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3 Aula 1 Livro - Sustentabilidade e Desempenho na Gestão Pública - Prof Tatiana Souto Maior de Oliveira

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Disciplina: Sustentabilidade e desempenho na Gestão Pública 
Autores: D.ra Tatiana Souto Maior de Oliveira 
Revisão de Conteúdos: Esp. Orlei Candido Antunes 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tatiana Souto Maior de Oliveira 
 
 
 
 
 
Sustentabilidade e desempenho na 
Gestão Pública 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
OLIVEIRA, Tatiana Souto Maior. 
Sustentabilidade e desempenho na Gestão Pública / Tatiana Souto 
Maior de Oliveira. – Curitiba, 2018. 
35 p. 
Revisão de Conteúdos: Orlei Candido Antunes. 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki. 
Material didático da disciplina de Sustentabilidade e desempenho na 
Gestão Pública – Faculdade São Braz (FSB), 2018. 
ISBN: 978-85-5475-246-0 
 
 
 
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Apresentação da disciplina 
 
A disciplina de Sustentabilidade e Desempenho na Gestão Pública tem 
como objetivo apresentar uma retrospectiva histórica sobre o conceito de 
sustentabilidade até o momento atual. 
 Serão abordados os conceitos teóricos relacionados à sustentabilidade, 
bem como seu relacionamento com a gestão pública. Será analisada a 
aplicabilidade dos conceitos na gestão pública como um todo, principalmente a 
interface com o meio urbano, exemplificando ações que vem sendo 
implementadas que vão ao encontro da sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 1 – A essência da sustentabilidade 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula será visto o conceito de sustentabilidade sob uma abordagem 
da gestão pública, onde serão destacadas as dimensões da sustentabilidade. 
Na sequência, será abordado o conceito de desenvolvimento sustentável, 
já que quando se fala em gestão pública, o foco deve ser o desenvolvimento 
econômico que hoje deve ter incluso a percepção sustentável. 
 
1.1 Conceito de sustentabilidade 
 
O conceito de sustentabilidade vem sendo estudado há cerca de vinte e 
cinco anos, sendo que na maioria das vezes que o encontramos está associado 
à área ambiental. Entretanto, percebemos que para que se consiga atingir a 
sustentabilidade é necessário o envolvimento e ações de diversas áreas do 
conhecimento, já que a questão é vista cada vez mais como multidisciplinar. 
A partir de um conceito simples, de dicionário, em uma pesquisa básica, 
encontramos os seguintes conceitos: 
 Aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, busca suprir as 
necessidades do presente sem afetar as gerações futuras. 
 Qualidade ou propriedade do que é sustentável, do que é necessário à 
conservação da vida. 
Disponível em: https://www.dicio.com.br/sustentabilidade/ 
 
Entende-se que para que se atinja a sustentabilidade, deve-se obter a 
garantia de longevidade de algo. Se trouxermos para o conceito de sociedade, 
devemos criar meios para que esta se mantenha viva nas condições atuais 
existentes. Nesse sentido percebemos uma evolução no conceito, 
principalmente quando o relacionamos à essência da vida: 
Essas duas simples definições levam a um conceito mais elaborado em 
que a sustentabilidade pode ser entendida como a “capacidade de uma atividade 
ou sociedade se manter por tempo indeterminado, sem colocar em risco o 
 
7 
 
esgotamento, a qualidade e o uso abusivo de seus recursos naturais” (Barreto 
et al,2011, p. 09). 
É, portanto, uma abordagem que extrapola enfoques reducionistas para 
um cenário mais abrangente. Essa visão ampliada pressupõe a priorização do 
cenário atual existente, reduzindo enfoques tendenciosos. 
Ainda nesse sentido, de acordo com Cavalheiro, Araujo ; Tybusch (2014, 
p. 8) podemos entender que para que se alcance a sustentabilidade é 
necessário: 
 
Saciar as necessidades da presente geração, mas sem descuidar das 
necessidades das futuras gerações, em decorrência do agir de um ser 
humano responsável. Dessa proposta, aponta-se para o 
comprometimento necessário, que vai além do pensamento 
antropocêntrico-econômico, pois um meio ambiente ecologicamente 
equilibrado é necessário para todas as formas de vida. Araújo e 
Tybusch (2014, p. 8) 
 
 
Assim, a sustentabilidade, de maneira simples, se refere ao atendimento 
das necessidades do momento atual, sem que prejudique a continuidade do 
contexto em questão, garantindo dessa forma os recursos existentes às futuras 
gerações. 
Um amadurecimento do conceito de sustentabilidade estabelece o 
desenvolvimento atual, com base na qualidade de vida, limitado a ações que 
prejudiquem as gerações futuras (MIKHAILOVA, 2004). 
 
1.2 Dimensões da sustentabilidade 
 
 O entendimento da abrangência dos termos de sustentabilidade tem feito 
com que muitos estudiosos de diferentes áreas comecem a estudar não só a 
essência conceitual, mas, sobretudo, como é possível garantir a 
sustentabilidade. 
Com base nessa abordagem multidisciplinar de sustentabilidade, podemos 
dividi-la em algumas dimensões que conseguem nos dar um melhor 
detalhamento das variáveis que devem ser consideradas no momento do 
planejamento de ações. 
 
