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Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) PCI V - A Enfermagem nos Cuidados à Família Expectante (Departamento de Enfermagem Materno-Infantil - DEMI) SEMANA 3 Aula 5 - 01.12.21 ➢ Períodos clínicos do parto - o parto sob o ponto de vista clínico (Prof. Juliana Fonseca/Diana) ● Assistência ao parto: - humanizar atendimento - respeitos aspectos éticos - valorizar a presença do acompanhante Idade gestacional no parto: → pré-termo: maior que 22 semanas até 36s 6d → a termo: entre 37 e 41s 6d → pós-termo: maior que 42 semanas Período premonitório/pré-parto/prodrômo: - adaptação do pólo cefálico que se apresenta no estreito superior - descida do fundo uterino - aumento da capacidade ventilatória materna - melhora da sensação de plenitude após alimentação - compressão do baixo ventre - dores lombares por estiramento das articulações - compressão da parede vesical, com polaciúria - transtornos circulatórios, com aumento das varizes vulvares e hemorróidas - contrações de Braxton-Hicks - perda do tampão mucoso Tampão mucoso: Assistência de Enfermagem: - orientação do período entre a mulher e acompanhante - práticas não farmacológicas para o alívio da dor (banho quente, massagem e exercícios) - sinais e sintomas de alerta Admissão precoce: intervenções desnecessárias Admissão: contrações uterinas regulares e dilatação uterina com 4 cm Admissão tardia: peregrinação e sofrimento do binômio mãe e filho (Conitec, 2016) ● Tipos de Parto 1 EUTÓCICO (Eu/toco = parto verdadeiro): - início espontâneo, risco habitual do início ao fim; - a termo, o recém-nascido (RN) nasce espontaneamente em apresentação cefálica de vértice; - após nascimento, mulher e RN em boas condições. DISTÓCICO (Dis/toco): - distócia de motor; - apresentação fetal anômala; - pelve óssea materna inadequada; - anormalidade dos tecidos pélvicos; - pode ocorrer uso de fórceps, vacuum e kiwi. Qual a característica do trabalho de parto? - contrações uterinas rítmicas - esvaecimento e dilatação - formação da bolsa das águas Curva de Friedman, 1950 Curva de Zhang, 2010 Plano da natureza para o parto: final da gravidez → pródromos → fase latente → fase ativa → transição → expulsivo → parto Hormônios envolvidos: endorfina, adrenalina, ocitocina, prolactina, adrenalina Apagamento do colo e dilatação: 2 Formação da bolsa das águas: Admissão/internação da parturiente: Exame físico e obstétrico → inspeção/palpação; altura do fundo uterino; evolução da gestação atual; exames - perda de líquido amniótico (LA); cálculo da DPP e IG. Exame clínico → pressão arterial, pulso, temperatura e respiração; avaliação das mucosas e mamas (sinal de Hunter e rede venosa de Haller); presença ou não de edema; varizes nos membros inferiores. 🚫 Tricotomia (procedimento pré-cirúrgico que tem como objetivo remover os pêlos da região) e Enteroclisma (lavagem intestinal) ✔ Alimentação (alimentos leves para gestantes de alto risco) e Higiene da paciente (os banhos de chuveiro com água morna têm sido utilizados, de forma empírica, para aliviar a dor do trabalho de parto) Palpação obstétrica para determinar a situação (Manobra de Leopold): 1°. contorno do fundo do útero e parte fetal que ocupa 2°. dorso e as pequenas partes ou membros 3°. mobilidade do polo, contorno do fundo do útero e parte fetal que ocupa 4°. fossas ilíacas em direção ao hipogástrico Atividade física: - estimular deambulação e movimentação ativa MMS mesmo com acesso periférico - orientar mudança de decúbito - realizar exercício respiratório e técnica de relaxamento muscular Atenção: as doulas são acompanhantes treinadas de parto. ● Exame Obstétrico Vitalidade fetal: a ausculta pode ser realizada com estetoscópio monoauricular chamado Pinard ou Sonar portátil. Frequência cardíaca fetal: 110 a 160 bpm Taquicardia: >160 bpm Bradicardia: <110 bpm Cardiotocografia (CTG): foi introduzida na obstetrícia na década de 1960, com o objetivo de avaliar a FCF e a contratilidade uterina no momento do parto. Sua utilização baseia-se no princípio de que a reatividade dos batimentos cardíacos é um dos primeiros parâmetros a se alterar durante o período de hipóxia. Toque vaginal: - dilatação - apagamento - apresentação - altura da apresentação 3 - variedade de posição - bolsa amniótica ● Primeiro período - dilatação: Como avaliar a dinâmica uterina? Registrar as seguintes observações no primeiro período do trabalho de parto: - Frequência das contrações uterinas de 1 em 1 hora - Pulso de 1 em 1 hora - Temperatura e PA de 4 em 4 horas - Frequência da diurese - Exame vaginal de 4 em 4 horas ou se houver alguma preocupação com o progresso do parto ou em resposta aos desejos da mulher (após palpação abdominal e avaliação de perdas vaginais) (CONITEC, 2016) Amniotomia (rompimento mecânico da bolsa amniótica): - Reduz duração TP - Desacelerações precoces FCF - Alterações plásticas sobre pólo cefálico - Aumenta risco de infecção ovular e puerperal Amniotomia precoce tem o risco elevado de prolapso de cordão! Nomenclatura da rotura: 1. Prematura: antes do TP 2. Precoce: início do TP 3. Oportuna: 6 a 8 cm 4. Tardia: no final do TP 5. Empelicado: Bl (bolsa íntegra) ● Segundo período - expulsivo: Segurança, ansiedade e medo: - orientar parturiente sobre suas condições e as do feto - reforçar a importância da participação - explicar ações e procedimentos adotados Integridade física: - ausculta BCF - observar o estado geral - observar perdas via vaginal e contrações Conforto: - posição de livre escolha - posicionar mesa de parto - orientar sobre posicionamento das mãos e leve movimentação para melhor circulação MMIl Encorajar a mulher a adotar posições que ela achar mais confortável, incluindo as posições de cócoras, lateral ou quatro apoios; apoiar a realização de puxos espontâneos em mulheres sem analgesia, evitando os puxos dirigidos e, caso o puxo espontâneo seja ineficaz, ou se solicitado pela mulher, deve-se oferecer outras estratégias para auxiliar o nascimento, tais como: suporte, mudança de posição, esvaziamento da bexiga e encorajamento; 4 adotar técnicas de alívio da dor: massagem na região sacra, uso do cavalinho e da bola, banho de chuveiro morno, deambulação; toque vaginal: deve-se respeitar o intervalo maior que possível; a manobra de Kristeller não deve ser realizada. Manobra de Ritgen (proteção do períneo): durante expulsão do pólo cefálico, a mão direita apoia o períneo ou empurra o períneo posterior para baixo enquanto se controla a deflexão da cabeça fetal com a mão oposta. WHO, 2018: Recomendação 16 - O exame vaginal digital de rotina em intervalos de quatro horas é recomendado para avaliação da evolução do trabalho de parto em mulheres de baixo risco. Recomendação 21 - Técnicas de relaxamento, incluindo relaxamento muscular progressivo, respiração, música, atenção plena e outras técnicas, são recomendadas para mulheres grávidas saudáveis que solicitam alívio da dor durante o trabalho de parlo, de acordo com suas preferências - recomendado. Recomendação 36 - Recomenda-se que as mulheres sejam incentivadas e apoiadas a seguir seu próprio desejo de empurrar durante o segundo estágio do parto. Recomendação 38 - Para mulheres na segunda fase do trabalho de parto, técnicas para reduzir o trauma perineal e facilitar parto espontâneo (incluindo massagem perineal, compressas quentes e proteção "com as mãos" do períneo) são recomendados, com base nas preferências da mulher e nas opções disponíveis. - Provas sobre a manobra de Ritgen (usando uma mão para puxar o queixo fetal entre o ânus e cóccix, e a outra mão colocada no occipital fetal para controlar a velocidade de nascimento) é muito incerta; portanto, esta técnica não é recomendada. Recomendação 40 - A aplicação de pressão manual no fundo do útero para facilitar o parto durante o segundo estágio não é recomendada. Episiotomia: considerar o uso de ocitocina e realização de analgesia regional caso as contrações forem inadequadas no início do segundo período; não realizar episiotomia de rotina duranteo parto vaginal espontâneo, e quando usada recomenda-se a médio-lateral originando na fúrcula vaginal e direcionada para o lado direito, com um ângulo do eixo vertical entre 45 e 60 graus. 