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Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. PROBLEMA 1 - A MENINA “AMARELOU” OBJETIVO 1) Conhecer os parâmetros de avaliação do desenvolvimento gestacional (capurro somático, apgar, curva de crescimento intrauterino) Neonatologia corresponde ao período do nascimento ao 28º dia e é de suma importância que exista uma Atenção Cuidadosa nesse período para que ocorra reduções das taxas de mortalidade infantil. CLASSIFICAÇÕES PARA OS RN PELA IDADE GESTACIONAL: Pré-termo (prematuro): <37 semanas; A termo: 37-41 semanas e 6 dias; Pós-termo: menor ou igual a 42 semanas. RECÉM-NASCIDO (RN) PRÉ-TERMO, basicamente é quando o bebê tem menos de 37 semanas de idade gestacional ao nascer, não considerando o peso, mas somente o tempo de gestação → Essa classificação pode ser feita com base em dados do acompanhamento pré-natal ou pelo exame físico do RN. Existe ainda: Pré-termo tardios: idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias; Pré-termo extremos: idade gestacional menor que 28 semanas. PELO PESO DO NASCIMENTO: Baixo peso ao nascer: <2.500g; Muito baixo peso ao nascer: <1.500g; Extremo baixo peso ao nascer: <1.000g. RELAÇÃO ENTRE IDADE GESTACIONAL (IG) E PESO DE NASCIMENTO: Pequenos para a idade gestacional (PIG): peso < percentil 10; Adequado para a idade gestacional (AIG): peso entre os percentis 10 e 90; Grandes para a idade gestacional (GIG): peso > percentil 90. Restrição ao crescimento intrauterino: quando a taxa de crescimento fetal é menor que a normal para a população e também para o potencial de crescimento de uma criança. Simétrico: fruto do período da multiplicação das células. As causas envolvidas são genéticas ou infecções gênicas; Assimétrico: a alterações corresponde a fase de hipertrofia celular que acontece no terceiro trimestre. Exemplo: insuficiências placentárias. OBS. Crescimento fetal restrito e PIG SÃO COISAS DIFERENTES. O RN com restrição do crescimento fetal não precisa ser necessariamente PIG, isso porque essa restrição é relacionada a uma redução ocorrida para o que esperado daquela idade gestacional, e o PIG está atrelado ao peso. SOMENTE O PESO AO NASCER É INSUFICIENTE PARA INDICAR CRESCIMENTO FETAL RESTRITO. Pode ser feito o índice ponderal de Rohre (vai dividir o peso em gramas pelo cubo do comprimento em cm); PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Peso: 1.380g, ou seja, muito baixo peso ao nascer. Pré-termo tardio: 34 semanas. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Alguns fatores associados ao nascimento de RN pré-termo e com crescimento fetal restrito: ausência de pré-natal, gestante menor de 16 anos, uso de drogas, baixa renda socioeconômica, infecções perinatais (um pouco antes do parto) e outros. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ESPERADAS Comprimento: 45-53 cm Perímetro Cefálico: 33 – 35 cm Perímetro Torácico: 30 – 33 cm Perímetro Abdominal: 28 – 31 cm ASPECTOS IMPORTANTES REGULAÇÃO TÉRMICA: O indivíduo tanto adulto como recém-nascido é considerado homeotérmico, ou seja, ele pode controlar a sua temperatura corporal. Porém, isso não é algo fácil de ser feito nos RN pré-termo e com crescimento fetal restrito porque: →Existe uma maior perda de calor porque tem uma menor relação entre a massa e a superfície corporal. →Quantidade de gordura marrom está reduzida (ela que é a responsável pela geração de calor no RN); →Maior permeabilidade epidérmica, isso porque a barreira epidérmica é imatura; →São trocados de lugar várias vezes, perdendo água corporal e temperatura. Se ele sofre muitas variações de temperatura devido a perda do controle térmico, ele fica mais disponível a algumas complicações, como a hipotermia e hipertermia. Para medição da temperatura é recomendada via axilar, devendo ficar entre 36,5 e 37,5ºC. Pré-termo em incubadora tem a temperatura medida por sensores cutâneos que ficam no abdome superior (fígado). HOMEOSTASE METABÓLICA – GLICOSE: O feto tem a sua concentração de glicose no plasma relacionada diretamente com a concentração plasmática da mãe, mas isso é cessado quando se tem o clampeamento do cordão umbilical. →RN a termo e prematuros normais: conseguem manter nível glicêmico ao quebrarem suas reservas de glicogênios, conseguindo suprimento de glicose. Cerca de 4 a 6 mg/ kg/ min. →RN prematuro tem menor reserva de glicogênio, é mais suscetível a asfixia e distúrbios respiratórios, tem grandes chances de desenvolverem a hipoglicemia (valores menores que 47mg / dL). Nas primeiras horas de vida deve ser feita a aferição dos níveis glicêmicos, usando fitas reagentes de glicose. Isso porque nem sempre os sinais clínicos, como os tremores e letargias, iriam aparecer facilmente. Para a prevenção da hipoglicemia: introduzir precocemente leite materno ou humano pasteurizado de banco. Ó Ele é o sítio das principais causas de morbimortalidade neonatal. Existem 5 sinais importantes para avaliar o padrão respiratório adequado para o RN: FR: entre 40 e 60 incursões por minuto; Retrações da caixa torácica: ela é muito maleável, então qualquer retração aparece logo no mínimo sinal de desconforto respiratório → retrações causadas pela forte contração do diafragma para tentar aumentar a pressão negativa intrapleural porque assim o ar consegue entrar nos pulmões. PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Estatura: 44 cm; PC: 27cm. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Batimentos das asas do nariz; Gemidos respiratórios: correspondem a um maior fechamento da glote, o que dificulta a saída do ar e aumenta a capacidade residual funcional. Isso melhora o volume pulmonar. Cianose: indica falha na oxigenação. Faz-se uso de recursos de monitoramento não invasivo, como a oximetria de pulso e laboratorial, como a gasometria e o hemograma. PONTUAÇÃO: 1-3 dificuldade respiratória LEVE; 4-6 dificuldade respiratória MODERADA; > 7dificuldade respiratória GRAVE; í - Faz parte do exame físico do RN a AFERIÇÃO DAS MEDIDAS CORPORAIS: comprimento, peso, perímetros cefálico e torácico, além de observação cuidadosa da cabeça, pescoço, coração, pulmões, abdome, sistema geniturinário, membros inferiores, quadris, dorso, pele e sistema neurológico. BOLETIM OU ESCALA DE APGAR É um escore que avalia a vitalidade neonatal precoce. Seus componentes irão classificar a recuperação neurológica do recém-nascido e sua adaptação imediata à vida extrauterina. Ele não deve ser usado como indicativo para reanimação ou escolhas de manobras a serem utilizadas, embora a avaliação ajuda a deduzir a possível eficácia do uso de tal manobra, por exemplo. PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Fernanda fez apneia com cianose central, necessidade de ventilação com pressão positiva com ambu e máscara, Apgar 5 e 7. Em seguida ficou gemente, apresentando batimento da asa do nariz e taquidispneia – desconforto respiratório. Foi para UTI neonatal. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN PRÉ-TERMO (antes era doença de membranas hialinas). Fisiopatologia: ausência de surfactante intra-alveolar (líquido que reduz a tensão superficial) → pulmão colaba → tem hipoxemia (baixos níveis de oxigênio no sangue). Tratamento: Estabelecimento de suporte respiratório com pressão positiva contínua nas vias aéreas por pronga nasal ou por entubação traqueal. O CPAP nasal (Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas): reduz a resistência inspiratória por dilatação das vias aérea, ofertando maior volume corrente e diminuindo o trabalho respiratório. Utilizado com frequência no tratamento de RN com insuficiência respiratória. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Um ESCORE BAIXO INDICA A PRESENÇA DE ASFIXIA NEONATAL e um ESCORE ALTO (NORMAL) A SUA AUSÊNCIA. São avaliados 5 parâmetros: RESPIRAÇÃO, FREQUÊNCIA CARDÍACA, COR, RESPOSTA A ESTÍMULOS e TÔNUS. Cada um desses pode receber como pontuação: 0, 1 e 2. Ele é calculado no 1º e no 5º minuto. Se a PONTUAÇÃOFOR MENOR OU IGUAL A 6: ele fica sendo calculado a cada 5 minutos até que se obtenha uma nota maior ou igual a 7. Nota do primeiro minuto: se correlaciona com o pH do cordão umbilical e é um índice de depressão intraparto. Exemplo: apgar menor ou igual a 4 no primeiro minuto está associado a acidose e PaCO2 alta. Mas caso essa pontuação vá além do primeiro minuto, significa consequências deletérias em longo prazo. Um apgar baixo no 20º minuto: é compatível com prognóstico neonatal (mortalidade e disfunção neurológica permanente). AVALIAÇÃO CLÍNICA DA IDADE GESTACIONAL Forma mais prática: usar a DUM (Data da última menstruação). Então é só contar o número de semanas e dias a partir dessa data. ESCORE DE CAPURRO é utilizado para determinar a IG quando as mães desconhecem a data da última menstruação (DUM) e não realizaram a ultrassonografia gestacional precoce (até 14 semanas). Os métodos citados acima (DUM e USG transvaginal precoce) possuem uma precisão maior, sendo preferíveis para essa análise. Ele é uma simplificação do escore de Dubowitz formado por cinco (Capurro Somático) ou seis (Capurro Somatoneurológico) características clínicas que são analisadas nas primeiras 4-6 horas de vida. CAPURRO SOMÁTICO: textura da pele, forma da orelha, glândula mamária, pregas plantares e formação da aréola → 5 CARACTERISTICAS SOMÁTICAS. Idade gestacional (dias) = K (204) + soma de pontos. Divide o resultado por 7 e consegue ter a idade gestacional em semanas. CAPURRO SOMATONEUROLÓGICO: textura da pele, forma da orelha, glândula mamária, pregas plantares, sinal do cachecol ou xale (tentar ultrapassar o braço pela linha média na altura do pescoço) e posição da cabeça ao levantar o RN pelas mãos ou pelo braço → 4 CARACTERÍSTICAS SOMÁTICAS E 2 NEUROLÓGICAS. Idade gestacional (dias) = K (200) + soma de pontos. PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Apgar 5 e 7. Ou seja, alguma depressão do sistema nervoso e alto risco de disfunção subsequente do SN e de outros sistemas de órgãos. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. OBS. o método tem uma margem de erro de uma semana para mais ou para menos Outro sistema: BALLARD É indicado para todos os RN na UTI, na primeira avaliação clínica. Ele avalia um maior número de características neurológicas, por isso é o mais indicado para avaliação de recém-nascidos prematuros. Isso acontece porque o escore de Capurro BASEIA-SE PRINCIPALMENTE EM FATORES FÍSICOS e, EM PREMATUROS, A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA GARANTE MAIOR PRECISÃO DA IDENTIFICAÇÃO DA IG. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Fontes: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_aidpi_neonatal_3ed_2012.pdf OBJETIVO 2) Descrever a fisiopatologia da icterícia (definição, rastreamento, bilirrubina e tratamento) comparando com os achados clínicos do caso. ICTERÍCIA Consiste na coloração amarelada da pele e/ou das conjuntivas. Se torna visível quando o valor de Bilirrubina total (BT) passa de 5 mg/Dl. Corresponde à manifestação clínica da hiperbilirrubinemia (que é o acúmulo do pigmento). É definida como: Concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) > 1,5mg/dL; ou de Bilirrubina direta (BD) >1,5 mg/dL, desde que a BD represente mais que 10-20% do valor de bilirrubina total (BT). 60% dos RN a termo e 80% dos RN pré-termo com IG < 35 semanas se tornam ictéricos ainda na primeira semana de vida. HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA A bilirrubina indireta, também chamada de não-conjugada, é lipossolúvel. O QUE ISSO SIGNIFICA? Ela pode chegar até o SNC e lesionar o tecido cerebral → gera o quadro de ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA. Nessa situação, o exame anatomopatológico caracteriza-se pela coloração amarelada dos núcleos da base, sendo denominada “kernicterus”; Os RN de maior risco para o desenvolvimento da encefalopatia bilirrubínica são os portadores de doença hemolítica, os prematuros e os que apresentam fatores agravantes da hiperbilirrubinemia. ICTERÍCIA TARDIA: Após 24H. Exemplos: Icterícia fisiológica; Icterícia pelo aleitamento materno; Síndrome de icterícia do leite materno. ICTERÍCIA PRECOCE: Antes de completar 24H. Exemplo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_aidpi_neonatal_3ed_2012.pdf Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Hiperbilirrubinemia indireta patológica. ICTERICIA PATOLÓGICA (ela ocorre precocemente, antes das primeiras 24h de vida): Pode acontecer em recém-nascidos se for agravada por DESIDRATAÇÃO, nascimento prematuro, dificuldade no parto, entre outras razões. Associação com outros sinais clínicos ou doenças do RN como ANEMIA, plaquetopenia, letargia, perda de peso; ICTERÍCIA FISIOLÓGICA (após 24h de vida): No RN a termo: seu pico é entre o 3º e 4º dia; seu Máximo é 12 mg/dL; normaliza em até 7 dias; No RN pré-termo: seu pico é entre o 4º e o 7º dia; seu Máximo é 15 mg/dL. Normaliza em até 10-30 dias. ICTERÍCIA TARDIA: 1. Fisiológica; 2. Ictericia pelo aleitamento materno: Acontece na primeira semana de vida. Se tem um déficit da ingestão, que é refletida na dificuldade da sucção ou pouca oferta láctea. O RN tem uma perca de peso que supera 7%. 