 
 
8 
 
 
 
1.2.1. Principais dimensões da sustentabilidade são: 
 
Sustentabilidade ecológica: a associação da sustentabilidade com a 
dimensão ecológica é uma das abordagens mais difundidas e que consiste na 
utilização racional dos potenciais naturais existentes em compatibilidade com o 
ato de preserva-los. A consideração dessa dimensão pressupõe o uso e criação 
de alternativas que atendam a demanda atual sem comprometer as reservas de 
produtos existentes como, por exemplo, a exploração de fontes renováveis. 
Sustentabilidade social: a dimensão social, apesar de ser um ponto 
fundamental de notória importância na área governamental, nem sempre é 
associada ao conceito de sustentabilidade. Aqui busca-se que as ações 
realizadas consigam promover uma redução significativa nas desigualdades 
sociais. 
Sustentabilidade econômica:
a dimensão econômica está relacionada 
ao processo de eficiência e eficácia das ações. Esse recorte direciona a análises 
dos projetos sob a ótica de aproveitamento racional dos recursos possibilitando 
assim uma melhor distribuição e gestão de recursos. Essa conduta frente aos 
projetos possibilita uma maior otimização dos recursos e consequentemente 
maior capacidade de atendimento das demandas. 
Sustentabilidade cultural: sob a ótica cultural, espera-se que as ações 
públicas vão de encontro com as especificidades locais, ou seja, consideram os 
arranjos culturais pré-estabelecidos, o que pode garantir uma maior longevidade 
dos projetos pela sua aderência cultural. Esse recorte permite também a 
diminuição de possíveis resistências às ações propostas. 
Sustentabilidade espacial: um dos agravantes na questão da 
sustentabilidade urbana é a concentração urbana, já que a densidade 
populacional concentrada gera uma grande necessidade de recursos. A 
consideração da variável espacial no planejamento urbano prevê a redistribuição 
espacial do contingente populacional como forma de aproveitamento da 
infraestrutura existente e a exploração de novos insumos renováveis. 
 
9 
 
Está incluído nesse recorte a realocação de população para áreas 
desocupadas, incentivos produtivos regionais, incentivos ao reaproveitamento 
de materiais, entre outros. 
Na visão de Sachs (1993 ) apud Mendes (2009) , demonstrada na figura 
abaixo, podemos perceber que as diferentes dimensões propostas devem 
interagir entre si para que seja alcançado um desenvolvimento que contemple 
em seu processo a sustentabilidade. 
 
Figura 1 
 
 
Fonte: Mendes (2009, p 50) 
 
1.3 Desenvolvimento Sustentável 
 
Com a emergência da abordagem sustentável, estabelece-se uma 
postura diferenciada por parte das nações onde busca-se desenvolver países e 
regiões de maneira sustentável, ou seja, possibilitando a continuidade de 
recursos. 
De acordo com a World Commission on Environment and Development 
(1987), o desenvolvimento sustentável pode ser entendido como um processo 
de mudança no qual a exploração dos recursos, a orientação dos investimentos 
e do desenvolvimento tecnológico, e a mudança institucional estão em harmonia 
 
10 
 
e melhoram o potencial existente e futuro para satisfazer às necessidades 
humanas. 
É, portanto, um processo político democrático, contemplando as 
dimensões da sustentabilidade (econômica, ambiental, espacial, social e 
cultural), possibilitando um desenvolvimento viável sob a óptica multidisciplinar 
da sustentabilidade. É a proposta do uso de estratégias que possibilitem o 
desenvolvimento sem comprometer os direitos da sociedade no futuro. 
De acordo com (SILVA, 2006, p. 132): 
 
um processo político, participativo que integra a sustentabilidade 
econômica, ambiental, espacial, social e cultural, sejam elas coletivas 
ou individuais, tendo em vista o alcance e a manutenção da qualidade 
de vida, seja nos momentos de disponibilização de recursos, seja nos 
períodos de escassez, tendo como perspectivas a cooperação e a 
solidariedade entre os povos e as gerações (...) um processo de 
transformação que ocorre de forma harmoniosa nas dimensões 
espacial, social, ambiental, cultural e econômica a partir do indivíduo 
para o global. (SILVA, 2006, p. 132) 
 
 
Figura 2 
 
 
Fonte: autora 2018 
 
1.4 Objetivos do desenvolvimento sustentável 
 
A partir do conceito de sustentabilidade e do desenvolvimento 
sustentável, podemos deduzir que, quando falamos de desenvolvimento 
sustentável, muitos dos pressupostos de desenvolvimento que vem sendo 
utilizados até então, sob um recorte capitalista, devem ser questionados. 
Ambientalment
e correto
Socialmente 
Justo
Economicamente
viável
 
11 
 
Nesse sentido, vem sendo realizado um trabalho em conjunto de vários países, 
mediado pela Organização das Nações Unidas busca premissas que possam 
direcionar as ações dos países a um desenvolvimento sustentável. Essas 
premissas são chamadas de objetivos de desenvolvimento sustentável, e foram 
revisadas em 2015, e segundo a ONU, permitirão transformar o mundo. Na figura 
3 podemos ver os 17 objetivos do desenvolvimento sustentáveis estipulados pela 
ONU. 
 
Figura 3 (17 Objetivos) 
 
Fonte: https://nacoesunidas.org/pos2015/ 
 
 
Ví deo 
Veja o vídeo da ONU sobre os 17 objetivos do desenvolvimento 
sustentável milênio https://www.youtube.com/watch?v=u2K0Ff 
6bzZ4 
 
 
Resumo da aula: 
 
Como pode-se perceber, quando falamos em desenvolvimento 
sustentável, o conceito atual e as estratégias baseadas nos dezessete objetivos 
estão bem diferentes de uma abordagem essencialmente ecológica. E agora, 
mais do que nunca, percebemos que o âmbito e a reponsabilidade das ações 
para que se possa atingir esses objetivos é cada vez mais próximo da gestão 
pública. 
 
 
12 
 
Atividade de Aprendizagem 
Faça uma correlação de no mínimo 2 objetivos propostos pela 
ONU e o atual conceito de sustentabilidade e em no máximo 10 
linhas discorra sobre eles. 
 
 
Aula 2 – Gestão Pública Sustentável 
 
Apresentação da aula 2 
 
Nesta aula será estudado a interface entre a sustentabilidade e a área 
urbana, já que se pode considerar que foi devido ao meio urbano que muitos dos 
impactos causados comprometeram a sustentabilidade, considerando que o 
meio urbano tem hoje uma grande representatividade no mundo. 
 
