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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 1 Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 05. A última rodada será disponibilizada na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 Disponível Imediatamente Rodada 03 Disponível Imediatamente Rodada 04 Disponível Imediatamente Rodada 05 Disponível Imediatamente Rodada 06 28/01 Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 3 ÍNDICE ÉTICA .................................................................................................................................... 4 FILOSOFIA DO DIREITO ........................................................................................... 16 DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 18 DIREITOS HUMANOS .................................................................................................. 31 DIREITO INTERNACIONAL....................................................................................... 34 DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... 37 DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 43 DIREITO AMBIENTAL.................................................................................................. 54 DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 56 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................ 65 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 69 PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 73 DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................ 86 DIREITO PENAL ............................................................................................................. 91 PROCESSO PENAL ....................................................................................................... 102 DIREITO DO TRABALHO .......................................................................................... 114 PROCESSO DO TRABALHO ...................................................................................... 124 Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 4 ÉTICA DICA 01 LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE - ARTIGO 20 DA LEI 13.869/2019 Incorre na mesma pena quem impedir: Preso, Réu solto, Investigado, De se comunicar com seu advogado ou defensor, pessoal e reservadamente, antes e durante audiência, com exceção: Interrogatório, Audiência por videoconferência. DICA 02 LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE - ARTIGO 32 DA LEI 13.869/2019 A autoridade que negar ao interessado ou seu advogado: Autos de investigação preliminar, Termo circunstanciado, Inquérito Qualquer procedimento investigatório de infração penal/civil/adm. Obtenção de cópias. Terá sua pena de detenção + multa, no período de 06 meses a 02 anos. O Impedimento da entrevista pessoal e reservada, Sem justa causa, Do preso com seu advogado. 06 meses a 02 anos DETENÇÃO + MULTA Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 5 Do artigo em descrição, cabe o fato de que em casos de acesso a peças relativas a diligências em curso ou que indiquem a realização de diligências futuras, exigindo total sigilo, a autoridade poderá negar ou impedir o acesso. DICA 03 DA ADVOCACIA PÚBLICA A advocacia pública compreende aos advogados públicos que atuam nos seguintes órgãos: Advogados da União, procuradores federais, procuradores da fazenda nacional, Estado, Município e do Distrito Federal, bem como entidades da administração direta e fundacional. Estão obrigados à inscrição na OAB para exercício de suas atividades. Sujeitam-se ao mesmo regime que o Advogado que presta advocacia privada, sendo, EAOAB, CED, e Regulamento Geral, podendo, assim, integrar qualquer órgão da OAB, desde a Presidência a Membro da Comissão (Art. 9º RG) DICA 04 DOS ÓRGÃOS DA OAB Os órgãos da OAB compreendem em: Conselho Federal, Conselhos Seccionais, Subseções, Caixas de Assistência dos Advogados. O Fundamento legal dos órgãos da OAB está amparado: Artigo 44 a 67 EAOAB; Artigo 44 ao 127 do Regulamento Geral; Artigo 70 s 72 Código de ética e disciplina. Alguns pontos relevantes sobre os órgãos: CONSELHO FEDERAL Dotado de Personalidade Jurídica própria. Órgão Supremo. Ultimo grau recursal. Sede na Capital. CONSELHOS SECCIONAIS Dotado de Personalidade Jurídica própria. Jurisdição nos Estados, DF e territórios. AS SUBSEÇÕES Partes autônomas dos Conselhos Seccionais. CAIXAS DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS Dotado de Personalidade Jurídica própria. Criadas pelos Conselhos Seccionais. São criadas a partir de 1.500 inscritos. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 6 DICA 05 DO CONSELHO FEDERAL E SUA COMPOSIÇÃO O Conselho Federal, órgão SUPREMO da OAB, tem sua fundamentação nos artigos 51 a 55 EAOAB. A sua composição se dá: CONSELHEIROS FEDERAIS São os integrantes das delegações de cada unidade federativa. * EX-PRESIDENTES São participantes na qualidade de membros honorários vitalícios. *Cada delegação é formada por 03 Conselheiros Federais. O Conselho Federal também conta com as Comissões Permanentes e as Comissões Temporárias, designadas pelo Presidente para auxílio do próprio Conselho. DICA 06 DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS INTERNOS DO CONSELHO FEDERAL O Conselho Federal tem sua atuação efetivada por intermédio dos seus órgãos, sendo: Conselho pleno; 1. Órgão especial do conselho pleno; 2. Primeira câmara; 3. Segunda câmara; 4. Terceira câmara; 5. Diretoria; 6. Presidente do conselho federal. Cada órgão mencionado acima será presidido e composto por seu ou seus representantes, na respectiva ordem: 1. Presidente do Conselho Federal; 2. Vice-Presidente do Conselho Federal; 3. Secretário Geral do ConselhoFederal; 4. Secretário Geral Adjunto do Conselho Federal; 5. Tesoureiro do Conselho Federal; 6. Presidente, Vice PR., Secretário Geral e o Secretário Adjunto, Tesoureiro. 7. Presidente da OAB no Brasil. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 7 Tal composição se encontra fundamentada nos artigos 64 e seguintes do Regulamento Geral do EAOAB. DICA 07 DA ESRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO FEDERAL O Presidente do Conselho Federal tem direito ao voto de qualidade nas deliberações do Conselho, sendo que em caso de empate nas votações, ele determinará através de seu voto. Em regra, será um voto por delegação. A delegação não pode exercer seu voto em matérias de interesse próprio da unidade que representa. No exercício de sua função, o conselheiro federal representará os interesses nacionais da Advocacia, e não os seus. DICA 08 DIREITO A VOZ E VOTO DOS MEMBROS DO CONSELHO FEDERAL Conselheiros Federais Titulares e Conselheiros Federais Suplentes serão eleitos, com direito a voz e voto. Ex-Presidentes do Conselheiro Federal são membros honorários vitalícios com direito a voz. Presidentes dos Conselhos Seccionais e Detentores da Medalha Rui Barbosa, são convidados e possuem direito a voz. Para a escolha da diretoria do Conselho Federal, cada membro terá direito a um voto, com exceção dos membros honorários vitalícios. DICA 09 DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL A competência do Conselho Federal da OAB, esta regulamentada no artigo 54 do EAOAB, sendo: Representar, em juízo ou fora dele, interesses individuais ou coletivos da advocacia. cumprimento efetivo às finalidades da OAB; zelar pela valorização da advocacia, pela independência e dignidade dela. Representar com exclusividade os advogados brasileiros em eventos e órgãos internacionais. Editar, alterar o regulamento geral, código de ética e disciplina e provimentos. Adotar medidas que assegurem funcionamento dos conselhos seccionais e constatar grave violação no regulamento geral ou no Estatuto da advocacia, Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 8 Julgar em grau de recurso decisões dos conselhos seccionais Elaborar lista sêxtupla para cargos nos tribunais, sendo em âmbito nacional ou interestadual. ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, ação civil pública, mandado de segurança coletivo e mandado de injunção. dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB. Autorizar a respeito da oneração ou alienação dos bens Imóveis da OAB. Através de autorização de maioria absoluta das delegações. Participar de concursos públicos em todas as suas fases com abrangência nacional ou interestadual. DICA 10 DA INTERVENÇÃO DO CONSELHO FEDERAL EM CONSELHO SECCIONAL. O Conselho Federal poderá intervir nos conselhos seccionais quando constatar grave violação: Do Estatuto da Advocacia e da OAB; Do Regulamento Geral. Para a intervenção é preciso: aprovação 2/3 das delegações, Garantia de amplo direito de defesa do Conselho Seccional, Nomeação de diretoria provisória DICA 11 DOS CONSELHOS SECCIONAIS. Os Conselhos Seccionais, são compostos por: DIRETORIA CONSELHO SECCIONAL Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral Secretário-Geral Adjunto Tesoureiro Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 9 Outros membros: O número de Conselheiros Seccionais é proporcional ao número de inscritos nos quadros da OAB, com total de até 80 membros. DICA 12 NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO SECCIONAL Os membros da diretoria irão compor o conselho seccional por meio de eleição. Os Conselheiros Seccionais, com o número máximo de 80 membros, serão eleitos. Ex-Presidentes do Conselheiro Seccional são membros honorários vitalícios. Serão convidados a composição do Conselho Seccional: Presidente do Instituto dos Advogados; Presidente do Conselho Federal; Conselheiros Federais da Delegação. DICA 13 DIREITO A VOZ E VOTO É direito dos membros do Conselho Seccional: Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral Secretário-Geral Adjunto Conselheiros Seccionais; Ex-Presidente do Conselho Seccional; Presidente do Instituto dos Advogados; Presidente do Conselho Federal; Conselheiros Federais da Delegação. DIRETORIA: Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Secretário-Geral Adjunto, Tesoureiro DIREITO A VOZ E VOTO Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 10 Tesoureiro Conselheiros Seccionais DICA 14 DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO SECCIONAL Fundamentado em seu artigo 58 do EAOAB, o Conselho Seccional tem competência privativa para: Criação da Subseção e da Caixa de Assistência dos Advogados. Intervenção nas Subseções e na Caixa de Assistência do Adv. Fixar tabela de honorários Realizar Exame de Ordem Fixar valor de Anuidade Determinar com exclusividade, critérios para trajes do advogado Eleger lista sêxtupla para cargos nos tribunais, no âmbito de sua competência. Definir ou indeferir inscrições do advogado ou estagiário. Participar de elaboração de concursos em sua jurisdição. Ex-Presidente do Conselho Seccional Presidente do Instituto dos Advogados Presidente do Conselho Federal Conselheiros Federais da Delegação Direito a VOZ apenas. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 11 DICA 15 DOS BENS MÓVEIS E IMÓVEIS PERTECENTES A OAB O patrimônio dos órgãos da OAB é constituído de bens imóveis, móveis e valores adquiridos e que serão adquiridos. A alienação e oneração dos bens depende de aprovação do Conselho Federal ou Conselho Seccional. A diretoria do órgão tem competência para decidir pela aquisição dos bens. EXAME DE ORDEM XXVIII – ANO 2019. Em certo local, pretende-se a aquisição de um imóvel pelo Conselho Seccional respectivo da OAB, para funcionar como centro de apoio em informática aos advogados inscritos. Também se negocia a constituição de hipoteca sobre outro bem imóvel que já integra o patrimônio do Conselho Seccional. De acordo com o caso narrado, com fulcro no disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a alternativa correta: A aquisição do imóvel é decisão que compete à Diretoria do Conselho Seccional; já a constituição da hipoteca dependerá de autorização da maioria dos membros efetivos do Conselho Seccional. (CORRETA) De acordo com os artigos 47 e 48 do Regulamento Geral do Estatuto da advocacia e da OAB, a aquisição dos bens, compete à diretoria do órgão tomar decisão. A respeito da hipoteca, cabe autorização da maioria dos membros do respectivo Conselho Seccional. DICA 16 DAS SUBSEÇÕES Fundamentada nos artigos 60 e 61 do EAOAB e artigos 115 a 120 Regulamento Geral do EAOAB. As Subseções são criadas por meio de resolução pelo Conselho Seccional que fixa sua área territorial. A quantidade mínima de advogados para criação da Subseção 15 advogados. As Subseções não possuem personalidade jurídica, podendo compreender um ou mais municípios ou parte de um município, desde que tenha 15 advogados domiciliados. O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados. A Subseção será responsável por receber e enviar os documentos de inscrição dos Advogados e Escritórios de Advocacia para o Conselho Seccional. DICA17 DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA DAS SUBSEÇÕES O artigo 119 do Regulamento Geral preceitua que os conflitos entre: Duas Subseções distintas, Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 12 Uma Subseção e o Conselho Seccional, Serão resolvidas pelo próprio Conselho Seccional, cabendo recurso ao Conselho Federal. QUESTÃO FGV, 2016. As Subseções X e Y da OAB, ambas criadas pelo Conselho Seccional Z, reivindicam a competência para desempenhar certa atribuição. Não obstante, o Conselho Seccional Z defende que tal atribuição é de sua competência. Caso instaurado um conflito de competência envolvendo as Subseções X e Y e outro envolvendo a Subseção X e o Conselho Seccional Z, assinale a opção que relaciona, respectivamente, os órgãos competentes para decidir os conflitos. O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional Z, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Do mesmo modo, o conflito entre a Subseção X e o Conselho Seccional Z será decidido pelo Conselho Seccional Z, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. (CORRETA) COMENTÁRIO: No caso em tela, ocorrem dois conflitos, sendo: - Subseção X e Subseção Y; - Subseção X e Conselho Seccional Z. Ambos conflitos serão julgados pelo CONSELHO SECCIONAL Z, cabendo recurso ao CONSELHO FEDERAL. DICA 18 DA COMPETÊNCIA DA SUBSEÇÃO Em seu território, compete às Subseções: Dar cumprimento às finalidades da OAB; Velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia; Representar a OAB, perante os poderes constituídos; Desempenhar atribuições de sua competência ou por delegação do Conselho Seccional. A criação da Caixa de Assistência será no território com mais de 1.500 inscritos, por intermédio do Conselho Seccional. DICA 19 SOBRE O CONSELHO DA SUBSEÇÃO E SUA COMPETÊNCIA. O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados. A competência do Conselho da Subseção será para exercer as funções e atribuições do Conselho Seccional, e ainda: Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 13 Editar Regimento Interno; Editar resoluções no âmbito de sua competência; Instaurar e instruir processos disciplinares; Emitir parecer prévio a respeito de pedido de inscrição do advogado e estagiário nos quadros da OAB para o Conselho Federal. DICA 20 DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS A Caixa de Assistência aos Advogados possui personalidade jurídica própria e está fundamentada em seus artigos 62 do EAOAB e artigos 121 a 127do Regulamento Geral. ATENTE-SE: A aprovação e registro do estatuto da caixa de assistência aos advogados se dará pelo Conselho Seccional. DICA 21 ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA A Caixa de Assistência poderá promover a seguridade Complementar, em benefício ao advogado. O Conselho Seccional será competente para fixar contribuição obrigatória devida por seus inscritos para promover a seguridade Complementar. COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA DA CAIXA DE ASSITENCIA: Após as deduções obrigatórias, caberá a caixa metade da receita das Anuidades recebidas pelo Conselho Seccional. A PERSONALIDADE JURÍDICA DA CAIXA É ADQUIRIDA COM A APROVAÇÃO E REGISTRO DO SEU PRÓPRIO ESTATUTO. DESTINA-SE A PRESTAR ASSISTÊNCIA AOS INSCRITOS DO CONSELHO SECCIONAL VINCULADO. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DIREITORIA DA CAIXA Composta de 05 MEMBROS . Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 14 DICA 22 DA EXTINÇÃO OU DESATIVAÇÃO DA CAIXA DICA 23 DA MEDALHA RUI BARBOSA O Conselho Federal confere às grandes personalidades da advocacia brasileira a Medalha Rui Barbosa com intuito de homenagear e prestigiar a advocacia. A medalha será concedida uma vez, no prazo do mandado do Conselho, pelo período de 03 anos. A entrega e a homenagem ao honrado será realizada em sessão solene. A respeito da Medalha Rui Barbosa, a OAB tem cobrado: O detentor tem direito a VOZ nas sessões do Conselho Federal. Fundamento legal: Artigo 152 CED. DICA 24 CONFERÊNCIA NACIONAL DA ADVOCACIA É o órgão máximo consultivo do Conselho Federal, amparado pelos artigos 145 a 150 do Regulamento Geral. A reunião tem como objetivo o estudo e o debate das questões e problemáticas a respeito das finalidades da OAB e o congraçamento da classe. A conferência se dará trienalmente, no 2º ano do mandato. Participantes da Conferência Nacional da Advocacia OUVINTES – ESTUDANTES DE DIREITO CONVIDADOS EFETIVOS – ADVOGADOS, ESTAGIÁRIOS INSCRITOS, MEMBROS DOS ÓRGÃOS DA OAB Nos casos de EXTINÇÃO ou DESATIVAÇÃO da caixa de assistência O PATRIMONIO SERÁ INCORPORADO AO CONSELHO SECCIONAL RESPECTIVO. Nos casos de DESCUMPRIMENTO DAS FINALIDADES da caixa de assistência O CONSELHO SECCIONAL pode INTERVIR na caixa, mediante 2/3 dos seus membros. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 15 DICA 25 DA INCONSTITUCIONALIDADE DA SUSPENSÃO ADVOGADO REALIZADA PELO CONSELHO De acordo com o Supremo Tribunal Federal tornou-se INCONSTITUCIONAL a SUSPENSÃO do advogado decorrente ANUIDADE NÃO PAGA. O artigo 34, inciso XXIII do Estatuto da Advocacia, prévia a suspensão do advogado dos quadros da OAB. O prazo seria de 30 dias até quitação da dívida com a OAB. Tal medida foi derrubada pelo STF. Este assunto é bem atual, podendo ser cobrado pela OAB. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 16 FILOSOFIA DO DIREITO DICA 26 AUGUSTO COMTE Augusto Comte nasceu na França, em 1798, e é visto como organizador da sociologia moderna, sendo inclusive o primeiro a usar o termo sociologia. Ele era bastante radical e chegou a que propor que fossem criados templos positivistas, com o intuito de cultuar uma nova “religião da humanidade”, baseada no materialismo científico, ideia que não foi bem aceita. “A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas” (Augusto Comte). Augusto Comte acreditava que a sociedade passasse por fases ou estados e que, nesse sentido, atravessaria de um estado mais atrasado ou primitivo para um mais avançado, como se houvesse uma linha de progresso entre o início e o final. DICA 27 JOSÉ ORTEGA Y GASSET Escritor de “A rebelião das massas”, o espanhol nascido em Madrid, dizia que toda sociedade está e deve estar dividida entre a maioria, que é inculta, e que tem como futuro obedecer, e a sua minoria, que sabe dos fatos, e sendo assim, tem autoridade para mandar. Ideias de José Ortega sobre o bibliotecário: Segundo Ortega y Gasset, os mais graves atributos negativos nos livros são: Já há livros em demasia. Mas não só de fato existem livros em demasia, como também são produzidos de modo constante e em abundância torrencial. Por outro lado, o bibliotecário do futuro terá que orientar o leitor não especializado na selva selvaggia dos livros, ser o médico, o higienista de suas leituras. DICA 28 JOHN AUSTIN Considerado por muitos doutrinadores como, o inglês autor da Teoria dos Atos de Linguagem foi o primeiro jurista a tratar da teoria da lei de maneira analítica, tratando o direito de forma separada da moral e dos costumes, lhe conferindo certa autonomia.E mais: Para ele, a jurisprudência é uma investigação de cunho filosófico acerca do fenômeno do direito, vendo a lei um fenômeno independente da moral. Por fim, falar de John Austin é falar do positivismo, pois para ele o positivismo é a mais forte corrente da Teoria Geral do Direito. “A lei é uma regra estabelecida para a conduta de um ser inteligente por um ser inteligente tendo poder sobre ele” (John Austin). Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 17 DICA 29 EUGEN EHRLICH Nascido em uma região que hoje pertence à Ucrânia, mas na época pertencia à Áustria, Eugen afirmava que que as fontes de autoridade do direito são plurais. E mais: Ele utilizava a expressão direito vivo, fazendo ver que a base do direito não está na lei, mas na própria sociedade “Querer aprisionar o direito de uma época ou de um povo nos parágrafos de um código corresponde mais ou menos ao mesmo que querer represar um grande rio num açude: o que entra não é mais correnteza viva, mas água morta e muita coisa simplesmente não entra” (Eugen Ehrlich). DICA 30 KARL MARX O alemão Karl Marx foi o criador socialismo moderno, pregando o desenvolvimento e a evolução do ser humano, via da tecnologia. Também pregou a luta de classes, na qual os trabalhadores devem opor-se à ideologia das chamadas classes dominantes, havendo assim um antagonismo das classes. E mais: Para ele, a sociedade ideal deveria ser sem classes. Condenava a sociedade capitalista e defendia a socialista, vendo inclusive o Direito e o Estado como duas espécies de superestruturas para servir aos dominadores. “Hegel faz notar algures que todos os grandes acontecimentos e personagens históricos ocorrem, por assim dizer, duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa” (Karl Marx). IMPORTANTE: A mais-valia é o termo utilizado por Karl Marx em alusão ao processo de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias. E mais: Escreveu vários livros, dentre eles o mais famoso é “o manifesto comunista”. Vamos ver um trecho a seguir: “As acusações contra o modo comunista de produção e de apropriação dos produtos materiais têm sido feitas igualmente contra a produção e a apropriação dos produtos do trabalho intelectual. Assim como o desaparecimento da propriedade de classe equivale, para o burguês, ao desaparecimento de toda a produção, também o desaparecimento da cultura de classe significa, para ele, o desaparecimento de toda a cultura. A cultura, cuja perda o burguês deplora, é, para a imensa maioria dos homens, apenas um adestramento que os transforma em máquinas.” Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 18 DIREITO CONSTITUCIONAL DICA 31 SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE SISTEMA JUDICIAL Matriz Americana Matriz Austríaca Juízes realizam o controle difuso de constitucionalidade. O controle era afeto a casos concretos, via incidental e seus efeitos são ex tunc e inter partes. Órgão específico dotado de legitimidade para a análise de adequação. Realizam um controle concentrado de constitucionalidade, realizado de modo direto pela via principal, com efeitos erga omnes e ex nunc (não retroage). SISTEMA POLÍTICO Matriz Francesa Órgão político chamado “Conselho de Constitucionalidade”, composto por 9 membros e os ex-Presidentes da República, com mandato de 9 anos. Realiza um controle prévio e depende de provocação para atuar. DICA 32 ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato normativo (vício nomodinâmico). Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa. Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância. Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo. Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa. Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar. Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso do poder legislativo. Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade + proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da proteção insuficiente. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 19 DICA 33 EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos atuais de controle de constitucionalidade. Constituição de 1891 Influenciado pela matriz americana, a Constituição Provisória de 1890 introduziu o controle difuso por via de exceção, materializando no decreto 848/1890. A magistratura federal poderia intervir em espécie e por provocação da parte na guarda e aplicação da Constituição. Constituição de 1934 Manteve o controle difuso, mas com algumas alterações. - Cláusula de Reserva de Plenário: a declaração de inconstitucionalidade só poderia ser feita pela maioria absoluta de seus membros. - Atribuiu ao Senado Federal a competência para suspender execução de leis ou aos normativos quando declarados inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito erga omnes a essas decisões. - Representação Interventiva a cargo do PGR, em caso de ofensa aos princípios e o STF declarava a inconstitucionalidade da lei interventiva. Constituição de 1937 Houve retrocesso. Após a declaração de inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente da república tinha a prerrogativa de submetê-la ao Congresso Nacional, invocando interesse nacional, para validação da inconstitucionalidade com aprovação de dois terços dos membros de cada Casa. Constituição de 1946 Controle de Constitucionalidade deixa de sofrer interferência do executivo e Legislativo, volta a ser difuso. Restaura a competência do Senado. EC 16/1965: estabelece o controle concentrado e abstrato de leis ou atos normativos federais e estaduais. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 20 Constituição de 1969 Manteve o controle difuso e concentrado via ADI Interventiva e ADI genérica. Permitia o controle de constitucionalidade de atos normativos municipais diante das Constituições Estaduais. Constituição de 1988 Controle difuso continua nos termos clássicos (reserva de plenário + atuação do Senado Federal), mas há uma ampliação do controle concentrado surgindo novas ADIs e o PGR perde o monopólio da legitimidade de propositura. Criação da ADPF e da possibilidade de declarar inconstitucionalidade de uma norma por omissão, via mandado de injunção ou por ADI por omissão. DICA 34 MOMENTOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE PREVENTIVO: é a exceção no Brasil. Ocorre antes do aperfeiçoamento da lei ou ato normativo, violando o projeto de lei ou projeto de emenda constitucional. Legislativo: apreciação de PL e PC pelas Comissão de Conselho e Justiça e pelo plenário das Casas Legislativas. Executivo: veto jurídico ao projeto de lei pelo Chefe do Poder executivo. Judiciário: Impetração de Mandado de Segurança por parlamentar para garantir o devido processo legislativo constitucional para sanar vício formal. CONTROLE REPRESSIVO: após a edição da lei ou ato normativo. Via de regra é realizado pelo Poder Judiciário no ordenamentojurídico brasileiro. Legislativo: sustação, pelo Congresso Nacional, de lei delegada que exorbitar seus limites (art. 49, V, CF); Senado Federal suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo STF em controle difuso; Congresso Nacional entender que Medida Provisória seja sem vigência ou relevância. Executivo: Chefe do executivo deixa de aplicar administrativamente norma por entender ser inconstitucional e ajuizar ADI. DICA 35 CONTROLE DIFUSO-CONCRETO Características: Realizado por todos os juízes; Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 21 Via de exceção; Em um caso concreto; Modo incidental; Inspiração americana. Parâmetros de Controle: Norma pós 1988 frente à Constituição em vigor (parâmetro tradicional); Norma anterior a 1988 perante à atual constituição (juízo de recepção ou não recepção); Norma antes de 1988 em face da Constituição anterior em vigor à época de edição do ator. DICA 36 CLÁSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO ATUAÇÃO DO SENADO FEDERAL SÚMULA VINCULANTE A declaração de inconstitucionalidade afeta apenas ao pleno ou órgão especial do Tribunal, que, por maioria absoluta, decide, sob pena de nulidade absoluta da decisão. Efeitos: inter partes e ex tunc. Mitigações, art. 949, CPC: Quando o plenário do tribunal já tiver decidido pela inconstitucionalidade da norma; quando o plenário do STF já tiver analisado a inconstitucionalidade. A decisão do STF em sede de controle difuso-concreto ganhará efeito vinculante. A decisão do senado que suspende a lei inconstitucional é definitiva, assim como a suspensão. Procedimento: solicitação do Presidente do STF ao Senado; representação do PGR ao Senado; elaboração de resolução da própria CCJ do senado. Confere efeito erga omnes. Requisitos: 8 ministros; reiteradas decisões sobre a matéria objeto da súmula; controvérsia judicial ou entre o Judiciário e o executivo. STF poderá, de ofício ou mediante provocação, com decisão de dois terços dos ministros, aprovar súmula que terá efeito vinculante a partir da publicação em imprensa oficial. O ato administrativo ou decisão que contrariar súmula, caberá Reclamação ao STF. Súmula Vinculante 10, STF: viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade e lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 22 DICA 37 CONTROLE ABSTRATO ADI Competência do STF em face de lei ou ato normativo estadual ou federal. Legitimados Universais: Presidente da República; Mesas do senado ou Câmara dos deputados; Conselho Federal da OAB e partidos políticos com representação no Congresso. Legitimados Especiais: Governador; Mesa da Assembleia Legislativa; confederações sindicais e entidade de classe de âmbito nacional. Participação do AGU em defesa da lei/ato. Possibilidade de audiência pública ou amicus curiae. ADC Objeto: ato normativo federal. Mesmos legitimados da ADI e competência exclusiva do STF. Características: causa de pedir aberta; impossibilidade de intervenção de terceiros, exceto amicus curiae; mesmos efeitos da ADI; possibilidade de modulação de efeitos; decisão irrecorrível e não cabimento de ação rescisória. STF afasta a obrigatoriedade de citação do AGU nos processos de ADC. ADPF Objetivo: evitar ou reparar lesão à preceito fundamento previsto na CF. Caráter subsidiário: quando houver qualquer outro meio capaz de sanar a lesividade, este deverá ser utilizado. Não cabe ADPF em face de: atos presidenciais; substituição de embargos em execução; questionar norma anterior a 88 ante à constituição da época; normas originárias e súmulas vinculantes. Pode ser interposta em caráter incidental ou como ação autônoma. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 23 RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL Utilizada em caso de descumprimento de súmula vinculante, Responsável pela interpretação ou reinterpretação da decisão proferida em controle de constitucionalidade abstrato. Não pode ser utilizada como substituta de recurso ou de ação própria que analise a constitucionalidade e norma. Em caso de ato ou omissão da administração pública, se faz necessário o esgotamento da via administrativa. DICA 38 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) A Ação Direta de Inconstitucionalidade, também conhecida como Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica é um instrumento utilizado no chamado controle direto da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal Federal brasileiro. Prevista pela Constituição Federal, esta ação visa a declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual perante a própria Constituição. Sua competência originária é do Supremo Tribunal Federal e seu procedimento está previsto na Lei nº 9.868/99. Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal perante a Constituição Estadual, terá por competência originária o Tribunal de Justiça do Estado em questão. DICA 39 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) - COMPETÊNCIA PARA PROPOSITURA De acordo com a Constituição Federal, podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: Presidente da República; A Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador do Estado ou Distrito Federal; Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 24 Procurador-Geral da República; O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Partido político com representação no Congresso Nacional; Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. DICA 40 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO Prevista no artigo 103 da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão dos poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para regulamentar a possibilidade de exercício de determinado direito previsto na Constituição Federal. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Assim sendo, quando a omissão for: Administrativa: o órgão competente será cientificado para que providencie a edição e complementação dela. Legislativa: o Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não será estipulado nenhum prazo para a elaboração da norma complementadora que, de certa forma, é considerada indispensável para o exercício do direito previsto, porém não aplicado por falta de previsão legal pela Constituição Federal. ATENÇÃO! A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial quando a norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF. DICA 41 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA Deve ser proposta quando há a necessidade de haver a decretação daintervenção federal ou até mesmo estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido observados alguns princípios essenciais estabelecidos pelas Constituições Federal ou Estadual. A ADIN interventiva visa resguardar os princípios sensíveis: forma republicana; sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública, direta ou indireta; aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e da saúde. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 25 DICA 42 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ADIN INTERVENTIVA FEDERAL O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os princípios sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, isto é, quando a lei estadual se contrapor a: Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; Direitos da pessoa humana; Autonomia municipal; Prestação de contas da administração pública, direta e indireta. Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. ATENÇÃO! A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o Supremo Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo. DICA 43 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL A ADIN Interventiva Estadual, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal desrespeitar os princípios indicados na Constituição Estadual e, por isso, o Estado necessita intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência para o julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo Procurador Geral de justiça, conforme prevê a Constituição Federal. DICA 44 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Prevista na Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental é de competência do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la. Esta ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser admitida se houver outro meio válido para sanar a lesividade. ATENÇÃO! Só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, mandado de segurança, recurso extraordinário, ação popular, entre outros. Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo 103 da Constituição Federal, sendo estes: Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 26 → o Presidente da República; → a Mesa do Senado Federal; → a Mesa da Câmara dos Deputados; → a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; → o Governador de Estado ou do Distrito Federal; → o Procurador-Geral da República; → o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; → partido político com representação no Congresso Nacional; → confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Os demais interessados podem solicitar a propositura desta arguição mediante representação ao Procurador Geral da República, porém sendo facultativo. E esta ação pode ser proposta: Para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato ou omissão do poder público; Quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal anteriores à Constituição Federal. DICA 45 DEFESA DO ESTADO Estado de Exceção: situação de crise institucional, na qual a CF prevê a possibilidade de adoção de certas medidas para garantir a ordem social e a soberania do Estado, em caso de necessidade, temporariedade e obediência exata dos comandos constitucionais. Necessidade: é imprescindível que essa medida seja adotada, desde que não exista outra forma menos gravosa de solucionar a situação. Temporariedade: a medida adotada deverá ter prazo determinado para que seja reestabelecida a ordem. Em caso de guerra declarada, contudo, existe a possibilidade que Obediência: os estados de exceção só se legitimaram se em observância às normas constitucionais. DICA 46 ESTADO DE DEFESA Busca preservar ou reestabelecer a ordem pública ou a paz social. O decreto que determinar a medida indicará o local em que ele irá ocorrer, posto que ocorre em local restrito e determinado. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 27 Pressupostos: existência de uma grave instabilidade institucional ou calamidades de grandes proporções na natureza. Não poderá ter prazo superior a 30 dias, sendo permitida a prorrogação apenas uma vez por 30 dias, desde que demonstradas as razões que justificarem a sua decretação. DICA 47 ESTADO DE SÍTIO O Presidente requer ou solicita ao Congresso Nacional a autorização para decretar o estado de sítio. Hipótese de estado de sítio: → Comoção grave de repercussão nacional ou ineficácia das medidas tomadas durante o estado de defesa; → Situação de guerra ou necessidade de repelir agressão armada. As seguintes medidas poderão ser adotadas no estado de sítio: → obrigação de permanência em determinada localidade: estado controla o ir e vir do cidadão. → detenção em edifício não destinado a criminosos comuns: é possível que uma escola pública se torne presídio. → restrições ao sigilo de correspondência e comunicações, bem como restrições à liberdade de imprensa, salvo pronunciamentos parlamentares difundidos a partir da Câmara ou do Senado, desde que devidamente liberados pelas respectivas Mesas; → suspensão da liberdade de reunião; → busca e apreensão e domicílio; → intervenção nas empresas de serviço público: visa garantir a continuidade dos serviços públicos. → requisição de bens, públicos ou particulares. DICA 48 SEGURANÇA PÚBLICA É dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos. Guarda Municipal não é órgão da segurança. O rol dos órgãos de segurança pública é taxativo, logo, os Estados–membros e o DF não podem criar ou nele incluir outros órgãos, como o Departamento de Trânsito, Política Penitenciária ou Instituo Geral de Perícias. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 28 DICA 49 POLÍCIA CIVIL Súmula Vinculante nº 39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. A Polícia Civil é dirigida por delegado de polícia de carreira. Não é possível equiparar os ganhos do Delegado de polícia Civil ao subsídio dos promotores de justiça. Tem a função de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. DICA 50 POLÍCIA PENAL Presente na União, nos Estados e no Distrito Federal vinculado ao órgão que administra o sistema penal e responsável pela segurança dos estabelecimentos penais. Polícia Penal Federal é vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN. Polícia Penal Estadual e do Distrito Federal é vinculada à Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Justiça ou Secretaria de Administração Penitenciaria. EC 104/2019: o preenchimento do quadro de servidores das polícias penais será feito, exclusivamente, por meio de concurso público e por meio da transformação dos cargos isolados, dos cargos de carreira dos atuais agentes penitenciários e dos cargos públicosequivalentes. DICA 51 POLÍCIA MILITAR Força auxiliar e reserva do Exército. Principal função é de preservar a ordem por meio da prevenção da prática de crimes. STF: Edital de concurso público não pode estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais. As forças policiais devem ser instituições regulares e permanentes, não se admitindo a contratação temporária. DICA 52 POLÍCIA FEDERAL Instituição policial mantida, organizada pela União. ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 29 bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. II – prevenir e reprimir o tráfico de drogas e entorpecentes, o contrabando e descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas áreas de suas respectivas competências. III – exercer funções de polícia marítima, aeroportuária e a de fronteiras. IV- exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. STF: Viola a CF a atribuição ao militar de atendimento à delegacia em cidade que não haja delegado. DICA 53 GUARDAS MUNICIPAIS Assim como o DETRAN, não é órgão de segurança pública. Tem como função a proteção dos bens, serviços e instalações dos municípios, conforme as disposições legais. Inexiste qualquer previsão constitucional que vincule a criação de Guarda Municipal com a quantidade de habitantes no Município. STF: a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas, é CONSTITUCIONAL. ATENÇÃO! Informativo 1.007 do STF: O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) somente previa porte de arma de fogo para os guardas municipais das capitais e dos Municípios com maior número de habitantes. Assim, os integrantes das guardas municipais dos pequenos Municípios (em termos populacionais) não tinham direito ao porte de arma de fogo. O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é inconstitucional porque os índices de criminalidade não estão necessariamente relacionados com o número de habitantes. Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes de guardas municipais das capitais dos estados e dos municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço. Com a decisão do STF todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não interessa o número de habitantes do Município. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 30 DICA 54 FORÇAS ARMADAS As Forças Armadas são compostas pelo: Exercito + Aeronáutica + Marinha. O Presidente da República exerce o comando sobre as Forças Armadas. Sendo ele o detentor de competência privativa para legislar sobre as matérias relacionadas às Forças Armadas, tais como leis que modifiquem ou fixem os efetivos. Só é possível a cumulação de cargos se da área da saúde. DICA 55 DIREITO DE GREVE Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. Para o STF, os servidores que atuam na segurança pública também não podem exercer o direito de greve. Contudo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Policia Civil e Polícia Penal têm direito de associação sindical. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 31 DIREITOS HUMANOS DICA 56 FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES COMETIDOS COM VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Ocorre um deslocamento da competência, o chamado Incidente de Deslocamento de Competência para a Justiça Federal. Na hipótese de grave violação de direitos humanos, o procurador geral da república, objetivando assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o brasil seja parte, poderá suscitar, perante o superior tribunal de justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. O Brasil assumiu compromissos no âmbito internacional e precisa cumpri-los, sob pena de ser responsabilizado. DICA 57 POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS Foram criados em decorrência de uma recomendação feita na Conferência Mundial de Direitos Humanos em Viena. Apenas o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH -3) está em vigor. 1º Programa Nacional de Direitos Humanos, por meio do Decreto nº. 1.1903, de maio de 1966: identificação dos principais obstáculos à promoção dos direitos humanos no país; a execução, a curto, médio e longo prazo. 2º Programa Nacional de Direitos Humanos, Decreto nº 4229, de 13 de maio de 2002: concepção de direitos humanos como um conjunto de direitos universais, indivisíveis e interdependentes; identificação dos obstáculos, difundir o conceito de direitos humanos, entre outros. 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), por meio do Decreto nº. 7.037, de 21 dezembro de 2009, está estruturado em 6 (seis) eixos orientadores. A Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena de 1993 reafirmou os princípios da indivisibilidade e universalidade dos Direitos Humanos, já previstos na carta da ONU e na Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH). O Brasil foi um dos primeiros países a acolher a recomendação, no governo de Fernando Henrique foi estabelecido o primeiro programa e direitos humanos em 1996. DICA 58 GRUPOS VULNERÁVEIS E OS DIREITOS HUMANOS No âmbito nacional e no internacional, existem Convenções gerais ou específicas voltadas para grupos especiais, que necessitam de um tratamento diferenciado. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 32 A Constituição Federal, no art. 68 do ADCT prevê a propriedade definitiva das terras ocupadas por comunidades quilombolas, devem ser emitidas pelos Estados, em prol dos remanescentes quilombolas, por razões históricas e necessidade de manutenção desses grupos. Além dos quilombolas, outros grupos merecem a proteção seja por razões históricas, por causa da vulnerabilidade ou até mesmo por conta da discriminação, é o caso das pessoas com deficiência, idosos, mulheres, crianças, LGBTQIA+ e os índios. DICA 59 PESSOA COM DEFICIÊNCIA O presente grupo necessita de uma proteção especial para concretizar os valores decorrentes da dignidade humana, inclusive foi sancionado o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13146/2015), norma importantíssima para a inclusão da pessoa com deficiência. A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu art.1º trouxe o conceito de pessoa com deficiência, como aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade com as demais pessoas. A pessoa com deficiência possui pela capacidade civil. Hoje, a pessoa com deficiência deve ser aceitacomo eles são e as barreiras deve sem eliminadas para que possuam as mesmas oportunidades em relação as demais pessoas. Ao longo do texto constitucional, foram estabelecidas diversos direitos e proibição da discriminação, a saber: Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de deficiência. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei; O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 33 preferencialmente na rede regular de ensino; A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. Além da Constituição, a Lei 10.048/2000 trouxe a prioridade de atendimento as pessoas com deficiência e a Lei 10.098/200 estabeleceu critérios para a promoção da acessibilidade da pessoa com deficiência. DICA 60 IDOSOS Os idosos também necessitam de proteção especial, desde a Declaração Universal de Direitos Humanos e no Protocolo San Salvador já existia a previsão da proteção. A Constituição, em seu art. 203, em seus incisos I e V, estabeleceu que a assistência social, tem como objetivo a proteção da velhice e que deve ser garantido um salário mínimo ao idoso que comprovem não possuir meios de prover o próprio sustento; além disso, trouxe no art. 229, o dever de assistência dos filhos maiores e no art.130, o amparo do idoso pela família, a sociedade e o Estado. OBS: Uma pessoa é considerada idosa se possuir idade igual ou superior de 60 anos, mas a gratuidade no transporte público é assegurada aos maiores de 65 anos. → O Estatuto do Idoso (Lei 10741/2003) regula os direitos asseguradas as pessoas idosas, prevendo a proteção integral; os direitos básicos e prioridades; a possibilidade de prestação dos alimentos para o idoso, além das medidas protetivas. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 34 DIREITO INTERNACIONAL DICA 61 SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS O objetivo é sempre a solução das controvérsias, pois o conflito deve ser evitado, para que não gere um desejo de vingança de um Estado para o outro. O uso da forma só em último caso. O rol do mecanismo de solução pacífica é exemplificativo e não existe hierarquia entre eles, cada caso deve ser observado e aplicado o meio mais adequado. A Constituição prevê como princípio que rege as relações internacionais, a solução pacifica dos conflitos. A ONU trouxe em seu capítulo VI, art.33.1, alguns métodos para solução da controvérsia, que podem ser agrupados em ter grupos, os diplomáticos, políticos e jurisdicionais. DICA 62 MEIOS DIPLOMÁTICOS Os meios diplomáticos são mais utilizados no âmbito internacional, possuem um desgaste político e econômico menor se comparado com os demais. São considerados, como meios diplomáticos: Negociações diretas: Forma mais simples, são negociações estabelecidas sem a presença de um terceiro, podem ser feitas por meio de nota ou presencialmente, podem ser bilaterais ou multilaterais. O resultado pode ser a desistência (um Estado renuncia à sua reinvindicação), aquiescência (um Estado reconhece a reivindicação do outro) ou transação (Estados fazem concessões recíprocas). Bons ofícios: É a tentativa amistosa de um ou vários Estados de abrir negociações das partes interessadas ou reatar as negociações rompidas. Existe a presença de um terceiro como intermediário, mas sem apresentar posição ou proposta de solução. Mediação: É a interferência de um ou mais Estados, em outro Estado para buscar a solução da controvérsia. O mediador participa ativamente, mas não impõe sua vontade. Conciliação: Definição aproximada da mediação, mas com atuação mais formal e solene, estabelecida por uma comissão de conciliadores e a proposta de solução não é vinculante. Comissões internacionais de inquérito ou de investigação: São comissões para facilitar a solução do conflito, tem principal função a de investigar a controvérsia, mas sem apontar a responsabilidade. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 35 DICA 63 MEIOS JURISDICIONAIS São mais complexos, as decisões são obrigatórias e podem ser semijudiciais ou não judiciários, que é a arbitragem e meios judiciários, que são os tribunais internacionais. Na arbitragem, o árbitro apresentará um laudo arbitral de natureza obrigatória, podendo em caso de inobservância, o Estado ser responsabilizado. O laudo é definitivo, mas modificável, para o estabelecimento da arbitragem e necessário ter compromisso arbitral ou cláusula arbitral ou compromissória. No Brasil, a Lei n.9.307/1996 dispõe sobre a arbitragem. Os Tribunais Internacionais são compostos de juízes independentes, com investidura anterior a controvérsia e que subsistirá após a solução da mesma, os componentes não serão escolhidos pelos litigantes. A Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas, integrada por 15 juízes para um mandato de nove anos, possui dois tipos de competência, a contenciosa, relacionada as previsões da Carta da ONU ou tratados em vigor; a outra é a consultiva, que consiste na emissão de pareceres consultivos sobre questões jurídicas, a pedido dos órgãos da ONU e das organizações internacionais do sistema ONU. O Tribunal Penal Internacional foi estabelecido a partir do Estatuto de Roma, possui objetivo de julgar acusados dos crimes mais graves e de preocupação internacional, formado por dezoito juízes, dos quais três compõem a presidência do tribunal. Tribunal Internacional sobre Direito do Mar foi criado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, possui a função de julgar as controvérsias relativas à interpretação e aplicação da Convenção e demais regras que com ela não sejam incompatíveis. Corte Interamericana de Direitos Humanos foi criada em 1979, com sede em São José, na Costa Rica, julga casos de violação dos direitos humanos ocorridos nos países que integram a OEA e que reconheçam sua competência, composta por sete juízes eleitos pela Assembleia Geral da OEA e suas sentenças são definitivas e inapeláveis. Ainda é possível a existência de mecanismos mistos, que combina a arbitragem + tribunal, que é caso do sistema de solução de controvérsias do Mercosul e a solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio. DICA 64 DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – NOÇÕES GERAIS O Direito internacional privado serve para solucionar os conflitos de lei no espaço. Possui incidêncianas relações jurídicas de direito privado com conexão internacional, possibilita aplicação do direito estrangeiro, por meio da aplicação direta. A lei estrangeira é aplicada para resolver o caso concreto, sua aplicação pode ser direta do direito estrangeiro, que ocorre quando, a lei estrangeira é aplicada no caso concreto na jurisdição brasileira ou quando a lei brasileira é aplicada em outra jurisdição. Também pode ser indireta do direito estrangeria, quando há necessidade a realização de diligências ou a execução da sentença no Brasil. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 36 No Brasil, a legislação responsável pela apresentação dos critérios, foi a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB), ao lado de alguns artigos da Constituição Federal e do Código de Processo Civil. DICA 65 APLICAÇÃO DIRETA DE DIREITO ESTRANGEIRO A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) estabelece a possibilidade do juiz aplicar outra legislação que não a brasileira para a solução de conflito de leis no espaço. Vale lembrar que o ônus da prova e vigência da lei estrangeira será da parte que a invoca, podendo o juiz, no caso de desconhecimento da lei estrangeira, exigir a prova. O juiz deve primeiro qualificar o caso concreto, biscar na lei elementos de conexão e por último, definir o direito aplicável ou solucionar o conflito apresentado. São vários os elementos de conexão que são os direitos pessoais, os reais, também existe a presença do direito penal e também das obrigações. O art.7º da LINDB é rico em elementos de conexão, além dele também existem elementos nos arts. 8º ao 11. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 37 DIREITO TRIBUTÁRIO DICA 66 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Legislação material aplicável ao Lançamento Tributário: refere-se à lei aplicável no momento do lançamento. Lançamento de obrigação de pagamento de multa (infrações): aplica-se a legislação mais favorável ocorrida entre o momento do fato gerador (infração) e o momento do lançamento, resguardando-se ainda o direito do contribuinte a aplicação da legislação mais benéfica até o trânsito em julgado/extinção do crédito. Lançamento de obrigação de pagar tributo: aplica-se legislação vigente do momento de ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente essa legislação seja modificada ou revogada. Art. 144. CTN O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Legislação referente ao procedimento: aplica-se legislação vigente quando do lançamento. Ocorre quando o contribuinte outorga maiores garantias ao crédito ou são ampliados os poderes de investigação das autoridades administrativas, aplicam-se as regras procedimentais em vigor ao momento do lançamento. Art.144 CTN § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. DICA 67 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Estabilidade do lançamento: após efetuar o lançamento a autoridade administrativa deve comunicar ao sujeito passivo sobre sua ocorrência para que ele possa pagar ou contestar o tributo/multa/etc. A partir desse momento também o lançamento não pode ser mais alterado (fica estável). EXCEÇÃO: Impugnação do sujeito passivo: o lançamento pode ser alterado quando impugnado pelo sujeito passivo. STJ entende que o lançamento é nulo quando não abre prazo para que sujeito exerça seu direito de defesa ou resistência à pretensão do fisco. Recurso de ofício/remessa oficial: ocorre quando, em processo administrativo fiscal, a autoridade julgadora concorda total ou parcialmente com a impugnação realizada pelo sujeito passivo (desconstitui o crédito totalmente ou parcialmente). Nesse caso, haverá recurso de ofício para a autoridade superior. É a chamada "remessa necessária" ou "reexame necessário”. Iniciativa de ofício da autoridade: ocorre quando verificado um vício no ato praticado, tem a Administração Tributária o poder-dever de corrigi-lo, independentemente de provocação do particular. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 38 DICA 68 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO - MODALIDADES DE LANÇAMENTO O CTN traz três modalidades de lançamento. Para diferenciar uma modalidade da outra se deve observar o grau de participação do sujeito passivo para a formação do crédito do tributo. Sujeito passivo nunca lançará sozinho, pois é ato privativo da autoridade fazendária (art.142 CTN). Lançamento de ofício/direto: É aquele que não há participação do sujeito passivo. A autoridade administrativa calcula o valor do tributo, pois ela já tem informações necessárias para o cálculo (alíquota e base de cálculo). Nessa modalidade não há obrigação acessória imputável ao sujeito passivo. Lançamento por declaração/misto: Modalidade em que há participação do sujeito passivo ou terceiro e sujeito ativo (Fazenda). Fazenda Pública não tem conhecimento da base de cálculo, conhecendo somente a alíquota, assim, pede-se ao sujeito passivo que declare a base de cálculo (MATÉRIA DE FATO) (participação do sujeito passivo de 50%). Depois de declarada, a Fazenda irá calcular o tributo e requerer o pagamento. Lançamento por homologação/autolançamento: Modalidade em que o sujeito passivo calcula sozinho o montante devido do tributo e posteriormente realizar o pagamento. Após o trâmite, se correto o valor, a Fazenda homologará o pagamento. DICA 69 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO O lançamento de ofício poderá ocorrer de diferentes formas: Originário: Fazenda, ao identificar ocorrência do fato gerador, deve calcular imediatamente o montante devido a título de tributo. Subsidiário/suplementar: Ocorre nas outras modalidades de lançamento quando sujeito ativo age ilicitamente/falha, assim, subsidiariamente, a Fazenda irá calcular o tributo devido. Esse cálculo da Fazenda pode ser: Feito sobre o valor real: ocorre quando autoridade fazendária consegue detectar exato valor da base de cálculo. Ex.: pessoa deixou de declarar uma das suas fontes de renda, em cima dessa omissão irá calcular. Lançamento por arbitramento: técnica utilizada pela Fazenda para apurar o valor de bens, direitos e serviços. Nesse caso Fazenda irá desconsiderar participação do sujeito ativo (porque ele é omisso ou suas declarações não merecem fé) e, por não possuir elementos suficientes para deduzir montante devido do tributo, arbitrará o valor mais próximo que corresponda à realidade. Procedimento de arbitramento tem que ser motivado, isto é, dizer por que teve que optar pelo arbitramento, e o valor também tem que ser estabelecido a partir de critérios fundamentados. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 39 DICA 70 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO No lançamento por declaração, a Fazenda pode não aceitar a declaração, sob o fundamento de que aquela não corresponde à realidade. Se isto ocorrer a Fazenda arbitrará o valor devido do tributo, realizando lançamento de ofício subsidiário. Quando é só questão de valor desatualizado, o sujeito passivo não irá ser multado, porque não cometeu nenhumairregularidade. Quando a declaração é divergente da situação fática, o sujeito passivo pode retificar o valor declarado, para aumentar a arrecadação do tributo. Entretanto, se a retificação for para reduzir/excluir o valor do tributo, deve comprovar erro que se funde a declaração e a retificação deve ser feita antes da notificação do lançamento. Autoridade fazendária deve apurar erros e ratificar de ofício. DICA 71 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO No lançamento por homologação esse ato poderá ser feito de forma expressa ou tácita: Expressa: declaração da Fazenda declarando a concordância com valor declarado. Tácita: Ultrapassado o prazo de cinco anos para homologação expressa, ocorrerá à homologação tácita. Prazo de 05 anos conta do fato gerador. Lei COMPLEMENTAR pode fixar outro prazo. Exceção: ocorrida fraude, simulação, etc. contam-se os 05 anos da data do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Prazo é decadencial, pois se perde o direito de constituir o crédito. DICA 72 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ERRO NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: No lançamento por homologação, o contribuinte poderá, percebendo que deixou de pagar ou se não declarou inteiramente o tributo, complementar o pagamento, valor que será considerado na apuração pela Fazenda. Se a pessoa apura um determinado valor de tributo abaixo do devido e paga em conformidade com esse valor por ela apurado, a Fazenda pode homologar essa quantia, e calcular a diferença, e sobre o valor apurado da diferença incidirá juros, correção e multa (lançamento subsidiário de ofício). Se a receita entender que houve apenas uma demora em realizar o pagamento todo, incidirá somente a multa moratória. Se entender que houve dolo por parte do contribuinte, haverá a incidência da multa punitiva. Se pessoa não declara e não paga, não há o que a fazenda homologar, assim, o Fisco terá que realizar o lançamento de ofício. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 40 DICA 73 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO Prazo para lançamento: o prazo para realizar o lançamento tem natureza decadencial, pois se refere ao tempo para o exercício de um direito potestativo, qual seja, o direito de constituir o crédito tributário. Esse prazo decadencial é de 05 anos. Ou seja, nesse caso Fazenda perderá o direito de fazer o lançamento se ultrapassado o prazo de 05 anos, contado na forma do art.173 do CTN. Art. 173. CTN O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Se não realizar nesse prazo: ocorrerá decadência, que levará a extinção do crédito tributário. Art. 156. CTN Extinguem o crédito tributário: V - a prescrição e a decadência; DICA 74 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Quando a pessoa pratica o fato gerador nasce à obrigação tributária, mas essa dívida ainda é ilíquida. Assim, a Fazenda realiza lançamento, passando a dívida a ser líquida e exigível. A exigibilidade surge a partir do lançamento. Formado o crédito tributário surge para o fisco a pretensão de receber esse valor. Porém, nas hipóteses de suspensão tributária essa pretensão não poderá ser concretizada. Hipóteses de suspensão se interpretam literalmente, isso significa que as hipóteses estão previstas de forma exaustiva no CTN. Art.111, CTN. I - suspensão ou exclusão do crédito tributário. DICA 75 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Nas situações de suspensão do crédito tributário, quando se solicitar a certidão de situação fiscal, será gerada certidão positiva com efeito de negativa, demonstrando a regularidade fiscal. Art. 206. CTN Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. A suspensão do crédito não possui qualquer efeito nas obrigações acessórias, que devem continuar a serem cumpridas. Art.151 CTN Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização. Pensar Concursos. 41 DICA 76 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Nas hipóteses em que se suspende o direito do fisco de cobrar o devedor, Fisco fica impedido de promover qualquer medida de cobrança (não pode inscrever em dívida ativa, não pode propor execução fiscal, etc.). Porém, deve-se registrar que o Fisco não fica impedido de promover o lançamento, até porque o prazo para lançamento (por ser decadencial) não se suspende. Exemplo: entrou com MS preventivo (antes do lançamento), se o juiz dá a liminar, ela suspende a exigibilidade, mas o Fisco pode lançar o tributo, mas a Fazenda Pública deve aguardar o desfecho da ação para fazer a cobrança. Art. 151. CTN Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. DICA 77 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Moratória: causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário que refere-se a dilação do prazo de pagamento do tributo (altera data de vencimento), em razão de situações excepcionais, estabelecendo o pagamento pelo mesmo valor (não incide juros nem multa), em cota única, em momento posterior, instituída por lei ordinária pelo sujeito ativo. Por ser um benefício fiscal, somente podem ser concedidos por meio de lei em sentido estrito. Não é possível a combinação de diversas leis para obtenção de parcelamento mais benéfico ou mediante requisitos menos rígidos, pois essa situação implicaria a criação de nova espécie de parcelamento não autorizada pelo legislador. DICA 78 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário moratória poderá ser: Geral: outorgada por lei a todos os devedores descritos na hipótese concessiva (critério objetivo), dispensando-se a necessidade de um ato administrativo que defira concretamente o favor a cada beneficiário. Individual: a autoridade administrativa concederá o benefício por despacho administrativo, a quem comprove os requisitos, desde que haja prévia autorização legal. Lei não dá esse benefício indistintamente, precisa que o sujeito prove a presença de requisito pessoal. DICA 79 SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Créditos abrangidos pela moratória: salvo regulamento em lei em contrário, a moratória se aplica aos créditos tributários definitivamente constituídos e lançados. Art. 154. CTN Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 05 Todos os direitos reservados.
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