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Memorex OAB XXXIV - 5

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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05
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 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 2 
 
 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 05. A última rodada será disponibilizada na 
sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 Disponível Imediatamente 
Rodada 04 Disponível Imediatamente 
Rodada 05 Disponível Imediatamente 
Rodada 06 28/01 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 3 
ÍNDICE 
 
 
ÉTICA .................................................................................................................................... 4 
FILOSOFIA DO DIREITO ........................................................................................... 16 
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 18 
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................. 31 
DIREITO INTERNACIONAL....................................................................................... 34 
DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... 37 
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 43 
DIREITO AMBIENTAL.................................................................................................. 54 
DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 56 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................ 65 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 69 
PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 73 
DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................ 86 
DIREITO PENAL ............................................................................................................. 91 
PROCESSO PENAL ....................................................................................................... 102 
DIREITO DO TRABALHO .......................................................................................... 114 
PROCESSO DO TRABALHO ...................................................................................... 124 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÉTICA 
 
DICA 01 
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE - ARTIGO 20 DA LEI 13.869/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Incorre na mesma pena quem impedir: 
 Preso, 
 Réu solto, 
 Investigado, 
 De se comunicar com seu advogado ou defensor, pessoal e reservadamente, 
antes e durante audiência, com exceção: 
 Interrogatório, 
 Audiência por videoconferência. 
DICA 02 
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE - ARTIGO 32 DA LEI 13.869/2019 
 A autoridade que negar ao interessado ou seu advogado: 
 Autos de investigação preliminar, 
 Termo circunstanciado, 
 Inquérito 
 Qualquer procedimento investigatório de infração penal/civil/adm. 
 Obtenção de cópias. 
Terá sua pena de detenção + multa, no período de 06 meses a 02 anos. 
O Impedimento da entrevista pessoal 
e reservada, 
Sem justa causa, 
Do preso com seu advogado. 
06 meses a 02 anos 
DETENÇÃO + MULTA 
 
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 5 
Do artigo em descrição, cabe o fato de que em casos de acesso a peças relativas a 
diligências em curso ou que indiquem a realização de diligências futuras, exigindo total 
sigilo, a autoridade poderá negar ou impedir o acesso. 
DICA 03 
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
 A advocacia pública compreende aos advogados públicos que atuam nos seguintes 
órgãos: Advogados da União, procuradores federais, procuradores da fazenda nacional, 
Estado, Município e do Distrito Federal, bem como entidades da administração direta e 
fundacional. 
Estão obrigados à inscrição na OAB para exercício de suas atividades. 
Sujeitam-se ao mesmo regime que o Advogado que presta advocacia privada, sendo, 
EAOAB, CED, e Regulamento Geral, podendo, assim, integrar qualquer órgão da OAB, 
desde a Presidência a Membro da Comissão (Art. 9º RG) 
DICA 04 
DOS ÓRGÃOS DA OAB 
Os órgãos da OAB compreendem em: Conselho Federal, Conselhos Seccionais, 
Subseções, Caixas de Assistência dos Advogados. 
 O Fundamento legal dos órgãos da OAB está amparado: 
 Artigo 44 a 67 EAOAB; 
 Artigo 44 ao 127 do Regulamento Geral; 
 Artigo 70 s 72 Código de ética e disciplina. 
 Alguns pontos relevantes sobre os órgãos: 
 
CONSELHO FEDERAL 
Dotado de Personalidade Jurídica própria. 
Órgão Supremo. 
Ultimo grau recursal. 
Sede na Capital. 
CONSELHOS SECCIONAIS Dotado de Personalidade Jurídica própria. 
Jurisdição nos Estados, DF e territórios. 
AS SUBSEÇÕES Partes autônomas dos Conselhos 
Seccionais. 
CAIXAS DE ASSISTÊNCIA 
DOS 
ADVOGADOS 
Dotado de Personalidade Jurídica própria. 
Criadas pelos Conselhos Seccionais. 
São criadas a partir de 1.500 inscritos. 
 
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 6 
DICA 05 
DO CONSELHO FEDERAL E SUA COMPOSIÇÃO 
O Conselho Federal, órgão SUPREMO da OAB, tem sua fundamentação nos artigos 51 a 
55 EAOAB. 
 A sua composição se dá: 
CONSELHEIROS FEDERAIS São os integrantes das delegações 
de cada unidade federativa. * 
EX-PRESIDENTES São participantes na qualidade de 
membros honorários vitalícios. 
*Cada delegação é formada por 03 Conselheiros Federais. 
O Conselho Federal também conta com as Comissões Permanentes e as Comissões 
Temporárias, designadas pelo Presidente para auxílio do próprio Conselho. 
DICA 06 
DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS INTERNOS DO CONSELHO FEDERAL 
 O Conselho Federal tem sua atuação efetivada por intermédio dos seus 
órgãos, sendo: 
Conselho pleno; 
1. Órgão especial do conselho pleno; 
2. Primeira câmara; 
3. Segunda câmara; 
4. Terceira câmara; 
5. Diretoria; 
6. Presidente do conselho federal. 
Cada órgão mencionado acima será presidido e composto por seu ou seus 
representantes, na respectiva ordem: 
1. Presidente do Conselho Federal; 
2. Vice-Presidente do Conselho Federal; 
3. Secretário Geral do ConselhoFederal; 
4. Secretário Geral Adjunto do Conselho Federal; 
5. Tesoureiro do Conselho Federal; 
6. Presidente, Vice PR., Secretário Geral e o Secretário Adjunto, Tesoureiro. 
7. Presidente da OAB no Brasil. 
 
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 7 
Tal composição se encontra fundamentada nos artigos 64 e seguintes do Regulamento 
Geral do EAOAB. 
DICA 07 
DA ESRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO FEDERAL 
O Presidente do Conselho Federal tem direito ao voto de qualidade nas deliberações 
do Conselho, sendo que em caso de empate nas votações, ele determinará através de seu 
voto. 
Em regra, será um voto por delegação. 
A delegação não pode exercer seu voto em matérias de interesse próprio da unidade 
que representa. 
No exercício de sua função, o conselheiro federal representará os interesses 
nacionais da Advocacia, e não os seus. 
DICA 08 
DIREITO A VOZ E VOTO DOS MEMBROS DO CONSELHO FEDERAL 
Conselheiros Federais Titulares e Conselheiros Federais Suplentes serão eleitos, com 
direito a voz e voto. 
Ex-Presidentes do Conselheiro Federal são membros honorários vitalícios com 
direito a voz. 
Presidentes dos Conselhos Seccionais e Detentores da Medalha Rui Barbosa, são 
convidados e possuem direito a voz. 
Para a escolha da diretoria do Conselho Federal, cada membro terá direito a um voto, 
com exceção dos membros honorários vitalícios. 
DICA 09 
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL 
 A competência do Conselho Federal da OAB, esta regulamentada no artigo 54 do 
EAOAB, sendo: 
Representar, em juízo ou fora dele, interesses individuais ou coletivos da 
advocacia. 
cumprimento efetivo às finalidades da OAB; zelar pela valorização da advocacia, pela 
independência e dignidade dela. 
Representar com exclusividade os advogados brasileiros em eventos e órgãos 
internacionais. 
Editar, alterar o regulamento geral, código de ética e disciplina e provimentos. 
Adotar medidas que assegurem funcionamento dos conselhos seccionais e 
constatar grave violação no regulamento geral ou no Estatuto da advocacia, 
 
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 8 
Julgar em grau de recurso decisões dos conselhos seccionais 
Elaborar lista sêxtupla para cargos nos tribunais, sendo em âmbito nacional ou 
interestadual. 
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, ação civil pública, mandado de 
segurança coletivo e mandado de injunção. 
dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB. 
Autorizar a respeito da oneração ou alienação dos bens Imóveis da OAB. 
Através de autorização de maioria absoluta das delegações. 
Participar de concursos públicos em todas as suas fases com abrangência nacional 
ou interestadual. 
DICA 10 
DA INTERVENÇÃO DO CONSELHO FEDERAL EM CONSELHO SECCIONAL. 
 O Conselho Federal poderá intervir nos conselhos seccionais quando constatar 
grave violação: 
 Do Estatuto da Advocacia e da OAB; 
 Do Regulamento Geral. 
 Para a intervenção é preciso: 
 aprovação 2/3 das delegações, 
 Garantia de amplo direito de defesa do Conselho Seccional, 
 Nomeação de diretoria provisória 
DICA 11 
DOS CONSELHOS SECCIONAIS. 
 Os Conselhos Seccionais, são compostos por: 
 
