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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CIVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL DE___ (Espaço de 10 linhas) Alfreda Gordon, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade RG sob nº_______ e inscrita no CPF/MF nº_____, com endereço eletrônico ______, residente e domiciliada à Rua____, nº___, Bairro___, CEP___, ___/SP, por sua advogada infra-assinado (segue procuração em anexo) vem, respeitosamente, com fulcro no artigo 3003 e 304/Código de Processo Civil, propor a presente TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE Em face da GOTHAN SAÚDE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº___, com o endereço eletrônico_____ e com endereço na Rua___, bairro, cidade___, Estado___, pelas razões de fato e direito abaixo aduzidos. 1- DOS FATOS A filha da autora, de apenas 2 de anos, chamada Bárbara Gordon, sofre de uma doença chamada de disfunção renal (laudo médico em anexo), desde que nasceu. E a situação desta criança é gravíssima, e devido a isso, ela tem acompanhamento médico contínuo desde seus primeiros dias de vida. A insuficiência renal é a incapacidade dos rins de filtrar o sangue com o objetivo de eliminar substâncias que podem ser tóxicas para o organismo quando estão em grandes concentrações no sangue, como ureia e creatinina, por exemplo. A alteração no funcionamento dos rins pode acontecer devido à desidratação, sepse ou lesão nos rins devido à presença de pedras nesses órgãos. A criança não possui um dos rins e o outro, se encontra em péssimas condições pois sua atividade se encontra precária, devido a isso, recentemente, ela realizou um procedimento específico, chamada diálise peritoneal. Por este procedimento, a criança insere um cateter em seu abdômen para que, periodicamente, haja a troca do líquido peritoneal, por uma máquina externa. A diálise peritoneal é uma opção de tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível bio compatível). A diálise peritoneal, é realizada no hospital, por 3 vezes na semana e criança, fica por horas em uma máquina para realização desse procedimento. Este procedimento também pode ser realizado em casa, desde que o responsável tenha o treinamento necessário para fazê-lo, pois assim, dará ao paciente, mais conforto e também, mais eficiência, pois poderá ser realizado diariamente, acarretando em um nível maior de preservação do paciente. Devido a isso, a autora já possui o treinamento necessário para realizar este procedimento na filha, e o seu médico, já prescreveu expressamente a terapia domiciliar para a diálise peritoneal, para não agravar a doença da criança e coloca-la em risco, e indicou a NECESSIDADE IMEDIATA para realização de HOME CARE. A urgência de HOME CARE é devido ao fato que, a criança fica exposta a RISCOS CONSTANTES DESNECESSÁRIOS por conta do seu deslocamento na cidade em transporte públicos, em um percurso de 20km, 3 vezes por semana e ainda, fica exposta ao ambiente hospitalar com abertura (a do cateter) em seu abdômen, podendo causar uma CONTAMINAÇÃO DESNECESSÁRIA. A diálise peritoneal é coberta pelo plano de saúde em que Bárbara é dependente contratual, a operadora Gothan Saúde – entidade de autogestão -, que, no entanto, recusa-se a realizar a cobertura do mesmo tratamento em ambiente domiciliar. 2-DOS DIREITOS 2.1-DA CONCESSÃO A autora, contratante titular do plano de saúde, com o intuito de preservar a saúde de sua filha, para que se possa, viabilizar o imediato atendimento da diálise peritoneal, em regime domiciliar, adotou esta medida judicial. Assim, presente os requisitos do art. 300 do CPC e seu parágrafo terceiro: a probabilidade do direito, o perigo da demora e a reversibilidade da tutela a qualquer momento, a autora, faz jus à concessão de tutela provisória antecipada, a fim de garantir, a pequena Barbara Gordon, uma vida melhor e fora de riscos. 2.2- DO HOME CARE Conforme a súmula 90 TJ/SP, que diz: "Havendo expressa indicação médica para a utilização dos serviços de "home care", revela-se abusiva a cláusula de exclusão inserida na avença, que não pode prevalecer." E ainda, conforme o REsp 1.537.301-RJ, DJe 23/10/2015: a operadora do plano é obrigada a custeá-lo em transação à hospitalar se houve condições estruturais da residência; a verdadeira necessidade de atendimento domiciliar, com a devida verificação do quadro clínico do paciente e a indicação/autorização do médico. A autora precisa muito do HOME CARE, pois a vida de sua filha se encontra em risco e é de extrema necessidade que ela seja cuidada em casa, para poder ter um atendimento mais seguro e com mais comodidade, visto que estamos falando de uma criança de apenas dois anos de idade, lutando para permanecer viva. Logo, como dar a ela este direito a vida, se a operadora nega a dar o melhor a esta criança, sem contar que, a própria operadora de plano de saúde, se nega a dar algo que não deveria ser impedido, devido ao fato que, no próprio contrato (documento em anexo) feito com a autora, contém a informação que este procedimento, diálise peritoneal é coberto pelo plano. Logo, deve ser liberado o HOME CARE, para que a autora possa cuidar de sua filha em um local mais seguro. Portanto, PEDE-SE JUSTIÇA! 3- DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se que : A) A ação seja julgada totalmente procedente; B) A concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 297 do CPC, no sentido de intimar a ré, para que se libere a autora o direito a HOME CARE, uma vez que os requisitos do art. 300 do CPC se mostram presentes (a probabilidade do direito, o perigo da demora e a reversibilidade da tutela a qualquer momento), conforme exposto na peça exordial. C) Deferida a tutela, requer prazo de 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar para aditar a presente demanda (art. 303, § 1º, I, do CPC); Citação da ré para audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 334 do CPC; não ocorrendo autocomposição, seja prazo para a mesma apresentar contestação nos termos do art. 335 do CPC; D) Caso não entenda que exista elementos suficientes para a concessão da tutela de urgência, requer o prazo de cinco dias para o aditamento da petição inicial, conforme estipula o § 6º do art. 303 do CPC; E) Condenação da ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, conforme propõem os artigos 82 e 85 do Código Processual Civil. Dá -se o valor da causa de R$_____ Termos em que, Pede deferimento Advogada OAB/Nº_____
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