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RESUMO PROVA 1 ENDOCRINOLOGIA Mecanismos de ação hormonal à Glândulas endócrinas: não possuem ductos, secretando seus produtos no espaço intersticial e desse passam para. Circulação; não possuem conexão anatômica com o orgaolavo (conexão que se da pelos hormônios e neurotransmissores) à Hormônios: susbstâncias quimicas liberadas pelas células de glândulas endócrinas, são transportados através da corrente sanguínea e que exercem uma ação biológica sobre uma célula alvo. à Célula alvo: contem celular que expressam receptores hormonais específicos e que respondem a lgiacao de um determinado hormônio com uma ação biológica. - O sistema endocrino tem relações complexas com os sistemas nervoso e imune e exerce efeitos sobre o crescimento, desenvolvimento e metabolismo. à Glândulas endócrinas clássicas: Hipotálomo, Hipofise, Tireoide, Paratireoides, Suprarrenal , Pâncreas e Gônadas Observação: O coração, estômago, fígado, pulamos, pele, intestino também produzem hormônios apesar de não serem glândulas. Hormônios Peptídicos ou proteicos Esteroides (Derivados do colesterol) Derivados de aminas (tirosina) Exemplos ACTH, Insulina, Glucagon, GH Glicoproteicos: LH, FSH, TSH, Gonadotrofina coriônica Pregnolona, progesterona, cortisol, corticosteroide, testosterona, estradiol Catecolaminas à Dopamina, Noradrenalina e adrenalina Hormônios tireoidianos à Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) Solubilidade Hidrossolúvel Lipossolúvel Hidrossolúvel Lipossolúvel Circulaçnao no plasma Livre Ligado a proteínas Livre Ligado a proteína Meia vida no plasma Curta (minutos) Longa (horas- dias) Curta (min) Longa (horas- dias) Concentração no plasma Muito baixa (nM ou pM) Baixa (uM) Muito baixa (nM ou pM) Baixa (uM) Receptor Membrana Nuclear ou citossólico Membrana Nuclear Sinal 2º mensageiro Direto no gene 2º mensageiro Direto no gene Metaolismo hormonal Captação (internalização) celular e degradação Filtrados e reabsorvidos pelos rins. Transformados em formas inativas. Degradação por deiosinases em formas inativas. Relação dos receptores de membrana Down regulation - Dessensibilização causada por continua estimularão da célula por um agonista. - Processo reversível de adaptação; endocitose do receptor, inativação por fosforilação ou diminuição da expressão do receptor por ação de outro hormônio Up regulation - Aumento do numero de receptores quando a concentração hormonal está baixa Regulação e controle da secreção hormonal Centros reguladores (hipotálamo/hipófise) à glândula periférica à hormônio Glândula periferica à hormônio à tecido alvo à efeito Tireoide - Peso: em torno de 10-20g em adultos - Tamanho: 2,5 – 4 cm de comprimento, 1,5 – 2 cm de largura e 1 – 1,5 cm de espessura Vascularização da tireoide à Fluxo sanguíneo em torno de 5 mL/min/g - Artéria tireoide superior (1º ramo da artéria carótida externa) - Artéria tireóidea inferior (Ramo do tronco tireocervical - origina-se da artéria subclávia) - Artéria ima tireóidea, (Ramo do tronco Braquiocefalico ou arco da aorta( Drenagem venosa da tiroide à Plexo venoso na face anterior da tireoide - Veias tireóideas superiores e médias à veias jugulares internas - Veias tireóideas inferiores à veias braquiocefálicas Histologia da tireoide Células foliculares Sintetizam tireoglobulina Células parafoliculares (Células C) Sintetizam calcitonina (inibe a rebsorcao óssea e liberação de íons de cálcio para o plasma) Células endoteliais Revestem os capilares que suprem os folículos Controle da função tireoidiana à Eixo Hipotálamo – Hipófise – Tireide - Desiodinases hipofisárias/hipotalêmicas (tipo 2) e periféricas (tipo 1) - Auto-regulação da própria tireoide (iodo disponível) – bloqueio de captação e organificação do iodB - Estimulação ou inibição por auto-anticorpos - Hipotálamo Secreção de TRH. Estimula tireotrofos e lactrofos - Hipósfise: Síntese e liebração de TSH. Gs: captação de iodeto, a transcrição da tireoglobulina, ativação da tireoperoxidase e atividade do simportador Na-Iodeto Gq: regulação do efluxo de iodeto, produção de peroxidase e iodação da tireoglobulina - Tireoide: Síntese de T4/T3 à Tecidos periféricos Síntese e secreção de HT 1 Captação de iodeto: Transporte ativo do iodo através da membrana basal para dentro da célula tireoidiana 2 Organificação do iodo: Oxidação do iodo e iodação dos resíduos tirosina da tireoglobulina (TG) – enzima peroxidase. 3 Acoplamento das moléculas de iodotirosina à tireoglobulina para formação T3 e T4 4 Proteólise da tireoglobulina com liberação de iodotirosinas – T3, T4, MIT e DIT 5 Desiodação das iodotirosinas dentro da célula tireoidiana com conservação e reutilização do iodo liberado 6 Em alguns casos s 5’-desiodação intratireoidiana de T4 em T3. 80% T3 origina-se da deiodinação nos tecidos periféricos (desiodinase tipo1). Efeito Wolff-Chaikoff Promove bloqueio da organificação do iodo quando o iodo está em excesso. Transporte do T3 e T4 - Globulina ligadora de tiroxina (TBG) (70%) - Transtiretina (10%) - Albumina (15%) - Lipoproteínas (3%) - Livre à T3 (0,04%) e T3 (0,4%) 80% T3 origina-se da desiodação nos tecidos periféricos (desiodinase tipo 1 – figado, rins e tireóide; atividade inibida pelo PTU e contraste iodados) Metabolismo do HT - Secreção diária HT: T4 75-100 mcg/dL; T3 5 mcg/dL; rT3 < 5 mcg/dL - T3 é 3 – 8 vezes mais potente que T4; origem de desiodação periférica do T4 T3 ativa – desiodação do anel externo do T4 T3 inativo ou reverso (rT3) desiodacao do anel interno do T4 - 3 tipos de desiodinases Desiodinase tipo 1 Tecidos periféricos – fígado e rins Liberada T3 para plasma Desiodinase tipo 2 Cérebro, hipófise, coração Sensível ao T4 circulante – mantém nível constante de T3 intracelular no SNC Desiodinase tipo 3 Pele, placenta e células gliais SNC T4 para rT3 e T3 em T2 Ações dos hormônios tireoidianos - Efeitos no desenvolvimento do feto - Aumenta o consumo de O2 e geração de calor (Aumenta taxa de metabolismo basal) - Efeitos cardiovasculares - á contratiliade muscular, á tônus diastólicos, á receptores beta adrenérgicos - Efeitos simpáticos - á receptores B adrenérgicos; amplia a ação das catecolaminas - Efeitos pulmonares – mantem as respostas normais à hipoxia e hipercapnia - á oferta de O2 para os tecidos - Estimulam a motilidade gastrointestinal - Aceleram a renovação esquelética, á síntese de proteínas estruturais, ativação de osteoclastos e osteoblastos - Estimulam a síntese e degradação de colesterol (á receptores LDLc) - Aumentam a renovação