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APG 10 - ELETROCARDIOGRAMA

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MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 
1 
 
 Objetivos 
1- Analisar o ECG entendendo o que cada onda representa. 
2- Identificar as principais áreas do coração que emitem os impulsos elétricos. 
3- Compreender a importância e função do ECG analisando os fatores fisiológicos que o alteram. 
4- Relembrar a despolarização e a condução dos impulsos cardíacos, enfatizando a diferença do potencial de ação 
em cada local.
Um pouco de anatomia: 
 A espessura do ventrículo esquerdo é bem maior 
que as demais câmaras. 
 
 As câmaras que estão à direita são mais anteriores, 
e as câmaras que estão à esquerda são mais 
posteriores. 
 No átrio direito, próximo a veia cava superior, 
possui um conjunto de células auto excitáveis que 
são capazes de produzir um estimulo elétrico 
gerando toda a contração cardíaca. E essas células 
parecem estar mais pálidas, em comparação com 
as suas adjacentes. 
 O nó é o tecido muscular de coloração pálida ao 
redor da artéria central. 
 Por causa dessa característica a primeira onda 
recebeu o nome de onda p (P de pálida), que 
representa a ativação atrial. 
Um pouco sobre o sistema de condução: 
Quando esse conjunto de células excitáveis estão lá no 
átrio direito, na junção da veia cava superior, elas vão 
despolarizar o átrio direito, e a partir do feixe de 
Bachman esse estimulo vai chegar para o átrio 
esquerdo, ativando-o. E essa ativação atrial (átrio direito 
– átrio esquerdo) representa no ECG a onda P. Depois 
esse estímulo percorre as vias intermodais e chega no 
nó AV, assim é formado o segmento PR. Esse nó possui 
uma propriedade chamada decremental, que representa 
a capacidade de reduzir a velocidade de propagação do 
estimulo permitindo que os átrios possam se contrair de 
maneira eficaz, para que em seguida haja a contração 
ventricular. Assim o estímulo segue o seu caminho pelo 
feixe de Hiss, percorre os ramos esquerdo e direito, até 
alcançar as fibras de Purkinje. 
Como a massa do ventrículo esquerdo é maior, a 
ativação dos ventrículos ocorre por etapas: 
 Septo; que forma a onda Q 
 Ponta e paredes livres; formando a onda R 
 Regiões basais; formando uma onda S. 
Tudo funciona como uma cascata. Todo o coração vai 
sendo ativado. 
 
Fisiologia cardíaca: 
 
NSA é um conjunto de células auto excitáveis, 
chamadas células pálidas. E a capacidade de disparo 
dessas células no repouso é em torno de 60-100 
disparos por minuto = ritmo sinusal. 
Se caso o paciente apresentar um problema no NSA 
como a doença do nó sinusal, existe um outro ponto de 
backup. O NAV também é capaz de disparar e assumir 
o comando cardíaco, com uma frequência um pouco 
menor do que a frequência de disparo do NSA. Como a 
MARIA FERNANDA S. ANDRADE - MEDICINA 1º PERÍODO 
2 
 
frequência de disparo do NSA é maior, quando o nosso 
material está funcionando bem, ele é capaz de inibir a 
ativação do NAV. Por isso são as células marca-passo. 
Se caso o NAV tiver um problema, existe um outro ponto 
de backup que é o sistema de HIS-Purkinje, que também 
é capaz de se despolarizar e se ativar com uma 
frequência de disparo mais baixa ainda, de 8-40. 
Voltando ao sistema de condução: 
Depois de toda a ativação do coração até o VE nas 
porções da região basal, nós teremos a depolarização 
ventricular, formando uma onda T 
 Temos quatro fenômenos ocorrendo: 
 Ativação atrial: Onda P (primeira porção = ativação 
do AD, segunda porção = ativação do AE) 
 Ativação ventricular: Complexo QRS 
 Repolarização atrial: No momento em que está 
ocorrendo a repolarização atrial é justamente o 
momento em que ocorre a ativação ventricular, 
então não é representado eletricamente no traçado. 
 Repolarização ventricular: Onda T 
Como começa com P, resolveram seguir o alfabeto 
P  QRS  T 
Vetores – Dipolo elétrico: (superficial) 
Uma célula em repouso existe uma maior concentração 
de cargas positivas no seu meio extracelular e uma 
menor concentração de cargas positivas em seu meio 
intracelular. Então ela se encontra polarizada. 
Quando a célula cardíaca recebe o estimulo do no 
sinoatrial, esse estimulo provoca o processo de 
despolarização, assim uma inversão, o meio interno fica 
positivo e o meio externo negativo. Vai ter um momento 
de onda positiva (meio externo) que ainda não recebeu 
o estimulo, e outra negativa que já sofreu 
despolarização. 
Isso faz com que surja o conceito de dipolo elétrico de 
ativação. Esse dipolo é formado 
por uma onda de frente positiva 
e uma calda negativa, e 
percorre toda a superfície do 
coração durante o processo de 
ativação. Essas centenas de 
milhares de dipolos formados 
durante o processo de ativação, 
funcionam como uma série de 
vetores, e podemos calcular o vetor resultante desse 
processo. 
A ativação do átrio direito vai ter como vetor resultante: 
um vetor que aponta para baixo, a ativação do AE vai ter 
um vetor que aponta para esquerda e um pouco para 
trás. E podemos fazer um vetor resultante da ativação 
atrial, que aponta para baixo para esquerda. 
ONDA U 
Já a onda U pode aparecer depois da onda T, 
especialmente nas derivações precordiais V3 e V4, mas 
não há consenso sobre o que ela representa 
Representada por uma deflexão pequena e 
arredondada, possui polaridade parecida com a onda T. 
Essa onda nem sempre aparece no traçado do ECG, 
mas pode estar relacionada à repolarização dos 
músculos papilares, presentes na parte inferior do 
miocárdio 
Importância e função do ECG 
O ECG é um registro do potencial de ação produzido por 
todas as fibras musculas (autorrítmicas e contrateis) 
durante o batimento cardíaco. 
Em um registro típico podemos observar três ondas 
claramente reconhecíveis. A primeira chamada de Onda 
P com um pequeno desvio para cima (despolarização 
atrial) que se propaga do nó atrial para ambos os átrios 
pelas fibras contrateis. A segunda é chamada de 
complexo QRS, o complexo QRS representa a 
despolarização ventricular rápida. A terceira onda é 
chamada de onda T que indica a repolarização 
ventricular.

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