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Memorex OAB XXXIV - 3

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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 03
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 2 
 
 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 03. As outras 03 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 Disponível Imediatamente 
Rodada 04 21/01 
Rodada 05 26/01 
Rodada 06 28/01 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 3 
ÍNDICE 
 
 
ÉTICA ........................................................................................................................................4 
FILOSOFIA DO DIREITO ..............................................................................................13 
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................16 
DIREITOS HUMANOS .....................................................................................................32 
DIREITO INTERNACIONAL .........................................................................................35 
DIREITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................39 
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................46 
DIREITO AMBIENTAL ....................................................................................................59 
DIREITO CIVIL ..................................................................................................................63 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ..................................................71 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ...............................................................74 
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................79 
DIREITO EMPRESARIAL ...............................................................................................95 
DIREITO PENAL ..............................................................................................................101 
PROCESSO PENAL ..........................................................................................................113 
DIREITO DO TRABALHO .............................................................................................127 
PROCESSO DO TRABALHO ........................................................................................139 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 4 
ÉTICA 
 
DICA 01 
DO MANDATO/PROCURAÇÃO 
O mandato ou procuração é o meio pelo qual o cliente confere poderes ao advogado 
para representá-lo judicial ou extrajudicialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 02 
TIPOS DE MANDATO 
 INSTRUMENTO PÚBLICO: reconhecimento de firma. 
 INSTRUMENTO PARTICULAR: dispensa o reconhecimento de firma. 
 ATUAÇÃO SEM PROCURAÇÃO: No caso de urgência, o advogado poderá atuar sem 
procuração, desde que; 
 apresente em 15 dias, prorrogável por igual período. 
DICA 03 
SOBRE OS RISCOS DO MANDATO 
 O advogado deve informar o cliente sobre: 
 Os RISCOS da sua pretensão; 
 As consequências da demanda. 
 Tal ciência de advogado para cliente deverá ser de modo CLARO e INEQUÍVOCO. 
DICA 04 
DO INÍCIO E TÉRMINO DO MANDADO 
 INÍCIO: TÉRMINO: 
constituição advogado e cliente; trânsito em julgado da causa; 
nome e qualificação do outorgante; 
 
nome e qualificação do outorgado; 
 
poderes conferidos; 
data e assinatura dos outorgantes. 
A PROCURAÇÃO 
deve conter: 
 
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 5 
nomeação ad hoc (nomeação de um 
advogado temporário) 
arquivamento da causa; 
renúncia, revogação ou 
substabelecimento 
DICA 05 
RENÚNCIA DO MANDATO 
 podendo ocorrer por quebra de confiança ou por vontade do advogado; 
 É ato unilateral e privativo do advogado, 
 Pode ser realizado sem menção da motivação; 
 A renúncia não exclui responsabilidade por danos causados a clientes/terceiros. 
ATENÇÃO!! 
Mesmo após renúncia, o advogado deverá permanecer no processo pelo PRAZO de 10 
dias, salvo outro patrono seja constituído nos autos antes. 
DICA 06 
DA REVOGAÇÃO DO MANDATO 
 A revogação do mandato poderá ocorrer: 
 podendo ocorrer por quebra de confiança ou por vontade do cliente; 
NÃO desobriga o cliente, ao pagamento das custas e verbas proporcionais aos 
honorários do advogado, sendo contratuais ou sucumbenciais; 
 É ato unilateral e privativo do CLIENTE, 
 NO ato de revogação, deverá constituir novo patrono. 
DICA 07 
DO SUBSTABELECIMENTO 
Transferência de poderes de um advogado constituído para outro. 
 Ato pessoal do advogado, sendo: 
SEM reserva de poderes - exige o 
conhecimento prévio e inequívoco 
do cliente. 
ato pessoal do advogado 
 
COM reserva de poderes. os honorários devem ser ajustados 
antecipadamente entre os advogados. 
 
 
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 6 
DICA 08 
PONTOS IMPORTANTES 
O advogado deve guardar segredo profissional ao postular contra ex-cliente ou 
empregador em nome de terceiros; 
Na situação descrita anteriormente, o advogado deve aguardar o prazo de 02 anos da 
rescisão contratual ou demissão para postulação; 
Fica proibido (defeso) ao advogado funcionar como preposto e advogado, 
simultaneamente no mesmo processo. 
DICA 09 
DA PUBLICIDADE 
Fundamento legal: Art. 39 A 47-A CED; Art. 5º e 7º EAOAB 
A publicidade tem caráter informativo, por isso, preza pela descrição e sobriedade. 
 é vedado captação de clientela e mercantilização da profissão. 
 a publicidade, será informativa, discreta e sóbria. 
DICA 10 
VEDADO AO ADVOGADO OS SEGUINTES MEIOS DE PUBLICIDADE: 
Cinema, rádio, televisão; 
Outdoors, painéis luminosos, formas semelhantes; 
Inscrições em qualquer espaço público; 
Divulgação da advocacia com outras atividades; 
Fornecimento de dados de contato (telefone, endereço), em colunas ou artigo 
literários entre outros, publicados na imprensa; 
Permitido apenas a referência de e-mail, quando participação em programas de rádio 
ou televisão 
Mala direta, distribuição de panfletos como forma de captação de clientela. 
Inclusão de fotografias pessoais/terceiros em cartões 
Menção a cargo, emprego, função em cartãoou material de escritório, salvo o de 
professor universitário. 
 
 
 
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 7 
DICA 11 
VEDAÇÕES AO ADVOGADO 
 É vedado ao advogado: 
 Responder com habitualidade, sobre matérias jurídicas em meios de comunicação; 
 Debater, em meios de comunicação, causas sob patrocínio de outro patrono. 
 Abordar tema que podem comprometer a profissão e a classe. 
 Divulgação de listas de clientelas e demandas. 
 Insinuar-se para reportagens e declaração públicas. 
DICA 12 
PUBLICIDADE 
Para identificação do escritório, é permitido a “utilização de placas, painéis luminosos, e 
inscrições em suas fachadas”. 
Telefonia e Internet podem ser utilizadas, desde que não configurem captação de 
clientela. 
 Nos cartões e materiais do escritório, poderá constar: 
 Nome do advogado; 
 Nome social ou da sociedade; 
 Número da inscrição da OAB. 
DICA 13 
DA APLICAÇÃO DO TAC NA PUBLICIDADE 
O novo dispositivo Artigo 47-A e parágrafo único, do CED, traz a possibilidade de 
aplicação do TAC quando: 
 Houver publicidade irregular praticadas por advogados e estagiários; 
 Será admitida em âmbito de Conselho Seccional e Federal; 
 Será regulamentada mediante provimento do Conselho Federal. 
→ O tac é um termo de ajustamento de conduta possibilitado ao advogado. 
DICA 14 
PUBLICIDADE 
 Ainda sobre matéria de publicidade, o advogado: 
 não deve fornecer dados de contato, como endereço, telefone; 
 não responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica. 
Vejamos como esse assunto foi tratado em prova: 
 
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 8 
QUESTÃO FGV, 2021. 
Luiz Felipe, advogado, mantém uma coluna semanal em portal na internet destinado ao 
público jurídico. Para que a conduta de Luiz Felipe esteja de acordo com as normas 
relativas à publicidade da profissão de advogado, ele poderá: 
c) responder à consulta sobre matéria jurídica de forma esporádica. 
RESPOSTA: alternativa “c” – fundamentada no Art. 42, I do CED. 
COMENTÁRIO: Luiz Felipe, não poderá participar de forma HABITUAL da coluna em 
portal da internet em que participa. 
DICA 15 
DA INCOMPATIBILIDADE E DO IMPEDIMENTO 
Fundamento legal: Art. 27 A 30 EAOAB 
 