metabólica de alguns hormônios (GH, GnRH, ACTH) - á Glicogenese e glicogenólise Hipotireoidismo Tireotoxicose Diagnóstico TSH alto, T3 e T4 baixos TSH baixo, T3 e T4 baixos Manifestações clínicas Fraqueza progressiva Fraqueza Pele fria, áspera, pálida ou com aspecto amarelado devido a hipercartenemia decorrente a disfunção hepática Pele macia, quente e ruborizada por causa o fluxo sanguíneo aumentado e da vasodilatação periférica Inchaço palpebral (blefarite) Edema não depressível de tecidos moles da face, língua (hipoglossia) e membros inferiores Proptose (Doença de Graves) Olhar fixo Sinal de Lid Lag: retardo da descida da pálpebra superior quando o globo ocular é movido para baixo. Intolerância ao frio, sudorese diminuída Intolerância ao calor, sudorese aumentada Ganho de peso Perda de peso (metabolismo catabólico intensificado) *Elevação da pressão arterial (convergente) * Elevação da pressão arterial (divergente + sistólica) Débito cardíaco diminuído Palpitações, fibrilação atrial Rebaixamento do nível de consciência (Estupor), Desatenção, sonolência Tremor fino, hiperatividade, ansiedade, insônia, agressividade Alargamento e engrossamentodas características faciais Miopatia (fraqueza muscular e massa muscular diminuída) Constipação diminuída Hipermotilidade, má absorção e diarreia, hiperfagia Queda de pelos (cabelo e especialmente do terço externo da sobrancelha – Tireoidite de Hashimoto) Queda de pelos Exame físico/ Exames laboratoriais Bradicardia (< 60 bpm) Hipotensão Hipotermia Hipoventilação (hipocapnia e hipóxia) Hipoglicemia Hiponatremia progressiva Taquicardia Tratamento Reposição hormonal Levotiroxina (Puran T4) Hipotireoidismo Definição: Síndrome clinica decorrente da redução da concentração ou da ação dos hormônios tireoidianos no organismo com prejuízo das atividades biológicas Classificação do hipotireoidismo Hipotireoidismo primário (95%) Deficiência de iodo na dieta Congênito Autoimune Tireoidite de Hashimoto Iatrogênico - Pós ablativo - Cirurgia (ex: Tireoidectomia total) - Iodoterapia - Irradiação externa - Medicamentos (lítio, iodetos, ácio p-aminossalicílico)* HIPO central Hipo secundário Alteração hipofisária, redução na produção de TSH Hipo terciário Redução na produção hipotalâmica de TRH - Resistência periférica à ação dos HT: mutação no gene do RT beta; defeitos dos receptores, acarretando em níveis normais ou elevados dos hormônios tireoidianos. à Fatores de risco para hipotireoidismo primário - Sexo feminino (risco 5-10x maior) - Idade superior 60 anos - História familiar de doença tireoidiana - Presença de anticorpos anti-tireoidianos (anti-TPO; anti-tireoglobulina) – doença autoimune tireoidiana e extra-tireoidiana - Bócio - Fármacos (amiodarona, lítio, interferon-alfa, tionamidas) - Doença nodular tireoidiana - História de radioterapia de cabeça e pescoço (radiação externa ou iodo radioativo) - Baixa ingesta de iodo Patologias e síndromes com maior risco de tireoidite de Hashimoto - Síndrome de Down - Síndrome de Turner - Diabetes mellitus tipo 1 - Doença celíaca e anemia perniciosa Manifestações clínicas do hipotireoidismo à TABELA Coma mixedematoso - Estágio terminal do hipotireoidismo não tratado; - Evento precipitante (infecção, cirurgia, traumas); mais frequente no inverno - Mais comum em idosos com doenças vasculares e pulmonares preexistentes - Triade clássica: fator precipitante; hipotermia, alteração nos níveis de consciência; - Fisiopatologia: alterações metabólicas na tentativa de compensação - Alterações neurológicas: diminuição do fluxo cerebral associada a uma redução do consumo de oxigênio e concentrações de glicose - Alterações cardiovasculares: bradicardia e diminuição da contratilidade miocárdica → diminuição do débito cardíaco. Diminuição da transcrição gênica associado aos baixos niveis de T3 → diminuição das proteínas contráteis dos miócitos e de enzimas, incluindo a Na, K, Atpase. - Retenção de CO2 e hipóxia; distúrbios hidroeletrolíticos (redução da filtração glomerular por baixo DC) e hipotermia; redução da motilidade intestinal (megacolon, íleo paralítico). Diagnóstico de hipotireoidismo à Dosar TSH e T4 livre TSH T4 Diagnóstico Conduta Elevado Baixo Hipotireoidismo primário L-tiroxina (Puran T4) Elevado Normal Hipotireoidismo subclínico L-tiroxina (Puran T4) OU observar Normal ou baixo Baixo Hipotireoidismo secundário ou terciário RM da sela túrcica (Tumor?) Normal Normal Descartar hipotireoidismo Teste do TRH Diferencia causa hipotalâmica ou hipofisária. 200 μg de TRH EV Dosagem do TSH basal, 30 e 60 min após a infusão do TRH - Alteração hipofisária: Ausência de elevação do TSH - Alteração hipotalâmica: Elevação modesta ou tardia do TSH - Alteração na tireóide: Resposta excessiva do TSH Ecografia – exame complementar - Deve ser solicitada sempre que houver um nódulo palpável. - Na suspeita de hipotireoidismo secundário ou terciário a avaliação de outros hormônios hipofisários e ressonância magnética são necessários Quando fazer screening para hipotireoidismo - Historia pessoal de outras doenças autoimunes (DM1; anemia perniciosa, doença celíaca, vitiligo, doença de Addison); - História familiar de doença tireoidiana; - História pessoal de radiação cervical ou cirurgia tireoidiana; - Exame tireoidiano alterado; - Doença psiquiátrica; - Uso de lítio ou amiodarona; - Dislipidemias; - Sintomas compatíveis com hipotireoidismo; - Miopatias Tratamento para hipotireoidismo - Deve ser iniciado imediatamente em casos suspeitos; as primeiras 24-48h são críticas, deve ser feito em unidade de tratamento intensivo. - Levotiroxina (EV) corrige a hipotermia e melhora a resposta ventilatória à hipóxia; restrição de volume (redução da depuração de água livre) Prioridades no tratamento 1. Ventilação mecânica, se houver hipercapnia/hipóxia significantes. 2. Reposição hormonal imediata, enquanto se aguardam resultados confirmatórios. 3. Aquecimento com cobertores comuns e uma sala quente (aquecimento rápido, ativo, é contra-indicado, pois pode provocar vasodilatação periférica e induzir o choque circulatório). 4. Administração de corticóides, após a coleta de sangue para cortisol plasmático. 5. Tratamento de infecção associada, pois é frequente no CM uma infecção oculta ou declarada. 