mesma distância, na mesma direção horizontal. O centro de rotação está no infinito. A
força é aplicada no centro de resistência dental, resultando num movimento do corpo. Entretanto, o ponto de aplicação da
força, está longe do CR, sendo assim, requer a aplicação simultânea de uma força, e de um binário (consiste de duas forças
paralelas, de igual magnitude, atuando em direções opostas e separadas por uma distância. Binários também são conhecidos
como vetores livresvetores livres).
INTRUSÃO  movimento pelo qual se tem por objetivo gerar uma força que seja direcionada ao ápice radicular,
“empurrando” o elemento dental para seu alvéolo ósseo, sem que haja uma reabsorção radicular significativa. Neste
movimente, se prioriza a forma mais lenta de intrusão.
EXTRUSÃO movimento pelo qual tem o objetivo de “puxar”, tracionar o dente do alvéolo ósseo. Neste movimento existem
2 divisões: extrusão lenta e extrusão rápida.extrusão lenta e extrusão rápida. EXTRUSÃO LENTA: movimento dental em que haverá neoformação óssea na
região de tração, ou seja, no ápice radicular. EXTRUSÃO RÁPIDA: movimento dental em que não ocorrerá neoformação óssea
na região de tração, ou seja, no ápice radicular.
CRCR 
FF dd
M = F x dM = F x d
M M Momento Momento (N.mm)(N.mm)
F F Força Força (N)(N)
d d Distância Distância (mm)(mm)
A distância (d) deve ser calculada deA distância (d) deve ser calculada de
acordo com a menor distância entre oacordo com a menor distância entre o
centro de resistência (CR) e a linha de açãocentro de resistência (CR) e a linha de ação
da força aplicada sobre a coroa. Estada força aplicada sobre a coroa. Esta
distância é perpendicular a estes pontosdistância é perpendicular a estes pontos
de referência.de referência.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
TIPOS DE FORÇASTIPOS DE FORÇAS
 CONTÍNUAS (Dissipante) força mantida em um nível considerável de uma consulta para outra.
 INTERMITENTES (aparelhos removíveis)  o nível de força declina abruptamente a zero de forma intermitente,
quando o aparelho ortodôntico é removido pelo paciente ou talvez quando um aparelho fixo é temporariamente
desativado, e posteriormente retorna para o nível srcinal algum tempo depois.
 INTERROMPIDAS (aparelhos fixos) o nível de força declina a zero entre as ativações.
MAGNITUDE DA FORÇAMAGNITUDE DA FORÇA
 FORÇAS INÓCUAS (não gera alteração significativa no movimento. Força será igual a 0).
 FORÇAS LEVES (IDEAIS)
 Reabsorção óssea frontal.
 Melhor movimentação dentária.
 Reorganização do ligamento periodontal mais acelerada.
 Paciente apresenta um ligeiro desconforto.
 Menores danos aos tecidos do paciente.
 FORÇAS INTENSAS
 Apresenta maiores áreas de hialinização (reabsorção óssea à distância)*
 Movimentação dentária mais demorada.
 Reorganização do ligamento periodontal mais demorada.
 Dor e desconforto persistente por vários dias.
 Mobilidade dental aumentada.
 Danos aos tecidos como: polpa dentária, raiz e crista alveolar.
OBS: * áreas de hialinização, são também chamadas de “zonas de hialinização”, recebem este nome devido ao fato de serem
similares em aparência às cartilagens hialinas. Estas áreas são de fato zonas de necrose tecidual focal. Durante todo o tempo
de persistência destas lesões, não há ocorrência de movimento dentário ortodôntico. Este período coincide com a fase de
latência do ciclo de movimento dentário. Células fagocitárias especializadas são recrutadas e migram para o local, a fim de
remover essas lesões necróticas. Estas células removem os tecidos agredidos da periferia, resultando em reabsorção, não
apenas do tecido mole necrótico, mas também, do osso alveolar e do cemento adjacente.
Distância (mm)Distância (mm)
TempoTempo
FORÇA INTENSAFORÇA INTENSA
FORÇA LEVEFORÇA LEVE
 
Eduvaldo C. S. Júnior
REABSORÇÃO DENTÁRIA EXTERNAREABSORÇÃO DENTÁRIA EXTERNA
É a reabsorção resultante de forças externas, que geram o processo de reabsorção dentária. Estas reabsorções, podem
ser: FISIOLÓGICAS e PATOLÓGICAS.FISIOLÓGICAS e PATOLÓGICAS.
FISIOLÓGICA  processo natural de reabsorção dentária, ocorre de maneira lenta e gradual, por estímulos fisiológicos.
Exemplos: esfoliação de dentes decíduos por pressão dos dentes permanentes durante sua erupção; processo de apoptose.
PATOLÓGICA processo de reabsorção provocados por algum estímulo externo não fisiológico. Exemplos: uso de aparelhos
ortodônticos; más oclusões.