 
DIRETORIA 
CONSELHO 
SECCIONAL 
Presidente 
Vice-Presidente 
Secretário-Geral 
Secretário-Geral Adjunto 
Tesoureiro 
 
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 9 
 
 Outros membros: 
 
O número de Conselheiros Seccionais é proporcional ao número de inscritos nos 
quadros da OAB, com total de até 80 membros. 
DICA 12 
NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO SECCIONAL 
 
 
 
 
Os membros da diretoria irão compor o conselho seccional por meio de eleição. 
Os Conselheiros Seccionais, com o número máximo de 80 membros, serão eleitos. 
Ex-Presidentes do Conselheiro Seccional são membros honorários vitalícios. 
 Serão convidados a composição do Conselho Seccional: 
 Presidente do Instituto dos Advogados; 
 Presidente do Conselho Federal; 
 Conselheiros Federais da Delegação. 
DICA 13 
DIREITO A VOZ E VOTO 
 É direito dos membros do Conselho Seccional: 
Presidente 
Vice-Presidente 
Secretário-Geral 
Secretário-Geral Adjunto 
Conselheiros Seccionais; 
Ex-Presidente do Conselho Seccional; 
Presidente do Instituto dos Advogados; 
Presidente do Conselho Federal; 
Conselheiros Federais da Delegação. 
DIRETORIA: 
Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Secretário-Geral Adjunto, 
Tesoureiro 
 
DIREITO A VOZ E VOTO 
 
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Tesoureiro 
Conselheiros Seccionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 14 
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO SECCIONAL 
 Fundamentado em seu artigo 58 do EAOAB, o Conselho Seccional tem competência 
privativa para: 
Criação da Subseção e da Caixa de Assistência dos Advogados. 
Intervenção nas Subseções e na Caixa de Assistência do Adv. 
Fixar tabela de honorários 
Realizar Exame de Ordem 
Fixar valor de Anuidade 
Determinar com exclusividade, critérios para trajes do advogado 
Eleger lista sêxtupla para cargos nos tribunais, no âmbito de sua competência. 
Definir ou indeferir inscrições do advogado ou estagiário. 
Participar de elaboração de concursos em sua jurisdição. 
 
Ex-Presidente do Conselho Seccional 
Presidente do Instituto 
dos Advogados 
Presidente do Conselho 
Federal 
Conselheiros Federais da 
Delegação 
Direito a VOZ apenas. 
 
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 11 
DICA 15 
DOS BENS MÓVEIS E IMÓVEIS PERTECENTES A OAB 
O patrimônio dos órgãos da OAB é constituído de bens imóveis, móveis e valores 
adquiridos e que serão adquiridos. 
A alienação e oneração dos bens depende de aprovação do Conselho Federal ou 
Conselho Seccional. 
A diretoria do órgão tem competência para decidir pela aquisição dos bens. 
EXAME DE ORDEM XXVIII – ANO 2019. 
Em certo local, pretende-se a aquisição de um imóvel pelo Conselho Seccional 
respectivo da OAB, para funcionar como centro de apoio em informática aos advogados 
inscritos. Também se negocia a constituição de hipoteca sobre outro bem imóvel que já 
integra o patrimônio do Conselho Seccional. 
De acordo com o caso narrado, com fulcro no disposto no Regulamento Geral do 
Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a alternativa correta: 
A aquisição do imóvel é decisão que compete à Diretoria do Conselho Seccional; já a 
constituição da hipoteca dependerá de autorização da maioria dos membros efetivos do 
Conselho Seccional. (CORRETA) 
De acordo com os artigos 47 e 48 do Regulamento Geral do Estatuto da advocacia e da 
OAB, a aquisição dos bens, compete à diretoria do órgão tomar decisão. A respeito 
da hipoteca, cabe autorização da maioria dos membros do respectivo Conselho 
Seccional. 
DICA 16 
DAS SUBSEÇÕES 
Fundamentada nos artigos 60 e 61 do EAOAB e artigos 115 a 120 Regulamento Geral do 
EAOAB. 
As Subseções são criadas por meio de resolução pelo Conselho Seccional que fixa 
sua área territorial. 
A quantidade mínima de advogados para criação da Subseção 15 advogados. 
As Subseções não possuem personalidade jurídica, podendo compreender um ou mais 
municípios ou parte de um município, desde que tenha 15 advogados domiciliados. 
O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados. 
A Subseção será responsável por receber e enviar os documentos de inscrição dos 
Advogados e Escritórios de Advocacia para o Conselho Seccional. 
DICA17 
DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA DAS SUBSEÇÕES 
 O artigo 119 do Regulamento Geral preceitua que os conflitos entre: 
 Duas Subseções distintas, 
 
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 12 
 Uma Subseção e o Conselho Seccional, 
 Serão resolvidas pelo próprio Conselho Seccional, cabendo recurso ao Conselho 
Federal. 
QUESTÃO FGV, 2016. 
As Subseções X e Y da OAB, ambas criadas pelo Conselho Seccional Z, reivindicam a 
competência para desempenhar certa atribuição. Não obstante, o Conselho Seccional Z 
defende que tal atribuição é de sua competência. 
Caso instaurado um conflito de competência envolvendo as Subseções X e Y e outro 
envolvendo a Subseção X e o Conselho Seccional Z, assinale a opção que relaciona, 
respectivamente, os órgãos competentes para decidir os conflitos. 
O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional 
Z, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Do mesmo modo, o conflito entre a 
Subseção X e o Conselho Seccional Z será decidido pelo Conselho Seccional Z, cabendo 
recurso ao Conselho Federal da OAB. (CORRETA) 
COMENTÁRIO: No caso em tela, ocorrem dois conflitos, sendo: 
- Subseção X e Subseção Y; 
- Subseção X e Conselho Seccional Z. 
Ambos conflitos serão julgados pelo CONSELHO SECCIONAL Z, cabendo recurso ao 
CONSELHO FEDERAL. 
 
DICA 18 
DA COMPETÊNCIA DA SUBSEÇÃO 
 Em seu território, compete às Subseções: 
Dar cumprimento às finalidades da OAB; 
Velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia; 
Representar a OAB, perante os poderes constituídos; 
Desempenhar atribuições de sua competência ou por delegação do Conselho Seccional. 
A criação da Caixa de Assistência será no território com mais de 1.500 inscritos, por 
intermédio do Conselho Seccional. 
DICA 19 
SOBRE O CONSELHO DA SUBSEÇÃO E SUA COMPETÊNCIA. 
O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados. 
 A competência do Conselho da Subseção será para exercer as funções e atribuições do 
Conselho Seccional, e ainda: 
 
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 13 
 Editar Regimento Interno; 
 Editar resoluções no âmbito de sua competência; 
 Instaurar e instruir processos disciplinares; 
 Emitir parecer prévio a respeito de pedido de inscrição do advogado e estagiário nos 
quadros da OAB para o Conselho Federal. 
DICA 20 
DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS 
A Caixa de Assistência aos Advogados possui personalidade jurídica própria e está 
fundamentada em seus artigos 62 do EAOAB e artigos 121 a 127do Regulamento Geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATENTE-SE: A aprovação e registro do estatuto da caixa de assistência aos 
advogados se dará pelo Conselho Seccional. 
DICA 21 
ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA 
A Caixa de Assistência poderá promover a seguridade Complementar, em benefício ao 
advogado. 
O Conselho Seccional será competente para fixar contribuição obrigatória devida 
por seus inscritos para promover a seguridade Complementar. 
 COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA DA CAIXA DE ASSITENCIA: 
 
 
 
 
 
 Após as deduções obrigatórias, caberá a caixa metade da receita das Anuidades 
recebidas pelo Conselho Seccional. 
 
