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Micoses profundas

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Micoses profundas 
Paracoccidiodomicose 
Micose sistêmica de evolução aguda a crônica e causada por espécies do gênero Paracoccidioides 
Frequente no brasil (doença tropical) 
Pb micose ou Blastomicose sul-americana 
Etiologia: 
Agente etiológico: Paracoccidioido brasiliensis 
 PS2: prevalentes no brasil e Venezuela (distribuição irregular e menos frequente) 
 PS3: colombia 
 S1: ampla distribuição (principalmente sudeste e sul do brasil) 
 Paracoccidioides ludis 
Grande maioria é trabalhador rural (93%) 
Prevalência nos homens: 13:1 
Fumantes (65%) 
Alcóolatras 
Tuberculose associada em 8% dos casos 
HIV associado em 4% dos casos 
Contágio 
Basicamente inalatória: aspiração do agente 
 Primeiro foco é pulmonar (como na tuberculose) 
Pessoas que trabalham no capo removem a terra e inalam a poeira com o fungo 
Há reservatórios animais que ficam doentes 
 Maior importância no tatu (toca do tatu tem bastante Pbmicose, sendo o tatu um reservatório) – por isso tem 
muito no Sudeste 
Paciente típico: homem, trabalhador rural 
Evolução 
Pbmicose juvenil atinge gânglios (não tem envolvimento muco-cutâneo) 
Após a inoculação ocorre a Infecção que pode caminhar para a doença subclínica, latência (evolui para a forma crônica) ou 
para a doença propriamente dita (pode ser crônica, aguda ou subaguda) 
A forma crônica é a mais vista 
 
 Aguda- subaguda (juvenil) 
 Adenomegalias em todas as cadeias (importante) 
 Hepato e esplenomegalia 
 Comprometimento da medula óssea 
 Linfonodomegalias 
 Eosinofilia periférica (90% de todos os leucócitos – eosinofilia escandalosa) – ocorre em 30-50% dos casos 
 Crônica 
 Homens, 30 a 60 anos, geralmente trabalhadores rurais com higiene bucal ruim e fumantes 
 Comprometimento pulmonar na maioria dos casos 
 Classificada conforme a gravidade 
 Grave: perda de peso maior que 10%, intenso comprometimento pulmonar, acometimento de das 
adrenais, SNC e ossos, linfonodos em múltiplas cadeias e grandes, títulos de anticorpos elevados 
 Leve: perda ponderal menor que 5%, acometimento de um único órgão ou restrito a outro órgão mas sem 
disfunção 
Formas clínicas 
Compromete 96% do pulmão: doença prevalentemente pulmonar 
Boca, laringe e faringe: 60% - atinge muito cavidade oral 
Pele é comprometida em 24% dos casos: causa todos os tipos de lesões 
Pode se apresentar unifocal ou bifocal 
 Sequelar ou residual 
 Forma cicatricial 
 Mais em pulmão (DPOC), pele, laringe, traqueia e mucosa oral 
 Tegumentar ou cutâneo mucosa 
 Lesões da mucosa 
 Na cavidade oral em qualquer localização, mas predileção pela gengiva 
 Estomatite moriforme: pápulas avermelhadas e algumas áreas de 
exsulceração da mucosa (parecem morangos) 
 Progressão para úlceras vegetantes (comprometimento laríngeo gerando 
disfonia/ afonia e linfadenopatia) 
 Tem sialorreia intensa 
 Dentição prejudicada 
 Lesões de pele 
 São por contiguidade da pele ou por via hematogênica 
 Polimorfas acneiformes 
 Apresenta granulomas no histopatológico 
 Forma linfática 
 Pode ser primária ou secundária às lesões cutâneo-mucosa ou visceral 
 Linfonodos mais atingidos são pescoço e região submandibular, que inicialmente endurecidos amolecem e podem 
fistulizar 
 
 Forma intersticial 
 Pode ter gânglios abdominais que simulam neoplasia/linfoma 
 Pode haver obstrução intestinal (pseudo-obstrução por gânglio) 
 Forma pulmonar 
 Frequente – 50 a 80% dos pacientes 
 Inicialmente só alterações radiológicas e posterior tosse e dispneia 
 Pneumonia intersticial: Brônquio livre 
 Sintomas demoram a aparecer e não há secreção pulmonar 
 As manifestações só ocorrem quando a inflamação impedir a troca gasosa. 