5 ● Terceiro período - dequitação: É o momento desde o nascimento da criança até a expulsão da placenta e das membranas. Descolamento: retração do músculo uterino após o parto fetal, e em consequência de suas contrações. No ponto em que se iniciou o descolamento, forma-se o hematoma retroplacentário. → Mecanismo de Baudelocque-Schultze: - 75% dos casos - inserida no fundo do útero - não possui sangramento externo - sangramento retro-placentário (desce como um guarda-chuva) - aparece primeiro a face fetal → Mecanismo de Baudelocque-Duncan: - 25% dos casos - inserida lateralmente no útero - sangramento externo contínuo - aparece primeiro a face materna Descida: as contrações uterinas que não cessam e a possível ação da gravidade condicionam a migração da placenta, que se cumpre de acordo com a modalidade do descolamento, a locação placentária é a maior ou menor facilidade com que se desprendem as membranas. Do corpo uterino, a placenta passa ao segmento inferior, que então se distende, percorre a cérvice e cai na vagina. Expulsão ou desprendimento: no canal vaginal, a placenta provoca nova sensação de puxo, determinando esforços abdominais semelhantes aos do 2° 6 período do parto, responsáveis pela expulsão do órgão para o exterior. → contato pele a pele; clampeamento tardio (3 a 5 min) Conduta ativa: - uso rotineiro de substâncias uterotônicas (10U de ocitocina intramuscular após o desprendimento da criança, antes do clampeamento e corte do cordão) - clampeamento e secção precoce do cordão umbilical (não realizar a secção do cordão antes de 1 minuto após o nascimento) - tração controlada do cordão após separação placentária (pinçar o cordão antes de 5 minutos após o nascimento para realizar a tração controlada do cordão como parte da conduta ativa) Conduta fisiológica: - sem uso rotineiro de uterotônicos - clampeamento do cordão quando parar de pulsar - expulsão da placenta por esforço materno Examinar a integridade e as faces da placenta; realizar episiorrafia, se necessário, das lacerações de 1° grau e obrigatórias nas de 2° grau e 3° grau; considerar terceiro período prolongado após decorridos 30 minutos; manter observação rigorosa da mulher observando condição física geral, através da coloração de pele e mucosas, respiração e sensação de bem-estar e perda sanguínea; explicar à mulher, antes do parto, as opções de conduta no terceiro período, com os riscos e benefícios de cada uma; se uma mulher com baixo risco de hemorragia pós-parto solicitar conduta expectante (acompanhamento menos intensivo, o que pode significar menos exames), apoiá-la em sua escolha. Ajudar no desprendimento da placenta: realizar manobra Jacob-Rubin (rotação sentido horário, sem tração) - observar perdas sanguíneas Inspeção da placenta: ● Traumas Perineais Em casos de traumas genitais: Antes de avaliar o trauma genital: - Explicar à mulher o que será realizado e o porquê, oferecer analgesia adequada, assegurar boa iluminação, posicionar a mulher de maneira confortável e com boa exposição das estruturas genitais; Na avaliação sistemática do trauma genital: - Explicar novamente o que será realizado e porquê; 7 - Providenciar analgesia local ou regional efetiva; - Avaliar visualmente toda a extensão do trauma, incluindo as estruturas envolvidas, o ápice da lesão e o sangramento; - Na suspeita de qualquer lesão da musculatura perineal, realizar exame retal para verificar se ocorreu algum dano ao esfíncter anal externo e interno. → 0: íntegro, 1: pele e mucosas, 2: músculos perineais sem esfíncter anal, 3: músculos perineais com esfíncter anal e 4: músculos perineais com esfíncter anal externo e interno Episiorrafia: consiste sutura da episiotomia (fechamento da incisão) com fio cirúrgico absorvível pelo organismo. ● Período de Greenberg Primeira hora após a saída da placenta: - Alterações quanto ao volume, forma, situação e consistência uterina; - Repouso fisiológico do útero; - Higiene de genitais externos; - Observar aspecto e quantidade do sangramento; - Observar nível de consciência; - Estimular o aleitamento materno na 1ª hora de vida; - Controlar os SSW. Exame físico: condições de higiene; observar mamas (aspecto, volume, secreção, forma e condições dos mamilos); consistência da parede abdominal e sensibilidade dolorosa; volume da bexiga; útero (altura, consistência e sensibilidade), vulva, períneo e região perianal; condições da episiorrafia; avaliar e registrar condições MMII. Indiferença mio uterina: fases de contração e relaxamento, podendo o útero se encher de sangue (TP prolongado, gestação múltipla, macrossomia -bebê acima de 4 kg, GIG-, polidramnia -aumento do volume de líquido amniótico-, anestesia geral). Contração uterina fixa: útero atinge tônus elevado e passa a se manter contraído, formando Globo de Segurança de Pinard. Mecanismos que controlam a hemostasia: → Miotamponamento: vasos antigos do sítio placentário são comprimidos pela musculatura uterina, configurando "ligaduras vivas de Pinard". → Trombotamponagem: mecanismos de coagulação sanguínea, induzidos pela contração miometrial, produzem tamponamento das arteríolas e veias abertas pela dequitação com formação de trombos intravasculares e coágulos, que preenchem a cavidade uterina. Lóquios no puerpério (verificados através de absorventes): 8 ● Em resumo - períodos clínicos do parto: 1. Dilatação: primeiras modificações cervicais até a dilatação completa (10 cm) 2. Expulsivo: o feto é expelido do útero 3. Dequitação: o útero expele a placenta e as membranas (após o nascimento do feto) 4. Período de Greenberg: primeira hora do puerpério ● Anotações sobre a aula: Humanizar os atendimentos respeitando os aspectos éticos e valorizando a presença do acompanhante, fazendo o mesmo participar do parto e apoiar a parturiente. Usar aromaterapia, musicoterapia, banhos quentes, tudo para humanizar mais o momento, deixando a gestante mais confortável e mais confiante possível. Útero não-responsivo: não tem contrações, alteração de colo, nem nada anormal, ou seja, sem Braxton Hicks*. *3/4 semanas antes do parto Dequitação = expulsão da placenta BI = bolsa íntegra Tricotomia = depilação Prodrômo: mais usado (fase 2 - ativação) A descida do fundo uterino causa ↓ O tampão mucoso forma-se no início da gestação e sua saída pode ser uma indicação de que está entrando em trabalho de parto. Admissão precoce: pode ocorrer dependendo da condição da mulher e da família. Distocia - a enfermeira não assiste sozinha esses partos, o bebê está em posição inadequada e é necessário o uso de alguns instrumentos. Contrações sem ser de treinamento - marcar o intervalo e a duração delas Formação da bolsa das águas: protuberância da bolsa para o colo. Esvaecimento: apaga-se o colo (a bordinha) Durante o período de 6h de latência a mulher pode estar em casa e tranquila Partos em multíparas são mais rápidos: Primíparas: até 20h - latente; até 6h - ativa Multíparas: até 14h - latente; até 3h - ativa O toque vaginal é realizado apenas de 4 em 4h, para não ocorrer edemas, incômodo ou rompimento da bolsa antes da hora. Contar os segundos que duram a contração com a mão espalmada durante 10 min e quantas contrações foram nesse período. Caso não tenham o mesmo tempo tem que somar o tempo de contração e dividir por quantas foram. Prolapso de cordão pode levar à cesariana. 9 Puxos espontâneos: a mulher faz força quando se sente confortável e seguindo sua vontade. Manobra de Kristeller (força no fundo uterino) - não é recomendada Manobra de Ritgen (não deve ser feita - posição ginecológica) Placenta - face materna: implantação no útero; face fetal: onde tem o líquido amniótico. Mecanismo de descida (fisiológico): Schultze: formato de guarda-chuva, sai pela face fetal primeiro, o cordão e as veias e depois o sangue. Duncan: primeirodesce o sangue, descida basal, aparece primeiro a face materna (tecido placentário). Pode causar dor devido às contrações e a passagem da placenta, há força materna, a mulher tem 30 min para expulsar a placenta, caso não ocorra precisa recorrer ao uso de alguma intervenção. 1 ml = 100 UI (unidade internacional) Ao palpar o útero após a primeira hora do parto, ele vai estar bem rígido e em formato de punho. ➢ Mecanismo do parto - o parto sob o ponto de vista mecânico (Prof. Juliana Fonseca/Diana) ● 3 elementos indispensáveis para a mecânica do parto: - fatores do parto: bacia, feto e contração → Bacia obstétrica: tamanho e forma compatíveis com o feto → Contrações uterinas: mecanismo que impulsiona o feto para que ocorra o nascimento → Feto: tamanhos e medidas que se adaptem a bacia, bem como os movimentos para nascer Móvel ou objeto: feto Motor: contração uterina Trajeto da bacia obstétrica: trajeto duro e trajeto mole ● Trajeto Mole: Canal de parturição: o trajeto, ou canal da parturição, estende-se do útero à fenda vulvar. Nele, há três estreitamentos anulares: o orifício cervical, o diafragma pélvico (urogenital) e o óstio vaginal (fenda vulvovaginal). Músculos do diafragma pélvico: levantador do ânus e coccígeo. Além desses, dois outros cobrem as paredes da pelve verdadeira: o obturador interno e o piriforme. Músculos do períneo anterior: superficiais -transverso superficial, isquiocavernoso e bulbocavernoso- e profundos -transverso profundo e esfíncter externo da uretra-. Músculo do períneo posterior: esfíncter externo do ânus. 10 ● Trajeto Duro: A bacia (ou pelve) constitui o canal ósseo, formado pelos dois ilíacos -o sacro e o cóccix-, com as respectivas articulações (sínfise púbica, sacroilíacas e sacrococcígea). Entre o sacro e a quinta vértebra lombar, é possível acrescentar a articulação lombossacra, cujo vértice constitui o promontório. (FEBRASGO, 2019) Tipos de pelve: Estudo da anatomia da bacia materna: O estreito superior é constituído (de trás para a frente) de saliência do promontório, borda anterior da asa do sacro, articulação sacroilíaca, linha inominada, eminência iliopectínea e borda superior do corpo do púbis e da sínfise púbica. O estreito médio começa atrás, no ápice do sacro, passa pelas apófises transversas da 5° a vértebra sacra, pela borda inferior dos pequenos ligamentos sacro ciáticos, pelas espinhas ciáticas, pelos arcos tendíneos do elevador do 11 ânus e, finalmente, termina à frente de seus feixes pubococcígeos, na face posterior do púbis. O estreito inferior é composto de borda inferior dos dois púbis (revestidos pelo ligamento arcuatum), ramos isquiopúbicos (ramos descendentes do púbis e ascendentes do ísquio), tuberosidades isquiáticas, borda medial ou interna dos grandes ligamentos sacro ciáticos e extremidade do cóccix (articulação sacrococcígea, depois da retropulsão do cóccix); é, portanto, ósseo e ligamentoso. Pelve falsa → estreito superior → pelve verdadeira → Diâmetro Bicrista (BC); Diâmetro Biespinha (BE); Diâmetro Bitrocantérico (BT); Diâmetro Sacropúbico Externo (SPE). Planos da Bacia: Plano de Hodge: 1. Estreito Superior - nível da borda superior do pube 2. Maior diâmetro, ainda ES - nível da borda inferior do pube 3. Estreito Médio - nível das espinhas ciáticas 4. Estreito Inferior - ponta do cóccix Plano de DeLee: Pontos da bacia materna: 12 Principais elementos para saber da bacia: A. Estreito superior da bacia, visto de cima; B. Plano de maiores dimensões da escavação, visto de baixo; C. Plano de menores dimensões, estreito médio, visto de baixo; D. Estreito inferior, visto de baixo. ● Estática fetal - ovóide fetal: 1. atitude 2. situação 3. apresentação 4. posição 1. Atitude: a relação das diversas partes do feto entre si. 