DICA 16 
DA INCOMPATIBILIDADE 
 As causas de incompatibilidade estão descritas nos incisos de i a viii do artigo 28 
EAOAB, sendo: 
CHEFE DO PODER EXECUTIVO (INCLUINDO OS VICES) 
 Ex.: Prefeito. 
MEMBROS DA MESA e seus substitutos legais – PODER LEGISLATIVO 
 Ex.: SENADORES, DEPUTADOS 
Membros e ÓRGÃOS PODER JUDICIÁRIO (ATENÇÃO! Exceção DICA 18) 
INCOMPATIBILIDADE
ARTIGO 28 
EAOAB 
PROIBIÇÃO 
TOTAL
IMPEDIMENTO 
ARTIGO 30 
EAOAB
PROIBIÇÃO 
PARCIAL 
 
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 9 
 Ex.: JUIZ 
Membros do Ministério Público 
 Ex.: PROMOTOR 
Todos os que exercem função de julgamento em órgão de deliberação coletiva da 
Administração Pública direta e indireta. 
Aqueles que ocupam cargo/ funções de DIREÇÃO EM SETOR PÚBLICO, nas fundações 
concessionárias de serviço público. 
Funcionários Públicos no Poder Judiciário. 
 Ex.: ESCREVENTE 
DICA 17 
ATIVIDADES INCOMPATÍVEIS COM A ADVOCACIA 
 São atividades incompatíveis com a advocacia: 
 Atividade Policial – cargo ou função vinculados e de qualquer natureza; 
 Militares; 
 Ocupantes de cargos e funções ligados a contribuição parafiscal e lançamento de 
tributos; 
 diretor ou gerente de instituições financeiras, ainda que privada. 
 Ex.: bancos. 
 MACETE! Cargos e funções de direção e gerência serão incompatíveis. 
 É importante que o candidato, se possível, fala uma leitura dos incisos indicados acima, 
pois este é um tema de alta incidência na OAB. 
DICA 18 
EXCEÇÕES DAS INCOMPATIBILIDADES 
A exceção aos membros do poder judiciário, será o cargo do juiz eleitoral, onde o 
advogado, poderá exercer a advocacia e a função de juiz eleitoral, tendo a limitação em 
atuar junto a justiça eleitoral, podendo atuar em outros órgãos. 
 Aos militares, aplica-se àqueles que estão na ativa, sendo marinha, exército e 
aeronáutica. 
 ATENÇÃO! Médicos e dentista legistas, são considerados polícia direta. 
DICA 19 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A INCOMPATIBILIDADE 
→ Sobre aposentado e exonerado, não são incompatíveis; 
 
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→ Militares na reserva também não são incompatíveis; 
→ O ocupante de cargo ou função que não esteja exercendo-a temporariamente, ainda é 
incompatível ao exercício da advocacia. 
→ Nos casos de incompatibilidade em caráter definitivo, a inscrição do advogado será 
cancelada. Art. 11, IV, §1º EAOAB. 
→ Exercício de atividade incompatível, impossibilita a inscrição nos quadros da OAB, 
seja estagiário ou advogado. 
DICA 20 
ADVOGADO APROVADO PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICÁRIO 
Nos casos em que o advogado, inscrito na OAB, é aprovado em concurso público para 
o cargo de técnico judiciário, este, terá sua inscrição, CANCELADA. 
QUESTÃO FGV, 2021. 
Carlos é aluno do primeiro período do curso de Direito. Vinícius é bacharel em Direito, 
que ainda não realizou o Exame da Ordem. Fernanda é advogada inscrita na OAB. Todos 
eles são aprovados em concurso público realizado por Tribunal de Justiça para o 
preenchimento de vagas de Técnico Judiciário. 
Após a investidura de Carlos, Vinícius e Fernanda em tal cargo efetivo e, enquanto 
permanecerem em atividade, é correto afirmar que 
Fernanda deverá ter sua inscrição na OAB cancelada de ofício ou em virtude de 
comunicação que pode ser feita por qualquer pessoa. 
RESPOSTA: alternativa “c”. 
COMENTÁRIO: fundamentação: Artigo 11, IV, §1º EAOAB. Diante do caso apresentado 
em questão, a inscrição de Fernanda deverá ser cancelada de ofício. O CANCELAMENTO 
DA INSCRIÇÃO, se dá por ser advogada e portanto, INCOMPATIVEL com o exercício da 
advocacia. 
DICA 21 
DO IMPEDIMENTO 
O impedimento será a proibição parcial no exercício da advocacia. (art. 30, incisos I e II 
EAOAB). 
Os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda 
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; 
os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das 
pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público. 
 
 
 
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 11 
DICA 22 
DA EXCEÇÃO DO IMPEDIMENTO 
Os docentes de curso jurídico são excluídos do inciso i do artigo 30 do EAOAB. 
ATENÇÃO! 
O advogado só poderá ministrar aulas em curso de direito, sendo ele impedido para 
ministrar aulas de direito em curso de administração, como exemplo. 
Essa exceção é apenas aplicável a docentes nas universidades públicas, sendo livre 
para ser docente em universidades privadas. 
DICA 23 
DA ATIVIDADE EXCLUSIVA DA ADVOCACIA 
 Atividades de advocacia serão exclusivas das funções: 
Procurador do Trabalho; 
Procurador Geral da Justiça; 
Procurador Geral da República; 
Defensores Gerais; 
Dirigentes de Órgãos Jurídicos da Administração Direta e Indireta. 
 Serão legitimados exclusivos para a função que exercer, durante o período. 
 Serão incompatíveis a advocacia privada. 
 
DICA 24 
ADVOGADO INCOMPATÍVEL 
 ATENÇÃO! Cai Em Prova: 
 
 
 
 
 
 OBS.:No Licenciamento Da Inscrição, O Advogado Permanece Com O Numero, Por Ser 
Caráter Provisório. 
Advogado Incompatível 
 
Caráter DEFINITIVO: Cancela a Inscrição. 
 Caráter TEMPORÁRIO: Licenciamento. 
 