REABSORÇÃO RADICULARREABSORÇÃO RADICULAR
É uma sequela relativamente comum no tratamento ortodôntico. Suas consequências variam de mobilidade dentária
leve, resultado de pequenas porções de reabsorção radicular, até a perda total dos dentes, devido à reabsorção radicular
excessiva. Os níveis de reabsorção radicular são:
1. Contorno apical irregular.
2. Menos de 2 mm de reabsorção.
3. Até 1/3 de reabsorção.
4. Mais de 1/3 de reabsorção.
OBS: raiz dilacerada tende a reabsorver com maior magnitude.
OUTROS FATORES QUE INTERFEREM NA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIAOUTROS FATORES QUE INTERFEREM NA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA
ANATOMIA DO DENTE A SER MOVIMENTADO  a anatomia radicular do dente a ser movimentado interfere com certa
significância. O número de raízes, tanto quanto seu comprimento e formato radicular interfererem nesta movimentação.
Quanto maior o número de raízes, maior será o grau de dificuldade de movimentação; raízes cônicas apresentam certa
facilidade de movimentação. Raízes achatadas no sentido M-D ou dilaceradas, também apresentam certo grau de dificuldade
de movimentação.
(A)(A) leves contornos irregulares do ápice radicular. (B)(B) suave pontilhado no ápice radicular. (C)(C) reabsorção apical
moderada. (D)(D) reabsorção radicular severa. (E)(E) reabsorção radicular lateral. (Estratégias Biomecânicas eEstratégias Biomecânicas e
Estética na ClínicaOrtodônticaEstética na Clínica Ortodôntica – Ravindra Nanda, 2ª Ed.)
 
Eduvaldo C. S. Júnior
CONDIÇÕES ANATÔMICAS LOCAIS  neste tópico, relaciona-se ao tipo de osso, morfologia óssea da região e padrão
muscular. Movimentos dentários em região mandibular são mais complicadas, apresentando certo grau de limitação.
Indivíduos com musculatura densa, e cortical óssea mais extensa, apresentam uma maior resistência à movimentação
dentária.
IDADE E CONDIÇÕES SISTÊMICAS  quanto mais jovem for o paciente, maior será a facilidade de movimentação dentária,
uma vez que o ligamento periodontal no indivíduo jovem apresenta: (1) elementos celulares aumentados. (2) fibras
periodontais mais delgadas e flexíveis. Os espaços medulares se encontram aumentados, e no paciente jovem, sua estrutura
óssea e muscular se encontra em desenvolvimento. No que abrange as condições sistêmicas, estão relacionados os distúrbios
hormonais e nutricionais do paciente. Pacientes que apresentam disfunção na produção do paratormônio ou calcitonina, são
indivíduos com maiores dificuldades na movimentação dentária. O paratormônio acelera o metabolismo de cálcio, fazendo
com que o cálcio existente no osso seja retirado e jogado na corrente sanguínea, logo a alta concentração deste hormônio,
leva a quadros de osteoporose. A calcitonina atua reduzindo os níveis de cálcio sanguíneos, transportando este íon até os
ossos e depositando-os, as baixas concentrações deste hormônio produzem quadros de osteoporose, pois a calcitonina
também apresenta uma inibição da ação dos osteoclastos. Outro fator é a deficiência de vitaminas, em especial, vitaminas A, C
e D. As vitaminas apresentam estas funções: A (aposição e reabsorção óssea), C (síntese de colágeno – sua carência está
associada ao escorbuto), D (absorção de cálcio – sua carência está associada ao raquitismo e osteoporose).
SAÚDE DAS ESTRUTURAS DE SUPORTE  para que haja uma movimentação dentária com o mínimo de desconforto e maior
eficiência ao paciente, deve-se verificar: (1) ausência de doenças periodontais. (2) ausência de patologias periapicais. (3)
ausência de anquiloses. (4) ausência de cáries. (5) boa higienização.
EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICOEFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO
Para que um tratamento ortodoôntico seja eficiente e satisfatório, deve-se ao final do tratamento apresentar as
seguintes características:
1. Tratamento deve ser rápido.
2. Apresentar o mínimo de dor.
3. Causar o mínimo de danos.
4. Baixo custo.
5. Resultados agradáveis.
6. Apresentar estabilidade pós tratamento.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
CONSIDERAÇÕES SOBRE MORDIDAS ABERTASCONSIDERAÇÕES SOBRE MORDIDAS ABERTAS
A mordida aberta anterior pode ser definida como a presença de uma dimensão
vertical negativa entre as bordas incisais dos dentes anteriores superiores e inferiores. A
mordida aberta anterior, caracteriza-se por uma discrepância de natureza vertical,
apresentando um prognóstico que varia de bom ao deficiente, dependendo de sua gravidade e
da etiologia a ela associada.
A mordida aberta anterior é uma má oclusão frequente na população infantil e pode
ser resultante de causas variadas como:
 Irrupção incompleta dos dentes anteriores.