🔶 Lambdóide - fontanela posterior 🔺Bregmática - fontanela anterior 2. Situação: relação entre os maiores eixos vertebrais do feto e da mãe. Longitudinal - 99% dos casos 3. Apresentação: cefálica, pélvica (pode ser completa ou incompleta) ou córmica. Durante a gestação, a apresentação se encontra afastada do estreito superior, não tendo relação direta com a bacia. No 13 início do trabalho de parto, essa relação com a pelve materna é manifestada: - Alta e móvel: apresentação não está no estreito superior - Fixa: pelo palpar, não se consegue mobilizá-la - Ajustada: se ocupa na área desse estreito - Insinuada: transpôs a área do estreito superior Seguir a altura da apresentação conforme o plano de Hodge! 4. Posição: a posição constitui a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo do materno. → Que parte do bebê se apresenta primeiro (que parte será a primeira a penetrar na pelve)? R.: Occípito ou sacro → Onde estão as costas? R.: Esquerda ou direita → Em que direção está a parto do corpo com o qual o bebê se apresenta? R.: Anterior, posterior ou transverso 1. púbis; 2. eminência iliopectínea; 3. extremidades do diâmetro transverso; 4. sinostose sacroilíaca; 5. sacro. ● Contrações uterinas - motor: Até 30 semanas: contrações isoladas, descoordenadas em pequenas porções do útero, indolores. Após 30 semanas: contrações em regiões maiores do útero mais coordenadas, indolores e pouco frequentes (Braxton-Hicks). 14 Pródromos: contrações envolvendo todo útero, de baixa frequência, eventualmente dolorosas - TGD. Parto: contrações ritmadas, frequência de 2 a 5 em 10 minutos, dolorosas. Pós-parto: contrações ritmadas e frequentes por algumas horas, que vão se tornando mais espaçadas nos dias subsequentes. A contração se inicia no fundo uterino, onde é mais intensa e prolongada com propagação inferior, tendo como dois marcapassos localizados nos cornos uterinos. Fisiologia da contração: 4. 50 mmHg, 5 contrações/10min 3. 40 mmHg, 4 contrações/10min 2. 40 mmHg, 2-3 contrações/10min 1. 30mmHg até 3 contrações/10min ● Mecanismo do parto: Insinuação: 1. insinuação e flexão Descida ou progressão: 2. descida 3. rotação interna Desprendimento: 4. extensão ou desprendimento da cabeça 5. rotação externa 6. expulsão 1 - Insinuação e Flexão: passagem da maior circunferência da apresentação pelo anel do estreito superior. A posição mais comum na insinuação é a occipito transversa esquerda (OTE). - Ocorre por movimentos de assinclitismo - Sutura sagital no diâmetro transverso da pelve (63%) - Insinuação antes do trabalho de parto à indício de boa proporção cefalopélvica - o contrário não é verdadeiro Diagnóstico clínico: - Toque: occipício à espinhas ciáticas (Plano "O" de DeLee) 15 2 - Descida: ocorre desde o início do trabalho de parto e só termina com a expulsão do feto. Resulta das forças do trabalho de parto, sua velocidade depende da resistência pélvica. O grau da descida é medido pelo plano de DeLee ou de Hodge. Distância da espinha ciática: - Móvel > -3 cm - Ajustada ou Fixada: -3,-2 e -1 cm - Insinuada: 0 cm - Fortemente insinuada: +1, +2 e +3 cm - Baixa: +4 e + 5 cm (já aflorando na vulva) 3 - Rotação interna: ocorre simultaneamente com a descida fetal. Visa alinhar a sutura sagital do feto com o diâmetro ântero-posterior da pelve materna. A rotação interna começa no nível das espinhas ciáticas (plano zero de DeLee), completando-se quando a cabeça fetal atinge a pelve inferior. A parturiente geralmente está em alerta, em excitação, apresentando dor lombar e em baixo ventre. 4 - Extensão ou desprendimento da cabeça: o desprendimento acontece por meio do movimento de deflexão. Nesse contexto, a passagem da cabeça através do anel vulvar deve ocorrer pelos menores diâmetros, sendo o maior diâmetro o suboccipital. Com o movimento de deflexão, estando o suboccipital colocado sob a arcada púbica, liberta-se o diâmetro suboccipital bregmático, seguido pelo sub occipitofrontal, suboccipital nasal e, assim por diante, até o completo desprendimento. 5 - Rotação externa da cabeça: é o movimento que a cabeça exteriorizada faz para voltar à posição anterior a rotação interna da cabeça. Trata-se de um movimento espontâneo envolvendo o pólo cefálico e tambémo tronco. 16 6 - Desprendimento do ovóide córmico: é o desprendimento do restante do corpo fetal (tronco e membros). → Rotação interna das espáduas: por tração ou espontaneamente, o acrômio anterior loca e ultrapassa o subpube, por elevação espontânea ou artificial o acrômio posterior vence a resistência perineal. ● Em resumo: ● Anotações sobre a aula: Os hormônios relaxam todas as articulações, a pelve abre devido a esse relaxamento. Na posição deitada, a amplitude de 3 cm do cóccix não ocorre e por isso é uma posição mais desconfortável. De pé seria a melhor opção. Pelas fontanelas e ossos dá para saber a posição da cabeça do bebê. TGD - tríplice gradiente descendente (onda de contração uterina) Insinuação - o feto está entrando no estreito superior da bacia da mãe, ocorre então a flexão de cabeça para diminuir o seu tamanho e facilitar a passagem Aula 6 - 02.12.21 ➢ Bem-estar fetal e CTG - cardiotocografia (Prof. Diana/Vanessa/Juliana F.) ● Avaliação do bem-estar fetal: O objetivo é diferenciar: - Fetos bem oxigenados: não necessitam de intervenções; 17 - Fetos mal oxigenados: necessitam de intervenções rápidas para evitar lesão permanente do sistema nervoso central, especialmente paralisia cerebral e óbito fetal. Vitalidade fetal: a manutenção da frequência cardíaca fetal é regulada pelo Sistema Nervoso Somático e Sistema Nervoso Autônomo mediado pelo SNC, SNP e estímulo dos quimiorreceptores e barorreceptores. FCF expressa a oxigenação fetal e é um marcador indireto da resposta cardíaca e medular às mudanças no volume sanguíneo, hipoxemia e acidemia do teto. → Sistema nervoso autônomo: - ativação simpática: hormônios de stress, taquicardia e adaptação mais lenta - ativação parassimpática: nervo vago, bradicardia e adaptação mais rápida → Motivos para alterações no ritmo cardíaco fetal: alterações normais na atividade fetal, alterações no fluxo sanguíneo da placenta, hipóxia, estímulos externos, aumentos de temperatura e medicamentos. O termo “sofrimento fetal” é inespecífico e não deve ser empregado rotineiramente sem a confirmação de que o feto está acidótico, devendo ser substituído pela expressão “situação fetal não tranquilizadora”. Circulação fetal: o suprimento adequado de oxigênio e de nutrientes (especialmente de glicose) e a remoção de metabólitos através da placenta são fundamentais para manter a vida intrauterina. Posições materna para realizar a avaliação do bem-estar fetal: priorizar posições verticalizadas (o decúbito dorsal deve ser evitado pois interfere na avaliação, o fluxo sanguíneo acaba diminuído pela pressão realizada pelo feto na veia cava). ● Métodos de avaliação do bem-estar fetal: → Ausculta intermitente: avaliação da frequência cardíaca fetal mais utilizada. Uso de sonar doppler fetal portátil ou Estetoscópio de Pinard. - No trabalho de parto (antes, durante e após a contração uterina) - Tempo de ausculta: 1 min e mín. 30 seg após a contração O que observar durante a ausculta? - a frequência cardíaca fetal (FCF) expressa em batimentos por minuto (bpm); - presença de acelerações (aumento temporário da FF são sinais de boa oxigenação fetal); - desacelerações (redução temporária da FCF); 18 - a variabilidade reflete equilíbrio de sistema nervoso autônomo fetal e é percebida como flutuações dos batimentos dentro da normalidade; - presença de movimentos fetais. Intervalo de avaliação: - Classificadas como risco habitual: 1° período do TP (fase ativa) a cada 30 min e 2° período do TP (expulsivo) a cada 15 min. - Classificadas como alto risco: 1° período do TP (fase ativa) a cada 15 min e 2° período do TP (expulsivo) a cada 05 min. Ausculta intermitente - sinais de alerta durante a ausculta: - FF < 110 bpm ou > 160 bpm - desacelerações (FF < 110 bpm mantidas) - ausência de acelerações da FCF após movimentação fetal ou contrações - padrões monótonos de ausculta, que podem associar-se à variabilidade comprometida A variabilidade só pode ser documentada no traçado cardiotocográfico, embora possa ser suspeitada durante a ausculta! → Cardiotocografia: método de monitorização eletrônica fetal não invasivo que permite o registro gráfico de: - batimentos cardiofetais; - número de contrações (mas não sua intensidade); - movimentos fetais. Ela pode ser anteparto e intraparto, convencional ou computadorizada (ambas externas). É basal e estimulada. Tempo de realização do exame: mínimo de 20 min. Pode ser feita a partir de 24 semanas de gestação (viabilidade fetal); é amplamente utilizada; possui alta sensibilidade e baixa especificidade; alta taxa de falso-positivo para acidose (o método é bom para confirmar que o feto está bem, porém, na grande maioria das vezes, quando sugere que o feto está acidótico, ele não está). 