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História - ENEM 2021

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ANÁLISES E ESTATÍSTICAS 
 
01. Seguem as estatísticas dos conteúdos mais recorrentes dos últimos 10 anos de 
vestibulares para ingresso na ENEM em relação a disciplina de História: 
 
 
Figura 1 - Conteúdo relativo a prova de História 
 
02. Agora para História do Brasil: 
 
 
Figura 2 - Conteúdo relativo a prova de História do Brasil 
 
03. Dentro das questões de Sistemas Coloniais em História do Brasil, destacam-se: 
 
 
Figura 3 – Sistemas Coloniais 
 
 
 
 
 
 
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04. Já em relação a História Geral, segue a distribuição tanto geral quanto as 
especificações (subtópicos) em Mundo Moderno e Mundo Contemporâneo: 
 
 
Figura 4 – História Geral 
 
 
 Figura 5 – Mundo Moderno 
 
 
Figura 6 – Mundo Contemporâneo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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06. Essa é a divisão para História da América: 
 
 
Figura 7 – História da América 
 
07. Essa é a divisão para História da América: 
 
 
Figura 8 – História Temática 
 
 
 
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1. (Enem 2020) Na Grécia, o conceito de povo abrange tão somente aqueles 
indivíduos considerados cidadãos. Assim é possível perceber que o conceito de povo 
era muito restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma democrática vivenciada e 
experimentada pelos gregos atenienses nos séculos IV e V a.C. pode ser 
caracterizada, fundamentalmente, como direta. 
 
MANDUCO, A. Ciência política. São Paulo: Saraiva. 2011. 
 
 
Naquele contexto, a emergência do sistema de governo mencionado no excerto 
promoveu o(a) 
a) competição para a escolha de representantes. 
b) campanha pela revitalização das oligarquias. 
c) estabelecimento de mandatos temporários. 
d) declínio da sociedade civil organizada. 
e) participação no exercício do poder. 
 
2. (Enem PPL 2016) No aniversário do primeiro decênio da Marcha sobre Roma, em 
outubro de 1932, Mussolini irá inaugurar sua Via dell Impero; a nova Vida Sacra do 
Fascismo, ornada com estátuas de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo 
e à glória do Império Romano e de espaço comemorativo do ufanismo italiano. Às 
sombras do passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e 
celebrar seus imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e apólogos como 
Horácio e Virgílio. 
 
SILVA, G. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da 
Antiguidade sob o regime de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado). 
 
 
A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do patrimônio cultural foi 
realizada com o objetivo de 
a) afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida. 
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime político. 
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os costumes sociais. 
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a participação política. 
e) recompor a organização republicana para fortalecer a administração estatal. 
 
3. (Enem 2020) Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e XVII a.C.) 
e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em babilônio) foi fundador do I 
Império Babilônico (correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente o 
mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao 
máximo esplendor. O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao 
código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o Código de Hamurabi. O 
legislador babilônico consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes e 
estendeu o direito e a lei a todos os súditos. 
 
Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 fev. 2013 (adaptado). 
 
 
Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no Código citado 
 
 
 
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tinham o sentido de 
a) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. 
b) tipificar regras referentes aos atos dignos de punição. 
c) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra. 
d) promover distribuição de terras aos desempregados urbanos. 
e) conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros. 
 
4. (Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo 
Daquelas mulheres de Atenas 
Vivem pros seus maridos 
Orgulho e raça de Atenas. 
 
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. 
Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento) 
 
Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, 
caracterizada, naquela época, em razão de 
a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. 
b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento. 
c) seu rebaixamento de status social frente aos homens. 
d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra. 
e) sua igualdade política em relação aos homens. 
 
5. (Enem PPL 2009) Na Bíblia, a criação do mundo é descrita a partir das ordens de 
um único ser, que é Deus: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gen., 1:3). Porém, 
em certos mitos ameríndios, inclusive brasileiros, a criação do mundo é poeticamente 
apresentada como resultado de 
um diálogo entre múltiplos espíritos. As linhas a seguir servem como exemplo. Elas 
narram o surgimento de um desses espíritos criadores (demiurgos): “Tendo florido 
(em forma humana) / Da sabedoria contida em seu ser de céu / Em virtude de seu 
saber que se abre em flor, / Soube para si em si mesmo / a essência da essência da 
essência das belas palavras primeiras”. 
 
CESARINO, Pedro de N. Os Poetas. Folha de S. Paulo. 18 jan. 2009: p. 6-7 
(adaptado). 
 
 
A Bíblia trata da criação em linguagem poética. Analogamente, são poéticas as linhas 
ameríndias acima citadas. Em geral, a poesia abriga diferenças de forma e de 
conteúdo por 
a) ser fruto do desenvolvimento intelectual de sociedades ricas. 
b) fazer parte do desenvolvimento intelectual de sociedades letradas. 
c) estar relacionada com a linguagem e o modo de vida de uma sociedade. 
d) depender do lazer disponível, de forma que pessoas ociosas possam dedicar-se a 
ela. 
e) captar recursos disponíveis, para que diversos poetas possam ser financeiramente 
pagos. 
 
6. (Enem 2020) Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o Senado romano 
governavam a República em harmonia e sem paixão, e não havia entre os cidadãos 
luta por glória ou dominação; o medo do inimigo mantinha a cidade no cumprimento 
do dever. Mas, assim que o medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os 
males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto é, a libertinagem e o orgulho. 
 
 
 
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SALÚSTIO. A conjuração de Catilina/A guerra de Jugurta. Petrópolis: Vozes, 1990 
(adaptado). 
 