6. Correção de hiponatremia grave (Na < 120 mEq/L). Grupo D - Avaliar TSH após 6 semanas (para possível necessidade de ajuste) - Pacientes portadores de cardiopatia isquêmica, idosos ou com hipotireoidismo grave → iniciar com doses menores = 25 ug (fazer incremento de 25 a cada 15 a 30 dias) - Alvo do tratamento do hipotireoidismo central: manter níveis de T4L normal (1,0 – 1,8 ng/L). Obs: não deve-se levar em consideração os níveis de TSH e sim os de T4L - Valor de referencia para T4: 9 a 12 ug/L - TSH deve ser diminuído para o meio do limite de normalidade; - Levotiroxina 1,0 a 1,7µg/kg (peso ideal); - Avaliar o TSH após 6 semanas para possíveis ajustes; - Idosos, portadores de Cardiopatia isquêmica e hipotireoidismo grave: iniciar com doses menores (25 µg) e incrementos 25µg a cada 15 a 30 dias; - Hipotireoidismo central – manter níveis de T4 livre normal - Paciente deve tomar medicação em jejum (ideal é aguardar 60 minutos para comer. No mínimo 30 minutos) Interferem na absorção da Levotiroxina - Doenças de má absorção; - Idade do paciente; - Drogas: colestiramina, sulfato ferroso, cálcio, antiácidos - Anticonvulsivantes, Rifampicina e Sertralina aceleram o metabolismo da Levotiroxina Controle laboratorial - TSH = faixa da normalidade preferencialmente = 0,5 – 2,0 um/L - T4 livre = 1,0 – 1,8 nd/dL - T4 total = 9 -12 ug/dL Se o paciente tiver hipotireoidismo central: - T4 livre = 1,0 – 1,8 ng/dL. T4 total = 9-12 ug/dL Síndrome do eutireoidiano doente - Inibição da deiodinase tipo 1 e ativação da deiodinase tipo 3; - Ocorre como proteção do organismo contra um gasto energético exacerbado em algumas situações de doença; - Ocorre inibição da conversão do T4 em T3, resultando em ↓ T3 circulante, aumento da T3r, T4 (normal, reduz a medida que ↑ gravidade) e TSH normal para reduzir o gasto energético - Clinicamente eutireoidianos Tireotoxicose e hipertireoidismo Tireotoxicose Hipertireoidismo Síndrome clínica resultante da exposição dos tecidos a níveis altos de hormônios tireoidianos circulantes; Tireotoxicose decorrente de hiperatividade da glândula tireóide Nem todo quadro de tireotoxicose é um hipertireoidismo Tireotoxicose SEM hipertireoidismo Tireotoxicose COM hipertireoidismo Tireoidite de Hashimoto Tireoidite subaguda granulomatosa (dolorosa) Tireoidite subaguda linfocítica (indolor) Tireotoxicose factícea Carcinoma metastático de tireoide (folicular) Struma ovarii (teratoma ovariano que contém tecido tireoidiano que secreta T3 e T4) Doença de graves (bócio difusotóxico) Bócio multinodular tóxico (BMT) Adenoma tóxico (síndrome de Plummer) Induzido por iodo (fenômeno de Jod- Basewoe) Mola hidatiforme Adenoma hipofisário secretor de TSH (muito raro) Tireotoxicose SEM hipertireoidismo Tireoidites Aguda Piogênica Incomum, caracterizada por quadro doloroso, associado a sintomas sistêmicos (febre, supuração do lobo afetado) Tuberculosa e Fúngica Mais comum em pacientes imunodeprimidos Forma aguda ou crônica Aumento bilateral da glândula e quadro infeccioso Diagnóstico pelo aspirado ou biópsia Subaguda Trieoidite Granulomatosa (de Quervin) Causa mais comum de dor tireoidiana (dor cervical) - Secundária a uma infecção viral - Inflamação tireoidiana e hipertireoidismo são transitórios. - TRAb negativo e captação reduzida à Diagnóstico diferencial com Doença de Graves (Trab + e hipercaptação) Tireoidite Linfocítica (slienciosa ou atípica) Doença autoimune. Mais frequente em adultos de meia idade e mais comum em mulheres - Aumento indolor da glândula - Hipertireoidismo leve - Tireoglobulina elevada (destruição folicular) - Cintilografia com baixa captação - Elevação de anticorpos antitireoidianos (anti-G, anti-TPO) - Associação com diversas doenças autoimunes: Síndrome de Sjogren, Esclerose Sistêmica, Artrite Reumatóide, Doença de Addison. Tireoidite pós- parto - Doença autoimune. - Variante da tireoidite linfocítica indolor - Tireotoxicose transitória com hipotireoidismo transitório e recuperação da função tireoidiana ( 20 a 30% ). Crônica Tireoidite de Hashimoto (linfocítica, crônica) Doença autoimune que resulta na destruição da glândula tireoide por autoanticorpos tireoidianos e na falência progressiva e gradual da glândula. Organismo não produz T3 e T4 à Aumento dos níveis de TSH e TRH (Feedback negativo) à compensação os níveis de T3 e T4 (liberação do coloide pelas células foliculares destruídas) à Hipotireoidismo à Etiologia específica - Tireoidite actínica (por irradiação) - Tireoidite pós-trauma - Tireoidite meciamentosa (amiodarona, lítio) à Etiologia desconhecida - Tireoidite de Ridel (lenhosa ou esclerosante crônica) à Tireoidite factícia - Fórmulas para emagrecer - TSH suprimirdo, T3 e T4 variam de acordo com o hormônio presente na formula Tireotoxicose COM hipertireoidismo Doença de Graves - Principal causa de hipertireoidismo - Doença autoimune. Associada a: Fatores genéticos (HLA-DR3 e HLA-DQA1+0501) Fatores ambientais (tabagismo, dieta rica em iodo, estresse e infecções previas) - Linfócitos B sintetizam anticorpos antiTRAB que se ligam ao receptor de TSH na célula folicular da tireoide e promovem hipertrofia e aumento da vascularização da glândula, aumento da produção de hormônios tireoidianos. à Manifestações clínicas: Tireotoxicose Bócio difuso tóxico (97%) Volume variável Frêmito e sopro sobre a glândula (aumento do fluxo sanguíneo) Cintilografia: difusa e hipercaptante Oftalmopatia de Graves (50%) Infiltração dos músculos extra-oculares com linfócitos Dermopatia (mixedema pré-tibial) (5-10%) Espessamento da pele (placas) devido ao acúmulo de glicosaminoglicanos - Sinal de Lid Lag: retardo da descida da pálpebra superior quando o globo ocular é movido para baixo. à Diagnóstico – Dosagem de TSH, T3 e T4 livres. Dosagem de TRAB TSH T4 livre T3 Diagnóstico Suprimido (< 0,1 mIU/L) Normal Hipertireoidismo subclínico Normal Elevado T3-Toxicose** Elevado Elevado Tumor secretor de TSH OU Resistência hipofisária aos HT **T3- toxicose mais comum na fase inicial da doença ou em casos de recidiva. - Cintolografia: Indicada nos casos de dúvida diagnóstica - Ultrassonografia: Solicitar na presença de nódulos. Útil na diferenciação de tireotoxicose por destruição folicular à Tratamento Medicmentoso à Drogas anti-tireoidianas: Inibem a síntese de T3 e T4 na célula folicular - Metimazol: inicia 10-30 mg pela manhã (30 a 40 mg) Reavaliar função tireoidiana 4-6 semanas após o inicio do tratamento. Se houver melhora clínica e o T3 e T4 normalizarem, mantém a dose mesmo se TSH esteja suprimido. Efeitos adversos (raros): agranulocitose (febre, adinofagia) e hepatite tóxica à suspensão do tratamento medicamentoso à β-bloqueadores (Propanolol/Atenol) – útéis para reduzir os sinais de tireotoxicose Iodo radioativo Reduz volume glandular. Induz hipotireoidismo transitório ou permanente