19 Banda cardiográfica: observa-se acelerações transitórias, linha de base, variabilidade e desacelerações. Banda tocográfica: observa-se as movimentações fetais (MF), contrações uterinas (CO), intensidade da contração uterina em mmHg, frequência da contração uterina e a atividade uterina em unidades de Montevidéu (UM). Frequência Cardíaca Basal - Linha de Base: → cada retângulo tem 1 cm e equivale a 1 min; a linha de base é a FCF média em um espaço de 10 min A bradicardia pode ocorrer em detrimento de: - prolapso de cordão, ruptura uterina, descolamento prematuro de placenta, hipotensão materna, hipotermia, hipoglicemia, pós-datismo, bradiarritmia fetal, descida rápida da apresentação, uso de medicamentos (beta-bloqueadores, anestesia) e/ou taquissistolia; - quando associada à acidose, geralmente é precedida por outras alterações, especialmente variabilidade mínima ou ausente. A taquicardia isoladamente tem pouco valor preditivo para acidose, mas pode estar presente nas fases iniciais da resposta ao estímulo hipóxico de instalação não aguda. Pode estar relacionado à: - febre (infecção materna e fetal, analgesia de parto), prematuridade, movimentação fetal excessiva, ansiedade materna, hipertireoidismo, anemia fetal e uso de medicamentos (b-adrenérgicos, bloqueadores parassimpáticos) e de cocaína. Acelerações: aumento abrupto (menos de 30 segundos) de pelo menos 15 bpm da linha de base com duração de 15 segundos a 10 minutos; considerada prolongada se durar entre 2 e 10 minutos. Em fetos com menos de 32 semanas, a amplitude pode ser menor (10 bpm com duração de pelo menos 10 segundos). Geralmente associadas ao movimento fetal. As acelerações são sinais de boa oxigenação fetal (aumento temporário da FCF): - ocasionadas pelo movimento fetal (MF), estimulação ou contração uterina; - resposta sadia a estímulo ou estresse; - mínimo de 1 em 20 min, se ausente, realizar estimulação fetal. 20 Variabilidade da FCF: reflete equilíbrio de sistema nervoso autônomo fetal e é percebida como flutuações dos batimentos dentro da normalidade. São oscilações da linha de base, irregulares em amplitude e frequência, observadas em um período de 10 minutos, excluindo acelerações ou desacelerações. - ausente: não detectada a olho nu; - mínima: amplitude menor ou igual a 5 bpm; - moderada ou normal: amplitude de 6 a 25 bpm; - acentuada: amplitude maior que 25 bpm. Variabilidade = ↑ oscilação - ↓ oscilação; V: 150 - 130 = 20! Desacelerações: queda da FCF = > 15 bpm por pelo menos 15 seg. 21 Fatores que dificultam a realização da Cardiotocografia Fetal: - polidrâmnio - MF excessivos - movimentação materna excessiva - dorso fetal posterior - placentação anterior - obesidade materna - gemelaridade - paciente com edema extremo - paciente totalmente sentada ● Cardiotocografia (CTG) “Não há dados de que qualquer dos testes antenatais deva ser aplicado de rotina em gestações consideradas de baixo risco”. O traçado cardiotocográfico deve ser interpretado de acordo com o quadro clínico e a fase do trabalho de parto. Cardiotocografia de rotina na admissão da parturiente, especialmente nas parturientes de risco habitual, pode estar associada a aumento da taxa de cesariana, sem melhora do resultado perinatal (Devaneet al., 2017). Ainda não há evidências robustas que comprovam existir real benefício no emprego da cardiotocografia contínua de rotina, tanto em parturientes de alto como de baixo risco para hipóxia intrauterina (Nelson e Rouse, 2016; Mullins e Brocklehurst, 2017). Sugere-se monitorização contínua nas seguintes situações: - alteração na ausculta intermitente; - presença de líquido meconial; - tempo de ruptura prematura de membrana prolongado (após 24 horas); - febre intraparto ou corioamnionite; - sangramento anteparto; - uso de ocitocina ou analgesia de parto; - fase ativa de trabalho de parto acima de 12 horas ou período expulsivo acima de 1 hora; 22 - cesariana prévia; - qualquer doença materna que possa influir na oxigenação fetal (diabetes, pré-eclâmpsia, colestase gravídica, etc); - gestação pós-termo ou prematura; - oligoâmnio ou alteração no Doppler; - crescimento intrauterino restrito (tanto precoce como tardio); - gestação múltipla. ● Ausculta intermitente vs. Cardiotocografia Não foram observadas diferenças significativas entre as técnicas para os seguintes desfechos: - pH de sangue do cordão umbilical < 7,2 - Escore de Apgar < 4 no 5° minuto - Admissão em unidade de terapia intensiva neonatal - Encefalopatia isquêmica hipóxica - Mortalidade perinatal - Comprometimento do neurodesenvolvimento aos 12 meses - Paralisia cerebral ● Recomendações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) 10.6.10.4 Recomendações em relação à monitoração fetal em parturientes sob analgesia regional: Toda parturiente submetida a início de analgesia regional ou doses adicionais de resgate, seja qual for a técnica, deve ser submetida a ausculta intermitente da FF de 5 em 5 minutos por no mínimo 30 minutos. Uma vez alterado deve-se instalar CTG, assim como proceder a cuidados habituais como decúbito lateral esquerdo e avaliar a necessidade de otimização das condições respiratórias e circulatórias. Caso não ocorra melhora, seguir diretrizes próprias para manejo de estado fetal não tranquilizador. Se ocorrerem anormalidades fetais graves, não transitórias, considerar outra causa que não a analgesia regional e seguir diretrizes próprias para manejo de estado fetal não tranquilizador. 12.7 Recomendações em relação a eliminação de mecônio durante o trabalho de parto: 87. Não se aconselha o uso de sistemas de gradação e classificação de mecônio para o manejo da eliminação de mecônio imediatamente antes ou durante o trabalho de parto; 88. A monitoração eletrônica contínua da frequência cardíaca fetal, se disponível, deve ser utilizada para avaliação do bem- estar fetal diante da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto; 89. Na ausência de disponibilidade da monitoração eletrônica contínua da frequência cardíaca fetal, a ausculta fetal intermitente, seguindo técnicas padronizadas, pode ser usada na monitorização do bem-estar fetal diante da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto. ● Profilaxia da frequência fetal não tranquilizadora: - proporcionar ambiente tranquilo à parturiente; - fornecer informações à parturiente; - avaliação do bem-estar fetal; - avaliar dinâmica uterina; - avaliar SSVV maternos e tomar conduta conforme necessidade; - atenção a hipovolemia e hipotensão, a hipoglicemia e os distúrbios eletrolíticos maternos; - não romper artificialmente as membranas ovulares; - não acelerar o parto que progride fisiologicamente; - não induzir o parto eletivamente; 23 - utilizar a menor dose de ocitocina, quando necessário; - monitorar partos induzidos e gestações de alto risco. ● Anotações sobre a aula: A contração diminui o fluxo materno-placentário, é suportável para o feto. Pesquisar sobre como funciona a circulação fetal! Durante a contração é normal diminuir a FCF Prolapso de cordão: indicação absoluta de cesariana (emergência obstétrica). Prolapso de cordão é quando o cordão umbilical fica à frente do pólo cefálico e com isso ele acaba sendo comprimido na descida pela pelve, essa compressão interrompe o fluxo de nutrientes do cordão para o feto (risco de óbito fetal). Quando a bolsa está íntegra não tem perigo de prolapso, por isso não devemos realizar a amniotomia. Taquissistolia é quando está com padrão acima de 160 bpm por mais de 10 minutos O melhor momento para fazer o CTG é quando a gestante está bem alimentada - baixa glicose faz com que o corpo utilize os ácidos graxos como fonte de energia, a lipólise libera acetato no organismo, liberando corpos cetônicos e podendo levar a acidose metabólica, que por sua vez implicará na leitura do CTG. polidrâmnio: líquido amniótico excessivo oligoidrâmnio: volume deficiente de líquido amniótico O estetoscópio de Pinard acabou caindo em desuso, hoje em dia usa-se mais o sonar. Na ausculta intermitente deve ser feita a manobra de Leopold para saber de que lado está o dorso do feto, pois é o melhor ponto de ausculta e aí sim posicionar o sonar. Durante a contração uterina é normal a diminuição dos batimentos, mas caso diminua sem