2.1 Sustentabilidade urbana 
 
Devido as interfaces e influências do meio urbano no processo de 
sustentabilidade , essa temática tem sido incluída na pauta governamental como 
um pressuposto para o planejamento urbano. 
Nesse contexto, o conceito de sustentabilidade está associado à 
consideração das variáveis e impactos que determinadas ações possam ter no 
ambiente urbano. Trata-se da análise e priorização de projetos que consigam 
atender as demandas urbanas atuais sem comprometer o futuro das gerações. 
De acordo com Urban World Forum (2002) apud Braga (2006): 
 
Define sustentabilidade urbana a partir do estabelecendo de um 
conjunto de prioridades, são elas: superar a pobreza, promover 
equidade, melhorar a segurança ambiental e prevenir a degradação, 
estar atento à vitalidade cultural e ao capital social para fortalecer a 
cidadania e promover o engajamento cívico. 
Consiste fundamentalmente em incluir novos parâmetros ou 
prerequisitos as ações públicas com base nas diretrizes da 
sustentabilidade. 
 
 
13 
 
A partir desse conceito, relativamente simples, percebemos que governos 
das mais distintas alçadas começam a criar ações que vão ao encontro dos 
direcionadores da sustentabilidade. 
 
2.2 Indicadores de sustentabilidade urbana 
 
A base de toda análise de sustentabilidade pode ser entendida como o 
comparativo entre o antes o depois. A partir dessa análise, a gestão pública pode 
determinar as áreas que mais demandam ações e assim conseguem priorizar e 
direcionar os investimentos a cada uma delas. 
Para que seja possível essa análise, a gestão urbana vem buscando criar 
indicadores que permitam a medição dos resultados das ações, projetos ou 
programas. 
De acordo com Braga (2006, p.49): 
 
Da necessidade de provisão de informação de qualidade para guiar a 
tomada de decisões relativas à sustentabilidade, surgiram desde o final 
da década dos 80, várias iniciativas de construção de índices e 
indicadores, a maior parte delas aplicadas à escala nacional. Tais 
iniciativas possuíam em comum o objetivo de fornecer subsídios à 
formulação de políticas, bem como monitorar o progresso no 
cumprimento de acordos internacionais e orientar a tomada de decisão
por atores públicos e privados. 
 
No que diz respeito à sustentabilidade urbana, pode-se dizer que já existe 
um amadurecimento nesse sentido, pois existem diversas metodologias para a 
medição da sustentabilidade. Como se pode ver na tabela a seguir, o que falta 
realmente é a devida aplicação desses métodos. 
 
SISTEMAS DE 
SUSTENTABILIDADE 
URBANA 
ABORDAGEM 
 
 
Programa de 
Indicadores 
Urbanos do Habitat 
Sistema de Observatórios Urbanos criado pelo 
programa das Nações Unidas para os 
Assentamentos Humanos (UN-Habitat), cujo 
propósito é dar apoio aos governantes, autoridades 
locais e a sociedade civil, no sentido de melhorar a 
coleta, armazenamento, análise e uso da informação 
para formular políticas urbanas mais efetivas 
(www.habitat-lac.org). 
 
14 
 
 
 
 
 
Programa de 
Indicadores 
Urbanos Globais 
Desenvolvimento de um conjunto de indicadores 
urbanos padronizados, a partir de uma abordagem 
integrada para a 
mensuração e monitoramento do desempenho das 
cidades. 
Reconhecendo que existem diferenças de recursos 
e capacidades 
entre as cidades, esse conjunto de 53 indicadores 
subdivide-se em 27 indicadores “principais”, 26 
indicadores “de apoio”. Além de 33 indicadores e 
sete índices que seriam medidas úteis do 
desempenho das cidades (www.cityindicators.org). 
 
Indicadores de 
Desenvolvimento 
Urbano 
Sustentável 
 
Desenvolvido por Castro Bonaño (2004), define um 
índice sintético de qualidade do desenvolvimento 
urbano local aplicado às cidades mais populosas de 
Andalucía na Espanha, identificando o nível de 
desenvolvimento sustentável urbano, a partir de um 
conjunto de indicadores que compõem os 
subsistemas (ambiental, urbanístico, demográfico e 
econômico) do espaço urbano. 
 
 
Sistema Nacional de 
Indicadores das 
Cidades 
(SNIC) 
 
Disponibiliza via Internet dados sistematizados sobre 
os municípios brasileiros, referentes à 
caracterização, demografia, perfil socioeconômico 
da população, atividades econômicas, habitação, 
saneamento básico, transporte urbano, gestão 
urbana e eleições. Esses indicadores são tratados 
em processo de georeferenciamento, permitindo a 
visualização das informações de forma integrada 
facilitando a compreensão. 
 
 
 
Índice de 
Sustentabilidade 
Urbana 
 
Desenvolvido por BRAGA et al (2002), tem como 
propósito avaliar a sustentabilidade urbana a partir 
da combinação de indicadores de pressão, estado e 
resposta, incluindo indicadores de capacidade 
política e institucional que indiquem tendências de 
respostas às pressões e desafios futuros. Esse 
índice é composto por 4 índices temáticos: Índice de 
qualidade do sistema local (IQSA), Índice de 
Qualidade de Vida - IQV Índice de Redução da 
Pressão Antrópica (IRPA), Índice de capacidade 
política e institucional(ICPI). 
 
 
Sistema de Índices 
de 
Sustentabilidade 
Urbana 
(SISU) 
 
Desenvolvido por Braga (2006), o sistema é 
específico para 
mensurar a sustentabilidade urbana nos 
aglomerados metropolitanos brasileiros, tomando 
como forma de análise a construção de índices 
temáticos visando medir o progresso em relação a 
um conjunto de objetivos relacionados à 
sustentabilidade urbana, sendo eles: índice de 
qualidade ambiental, índice de capacidade político-
 
15 
 
institucional e índice de desenvolvimento humano 
municipal. 
 