Contraindicações: gestantes, lactantes, baixa captação I, suspeita de nódulo maligno. Cirurgia Tireoidectomia Indicações: bócio volumoso (>150g), nódulo suspeitos de malignidade e sintomas compressivos Hipertireoidismo apatético - Idosos sem sintomas clássicos, apenas com alterações cardiovasculares associados a sintomas inespecíficos (astenia, fraqueza muscular intensa e depressão) - Cardiopatia tireotóxica Sinais e sintomas de disfunção cardíaca Fibrilação atrial e refratária a digoxina Insuficiência cardíaca de alto débito 50% dos pacientes sem evidência de outra cardiopatia Cura-se com o tratamento da tireotoxicose - Recomendação: avaliar a função tireoidiana em todo paciente que evolui com FA Crise tireotóxica - Exacerbação aguda dos sinais e sintomas de tireotoxicose - Forma mais grave – após cirurgia, tratamento I 131, parto de portadoras de hipertireoidismo não controlado. - Febre (38-41o C), taquicardia grave com FA, elevação da pressão de pulso, insuficiência cardíaca, agitação extrema, delírio e coma Tratamento da crise tireotóxica - Propranolol EV 1-2 mg (VO 40 – 80mg) 6/6 h; - IC ou arritmia: Verapamil EV 5 – 10 mg - PTU 250 mg 6/6 horas - Iodeto de sódio EV 1 g 24/24h ou solução de lugol 10 gts 2x/dia - Hidrocortisona EV 50 mg 6/6 h - Controle da febre ➢Fenobarbital Tireotoxicose COM hipertireoidismo Adenoma tóxico (Doença de Plummer) - Nódulo autônomo funcionante (> 3 cm) à hipertireoidismo - Mutação nos receptores de TSH à Hiperplasia, proliferação e hiperfunção celular - Cintilografia: nódulo hipercaptante com restante da glândula hipocaptante - Tratamento medicamentoso: drogas antitireoidianas. - Tratamento cirúrgico: nódulos volumosos (lobectomia unilateral) Bócio multinodular tóxico (BMNT) - Bócio mulitinodular de tamanho variável - Mutação nos receptores de TSH - Sintomas compressivos são comuns (Tosse, disfagia, dispneia e disfonia) - Sinal de Pemberton: sufusão facial e distensão da veia jugular quando eleva os braços - Cintilografia: 2 ou mais nódulos hipercaptantes e hipocaptacao no restante da glândula. - Tramento com radioiodo: idade avançada, comorbidades significativas, cirurgia cervical prévia, RAIU suficiente para permitir terapia com I131 - Tratamento cirúrgico: presença de sintomas ou sinais de compressão cervical; bócio volumoso (>80g), extensão subesternal ou retroesternal do bócio Adenoma hipofiário secretor de TSH - Raro - Aumento da produçnao de TSH por um adenoma hipofisário (geralmente macroadenoma) OU - Hipersecreção não-neoplásica de TSH pela hipófise (síndrome de secreção inapropriada de TSH) - Cintilografia: bócio hiperfuncionante - Tratamento cirúrgico Nódulos tireoidianos Classificação: Nódulos benignos (95%) Bócio Colóide Adenomatoso Tireoidite focal Adenomas benignos (folicular: coloide, Hurtle, embrionário, raros: teratoma, hemangioma, lipoma) Hiperplasia de tecidos remanescentes (Cirurgia, I131) Cistos de tireoide Agenesia de um lobo da tireoide Nódulos malignos (5%) Carcinoma papilífero (80-85%) Evolução lenta, com tratamento eficaz. Metástase em geral para linfonodos cervicais. Nódulo sólido firme. Bócio multinodular, terá um nódulo dominante. Carcinoma Folicular (15%) Evolução lenta, prognóstico mais reservado. Metástase sistêmicas por via hematogênica. Carcinoma Medular (5%) Origem neuroendócrina (células C).Calcitonina elevada Forma esporádica ou familiar (MEN 2A, MEN 2B - Neoplasia endócrina múltipla) Carcinoma Anaplásico (5%) Muito agressivo. Prognóstico reservado. Sintomas compressivos Risco de malignidade Baixo risco de malignidade Risco aumentado de malignidade Idade avançada Crianças, adultos jovens Sexo feminino Sexo masculino Crescimento lento Crescimento rápido ou volumoso com sintomas compressivos Bócio multinodular Nódulo solitário ou dominante nitidamente diferente do restante da glândula Nódulo macio e móvel Nódulo endurecido, aderido a planos profundos ou estruturas adjacentes, pouco móvel. Estes dados não devem ser confrontados com os resultados dos métodos de imagem para se confirmarem como suspeitos para malignidade do nódulo. Outros fatores que sugerem maior risco de malignidade do nódulo tereoidiano: - Paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo. Adenomegalia regional ipsilateral - História de irradiação de cabeça e/ou pescoço ou irradiação total para transplante de medula óssea - História familiar de Câncer de tireóide ou Neoplasia Endócrina Múltipla - História de exposição à radiação ionizante ou radioterapia cervical na infância ou adolescência; - Diagnóstico prévio de câncer de tireoidite com tireoidectomia parcia - Síndromes hereditárias como Neoplasia Endócrina Múltipla Tipo2 (NEM2), Síndrome de Cowden, Síndrom de Pendren, Síndromede Wener, Complexo de Carney, Polipose adenomatosa famliar - Nódulo indicentalemtne detectado no FDG-PET (como captação focal) em pacientes oncológicos Quadro clínico à Maioria dos nódulos são assintomáticos Diagnóstico - Palpação tireoidiana à nódulos > 1 cm - Achados de ultrassonografia/CT/RM (incidentalomas) à Cintolografia - Indicada apenas na suspeita de nódulo autônomo (TSH suprimido); Nódulos hipercaptantes (quentes) São benignos e podem corresponder a adenoma folicular; Nódulos hipocaptantes (frios) Carcinomas de tireóide e maioria dos nódulos benignos à Ultrassonografia - Características dos nódulos: Sugestivas de benignidade Sugestivas de malignidade - Imagem nodular anecóica: cisto de tireóide - Nódulos com ecogenicidade normal (isoecóico) ou aumentada (hiperecóico) - Nódulos mistos (semelhantes a queijo suiço) - Ecogenicidade diminuída (hipoecóicos) - Contornos irregulares - Microcalcificações - Invasão de estruturas adjacentes - Presença de linfonodos suspeitos: aspecto nodular, com aumento da ecogenicidade, podendo ocorrer degeneração cística. - Fluxo sanguíneo intranodular aumentado História e Exame físico nódulo US tireoide/região cervical TSH âTSH áTSH ou normal Cintilografia PAAF < ou = 1cm suspeito < 1 cm não supseito Acompanha- mento Nódulo hiperfuncionante? Nódulo benigno Nódulo maligno (95%) Lesão folicular - 85% benignas - 15% malignas Indicações de PAAF em pacientes com nódulo tireoidiano (exceto hipercaptante ou puramente cístico) Tamanho do nódulo Indicação de PAAF < 5 mm Não indicada ≥ 5 mm Pacientes com alto risco clínico de malignidade ou nódulo suspeito na US ≥10 mm Nódulo sólido hipoecoico ≥ 15 mm Nódulo sólido isso ou hiperecoico ≥ 20 mm Nódulo complexo ou esponfigorme Nódulo com aparente invasão extratireoidiana Todos Linfonodos suspeito na US PAAF