3. Síndrome da icterícia do leite materno: Existe a pré-disposição genética a icterícia, pois as substâncias presentes no leite materno vão atuar como ativadoras de fenótipos associadas a uma menor conjugação hepática, ou seja, tem a menor atividade da UGT1A1. Aqui, o leite materno é um modificador ambiental; Ela persiste por até 3 semanas; Por ser uma condição genética, o bebê apresenta um bom estado geral; Também tem um bom ganho pondero-estatural. A bilirrubina deriva do heme presente na hemoglobina dos eritrócitos, ela é um pigmento. Nos RN, ela também possui origem em outros hemes diferentes da hemoglobina, como na catalase, citocromos e mioglobina. O metabolismo é divido em QUATRO etapas: 1. CAPTAÇÃO 2. ARMAZENAMENTO 3. CONJUÇÃO 4. SECREÇÃO HEPÁTICA As hemácias velhas vão ser captadas e destruídas → elas são rompidas e liberam, com isso, a hemoglobina → ela é captada por macrófagos → eles a transformam em biliverdina, monóxido de carbono e ferro. A biliverdina vai ser convertida pela biliverdina-redutase em bilirrubina livre → ela vai sendo liberada dos macrófagos para o plasma → essa bilirrubina livre é lipossúvel e atravessa com facilidade a barreira hematoencefálica. Para ser transportada no plasma, a bilirrubina se liga a albumina, sendo chamada agora de → BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA OU INDIRETA, recebendo esse nome porque ela não está “sozinha” no plasma, mas sim ligada a uma proteína. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Ela vai seguir em direção ao fígado, sofrendo a CAPTAÇÃO pelas lingadinas (são proteínas), sendo direcionadas para os hepatócitos e depois para o retículo endoplasmático, onde sofrem a CONJUGAÇÃO, que é a sua transformação em um composto solúvel e polar, chamado de BILIRRUBINA DIRETA OU CONJUGADA, sendo essa transformação mediada pela glicuroniltransferase. O polo biliar dos hepatócitos EXCRETA a BD → elas chegam no intestino e lá são desconjugadas pela ação das glicuronidases bacterianas → formando, então, UROBILINOGÊNIO. Uma parte dele: É absorvida e retorna à circulação para ser excretado na urina (nela é chamado de urobilina) → isso absorção e retorno é através do sistema porta, responsável por constituir o CICLO ENTERO-HEPÁTICO DA BILIRRUBINA. E o restante sai nas fezes (sendo chamado de estercobilina, responsável pela coloração fecal). POR QUE A BILIRRUBINA PRECISA SER TRANSFORMADA DE INDIRETA EM DIRETA? No sangue a BI, que é insolúvel, ganha solubilidade porque está ligada a albumina. Só que na BILE NÃO É EXCRETADA ALBUMINA para manter a bilirrubina solúvel porque essa proteína é muito preciosa. Por isso O FÍGADO SE ENCARREGA DE TRANSFORMAR A BI EM UM COMPOSTO VERDADEIRAMENTESOLÚVEL, A BD, que é, então, excretada. NO RN A CAPTAÇÃO E A CONJUGAÇÃO SÃO INEFICIENTES porque as ligandinas (proteínas que captam a BI) e a UDP glicuroniltransferase (enzima que converte a BI em BD) são imaturas, a UDP, por exemplo, só atinge níveis similares aos do adulto entre a 6º e 14º semana de vida. O RN, por sua vez, tem MAIOR CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA E MENOR MEIA VIDA DOS ERITRÓCITOS/HEMÀCIAS (de 70 a 90 dias), o que significa que ele tem duas vezes mais bilirrubina que um adulto normal. Além disso, o RN TEM MAIOR BI PORQUE POSSUI UM TRATO GASTROINTESTINAL ESTÉRIL, ele tem uma quantidade pequena de glicuronidades bacterianas – são as bactérias que convertem a BD em urobilinogênio. (no lugar disso tem mais beta-glicuronidade presente no leite materno). AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA – QUADRO CLÍNICO ZONAS DE KRAMMER A icterícia neonatal apresenta progressão cefalocaudal, sendo possível avaliar pelas ZONAS DE KRAMER (zonas dérmicas)→ são áreas ictéricas do corpo que serão avaliadas sob luz natural e correlacionadas com valores médios de bilirrubina. O diagnóstico clínico de hiperbilirrubinemia costuma ser feito com avaliação quantitativa da icterícia ao avaliar pele e mucosas por meio de cruzes (++++). QUANTO MAIS INTENSA FOR A ICTERÍCIA MAIS CRUZES ENTÃO SE UTILIZA NA CLASSIFICAÇÃO. Essa análise varia muito por conta do tom de pele do RN e também não consegue prever a gravidade do crescimento dos níveis de bilirrubina. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Agravamento do quadro: encefalopatia bilirrubínica. Devido a uma lesão cerebral pela bilirrubina indireta → ela é lipossolúvel e atinge o SNC → sobretudo os gânglios da base. Podendo ter 2 fases: 1. Fase Aguda: letargia, hipotonia → até evoluir para um choro estridentes e hipertonia (fica jogando a cabeça para trás) com hipertermia. Se ele sobreviver a essa fase aguda, ele pode voltar a normalidade ou evoluir para: 2. Fase crônica: paralisia cerebral, neuropatia auditiva, paresia vertical do olhar e displasia dentária. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA LABORATORIAL HEMOGLOBINA E HEMATÓCRITO É necessário obter as informações sobre a hemoglobina e o hematócrito porque a icterícia pode ser derivada de uma destruição de hemácias, a quebra delas. É uma forma de verificar se existe uma anemia associada a icterícia. DOSAGEM DE RETICULÓCITOS Informar como a medula óssea está respondendo a uma possível destruição exagerada ou não da hemácia. Usada para determinar se a medula óssea está respondendo de modo adequado às necessidades do corpo de produção de hemácias e para esclarecer o mecanismo de diferentes tipos de anemia. PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Zona III de Kramer; ++/4. PACIENTE DO CASO CLÍNICO: ICTERÍCIA PATOLÓGICA (HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA PATOLÓGICA) HT (HEMATÓCRITO) valor do paciente: 38% / Valor de referência: 45-67 %. ✓ Indicativo de menor quantidade de hemácias ou hemoglobina no sangue. Pode identificar casos de DESIDRATAÇÃO ou ANEMIA. BILIRRUBINA SÉRICA OU TOTAL valor do paciente: 14,5 mg/dL / Valor de referência para menos de 24h de vida: até 8,7 mg/dL. ✓ Na patológica, frequentemente a bilirrubina sérica já atinge NÍVEL MAIOR QUE 12 MG/DL NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA. Fonte: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882381/ictericia-neonatal.pdf PACIENTE DO CASO CLÍNICO: HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA Para ser direta, o valor da bilirrubina direta teria que ser maior ou igual a 1,45, que corresponde a 10% da Bilirrubina total. Mas foi 1,2 mg/ dL. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882381/ictericia-neonatal.pdf Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. TIPAGEM SANGUÍNEA Identificar incompatibilidades sanguíneas. BILIRRUBINA TRANSCUTÂNEA (BTc) Método não invasivo. Em RNs maiores de 30 semanas, a avaliação de bilirrubina transcutânea (BTc) pode ser utilizada apresentando resultados confiáveis, independentemente da cor da pele, idade gestacional, idade pós-natal e peso do RN; A avaliação da BTc deve ser feita na face e no esterno; A técnica ainda é muito onerosa para o sistema de saúde; COLETA DE SANGUE Através disso consegue prever quais os RN que possuem risco de desenvolver altos valores de BT na primeira semana de vida. Utiliza-se para isso um Nomograma, é o Nomograma de Buthani – foi construído baseado nos percentis 40, 75 e 95 com os valores de BT sérica colhidas do RN. Qualquer RN ictérico com IG maior ou igual a 35 semana precisa determinar o risco de desenvolver hiperbilirrubinemia significativa, que é quando o valor da BT supera 25mg/dL. ✓ Essa avaliação tem que ser feita antes da alta da materna; ✓ E no período de no máximo 72h após a mesma. EM ALGUNS CASOS É NECESSÁRIO INVESTIGAR DOENÇA HEMOLÍTICA DO RN, ENTÃO PODE SER SOLICITADO: HEMOGRAMA, TIPAGEM SANGUÍNEA ABO, Rh (antígeno D), antígenos eritrocitários irregulares, Coombs direto/indireto. TESTE DE COOMBS É um teste de antiglobulinas que visa detectar anticorpos que possivelmente vão atuar contra eritrócitos no organismo. Eritrócitos são as hemácias, responsáveis pelo transporte de oxigênio pela célula, bem como a cor do sangue. COOMBS DIRETO Visa DETECTAR ANTICORPOS LIGADOS AOS ERITRÓCITOS QUE FORAM PRODUZIDOS PELO PRÓPRIO ORGANISMO OU RECEBIDOS ATRAVÉS DE UMA TRANSFUSÃO DE SANGUE. vai verificar a presença ou não de anticorpos maternos anti-D nas hemácias do neonato. Esse teste é APLICADO NO RECÉM- NASCIDO COM SANGUE RH-POSITIVO CUJA MÃE SEJA RH-NEGATIVO; Ele verifica se a mãe produziu anticorpos contra o antígeno e se eles passaram através da placenta para o bebê; Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Procedimento: Uma suspenção a 5% de eritrócitos em soro fisiológico → é lavada para remover os resíduos de soro → se adiciona a solução o soro de Coombs, misturando e centrifugando para a verificação de aglutinação. NEGATIVO: o sangue NÃO TEM anticorpos ligados aos eritrócitos. POSITIVO: o SANGUE TEM ANTICORPOS CONTRA OS ERITRÓCITOS. Pode ser causado por uma transfusão incompatível ou estar relacionado a certas condições, como a anemia hemolítica ou a doença hemolítica do recém-nascido. COOMBS INDIRETO Ele detecta os anticorpos que estão no soro → eles podem atacar os eritrócitos, mas não estão ligados a ele. É realizado para achar anticorpos no sangue de um receptor ou doador antes de uma transfusão, mas também pode ser usado no pré-natal como forma de proteger os bebês no início da gravidez caso a mãe senha Rh-negativo. Procedimento: EM é realizado com uma quantidade do soro testado em tubo, onde é adicionada uma suspensão a 5% de eritrócitos em soro fisiológico e posteriormente incubada. Após algumas lavagens para remover o excesso de resíduos, o soro de Coombs (anti-Ig humana) é adicionado à solução, misturado e centrifugado para a verificação da aglutinação. NEGATIVO: o sangue não tem anticorpos livres para atacar os eritrócitos. Se for transfusão, significa que o sangue do receptor é compatível com o doador. Para o fator Rh, o resultado negativo significa que a mulher grávida não vai desenvolver anticorpos contra o sangue Rh-positivo do bebe, não teve sensibilização do Rh. POSITIVO: sangue incompatível com o sangue do doador. No caso da mulher gravida, representa que ela tem anticorpos contra o Rh-positivo, então ela deve realizar o teste no início da gravidez para verificar o tipo sanguíneo do bebê. Se o bebê for Rh- positivo, a mãe tem que ser acompanhada durante a gravidez para evitar riscos a criança. Fonte: https://biomedicinabrasil.com.br/imunologia/teste-de-coombs-direto-e-indireto/ PACIENTE DO CASO CLÍNICO: Coombs direto: positivo. recém-nascido (RN): O/Rh + → Tipagem sanguínea: mãe O/Rh-. POSSÍVEL DIAGNÓSTICO: ANEMIA HEMOLÍTICA? DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO? Também é chamada de eritroblastose fetal, é uma patologia causada pela incompatibilidadeentre o fator Rh da mãe e o do fator Rh do feto. A DHRN acontece quando uma mulher de Rh-, sensibilizada imunologicamente gera um feto Rh+. A doença hemolítica do recém-nascido pode causar concentrações elevadas de bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia), baixo número de glóbulos vermelhos no sangue (anemia). Os anticorpos da mãe podem atravessar a placenta e chegar ao sangue do feto antes do parto → eles se fixam e destroem (causam a hemólise) os glóbulos vermelhos do feto → essa destruição rápida de glóbulos vermelhos começa enquanto o feto ainda está no útero e continua após o parto. A maioria dos casos de doença hemolítica ocorre em fetos cujas mães passaram por dessensibilização em uma gravidez anterior. Contudo, em casos raros, a mãe pode produzir anticorpos no início da gestação e DEPOIS ESSES ANTICORPOS AFETAM O FETO MAIS NO FINAL DA GESTAÇÃO. https://biomedicinabrasil.com.br/imunologia/teste-de-coombs-direto-e-indireto/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-sangu%C3%ADneos-no-rec%C3%A9m-nascido/anemia-em-rec%C3%A9m-nascidos Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. TRATAMENTO FOTOTERAPIA A BILIRRUBINA INDIRETA NA PELE vai SOFRER AÇÃO DA LUZ AZUL → ela sofre uma FOTOISOMERIZAÇÃO (transforma a BI em um isômero mais solúvel)→ forma-se a Bilirrubina – 4Z, 15E → ela ainda é indireta, porém é mais solúvel, ou seja, PODE SER EXCRETADA NA BILE. A fototerapia também pode levar a produção de