Índice de Qualidade 
de 
Vida Urbana dos 
Municípios 
Brasileiros 
(IQVU-BR) 
 
Desenvolvido entre 2004 e 2005 para o Ministério 
das Cidades, cujo projeto foi coordenado pela 
pesquisadora Maria Inês Pedrosa Nahas, tem como 
foco a oferta dos serviços urbanos existentes nos 
municípios brasileiros, sendo assim, constitui mais 
uma ferramenta de diagnóstico utilizada como 
instrumento de auxílio ao planejamento de políticas 
públicas municipais. 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Integrado 
de 
Gestão do Ambiente 
Urbano (SIGAU) 
 
O SIGAU foi desenvolvido por Rossetto (2003), 
visando melhorar o processo decisório nos diversos 
níveis de formulação e implementação das políticas 
públicas urbanas, numa perspectiva de integrar um 
sistema de sustentabilidade urbana às ferramentas 
de planejamento urbano. O SIGAU parte da 
definição de fatores críticos na gestão urbana, 
incorporar indicadores sociais, ambientais, físico-
espaciais e econômicos, mediante uma estrutura 
multinível de avaliação, que agrega informações de 
distintas naturezas que possibilita a identificação do 
ponto de sustentabilidade em que se encontra cada 
subsistema observado ou a cidade como um todo. 
Fonte: Adaptado de MARTINS, CANDIDO (2011p. 9-10) 
 
 
Vale ressaltar que os indicadores propostos por Braga (2002) apud 
Martins, Candido (2011) tem uma abordagem sistêmica que cruzam diversas 
dimensões da sustentabilidade. 
 
2.3 Desafios da sustentabilidade urbana 
 
Apesar da frequência da temática sustentabilidade em nosso dia a dia e 
na pauta governamental, ainda percebemos uma lacuna na concretização de 
ações que contemplam essa abordagem. 
Percebe-se a dificuldade por parte dos governos, no que se refere ao 
entendimento e à postura de tratar a cidade em suas especificidades, 
contemplando toda à complexidade necessária para tal. 
De acordo com Barbosa (2008, p.10): 
 
Um dos desafios da sustentabilidade ambiental urbana é a 
conscientização de que esta é um processo a ser percorrido e não algo 
definitivo a ser alcançado. A busca por uma conceituação urbana 
 
16 
 
sustentável traz consigo uma série de proposições e estratégias que 
buscam atuar em níveis tanto locais quanto globais. 
 
 
Esse desafio principal é consequência de que a proposta sustentável 
representa uma ruptura no paradigma existente, sendo necessária uma 
mudança cultural dos órgãos responsáveis pelo planejamento urbano e da 
sociedade domo um todo. Como caminho, se pode sinalizar a necessidade 
contínua de formação e foco na abordagem da sustentabilidade. 
 
2.4 Uso e ocupação do solo 
 
A percepção da importância da ordenação espacial da cidade não é algo 
novo, mas retoma-se a relevância a partir do momento em que o crescimento 
desordenado começa a comprometer o futuro. 
A relação entre a sustentabilidade e o uso e ocupação do solo aparece já 
na constituição em seu artigo segundo em que se estabelece o ordenamento do 
desenvolvimento das funções da cidades, mas sem desconsiderar o bem-estar 
da sociedade (BRASIL, 1988), o que significa planejar a ocupação (física e 
funcional) das cidades, garantindo o acesso aos equipamentos urbanos que 
garantam o bem-estar da população. 
O conceito de uso e ocupação do solo está relacionado ao modo como a 
cidade é construída, entendendo como um processo contínuo e amorfo. A falta 
de controle e condução, por parte do Estado, desse processo pode provocar 
severos impactos no que tange à sustentabilidade, por exemplo, na esfera 
ambiental pode ocorrer um processo de povoamento em áreas que deveriam ser 
preservadas gerando contaminação, desmatamentos, como é o caso de 
assentamentos em áreas de mananciais ou encostas que comprometem a 
sustentabilidade ambiental. 
Segundo Garcia (2017) apud Bezerra (2018, p.84) 
 
a falta de planejamento e controle do uso e ocupação do solo pode 
gerar um processo de especulação imobiliária e a indução de 
ocupações com interesses econômicos, comprometendo, em alguns 
casos o acesso igualitário aos equipamentos urbanos e na maioria das 
vezes demandando mais infraestrutura da cidade, o que compromete 
a sustentabilidade e sob a ótica econômico social. 
 
 
17 
 
Ainda nesse sentido, Carvalho; Braga (2001, p. 99) 
 
O documento do Ministério do Meio Ambiente intitulado “Cidades 
Sustentáveis”,
para formulação e implementação de políticas públicas 
compatíveis com os princípios de desenvolvimento sustentável 
definidos na Agenda 21, estabelece quatro estratégias de 
sustentabilidade urbana identificadas como prioritárias para o 
desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, duas das quais 
remetem diretamente ao Plano Diretor 
1. aperfeiçoar a regulação do uso e da ocupação do solo urbano e 
promover o ordenamento do território, contribuindo para a melhoria das 
condições de vida da população, considerando a promoção da 
eqüidade, eficiência e qualidade ambiental; 
2. promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da 
capacidade de planejamento e gestão democrática da cidade, 
incorporando no processo a dimensão ambiental urbana e 
assegurando a efetiva participação da sociedade. 
 
O que nos leva a percepção que uma das grandes interfaces da lei 
10.257/2001, Estatuto das Cidades, no que tange à questão ambiental que 
acontece por meio do uso e ocupação do solo, devidamente planejado e 
controlado, como fica fácil de se perceber nos parágrafos abaixo do artigo 
segundo da citada lei: 
 
[...] 
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito 
à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura 
urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, 
para as presentes e futuras gerações; 
[...] 
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais 
setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao 
interesse social; 
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição 
espacial da população e das atividades econômicas do Município e do 
território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as 
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o 
meio ambiente; 
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e 
serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da 
população e às características locais; 
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: 
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou 
inadequados em relação à infra-estrutura urbana; 
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam 
funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da 
infraestrutura correspondente; 
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua 
subutilização ou não utilização; 
f) a deterioração das áreas urbanizadas; 
g) a poluição e a degradação ambiental; 
 
18 
 
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e 
rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município 
e do território sob sua área de influência; 
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços 
e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade 
ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área 
de influência; 
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo 
de urbanização; 
 
[...] 
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha 
resultado a valorização de imóveis urbanos; 
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e 
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e 
arqueológico; 
[...] 
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por 
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas 
especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, 
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas 
ambientais; 
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do 
solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos 
e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; 
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na 
promoção de empreendimentos e atividades (BRASIL, 2002, p. 13-17) 
 
Aqui é importante atentarmos ao fato de que, apesar de o uso e ocupação 
do solo parecer uma abordagem urbanística com foco em aspectos físicos, ela 
é na realidade um trabalho de cunho extremamente estratégico, se levar em 
consideração toda a complexidade urbana como deve ser. 
Sob esse recorte, isso poderia ser um dos pilares para se pensar em 
sustentabilidade urbana. 
 