 Alterações nos tecidos linfóides da região da orofaringe, o que levam às dificuldades
respiratórias e ao mau posicionamento da língua.
 Persistência de um padrão de deglutição infantil.
 Presença de hábitos bucais deletérios.
A frequência desta má oclusão alcança, aproximadamente, 20% da população. A
porcentagem desse tipo de má oclusão tende a decrescer na fase da adolescência.
As más oclusões verticais desenvolvem-se como o resultado da interação de fatores
etiológicos diversos, relacionados a presença de hábitos bucais, principalmente a sucção digital
e de chupeta, pressionamento lingual atípico, respiração bucal e interposição labial entre os
incisivos. Contudo, um padrão de crescimento desfavorável, com predomínio vertical, também
pode levar à instalação desse quadro, ou mesmo favorecê-la.
ETIOLOGIA DAS MORDIDAS ABERTAS
Apesar do osso ser o tecido mais duro do corpo humano, é também um tecido
plástico, que reage a todo tipo de pressão, sobre ele exercida, principalmente da musculatura
que o circunda. A forma e a integridade dos arcos dentários, bem como a relação dos dentes
entre si, encontram-se na dependência de fatores como a relação de contato entre os dentes
contíguos, o mecanismo de reabsorção/aposição do osso de suporte e também a atividade
muscular. Quando existe um padrão morfogenético normal, a língua, os lábios e as bochechas
funcionam como mantenedores da homeostasia local.
A língua consiste em um potente conjunto de músculos. Sua atividade muscular inicia-
se precocemente, já na vida intra-uterina, quando o feto começa a deglutir o líquido
amniótico. Não obstante a força exercida por essa estrutura sobre os dentes seja bastante
intensa, ela é equilibrada pela ação de um “cinturão muscular” que envolve os arcos dentários
externamente, denominado de “Mecanismo do Bucinador”. Esse contorno muscular é
formado, inicialmente, pelas fibras superiores e inferiores do músculo orbicular dos lábios, que
se unem lateralmente às fibras do músculo bucinador. Numa situação normal, as forças
opostas se neutralizam, de tal forma que os dentes e as estruturas circunjacentes mantêm-se
em equilíbro. Porém, qualquer interferência na sua homeostasia, no período de crescimento
ativo das estruturas da face, pode alterar a morfologia e a função do sistema estomatognático,
quebrando o equilíbrio dentário e prejudicando o desenvolvimento oclusar e esquelético
normal.
 
Eduvaldo C. S. Júnior
HÁBITOS BUCAISHÁBITOS BUCAIS
Hábitos de SucçãoHábitos de Sucção acontece quando a criança é alimentada por meio de mamadeiras, sua
demanda fisiológica é satisfeita, mas a necessidade natural que possui de sugar não é suprida
nos poucos minutos que permanece no colo da mãe. Assim, pode iniciar-se um processo de
sucção compensatório dos dedos da mão ou de chupetas, executados nos intervalos entre as
refeições e no momento de dormir.
O hábito de sucção digital ou de chupeta até os 3 anos de idade consiste, portanto, em
um mecanismo de suprimento emocional da criança e que não deve, preferencialmente, sofrer
interferências. Esta conduta justifica-se pelo fato de que as alterações oclusais causadas pela
sucção nesta fase restringem-se ao segmento anterior dos arcos dentários e podem ser
revertidas espontaneamente com a interrupção do hábito, sem prejuízos emocionais.
Entretanto, a persistência do hábito durante a fase inicial da dentadura mista deve ser
considerada como deletéria, uma vez que os incisivos estão irrompendo e o hábito pode
prejudicar o desenvolvimento normal da oclusão e do crescimento facial. A instalação de uma
má oclusão, contudo, não depende apenas da simples existência do hábito, mas também do
padrão de crescimento facial que a criança possui, bem como da duração, intensidade e
frequência com que o hábito é realizado.
Quando o dedo é sugado, várias alterações ocorrem na região dos dentes e da
musculatura peribucal. Os dentes ântero-superiores e o processo alveolar sofrem uma pressão
nos sentidos vestibular e apical, favorecendo o aparecimento de diastemas entre os incisivos,
enquanto os incisivos inferiores são inclinados para lingual e apical, com consequente
aumento do trespasse horizontal. Com a interposição digital, ainda ocorre o bloqueio da
irrupção dos incisivos, criando-se condições para o desenvolvimento de uma mordida aberta
anterior. O posicionamento do polegar no palato mantém a língua numa posição mais inferior,
afastando-se do contato com os dentes posteriores. Essa alteração pode culminar com o
estabelecimento de uma mordida cruzada posterior, visto que, sem o pressionamento lingual
compensatório, apenas a musculatura peribucal acaba atuando sobre esses dentes,
pressionando-os para lingual.
Deglutição Atípica com Interposição LingualDeglutição Atípica com Interposição

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