 Aspecto bilateral difuso: Em massa de vidraceiro ou vidro fosco no rx 
 Adrenais 
 É frequente 
 Síndrome de Addison: astenia, hipotensão, melanodermia 
 Deve ser sempre avaliada nas formas generalizadas 
Conduta 
Sempre medir peso e altura: perda ponderal (indica o sucesso terapêutico) 
Na forma crônica: anamnese sempre direcionada para envolvimento pulmonar, tegumentar e laríngeo 
 Dispneia, tosse, expectoração mucopurulenta, adenomegalia, lesões de pele, odinofagia, disfagia, disfonia 
Adrenal: na forma crônica tem muito comprometimento da adrenal, levando a insuficiência (gera síndrome de Adson) 
 Astenia, emagrecimento, hipotensão, escurecimento da pele e dores abdominais- síndrome de Addison 
Exames gerais 
RX de tórax (aspecto de massa de vidraceiro – pneumonia intersticial), hemograma, TGO e TGP, fosfatase alcalina, 
creatinina (tratamento pode alterar), sódio, potássio e exame de avaliação de reserva de adrenal (estimular com ACTH e 
dosar de glicocorticoides para ver se está funcionando) 
Exames específicos 
 Micológico direto 
 Padrão ouro 
 Fungo faz “orelhinha do Mickey” na coloração PAS 
 Swab da saliva e olhar no microscópio 
 Fecha o diagnóstico se positivo 
 Histopatológico ou cultura do fungo 
 “parece pipoca estourando na cultura” 
 Exames sorológicos 
 Específicos, mas não 100% (podem ter falso positivo) - ajudam, mas sozinhos não dão diagnóstico 
 IDD (mais específico) - imunodifusão dupla 
 CIE 
 Elisa 
 IB 
 Anatomopatológico 
 Lesão granulomatosa com fungo 
Diagnóstico 
 Grupo suspeito 
 Tosse com ou sem expectoração e dispneia 
 Sialorreia, odinofagia e rouquidão 
 Lesões ulceradas mucosa oral-nasal 
 Lesões de pele 
 Adenomegalias com ou sem fistulização 
 Criança/adulto jovem com hepato-esplenomegalia 
 Grupo provável 
 Anticorpo (sorologia) e sintomas 
 Grupo confirmado 
 Sintomas e micológico positivo 
Excluir tuberculose 
Em indivíduos com Pb pulmonar solicitar BAAR no escarro 
EPIDEMIOLOGIA TUBERCULOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
Idade Ampla variação Restrita 30-60 anos 
Gênero Indistinto Homens 
Incidência Mais incidente Menos incidente 
Taxa de mortalidade Maior Menor 
Distribuição geográfica Mundial, zona urbana Países tropicais, zona rural 
Também deve-se investigar associação com Ca no sítio da lesão primaria e investigar HIV nos casos mais graves ou demora 
na resposta terapêutica 
Tratamento 
Antigamente: 4 cp de bactrim por dia (o grande problema do tratamento é quando parar (doença que tem muita recidiva)) 
 Tratamento de escolha 
 Itraconazol 200mg/dia 9 a 18 meses (ou até melhora do paciente) 
 O itraconazol tem muitas interações com muitos medicamentos 
 Outras opções 
 Cotrimoxazol: Trimetropim 160mg + sulfametoxazol 800mg VO 8/8h ou 12/12h por 18-24 meses (ou até o paciente 
melhorar) 
 Nos casos graves 
 Internar para usar anfotericina B 
 Anfotericina mais antiga: fungison 
 Causam venolite em todos os locais e não pode cateterizar veia centra 
 Medicamento nefrotóxico: aumenta creatinina muito rápido 
 Sempre com doses baixas até chegar 0,5-0,7mg/ dia 
 Lipid formulation (ripodicil) é muito menos toxica, porém é muito mais cara 
Começar com a anfo -> melhorou -> dar alta 
 Corticoides 
 Corticoides são questionáveis para serem usados 
 Indicados para formas mais graves e no início do tratamento 
 No princípio pode ser usado para inibir o processo inflamatório quando já introduziu o antifúngico 
 Predinisona por uma ou duas semanas iniciais para diminuir o edema inflamatório 
Sempre em PP micose investigar adrenal 
Indicação de internação em casos graves 
Sempre que tiver Pb pulmonar solicitar internação 
Formas graves 
Formas generalizadas com uma das seguintes alterações: 
 Neurológicas, insuficiência respiratória, importante alteração do estado nutricional, envolvimento gastrointestinal, 
icterícia, ascite e alterações hemodinâmicas 
Histoplasmose 
Muita semelhança com a Pb micose (é um diagnóstico diferencial da Pb micose) 
Em geral associada a imunossupressão (HIV principalmente) 
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum (fezes de pombo) 
Inicialmente pulmonar 
Causa estomatite moriforme e comprometimento pulmonar 
As lesões de mucosa são semelhantes à da PB (estomatitemoriforme) 
Lesões cutâneas são acneiformes, miliares 
Lesões pulmonares semelhantes a PB micose 
 Evolução da doença 
Após a infecção primária pulmonar o paciente pode se tornar assintomático e evoluir posteriormente para uma forma 
aguda ou crônica com comprometimento de diversos órgãos. Após o período assintomático o paciente pode também 
evoluir para cura espontânea. Entretanto após a infecção inicial pulmonar o paciente pode evoluir também para um 
quadro agudo pneumônico (eritema nodoso), podendo evoluir para cura, latência ou para uma forma aguda ou crônica 
progressiva. 