2.5 Zoneamento ambiental 
 
Na prática, o uso e ocupação do solo associam-se diretamente ao 
componente ambiental da sustentabilidade, por meio do zoneamento ambiental. 
De maneira o termo zoneamento se refere a uma operação feita no plano da 
cidade com o fim de atribuir a cada função e a cada indivíduo seu justo lugar. 
Tem por base a análise detalhada de cada uma das diversas atividades 
humanas existentes em uma cidade, analisando qual deve ser o lugar de cada 
uma na cidade. 
De acordo com Silva; Aguiar Filho (2013), o zoneamento ambiental deve 
ser entendido como como instrumento da política nacional de meio ambiente e 
 
19 
 
ainda como instrumento para o desenvolvimento local e regional dos centros 
urbanos brasileiros. Em específico, na área ambiental, este está relacionado à 
definição de alguns usos como: a segregação dos usos ambientalmente 
incompatíveis e a definição de zonas especiais de proteção ambiental. 
(CARVALHO, BRAGA, 2001, p.107). 
Na opinião de Milaré (2005, p. 643): 
 
Além do macrozoneaneamento, que separa as zonas rurais, urbanas 
e de expansão urbana do município, e do zoneamento urbano, que vai 
ordenar o uso e a ocupação do solo da cidade, o Estatuto da Cidade 
introduziu o zoneamento ambiental, que já havia sido previsto na Lei 
6.938/81 em nível federal, em escala dos municípios. Traia-se de um 
instrumento que propiciará aos municípios a possibilidade de 
disciplinarem a ''ocupação e destinação de áreas geográficas para que 
elas atendam à sua vocação geoeconômica e ecológica. 
 
Assim o zoneamento ambiental pode ser entendido como um instrumento 
de organização territorial que deve ser seguido na implementação de obras 
públicas e privadas. Ele é a garantia da proteção ambiental, já que estabelece 
medidas e padrões de preservação ambiental que contribuírem para o 
desenvolvimento sustentável (LOPE, 2015). 
 
2.6 Sustentabilidade das cidades, uso e ocupação do solo 
 
O processo de planejamento e controle do uso e ocupação do solo tem como 
finalidade máxima racionalizar o processo de urbanização com base na função 
social das cidades e no consumo dos recursos existentes. Desse modo, por meio 
da análise das vantagens e desvantagens da concentração urbana, em conjunto 
com a análise da concentração existente na cidade, é possível traçarmos 
estratégias que possibilitem o desenvolvimento sustentável da cidade. 
Ao analisarmos, veremos que a baixa densidade, contrariamente ao que 
pensamos, tem um número maior de desvantagens do que de vantagens, 
principalmente pela dificuldade de custeio da infraestrutura, que resulta em um 
alto custo para o Estado ofertar serviços devido a pequena arrecadação. 
A alta concentração permite o desenvolvimento de infraestrutura, 
entretanto traz consequências negativas como a criminalidade, degradação, 
poluição entre outros. Esse cenário pode ser facilmente percebido na 
 
20 
 
comparação entre cidades pequenas com pouca densidade. O ideal seria o 
desenvolvimento da pequena cidade de forma planejada em relação à ocupação 
do solo. 
Do ponto de vista da gestão pública do âmbito Federal, o interessante 
seria a expansão / desenvolvimento proporcionalmente ao espaço o que 
proporcionaria a melhora de regiões menos populosas, que precisam de 
contingente populacional para se desenvolver e descongestionar
as grandes 
cidades, melhorando a qualidade de vida nessas localidades. 
O processo de desenvolvimento urbano e a consequente ocupação do 
solo traz benefícios e malefícios para a cidade, como podermos verificar na 
figura: 
Figura 4 
 
Fonte: Acioly e Davidson, 1978 apud Carvalho, Braga (2001) 
 
 
Resumo da aula 
 
Sem dúvida esse processo não é simples. Até porque é abordado pelo 
recorte de uma única variável. Para que esse balanceamento populacional fosse 
 
21 
 
feito, muitas outras estratégicas deveriam ser colocadas em prática, sobretudo 
na área econômica e social. 
O fato é que a relação entre ocupação do solo e sustentabilidade fica 
nítida quando analisamos o cenário exposto. Da mesma forma, no âmbito 
municipal, o planejamento e monitoramento do uso e ocupação do solo 
possibilitarão o aproveitamento e conservação dos recursos existentes na 
cidade. 
Atividade de Aprendizagem 
Em no máximo 10 linhas, explique a relação entre o uso e ocupação 
do solo e a sustentabilidade. 
 
 
Aula 3 – Cidades Sustentáveis 
 
Apresentação da aula 3 
 
Nesta aula estudaremos o conceito de cidades sustentáveis como 
caminho para o atingimento de sociedades sustentáveis. Serão vistas também 
algumas iniciativas nacionais e internacionais desenvolvidas pela gestão pública 
sob um olhar interdisciplinar que permite a inclusão de aspectos sustentáveis na 
operacionalização de algumas demandas das cidades. 
 
3.1 Cidades sustentáveis 
 
Recentemente, na literatura de sustentabilidade, começamos a ouvir falar 
em cidades sustentáveis, que se referem a cidades que vêm conseguindo 
associar a questão de sustentabilidade as suas ações. Na prática, essas cidades 
estão implementando ações que tem como base os princípios da 
sustentabilidade que vem gerando novas maneiras de equacionar as demandas 
existentes por meio de mudanças na forma de operacionalizar as ações. 
De acordo com Acselrad (2005, p. 04), “cidade sustentável seria aquela 
capaz de negociar através de parcerias público privado os conflitos de 
propriedade entre crescimento econômico e equidade, de recursos entre 
 
22 
 
crescimento e meio ambiente e de desenvolvimento entre preservação e 
equidade.” 
Falando de um processo de planejamento que tem como base uma visão 
holística, mas que considere como foco o bem-estar geral, a sociedade como um 
todo, permitindo assim que toda esta seja beneficiada (CARVALHO 
FILHO,2005). 
Nessas cidades percebemos, em sua base, a preocupação com a questão 
ambiental e consequentemente a implementação de um desenvolvimento 
econômico sustentável. 
Ví deo 
Palestra Leonardo Boff - "Cidade: Democracia, Sustentabilidade e 
Utopia. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Hji5Pd 
BJiPw. 
 