do linfonodo Para nódulo < 10 mm, sem invasão aparente ou linfonodos suspeitos, o acompanhemtno com US, adiando a PAAF para quando este limite (10 mm) for ultrapassado, é uma conduta aceitável. - Mesmo sem achados suspeitos na US Classificação de Bethesda Categoria Diagnóstico Risco de Malignidade (%) de risco Indicação de cirugia I Não diagnóstica/insatisfatória 1 – 4 Repetir PAAF Considerar cirurgia de padrão ecográfico suspeito II Benigna 0 – 3 Não indicado cirurgia III Atipia ou lesão folicular de significado indeterminado 5 – 15 Repetir PAAF 3 meses Avaliar cirurgia dependendo dos achados ecográficos suspeitos - Teste moleculares IV Neoplasia folicular ou suspeita de neoplasia folicular 15 – 30 Cirurgia V Suspeita de malignidade 60 – 75 Cirurgia VI Maligna 97 – 99 Cirurgia Acompanhamento de nódulos benignos - US a cada 6-18 meses após PAAF inicial. Puncionar novamente se: Aumento > 50% no volume Aumento > 20% em 2 dimensões - Acompanhar e se reacumular líquido: Punção, Cirurgia e Injeção percutânea de etanol Pâncreas Pâncreas exócrino Pâncreas endócrino - Ductos e ácinos pancreáticos - Produção de enzimas digestivas, liberadas no duodeno Ilhotas de Langerhans (700.000 a 1 milhão | 1 – 1,5% da massa total do pâncreas) Células endócrinas da ilhota pancreática Tipos celulares (% ds células da ilhota) Hormônios secretados Célula beta (65 a 80) Insulina e amilina Célula alfa (15 a 20) Glugacon Célula delta (3 a 10) Somatostatina Célula PP (3 a 5) Polipeptídeo pancreático Célula épsilon (<1) Grelina Hormônios pancreáticos Insulina Polipeptídeo Produzida nas células β- pancreáticas. Molécula precursora: proinsulina à enzimas proteolíticas à peptídeo C + insulina ativa (51 aminoácidos) Glucagon Polipeptídeo - 29 aminoácidos Produzido pelas células α pancreáticas Somatostatina Produzido pelas células delta pancreáticas (14 aminoácidos) à Inibe a liberação de glucagon e insulina. Ação parácrina; liberada por alimentação rica em gorduras, proteínas. Somatostatina de 28 aminoácidos produzida a nível de SNC à inibe GH e insulina. Polipeptídeo pancreático Polipeptídeo. 36 aminoácidos Produzido pelas células PP. Ação fisiológica desconhecida. Insulina Glucagon Polipeptídeo Insulina ativa - 51 aminoácidos Polipeptídeo - 29 aminoácidos Produção Células β- pancreáticas Células α pancreáticas Fatores que estimulam a secreção Glicose** CK, GIP, GLP-1 e acetilcolina – sinergia com a glicose, amplifica a resposta da célula beta Hipoglicemia Adrenalina Estimulação vagal Fatores que inibem a secreção Catecolaminas (adrenalina, noradrenalina) e somatostatina Hiperglicemia Somatostatina Órgãos alvo Ação parácrina: célula alfa + liberação de somastostoina Ação endócrina: Fígado, músculo, tecido adiposo Fígado**, tecido adiposo, coração, vasos, cérebro Receptor Receptor heterotrimérico (2 subnidades α e 2 β) Receptor transmembrana ligado a proteína Gs Glicólise Estimula Inibe Gligogenólise Inibe Estimula Gliconeogênse Inibe Estimula Glicogênse Estimula Inibe Cetogênese Inibe Estimula Termos importantes Glicólise Degradação da glicose (glicose à piruvato). Músculo, tecido adiposo Glicogenólise Degradação do glicogênio. Glicogênio à glicose. Ocorre no fígado e no músculo. Gligoneogênse Síntese de glicose a partir de anglicanos (não-açúcares ou não- carboidratos). Grande parte realizado no fígado (principalmente sob condições de jejum) e uma parte menos no córtex dos rins. Glicogênese Sítntese de glicogênio (glicose à glicogênio). Ocorre no fígado**, músculo e tecido adiposo Efeito da insulina sobre o metabolismo dos lipídeos - Estimula a síntese de ácidos graxos e de triaglicerol nos tecidos. - Estimula a captação de triglicerídeos a partir dao sangue no tecido adiposo e músculo. - Aumenta a velocidade de síntese do colesterol no fígado. - Inibe a lipólise no tecido adiposo. - Inibe a oxidação dos ácidos graxos no fígado e no músculo. Efeito da insulino no metabolismo das proteínas - Estimula síntese de proteínas no músculo, tecido adiposo, fígado e outros tecidos. - Inibe a degradação da proteína no músculo - Inibe a formação da ureia Regulação da secreção de insulina à Secreção basal: Estado de jejum (2 – 5 mU/mL) à Secreção estimulada: Pós-prandial. Glicose é o estímulo mais potente. É bifáscia 1ª fase (minutos) – Liberação de vesículas prontas por exocitose 2ª fase (horas) – Patamar sustentado - A glicose penetra na célulapela GLUT 2. Transportador de glicose presente nas células pancreáticas. - GLUT2 tem baixa sensibilidade a glicose. Só permite a entrada da glicose na célula quando há um aumento na sua concentração na circulação. - Dentro da célula, a glicose é metabolizada através da glicoquinase no ciclo de Krebs formando o ATP. O aumento do ATP em relação ao ADP faz com que haja um bloqueio dos canais de cálcio na membrana, impedindo o efluxo de potássio para o exterior da célula. - O aumento do potássio intracelular promove a despolarização da membrana plasmática e com isso a abertura dos canais de cálcio. - O aumento do cálcio intracelular faz com que ocorra a exocitose dos grânulos de insulina. - Insulina tem meia vida curta 3-5 minutos e também é metabolizada nos rins. Observações: - O número de receptores de insulina disponíveis é modulado pelo exercício, dieta, pela insulina e outros hormônios (up ou down regulation). Principais características dos transportadores de glicose (GLUTs) Transp. Expressão Função GLUT 1 Ubíquio, com níveis particularmente elevados nas hemácias humanas e nas células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos do cérebro. Expresso no músculo esquelético e no tecido adiposo. Captação da glicose pelo músculo esquelético e gordura em condições boas GLUT 2 Transportador de glicose de baixa afinidade presente nas células β do pâncreas, no fígado, no intestino e nos rins. Funciona no sistema sensor de glicose e assegura que a captação da glicose pelas células β do pâncreas é pelos hepatócitos só ocorra quando os níveis circulantes de glicose estiverem elevados GLUT 3 Principalmente nos neurônios Juntos, o GLUT 1 e o GLUT 3 são cruciais para que a glicose possa travessar a barreira hematoencefálica e penetrar nos neurônios GLUT 4 Predominantemente no músculo estriado e no tecido adiposo. De modo diferente das outras isoformas do GLUT, principalmente localizadas na membrana celular, as proteínas transportadoras GLUT 4 são sequestradas em vesículas de armazenamento especializadas que permanecem no interior da célula em condições basais Principal transportador responsivo a insulina