motivos deve-se causar preocupação. A avaliação do risco de gravidez deve ser feita sempre, pois a gestante pode se tornar de alto risco até durante o TP. CTG - anteparto (fora do TP) e intraparto (durante o TP); computadorizada evita erros de leitura → maior indicação para gestantes de alto risco, para as de baixo risco só se usa caso seja sentido alguma alteração na ausculta do sonar. O exame dura em média 20 min, se tiver alteração pode-se prolongar o tempo de duração do exame. FCF - frequência cardíaca fetal: 110 - 160 bpm. → buscar espaço que tem menos oscilações em 10 min → cada retângulo = 1 cm = 1 min - contar 10 = 10 min → observar a linha que é cruzada mais vezes Pega-se o ponto mais alto e o ponto mais baixo, excluindo acelerações e desacelerações (amplitudes muito diferentes) e diminui-se = variabilidade 24 Acelerações e desacelerações: duram mais de 15s e tem uma amplitude maior ou menor do que 15 bpm. Sono fetal: 20 min a 60 min aproximadamente ➢ Diretrizes de boas práticas do parto e Partograma (Prof. Diana/Vanessa/Juliana F.) ● Boas Práticas No Brasil, anualmente ocorrem cerca de 6 milhões de nascimentos. Cerca de 98% dos nascimentos ocorrem em hospitais (públicos ou privados). Objetivos: qualidade do cuidado e melhoria dos resultados maternos e neonatais - articulação entre os diferentes pontos de atenção à saúde, entre unidades de saúde e/ou entre setores de uma mesma maternidade; - garantir práticas clínicas baseadas nas melhores evidências; - integralidade; - informações. Qualificar a assistência ao parto e nascimento; trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar (enfermagem, nutrição, medicina, segurança, psicologia, entre outros) - modelo colaborativo; foco na mulher; baseado em evidências científicas. → 1996: Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento - OMS → 2005: Lei do Acompanhante → 2017: Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal - MS → 2018: Intrapartum care for a positive childbirth experience Assistência com enfermeira obstétrica como cuidadora principal: - menos uso de analgesia farmacológica; - menos episiotomia; - mais partos vaginais espontâneos; - mais satisfação relatada pelas mulheres; - redução no custo. ● Partograma - registro do acompanhamento do trabalho de parto - isoladamente não define conduta - início na fase ativa (4 cm - 6 cm) - toque vaginal a cada 4 horas ou quando necessário 25 Tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica (TN CEO): “Técnicas, procedimentos e conhecimentos utilizados pela enfermeira durante o processo de cuidar da mulher, cuja principal característica é ser não-invasiva permitindo a mulher utilizar seus instintos e se tornar protagonista no momento do parto” (Vargens et al., 2017). Enfermeiras obstétricas utilizam menos intervenções do que médicos; visa desmedicalização; TN CEO relacionado a resultados neonatais favoráveis; RN que precisam de manobras de ressuscitação respondem mais rápido quando TN CEO aplicadosno trabalho de parto comparado a assistência tradicional; seguro e com qualidade; desfechos maternos e neonatais favoráveis. Contribuir com a fisiologia: preservar a atividade do cérebro primitivo (Sistema Límbico e cérebro primitivo - instinto) Tensão, medo e dor: estresse → estimula liberação de adrenalina → pode reduzir a atividade uterina → trabalho de parto prolongado → maiores chances de desconforto materno → aumenta chances de intervenção → risco de FCF não tranquilizadora → risco de Apgar baixo → risco de experiência insatisfatória no parto ● A dor no parto: O que influencia? - ambiente - estado emocional - medo - tocofobia (medo extremo de parto, evento mais raro) - postura profissional ● Tecnologias: Práticas que fortalecem o cuidado autônomo, holístico, natural e feminino. Podem contribuir com a redução do medo do parto. Favorecendo a fisiologia: protagonismo da mulher → liberdade de posição e movimento → mobilidade + gravidade → favorável para a escolha de posição confortável → favorece relação feto-pélvica → progressão do trabalho de parto favorecida → menor risco de distócia → maior chance de experiência positiva do parto Reduzir atividade neocortical: - linguagem; - luz tenra; - privacidade; - proporcionar segurança; - acompanhante; - informação. Ambiente do parto: deve proporcionar acolhimento e conforto. Suporte contínuo: - presença contínua; - suporte emocional; - sugestões sobre medidas de conforto e para a vivência do parto; - educação em saúde; - advoga pelos direitos da mulher em trabalho de parto; - não há evidência de dano materno ou perinatal. Quem pode proporcionar? Equipe técnica (enfermeiras, técnica de enfermagem ou 26 médicas), acompanhante (proporcionar subsídios ao acompanhante) e doulas. Reduz a duração do TP, probabilidade da parturiente de receber analgesia e maior satisfação com a experiência do parto. Admissão: → Admissão oportuna em trabalho de parto: Fase ativa - dilatação >= 4 cm + contrações regulares (BRASIL, 2017). Categoria A: menor necessidade de ocitocina e peridural; menor duração no trabalho de parto; menor duração no 2° estágio do trabalho de parto (expulsivo); sem efeitos sobre a taxa de cesárea e desfecho neonatal. → Admissão precoce: Pródromos ou fase latente - dilatação <= 4 cm + contrações irregulares. Fator de risco para ansiedade materna, familiar e profissional; maior risco de intervenções desnecessárias e danos dessas. Manejo adequado da fase latente: orientação à mulher e seu acompanhante. Alimentação: em 1946 o obstetra Curtis L. Mendelson descreveu 66 casos de aspiração de conteúdo gástrico em 44.016 partos (0,15%), a partir daí recomendou dieta zero para todas as parturientes. Um estudo nos EUA entre 1979 e 1990 avaliou óbitos relacionados à anestesia durante o parto: 1 caso/ 1.400.000 nascimento. Conclusão: o jejum prejudica o binômio (hipoglicemia materna, aumenta a produção de corpos cetônicos); se não houver risco iminente de cesárea, recomenda-se uma dieta leve, branda ou líquida. Posições maternas no trabalho de parto: Estímulo à deambulação: mulher ativa, ativa o trabalho de parto, descida e rotação fetal, diminui a duração do TP em aproximadamente 1h e também a necessidade de intervenção no TP. Verticalização na bola suíça: massagem perineal, descida e rotação do feto, relaxamento, alívio da dor, distração, modificação nas dimensões pélvicas e auxílio na descida e rotação fetal. 4 apoios: alívio da dor lombar, posições posteriores persistentes, distócia de ombro, auxilia a rotação do bebê na posição occipito posterior (OP), permite balançar a pelve e movimentos corporais, permite exames vaginais, alivia a pressão nas hemorróidas e facilita o desprendimento das espáduas. 27 Hidroterapia: ↓ secreção de cortisol (hormônios do estresse) e ↑ secreção de endorfinas. Alivia tensão e dor, auxilia no relaxamento e melhora a sensação de bem-estar e sono. Mecanismo de alívio da dor: estimulação cutânea de calor superficial que associada à intensidade e tempo de aplicação, produz efeito local, regional e geral; vasodilatação periférica e redistribuição do fluxo sanguíneo e redução da liberação de catecolaminas e elevação das endorfinas. Resultados: - relaxamento muscular, redução da ansiedade, conforto e relaxamento, redução da dor e aumento da satisfação da parturiente. Escalda-pés: água morna + ervas ou óleo essencial + sal grosso. Rebozo: alongamento, conforto, massagem e acolhimento. Correção de posição fetal (posterior e direita persistentes); ativar trabalho de parto. Aromaterapia: aroma = cheiro agradável + terapia = tratamento. Realizado através do olfato e da pele. O uso de substâncias aromáticas de plantas é antigo. Os povos no Egito, Grécia, Roma, os Celtas e Mayas já a utilizavam. Seu principal uso era como afrodisíaco, tratamento de doenças, para embalsamar cadáveres, festas e nascimento. Folhas, cascas de frutos ou troncos (ex: bergamota, laranja doce, alecrim, hortelã e canela → melhora da imunidade, sensação de bem-estar, relacionamento e proteção. Flores (ex.: lavanda (flor e folha), gerânio (flor e folha), ylang ylang, neroli, jasmin) → troca, atração, sensualidade, feminilidade. Resinas das plantas (ex.: olíbano, breu branco, mirra) → regeneração, renascimento, entrega, força. Banqueta de parto: Assento ativo/cavalinho: auxilia rotação e descida do feto, reduz edema de colo, amplia os diâmetros da pelve, libera o sacro e o cóccix, descompressão do colo pelo pólo cefálico durante as contrações, diminui a sensação dolorosa. 