um isômero geométrico → a LUMIRRUBINA → ela é excretada pela urina. LUZ AZUL: entre 420 e 460 nm. MECANISMO DE AÇÃO: fotoisomerização da configuração e estrutura da molécula de bilirrubina, formando isômeros eliminados pela via biliar e urina. EFICÁCIA: depende do comprimento de onda da luz (faixa azul), irradiância espectral (intensidade da luz) e superfície corpórea exposta a luz. CUIDADOS: aumentar a oferta hídrica através do aleitamento materno, verificar temperatura corporal a cada 3h, proteger os olhos com cobertura radiopaca, não utilizar ou suspender a fototerapia se os níveis de BD estiverem elevados para evitar a síndrome do bebê bronzeado. Segundo o Ministério da Saúde, em RN maiores ou igual a 35 semanas, varia de acordo com a idade pós-natal ------------→ Segundo o Ministério da Saúde, em RN prematuros, menor que 35 semanas ---------------→ SUSPENDE O TRATAMENTO QUANDO BT É MENOR QUE 8-10 MG/DL. Visa diminuir os níveis da BI, evitando a realização da EST, que é a exsanguíneotransfusão – processo que remove o sangue do bebê e substitui por outro de um doador compatível. OBJETIVO 3) Compreender os exames laboratoriais e os seus achados clínicos do RN (infecções neonatais). O teste é uma forma de triagem para identificar anticorpos para as seguintes infecções: toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simples vírus e sífilis. Ele é usado para rastreamento de gestantes e RN, caso a mãe ou bebê apresentem sintomas. O exame pode determinar se o paciente teve uma infecção recente, passada ou se nunca foi exposto ao vírus. Caso seja confirmada uma infecção ativa, exames específicos são solicitados. O EXAME É SOLICITADO quando se há suspeita de que a gestante seja portadora de qualquer infecção do TORCHS. Na gravidez, elas podem atravessar a placenta, causando malformações congênitas. O exame para criança é solicitado mediante sinal sugestivo dessas infecções, são eles: Tamanho excepcionalmente menor que o esperado para a idade da gestação. Surdez. Retardo mental. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Convulsão. Malformação cardíaca. Catarata. Aumento do fígado ou do baço. Redução na contagem de plaquetas ou Icterícia. O RESULTADO irá detectar presença ou ausência de anticorpos IgG e IgM para cada agente infeccioso. Presença de IgM no recém-nascido: grande probabilidade de infecção por aquele microrganismo → os anticorpos IgM maternos não atravessam a placenta → Logo, se há esse anticorpo, existe uma sugestão de infecção ativa no bebê. Presença de IgG ou ausência de IgM no recém-nascido: houve transferência de anticorpos da mãe para o feto → não indica infecção ativa no bebê. Presença de IgM na gestante: sugere infecção recente pelo vírus ou parasita, sendo necessário outros exames. Presença de IgG na gestante: pode ser sinal de infecção anterior por um desses agentes, sendo necessário uma nova testagem duas semanas depois. O diagnóstico com base na presença de anticorpos pode ser demorado porque há necessidade de esperar alguns dias ou semanas para que sejam produzidos. Fonte: https://labtestsonline.org.br/tests/torch#:~:text=O%20teste%20representa%20uma%20forma,Citomegalovirus%2C%20e%20v% C3%ADrus%20Herpes%20simples. É um teste não-treponêmico; É utilizado para triagem sorológica da sífilis em gestantes e da sífilis adquirida. Possui elevada sensibilidade, de 78 a 100%. Além dele, tem também o RPR (Rapid Plasma Reagin), com sensibilidade de 86 a 100%. É de realização simples, rápida e com baixo custo. As DESVANTAGENS são os resultados falso-positivos, em casos de reações cruzadas com outras infecções treponêmicas, e falso- negativos, derivados de excesso de anticorpos – é o efeito prozona. No Brasil, o VDRL é o mais utilizado. O RESULTADO PODE SER DESCRITO DE FORMA: Qualitativa: reagente ou não reagente; Quantitativa: 1:2, 1:32 etc; Ao ser feito o teste, é indicado comparar os títulos da sorologia não-treponêmica na criança com a da mãe → títulos da criança maiores do que os da mãe indicam suspeita de sífilis congênita. Em resumo, na sífilis congênita, a utilidade do VDRL é: a) Realizar triagem dos recém-nascidos possivelmente infectados, filhos de mães com teste não-treponêmico reagente na gravidez ou parto, para que sejam investigados com exames complementares. b) Permitir o seguimento do recém-nascido com suspeita de infecção. Caso os títulos diminuam até a negativação, conclui-se que são anticorpos passivos maternos e não houve sífilis congênita; https://labtestsonline.org.br/tests/torch#:~:text=O%20teste%20representa%20uma%20forma,Citomegalovirus%2C%20e%20v%C3%ADrus%20Herpes%20simples https://labtestsonline.org.br/tests/torch#:~:text=O%20teste%20representa%20uma%20forma,Citomegalovirus%2C%20e%20v%C3%ADrus%20Herpes%20simples https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://labtestsonline.org.br/tests/torch Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Caso os títulos permaneçam reagentes até o terceiro mês de vida, a criança deverá ser tratada, pois após esse período as sequelas começam a se instalar. c) Comparar os títulos com o da mãe (se o título for maior do que o da mãe é uma forte evidência de infecção congênita por sífilis). d) Seguimento de recém-nascido tratado. Os títulos deverão diminuir até a negativação, que pode ocorrer até o fim do segundo ano nos infectados. NOS RECÉM NASCIDOS NÃO-REAGENTES, MAS COM SUSPEITA EPIDEMIOLÓGICA, DEVE-SE REPETIR OS TESTES SOROLÓGICOS APÓS O TERCEIRO MÊS PELA POSSIBILIDADE DE POSITIVAÇÃO TARDIA. A dosagem das bilirrubinas no sangue é solicitada QUANDO HÁ SUSPEITA DE ANEMIA HEMOLÍTICA OU DE DOENÇA HEPÁTICA OU DAS VIAS BILIARES. Nesses casos, em geral, também é solicitada com outros exames. QUANDO HÁ SUSPEITA DE ANEMIA HEMOLÍTICA, podem ser pedidos os exames de hemograma, contagem de reticulócitos, haptoglobinas e desidrogenase lática (LDH). Aumentos da bilirrubina não conjugada (indireta) podem ser causados por: • Anemias hemolíticas, em que há aumento da destruição de hemácias, como a anemia falciforme. • Reações a transfusão de sangue (transfusionais); • Hemorragias internas ou grandes hematomas; Aumentos com predomínio da bilirrubina conjugada (direta) sugeremlesão hepática ou obstrução biliar. Causas comuns de lesão hepática incluem: • Hepatites virais • Consumo excessivo de álcool • Reação a medicamentos A