 
3.2 Bases para a criação de uma cidade sustentável 
 
Para se pensar em cidades sustentáveis, devemos pensar muito mais do 
que somente nas questões ambientais, temos que ter uma abordagem que dê 
conta de toda a complexidade da temática, assim a gestão dessas cidades deve 
contemplar alguns itens que servem como direcionadores. Nesse sentido, 
podemos identificar alguns pressupostos que devem ser seguidos; 
Governança: a ideia de uma cidade sustentável só é possível a partir do 
momento que se institui uma gestão municipal baseada em um novo modelo em 
que a transparência das ações permeiam o Estado e a sociedade de forma 
colaborativa. Esse processo se refere fundamentalmente à introdução dos 
preceitos de governança que já vem sendo aplicada na nova gestão pública. 
Bens naturais comuns: ponto que deve ser observado é que quando 
falamos de sustentabilidade às cidades, a gestão deve contemplar também uma 
visão ambiental onde a preservação seja parte dos programas e projetos 
municipais; 
 
23 
 
Equidade, Justiça Social e Cultura de Paz: da mesma forma que a 
questão ambiental, uma cidade sustentável deve ter como base a justiça social 
que se dá por meio de estratégias de atendimento e inclusão social; 
Gestão Local para a Sustentabilidade: as cidades sustentáveis vêm 
sendo desenvolvidas a partir de um processo de gestão local diferenciado onde 
tenha um foco eficiente a partir do planejamento, execução e avaliação. A 
eficiência da gestão local é importante a medida em que ela permitirá a 
longevidade das ações implementadas por esta gestão. 
Planejamento e Desenho Urbano: a partir do momento em que a 
sustentabilidade já não é vista somente sob o aspecto ambiental e se 
contemplam questões sociais econômicas e culturais, o planejamento urbano 
pode equacionar por meio da criação de um desenho que contemple espaços 
que permitem o desenvolvimento e interfaces culturais, sociais e econômicas; 
Cultura para a sustentabilidade: um dos aspectos da sustentabilidade 
que normalmente não é muito trabalhado, mas que é essencial para a 
continuidade das nações é a questão cultural, em que incluímos ações que 
consigam preservar as representações simbólicas de cada região em todos os 
formatos possíveis; 
Educação para a Sustentabilidade e Qualidade de Vida: no que se 
refere à criação de uma consciência, quanto à sustentabilidade, esse trabalho 
deve ser realizado desde cedo, na infância, assim ter um planejamento 
pedagógico que esteja atrelado aos pressupostos da sustentabilidade é algo 
fundamental e base para a sustentabilidade; 
Economia Local, Dinâmica, Criativa e Sustentável: a sustentabilidade 
está relacionada à dinâmica e o desenvolvimento local que cada vez mais tem 
acontecido a partir da criação de negócios com base nas especificidades 
regionais, como cultura e vocações regionais. Utilizar esse enfoque como 
estratégia vai ao encontro da sustentabilidade; 
Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida: um dos principais 
vilões em relação à sustentabilidade é o consumo desenfreado existente na 
maioria das cidades atuais. Por meio de projetos que incentivem o consumo 
responsável e racional, pode significar um avanço na sustentabilidade urbana. 
Melhor Mobilidade, menos tráfego: a sustentabilidade está amarrada a 
um novo modelo de vida em que se busca consumir menos recursos do ambiente 
 
24 
 
e nesse sentido a criação de estratégias e estrutura de mobilidade sustentável 
acaba sendo um caminho para a sustentabilidade; 
Ação Local para a Saúde: a mudança de conduta permeia todas as áreas 
inclusive áreas que não estão convencionalmente ligadas à sustentabilidade 
como a saúde. Nesse caso o preceito de prevenção que é um dos motes, 
estratégias de promoção de saúde, além de mais baratas, são extremamente 
eficazes e sustentáveis; 
Do Local para o Global: o processo de globalização é um fato, então é 
necessário um comprometimento das ações a partir da percepção de seus 
impactos. Isso está relacionado à gestão local, pois esta deve ser crítica no 
sentido de preservar a localidade sem dissociá-la totalmente do contexto 
globalizado; 
Planejando Cidades do Futuro: o planejamento é uma das chaves para 
um futuro sustentável, pois é por meio dele que podemos efetivamente garantir 
um futuro melhor para as novas gerações. 
A busca por um mundo onde o desenvolvimento esteja diretamente 
relacionado à sustentabilidade perpassa pelo amadurecimento da sociedade 
como um todo e esse amadurecimento se dá principalmente pelo processo de 
inserção de ações sustentáveis no dia a dia. Nesse sentido podemos perceber 
uma série de iniciativas em algumas cidades que começam a incluir a 
sustentabilidade em seus projetos e no dia a dia das pessoas. Essas iniciativas 
muitas vezes simples, além de atenderem as necessidades de cada projeto, 
ainda conseguem melhorar o meio ambiente em direção a sustentabilidade.
Resumo da aula 
 
Nesta aula foi abordado as bases para uma cidade sustentável e como se 
dá o processo dentro de cada uma delas. 
Atividade de Aprendizagem 
1. Responda em no máximo dez linhas: qual a importância do 
desenvolvimento de ações de cunho cultural e urbanístico para a 
sustentabilidade das cidades? 
 
 
25 
 
Aula 4 - Terceiro setor e a questão da sustentabilidade 
 
Apresentação da aula 4 
 
Nesta aula será analisada especificamente a contribuição do terceiro setor 
no processo de conscientização dos conceitos de sustentabilidade. Em primeiro 
lugar, serão abordados o conceito e o papel atribuído do terceiro setor, bem 
como os tipos de instituições que pertencem a este setor, depois será estudada 
a atuação do terceiro setor na área de sustentabilidade. 
 