28 Hipnose (hypnobirthing) Música Óxido Nitroso (N2O) - gás hilariante ou gás do riso Tens: estimula a produção de endorfinas, bloqueando sinal doloroso enviado pela medula espinhal durante as contrações. Não há contraindicação, a mulher controla a intensidade. Exercícios respiratórios (inspira/expira, yoga e meditação): organiza os pensamentos, reduz sensação dolorosa, melhora saturação de O2 materna, foco, concentração, melhora o bem-estar, diminui a ansiedade, acalma, melhora o sono e proporciona relaxamento. Massagem: estimulação sensorial, melhora o fluxo sanguíneo, oxigenação da musculatura, reduz a tensão, relaxa a musculatura, sensação de bem-estar, melhora o sono. Pode ser realizada pelo companheiro, familiar, pessoa próxima ou profissional. Iluminação: Silva e Shimo, 2017 Influência da iluminação nas expressões emocionais de parturientes: ensaio clínico randomizado. O que fizeram? Identificaram e compararam as expressões emocionais das parturientes no período expulsivo sob iluminação comum e usual e com baixa luminosidade. Como estudaram? Ensaio clínico, controlado e randomizado com 95 parturientes, divididas em dois grupos: iluminação comum e usual e baixa luminosidade da sala de parto. O que identificaram? As diferenças entre os grupos do estudo quanto à presença de emoções foram significativas: medo, nojo e tristeza estavam mais presentes no grupo de iluminação comum e usual. Já o grupo de baixa luminosidade apresentou mais alegria e raiva. Todas as parturientes terminaram seus partos com emoção e alegria. → Tons quentes: aumenta a energia, adrenalina, estimulante → Tons frios: acalma e tranquiliza Analgesia farmacológica: analgesia peridural; bloqueio combinado (raquidiano peridural); analgesia controlada pela mulher; analgesia inalatória. Medicamentos comumente utilizados: remifentanil. Meperidina não é mais recomendado devido ao limitado efeito de alívio da dor e pode ter efeitos colaterais à mulher (sonolência, náusea e vômito) e para o bebê (depressão respiratória, 29 sonolência podendo interferir na amamentação). Bloqueio combinado raquidiano peridural: - Injeção de opióide subaracnóide e passagem de cateter peridural no mesmo procedimento, de preferência em uma única punção; - Em geral início na fase ativa; - Início rápido da raquidiana com a extensão e a duração do bloqueio por intermédio do cateter peridural; - Adição de pequeno volume de Bupivacaína melhora a qualidade do bloqueio; - Parturiente mantém a motricidadecom alívio da dor no bloqueio sensitivo. Toque vaginal: aumenta índice de infecção principalmente em bolsa rota (quanto mais toque, maiores as chances de infecção); em excesso pode causar edema; relacionado a desconforto e dor; intervalo mínimo de 4hs; deve ser autorizado pela mulher; o excesso não deve ser justificado por motivo de ensino. Episiotomia: não há evidências científicas que sustentem a necessidade dessa prática. Atenção: já é considerada uma lesão de 2° grau (camada muscular lesada), NÃO protege assoalho pélvico, NÃO reduz tempo do 2° período, NÃO melhora escore de Apgar, OMS indica taxa de no máximo 10%. Manobra de Kristeller: pressão do fundo do útero no período expulsivo, a fim de promover o desprendimento do feto. - dor abdominal persistente após o parto, escoriações abdominais, fratura de costela, laceração perineal, ruptura de baço, fígado e útero, produz hipertonia, altera contração uterina, repercussões fetais. Maior risco de hemorragia materna e não reduz período expulsivo. Prática não recomendada. ● Anotações sobre a aula: Partograma: preencher apenas na fase ativa, internação mais eficaz feita a partir de 5 cm de dilatação e o registro do partograma somente a partir de 4 cm. Δ dilatação fetal O apresentação fetal No parto devemos quebrar a tríade de tensão, medo e dor. Aula 7 - 03.12.21 ➢ Assistência de Enfermagem ao neonato na sala de parto (Prof. Juliana Moraes/Ângela) ● Exame físico do RN: O cuidado à saúde do RN tem importância fundamental para a redução da mortalidade infantil. No período neonatal (0 a 28 dias), momento de grande vulnerabilidade, concentram-se riscos biológicos, ambientais, socioeconómicos e culturais, havendo a necessidade de cuidados especiais, com atenção oportuna, integral e qualificada de proteção social e de saúde. 30 Diretrizes Gerais para o exame físico do RN: - ambiente tranquilo e normotérmico - equipamentos e materiais - despir somente área a ser examinada (evitar perda de calor) - sequência ordenada (céfalo caudal) - inicialmente observa-se o RN e a posição de flexão para evitar perturbá-lo Material para o exame físico do RN: - mesa; - régua; - estetoscópio; - termômetro; - balança; - fita métrica; - lanterna. Avaliação das medidas antropométricas no RN: comprimento Material: régua de medida ou toesa 1. cabeça na linha média 2. joelhos unidos e pernas totalmente estendidas Exame físico geral: pela simples observação do RN, sem tocá-lo, já se conseguem diversas informações importantes, como a presença de malformações e faces típicas de algumas síndromes. Sinais de angústia respiratória como gemidos inspiratórios ou expiratórios, batimento de asas nasais, retração de fúrcula ou torácica (caso a criança esteja despida), cianose e alteração da frequência respiratória também podem ser observados. A postura do RN, que normalmente é simétrica e fletida (flexionada). Examinar na hora do banho, pois evita expor desnecessariamente o recém-nascido. Exame físico inicial: - Determinar anormalidade congênita - Transição bem sucedida da vida fetal (respiração de ar) Em que medida a gestação, o trabalho de parto, o nascimento, analgésico, ou anestésicos afetaram os neonatos e se eles apresentam algum sinal de infecção e doença metabólica. ● Semiotécnica e Semiologia do Exame Físico com o recém-nascido: Corpo do enfermeiro como instrumento de trabalho: uso dos sentidos, como tato, olfato, audição e visão. Exame geral: - Exame físico junto com a mãe (orientação e conhecimento do bebê); - Procedimentos que exigem que o recém-nascido esteja tranquilo, como ausculta dos pulmões, coração e abdome; - Neonatos despidos (atentar para perda de calor); - Exame físico céfalo caudal (céfalo podálico); - Exame físico e neurológico (por último); - Fale tranquilo e suavemente; - Neonato inquieto: uso de dedo enluvado para estimular a sucção. Exame físico do recém-nascido: Céfalo caudal, mas não devemos perder as oportunidades: - Criança dormindo: excelente condição para se aferir as frequências respiratória e cardíaca sem interromper seu sono - Essas avaliações, se obtidas com o RN chorando, terão seu significado clínico prejudicado 31 - A palpação do abdome também é mais bem executada com o RN dormindo, e torna-se muito difícil, senão impossível com ele chorando - O choro intenso da criança, além de atrapalhar o exame clínico, também perturba os pais e o próprio examinador. É recomendável que se tente confortar o RN, interrompendo-se o exame e procurando-se detectar as eventuais causas do choro prolongado Semiotécnica neonatal: - inspeção - palpação - percussão - ausculta (exceto no abdome, onde a ausculta é anterior à palpação) Aparência geral: antes da avaliação de cada um dos sistemas corporais, é importante descrever a postura geral e o comportamento do recém-nascido. Sequência a ser seguida na avaliação dos sinais vitais do recém-nascido: 1. respiração 2. pulso apical (FC) 3. temperatura Frequência respiratória: Observe os movimentos abdominais pois a respiração é basicamente diafragmática. Conte 1 min (nos recém-nascidos e lactentes os movimentos são muito irregulares). A respiração é abdominal: - respiração é irregular (devido a pausa respiratória) - pausa respiratória → é fisiológico, cessação dos movimentos respiratórios por até 20 segundos - a frequência respiratória média é de 40 movimentos no RN de termo e até 60, no prematuro (FR = 30 a 60 irpm) - desconforto respiratório → gemência, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal, movimento de tórax e abdome A frequência cardíaca varia entre 120 a 160 batimentos por minuto. Deve ser verificado no pulso apical, localizado no 5° espaço intercostal à esquerda da linha hemiclavicular. Sopro → a presença de sopros cardíacos é comum nas primeiras 48 horas de vida, em decorrência do fechamento do ducto arterial e do forame oval. Se o sopro persistir por algumas semanas, pode considerar malformação cardíaca. 32 Fechamento das estruturas circulatórias fetais: Forame oval → fechamento funcional na 1° semana após nascimento; fechamento anatômico 2 semanas após Ducto arterial → fechamento funcional 15h; fechamento anatômico 3 semanas Ducto venoso → fechamento anatômico com 2 semanas Temperatura: Local: axilar/frontal Material: termômetro digital ou infravermelho (36.5° a 37.6°C) Avaliação da Pele: a pele do RN é frágil e delicada. Suas características irão variar de acordo com a idade gestacional. As principais características para serem avaliadas são: - coloração (rosa-avermelhada) - integridade - turgor cutâneo - textura Pele: textura e umidade O RN pré-termo extremo possui pele muito fina e gelatinosa; o RN a termo têm pele lisa, brilhante, úmida e fina; o RN pós-termo ou com insuficiência placentária possui pele seca, enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada. Por esse motivo a textura da pele é um dos parâmetros utilizados na avaliação da idade gestacional. Vérnix caseoso: Descamação de pele (RN pós-termo): Cor: a pele normal do RN apresenta cor rosada, mais evidente nas crianças de pele clara. Crianças filhas de pais negros podem apresentar pele clara no nascimento. → Pletora (vermelha) é observada em RNs policitêmicos, hiperoxigenados ou com hipertermia. A palidez acentuada pode ser um dado importante para o diagnóstico de anemia (aguda ou crônica), vasoconstrição periférica ou choque; traduz situação grave e deve ser sempre investigada a causa de seu aparecimento. 