incompatibilidade de grupo sanguíneo Rh (mãe Rh-negativo e bebê Rh-positivo), que provoca anemia hemolítica no feto, já foi um problema frequente, mas atualmente é rara como resultado do uso profilático de imunoglobulina anti-Rh em mães Rh-negativas. Se a mãe for Rh-negativa e o pai for Rh-positivo, o feto pode ser Rh-positivo e a mãe pode desenvolver anticorpos que atravessam a placenta e destroem as hemácias do feto, provocando doença hemolítica do feto e do recém-nascido PACIENTE DO CASO CLÍNICO: VDRL do RN reagente 1/8. O seu resultado é dado em formas de diluição, ou seja, um resultado 1/8 (1:8) significa que o anticorpo foi identificado até 8 diluições. É um título mais baixo, mas significa que mesmo após 8 diluições foi possível identificar os anticorpos. Quanto mais alto o título, mais positivo é o exame. https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://labtestsonline.org.br/glossary/hemolytic Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Em bebês: o sangue é obtido através de uma picada no calcanhar ou da veia do braço. OBJETIVO 4) Conhecer as infecções congênitas. São as infecções adquiridas intraútero ou no momento do trabalho de parto, sendo fruto de uma infecção aguda materna ou uma reativação/reinfecção materna. As infecções que ocorrem no primeiro trimestre podem alterar a embriogênese → acarretam em malformações presentes ao nascimento. Infecções próximas ao termo podem levar a presença de doença aguda ao nascimento ou só se manifestam tardiamente. Início da gestação = MENOR transmissibilidade e MAIOR gravidade clínica; Fim da gestação = MAIOR transmissibilidade e MENOR gravidade clínica. O acrônimo TORCHS agrupa cinco infecções congênitas mais prevalentes: TO: toxoplasmose; R: rubéola; C: citomegalovírus (CMV); H: herpes simples vírus (HSV); S: sífilis. Segundo o MS: Rastreamento de rotina para sífilis, toxoplasmose e HIV: primeira consulta pré-natal; Rastreamento para rubéola: apenas se a gestante apresentar sinais sugestivos da doença. Hepatite B: na primeira consulta e no terceiro trimestre. Rastreamento de CMV não é recomendando. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Suspeita-se em casos de: 1. Restrição de crescimento intrauterino; 2. Hepatoesplenomegalia; 3. Exantema; 4. Lesões ósseas; 5. Alterações no SNC: micro/hidrocefalia, calcificações intracranianas; 6. Alterações oculares: cariorretinte, catarata; 7. Alterações hematológicas: anemia, plaquetopenia. TOXOPLASMOSE CONGÊNITA Causada pelo protozoário intracelular obrigatório denominado Toxoplasma gondii. TRANSMISSÃO: INGESTÃO DE CISTOS DO PARASITA que pode estar nas fezes de gatos, na carne animal que podem estar na água, por exemplo. Sendo as condições socioeconômicas um dos fatores para as chances de exposição, além de hábitos alimentares e culturais. Em torno de 40% das gestantes infectadas por ele irão transmitir a doença para o feto caso não tenham sido tratadas. No avançar da gravidez têm-se o aumento do risco de transmissão porque a barreira placentária sobre um aumento na sua permeabilidade. 70% das crianças, ao nascimento, são assintomáticas. Mas os casos da patologia envolvem altos índices de prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, anormalidades liquóricas e cicatrizes de coriorretinite. 10% dos casos apresentam manifestação grave nos primeiros dias de vida; Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Principais manifestações clínicas: Calcificações intracranianas difusas (formação de estruturas ósseas); Hidrocefalia (quantidade anormal do líquido cefalorraquidiano nos ventrículos do cérebro); Coriorretinite (inflamação no revestimento interno do olho); Hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e do baço). Sequelas neurológicas: microcefalia, retardo psicomotor, convulsões, hipertonia muscular, paralisia. Sequelas oftalmológicas: microftalmia, sinéquia de globo ocular, estrabismo, nistagmo e catarata. DIAGNÓSTICO: Através de testes sorológicos. Teste padrão ouro: teste do corante. Teste de aglutinação (ISAGA), ELISA IgM por captura, I.F.I ou ELISA IgG seriada do binômio, teste de aviz IgG e outros. TRATAMENTO: espiramicina (pode reduzir a transmissão da gestante para o feto em até 60%), sulfadiazina, pirimetamina (indicados para infecção fetal já confirmada). TRATAMENTO DO RN: sulfadiazina e pirimetamina no primeiro ano de vida. SÍFILIS CONGÊNITA Infecção causada pela DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA, ou seja, transplacentária do Treponema pallidum do hospedeiro materno para o seu concepto. LEITE MATERNO NÃO TRANSMITE SÍFILIS. Pode ter transmissão direta do T. pallidum por meio do contato da criança com lesões genitais no canal de parto; Transmissão vertical é possível durante o aleitamento se houver lesão mamária por sífilis. APRESENTA DOIS ESTÁGIOS SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE: em menores de 2 anos. Principais manifestações clínicas: prematuridade, baixo peso nascer, hepatomegalia lesões da pele (pênfigo palmoplantar, condiloma plano), osteíte (inflamação nos ossos), pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratória, icterícia, anemia. Alterações laboratoriais mais frequentes: ANEMIA, trombocitopenia (baixo nível de plaquetas no sangue), leucocitose ou leucopenia (leucócitos em quantidade aumenta e diminuída, respectivamente) e HIPERBILIRRUBINEMIA. SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA: Depois do segundo ano de vida. Principais manifestações: nariz em “sela, dentes incisivos deformados, mandíbula curta, surdez. Diagnóstico laboratorial: 1. Pesquisa direta: coletar material da lesão cutânea e mucosa. 2. Testes não treponêmicos (VDRL, RPR ou TRUST): muito sensíveis e pouco específicos. Usa o sangue do recém-nascido, não do coração umbilical. RN podem apresentar anticorpos maternos transferidos pela placenta. Confirmação: teste não treponêmico reagente na amostra do RN 4 vezes maior que o da mãe. 3. Testes treponêmicos: são importantes para confirmação do diagnóstico. Neurossífilis: obrigatório o exame liquórico caso se tenha suspeita da sífilis congênita. Critérios: VDRL do liquor é positivo → confirmada neurossífilis; Alterações na celularidade + VDRL sérico positivo, independente do VDRL do líquor → neurossífilis possível. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. TRATAMENTO MATERNO: penicilina benzatina. TRATAMENTO NEONATAL: penicilina cristalina e procaína. PREVENÇÃO: tratar a gestante e o seu parceiro, por isso a necessidade do pré-natal. RUBÉOLA CONGÊNITA Pode se apresentar de duas formas: Infecção congênita da rubéola: envolve tudo que ocorre na infecção intrauterina pelo vírus da rubéola (abortos, natimortos, infecção assintomática); Síndrome da rubéola congênita (SCR): são vários defeitos presentes nos filhos de mães que foram infectadas pelo vírus antes mesmo da gestação. Envolve deficiência auditiva, catarata, defeitos cardíacos. AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus RNA do gênero Rubivirus. Transmissão materno-feral: ocorre pela placenta 5 a 7 dias depois da inoculação materna. Risco de ocorrer a transmissão é maior nas primeiras 10 semanas; Risco de ocorrer malformações prolonga da 18º a 20º semana. Manifestação clínica: morte fetal, parto prematuro e defeitos congênitos (perda auditiva, catara e cardiopatia congênita). Um exemplo da MANIFESTAÇÃO PRECOCE é a perda auditiva. Cerca de 2/3 dos neonatos apresentam algum grau de perda auditiva bilateral. AVALIAÇÃO GERAL: hemograma completo, testes de função hepática, radiografia de ossos longos. AVALIAÇÃO ESPECIFICA: sorologia, PCR (pesquisar o RNA viral), isolamento viral (por meio de secreções da orofaringe). TRATAMENTO: não existe especifico. Mas existem condutas: perda auditiva:encaminhar para o otorrinolaringologista; catarata: encaminhar para o oftalmologista; pneumonia intersticial: pode ser necessário o uso de ventilação mecânica em UTI neonatal; cardiopatia congênita: encaminhar para o cardiologista; PREVENÇÃO: vacinação. HERPES SIMPLES VÍRUS O HSV é vírus DNA, faz parte da família Herpesviridae. A forma que ele infecta o ser humano é por meio genital, mucosa da conjuntiva, pele com solução de continuidade ou inoculação geral → ele atinge os nervos terminais por onde é transportado, seguindo as raízes ganglionares e se instala de forma latente durante toda a vida do hospedeiro. Nesse estado de latência, ele não é suscetível a drogas antivirais. Existem 2 tipos importantes para humanos: HSV1 e HSV2. MODOS DE TRANSMISSÃO: Intrauterina: é rara. Através de viremia materna ou infecção ascendente do trato genital, mesmo com membranas íntegras. Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Perinatal (período entre 22 semanas completas e 7 dias após o nascimento): 85% do total. Através do contato do recém-nascido com trato genital materno infectado, com lesões ou não. Pós-natal: 10% das infecções. Cuidador com a infecção em fase ativa, como ocorre no herpes labial, entra em contato com um RN. QUADRO CLÍNICO: Infecção intrauterina: alguns sinais predominam, como infarto, necrose e calcificações. Caso o concepto não morra, irá exibir lesões na pele, oculares e anomalias do SNC, como a microcrefalia e a hidranencefalia (ausência dos hemisférios cerebrais, no lugar dele tem sacos cheio de líquido). DIAGNÓSTICO: submetido a rastreamento em casos de suspeita clínica. TESTES LABORATORIAIS: hemograma, transaminases, bilirrubinas, ureia, creatinina, amônia e outros; Método mais utilizado: PCR. CITOMEGALOVÍRUS CONGÊNITA CMV é um membro da família Herpesvírus; A infecção congênita é adquirida intraútero por via transplacentária, diferente da perinatal que, acontece durante a passagem pelo canal de parto infectado ou pelo aleitamento. A infecção ocorre em aproximadamente 0.2 a 2.5% dos recém nascidos. A maioria é assintomática quando apenas 10 a 15% mostram-se com sintomas ao nascimento. Nos recém-nascidos gravemente infectados, a mortalidade pode chegar a 30%. A TRANSMISSÃO pode ocorrer durante o parto, o aleitamento materno ou por transfusão sanguínea. Sinais clínicos mais frequentes: petéquias (76%), icterícia e hepatomegalia (60%). https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/Citomegalovirose_neonatal.pdf Existem três mecanismos que podem levar a um quadro de infecção no período neonatal: 1. : A mulher é infectada durante a gestação ou tem a reativação de alguma infecção, transmitindo o agente para o concepto por via hematogênica transplacentária. Essas infecções podem ocorrer ainda na embriogênese. Existe a possibilidade do RN infectado ser assintomático e só depois de meses ou anos manifesta alterações clínicas, como pode acontecer na: toxoplasmose congênita; síndrome da rubéola congênita; sífilis congênita; citomegalia congênita. Os micro-organismos colonizadores do canal de parto podem subir para a cavidade uterina ou infectar o RN durante o nascimento. Outra forma de infecção seria por secreções maternas contaminadas. Exemplo: infecção pelo estreptococo do grupo B. 3. . OBJETIVO 5) Esclarecer os testes de triagem neonatal (olhinho, coraçãozinho, orelhinha, pezinho, outro?). TANU https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/Citomegalovirose_neonatal.pdf Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) → contempla a triagem neonatal por amostra biológica, triagem neonatal auditiva e triagem neonatal ocular. Em 2014, foi incorporado o teste do coraçãozinho no Sistema Único de Saúde. TESTE DO OLHINHO OU TESTE DO REFLEXO VERMELHO (TRV) É a pesquisa do reflexo vermelho, ou teste do reflexo de Brucker. Esse teste não substitui o exame oftalmológico que todo bebê tem que fazer até no máximo no primeiro ano de vida. Ele é baseado na transmissão de luz por todas as estruturas transparentes do eixo visual e na reflexão do fundo ocular → QUALQUER ALTERAÇÃO QUE SE INTERPONHA NESSA VIA PROMOVERÁ ALTERAÇÃO NO REFLEXO. Ele é feito com auxilio de oftalmoscópio, no quarto escuro para que as pupilas sejam abertas melhor e com 45 cm de distância. RESPOSTA NORMAL: REFLEXO VERMELHO BRILHANTE QUANDO A LUZ INCIDIR SOBRE A PUPILA. A avaliação deve ser simultânea para ambas as pupilas, facilitando a identificação de possíveis assimetrias; Pode e deve ser feita pelo pediatra; O teste também auxilia na identificação de massas esbranquiçadas intraoculares, simetria/assimetria entre as pupilas e reatividade das pupilas a luz. ALTERAÇÕES NO TESTE: pontos pretos, assimetria ou leucoria (reflexo branco pupilar). A leucoria pode ser encontrada em situações como catarata, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade e coriorretinite. Consideram-se 3 resultados possíveis: Reflexo presente; Reflexo