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 Exemplos: Presidente Da República E Vices, Governador, Prefeito E Vices. 
DICA 25 
ADVOGADO IMPEDIDO 
 O advogado ficará IMPEDIDO de exercer a advocacia quando: 
 For Procurador do Município. 
 Não poderá advogar nem em causa própria. 
 O advogado, sendo qualquer membro do Poder Legislativo, não poderá advogar 
contra ou a favor a administração pública. 
QUESTÃO FGV, 2019. 
João Pedro, advogado conhecido no Município Alfa, foi eleito para mandato na Câmara 
Municipal, na legislatura de 2012 a 2015. Após a posse e o exercício do cargo de 
vereador em 2012 e 2013, João Pedro licenciou-se do mandato em 2014 e 2015 a 
convite do Prefeito, para exercer o cargo de Procurador-Geral do Município Alfa. 
Diante desses fatos, João Pedro, 
b) em 2012 e 2013, não poderia exercer a advocacia contra empresa concessionária de 
serviço público estadual. 
RESPOSTA: alternativa “b” 
COMENTÁRIO: fundamento Artigo 29 E 30, II EAOAB. João Pedro, nos anos de 2012 e 
2013, ao exercer o cargo de VEREADOR do MUNICÍPIO ALFA, não poderá advogar contra 
a empresa concessionária de serviço público estadual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 13 
FILOSOFIA DO DIREITO 
DICA 26 
PENSAMENTO JURÍDICO OCIDENTAL – JEAN – JACQUES ROUSSEAU 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) – O pensador suíço é o famoso autor do famoso livro 
“O contrato social”, onde discute a origem da sociedade, descreve o estado de 
natureza e polemiza o estado cívico. É dele a frase: “O homem nasce bom, a sociedade 
o corrompe.” É importante que você saiba que ao falarmos de Rousseau estamos falando 
também do movimento iluminista, pois era defensor de suas ideias. 
 Lembrando: Rousseau, Hobbes e Locke são contratualistas, ou seja, para eles o 
Estado em si, quando se celebra um “contrato social”, aonde as pessoas abrem mão de 
certa liberdade em troca de segurança, saindo assim do estado de natureza para o estado 
social. Mas, diferenciando-o de outros, para Rousseau o processo de contrato social não 
foi justo, já que as pessoas trocaram sua liberdade por uma servidão, e não por uma 
proteção (segurança) legitima. Logo, Rousseau tem este tom mais crítico ao contrato 
social que os demais autores. 
Veja como a banca já cobrou este assunto: 
QUESTÃO FGV, 2017. 
“...só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a finalidade de 
suas instituições, que é o bem comum... “Jean-Jacques Rousseau 
A ideia de vontade geral, apresentada por Rousseau em seu livro Do Contrato Social, foi 
fundamental para o amadurecimento do conceito moderno de lei e de democracia. 
Assinale a opção que melhor expressa essa ideia conforme concebida por Rousseau no 
livro citado. 
a) A soma das vontades particulares. 
b) A vontade de todos. 
c) O interesse particular do soberano, após o contrato social. 
d) O interesse em comum ou o substrato em comum das diferenças. 
RESPOSTA: Letra D. 
COMENTÁRIO: O interesse em comum é a ideia basilar do livro O contrato social, pois 
na sua visão deverá haver um interesse social em comum. 
E cuidado com a alternativa B, pois a defesa de Rousseau não se concentra na vontade 
de todos, mas no interesse em comum. 
DICA 27 
JOHN STUART MILL 
Aluno de Bentham, sendo um defensor do princípio da liberdade, onde o indivíduo não 
deve explicações à sociedade, desde que suas ações não causem danos. As ideias de Mill 
são mais voltadas à busca da felicidade, mas sem fazer ao próximo, sendo assim a versão 
mais “suave” do utilitarismo do Jeremy Bentham. Ou seja, buscar os prazeres certos e 
 
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 14 
opor-se à dor. E mais: Ele tinha uma escala de prazeres, sendo alguns vistos como ruins, 
e estes prazeres ruins seriam os que causam mal à outra pessoa. 
Para Mill → Utilidade = felicidade 
 DICA DE OURO: Se a questão falou em utilitarismo, muito provavelmente ela estará 
abordando algo relacionado ao John Stuart Mill. 
Veja como a banca já cobrou este assunto: 
QUESTÃO FGV OAB – Exame de Ordem XXX, 2019. 
É preciso repetir mais uma vez aquilo que os adversários do utilitarismo raramente fazem 
o favor de reconhecer: a felicidade que os utilitaristas adotaram como padrão do que é 
certo na conduta não é a do próprio agente, mas a de todos os envolvidos. 
 John Stuart Mill 
Na defesa que Stuart Mill faz do utilitarismo como princípio moral, em seu texto 
Utilitarismo, ele afirma que o utilitarismo exige que o indivíduo não coloque seus 
interesses acima dos interesses dos demais, devendo, por isso, ser imparcial e até 
mesmo benevolente. Assim, no texto em referência, Stuart Mill afirma que, para 
aproximar os indivíduos desse ideal, a utilidade recomenda que: 
a) as leis e os dispositivos sociais coloquem, o máximo possível, a felicidade ou o interesse 
de cada indivíduo em harmonia com os interesses do todo. 
b) o Direito Natural, que possui como base a própria natureza das coisas, seja o 
fundamento primeiro e último de todas as leis, para que o desejo de ninguém se 
sobreponha ao convívio social. 
c) os sentimentos morais que são inatos aos seres humanos e conformam, de fato, uma 
parte de nossa natureza, já que estão presentes em todos, sejam a base da legislação. 
d) as leis de cada país garantam a liberdade de cada indivíduo em buscar sua própria 
felicidade, ainda que a felicidade de um não seja compatível com a felicidade de outro. 
RESPOSTA: Letra A. 
DICA 28 
MONTESQUIEU 
Autor de "Espírito das Leis", o pensador francês tinha visões mais alinhadas ao 
pensamento de Locke, mesmo sendo nobre, enxergava a decadência da monarquia, e 
tinha uma preocupação em fazer a mudança do governo de forma mais ponderada. Vem 
deste filósofo a ideia de separação dos poderes. Lembrando que a separação dos poderes 
foi trabalhada de forma mais incisiva pelos Federalistas. 
Visionário, Montesquieu já previa um possível conflito entre a nobreza e o povo. 
Conflito este que eclodiu na Revolução Francesa. Montesquieu concebeu o Poder 
Judiciário, e mais: Ele via a divisão de poderes como algo necessário, parasse manter o 
equilíbrio. 
 
 
 
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 15 
 
DICA 29 
TEORIA DE IMMANUEL KANT 
Immanuel Kant (1724-1804) é um dos maiores representantes da filosofia do século 
XVIII, fundou o criticismo filosófico. O pensamento do filósofo Immanuel Kant teve 
grande influência na limitação entre moral e direito. Logo, para Kant os seres humanos 
são livres, mas para ele também a liberdade em si não é fazer o que se deseja 
(como os utilitaristas), uma vez que fazer o que se deseja torna o ser humano escravo de 
suas vontades. Ou seja, para Kant o homem deve fazer o que é certo, não pelo medo da 
consequência, mas sim pela razão correta de uma ação. 
Sua obra mais conhecida é “Crítica da Razão Pura”, mas também há outras obras, como 
por exemplo “A Metafísica dos Costumes”, “A Fundamentação da Metafísica dos 
Costumes” entre outros. 
DICA 30 
TEORIA DE HUGO GRÓCIO 
O holandês Hugo Grócio nasceu em 1583, em uma cidade bem comercial. Muitos o 
consideram o pai do Direito Internacional. Era um defensor do jusnaturalismo, 
porém para ele o direitonatural nasce na natureza humana racional. É de suma 
importância que você saiba que foi nesta época que houve uma espécie de separação da 
teologia da ética. Protestante, Grócio tinha uma preocupação com conflitos religiosos, 
tanto com os conflitos entre católicos e protestantes quanto com os conflitos entre os 
protestantes (arminianos X calvinistas). Ou seja, ele traz um sistema de justiça, direito 
natural e ética baseado na razão, sem interferências de cunho religioso. Suas ideias fazem 
parte do chamado jusnaturalismo racional. 
Mas por qual motivo ele é considerado como pai do Direito internacional? 
Simples, na visão do pensador Grócio, ele discorre sobre uma sociedade internacional, que 
tivesse regras de convivência pacificas, com base no concesso, algo muito parecido com o 
que vemos hoje nas Nações Unidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 16 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 31 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS 
 ATENÇÃO! 
sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção 
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a 
informalidade. 
 Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao 
direito de locomoção do indivíduo. 
 Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para 
reprimir a ofensa e cessá-la. 
 Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a 
ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida. 
 Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a 
legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da 
ordem. 
DICA 32 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA 
tem por objetivo resguardar direito líquido e certo 
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
 Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de 
habeas corpus ou habeas data. 
 Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída. 
MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no 
Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais 
de 1 ano e com pertinência temática. 
 
 será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou 
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso, 
judicial ou administrativo. 
HABEAS CORPUS: 
MANDADO DE SEGURANÇA: 
HABEAS DATA: 
 
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 17 
 NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio 
impetrante. 
 Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial 
deverá ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso 
de mais de 10 dias sem decisão. 
 DICA 33 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR 
cabível em caso de omissão total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, 
CF/88. 
 