 
A PERSONALIDADE JURÍDICA DA CAIXA É 
ADQUIRIDA COM A APROVAÇÃO E REGISTRO 
DO SEU PRÓPRIO ESTATUTO. 
DESTINA-SE A PRESTAR ASSISTÊNCIA AOS 
INSCRITOS DO CONSELHO SECCIONAL 
VINCULADO. 
CAIXA DE 
ASSISTÊNCIA 
DIREITORIA 
DA CAIXA 
Composta 
de 05 
MEMBROS
. 
 
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 14 
DICA 22 
DA EXTINÇÃO OU DESATIVAÇÃO DA CAIXA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 23 
DA MEDALHA RUI BARBOSA 
O Conselho Federal confere às grandes personalidades da advocacia brasileira a 
Medalha Rui Barbosa com intuito de homenagear e prestigiar a advocacia. 
 A medalha será concedida uma vez, no prazo do mandado do Conselho, pelo período 
de 03 anos. 
 A entrega e a homenagem ao honrado será realizada em sessão solene. 
 A respeito da Medalha Rui Barbosa, a OAB tem cobrado: 
 O detentor tem direito a VOZ nas sessões do Conselho Federal. 
 Fundamento legal: Artigo 152 CED. 
DICA 24 
CONFERÊNCIA NACIONAL DA ADVOCACIA 
É o órgão máximo consultivo do Conselho Federal, amparado pelos artigos 145 a 150 
do Regulamento Geral. 
A reunião tem como objetivo o estudo e o debate das questões e problemáticas a 
respeito das finalidades da OAB e o congraçamento da classe. 
A conferência se dará trienalmente, no 2º ano do mandato. 
 
Participantes 
da Conferência 
Nacional da 
Advocacia 
OUVINTES – ESTUDANTES DE DIREITO 
CONVIDADOS 
EFETIVOS – ADVOGADOS, ESTAGIÁRIOS INSCRITOS, MEMBROS DOS 
ÓRGÃOS DA OAB 
 
Nos casos de EXTINÇÃO ou 
DESATIVAÇÃO da caixa de 
assistência 
O PATRIMONIO SERÁ 
INCORPORADO AO CONSELHO 
SECCIONAL RESPECTIVO. 
Nos casos de DESCUMPRIMENTO DAS 
FINALIDADES da caixa de assistência 
O CONSELHO SECCIONAL pode 
INTERVIR na caixa, mediante 
2/3 dos seus membros. 
 
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 15 
DICA 25 
DA INCONSTITUCIONALIDADE DA SUSPENSÃO ADVOGADO REALIZADA PELO 
CONSELHO 
 De acordo com o Supremo Tribunal Federal tornou-se INCONSTITUCIONAL a 
SUSPENSÃO do advogado decorrente ANUIDADE NÃO PAGA. 
 O artigo 34, inciso XXIII do Estatuto da Advocacia, prévia a suspensão do advogado 
dos quadros da OAB. O prazo seria de 30 dias até quitação da dívida com a OAB. 
 Tal medida foi derrubada pelo STF. 
Este assunto é bem atual, podendo ser cobrado pela OAB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 16 
FILOSOFIA DO DIREITO 
DICA 26 
AUGUSTO COMTE 
 Augusto Comte nasceu na França, em 1798, e é visto como organizador da 
sociologia moderna, sendo inclusive o primeiro a usar o termo sociologia. Ele era 
bastante radical e chegou a que propor que fossem criados templos positivistas, com o 
intuito de cultuar uma nova “religião da humanidade”, baseada no materialismo científico, 
ideia que não foi bem aceita. 
“A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas” 
(Augusto Comte). 
Augusto Comte acreditava que a sociedade passasse por fases ou estados e que, nesse 
sentido, atravessaria de um estado mais atrasado ou primitivo para um mais avançado, 
como se houvesse uma linha de progresso entre o início e o final. 
DICA 27 
JOSÉ ORTEGA Y GASSET 
 Escritor de “A rebelião das massas”, o espanhol nascido em Madrid, dizia que toda 
sociedade está e deve estar dividida entre a maioria, que é inculta, e que tem como futuro 
obedecer, e a sua minoria, que sabe dos fatos, e sendo assim, tem autoridade para 
mandar. 
 Ideias de José Ortega sobre o bibliotecário: Segundo Ortega y Gasset, os mais graves 
atributos negativos nos livros são: 
 Já há livros em demasia. 
 Mas não só de fato existem livros em demasia, como também são produzidos de modo 
constante e em abundância torrencial. 
 Por outro lado, o bibliotecário do futuro terá que orientar o leitor não especializado na 
selva selvaggia dos livros, ser o médico, o higienista de suas leituras. 
DICA 28 
JOHN AUSTIN 
 Considerado por muitos doutrinadores como, o inglês autor da Teoria dos Atos de 
Linguagem foi o primeiro jurista a tratar da teoria da lei de maneira analítica, tratando o 
direito de forma separada da moral e dos costumes, lhe conferindo certa autonomia.E mais: Para ele, a jurisprudência é uma investigação de cunho filosófico acerca do 
fenômeno do direito, vendo a lei um fenômeno independente da moral. 
Por fim, falar de John Austin é falar do positivismo, pois para ele o positivismo é a mais 
forte corrente da Teoria Geral do Direito. 
“A lei é uma regra estabelecida para a conduta de um ser inteligente por um ser 
inteligente tendo poder sobre ele” (John Austin). 
 
 
 
 
 
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 17 
DICA 29 
EUGEN EHRLICH 
 Nascido em uma região que hoje pertence à Ucrânia, mas na época pertencia à Áustria, 
Eugen afirmava que que as fontes de autoridade do direito são plurais. E mais: Ele 
utilizava a expressão direito vivo, fazendo ver que a base do direito não está na lei, 
mas na própria sociedade 
“Querer aprisionar o direito de uma época ou de um povo nos parágrafos de um código 
corresponde mais ou menos ao mesmo que querer represar um grande rio num açude: o 
que entra não é mais correnteza viva, mas água morta e muita coisa simplesmente não 
entra” (Eugen Ehrlich). 
DICA 30 
KARL MARX 
 O alemão Karl Marx foi o criador socialismo moderno, pregando o desenvolvimento e 
a evolução do ser humano, via da tecnologia. Também pregou a luta de classes, na qual 
os trabalhadores devem opor-se à ideologia das chamadas classes dominantes, havendo 
assim um antagonismo das classes. 
 E mais: Para ele, a sociedade ideal deveria ser sem classes. 
Condenava a sociedade capitalista e defendia a socialista, vendo inclusive o Direito e o 
Estado como duas espécies de superestruturas para servir aos dominadores. 
“Hegel faz notar algures que todos os grandes acontecimentos e personagens históricos 
ocorrem, por assim dizer, duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como 
tragédia, a segunda como farsa” (Karl Marx). 
 IMPORTANTE: A mais-valia é o termo utilizado por Karl Marx em alusão ao processo 
de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias. 
 E mais: Escreveu vários livros, dentre eles o mais famoso é “o manifesto comunista”. 
Vamos ver um trecho a seguir: 
“As acusações contra o modo comunista de produção e de apropriação dos produtos 
materiais têm sido feitas igualmente contra a produção e a apropriação dos produtos do 
trabalho intelectual. Assim como o desaparecimento da propriedade de classe equivale, 
para o burguês, ao desaparecimento de toda a produção, também o desaparecimento da 
cultura de classe significa, para ele, o desaparecimento de toda a cultura. A cultura, cuja 
perda o burguês deplora, é, para a imensa maioria dos homens, apenas um adestramento 
que os transforma em máquinas.” 
 
 
 
 
 
 
 
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 18 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 31 
SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
SISTEMA JUDICIAL 
Matriz Americana Matriz Austríaca 
Juízes realizam o controle difuso de 
constitucionalidade. O controle era afeto a 
casos concretos, via incidental e seus efeitos 
são ex tunc e inter partes. 
 