33 → A cianose, coloração azulada/arroxeada (cianose central ou periférica) ao toque em virtude da vasoconstrição; essa condição costuma regredir com o aquecimento. Cianose generalizada: associada a distúrbios cardiorrespiratórios; Acrocianose: cianose de extremidades (mãos e pés), está relacionada com hipotermia. Milium sebáceo está presente em 40% dos RNs. Manifesta-se por pequenos pontos brancos (menor que 1 mm), localizados na base do nariz, queixo e fronte, devido à distensão e obstrução das glândulas sebáceas, decorrentes da ação do estrógeno materno; desaparecemem poucas semanas. Lanugo é a denominação dada aos pêlos na região do ombro e da escápula, encontrados de forma mais abundante nos RNs prematuros; desaparecem em alguns dias. Manchas mongólicas: são manchas azul-acinzentadas localizadas preferencialmente no dorso e nas regiões glúteas lombossacra, podendo ser disseminadas. São mais comuns nas raças negra e oriental, regridem nos primeiros 4 anos de idade. Eritema tóxico: aparece nos primeiros dias de vida sob a forma de lesões eritematosas multiformes (pápulas, máculas e até algumas vesículas), esparsas ou confluentes. Possui causa desconhecida e pode ser desencadeado por estímulos mecânicos de atrito ou pressão na pele. Regride-se espontaneamente, muitas vezes em poucas horas. Icterícia: coloração amarelada da pele, das mucosas e até das escleróticas. É causada pela elevação da dosagem de bilirrubina sanguínea. Icterícia fisiológica: comum, representa 50% dos casos, transitória, benigna. Ocorre devido a limitações do RN em metabolizar, transportar e eliminar a bilirrubina. Ocorre cerca de 48h a 72h após o nascimento. 34 Icterícia patológica: ocorre nas primeiras 24h a 36h após o nascimento. As causas podem ser infecção, incompatibilidade sanguínea, obstrução das vias biliares, asfixia, hipoglicemia e ingestão materna de salicilatos. É classificada através das Zonas de Kramer. Crânio: inspeção e palpação - formato do crânio - tamanho do crânio - couro cabeludo (cortes, equimoses - uso de fórceps) Palpação das fontanelas: deve-se estar atento para o tamanho (medido em centímetros nas diagonais), a tensão, os abaulamentos ou as depressões e pulsações. A fontanela bregmática, na forma de losango, formada na confluência dos ossos frontal e parietal, apresenta-se com tamanho variável no RN a termo. Quando abaulada sugere aumento da pressão intracraniana, como ocorre na meningite, hidrocefalia, edema cerebral ou hemorragia intracraniana. Quando deprimida, associa-se à desidratação. A lambdóide, entre os ossos parietais e occipital, geralmente é pequena (justaposta); palpação das suturas cranianas. São comuns as sobreposições das bordas dos ossos do crânio (cavalgamentos), especialmente no parto normal, as quais desaparecem em poucos dias, bem como as disjunções de suturas, sem qualquer expressão patológica. As duas fontanelas (anterior e posterior/lambdóide e bregmática), ao serem palpadas, devem estar moles, planas e abertas = normotensa. Bossa serossanguínea: edema das partes moles na área da apresentação, não respeita o limite dos ossos do crânio, é depressível e regride nos primeiros dias pós-parto. Gradualmente se dissipa em cerca de 3 dias sem tratamento. Céfalo-hematoma: há rompimento do vaso subperiostal secundário ao traumatismo do parto. Sua consistência é de conteúdo líquido e restringe-se ao limite do osso, geralmente o parietal. Surge no 2° ou 3° dia após o nascimento e desaparece em semanas ou meses. 35 Avaliação da cabeça: quando a circunferência da cabeça é maior que o padrão chama-se macrocefalia, quando menor diz-se microcefalia. O PC é igual ou excede de 1 a 2 cm do PT. Se for maior em 4 cm que o tórax, deve-se avaliar a existência de macrocefalia. Perímetro Cefálico → o valor médio é de 33 a 37 cm no RN a termo. Obs: a fontanela posterior fecha-se com 2 meses de vida, já a fontanela anterior funde-se com 12 a 18 meses. Pescoço: tamanho, palpação para detectar massas. Para mensuração do perímetro cefálico, a fita métrica deve passar pela protuberância occipital e pela região mais proeminente da fronte. Orelhas: verificar implantação (malformações). Olhos: - distância entre os olhos - reflexo pupilar - reflexo vermelho - hemorragia sub conjuntival e conjuntivite química Embora o RN possa ver, a acuidade visual é limitada a uma distância aproximadamente de 20 a 30 cm. Não consegue definir os objetos devido à imaturidade neuromuscular. Geralmente o bebê fixa a face dos pais/família, e fixa o olhar durante a amamentação (olho no olho). Tem preferência por formas geométricas, cor contrastante, de preferência preto e branco à colorido. Observar: tamanho, simetria, edema e forma. Cor → não fica estabelecida até os 6 meses de vida, podendo ser azul, acinzentado ou preto. Estrabismo é comum nos RN (devido a imaturidade neuromuscular que prejudica a acomodação visual) = comum até os 6 meses. A acuidade visual é desenvolvida por completo a partir de 4 meses de idade. Posição da fenda palpebral: os olhos estão em plano paralelo, transversal. Nariz: o nariz do RN apresenta a base achatada, ponta arredondada e situa-se um pouco mais alto a face. Possui capacidade de identificar odores como o leite materno ou reage a odores fortes ou nocivos afastando sua cabeça. - Olfato: o RN tem olfato pouco desenvolvido, reconhece o cheiro 36 da mãe e associa-se a conforto, carinho e saciedade da fome. - A respiração do RN se dá obrigatoriamente pelo nariz. Observar: forma, permeabilidade e a presença de secreção serossanguinolenta. Boca: a cavidade oral pode ser inspecionada durante o choro, com uma lanterna. O RN distingue sabores após o segundo dia de vida. - Paladar: o RN consegue distinguir entre o doce e o azedo, preferindo o doce. - Palato mole e duro devem estar íntegros. - Boca pequena, seus lábios devem ser rosados, úmidos, íntegros, apresentar movimentos simétricos e estar posicionados na linha média. A cavidade oral também tem de ser rosada e úmida. Observar a conformação do palato (ogival); a presença de fenda palatina; da fissura labial (lábio leporino); reflexo de sucção. Dentes natais → dentes presentes ao nascimento, geralmente incisivos inferiores, que surgem no primeiro mês de vida, são benignos, mas podem estar associados a defeitos congênitos. Fenda palatina → não fechamento do palato, que deixa uma comunicação parcial ou total entre a cavidade nasal, boca e faringe. Lábio leporino → é a fissura labial, que pode ser unilateral ou bilateral. Pescoço: o pescoço é curto, dificultando o exame. A discreta extensão da cabeça permite sua melhor visualização. Deve-se palpar a parte mediana do pescoço, a fim de que sejam detectados o crescimento anormal da tireóide (bócio) e a presença de fístulas. Observar a movimentação do pescoço. Clavícula: inspeção e palpação. Tórax: Observar no toráx: forma, simetria e mobilidade. Respiração: tipo, ritmo, amplitude, frequência, esforço. No RN a termo o perímetro torácico (passando pelos mamilos) é cerca de 2 cm menor que o cefálico. O apêndice xifóide é frequentemente saliente. Os mamilos e as glândulas mamárias crescem com a idade gestacional e em RN a termo medem, à palpação, cerca de 1 cm. Pode ocorrer hipertrofia bilateral das glândulas mamárias decorrente de estímulo estrogênico materno (secreção lactóide) com saída de leite em ambos os sexos. Deve-se evitar a expressão das glândulas hipertrofiadas, devido a risco de contaminação e ao desenvolvimento de mastite, que é uma condição grave. 37 Aparelho respiratório: é importante que o exame do sistema cardiorrespiratório se faça com o RN calmo, já que o choro costuma alterar os parâmetros, que devem ser medidos em repouso. A respiração do RN é do tipo costoabdominal. São comuns as variações de frequência e ritmo respiratório, observando-se pausas respiratórias curtas (cerca de cinco segundos) nos RNs prematuros. Configura-se apnéia quando o tempo de parada respiratória é maior que 20 segundos ou menor, mas associada à cianose ou à bradicardia. A frequência respiratória média é de 40 a 60 incursões por minuto (contada em 1 minuto): - taquipneia: acima de 60 irpm - bradipneia: abaixo de 40 irpm A inspeção, palpação, a percussão e a ausculta devem ser feitas em toda a área de extensão do parênquima pulmonar. - Linfonodos supraclaviculares; Tumorações nas mamas: dor, calor, tumorações, coloração; Expansibilidade frêmito toracovocal; Frêmito cardíaco; Pontos dolorosos e Pesquisa de sensibilidade A percussão deve revelar o som claro pulmonar característico, exceto na área de projeção do fígado, onde o som pode sersubmaciço ou maciço. Se por um lado a ausculta do murmúrio vesicular pode ser facilitada pela pequena espessura da parede torácica, por outro a respiração superficial pode dificultá-la. Estertores finos ou crepitantes são comuns logo após o nascimento, assim como roncos de transmissão, decorrentes de obstrução nasal. Assimetrias detectadas à inspeção, à palpação, à percussão ou à ausculta são importantes indicadores de anormalidades, devendo ser investigadas. Aparelho cardíaco: a frequência cardíaca varia, em média, de 120 a 140 bpm. Sistema cardiorrespiratório: em recém-nascidos aquecidos não deve haver gemência, nem batimento de asa de nariz. Durante o choro, especialmente em recém nascidos prematuros, pode ocorrer