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural. 
 Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe; 
moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural. 
 Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado. 
 Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja 
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material. 
DICA 34 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO 
Habeas Corpus Liberdade de locomoção SIM NÃO 
Habeas Data Direito de informação pessoal 
e retificação. 
SIM SIM 
Mandado de 
Segurança 
Proteger direito líquido e 
certo, não amparado por HC 
ou HD. 
NÃO SIM 
Mandado de 
Injunção 
Sanar omissões legislativas NÃO SIM 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
AÇÃO POPULAR: 
 
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 18 
Ação Popular ANULAR ATO LESIVO SIM SIM 
DICA 35 
NACIONALIDADE 
A Constituição Federal, em seu Art. 12, §2º, proíbe diferenciação entre brasileiros natos e 
naturalizados. 
 Contudo, alguns cargos públicos são privativos a brasileiros natos: 
 Presidente e Vice-Presidente da República; 
 Presidente da Câmara dos Deputados; 
 Presidente do Senado Federal; 
 Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
 Carreira diplomática; 
 Oficial das Forças Armadas; 
 Ministro de Estado da Defesa. 
ATENÇÃO! 
 Nota-se que o brasileiro naturalizado PODE ocupar o cargo de deputado ou 
senador, o que não pode é ser presidente dessas Casas. 
 Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato, 
já que eles recebem o tratamento de brasileiro naturalizado. 
DICA 36 
DIREITOS POLÍTICOS 
São direitos que asseguram a soberania popular, através do alistamento eleitoral, o qual 
garante o exercício da cidadania. 
 Direitos Políticos Negativos: traduzem os impedimentos e as causas de 
inelegibilidade, sejam a impossibilidade de participar das eleições ou privação dos direitos 
políticos. 
 Direitos Políticos Positivos: possibilidade das pessoas de votarem ou serem 
votadas, traduzido no conhecido direito de sufrágio. 
 Soberania Popular: plebiscito é a consulta do povo em um momento prévio à 
elaboração da lei, já o referendo é a consulta que ocorre após a elaboração de lei. 
DICA 37 
DIREITOS POLÍTICOS 
Sobre o tema dos direitos políticos, tem sido cobrado em provas de concursos apenas a 
literalidade dos dispositivos legais dos arts. 14 a 16, da CF. 
 
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 19 
DIREITO DE VOTAR 
VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO VOTO PROIBIDO 
Maiores de 18 anos e 
menor de 70 anos. 
Maior de 16 anos e 
menor de 18 anos; 
Menor de 16 anos; 
Maior de 70 anos; Militar conscrito 
Analfabetos Estrangeiros 
DICA 38 
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS 
Os direitos políticos positivos permitem a participação do indivíduo no processo 
eleitoral e na vida política do Estado. 
 Os direitos políticos positivos subdividem-se em: 
 Direito do sufrágio (é o direito de votar e ser votado); 
 Alistabilidade (capacidade eleitoral ativa – votar); 
 Elegibilidade (capacidade eleitoral passiva – ser votado); 
O voto é a forma pela qual se exerce o sufrágio. Atualmente o sufrágio é universal, 
ou seja, não há restrições quanto ao exercício do voto. Ao contrário do sufrágio restritivo, 
que condicionava o voto, por exemplo, a características econômicas. 
A alistabilidade são as condições para o exercício do direito de voto, sendo 
considerados inalistáveis os conscritos (quem está prestando o serviço militar 
obrigatório) e os estrangeiros. 
A elegibilidade corresponde a capacidade de ser votado, cujos requisitos estão 
elencados no art. 14, §3º, da CF (leitura obrigatória). 
ATENÇÃO! 
Para as idades mínimas para concorrer a cargos eletivos: 
 35 anos paraPresidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; e 
 18 anos para Vereador. 
 
 
 
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 20 
DICA 39 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS 
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas que 
impedem o registro da candidatura. 
 A inelegibilidade pode ser absoluta ou relativa: 
 A Inelegibilidade absoluta se refere à condição da pessoa e aplica-se apenas para 
os ANALFABETOS e INALISTÁVEIS (estrangeiros e conscritos). 
 A Inelegibilidade relativa está relacionada ao cargo ocupado. 
 São hipóteses: 
Relacionada ao cargo de Chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) – 
apenas poderão ser reeleitos para um único período subsequente; 
Relacionadas a outros cargos – aplica-se apenas para os cargos de Chefe do 
Executivo, pois se quiserem concorrer a outros cargos eletivos, terão que se 
desincompatibilizar 6 meses antes da eleição. 
Relacionados a cargos não eletivos: os militares deverão cumprir os requisitos do 
art. 14, §8º, da CF; aos juízes e membros do Ministério Público são vedadas a dedicação 
a atividades político-partidárias. 
Relacionadas ao parentesco – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por 
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (art. 14, §7º, da CF) 
 Lei complementar poderá estabelecer outras hipóteses de inelegibilidade. 
DICA 40 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO 
A desincompatibilização significa a condição para que os Chefes do Executivo 
concorram a outros cargos eletivos. 
“Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito” (art. 14, §6º, da CF). 
Suponha que o Governador do Estado A manifeste o interesse de não concorrer à 
reeleição e queria disputar as próximas eleições para o cargo de Senador. Dessa forma, 
para que o Governador posse concorrer a uma das vagas ao Senado, precisa renunciar 
ao seu mandato como Governador até 6 meses antes do pleito (eleição). 
Caso não renuncie o mandado, haverá uma causa de inelegibilidade relativa, que o 
impedirá de disputar as eleições ao Senado Federal. 
 
 
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 21 
DICA 41 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO 
PARENTESCO 
Essa espécie de inelegibilidade relativa, quanto ao parentesco, também somente se 
aplica aos cargos de Chefe do Executivo. 
Dispõe o art. 14, §7º, da CF que “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por 
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.” 
Suponha que o filho do Governador do estado A queira concorrer às próximas eleições 
para o cargo de deputado estadual do estado A. Caso o Governador esteja exercendo o 
seu mandato, o filho do Governador não poderá se candidatar ao cargo de deputado 
estadual daquele mesmo estado. 
 Exceções: 
 Se o filho do governador do estado A se candidatar para deputado estadual ou qualquer 
outro cargo em outro estado, não haverá inelegibilidade; 
 Se o filho do governador já exercia o cargo político de deputado estadual no estado A, 
não haverá inelegibilidade se ele se candidatar à reeleição, mesmo que o governador seja 
seu pai; 
 Por fim, se o Governador renunciar ao mandato 6 meses antes do pleito, o seu filho 
poderá se candidatar a cargo eletivo no mesmo estado. 
DICA 42 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – MILITARES 
Os militares conscritos são inalistáveis e, por consequência, são inelegíveis de forma 
absoluta. 
 Os militares alistáveis, que não estão conscritos, são elegíveis, atendidas as seguintes 
condições: 
 Militar com menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 Militar com mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior 
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
DICA 43 
DIREITOS POLÍTICOS – PERDA E SUSPENSÃO 
É vedada a cassação dos direitos políticos, contudo é possível a perda ou suspensão 
(art. 15, da CF). 
PERDA SUSPENSÃO 
Cancelamento da naturalização por 
sentença transitada em julgado; 
Incapacidade civil absoluta; 
 