4.1 Conceito de terceiro setor 
 
Quando se fala em terceiro setor, de maneira simples, estamos nos 
referindo ao segmento de instituições que não buscam resultados financeiros 
com suas atividades. Essa nomenclatura começa a aparecer no Brasil no nosso 
dia a dia a partir da década de 90 e podem ser definidas como “as figuras 
jurídicas que apresentam características de entidades sem fins lucrativos que 
são as associações e fundações privadas” (RAMPASO,2010, p. 18). 
Ainda nesse sentido, percebe-se que no terceiro setor estão agrupadas 
“todas as organizações privadas sem fins lucrativos e que visam à produção de 
um bem coletivo. ” (COELHO,2002, p. 58). 
De maneira geral, essas instituições possuem as seguintes 
características: 
 
Institucionalizadas: constituídas legalmente; Privadas: não integrantes 
do aparelho do Estado; de fins não lucrativos: não distribuem lucros 
para seus administradores ou dirigentes; Autoadministradas: 
gerenciam suas próprias atividades; Voluntárias: podem ser 
constituídas livremente por qualquer pessoa ou grupo de pessoas. 
(RAMPASO, 2010, p. 20). 
 
Fazendo uma leitura sociológica, podemos entender o terceiro setor 
como: 
 
uma nova esfera pública, não necessariamente governamental, 
constituída de iniciativas privadas em benefício do interesse comum, 
compreendendo um conjunto de ações particulares com o foco no 
bem-estar público. (CARDOSO, apud NETO(2001, p. 8). 
 
 
26 
 
Sendo que este “espaço institucional que abriga ações de caráter 
privado, associativo e voluntarista voltadas para a geração de bens de consumo 
coletivo, sem que haja qualquer tipo de apropriação particular de excedentes 
econômicos gerados nesse processo” (LIMA; MURARO, 2003, apud, NETO; 
FROES, 2001, p. 9). 
No âmbito do terceiro setor encontramos diferentes tipos de instituições 
como podemos ver na tabela 1. 
 
Tipo de instituição Descrição 
 
 
 
 
ONG - Organização Não 
Governamental 
As ONGs são entidades que não possuem fins 
lucrativos e realizam diversos tipos de ações 
solidárias para públicos específicos, como 
crianças, idosos, animais, meio ambiente etc. O 
termo é de origem norte-americana, Third Sector, 
muito utilizado nos Estados Unidos, e o Brasil 
vale-se da mesma classificação. Tais entidades 
da sociedade civil originaram-se na década de 30, 
sendo a maioria ligada ao Estado com finalidade 
pública sem fins lucrativos (SEBRAE, 2014, P. 7) 
 
 
OSCIP - Organização 
da Sociedade Civil de 
Interesse Público 
OSCIP é uma qualificação jurídica dada a pessoas 
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, 
instituídas por iniciativa de particulares, para 
desempenhar serviços sociais não exclusivos do 
Estado com incentivo e fiscalização do Poder 
Público, mediante vínculo jurídico instituído por 
meio de termo de parceria (SEBRAE, 2014, P. 7). 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS - Organização 
Social 
Organização Social (OS) é uma qualificação que 
pode ser concedida pelo Poder Executivo às 
entidades privadas – pessoas jurídicas de direito 
privado – sem fins lucrativos, destinadas ao 
exercício de atividades dirigidas ao ensino, à 
pesquisa científica, ao desenvolvimento 
tecnológico, à proteção e preservação do meio 
ambiente, à cultura ou à saúde, conforme 
estabelecido na Lei n.o 9.637 de 1998. A lei 
estabelece que, obrigatoriamente, uma OS deva 
possuir determinadas porcentagens de 
representantes tanto do Poder Público como 
também da sociedade civil, na composição do seu 
Conselho de Administração. Para o 
estabelecimento de parcerias, entre o Poder 
Público e a Organização Social, a Lei n.o 9.637 
criou um instrumento específico denominado 
Contrato de Gestão (Bancobrás, 2018) 
 
27 
 
Fonte: SEBRAE (2014); http://www.institutobancorbras.org.br/posts/dica/336-definicoes-de-
ong---os---osc---oscip 
 
Apesar da nomenclatura distinta, é importante deixarmos claro que todas 
elas trabalham com um mesmo propósito, ou seja, buscam o bem comum. 
Segundo Rampaso, (2010, p. 21) “as associações, integram o Terceiro Setor 
aquelas que perseguem o bem comum e, portanto, atuam no âmbito social, no 
sentido de coletivo, público”. De fato, todo o terceiro setor tem em sua essência 
a responsabilidade social. 
De início, a área do terceiro setor estava diretamente associada às 
questões sociais mais diretas e emergentes, entretanto percebemos que as 
instituições estão se envolvendo com as mais variadas áreas, sempre mantendo 
o foco do bem social. 
Nesse sentido, Nobre (2004, p. 9) afirma que: 
 
O próprio Terceiro Setor começa a se ampliar para além do círculo das 
ONGs, valorizando outros serviços como a filantropia empresarial, as 
associações beneficentes e recreativas, as iniciativas das igrejas e o 
trabalho voluntário. A afirmação deste novo perfil participante e 
responsável da sociedade brasileira se traduz na busca de novas 
formas de articulação entre organizações do Terceiro Setor, órgãos 
governamentais e empresas. 
 
4.2 Papel do Terceiro setor 
 
Para entender a importância do advento do terceiro setor em nossa 
sociedade e consequentemente fazermos a correlação deste como a 
 
 
 
 
 
 
 
OSC – Organização da 
sociedade civil 
É considerada Organização da Sociedade Civil 
(OSC) toda e qualquer instituição que desenvolva 
projetos sociais com finalidade pública. Tais 
organizações também são classificadas como 
instituições do Terceiro Setor, uma vez que não 
têm fins econômicos. Esta expressão foi adotada 
pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento 
(BID), no início da década de 90 e significa a 
mesma coisa que ONG – termo que se tornou 
mais conhecido devido ao fato de ser utilizado pela 
ONU e pelo Banco Mundial. Essa ideia fomentou 
o exercício da cidadania de forma mais direta e 
autônoma, na medida em que a sociedade civil 
abriu um espaço maior de participação nas causas 
coletivas. Em termos jurídicos, segundo a 
legislação brasileira, o termo não é reconhecido. 
 