GLUT 5 Espermatozoides e intestino delgado Predominantemente em transportador de frutose Diabetes Mellitus - Síndrome caracterizada por hiperglicemia persistente resultante de defeitos na produção de insulina, na sua ação ou em ambos os mecanismos. - Sintomas clássicos: Poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso à Diagnóstico de diabetes (DM1 OU DM2) Glicose em jejum (mg/dL) Teste de tolerância a glicose** Glicose ao acaso HbA1c (%) Observações Normoglicemia < 100 < 140 - < 5,7 OMS emprega valor de corte de 110 mg/dL para normalidade da glicose em jejum Pré-diabetes ou risco aumentado para DM ≥ 100 e < 125* ≥ 140 e 199 - ≥ 5,7 e < 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de pré-diabetes Diabetes estabelecido ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia ≥ 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de DM. Método de HbA1c, deve ser o padronizado. Na ausência de hiperglicemia, é necessário confirmar o diagnóstico pela repetição de testes. ** Teste de tolerância a glicose: glicose medida após 2 horas pós sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL). ≥ 6,5%, confirmar com outra coleta (dispensável se sintomas ou glicemia > 200 mg/dL) à Classificação do diabetes Diabete Mellitus tipo 1 Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células B comprovada por exames laboratoriais. Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática Diabetes Mellitus tipo 2 Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina. Diabetes gestacional Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio Outros tipos de DM - Monogênios (MODY) - Diabetes neonatal - Secundário a endocrinopatias (Cushing, Acromegalia, Feocoromocitoma) - Secundário a doenças do pâncreas exócrino - Secundário a infecções - Secundário a medicamentos (corticóide, betabloqueador, diuréticos) Diabetes Mellitus tipo 1 - Resulta da destruição das células β-pacreáticas - Em 95% dos casos é autoimune (tipo 1A). Em 5% é idiopática (tipo 1B) Patogênese do DM1 Predisposição genética (genes ligados ao HLA DR3/DR4 (DQ protetor)) + Agressão ambiental (viroses (caxumba, CMV, rubéola, coxasackie); drogas (compostos N-nitroso); estresse) ò Ativação imunológica Anticorpos: anti-ilhotas (ICA); anti GAD (ácido glutâminco descarboxilase); anti-insulina (IAA); Anti-tirosina fosfatase (Anti-IA2) ò Destruição imune das células beta pancreáticas (insulinite) ò Diabetes mellitus tipos 1 Dosagem de anticorpo é indicada somente para a população que já tem o diagnóstico, pois pode não haver significado patológico à Diagnóstico etiológico - Diabetes autoimune de início tardio OU LADA (latent autoimmune diabetes in adults) Diabates de instalação gradual, em que o paciente pode cursar com hiperglicemia moderada, oligossintomática, inclusive com boa resposta a hipoglicemiantes orais por vários meses/anos devido à perda mais lenta da massa de células beta. Essa forma lentamente progressiva, com quadro clínico inicial bastante semelhante ao do diabetes tipo 2, é conhecida como diabetes autoimune latente do adulto (LADA), entretanto, com o tempo, todos precisam de insulina exógena para manter a normoglicemia e prevenir a cetoacidose. - Agressão ambiental à diminuição na produção de insulina, mas a produção se mantém com uma liberação normal. - 40% das células β funcionantes, à apareciemtno dos sintomas ou o paciente pode ter alguns picos de hiperglicemia - 10% das células β funcionantes à quadro clínico típico de poliuria, polidipsia, polifagia e perda de peso. - Início do tratamento à melhora do controle metabólico e redução do fator desencadeante. Como ainda tem 10% de células beta funcionantes o paciente passa por um período denominado “Lua de mel”, em que essa produção baixa ainda consegue manter a glicemias normais até ele se tornar completamente deficiente. Estágios do DM1 (ADA) Estágios 1 2 3 Autoimunidade Anticorpos positivos Anticorpos positivos Anticorpos positivos Níveis glicêmicos para diagnóstico Normoglicemia de jejum, TOTG e HbA1 normais Disglicemia: níveis glicêmicos alterados, compatíveis com pré- diabetes (jejum entre 100 e 125 mg/dl, 2 horas no TOTG entre 140 e 99 mg/dL ou HbA1 entre 5,7 e 6,4%) Hiperglicemia evidente e de início recente, critérios clássicos para diagnóstico de DM (glicemia jejum ≥ 126 mg/dL, 2 horas no TOTG ≥ 200 mg/dL, ou HbA1c ≥ 6,5%) Sintomas Ausentes Ausentes Presentes Mecanismos compensatórios frente a deficiência de insulina Poliúria (diurese de solutos) É resultado da diurese osmótica provocada pela glicosúria. A glicosúria ocorre devido hiperglicemia que ultrapassa os valores de capacidade das células tubulares renais em reabsorver a glicose pelo filtrado glomerular. Polidipsia (Sede excessiva) A polidipsia é compensatória a poliúria, visando evitar a desidratação. Polifagia (Fome excessiva) A incapacidade da glicose de entrar nas células do cnetro da saciedade na região vetromedial do hipotálamo promove uma incapacidade de impedir a forme. Liberação de contrarreguladores Glucagon (fígado), adrenalina e cortisol no músculo e tecido adiposo Catabolismo de proteínas e gorduras A degradação de proteínas musculares e lipídeos do tecido adiposo causa aumento de aminoácidos e ácidos graxos livres para a produção de glicose por via hepática. Organismo tenta compensar a inanição percebida. Condiçãocatabólica promove perda de peso. . Cetogênese Definição: Processo de produção de corpos cetônicos pelo fígado (acetoacetato, B-hidroxibutirato e acetona) durante um jejum prolongado ou quadro diabético. - A maior parte da reserva energética do organismo encontra-se armazenada sob a forma de triglicerídos. à Lipólise - Ocorre no tecido adiposo (adipócitos) quando os níveis de glicose não são suficientes para suprir as necessidades corporais. - É o processo de degradação dos lipídeos em ácidos graxos e glicerol. Esse processo depende da ativação da enzima lipase hormônio-sensível (HSL). Glicerol é transformado em glicose e liberado na corrente sanguínea para repor o glicogênio hepático. Ácidos graxos tem um destino diferente a B-oxidação na mitocôndria, que o transforma em Acetil-CoA, que pode entrar no ciclo de Krebs e ser completamente oxidado a CO2. Frente a uma situação de jejum prolongado ou em quadros diabéticos, os adipócitos intensificam a lipólise visando aumentar a concentração de acetil-CoA dentro da mitocôndria para geração de energia via ciclo de Krebs ou corpo cetônico. A gliconeogênse aumenta simultanemanete no fígado, consequentemente, ocorre amento do consumo de oxaloacetato. O