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 22 
Recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII (neste caso, há 
divergência da doutrina, mas a doutrina 
majoritária de direito constitucional aponta 
como PERDA). 
Condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
Perda da nacionalidade brasileira em 
virtude de aquisição de outra (construção 
da doutrina e jurisprudência). 
Improbidade administrativa, nos 
termos do art. 37, § 4º. 
DICA 44 
PARTIDOS POLÍTICOS - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas 
das regras mais importantes: 
Vigora o Princípio da Liberdade de Organização Partidária, pois é livre a criação, 
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. 
Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. 
 Não confundir o Pluripartidarismo, com o Fundamento da República (art. 1º, da 
CF) Pluralismo Político. 
 Além disso devem ser observados os seguintes preceitos: 
 caráter nacional; 
 proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros; 
 prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
 funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e a sua existência legal 
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. 
Na CF há disposição expressa de que os partidos políticos deverão REGISTRAR seus 
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral – TSE. 
ATENÇÃO! 
Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos atos 
constitutivos no registro de pessoas jurídicas. NÃO é o registro do estatuto no TSE 
que dá personalidade jurídica aos partidos políticos. 
O ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter 
jurisdicional, mas tem natureza meramente administrativa. 
 
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 23 
Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos 
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda 
do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada 
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo 
de rádio e de televisão. 
JURISPRUDÊNCIA 
INAPLICABILIDADE da regra de perda do mandato por infidelidade partidária 
ao sistema eleitoralmajoritário. As características do sistema proporcional, com 
sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante 
para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam 
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do 
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário, 
adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem 
lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema 
majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do 
mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a 
soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel. 
min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.] 
DICA 45 
CLÁUSULA DE BARREIRA 
Artigo 17, §3º - “Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que 
alternativamente: 
 obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por 
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da 
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma 
delas; ou 
 tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em pelo 
menos um terço das unidades da Federação.” 
ATENÇÃO! 
Essa rígida “cláusula de barreira”, contudo, somente será aplicada a partir das eleições 
de 2030, prescrevendo a EC n. 97/2017 regras de transição. 
 
 CURIOSIDADE: 
 Na legislatura seguinte às eleições de 2018: 
 obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos 
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com 
um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas; 
 
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 24 
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 
1/3 das unidades da Federação; 
 NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2022: 
 obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos 
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um 
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas; 
b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 
1/3 das unidades da Federação; 
 NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2026: 
 obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% dos 
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com 
um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas; 
 tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 
1/3 das unidades da Federação. 
DICA 46 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
FORMAS DE GOVERNO 
MONARQUIA REPÚBLICA 
 Principais características: 
 Irresponsabilidade; 
 Hereditariedade; 
 Vitaliciedade. 
 Principais características: 
 Responsabilidade; 
 Eletividade; 
Temporariedade do mandato. 
 
SISTEMA DE GOVERNO 
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO 
 Principais características: 
 As funções de Chefe de Estado e 
Chefe de Governo se concentram em 
uma única pessoa; 
 Mandato Fixo; 
 Principais características: 
 Dois cargos distintos de Chefe de 
Estado e Chefe de Governo; 
 Em regra, o Chefe de Governo 
(Primeiro-Ministro) não tem mandato fixo. 
 
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 25 
FORMAS DE ESTADO 
ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL 
 Principais características: 
 Um centro de poder sobre toda a 
população; 
 Principais características: 
 Mais de um centro de poder sobre a 
população; 
DICA 47 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA 
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios. 
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das 
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação. 
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de 
autoadministração, auto-organização e autogoverno. Vejamos: 
 Auto-organização corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a 
edição da Constituição estadual e das leis estaduais. 
 Autogoverno está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo 
(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e 
Poder Judiciário (Justiça Estadual). 
 Autoadministração, que é o exercício de competências administrativas, 
legislativas e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do 
autogoverno. 
DICA 48 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União, 
estados, DF e municípios) exercerá. 
 No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição 
das competências. 
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais 
são de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de 
interesse local. 
 O Distrito Federal acumula as competências Estaduais e Municipais. 
DICA 49 
COMPETÊNCIAS 
 As competências podem ser divididas em: 
 Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação. 
 Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação. 
 
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 26 
 Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da 
federação. 
 Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do 
assunto. Os municípios estão excluídos desta competência. 
DICA 50 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF. 
 Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República Federativa 
do Brasil, Vejamos: 
Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
Declarar a guerra e celebrar a paz; 
Assegurar a defesa nacional; 
Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
Emitir moeda; 
Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza 
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de 
seguros e de previdência privada; 
Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social; 
 Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes competências: 
Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de 
telecomunicações; 
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: radiodifusão 
sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia elétrica e o 
aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea, aeroespacial e a 
 
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 27 
infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário e aquaviário 
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado 
ou Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público doDistrito Federal e dos 
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao 
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
Conceder anistia; 
 Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os 
seguintes princípios e condições: 
toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos 
e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de 
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
DICA 51 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa. 
 Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; 
 
 Mnemônico: CAPACETE PM 
C Civil 
A Agrário 
P Penal 
 
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 28 
A Aeronáutico 
C Comercial 
E Eleitoral 
T Trabalho 
E Espacial 
P Processual 
M Marítimo 
 Desapropriação; 
 Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 Serviço postal; 
 Diretrizes da política nacional de transportes; 
 Trânsito e transporte; 
 Populações indígenas; 
 Sistemas de consórcios e sorteios; 
 Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, 
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros 
militares; 
 Seguridade social; 
 Diretrizes e bases da educação nacional; 
 Registros públicos; 
 Atividades nucleares de qualquer natureza; 
 Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
 Propaganda comercial. 
DICA 52 
DELEGAÇÃO PARA OS ESTADOS 
A Competência privativa da União relaciona-se a matéria legislativa e, diferentemente da 
competência exclusiva, admite delegação. 
 
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 29 
Essa delegação será feita apenas para os Estados e DF, na sua competência legislativa 
estadual. 
A delegação deve ser feita por lei complementar. 
A delegação não pode ser feita de forma genérica. Os estados somente poderão legislar 
sobre questões específicas. 
DICA 53 
COMPETÊNCIA COMUM 
A competência comum se relaciona com matérias administrativas e são compartilhadas 
entre todos os entes federativos (União, estados, DF e municípios). 
 As principais competências são: 
 Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, 
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
 Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à 
pesquisa e à inovação; 
 Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 Preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a 
integração social dos setores desfavorecidos; 
 Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
DICA 54 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
A Competência concorrente se relaciona com matérias legislativas e são 
compartilhadas entre a União, estados e DF. 
ATENÇÃO! 
Os Municípios NÃO compartilham da competência CONCORRENTE. 
 Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
 Mnemônico: 
T Tributário 
E Econômico 
P Penitenciário 
U Urbanístico 
 
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Pensar Concursos. 
 