28 
 
sustentabilidade, é importante destacar o papel que vem sendo atribuído a esse 
setor. 
No contexto da nova gestão pública em que o governo passa a atuar de 
maneira descentralizada e deste modo começa a conduzir o atendimento às 
demandas da sociedade por meio de instituições privadas, percebemos que é 
fundamental a sociedade civil se organizar para exercer uma efetiva participação 
social e conseguir realizar o controle social demandado por este novo cenário. 
Analisando esse cenário, o terceiro setor tem um papel fundamental a 
partir do momento em que ele, por meio de suas diversas instituições, acaba por 
atuar principalmente em áreas que o processo de descentralização da gestão 
pública não interessa às organizações privadas. 
Nesse sentido, o terceiro setor acaba por atuar fundamentalmente em 
seguimentos de cunho social baseados nos direitos fundamentais dos cidadãos, 
a saber: todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade” (BRASIL, 1998). 
Direitos fundamentais: 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Brasil(1988) 
 
 
Direito à 
vida
Direito à 
liberdade
Direito à 
igualdade
Direito à 
segurança
Direito à 
propriedade
 
29 
 
Nesse sentido, nota-se que o terceiro setor: 
 
Busca acima de tudo o resgate de valores fundamentais à formação do 
cidadão. Além das necessidades básicas de subsistência 
(alimentação, saúde, higiene, segurança), o ser humano precisa se 
inserir na sociedade, não só fazendo parte de maneira passiva, mas 
conectado e integrado com tudo o que acontece à sua volta, para que 
haja uma interação e para que ele contribua para a melhoria da 
sociedade e vice-versa. (PARENTE, 2008, p. 128). 
 
Essa visão pode ser validada quando avaliamos a concentração de 
atividades do terceiro setor. Na figura abaixo pode-se perceber que 40,6% das 
atividades do terceiro setor estão relacionadas à defesa dos direitos dos 
cidadãos. 
 
 
 
Fonte: IBGE (2012) 
 
 
Assim fica fácil perceber a importância do terceiro setor para que 
sociedade se torne cada vez mais igualitária e para que os direitos adquiridos 
constitucionalmente sejam devidamente respeitados. 
 
4.3 Terceiro setor e sustentabilidade 
 
Atualmente, quando se fala de sustentabilidade, já não se refere somente 
à área ambiental, tal conceito se permeia por toda a sociedade envolvendo 
questões sociais e culturais. 
A base desse raciocínio está no conceito do Tripé da sustentabilidade ou 
Triple Bottle Line, que afirma que a sustentabilidade é formada pelo cruzamento 
de três grandes blocos, o: 
 
30 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor 2018 
 
 
Segundo Barbosa (2007) apud Mascarenhas, Silva (2013, p.65) “Os 
componentes fundamentais para o desenvolvimento sustentável consistem em 
crescimento econômico, proteção ao meio ambiente e igualdade social”. Assim 
fica fácil perceber a relação do terceiro setor com a sustentabilidade já que este 
está diretamente relacionado com a questão da igualdade social e indiretamente 
relacionado com o crescimento econômico. Essa percepção fica mais fácil 
quando analisamos a tabela 2 que nos mostra algumas variáveis que impactam 
cada uma dessas dimensões. 
 
Ambiental Social Econômica 
Energia 
Água 
Gases do efeito estufa 
Emissões 
Redução de 
desperdício/lixo 
Reciclagem 
Reprocessamento/reuso 
Limpeza verde 
Agricultura/alimentos 
orgânicos 
Biodiversidade 
Políticas públicas 
Investimento 
comunitário 
Condições de trabalho 
Saúde e nutrição 
Diversidade 
Direitos humanos 
Investimentos social 
responsável 
Anticorrupção e suborno 
segurança 
Transparência contábil 
Governança 
coorporativa 
Performance econômica 
Objetivos financeiros 
Fonte: Elaborado pelo autor (2018). 
Sustetabilidade
Social
EconômicoAmbiental
 
31 
 
Resumo da aula 
 
O advento do terceiro setor em nossa sociedade pode ser entendido como 
um avanço na dinâmica social brasileira, já que o foco dessas instituições é 
justamente a área social. Essas instituições vêm preenchendo a lacuna que os 
cenários capitalistas não conseguem suprir. Com a evolução do terceiro setor, 
percebemos que as organizações que pertencem a esse segmento começam a 
permear as mais diferentes áreas, e hoje tem um papel bastante significativo na 
área de sustentabilidade já que a grande maioria das organizações trabalham 
com uma abordagem de conscientização. 
Atividade de Aprendizagem 
O terceiro setor vem sendo frequentemente atrelado a questões 
sociais. Explique, em no máximo 10 linhas, qual a relação entre 
essas questões e à sustentabilidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Resumo da disciplina 
 
O conceito de sustentabilidade não é novo e vem sendo divulgado em 
nossa sociedade de forma mais incisiva desde a década de 80. Hoje já existe 
um consenso da necessidade de se pensar em meios de garantir a 
sustentabilidade. Assim como vimos, hoje a gestão pública, em âmbito global, 
está empenhada em criar estratégias que tenham como premissa os 
fundamentos da sustentabilidade. 
Como consequência, vemos cada vez mais o alinhamento do 
planejamento urbano com os conceitos da sustentabilidade, o que culmina no 
surgimento de cidades sustentáveis. 
As cidades sustentáveis consistem em lugares que além da consideração 
de aspectos ambientais em seu planejamento, entendem a necessidade de uma 
abordagem sistêmica da sustentabilidade, contemplando ações nas áreas 
sociais, econômicas e culturais. Para tal, se pressupõe um novo modelo de 
gestão. 
Dentro desse novo modelo de gestão, percebemos cada vez mais a 
participação da sociedade civil organizada por meio do terceiro setor, cujo papel 
vai diretamente ao encontro da essência da sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
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