ciclo de Krebs é inibido e o acetil-CoA é direcionado à produção de corpos cetônicos: acetoacetato, B-hidroxibutirato e acetona. Diabetes Mellitus tipo 2 Definição: Diabetes é um grupo heterogêneo de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica resultante de defeitos na secreção de insulina, na ação dela ou ambos. - Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental, com defeito da secreção e ação da insulina. - Surge geralmente após os 40 anos. - Doença poligênica, com forte herança familiar, cuja ocorrência tem contribuição significativa de fatores ambientais. - Maioria dos pacientes tem obesidade ou sobrepeso. Graves complicações do DM2 já estão presentes no momento do diagnóstico Complicação Prevalência (%) Alguma complicação 50 Retinopatia 21 Anormalidades no ECG 18 Ausência de pulso pedioso (>=2) e/ou pé isquêmico 14 Reflexos comprometidos e/ou diminuição da sensação vibratória 7 Infarto do miocárcio/angina/claudicação -3 AVE/ataque isquêmico transitório -1 * Alguns pacientes apresentam mais de uma complicação no momento do diagnóstico Octeto Nefasto (De Fronzo) àPara desenvolvimento e a perpetuação da hiperglicemia ocorrem concomitantemente: - Disfunção incretínica - Graus variados de deficiência na síntese e na secreção de insulina pela célula β pancreática. - Aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, - Aumento da reabsorção renal de glicose - Resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina, - Aumento da produção hepática de glicose, - Hiperglucagonemia Rastreamento de DM2 à Indivíduos com idade < 45 anos; com sobrepeso ou obesidade e que apresentam mais um fator de risco para DM dentre os seguintes - Pré-diabates - História familiar de DM (parente de primeiro grau) - Raça/etnia de alto risco para DM (negros, hispânicos ou índios Pima) - Mulheres com diagnóstico prévio de diabetes mellitus gestacional (DMG) - História de doença cardiovascular - Hipertensão arterial - HDL < 35 mg/dL e/ou triglicerídes > 250 mg/dL - Síndrome de ovários policísticos - Sedentarismo - Acantose nigrans Comparação entre Diabetes tipo 1 e Diabetes tipo 2 Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2 (85 a 90% dos casos) Herança associada ao HLA Herança poligênica Predomínio em < 20 anos Predomínio em > 40 anos Defiência absoluta de insulina Peptídeo C baixo ou indosável Resistência à ação da insulina associada aos graus variados de deficiência de secreção de Peptídeo C variável Indivíduos magros Indivíduos geralmente com sobrepeso ou obesos, sedentários e hipertensos Início subagudo, com sintomas de hiperglicemia acentuada Início insidioso. Assintomáticos (50%) ou Oligossintomático Complicação aguda mais característica: cetocidose diabética Descompensação típica: estado hiperosmolar Tratamento de diabetes à Objetivos e metas: - Incorporar todos os aspectos e características da criança / adolescente / adulto no seu plano de tratamento - Metas devem ser individualizadas - Quando criança considerar a fase de crescimento e desenvolvimento com objetivo de um crescimento físico e mental normais Objetivos glicêmicos para indivíduos com e sem DM1 nos diferentes momentos do dia Glicemia Não diabético (mg/dL) Crianças e adolescentes com DM1 (md/dL) Adultos com DM1 (mg/dL) Jejum ou pré- prandial 65 a 100 70 a 145 70 a 130 Pós-prandial 80 a 126 90 a 180 < 180 Ao deitar 80 a 100 120 a 180 Na madrugada 65 a 100 80 a 162 Alvos glicêmicos para adultos Parâmetros Meta SBD Meta ADA Glicemia de jejum < 100 mg/dL 80 – 130 mg/dL Glicemia pré-prandial < 100 mg/dL 80 – 130 mg/dL Glicemia pós-prandial < 160 mg/dL < 180 md/dL HbA1c < 7% < 7% Porque é importante manter a hemoglobina glicada < 7%? O risco de desenvolvimento de complicações crônicas aumenta significativamente com níveis de hemoglobina glicada (A1c) acima de 7%, o que corresponde a níveis de glicemia média de aproximadamente 150 mg/dL. Tratamento de Diabetes tipo 2 - Mudança de estilo de vida – educação alimentar e prática regular de exercícios físico - Perda de peso, na presença de sobrepeso e obesidade - Controle de outros fatores de risco: hipertensão, dislipidemia, cessação do tabagismo, etc. à Tratamento medicamentoso - A metformina é a primeira droga e deve ser iniciada, juntamente com mudanças de estilo de vida, a todos os pacientes de DM2 na ausência de contraindicação. Posologia: - Dose inical: 500 a 850mg/dia após as refeições (1 a 3x ao dia) - Metformina XR – cp de 500, 750, 850 e 1000mg, administrado em dose única diária. - Dose máxima 2.000 mg/dia Adição de segunda medicação: - Na impossibilidade do uso da metformina, ou quando esta não é suficiente para obter controle glicemio adequdo no período de 4 a 6 semanas, ou quando os níveis glicêmicos inicias estão mais elevados (Entre 200 e 300 mg/dL), deve ser associada uma segunda droga oral. - A escolha pode baser-ase no nível de HbA1 do pacientes após uso da primeira medicação: HbA1c Glicemia Droga de escolha 8,5% a 10% Entre 200 e 300 mg/dL Sulfonilureia, glitazona, insulina basal ao deitar ou um agonista de GLP-1 > 10% > 300 mg/gL Insulinização basal, em associação a 1 ou mais drogas orais OU basal-bolus OU Análogo do GLP-1 > 11% Insulina Adição de terceira medicação oral ou iniciar insulinização com insulina basal ou pré- mistura: - Se em um mês não atingir as metas de A1C < 7%, glicemia de jejum e pré-prandial < 100 mg/dL ou glicemia pós-prandial (2 horas) < 160 mg/dL - A SBD orienta optar entre usar um terceiro agente oral ou injetável, com mecanismo de ação diferente, durante 2 ou 3 meses, e, se não for obtido controle adequado, iniciar insulinoterapia; ou intensificar insulinoterapia. A escolha do medicamento deve levar em consideração: - Estado geral e idade do paciente; - Obesidade; - Comorbidades presentes (complicações do diabetes ou outras), principalmente doença renal crônica diabética e doença cardiovascular; - Valores das glicemias de jejum e pós-prandial, bem como HbA1c; - Eficácia do medicamento; - Risco de hipoglicemia; - Possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e contraindicações; -Custo do medicamento; - Preferência do paciente. Drogas antidiabéticas Classe Exemplos Ações Biguanidas Metformina - Inibem a gliconeogênese.Redução da produção hepática de glicose. - Sensibilizador de insulina. Aumenta a ação biológica da insulina nos seus tecidos-alvos. Secretagogos de insulina Sulfonilureias e glinidas Aumentama secreção de insulina nos seus tecidos-alvo Tiazolidinedionas Pioglitazona Sensibilizador de insulina. Aumenta a ação