 30 
F Financeiro 
 Juntas comerciais; 
 Produção e consumo; 
 Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e 
inovação; 
 Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
 Procedimentos em matéria processual; 
 Previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
 Proteção à infância e à juventude; 
 Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
DICA 55 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
Na competência concorrente, a CF enumerou diversos assuntos que deverão ser 
disciplinados pela União, estados e DF. 
 Com o objetivo de não causar divergência entre os entes federados, a Constituição 
estabeleceu que: 
 A União tem competência para estabelecer normas gerais; 
 Os Estados e o DF poderão exercer a competência suplementar sobre os assuntos 
tratados de forma geral pela União, de acordo com as particularidades de cada Estado e 
DF. 
 Se não houver legislação federal geral, os Estados e o DF exercerão a competência 
legislativa plena, ou seja, disporão sobre os assuntos de forma geral e específica. 
 Caso a União edite uma norma GERAL depois que o Estado já disciplinou o tema de 
forma plena (geral e específica), a norma federal suspende a lei estadual, no que for 
contrário. 
ATENÇÃO! 
Haverá a suspensão da norma estadual. É comum colocarem as questões que lei 
federal revoga a lei estadual, o que não é verdade, pois haverá a suspensão. 
DICA 56 
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS 
 
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 31 
A competência legislativa dos estados é residual, o que significa que o estado irá legislar 
sobre as matérias que não sejam de competência da União e nem dos municípios. 
Existem duas previsões importantes sobre a capacidade legislativa dos estados na CF. 
 Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de 
gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
 Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas 
de interesse comum. 
DICA BÔNUS 
COMPARATIVO DE COMPETÊNCIAS 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
 Direito: civil, comercial, penal, 
processual, eleitora, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho – 
CAPACETE PM; 
 Seguridade social; 
 Direito Processual. 
 Direito: tributário, econômico, 
penitenciário, urbanístico e financeiro – 
TEPUF; 
 Previdência social, proteção e 
defesa da saúde; 
 Procedimentos em matéria 
processual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITOS HUMANOS 
DICA 57 
OUTROS INSTRUMENTOS 
A base dos instrumentos normativos foi a DUDH (Declaração Universal de Direitos 
Humanos) e os pactos internacionais, mas com o tempo outros foram desenvolvidoscom o objetivo de prevenção da discriminação ou a proteção de vulneráveis. 
Por existir muitas convenções, mesmo que seja raro, pode ocorrer conflitos, devendo no 
caso prevalecer a que melhor protege a dignidade da pessoa. 
Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio (1948): apresenta em 
seu art.2º uma definição de genocídio. 
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial 
(1965). 
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres 
(1979). 
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo 
Facultativo. 
Convenção Suplementar sobre a Abolição da Escravatura, do Tráfico de Escravos e das 
Instituições e Práticas Análogas à Escravatura (1956). 
Estatuto de Roma: estabeleceu o Tribunal Penal Internacional (TPI), responsável pelo 
julgamento de crimes de guerra, contra a humanidade, genocídio e de agressão. 
Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores 
Migrantes e dos Membros das suas Famílias: foi assinado em 1990 e vigente desde 
2003, mas o Brasil não ratificou. 
DICA 58 
SISTEMAS REGIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
A organização é realizada por camadas, busca uniformizar com as diretrizes gerais 
que devem ser aplicadas em respeito à especificidade de cada um, mas estão todos 
interconectados 
 Sistema Global: sistema ONU; 
 Sistemas Regionais: 
 Europa: Convenção Europeia dos Direitos Humanos (1953). 
 Américas: Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1978). 
 
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 África: Carta dos Direitos Humanos e dos Povos (1981) – Organização da Unidade 
Africana. 
 Muçulmanos: Declaração do Cairo sobre Direitos Humanos no Islã promulgada pela 
Organização para a Cooperação Islâmica (OCI). 
 Ásia: Carta Asiática dos Direitos Humanos (1986). 
 Sistemas Nacionais. 
DICA 59 
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA) 
Criado em 1949, está sediada em Washington/EUA, possui 35 estados-membros, todos 
os países das Américas e o Caribe (exceto: Guiana Francesa que integra o sistema 
europeu). 
 Possui uma segurança coletiva, pois um ato contra a integridade ou inviolabilidade do 
território ou contra soberania de um Estado, será considerada um ato de agressão contra 
todos os demais Estados. 
 Visa também o desenvolvimento integral de seus membros, o que acaba 
interligando os direitos de primeira e segunda dimensão. 
DICA 60 
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS (PACTO DE SAN JOSÉ DA 
COSTA RICA) 
Celebrada em San José, em 1969, é o principal instrumento do sistema Interamericano, 
ratificada e promulgada pelo Brasil em 1992. 
 O Brasil ratificou e promulgou com reservas dos artigos 43 e 48, ou seja, precisa de 
anuência do Brasil para a realização das visitas e inspeções. 
 O Direito à vida está previsto no artigo 4º da Convenção Americana, direito básico para 
o exercício dos demais. 
 A Convenção não aboliu a pena de morte, apenas em 1990 por meio do protocolo 
facultativo, onde os Estados podem apresentar reserva para aplicá-la, o Brasil utilizou a 
reserva ao estabelecer que não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra 
declarada. 
 O direito a integridade pessoal/proibição de tortura, está presente o art. 5º da 
Convenção, seja qual for o ato ilícito cometido, TODO indivíduo tem direito a tal 
integridade. 
 Proibição da escravidão e da servidão/trabalho forçado, previsão do art.6º da 
Convenção, o Brasil já foi chamado diversas vezes para responder por denúncias. 
 Direito à Liberdade Pessoal/Proibição da Prisão por Dívida (art.7º) refletiu na questão 
da prisão do depositário infiel, inclusive gerou a súmula vinculante 25. 
A Convenção estabeleceu também garantias processuais (art.8º), direito a 
indenização (art. 10), liberdade de pensamento e de expressão/censura prévia 
(art. 13), direito de retificação ou resposta (art.14), direito de circulação e de 
residência (art.22) e suspensão de garantias em período de ameaça ao Estado(art.27). 
 