 
Órgão específico dotado de legitimidade 
para a análise de adequação. 
Realizam um controle concentrado de 
constitucionalidade, realizado de modo 
direto pela via principal, com efeitos 
erga omnes e ex nunc (não retroage). 
SISTEMA POLÍTICO 
Matriz Francesa 
Órgão político chamado “Conselho de Constitucionalidade”, composto por 9 
membros e os ex-Presidentes da República, com mandato de 9 anos. 
Realiza um controle prévio e depende de provocação para atuar. 
DICA 32 
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE 
 Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato 
normativo (vício nomodinâmico). 
Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa. 
Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto 
expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância. 
Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo. 
Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa. 
Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar. 
 Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em 
desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso 
do poder legislativo. 
Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade + 
proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da 
proteção insuficiente. 
 
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 19 
DICA 33 
EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL 
Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos 
atuais de controle de constitucionalidade. 
 
 
Constituição de 1891 
Influenciado pela matriz americana, a 
Constituição Provisória de 1890 introduziu o 
controle difuso por via de exceção, 
materializando no decreto 848/1890. 
A magistratura federal poderia intervir em 
espécie e por provocação da parte na guarda 
e aplicação da Constituição. 
 
 
 
 
Constituição de 1934 
Manteve o controle difuso, mas com algumas 
alterações. 
- Cláusula de Reserva de Plenário: a 
declaração de inconstitucionalidade só 
poderia ser feita pela maioria absoluta de 
seus membros. 
- Atribuiu ao Senado Federal a competência 
para suspender execução de leis ou aos 
normativos quando declarados 
inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito 
erga omnes a essas decisões. 
- Representação Interventiva a cargo do 
PGR, em caso de ofensa aos princípios e o 
STF declarava a inconstitucionalidade da lei 
interventiva. 
Constituição de 1937 Houve retrocesso. Após a declaração de 
inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente 
da república tinha a prerrogativa de 
submetê-la ao Congresso Nacional, 
invocando interesse nacional, para validação 
da inconstitucionalidade com aprovação de 
dois terços dos membros de cada Casa. 
Constituição de 1946 Controle de Constitucionalidade deixa de 
sofrer interferência do executivo e 
Legislativo, volta a ser difuso. 
Restaura a competência do Senado. 
EC 16/1965: estabelece o controle 
concentrado e abstrato de leis ou atos 
normativos federais e estaduais. 
 
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 20 
Constituição de 1969 Manteve o controle difuso e concentrado via 
ADI Interventiva e ADI genérica. 
Permitia o controle de constitucionalidade de 
atos normativos municipais diante das 
Constituições Estaduais. 
Constituição de 1988 Controle difuso continua nos termos clássicos 
(reserva de plenário + atuação do Senado 
Federal), mas há uma ampliação do controle 
concentrado surgindo novas ADIs e o PGR 
perde o monopólio da legitimidade de 
propositura. 
Criação da ADPF e da possibilidade de 
declarar inconstitucionalidade de uma norma 
por omissão, via mandado de injunção ou 
por ADI por omissão. 
DICA 34 
MOMENTOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 CONTROLE PREVENTIVO: é a exceção no Brasil. Ocorre antes do aperfeiçoamento 
da lei ou ato normativo, violando o projeto de lei ou projeto de emenda constitucional. 
 Legislativo: apreciação de PL e PC pelas Comissão de Conselho e Justiça e pelo 
plenário das Casas Legislativas. 
 Executivo: veto jurídico ao projeto de lei pelo Chefe do Poder executivo. 
 Judiciário: Impetração de Mandado de Segurança por parlamentar para garantir o 
devido processo legislativo constitucional para sanar vício formal. 
 CONTROLE REPRESSIVO: após a edição da lei ou ato normativo. Via de regra é 
realizado pelo Poder Judiciário no ordenamentojurídico brasileiro. 
 Legislativo: sustação, pelo Congresso Nacional, de lei delegada que exorbitar seus 
limites (art. 49, V, CF); 
 Senado Federal suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo 
STF em controle difuso; 
 Congresso Nacional entender que Medida Provisória seja sem vigência ou relevância. 
 Executivo: Chefe do executivo deixa de aplicar administrativamente norma por 
entender ser inconstitucional e ajuizar ADI. 
DICA 35 
CONTROLE DIFUSO-CONCRETO 
 Características: 
 Realizado por todos os juízes; 
 
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 21 
 Via de exceção; 
 Em um caso concreto; 
 Modo incidental; 
 Inspiração americana. 
 Parâmetros de Controle: 
 Norma pós 1988 frente à Constituição em vigor (parâmetro tradicional); 
 Norma anterior a 1988 perante à atual constituição (juízo de recepção ou não 
recepção); 
 Norma antes de 1988 em face da Constituição anterior em vigor à época de edição do 
ator. 
DICA 36 
 CLÁSULA DE RESERVA 
DE PLENÁRIO 
ATUAÇÃO DO SENADO 
FEDERAL 
SÚMULA VINCULANTE 
A declaração de 
inconstitucionalidade 
afeta apenas ao pleno ou 
órgão especial do 
Tribunal, que, por 
maioria absoluta, decide, 
sob pena de nulidade 
absoluta da decisão. 
 
Efeitos: inter partes e ex 
tunc. 
 
Mitigações, art. 949, 
CPC: 
Quando o plenário do 
tribunal já tiver decidido 
pela inconstitucionalidade 
da norma; quando o 
plenário do STF já tiver 
analisado a 
inconstitucionalidade. 
A decisão do STF em sede 
de controle difuso-concreto 
ganhará efeito vinculante. 
 
A decisão do senado que 
suspende a lei 
inconstitucional é definitiva, 
assim como a suspensão. 
 
Procedimento: solicitação 
do Presidente do STF ao 
Senado; representação do 
PGR ao Senado; elaboração 
de resolução da própria CCJ 
do senado. 
Confere efeito erga omnes. 
 
Requisitos: 8 ministros; 
reiteradas decisões sobre a 
matéria objeto da súmula; 
controvérsia judicial ou entre 
o Judiciário e o executivo. 
 
STF poderá, de ofício ou 
mediante provocação, com 
decisão de dois terços dos 
ministros, aprovar súmula 
que terá efeito vinculante a 
partir da publicação em 
imprensa oficial. 
 
O ato administrativo ou 
decisão que contrariar 
súmula, caberá Reclamação 
ao STF. 
 Súmula Vinculante 10, STF: viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de 
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade e lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte. 
 
 
 
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 22 
DICA 37 
CONTROLE ABSTRATO 
ADI 
Competência do STF em face de lei ou ato 
normativo estadual ou federal. 
Legitimados Universais: Presidente da 
República; Mesas do senado ou Câmara dos 
deputados; Conselho Federal da OAB e 
partidos políticos com representação no 
Congresso. 
Legitimados Especiais: Governador; Mesa 
da Assembleia Legislativa; confederações 
sindicais e entidade de classe de âmbito 
nacional. 
Participação do AGU em defesa da lei/ato. 
Possibilidade de audiência pública ou amicus 
curiae. 
ADC 
Objeto: ato normativo federal. 
Mesmos legitimados da ADI e competência 
exclusiva do STF. 
Características: causa de pedir aberta; 
impossibilidade de intervenção de terceiros, 
exceto amicus curiae; mesmos efeitos da 
ADI; possibilidade de modulação de efeitos; 
decisão irrecorrível e não cabimento de ação 
rescisória. 
STF afasta a obrigatoriedade de citação do 
AGU nos processos de ADC. 
 
 
 
ADPF 
Objetivo: evitar ou reparar lesão à preceito 
fundamento previsto na CF. 
Caráter subsidiário: quando houver 
qualquer outro meio capaz de sanar a 
lesividade, este deverá ser utilizado. 
Não cabe ADPF em face de: atos 
presidenciais; substituição de embargos em 
execução; questionar norma anterior a 88 
ante à constituição da época; normas 
originárias e súmulas vinculantes. 
Pode ser interposta em caráter incidental ou 
como ação autônoma. 
 