biológica da insulina nos seus tecidos-alvos. Inibidores da alfa- glicosidade Acarbose Retardam a digestão e absorção de carboidratos no intestino delgado. Incretinomiméticos Inibidores da dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) Sutagliptina, Vidagliptina, Saxagliptina, Linagliptina, Alogliptina Aumentam a secreçnao de insulina e reduzem a secreçnao de glucagon em resposta às refeições (efeito incretina) Análogo de GLP-1** Liraglutida Semaglutida Inibidores de SGLT2 Dapagliflozina, Canagliflozina, Empagliflozina, Ipragliflozina Bloqueiam a reabsorção de glicose nos túbulos proximais renais. Insulina** TABELA 1 Estimulam a captação de glicose pelos tecidos e bloqueiama secreção de glicose pelo fígado. TABELA 1. Propriedades farmacocinéticas das insulinas e análogos Insulina Início de ação Pico de ação Duração do efeito terapêutico Ação intermediária NPH 2 – 4 horas 4 – 10 horas 10 – 18 horas Análogos de ação longa Glargina (Lantus, Basaglar) 2 – 4 horas Mínimo 20 – 24 horas Detemir (Levemir) 1 – 3 horas 6 – 8 horas 12 – 20 horas Análogos de ação ultralonga Glargina U 300 (Toujeo) 6 horas Ausente 36 horas Degludeca (Tresiba) 2 horas Ausente 42 horas Ação rápida Regular 0,5 – 1 hora 2 – 3 horas 5 – 8 horas Análogos de ação rápida Asparte (Novorapid) 5 – 15 min 0,5 – 2 horas 3 – 5 horas Lispro (Humalog) 5 – 15 min 0,5 – 2 horas 3 – 5 horas Glulisina (Apidra) 5 – 15 min 0,5 – 2 horas 3 – 5 horas Ação ultrarrápida Faster-aspart (Fiasp) 0 – 10 min 0,35 – 2h 3 – 5 horas Inalável tecnosfera (Afrezza) 12 min 35 – 55 min 1,5 – 4,5 horas à Insulinoterapia Objetivos gerais da insulinoterapia - Mimetizar a secreção normal de insulina (basal\bolus) - Atingir o bom controle das glicemias - Diminuir as complicações agudas (hipoglicemias/cetoacidose) - Prevenir as complicações crônicas Caracterísitcas Insulina basal Insulina de bolus Objetivos Controle da glicemia nos períodos pré-prandiais e nos intervalos entre as refeições Controle da glicemia nos períodos pós-prandiais (de 2 a 3 horas após as refeições) Duração de ação Intermediária ou prolongada Curta Picos de ação Pouco pronunciado Pronunciado Ajustes de dose De acordo com a glicemia pré- prandial De acordo com a glicemia pós- prandial Tipos Intermediária: NPH Prolongada: glargina, determir, degludeca Rápida: regular Ultrarrápidas: lispro, asprte e glulisina Situação Prescrição Recém- diagnosticados com DM2 e péssimo controle Insulinoterapia plena no inicio do tratamento Dose: 0,3 a 0,6 UI/Kg/d Paciente com DM2 em uso de 1 ou + hipoglicemiantes orais, evoluindo com piora progressiva da glicemia Esquema de insulina simples (Insulinização bedtime) Esquema de transiçnão entre a terapia exclusivamente oral e a insulinoterapia plena. Em geral, prescreve-se insulina de ação intermediária (NPH) ou prolongada na hora de dormir.** Posologia: 10 UI, ou 0,1 a 0,2 UI/Kg de peso nos pacientes obesos Recomenda-se manter todos os hipoglicemiantes orais em uso durante o dia, inclusive os secretagogos. DM1 Esquema basal-boulus 50% da dose total do dia na forma de insulina basal E 50% restantes na forma de insulinas rápidas, em 2 a 3 doses (bolus) junto às principais refeições ** A resistência insulínica acontece principalmente pela manhã, por causa da elevação circadiana de hormônios contrarreguladores insulínicos (GH e cortisol) nesse horário. Insulinização plena imediata SE: - Emagrecimento rápido e inexplicado. Catabolismo evidente - Hipoglicemia grave (Glicemia em jejum < 300 mg/dL) + cetonemia/cetonúria - Hba1c > 10% - Doença Renal ou hepática - Gravidez - Infecção - Cirurgia - Pós-IAM ou AVC Tratamento de Diabetes tipo 2 Esquema basal-bolus Dose de insulina à Fator de Sensibilidade (FS): (quanto 1U de insulina reduz a glicemia) - Regra 1800: 1800/dose total diária à Bolus de Correção (BC) - Meta glicêmia – glicemia atual/FS = quantidade de insulina à Bolus de refeição (BR) - Regra de 500: 500/total dia de insulina Formas de aplicação da insulina: canetas, seringas 100 unidades (1 U), seringas 50 unidades (0,5 U), bomba (sistema de infusão continuo) Locais de aplicação: 2 dedos distais do umbigo, região posterior do braço, região glútea superior, face externa da coxa Aplica a insulina com a agulha em ângulo reto com a pele. Não precisa fazer prega. Logo após terminar a aplicação, tem que contar até 10 antes de retirar a agulha. Caso clínico Paciente com 55 Kg: à INSULINA (0,5 a 1U/kg/dia): 55 x 0,5U = 28 U/dia 14 U em dose basal de insulina de ação lenta (NPH; Glargina; Levemir) à Fator de sensibilidade (FS): 1800/28 = 64 (uma unidade de insulina ↓ 64 mg/dL da glicemia) Insulina regular 1500/dose insulina à Bolus de correção (BC) – meta pré prandial 150 mg/dL à Bolus de refeição (BR) – 500/28 = 17,8 g (18). Para cada 18 g de carboidrato da refeição aplicar 1 U de insulina de ação rápida. Exemplo: café da manhã – copo de leite (27g) + 1 colher sopa de achocolatado (3g) + pão (20g) + requeição (21g) = Total de carboidratos (51g) Bolus de refeição 1U para cada 18 g de carboidrato (CHO) à 51/18 = 2,8 U Glicemia de jejum 200 Meta de glicemia 150 Cálculo de bolus de correção 0,75 U (200-150/64) Dose de total de insulina ultra rápida: 2,8 + 1,0 = 3,8 U (4 U) Evolução do caso - Insulina lantus (Glargina): 14 U às 13 horas - Ao acordar faz HGT com resultado de 200 mg/dL - Correção: 200 – 150/64 = 0,78 U Monitorização de glicemia Teste de HGT Uso de sensor de monitorização Situações espeicias Efeito Somogyi Fenômeno do alvorecer hiperglicemia antes do desjejum reacional a hipoglicemia na madrugada. hiperglicemia antes do desjejum causado pelo aumento da liberação noturna de hormônios contra reguladores. Como diferenciar uma hiperglicemia causada por hipoglicemia na madrugada ou por contra reguladores? 1) Avaliar a glicemia do paciente antes de dormir. Se o paciente foi dormir com uma glicemia mais baixa, provavelmente a hiperglicemia foi causada por uma hipoglicemia na madrugada. Se ele foir dormir com uma glicemia mais elevada, então, a hiperglicemia pode ser decorrente da liberação de contra reguladores. 2) Dosagem esporádica durante a madrugada Quando se preocupar? DM1: iniciar avaliação após 5 anos do diagnóstico e manter anualmente na puberdade DM2: avaliação desde o diagnóstico anualmente Complicações do diabetes Complicações agudas Complicações crônicas Hiperglicemia Hipoglicemia Cetoacidose diabética Nefropatia: albuminúria Retinopatia: fundo de olho Neuropatia: testes neurológicos Problemas cardiovasculares
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