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DICA 61 
COMISSÃO E CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS 
São órgãos de fiscalização, a comissão é um órgão executivo/quase judicial (mais 
cobrada no exame da OAB) e a corte é órgão jurisdicional. 
A Comissão funciona como um filtro para a Corte, desempenha as funções e atribuições 
presentes no art. 41 da Convenção Americana. 
 Não possui jurisdição sobre os nacionais de seus Estados-membros, a responsabilidade 
é apenas para o Estado, por ação (fazer), omissão (não fazer) ou aquiescência 
(consentimento tácito). 
 A fiscalização ocorre por meio de relatórios (art.42 da Convenção), comunicações 
interestatais (art.45 da Convenção) que possui caráter facultativo e petições individuais 
(art. 44 da Convenção) que possuem caráter obrigatório. 
 Caso a comissão não alcance uma solução amigável para o caso, ela pode remeter a 
Corte, caso o Estado acusado de violação tenha reconhecido a competência contenciosa 
da Corte. 
 A sentença da Corte é uma sentença internacional, emitida por Organismo 
Internacional e os Estados assumem a obrigação de cumprir as decisões da Corte (art.68). 
O Estado que não cumprir a sentença será exposto perante os demais membros. 
 Em casos de gravidade e urgência, são possíveis três ações: visitas in loco (art. 
48.2), medidas provisórias (art. 63.2) e medidas cautelares (art.25), que são aplicadas de 
acordo com o caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO INTERNACIONAL 
DICA 62 
INGRESSO E PERMANÊNCIA REGULAR NO BRASIL 
O estrangeiro ao ingressar no Brasil deverá apresentar um dos documentos previstos 
no art. 5º da Lei 13.445/2017, dentre eles o mais comum é o passaporte, mas cabe a 
apresentação do laissez-passer, autorização de retorno e salvo-conduto. 
A entrada e a permanência ocorrem por meio da obtenção do visto, que é um ato 
discricionário do Estado. No Brasil existem cinco tipos de visto: 
De Visita (entrada de curta duração e sem intenção de estabelecer residência, usado nos 
casos de turismo, negócios, trânsito, atividades artísticas ou desportivas e outras hipóteses 
definidas em regulamento); 
Temporário (possui o intuito de estabelecer residência por tempo determinado, com a 
finalidade de pesquisa, tratamento de saúde, estudo, trabalho, entre outros); 
Diplomático (concedido a autoridade e funcionários estrangeiros que viajem ao Brasil em 
missão oficial de caráter transitório ou permanente); 
Oficial (concedido a autoridade e funcionários estrangeiros que viajem ao Brasil em missão 
oficial de caráter transitório ou permanente); 
De cortesia (personalidades e autoridades estrangeiras em viagem não oficial ao Brasil). 
 OBS.: Existem outras possibilidades de admissão no Brasil sem vistos, como a 
admissão excepcional (art.40 da Lei 13445/2017); residente fronteiriço (art.23 e 25 
da Lei 13445/2017) e autorização de residência (art. 30 da Lei n. 13.445/2017). 
DICA 63 
ASILO, REFÚGIO E APÁTRIDAS (ANACIONAIS) 
Devido ao grau de vulnerabilidade recebem um tratamento diferenciado, mais atenção por 
conta da situação que se encontram. 
 O Asilo e o Refúgio são institutos de auxílio a indivíduos perseguidos seja em caráter 
individual ou coletivo. 
 O ASILO POLÍTICO é um ato discricionário do Estado, é um dos princípios que regem 
as relações internacionais no Brasil e garante a proteção à pessoa que se encontre 
perseguida em um Estado, por suas crenças, opiniões e filiação partidária. A proteção 
pode incluir força policial e ajuda financeira doEstado receptor. 
 O asilo não é concedido para quem tenha praticado um dos crimes do Estatuto de 
Roma: crimes de guerra, contra a humanidade, genocídio e crime de agressão. 
 O asilo pode ser diplomático (o requerente está em país estrangeiro e pede asilo à 
embaixada brasileira) ou territorial (requerente está em território nacional). 
 
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 36 
 O REFÚGIO é mais geral, pode abranger situações de perigo a coletividade, possui 
diretrizes definidas na Convenção das Nações Unidas dos Refugiados. 
 NÃO serão considerados como refugiados aqueles que praticaram crimes contra a 
paz, crimes hediondos, crimes contra a humanidade, tráfico internacional de 
entorpecentes e crimes comuns. 
 O Apátrida não possui uma nacionalidade, uma vez reconhecida é assegurado 
todos os direitos atribuídos aos migrantes, bem como todos os direitos e garantias 
previstos na Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas e caso opte pela naturalização, 
esta será feita de modo facilitado, dentro de um prazo de 30 dias. 
DICA 64 
RETIRADA DO ESTRANGEIROS DO BRASIL 
A retirada pode correr por conta de irregularidades administrativas ou até mesmo 
pelo cometimento de ilícitos penais. 
 A Repatriação (art. 49 da Lei n. 13.445/2017) ocorre quando o indivíduo é 
impedido de ingressar no território brasileiro, ocorre a devolução ao país de origem. O 
ato de repatriação deve ser fundamentado e imediatamente comunicado a empresa 
transportadora e a autoridade consular. 
 A repatriação não será aplicada para a pessoa em situação de refúgio ou de 
apátrida, menor de 18 anos desacompanhado ou separado de sua família (exceto: 
casos em que se demonstrar favorável para a garantia de seus direitos ou para a 
reintegração a sua família de origem) e quem necessite de acolhimento humanitário. 
A Deportação (art. 50 da Lei n. 13.445/2017) é a retirada compulsória da pessoa 
que se encontre em situação migratória irregular no território nacional. Será precedida 
de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregularidades 
verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser 
prorrogado, por igual período. 
 A Expulsão é o afastamento compulsório, retirada compulsória do território 
nacional instaurada por meio de Inquérito Policial de Expulsão, conjugada com 
impedimento de reingresso por prazo determinado. 
 A Extradição é a medida de afastamento compulsório mais complexa, parte da 
solicitação de outro Estado, sendo deferida em nome da cooperação entre os Estados, o 
art. 81 da Lei n. 13.445/2017 define extradição. 
 Ocorre da cooperação, somente entre Estados soberanos, pode ser ativa, passiva, 
instrutória ou executória, apenas para ilícito penal e será requerida por via diplomática ou 
pelas autoridades centrais designadas. 
DICA 65 
CONCESSÃO DA EXTRADIÇÃO 
 Ocorre a partir de um juízo de deliberação, uma análise apenas dos requisitos formais. 
 
 
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 NÃO será concedida quando: 
o indivíduo for brasileiro nato (no momento do cometimento do ato); 
o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado 
requerente; 
o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao 
extraditando; a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 
(dois) anos; 
o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou 
absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido (vedação ao bis in 
idem); 
a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado 
requerente; DUPLA PUNIBILIDADE (PRESCRIÇÃO); 
o fato constituir crime político ou de opinião (o crime pode deixar de ser considerado 
político ou de opinião quando da apreciação do STF, na forma do art. 82, § 4º, da Lei n. 
13.445/2017); 
o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo 
de exceção; 
o extraditando for beneficiário de refúgio ou de asilo territorial. 
 São condições para a concessão, o crime cometido no território do Estado 
requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado e estar o 
extraditando respondendo a processo investigatório ou a processo penal ou ter sido 
condenado pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena privativa de 
liberdade. 
 Quando mais de um Estado requerer a extradição da mesma pessoa, pelo mesmo 
fato, terá preferência o pedido daquele em cujo território a infração foi cometida. 
 No caso de crimes diversos, terá preferência, Estado requerente em cujo território 
tenha sido cometido o crime mais grave; sendo a gravidade idêntica, o Estado que 
primeiro entregar o extraditando e se forem pedidos simultâneos, o Estado de origem, ou, 
e sua falta, o domiciliar do extraditando. 
DICA 66 
FASE PROCESSUAL DA EXTRADIÇÃO 
O processo de extradição ocorre em duas fases, uma administrativa e outra judicial: 
 A FASE ADMINISTRATIVA, caso exista um tratado pedido poderá ser apresentado ao 
Ministério da Justiça, onde será realizado um juízo de admissibilidade, se não tiver tratado 
poderá ser pedido por via diplomática. 
 