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 23 
 
 
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL 
Utilizada em caso de descumprimento de 
súmula vinculante, 
Responsável pela interpretação ou 
reinterpretação da decisão proferida em 
controle de constitucionalidade abstrato. 
Não pode ser utilizada como substituta de 
recurso ou de ação própria que analise a 
constitucionalidade e norma. 
Em caso de ato ou omissão da administração 
pública, se faz necessário o esgotamento da 
via administrativa. 
DICA 38 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, também conhecida como Ação Direta de 
Inconstitucionalidade Genérica é um instrumento utilizado no chamado controle direto 
da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal 
Federal brasileiro. 
Prevista pela Constituição Federal, esta ação visa a declaração da inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual perante a própria Constituição. Sua competência 
originária é do Supremo Tribunal Federal e seu procedimento está previsto na Lei nº 
9.868/99. 
Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal 
perante a Constituição Estadual, terá por competência originária o Tribunal de Justiça 
do Estado em questão. 
DICA 39 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) - COMPETÊNCIA PARA PROPOSITURA 
 De acordo com a Constituição Federal, podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
Presidente da República; 
A Mesa do Senado Federal; 
Mesa da Câmara dos Deputados; 
A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
Governador do Estado ou Distrito Federal; 
 
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 24 
Procurador-Geral da República; 
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
Partido político com representação no Congresso Nacional; 
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
DICA 40 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
POR OMISSÃO 
Prevista no artigo 103 da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão 
dos poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para regulamentar a 
possibilidade de exercício de determinado direito previsto na Constituição Federal. 
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Assim 
sendo, quando a omissão for: 
 Administrativa: o órgão competente será cientificado para que providencie a edição e 
complementação dela. 
 Legislativa: o Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não será 
estipulado nenhum prazo para a elaboração da norma complementadora que, de certa 
forma, é considerada indispensável para o exercício do direito previsto, porém não 
aplicado por falta de previsão legal pela Constituição Federal. 
ATENÇÃO! 
A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma 
regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial quando a 
norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF. 
DICA 41 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA 
Deve ser proposta quando há a necessidade de haver a decretação daintervenção 
federal ou até mesmo estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido 
observados alguns princípios essenciais estabelecidos pelas Constituições Federal ou 
Estadual. 
A ADIN interventiva visa resguardar os princípios sensíveis: forma republicana; sistema 
representativo e regime democrático; direitos da pessoa; autonomia municipal; prestação 
de contas da administração pública, direta ou indireta; aplicação do mínimo exigido da 
receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e 
da saúde. 
 
 
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 25 
DICA 42 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ADIN INTERVENTIVA FEDERAL 
 O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os 
princípios sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, isto é, quando a lei estadual 
se contrapor a: 
 Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
 Direitos da pessoa humana; 
 Autonomia municipal; 
 Prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
 Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
ATENÇÃO! 
A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o 
Supremo Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo. 
DICA 43 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL 
A ADIN Interventiva Estadual, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal 
desrespeitar os princípios indicados na Constituição Estadual e, por isso, o Estado 
necessita intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência 
para o julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os 
princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo Procurador 
Geral de justiça, conforme prevê a Constituição Federal. 
DICA 44 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE 
PRECEITO FUNDAMENTAL 
Prevista na Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental 
é de competência do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la. 
Esta ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser admitida se houver outro meio 
válido para sanar a lesividade. 
ATENÇÃO! 
Só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, mandado de segurança, recurso 
extraordinário, ação popular, entre outros. 
 Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo 
103 da Constituição Federal, sendo estes: 
 
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 26 
→ o Presidente da República; 
→ a Mesa do Senado Federal; 
→ a Mesa da Câmara dos Deputados; 
→ a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
→ o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
→ o Procurador-Geral da República; 
→ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
→ partido político com representação no Congresso Nacional; 
→ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 Os demais interessados podem solicitar a propositura desta arguição mediante 
representação ao Procurador Geral da República, porém sendo facultativo. E esta ação 
pode ser proposta: 
 Para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato 
ou omissão do poder público; 
 Quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre 
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal anteriores à Constituição Federal. 
DICA 45 
DEFESA DO ESTADO 
 Estado de Exceção: situação de crise institucional, na qual a CF prevê a possibilidade 
de adoção de certas medidas para garantir a ordem social e a soberania do Estado, em 
caso de necessidade, temporariedade e obediência exata dos comandos 
constitucionais. 
 Necessidade: é imprescindível que essa medida seja adotada, desde que não exista 
outra forma menos gravosa de solucionar a situação. 
 Temporariedade: a medida adotada deverá ter prazo determinado para que seja 
reestabelecida a ordem. Em caso de guerra declarada, contudo, existe a possibilidade que 
 Obediência: os estados de exceção só se legitimaram se em observância às normas 
constitucionais. 
DICA 46 
ESTADO DE DEFESA 
 Busca preservar ou reestabelecer a ordem pública ou a paz social. 
O decreto que determinar a medida indicará o local em que ele irá ocorrer, posto que 
ocorre em local restrito e determinado. 
 
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 27 
 Pressupostos: existência de uma grave instabilidade institucional ou calamidades de 
grandes proporções na natureza. 
Não poderá ter prazo superior a 30 dias, sendo permitida a prorrogação apenas uma 
vez por 30 dias, desde que demonstradas as razões que justificarem a sua decretação. 
DICA 47 
ESTADO DE SÍTIO 
O Presidente requer ou solicita ao Congresso Nacional a autorização para decretar o 
estado de sítio. 
 Hipótese de estado de sítio: 
→ Comoção grave de repercussão nacional ou ineficácia das medidas tomadas durante 
o estado de defesa; 
→ Situação de guerra ou necessidade de repelir agressão armada. 
 As seguintes medidas poderão ser adotadas no estado de sítio: 
→ obrigação de permanência em determinada localidade: estado controla o ir e vir 
do cidadão. 
→ detenção em edifício não destinado a criminosos comuns: é possível que uma 
escola pública se torne presídio. 
→ restrições ao sigilo de correspondência e comunicações, bem como restrições 
à liberdade de imprensa, salvo pronunciamentos parlamentares difundidos a partir da 
Câmara ou do Senado, desde que devidamente liberados pelas respectivas Mesas; 
→ suspensão da liberdade de reunião; 
→ busca e apreensão e domicílio; 
→ intervenção nas empresas de serviço público: visa garantir a continuidade dos 
serviços públicos. 
→ requisição de bens, públicos ou particulares. 
DICA 48 
SEGURANÇA PÚBLICA 
 É dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos. 
 Guarda Municipal não é órgão da segurança. 
O rol dos órgãos de segurança pública é taxativo, logo, os Estados–membros e o DF não 
podem criar ou nele incluir outros órgãos, como o Departamento de Trânsito, Política 
Penitenciária ou Instituo Geral de Perícias. 
 
 
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 28 
DICA 49 
POLÍCIA CIVIL 
 Súmula Vinculante nº 39: Compete privativamente à União legislar sobre 
vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal. 
A Polícia Civil é dirigida por delegado de polícia de carreira. 
 Não é possível equiparar os ganhos do Delegado de polícia Civil ao subsídio dos 
promotores de justiça. 
Tem a função de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. 
DICA 50 
POLÍCIA PENAL 
Presente na União, nos Estados e no Distrito Federal vinculado ao órgão que administra o 
sistema penal e responsável pela segurança dos estabelecimentos penais. 
 Polícia Penal Federal é vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN. 
 Polícia Penal Estadual e do Distrito Federal é vinculada à Secretaria de Segurança 
Pública, Secretaria de Justiça ou Secretaria de Administração Penitenciaria. 
EC 104/2019: o preenchimento do quadro de servidores das polícias penais será feito, 
exclusivamente, por meio de concurso público e por meio da transformação dos cargos 
isolados, dos cargos de carreira dos atuais agentes penitenciários e dos cargos públicosequivalentes. 
 DICA 51 
POLÍCIA MILITAR 
 Força auxiliar e reserva do Exército. 
 Principal função é de preservar a ordem por meio da prevenção da prática de crimes. 
 STF: Edital de concurso público não pode estabelecer restrição a pessoas com 
tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores 
constitucionais. 
As forças policiais devem ser instituições regulares e permanentes, não se admitindo a 
contratação temporária. 
DICA 52 
POLÍCIA FEDERAL 
 Instituição policial mantida, organizada pela União. 
ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de 
 