retração torácica leve; se não forem acompanhadas de gemência, tais retrações são consideradas normais. Estertores, bulhas cardíacas, murmúrios respiratórios reduzidos ou assimetria de tórax podem determinar doença oculta que é confirmada por radiografia (pneumotórax, pneumomediastino). Abdome: durante a inspeção, o abdome do RN apresenta-se semigloboso, com perímetro abdominal cerca de 2 a 3 cm menor que o cefálico. O fígado é palpável normalmente entre 2 e 3 cm de rebordo costal direito. Uma ponta de baço (1 cm) pode ser palpável no rebordo costal esquerdo na primeira semana. Devem-se, ainda, inspecionar as condições do coto umbilical. Inicialmente gelatinoso, ele seca progressivamente, mumificando-se perto do 30° ou 40° dia de vida, e costuma desprender-se do corpo em torno do 60° ao 150° dia. Habitualmente o cordão umbilical apresenta duas artérias e uma veia. É importante pesquisar a presença de secreções na base do coto umbilical ou de eritema da pele ao redor da implantação umbilical. A higiene da região 38 umbilical com álcool a 70% é um importante fator de proteção contra a infecção. Imediatamente após a limpeza podem-se observar hiperemia transitória da pele, o que não apresenta risco para o RN. Percussão: com a percussão abdominal (e torácica) podem-se determinar o tamanho do fígado acompanhando o som submaciço. Caracteristicamente, encontra-se som timpânico no resto do abdome. Eventualmente, consegue-se delimitar o tamanho do baço, especialmente quando aumentado. Palpação: - começar com movimentos delicados dos quadrantes inferiores para os superiores, para encontrar a borda do fígado - consistência amolecida sobre o intestino em relação a outros órgãos com consistência mais firme - o fígado neonatal normalmente estende-se por 2,0-2,5 cm abaixo da margem costal - o baço em geral é impalpável - após palpação delicada, pode-se realizar palpação profunda (atentar para presença de alimento no estômago/intestino) Gastrosquise: Onfalocele: Genitália: Genitália masculina: - A palpação da bolsa escrotal permite verificar a presença ou ausência dos testículos (criptorquia), que podem encontrar-se também nos canais inguinais. - Escroto avaliado quanto: tamanho, simetria, cor, rugosidade e localização dos testículos. - Ao nascimento o escroto é relativamente grande. - Coloração rosado em RN de raça branca e coloração castanho-escuro em RN de raça negra. - A fimose é fisiológica ao nascimento. - As aderências entre as camadas epiteliais do prepúcio e da glande habitualmente desfazem-se espontaneamente na idade pré-escolar. - Deve-se observar a localização do meato urinário que deve ser central na glande. Anormal quando localizado ventral (hipospádia) ou dorsal (epispádia). 39 Genitália feminina: os pequenos lábios e clitóris estão proeminentes no RN. Os grandes lábios normalmente são grandes e cobrem os pequenos lábios. Secreção vaginal → pode aparecer nos primeiros dias uma secreção esbranquiçada causada pelos hormônios maternos (leucorréia) mais ou menos abundante. Essa secreção pode apresentar secreção sanguinolenta, sendo denominada de pseudo menstruação, ocorre devido a queda dos estrógenos maternos na circulação sanguínea da menina, provocando descamação do endométrio. Eliminações urinárias: Diurese: a primeira micção do RN deve ocorrer em até 48 horas após o nascimento. Geralmente a primeira micção ocorre dentro da sala de parto. Registrar frequência e características (padrão: 6 a 8 fraldas por dia). Ânus: Examinar o ânus quanto: - localização, presença de fístula ou fissura anal ou prolapso retal - não é necessária a aferição de temperatura retal como medida de avaliação da permeabilidade retal, podendo ser avaliada por meio da observação de sinais clínicos, como a saída do mecônio - na ausência de eliminação de mecônio poderá ser observada distensão abdominal - a presença do orificio anal não indica que haja permeabilidade Anomalia anorretal → investigar a saída de mecônio pela vagina ou meato urinário. Eliminações intestinais: registrar coloração, consistência, aspecto, odor e frequência. Mecônio → são as primeiras fezes do RN. Compostas de líquido amniótico, secreções intestinais e restos celulares. A primeira eliminação de mecônio pode ocorrer em até 48 horas de vida. Mãos → número de pregas em palma da mão, prega palmar única (prega simiesca) è sugestivo de síndrome de Down. Pés → observar coloração, temperatura, perfusão e presença de edema. Uma moderada adução da parte anterior do pé, de fácil redução, deve ser diferenciada do pé torto congênito, onde a redução não ocorre. Dedos da mão (quirodáctilos) e dos pés (pododáctilos) → os dedos devem ser examinados em busca de sindactilia (fusão anormal dos dedos) e polidactilia (dedos supranumerários), agenesia e malformações ungueais. Manobra de Ortolani → o bom estado das articulações coxofemorais deve ser pesquisado sistematicamente pela abdução das coxas, tendo as pernas fletidas. 40 Coluna Vertebral: inspeção e palpação A coluna será examinada, especialmente na área sacrolombar, percorrendo com os dedos a linha média em busca de deformidades vertebrais como espinha bífida, mielomeningocele, entre outros. Avaliação Neurológica: quando se inicia o exame físico geral do RN, inicia-se, simultaneamente, a avaliação neurológica, pois postura, movimentação espontânea, resposta a manuseio e choro são parâmetros importantes dessa avaliação. Durante o exame, deve-se atentar para o estado de alerta da criança, que reflete a integridade de vários níveis do sistema nervoso central. Como o exame sofre grande influência do estado de sono/vigília, é importante aguardar a criança despertar para uma adequada avaliação. O tônus em flexão é relacionado à idade gestacional. RNs a termo apresentam-se com hipertonia em flexão dos membros, com postura semelhante à fetal. Conseguem inclusive manter a cabeça no mesmo nível do corpo por alguns segundos quando levantados pelos braços. Movimentam-se ativamente ao serem manipulados. - A avaliação do estado neurológico é uma parte crítica do exame físico do recém-nascido. - Grande parte do exame neurológico ocorre durante a avaliação dos sistemas corporais, como desencadeando reflexos localizados e observando postura, tônus muscular, controle da cabeça e movimento. Avaliação dos reflexos: → Sucção: a sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados por algum objeto, desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e da língua. Somem após 32 a 34 semanas de gestação, é que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e deglutição, tornando a alimentação por via oral difícil em RN pré-termo. → Voracidade: o reflexo da voracidade ou de procura manifesta-se quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face e a boca para o lado do estímulo. Este reflexo não deve ser procurado logo após a amamentação, pois a resposta ao estímulo pode ser débil ou não ocorrer. Está presente no bebê até os 3 meses de idade. → Preensão: palmo plantar; se obtém com leve pressão do dedo do examinador na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé. → Marcha: a marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados segurando-se a criança pelas axilas em posição ortostática. Ao contato das plantas do pé com a superfície,a criança estende as pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia a marcha reflexa. → Babinski: o reflexo de Babinski em extensão é obtido fazendo-se estímulo contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem postura em extensão. → Moro: é desencadeado por algum estímulo brusco como bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a criança está deitada ou soltar os braços semi esticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. O reflexo consiste em uma resposta de extensão-abdução dos membros superiores (eventualmente dos inferiores), ou seja, na primeira fase os braços ficam estendidos e abertos, 41 com abertura dos dedos da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com retorno à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de gestação e costuma desaparecer por volta dos 6 meses de idade. Segundo período: fase de adaptação (primeiras 10 a 12h de vida) - o bebê deve ser pouco manipulado - bservação: diurese, mecônio, salivação abundante, regurgitação, modo de sugar e deglutir Terceiro período: fase de equilíbrio homeostático (>12h de vida) - momento ideal para exame físico minucioso Peso: Material: balança de mesa digital, papel toalha e cueiro. - A medida do peso corporal logo após o nascimento é ideal porque ocorre perda de peso bem rapidamente. - Em geral, o neonato perde cerca de 10% do peso de nascimento em torno de 3 a 4 dias de idade, em consequência da perda de líquido extracelular e mecônio, e da limitada ingestão de alimento, especialmente nos recém-nascidos amamentados ao seio materno. - O peso ao nascimento geralmente é readquirido no 10° até o 14° dia de vida. A maioria dos RNs pesa 2,7 kg a 4,0 kg, sendo o peso médio de 3,4 kg. ● Anotações sobre a aula: O sopro normalmente é fisiológico pela persistência do canal arterial que ainda não fechou. Gastrosquise e Onfalocele não são contra indicação para parto vaginal. 42
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