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 A segunda fase, A JUDICIAL, onde o STF possui competência para processar e julgar 
o processo de extradição, não podendo julgar o mérito, apenas analisará os requisitos. 
 Procedente a extradição: autorização não vincula o Presidente (livre para decidir 
extraditar ou não, de acordo com sua conveniência e oportunidade). 
 Improcedente a extradição: vincula o Presidente (o Presidente não poderá extraditar 
o indivíduo) - negada a extradição em fase judicial, não se admitirá novo pedido baseado 
no mesmo fato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 39 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
DICA 67 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
A não cumulatividade é o direito que o contribuinte tem de compensar em operações 
futuras o tributo que ele já pagou. Quando apurar créditos e débitos realiza-se a 
compensação. 
 Exemplo: “A” apura crédito na entrada e débito na saída, e realiza a compensação. No 
caso, ele irá transferir o produto a 120 para B. B ao receber o produto irá perceber que 20 
reais são fruto de ICMS, destacando-os como “crédito”. Ao vender o produto para C, por 
200 reais, deveria incidir 40 reais de ICMS, esse será o “débito”. Compensando-se crédito 
e débito, “B” realmente pagou a título de ICMS, 20 reais. Porém, ele pode transferir o 
encargo econômico do tributo para “C”, vendendo-lhe o produto a 260 reais. 
DICA 68 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
No caso da substituição tributária, quando o fato gerador não ocorre, o responsável 
tem direito a restituição preferencial e imediata. 
 Exemplo: A (indústria) vende automóvel para B (comerciante) por 30.000 reais. “A” 
terá que antecipar os tributos dessa transação, e os que incidem na transação de B ao 
consumidor, ficando com um déficit de caixa (pois B e C somente lhe pagam depois de 
ocorrido o FG). Não ocorrendo a venda do carro, ela terá direito à restituição. 
Ademais, quando o fato gerador se realiza com valores diferentes dos “estimados” pelo 
ente tributante, é devida a restituição ou complementação do tributo. STF no RE 
10979998 (hipótese complementação), na ADI 2675 e ADI 2777, concluiu que se trata de 
presunção relativa, assim, se o bem for vendido a valor menor/maior deve o contribuinte 
ser ressarcido/complementar. 
DICA69 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
A responsabilidade por transferência (derivada ou de 2º grau) ocorre quando há uma 
obrigação do devedor (responsável ou contribuinte) que é deslocada a outra pessoa 
em razão de algum evento (inovação subjetiva). 
Responsabilidade do responsável é subsidiária, supletiva, pessoal ou solidária a 
obrigação do contribuinte. Contribuinte pratica o fato gerador e continua no polo passivo. 
Porém, ocorre outro fato/situação (previsto em lei) irão transferir responsabilidade para 
outra pessoa, de forma subsidiária, solidária ou integral. 
DICA 70 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Código Tributário Nacional traz cláusula geral de responsabilidade tributária, afirmando 
que a lei de cada ente pode prever como responsável tributário o terceiro, relacionada ao 
fato gerador (não pode praticá-lo, porque senão seria contribuinte), como sendo a pessoa 
obrigada ao pagamento do tributo, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou 
atribuindo-a supletivamente, exclusivamente ou ainda solidariamente (está previsto em 
outro artigo do CTN). 
 
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 40 
Art. 128, CTN - Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo 
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato 
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou 
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida 
obrigação. 
 Segundo entendimento do STF, essas hipóteses devem observar as regras gerais 
do CTN (RE 562276, repercussão geral), devendo ser expressa. 
DICA 71 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Responsabilidade por sucessão por ato intervivos: hipótese de responsabilidade por 
transferência em que o adquirente assumirá a responsabilidade pelo pagamento do 
tributo. 
 BENS IMÓVEIS: referem-se aqueles tributos que por base a propriedade, a posse 
e o domínio útil do imóvel. Nesses casos será responsável o adquirente será 
responsável pelo recolhimento dos tributos. Entendimento do STJ é que essa 
responsabilidade é aditiva, permanecendo o alienante no polo passivo, porque não há lei 
que o retire deste local (AgInt no Agravo em REsp nº 942.940). Assim, tanto o vendedor 
quanto o adquirente podem ser demandados pelo fisco. Inclusive, o adquirente será 
considerado responsável pelos tributos não pagos anteriores do imóvel. Porque tributos 
possuem característica propter rem, a dívida acompanha a coisa com quem quer que 
esteja. 
 Ex.: “A” vende imóvel para “B”, “B” passa a ser considerado contribuinte, pois é o 
adquirente. Se o adquirente é pessoa que possui imunidade tributária, ele mesmo assim 
poderá ser demandado, porque imunidade impede pessoa de ser contribuinte e não 
responsável. Adquirente não será obrigado ao pagamento do tributo quando no momento 
da aquisição houver prova da quitação do tributo, ou quando adquirir o imóvel em hasta 
pública. 
 BENS MÓVEIS: adquirente será responsabilizado pessoalmente pelo tributo. Art. 
131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos 
relativos aos bens adquiridos ou remidos; Adquirente/ remitente (aquele que paga a 
dívida para evitar que o bem seja levado a hasta pública) responde pelos tributos relativos 
aos bens adquiridos. O artigo não prevê as exceções previstas aos bens imóveis 
(aquisição em hasta pública ou prova da quitação). Há doutrina entende que essas 
exceções se aplicariam (há julgados reconhecendo essa possibilidade quando ocorre 
arrematação de bens móveis em hasta pública, hipótese que seria adquirido livre de 
ônus). 
DICA 72 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO CAUSA MORTIS: ocorrendo a morte de 
alguém (evento) haverá a transferência da responsabilidade. Ocorrendo a morte de 
alguém a sucessão já se inicia (Saisine). 
Os bens são transferidos, neste momento, imediatamente ao espólio. Assim, o espólio 
fica responsável por todos os tributos que o de cujos devia. Art.131. CTN São 
 
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 41 
pessoalmente responsáveis: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data 
da abertura da sucessão. Espólio é representado pelo inventariante. 
 Depois de ocorrida a partilha, o cônjuge meeiro e os sucessores responderão, até o 
limite da herança. Art.131 CTN II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; 
 Aberto o inventário espólio pode praticar fato gerador (na condição de contribuinte), 
hipótese em que o inventariante responderá solidariamente ao espólio. Art. 134. CTN Nos 
casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas 
omissões de que forem responsáveis: IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo 
espólio. 
 EM RESUMO: 
Até a abertura da sucessão: contribuinte: de cujus/sucessores (após o inventário de 
partilha pagarão por isso). Responsável: espólio; 
Até a adjudicação/partilha: Contribuinte: espólio/ Responsável: inventariante. 
Após a partilha: Contribuinte: de cujus/ Responsável: sucessor/cônjuge meeiro. 
DICA 73 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 Responsabilidade por sucessão empresarial: ocorre em casos de reorganização 
societária. A pessoa jurídica que surge de fusão, transformação ou incorporação de outra 
é responsável pelos tributos devidos até a data da reorganização empresarial. Art. 132, 
CTN A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou 
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato 
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
 Fusão: união de empresas: empresa A + empresa B → empresa C. 
 Transformação: mudança de tipo societário, ex.: LTDA virando S.A. 
 Incorporação: empresa A, maior, absorve empresa B, menor. 
 Cisão empresarial: Ocorre quando há uma empresa A, se dividindo em outras B e C. 
STJ entende que cisão gera responsabilidade tributária, pois também se trata de hipótese 
de reorganização empresarial, mas à época do CTN não tinha como prever tal modalidade, 
que só foi inserida no ordenamento jurídico pátrio posteriormente, (STJ, REsp 1682792/SP 
e REsp 852.972/PR). STJ acredita que há responsabilização ainda que se trate de cisão 
parcial (L.6401/76, art.233, parágrafo único – ato de cisão parcial pode dispor em sentido 
contrário). 
DICA 74 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 A responsabilidade também ocorrerá nos casos de extinção da pessoa jurídica: se a 
pessoa jurídica é extinta e o sócio continua a explorar a atividade (extinção de fato, mas 
não extinção de direito), essa nova “empresa” será responsabilizada. Art.132 CTN 
 
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 42 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas 
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada 
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou 
sob firma individual. 
Se a dissolução da empresa ocorrer de forma irregular, é possível a responsabilização 
do sócio-gerente (unicamente, sócio com poder de administração). 
 STJ Súmula 435: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de 
funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o 
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
DICA 75 
RESPONSABILIDADE

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