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 29 
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas 
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou 
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. 
II – prevenir e reprimir o tráfico de drogas e entorpecentes, o contrabando e 
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas áreas de 
suas respectivas competências. 
III – exercer funções de polícia marítima, aeroportuária e a de fronteiras. 
IV- exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
 STF: Viola a CF a atribuição ao militar de atendimento à delegacia em cidade que 
não haja delegado. 
DICA 53 
GUARDAS MUNICIPAIS 
 Assim como o DETRAN, não é órgão de segurança pública. 
Tem como função a proteção dos bens, serviços e instalações dos municípios, 
conforme as disposições legais. 
Inexiste qualquer previsão constitucional que vincule a criação de Guarda Municipal com a 
quantidade de habitantes no Município. 
 STF: a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, 
inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas, é 
CONSTITUCIONAL. 
ATENÇÃO! 
Informativo 1.007 do STF: O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento) somente previa porte de arma de fogo para os guardas municipais 
das capitais e dos Municípios com maior número de habitantes. Assim, os integrantes 
das guardas municipais dos pequenos Municípios (em termos populacionais) não 
tinham direito ao porte de arma de fogo. O STF considerou que esse critério escolhido 
pela lei é inconstitucional porque os índices de criminalidade não estão 
necessariamente relacionados com o número de habitantes. 
Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes de 
guardas municipais das capitais dos estados e dos municípios com mais de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios com mais de 
50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em 
serviço. 
Com a decisão do STF todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a 
porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não interessa o 
número de habitantes do Município. 
 
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 30 
DICA 54 
FORÇAS ARMADAS 
 As Forças Armadas são compostas pelo: Exercito + Aeronáutica + Marinha. 
O Presidente da República exerce o comando sobre as Forças Armadas. Sendo ele o 
detentor de competência privativa para legislar sobre as matérias relacionadas às Forças 
Armadas, tais como leis que modifiquem ou fixem os efetivos. 
 Só é possível a cumulação de cargos se da área da saúde. 
DICA 55 
DIREITO DE GREVE 
Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. 
Para o STF, os servidores que atuam na segurança pública também não podem exercer 
o direito de greve. 
Contudo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Policia 
Civil e Polícia Penal têm direito de associação sindical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 31 
DIREITOS HUMANOS 
DICA 56 
FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES COMETIDOS COM VIOLAÇÃO DOS DIREITOS 
HUMANOS 
Ocorre um deslocamento da competência, o chamado Incidente de Deslocamento de 
Competência para a Justiça Federal. 
Na hipótese de grave violação de direitos humanos, o procurador geral da república, 
objetivando assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais de direitos humanos dos quais o brasil seja parte, poderá suscitar, perante 
o superior tribunal de justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, 
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
O Brasil assumiu compromissos no âmbito internacional e precisa cumpri-los, sob pena de 
ser responsabilizado. 
DICA 57 
POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
Foram criados em decorrência de uma recomendação feita na Conferência Mundial 
de Direitos Humanos em Viena. 
Apenas o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH -3) está em vigor. 
1º Programa Nacional de Direitos Humanos, por meio do Decreto nº. 1.1903, de 
maio de 1966: identificação dos principais obstáculos à promoção dos direitos humanos 
no país; a execução, a curto, médio e longo prazo. 
2º Programa Nacional de Direitos Humanos, Decreto nº 4229, de 13 de maio de 
2002: concepção de direitos humanos como um conjunto de direitos universais, 
indivisíveis e interdependentes; identificação dos obstáculos, difundir o conceito de 
direitos humanos, entre outros. 
3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), por meio do Decreto nº. 
7.037, de 21 dezembro de 2009, está estruturado em 6 (seis) eixos orientadores. 
A Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena de 1993 reafirmou os princípios da 
indivisibilidade e universalidade dos Direitos Humanos, já previstos na carta da ONU e na 
Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH). 
 O Brasil foi um dos primeiros países a acolher a recomendação, no governo de 
Fernando Henrique foi estabelecido o primeiro programa e direitos humanos em 1996. 
DICA 58 
GRUPOS VULNERÁVEIS E OS DIREITOS HUMANOS 
No âmbito nacional e no internacional, existem Convenções gerais ou específicas 
voltadas para grupos especiais, que necessitam de um tratamento diferenciado. 
 
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 32 
A Constituição Federal, no art. 68 do ADCT prevê a propriedade definitiva das terras 
ocupadas por comunidades quilombolas, devem ser emitidas pelos Estados, em prol dos 
remanescentes quilombolas, por razões históricas e necessidade de manutenção desses 
grupos. 
 Além dos quilombolas, outros grupos merecem a proteção seja por razões históricas, 
por causa da vulnerabilidade ou até mesmo por conta da discriminação, é o caso das 
pessoas com deficiência, idosos, mulheres, crianças, LGBTQIA+ e os índios. 
DICA 59 
PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
 O presente grupo necessita de uma proteção especial para concretizar os valores 
decorrentes da dignidade humana, inclusive foi sancionado o Estatuto da Pessoa com 
Deficiência (Lei nº 13146/2015), norma importantíssima para a inclusão da pessoa com 
deficiência. 
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu art.1º 
trouxe o conceito de pessoa com deficiência, como aquelas que têm impedimento de longo 
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que interação com diversas 
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade com 
as demais pessoas. 
 A pessoa com deficiência possui pela capacidade civil. 
 Hoje, a pessoa com deficiência deve ser aceitacomo eles são e as barreiras deve sem 
eliminadas para que possuam as mesmas oportunidades em relação as demais pessoas. 
Ao longo do texto constitucional, foram estabelecidas diversos direitos e 
proibição da discriminação, a saber: 
Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência; 
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras 
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos 
termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de 
deficiência. 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: IV – a habilitação e reabilitação 
das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa 
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à 
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei; 
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III - 
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
 
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 33 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso 
público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso 
adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
Além da Constituição, a Lei 10.048/2000 trouxe a prioridade de atendimento as 
pessoas com deficiência e a Lei 10.098/200 estabeleceu critérios para a promoção da 
acessibilidade da pessoa com deficiência. 
DICA 60 
IDOSOS 
Os idosos também necessitam de proteção especial, desde a Declaração Universal de 
Direitos Humanos e no Protocolo San Salvador já existia a previsão da proteção. 
A Constituição, em seu art. 203, em seus incisos I e V, estabeleceu que a assistência 
social, tem como objetivo a proteção da velhice e que deve ser garantido um salário 
mínimo ao idoso que comprovem não possuir meios de prover o próprio sustento; além 
disso, trouxe no art. 229, o dever de assistência dos filhos maiores e no art.130, o 
amparo do idoso pela família, a sociedade e o Estado. 
 OBS: Uma pessoa é considerada idosa se possuir idade igual ou superior de 60 
anos, mas a gratuidade no transporte público é assegurada aos maiores de 65 anos. 
→ O Estatuto do Idoso (Lei 10741/2003) regula os direitos asseguradas as pessoas 
idosas, prevendo a proteção integral; os direitos básicos e prioridades; a possibilidade de 
prestação dos alimentos para o idoso, além das medidas protetivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 34 
DIREITO INTERNACIONAL 
DICA 61 
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS 
O objetivo é sempre a solução das controvérsias, pois o conflito deve ser evitado, para 
que não gere um desejo de vingança de um Estado para o outro. O uso da forma só em 
último caso. 
O rol do mecanismo de solução pacífica é exemplificativo e não existe hierarquia entre 
eles, cada caso deve ser observado e aplicado o meio mais adequado. 
 A Constituição prevê como princípio que rege as relações internacionais, a solução 
pacifica dos conflitos. 
 A ONU trouxe em seu capítulo VI, art.33.1, alguns métodos para solução da 
controvérsia, que podem ser agrupados em ter grupos, os diplomáticos, políticos e 
jurisdicionais. 
DICA 62 
MEIOS DIPLOMÁTICOS 
Os meios diplomáticos são mais utilizados no âmbito internacional, possuem um 
desgaste político e econômico menor se comparado com os demais. 
São considerados, como meios diplomáticos: 
Negociações diretas: Forma mais simples, são negociações estabelecidas sem a 
presença de um terceiro, podem ser feitas por meio de nota ou presencialmente, podem 
ser bilaterais ou multilaterais. O resultado pode ser a desistência (um Estado renuncia à 
sua reinvindicação), aquiescência (um Estado reconhece a reivindicação do outro) ou 
transação (Estados fazem concessões recíprocas). 
Bons ofícios: É a tentativa amistosa de um ou vários Estados de abrir negociações das 
partes interessadas ou reatar as negociações rompidas. Existe a presença de um 
terceiro como intermediário, mas sem apresentar posição ou proposta de solução. 
Mediação: É a interferência de um ou mais Estados, em outro Estado para buscar a 
solução da controvérsia. O mediador participa ativamente, mas não impõe sua vontade. 
Conciliação: Definição aproximada da mediação, mas com atuação mais formal e 
solene, estabelecida por uma comissão de conciliadores e a proposta de solução não é 
vinculante. 
Comissões internacionais de inquérito ou de investigação: São comissões para 
facilitar a solução do conflito, tem principal função a de investigar a controvérsia, mas 
sem apontar a responsabilidade. 
 
