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Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil - UnB Estruturas de aço I – 48 h Professor: DSc. Jerfson Moura Lima Aula 07: Peças Comprimidas INTRODUÇÃO • Denomina-se coluna uma peça vertical sujeita à compressão centrada. • Peças comprimidas axialmente são encontradas em: o Componentes de treliças; o Sistemas de travejamento; o Pilares de sistemas contraventados de edifícios com ligações rotuladas. • Ao contrário do esforço de tração, que tende a retificar as peças reduzindo o feitos de curvaturas iniciais existentes, o esforço de compressão tende a acentuar esse efeitos. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO • Os deslocamentos laterais produzidos pelos esforços de compressão compõem o processo conhecido por flambagem por flexão (flambagem global) que, em geral, reduz a capacidade de carga da peça em relação ao caso da peça tracionada; • As peças comprimidas podem ser constituídas de seção simples ou de seção múltipla; • As chapas componentes de um perfil comprimido podem estar sujeitas à flambagem local, que é a instabilidade caracterizada pelo aparecimento de deslocamentos transversais à chapa, na forma de ondulações. A ocorrência de flambagem local depende da esbeltez da chapa b/t. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO • Estados limites peças comprimidas: o Instabilidade global (flambagem da barra) o Instabilidade local (flambagem das chapas das seções) UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO • Estados limites peças comprimidas: o Instabilidade global (flambagem da barra) UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO • Estados limites peças comprimidas: o Instabilidade global (flambagem da barra) UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima INTRODUÇÃO • Estados limites peças comprimidas: o Instabilidade local (flambagem das chapas das seções) UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Os primeiros resultados teóricos sobre instabilidade lateral foram obtidos pelo matemático Leonhardt Euler (1707 – 1783), que investigou o equilíbrio de uma coluna comprimida na posição deformada com deslocamentos laterais. • Coluna idealmente perfeita: o Isenta de imperfeições geométricas e tensões residuais; o Material de comportamento elástico linear; o Carga perfeitamente centrada. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Nestas condições, a coluna inicialmente reta mantém-se com deslocamentos laterais nulos (δ = 0) até atingir a carga crítica ou carga de Euler dada por (Gere e Timosenko, 1994): • A partir desta carga não é mais possível o equilíbrio na configuração retilínea; • Aparecem então deslocamento laterais, e a coluna fica sujeita a flexocompressão. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Tensão crítica (fcr) UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima I: Momento de inércia da seção transversal; l = l/i: índice de esbeltez. FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Nas colunas reais existem condições que a teoria de Euler não leva em consideração, como: o Resistência ao escoamento do material o Imperfeições geométricas; o Excentricidades acidentais no carregamento; o Tensões residuais. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Levando em consideração a resistência ao escoamento do aço, a tensão crítica deve ser limitada: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima Índice de esbeltez de escoamento (ly) 2 2cr E f l = 2 2y y E f l = 2 y y E f l = 0 2 ef yf i E l = l 0 y l l l = ( ) 0 2 /ef y i E f l = l Índice de esbeltez de escoamento (ly) FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Além da limitação da resistência do aço, as colunas reais possuem imperfeições geométricas, tais como desvios de retilinidade, oriundas dos processos de fabricação e nem sempre pode-se garantir na prática a perfeita centralidade do carregamento. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • O esforço normal N em uma coluna com imperfeição geométrica representada por d0 produz uma excentricidade adicional d, chegando-se a uma flecha total dt que, em regime elástico de tensões, é expressa por (Gere e Timosenko, 1994): UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima Efeito das imperfeições geométricas • Considerando as imperfeições a flambagem não ocorre de forma repentina. FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Efeito de pequenas excentricidades no carregamento: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Efeito da tensões residuais: o As colunas fabricadas em aço, além de possuírem imperfeições geométricas, estão sujeitas a tensões oriundas dos processos de fabricação, denominados tensões residuais. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comportamento de elementos reais submetidos à compressão: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • A carga Nc é denominada carga última ou resistente e, pode ser bem menor que a crítica (Ncr) da coluna de Euler; • A tensão última nominal fc é obtida admitindo-se somente a ação do esforço normal Nc (sem flexão) na seção transversal de área A: • Assim como a tensão crítica fcr, a tensão última fc também depende da esbeltez l/i da coluna em torno do eixo em que se dá a flambagem. Quanto mais esbelta a coluna, mais deformável será seu comportamento e menor será a tensão última. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • A curva em linha cheia (denominada curva de resistência à compressão com flambagem ou simplesmente curva de flambagem) representa o critério de resistência de uma coluna considerando-se os efeitos das imperfeições geométricas e das tensões residuais. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Curva única de flambagem das normas AISC e NBR 8800: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 χ = fc/fy λ0 = λ/λy Curva de Euler Curva de Flambagem FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Pode-se dividir a curva de flambagem em três situações: o Colunas muito esbeltas (valores elevados de l/i) onde ocorre fcr < fy e onde fc ≡ fcr; o Colunas de esbeltez intermediária, nas quais há maior influência das imperfeições geométricas e das tensões residuais; o Colunas curtas (valores baixos de l/i), nas quais a tensão última fc é tomada igual à de escoamento do material fy. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • No sentido de permitir a comparação entre as resistências de perfis com diferentes aços, a curva de linha cheia deve ser apresentada com coordenadas fc/fy e o índice de esbeltez reduzido, λ0: • Onde K é o coeficiente que define o comprimento efetivo de flambagem. • Para os aços de uso corrente obtêm-se, com a expressão de l0: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl) o É a distância entre os pontos de momento nulo da barra comprimida, deformadalateralmente. o Para uma barra biapoiada o comprimento de flambagem é o próprio comprimento. o lfl = K.l, sendo K o parâmetro de flambagem. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl) o Valores para o parâmetro de flambagem K: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl) o Verificação do travamento das colunas nas duas direções: UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas o O conceito de comprimento de flambagem de uma haste para o cálculo de sua carga crítica por equivalência a uma haste birrotulada pode também ser utilizado para a determinação de sua resistência; o Pode-se considerar razoável aplicá-la para uma coluna com diferentes condições de apoio utilizando-se seu comprimento de flambagem no cálculo do índice de esbeltez equivalente; o Devido à dificuldade prática de se materializarem as condições de apoios ideais, especialmente o engaste, as normas recomendam, em alguns casos, valores de K superiores aos teóricos. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas o Os desenvolvimentos teóricos expostos anteriormente se referem a colunas isoladas; o Na prática, as peças comprimidas pertencem a um sistema estrutural, e o processo de flambagem, em geral envolve todos os seus componentes; o Existem, entretanto, algumas situações em que as colunas podem ser tratadas, para efeito de cálculo de seus esforços resistentes à compressão, como peças isoladas com condições de apoios bem definidas. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas o No caso específico de montantes ou diagonais de treliças formadas por cantoneiras isoladas conectadas por uma aba à chapa de nó ou banzo (corda) da treliça, o esforço axial é introduzido com excentricidade sujeitando-o a flexocompressão; o Pode-se verificar o elemento à compressão simples utilizando-se um comprimento de flambagem equivalente que considera indiretamente o efeito negativo da excentricidade e também o efeito benéfico da restrição à rotação oferecida pela ligação à chapa de nó ou ao banzo (Anexo “E” da NBR 8800). UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas o Para colunas com apoios intermediários, o cálculo de carga crítica fornece um comprimento de flambagem igual ao espaçamento entre apoios; o Essas colunas podem representar colunas pertencentes a uma estrutura contraventada, desde que o contraventamento tenha suficiente rigidez lateral. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas o No caso de pórticos com ligações rígidas o parâmetro K depende da razão G entre a rigidez da viga e das colunas; o Nos pórticos contraventados com base engastada, K teórico varia entre 0,5 (caso em que G tende ao infinito), e 0,7 (G = 0); o Para os pórticos não contraventados, K é sempre maior ou igual a 1, variando entre 1,0 e 2,0 no caso de base engastada. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO • Comprimento de flambagem (lfl): Indicações práticas UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO - DIMENSIONAMENTO • O esforço resistente de projeto, para hastes metálicas, sem efeito de flambagem local, sujeitas à compressão axial: Onde: o fc = tensão resistente (ou tensão última) à compressão simples com flambagem por flexão; o Ag: área da seção transversal bruta da haste o ga1: 1,10 para combinações normais de ações. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO - DIMENSIONAMENTO • Numerosos trabalhos de pesquisa sobre resistência à compressão de colunas resultaram em diversas curvas de flambagem de modo a abranger toda a gama de perfis. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO - DIMENSIONAMENTO • A norma brasileira NBR 8800:2008 adotou uma curva única de flambagem, a qual é descrita como uma relação entre o parâmetro adimensional χ e índice de esbeltez reduzido λ0. o Para λ0 ≤ 1,5 → o Para λ0 >1,5 → UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO - DIMENSIONAMENTO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM GLOBAL POR FLEXÃO - DIMENSIONAMENTO UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima VALORES LIMITES DO COEFICIENTE DE ESBELTEZ • As normas fixam limites superiores do coeficiente de esbeltez (K.l/i) com a finalidade de evitar a grande flexibilidade de peças excessivamente esbeltas. • Os limites são: o Edifícios (AISC, NBR 8800): 200 o Pontes (AASHTO): 120 UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • Denomina-se flambagem local a flambagem das placas componentes de um perfil comprimido. A figura ao lado mostra uma coluna curta (não sofre flambagem global por flexão), cujas placas componentes comprimidas apresentam deslocamentos laterais na forma de ondulações. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • Para determinação do efeito da flambagem local nos perfis, foi realizado o estudo de placas isoladas sob cargas crescentes, comprimida uniformemente e apoiadas em seus bordos laterais. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 4 4 4 2 4 2 2 4 2 12(1 ²) 2 ³ x w w w w N x x y y Et x − + + = FLAMBAGEM LOCAL • Para placa compacta (baixa relação b/t), o encurtamento Δ aumenta linearmente com a carga P até a plastificação da seção (P = Py). • Entretanto se placa for esbelta (alta relação b/t) ocorre flambagem local (P = Pcr), caracterizada pelo aparecimento de deflexões laterais, e a consequente redução da rigidez da placa. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • A distribuição de tensões na seção transversal, que passa de uniforme a não uniforme após a carga crítica local (P > Pcr). • A tensão crítica de flambagem local de uma placa perfeita foi obtida por Timoshenko (1959): Onde: kc: Coeficiente numérico que depende das condições de contorno do problema e da razão a/b. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 2 ² 12(1 ²) cr c E t k b = − FLAMBAGEM LOCAL • Critérios para impedir flambagem local o Considerando-se o caso de placa isolada perfeita, o valor limite de esbeltez da placa (b/t)r para impedir que a flambagem local ocorra antes da plastificação da seção, é obtido igualando-se a tensão crítica elástica à tensão fy. Onde: kc: 4 para bordas apoioados; kc: 0,425 para uma borda apoiada e outra livre. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 2 ² 12(1 ²) cr c y E t k f b = = − 0,95 c r y E kb t f = ( ) ² 12 1 0,3² c r y E kb t f = − FLAMBAGEM LOCAL • Critérios para impedir flambagem localo Condições de apoio das chapas nos perfis UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • Critérios para impedir flambagem local o Condições de apoio das chapas nos perfis UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • Critérios para impedir flambagem local UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL • Critérios para impedir flambagem local UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Resistência de cálculo A redução na capacidade de carga das colunas devido à ocorrência de flambagem local é considerada pelas normas através do coeficiente Q. O coeficiente Q é dado pela equação: o Qs está associado à flambagem das placas AL e Qa das placas AA. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima , 1 g y c Rd a A f Q N g = 0 2 ef yQ f i E l = l a sQ Q Q= FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Seções com elementos enrijecidos (AA) A tensão na largura da chapa torna-se não uniforme, com valores maiores junto aos apoios e menor na região central. Nas figuras abaixo vê-se a distribuição não linear de tensões após a flambagem local na seção transversal da placa. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Seções com elementos enrijecidos (AA) A largura efetiva dos elementos AA é igual a: Em que: o Ca é um coeficiente igual a 0,38 para mesas ou almas de seções tubulares retangulares e 0,34 para todos os outros elementos; o σ é a tensão que pode atuar no elemento analisado, tomada igual a fc, sendo fc calculado com Q = 1. Alternativamente, de forma conservadora, pode-se tomar σ = fy. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 1,92 1 aef cE E b t b b t = − FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Seções com elementos enrijecidos (AA) O fator de redução Qa cuja relação entre largura e espessura ultrapassa os valores limites é definido como: em que Ag é a área bruta e Aef é a área efetiva da seção transversal, dada por: o b e t são, respectivamente, a largura e a espessura de um elemento comprimido AA; bef é a largura efetiva de um elemento comprimido AA. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima ef a g A Q A = ( )ef g ef wA A b b t= − − FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Seções com elementos não enrijecidas (AL) Nesses elementos não existe reserva de resistência após a flambagem. O cálculo é feito numa situação anterior à flambagem, com uma tensão média média = Qsmáx. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima FLAMBAGEM LOCAL – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO • Seções com elementos não enrijecidas (AL) Nos elementos AL a flambagem local pode ser do tipo inelástico, elástica ou na transição desses dois comportamentos. É definida conforme os limites de esbeltez. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima PEÇAS COMPRIMIDAS DE SEÇÃO MÚLTIPLA • Denomina-se peças de seção múltipla, ou simplesmente peças múltiplas, as formadas pela associação de peças simples, com ligações descontínuas. • Em geral, identificam-se três tipos de colunas em seção múltipla: o Peças ligadas por arranjos treliçados; o Peças ligadas por chapas igualmente espaçadas; o Peças justapostas, com afastamento igual à espessura de chapas espaçadas. UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima PEÇAS COMPRIMIDAS DE SEÇÃO MÚLTIPLA • As colunas compostas por peças justapostas podem ser analisadas com colunas de seção simples, desde que o espaçamento l1 entre os pontos de ligação restrinja o índice de esbeltez máximo da peça isolada a 1/2 do índice de esbeltez da peça composta (NBR 8800): UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima 1 min 1 2 k i i l l imin = raio de giração mínimo de apenas um perfil isolado; λmáx = índice de esbeltez máximo da barra composta Próxima aula: Aula 08: Dimensionamento de peças fletidas UFC – Campus Russas Estruturas de aço I – Prof. Jerfson Lima
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