ausente: a criança deverá ser encaminhada ao oftalmologista para ao exame oftalmológico completo (biomicroscopia, retinoscopia, e mapeamento de retina) para elucidar o diagnóstico e assegurar a conduta necessária Reflexo duvidoso. As principais causas de TRV alterado são a catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, leucoma, inflamações intraoculares da retina e vítreo, retinopatia da prematuridade (ROP) no estágio 5, descolamento de retina, vascularização fetal persistente e hemorragia vítrea. Fonte: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/__20958d-DC_No1_set_2018-_Teste_do_reflexo_vermelho.pdf TESTE DA ORELHINHA (TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL – TANU) Todas as crianças têm acesso à triagem auditiva, usando uma mensuração fisiológica. RN que recebem atendimento de rotina têm acesso durante sua internação hospitalar; As crianças nascidas fora do ambiente hospitalar devem fazê-lo antes de completarem 3 meses de vida. Se não for realizado na maternidade, a criança deverá ser encaminhada para a Unidade Básica de Saúde e, posteriormente, encaminhada à atenção especializada em saúde auditiva para a realização do diagnóstico, exames, concessão do aparelho auditivo, reabilitação e acompanhamento. Desde 2010 é determinado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem ter feito o teste, que é gratuito. Alguns indicadores de alto risco de perda auditiva deve ser considerados: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/__20958d-DC_No1_set_2018-_Teste_do_reflexo_vermelho.pdf Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. ✓ história familiar de surdez congênita; ✓ anomalias craniofaciais; ✓ intercorrências neonatais, como: peso < 1.500g, anóxia grave, uso de ventilação assistida, permanência em UTI por > 5 dias, sepse/meningite neonatal, infecções congênitas e uso de drogas ototóxicas. A triagem auditiva deve ser realizada preferencialmente nos primeiros dias de vida (24 a 48 horas), antes da alta ou, no máximo, no 1º mês de vida. NEONATOS E LACTENTES SEM INDICADORES DE RISCO: Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE) → pode ser repetido caso tenha falha. Se a falha permanecer, faz o Potencial Evocado Auditivo de Tronco-encefálico (Peate-automático). INDIVÍDUOS COM INDICADOR DE RISCO: Faz diretamente o Peate-automático devido a maior prevalência das perdas auditivas retrococleares. O EOAE é rápido, simples e não invasivo. Também tem alta sensibilidade e especificidade, ou seja, ele é capaz de identificar a maior parte das perdas auditivas pré-neurais/cocleares. O PEATE é um teste caro e complexo, necessita de sedação do paciente e avalia a integridade das vias auditivas até o tronco cerebral. Ou seja, identifica deficiência auditivas retrococleares. TODAS AS CRIANÇAS QUE APRESENTAREM FALHA NO TESTE devem passar pela etapa de reteste após 30 dias. ✓ Esse reteste deveser feito com o Peate-A em ambas as orelhas, mesmo que a falha anterior tenha ocorrido de forma unilateral. ✓ Caso a falha persista, o pediatra/neonatologista deve encaminhar o RN para avaliação especializada. Fontes: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/triagemauditivaneonatal.pdf TESTE DO CORAÇÃOZINHO É um método de triagem para as cardiopatias congênitas críticas (CCC) → faz-se o teste envolvendo a oximetria de pulso. ✓ Exame fácil, rápido e muito especifico; ✓ Deve ser feito antes da alta hospitalar em todos os RN com IG > 34 semanas. Realiza-se uma aferição da saturação do oxigênio no membro superior direito e em qualquer um dos inferiores, isso em um período de 24 e 48 horas de vida. RESULTADO NORMAL: saturação maior ou igual a 95% nas duas medidas, sendo a diferença menor que 3% entre o MSD e o MMII. RESULTADO ANORMAL: menor que 95% ou diferença maior que 3% entre as o MSD e o MMII. Caso a triagem seja alterada, uma nova aferição deve ser realizada em 01 hora. Se o resultado anormal se confirmar, o recém-nascido deve ser submetido a um ecocardiograma dentro de 24 horas. Se o resultado apresentar alterações, o bebê é encaminhado para um centro de referência em cardiopatia para tratamento. TESTE DA LINGUINHA Desde 2014 existe a lei que “obrigada a realização do protocolo de avaliação do frênulo da língua em bebês, em todos os hospitais e maternidades do Brasil”. OBJETIVO: identificar situações em que o frênulo lingual limita os movimentos da língua, que são importantes para sugar, mastigar, engolir e falar. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/triagemauditivaneonatal.pdf Módulo 1, Etapa 3. Tutoria. Kawanny Arruda, FITS. PROTOCOLO COMPLETO: história clínica, avaliação anatomofuncional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva. ✓ O protocolo pode ser aplicado por partes até o 6º mês de vida. ✓ Nas primeiras 48 de vida a triagem neonatal é limitada a avaliação anatomofuncional e permite a identificação de casos mais graves, como a frenotomia lingual. Faz uso do protocolo Bristol, que considera: Aparência da ponta da língua; Fixação do frênulo na margem gengival inferior; Elevação da língua; Projeção da língua. TESTE DO PÉZINHO O teste do pezinho também é conhecido como triagem neonatal biológica e é responsável pela pesquisa de 6 doenças: Fenilcetonúria; Hipotireoidismo Congênito; Doença Falciforme; Fibrose Cística; Hiperplasia Adrenal Congênita; Deficiência de Biotinidase. O TESTE DEVE SER FEITO LOGO APÓS O NASCIMENTO: a amostra de sangue do bebê deve ser a partir de 48h após o nascimento e até o 5º dia de vida. ANTES DO NASCIMENTO, O FETO USA A PLACENTA DA MÃE COMO UMA PORTA PARA COMBUSTÍVEL E TAMBÉM FILTRAGEM DE METABÓLITOS TÓXICOS → O que explica o fato de muitas doenças metabólicas serem visualizadas nos primeiros dias após o bebê nascer, já ele não possui mais essa “ajuda fisiológica da mãe”. O Teste do Pezinho normal NÃO AFASTA A POSSIBILIDADE DE OCORRER DEFICIÊNCIA MENTAL OU COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO POR OUTRAS CAUSAS, sejam elas genéticas ou adquiridas. Também não diagnostica alterações cromossômicas, como por exemplo, a Síndrome de Down. Fontes: https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vivamaissus/triagemneonatal_interna.ht ml https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://labtestsonline.org.br/tests/torch
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