 
 
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DICA 63 
MEIOS JURISDICIONAIS 
 São mais complexos, as decisões são obrigatórias e podem ser semijudiciais ou não 
judiciários, que é a arbitragem e meios judiciários, que são os tribunais internacionais. 
 Na arbitragem, o árbitro apresentará um laudo arbitral de natureza obrigatória, 
podendo em caso de inobservância, o Estado ser responsabilizado. 
O laudo é definitivo, mas modificável, para o estabelecimento da arbitragem e necessário 
ter compromisso arbitral ou cláusula arbitral ou compromissória. 
No Brasil, a Lei n.9.307/1996 dispõe sobre a arbitragem. 
 Os Tribunais Internacionais são compostos de juízes independentes, com investidura 
anterior a controvérsia e que subsistirá após a solução da mesma, os componentes não 
serão escolhidos pelos litigantes. 
 A Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização 
das Nações Unidas, integrada por 15 juízes para um mandato de nove anos, possui dois 
tipos de competência, a contenciosa, relacionada as previsões da Carta da ONU ou 
tratados em vigor; a outra é a consultiva, que consiste na emissão de pareceres 
consultivos sobre questões jurídicas, a pedido dos órgãos da ONU e das organizações 
internacionais do sistema ONU. 
O Tribunal Penal Internacional foi estabelecido a partir do Estatuto de Roma, possui 
objetivo de julgar acusados dos crimes mais graves e de preocupação internacional, 
formado por dezoito juízes, dos quais três compõem a presidência do tribunal. 
Tribunal Internacional sobre Direito do Mar foi criado pela Convenção das Nações Unidas 
sobre o Direito do Mar, possui a função de julgar as controvérsias relativas à interpretação 
e aplicação da Convenção e demais regras que com ela não sejam incompatíveis. 
Corte Interamericana de Direitos Humanos foi criada em 1979, com sede em São José, na 
Costa Rica, julga casos de violação dos direitos humanos ocorridos nos países que 
integram a OEA e que reconheçam sua competência, composta por sete juízes eleitos pela 
Assembleia Geral da OEA e suas sentenças são definitivas e inapeláveis. 
Ainda é possível a existência de mecanismos mistos, que combina a arbitragem + 
tribunal, que é caso do sistema de solução de controvérsias do Mercosul e a solução de 
controvérsias da Organização Mundial do Comércio. 
DICA 64 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – NOÇÕES GERAIS 
 O Direito internacional privado serve para solucionar os conflitos de lei no espaço. 
Possui incidêncianas relações jurídicas de direito privado com conexão 
internacional, possibilita aplicação do direito estrangeiro, por meio da aplicação direta. 
A lei estrangeira é aplicada para resolver o caso concreto, sua aplicação pode ser direta do 
direito estrangeiro, que ocorre quando, a lei estrangeira é aplicada no caso concreto na 
jurisdição brasileira ou quando a lei brasileira é aplicada em outra jurisdição. Também 
pode ser indireta do direito estrangeria, quando há necessidade a realização de diligências 
ou a execução da sentença no Brasil. 
 
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 36 
No Brasil, a legislação responsável pela apresentação dos critérios, foi a Lei de Introdução 
às normas do Direito Brasileiro (LINDB), ao lado de alguns artigos da Constituição Federal 
e do Código de Processo Civil. 
DICA 65 
APLICAÇÃO DIRETA DE DIREITO ESTRANGEIRO 
 A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) estabelece a possibilidade 
do juiz aplicar outra legislação que não a brasileira para a solução de conflito de 
leis no espaço. 
 Vale lembrar que o ônus da prova e vigência da lei estrangeira será da parte que a 
invoca, podendo o juiz, no caso de desconhecimento da lei estrangeira, exigir a prova. 
 O juiz deve primeiro qualificar o caso concreto, biscar na lei elementos de conexão e 
por último, definir o direito aplicável ou solucionar o conflito apresentado. 
São vários os elementos de conexão que são os direitos pessoais, os reais, também existe 
a presença do direito penal e também das obrigações. 
O art.7º da LINDB é rico em elementos de conexão, além dele também existem elementos 
nos arts. 8º ao 11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 37 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
DICA 66 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 Legislação material aplicável ao Lançamento Tributário: refere-se à lei aplicável 
no momento do lançamento. 
 Lançamento de obrigação de pagamento de multa (infrações): aplica-se a 
legislação mais favorável ocorrida entre o momento do fato gerador (infração) e o 
momento do lançamento, resguardando-se ainda o direito do contribuinte a aplicação da 
legislação mais benéfica até o trânsito em julgado/extinção do crédito. 
 Lançamento de obrigação de pagar tributo: aplica-se legislação vigente do 
momento de ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente essa legislação seja 
modificada ou revogada. Art. 144. CTN O lançamento reporta-se à data da ocorrência do 
fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada. 
 Legislação referente ao procedimento: aplica-se legislação vigente quando do 
lançamento. Ocorre quando o contribuinte outorga maiores garantias ao crédito ou são 
ampliados os poderes de investigação das autoridades administrativas, aplicam-se as 
regras procedimentais em vigor ao momento do lançamento. Art.144 CTN § 1º 
Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da 
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, 
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao 
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de 
atribuir responsabilidade tributária a terceiros. 
DICA 67 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 Estabilidade do lançamento: após efetuar o lançamento a autoridade administrativa 
deve comunicar ao sujeito passivo sobre sua ocorrência para que ele possa pagar ou 
contestar o tributo/multa/etc. A partir desse momento também o lançamento não pode 
ser mais alterado (fica estável). 
EXCEÇÃO: 
Impugnação do sujeito passivo: o lançamento pode ser alterado quando 
impugnado pelo sujeito passivo. STJ entende que o lançamento é nulo quando não 
abre prazo para que sujeito exerça seu direito de defesa ou resistência à pretensão do 
fisco. 
Recurso de ofício/remessa oficial: ocorre quando, em processo administrativo fiscal, 
a autoridade julgadora concorda total ou parcialmente com a impugnação realizada pelo 
sujeito passivo (desconstitui o crédito totalmente ou parcialmente). Nesse caso, haverá 
recurso de ofício para a autoridade superior. É a chamada "remessa necessária" ou 
"reexame necessário”. 
Iniciativa de ofício da autoridade: ocorre quando verificado um vício no ato 
praticado, tem a Administração Tributária o poder-dever de corrigi-lo, 
independentemente de provocação do particular. 
 