 Diagnóstico 
 Micológico: auxilia na diferenciação entre Histoplasmose e PB (padrão ouro) 
 RX de tórax 
 Anatomopatológico 
 Sorologia 
 Tratamento 
 Anfotericina B e itraconazol 
Lobomicose 
Ocorre na região amazônica, em doentes, com atividade rurais como seringueiros, garimpeiros e índios 
Agente: Locazia loboi 
Infecção limitada a pele e semimucosa (não sistematiza) 
Lesões queloideanas, mais exuberantes e em áreas mais traumáticas (mão e braço) nos 
seringais 
Lesão com aspecto de cicatriz, como lesões queloidiano 
 Tratamento 
 Crúrgico (antifúngico penetra muito pouco) 
 Desbridamento + antifúngico 
Cromomicose 
Micose por vários fungos 
Mais frequente por Fonsecai Pedrosai 
 Se encontra no solo ou vegetais e são introduzidos no organismo por ferimentos ou trauma, em trabalhadores 
rurais sem proteção 
Nos tecidos apresentam formações arredondadas características: corpos fumagoides 
Pacientes de área rural que andam descaço pela mata e geram lesão de membros inferiores 
 A propagação é por contiguidade 
Lesão hiperceratótica (vegetante e verrucosa) em membro inferior, lembra elefantíase 
Lesões mais altas e prostosas não dolorosas (geralmente são achados de exame físico) 
 Tratamento 
 Cirúrgico (antifúngico penetra muito pouco) 
 Desbridamento + antifúngico 
Esporotricose 
Micose relacionada com gatos, em meios urbanos: surto no rio de janeiro por causa de gato doméstico (surtos 
principalmente por casos de animais) 
Doença universal 
Afeta animais também 
Mais comum em regiões tropicais 
Agente: Sporothrix schenki 
Fungo Sporothrix fica em plantas: espinhos e arbustos baixos 
Lesão no local da inoculação: mais frequente na mão 
 Formas clássicas 
 Pele localizada: lesão ulcerada inespecífica 
 Cutânea linfática: forma mais frequente 
 Lesões em forma de rosário: fungo faz a primeira penetração e 
ascende pelos vasos linfáticos causando lesões ao longo do trajeto 
linfático 
 Lesões com aspecto granuloso e inflamado 
 Formas generalizadas (disseminada) 
 Formas sistêmicas 
 Lesões 
 Aspecto nodoso que ulceram 
 Em criança é bastante comum na face 
 Perto do olho podem causar abcessos perioculares que não cedem 
 Diagnóstico 
 Micológico direto (principal) 
 Cultura 
 Anatomopatológico 
 Esporotriquina: prova intradermoreação (ajuda, mas não dá diagnóstico) – pode dar positivo, mas não estar doente 
 Provas sorológicas: raros os locais que fazem 
 Tratamento 
 Iodeto de potássio 0,5 a 1g/dia por VO 
 Aumentar até 4-6g/dia 
 Efeito colateral: iododerma (alergia ao iodo), reação alérgica com necrose de pele 
 Itraconazol ou anfotericina se intolerância a iodo

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