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 38 
DICA 68 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO - MODALIDADES DE LANÇAMENTO 
O CTN traz três modalidades de lançamento. Para diferenciar uma modalidade da outra se 
deve observar o grau de participação do sujeito passivo para a formação do crédito do 
tributo. Sujeito passivo nunca lançará sozinho, pois é ato privativo da autoridade 
fazendária (art.142 CTN). 
 Lançamento de ofício/direto: É aquele que não há participação do sujeito passivo. 
A autoridade administrativa calcula o valor do tributo, pois ela já tem informações 
necessárias para o cálculo (alíquota e base de cálculo). Nessa modalidade não há 
obrigação acessória imputável ao sujeito passivo. 
 Lançamento por declaração/misto: Modalidade em que há participação do sujeito 
passivo ou terceiro e sujeito ativo (Fazenda). Fazenda Pública não tem conhecimento da 
base de cálculo, conhecendo somente a alíquota, assim, pede-se ao sujeito passivo que 
declare a base de cálculo (MATÉRIA DE FATO) (participação do sujeito passivo de 50%). 
Depois de declarada, a Fazenda irá calcular o tributo e requerer o pagamento. 
 Lançamento por homologação/autolançamento: Modalidade em que o sujeito 
passivo calcula sozinho o montante devido do tributo e posteriormente realizar o 
pagamento. Após o trâmite, se correto o valor, a Fazenda homologará o pagamento. 
DICA 69 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
O lançamento de ofício poderá ocorrer de diferentes formas: 
 Originário: Fazenda, ao identificar ocorrência do fato gerador, deve calcular 
imediatamente o montante devido a título de tributo. 
 Subsidiário/suplementar: Ocorre nas outras modalidades de lançamento quando 
sujeito ativo age ilicitamente/falha, assim, subsidiariamente, a Fazenda irá calcular o 
tributo devido. Esse cálculo da Fazenda pode ser: 
 Feito sobre o valor real: ocorre quando autoridade fazendária consegue detectar 
exato valor da base de cálculo. Ex.: pessoa deixou de declarar uma das suas fontes de 
renda, em cima dessa omissão irá calcular. 
 Lançamento por arbitramento: técnica utilizada pela Fazenda para apurar o valor 
de bens, direitos e serviços. Nesse caso Fazenda irá desconsiderar participação do 
sujeito ativo (porque ele é omisso ou suas declarações não merecem fé) e, por não 
possuir elementos suficientes para deduzir montante devido do tributo, arbitrará o valor 
mais próximo que corresponda à realidade. Procedimento de arbitramento tem que ser 
motivado, isto é, dizer por que teve que optar pelo arbitramento, e o valor também tem 
que ser estabelecido a partir de critérios fundamentados. 
 
 
 
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DICA 70 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
No lançamento por declaração, a Fazenda pode não aceitar a declaração, sob o 
fundamento de que aquela não corresponde à realidade. Se isto ocorrer a Fazenda 
arbitrará o valor devido do tributo, realizando lançamento de ofício subsidiário. 
Quando é só questão de valor desatualizado, o sujeito passivo não irá ser multado, porque 
não cometeu nenhumairregularidade. Quando a declaração é divergente da situação 
fática, o sujeito passivo pode retificar o valor declarado, para aumentar a arrecadação 
do tributo. Entretanto, se a retificação for para reduzir/excluir o valor do tributo, deve 
comprovar erro que se funde a declaração e a retificação deve ser feita antes da 
notificação do lançamento. Autoridade fazendária deve apurar erros e ratificar de 
ofício. 
DICA 71 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 No lançamento por homologação esse ato poderá ser feito de forma expressa 
ou tácita: 
 Expressa: declaração da Fazenda declarando a concordância com valor declarado. 
 Tácita: Ultrapassado o prazo de cinco anos para homologação expressa, ocorrerá à 
homologação tácita. Prazo de 05 anos conta do fato gerador. Lei COMPLEMENTAR pode 
fixar outro prazo. 
Exceção: ocorrida fraude, simulação, etc. contam-se os 05 anos da data do primeiro 
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Prazo 
é decadencial, pois se perde o direito de constituir o crédito. 
DICA 72 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 ERRO NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: No lançamento por homologação, o 
contribuinte poderá, percebendo que deixou de pagar ou se não declarou inteiramente o 
tributo, complementar o pagamento, valor que será considerado na apuração pela 
Fazenda. 
 Se a pessoa apura um determinado valor de tributo abaixo do devido e paga em 
conformidade com esse valor por ela apurado, a Fazenda pode homologar essa quantia, e 
calcular a diferença, e sobre o valor apurado da diferença incidirá juros, correção e multa 
(lançamento subsidiário de ofício). 
Se a receita entender que houve apenas uma demora em realizar o pagamento todo, 
incidirá somente a multa moratória. 
 Se entender que houve dolo por parte do contribuinte, haverá a incidência da multa 
punitiva. 
Se pessoa não declara e não paga, não há o que a fazenda homologar, assim, o Fisco terá 
que realizar o lançamento de ofício. 
 
 
 
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DICA 73 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 Prazo para lançamento: o prazo para realizar o lançamento tem natureza 
decadencial, pois se refere ao tempo para o exercício de um direito potestativo, qual seja, 
o direito de constituir o crédito tributário. Esse prazo decadencial é de 05 anos. Ou 
seja, nesse caso Fazenda perderá o direito de fazer o lançamento se ultrapassado o prazo 
de 05 anos, contado na forma do art.173 do CTN. 
Art. 173. CTN O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se 
após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão 
que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo 
único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito 
tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória 
indispensável ao lançamento. 
 Se não realizar nesse prazo: ocorrerá decadência, que levará a extinção do crédito 
tributário. Art. 156. CTN Extinguem o crédito tributário: V - a prescrição e a decadência; 
DICA 74 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 Quando a pessoa pratica o fato gerador nasce à obrigação tributária, mas essa dívida 
ainda é ilíquida. Assim, a Fazenda realiza lançamento, passando a dívida a ser líquida e 
exigível. A exigibilidade surge a partir do lançamento. Formado o crédito tributário surge 
para o fisco a pretensão de receber esse valor. Porém, nas hipóteses de suspensão 
tributária essa pretensão não poderá ser concretizada. 
Hipóteses de suspensão se interpretam literalmente, isso significa que as hipóteses estão 
previstas de forma exaustiva no CTN. Art.111, CTN. I - suspensão ou exclusão do crédito 
tributário. 
DICA 75 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 Nas situações de suspensão do crédito tributário, quando se solicitar a certidão de 
situação fiscal, será gerada certidão positiva com efeito de negativa, demonstrando a 
regularidade fiscal. 
Art. 206. CTN Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que 
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que 
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
A suspensão do crédito não possui qualquer efeito nas obrigações acessórias, que devem 
continuar a serem cumpridas. 
Art.151 CTN Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das 
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou 
dela consequentes. 
 
 
 
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 41 
DICA 76 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
Nas hipóteses em que se suspende o direito do fisco de cobrar o devedor, Fisco fica 
impedido de promover qualquer medida de cobrança (não pode inscrever em dívida ativa, 
não pode propor execução fiscal, etc.). Porém, deve-se registrar que o Fisco não fica 
impedido de promover o lançamento, até porque o prazo para lançamento (por ser 
decadencial) não se suspende. Exemplo: entrou com MS preventivo (antes do 
lançamento), se o juiz dá a liminar, ela suspende a exigibilidade, mas o Fisco pode lançar 
o tributo, mas a Fazenda Pública deve aguardar o desfecho da ação para fazer a 
cobrança. 
Art. 151. CTN Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: Parágrafo único. O disposto 
neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da 
obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
DICA 77 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 Moratória: causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário que refere-se a 
dilação do prazo de pagamento do tributo (altera data de vencimento), em razão de 
situações excepcionais, estabelecendo o pagamento pelo mesmo valor (não incide juros 
nem multa), em cota única, em momento posterior, instituída por lei ordinária pelo sujeito 
ativo. 
Por ser um benefício fiscal, somente podem ser concedidos por meio de lei em sentido 
estrito. Não é possível a combinação de diversas leis para obtenção de parcelamento mais 
benéfico ou mediante requisitos menos rígidos, pois essa situação implicaria a criação de 
nova espécie de parcelamento não autorizada pelo legislador. 
DICA 78 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
A causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário moratória poderá ser: 
 Geral: outorgada por lei a todos os devedores descritos na hipótese concessiva (critério 
objetivo), dispensando-se a necessidade de um ato administrativo que defira 
concretamente o favor a cada beneficiário. 
 Individual: a autoridade administrativa concederá o benefício por despacho 
administrativo, a quem comprove os requisitos, desde que haja prévia autorização legal. 
Lei não dá esse benefício indistintamente, precisa que o sujeito prove a presença de 
requisito pessoal. 
DICA 79 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 Créditos abrangidos pela moratória: salvo regulamento em lei em contrário, a 
moratória se aplica aos créditos tributários definitivamente constituídos e lançados. 
Art. 154. CTN Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os 
créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo 
lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito 
 
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