 
O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado de I a.C., 
manteve correspondência com o processo de 
a) demarcação de terras públicas. 
b) imposição da escravidão por dividas. 
c) restrição da cidadania por parentesco. 
d) restauração de instituições ancestrais. 
e) expansão das fronteiras extrapeninsulares. 
 
7. (Enem 2020) Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na sala de jantar. 
Na pequena célula cristã, dividia-se a refeição e durante elas os crentes 
conversavam, rezavam e liam cartas de correligionários residentes em locais 
diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã). Esse ambiente garantia 
peculiar apoio emocional às experiências intensamente individuais que abrigava. 
 
SENNET, R. Carne e Pedra. Rio de Janeiro: Record, 2008. 
 
 
Um motivo que explica a ambientação da prática descrita no texto encontra-se no(a) 
a) regra judaica, que pregava a superioridade espiritual dos cultos das sinagogas. 
b) moralismo da legislação, que dificultava as reuniões abertas da juventude livre. 
c) adesão do patriciado, que subvertiao conceito original dos valores estrangeiros. 
d) decisão política, que censurava as manifestações públicas da doutrina dissidente. 
e) violência senhorial, que impunha a desestruturação forçada das famílias escravas. 
 
8. (Enem PPL 2020) Na Mesopotâmia, os frutos da civilização foram partilhados entre 
diversas cidades-estados e, no interior delas, entre vários grupos sociais, se bem que 
desigualmente. No Egito dos faraós, os frutos em questão concentraram-se quase 
somente na Corte real e, secundariamente, nos centros regionais de poder. Se na 
Mesopotâmia o comércio cedo começou a servir também à acumulação de riquezas 
privadas, no Egito as trocas importantes permaneceram por mais tempo sob controle 
do Estado. 
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. 
São Paulo: Ática, 1986 (adaptado). 
 
 
Um fator sociopolítico que caracterizava a organização estatal egípcia no contexto 
mencionado está indicado no(a) 
a) atrofiamento da casta militar. 
b) instituição de assembleias locais. 
c) eleição dos conselhos provinciais. 
d) fortalecimento do aparato burocrático. 
e) esgotamento do fundamento teocrático. 
 
9. (Enem 2019) A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era 
imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a 
proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia 
variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas 
democracias. 
 
 
 
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CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985. 
 
 
Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no 
texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política: 
a) Controle da terra. 
b) Liberdade de culto. 
c) Igualdade de gênero. 
d) Exclusão dos militares. 
e) Exigência da alfabetização. 
 
10. (Enem PPL 2019) Quando se trata de competência nas construções e nas artes, 
os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao 
contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de 
outro modo não existiria a cidade. 
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado). 
 
 
De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade 
Clássica tinha como característica fundamental o(a) 
a) dedicação altruísta em ações coletivas. 
b) participação direta em fóruns decisórios. 
c) ativismo humanista em debates públicos. 
d) discurso formalista em espaços acadêmicos. 
e) representação igualitária em instâncias parlamentares. 
 
11. (Enem 2017) TEXTO I 
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando terra e dívida são 
mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” em 
Atenas, com poderes sem precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras 
e o cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela oligarquia dos 
proprietários de terra por meio da força ou de pequenas concessões. 
 
FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes, 
2013 (adaptado). 
 
 
TEXTO II 
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais do direito romano, 
uma das principais heranças romanas que chegaram até nos. A publicação dessas 
leis, por volta de 450 a.C., foi importante pois o conhecimento das “regras do jogo” 
da vida em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e 
potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos. 
 
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado). 
 
 
O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas indicadas nos textos 
consiste na ideia de que a 
a) discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia. 
b) invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias 
c) formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades. 
 
 
 
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d) definição de princípios morais encerrou os conflitos de interesses. 
e) criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de tratamento. 
 
12. (Enem (Libras) 2017) TEXTO I 
 
Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram denunciados como cristãos: 
perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, 
repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. 
Os que persistiram, mandei executá-los, pois eu não duvidava que, seja qual for a 
culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos 
romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a 
Roma. 
 
Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia 
Menor, ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: 
www.veritatis.com.br. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado). 
 
 
TEXTO II 
 
É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa administração pratiquem a 
religião que o apóstolo Pedro transmitiu aos romanos. Ordenamos que todas aquelas 
pessoas que seguem esta norma tomem o nome de cristãos católicos. Porém, o resto, 
os quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia da heresia, os 
lugares de suas reuniões não receberão o nome de igrejas e serão castigados em 
primeiro lugar pela divina vingança e, depois, também pela nossa própria iniciativa. 
 
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade 
Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
 
Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo é retratada em dois 
momentos distintos. Em que pesem as diferentes épocas, é destacada a permanência 
da seguinte prática: 
a) Ausência de liberdade religiosa. 
b) Sacralização dos locais de culto. 
c) Reconhecimento do direito divino. 
d) Formação de tribunais eclesiásticos. 
e) Subordinação do poder governamental. 
 
13. (Enem (Libras) 2017) O sistema de irrigação egípcio era muito diferente do 
complexo sistema mesopotâmico, porque as condições naturais eram muito diversas 
nos dois casos. A cheia do Nilo também fertiliza as terras com aluviões, mas é muito 
mais regular e favorável em seu processo e em suas datas do que a do Tigre e 
Eufrates, além de ser menos destruidora. 
 
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986. 
 
A comparação entre as disposições do recurso natural em questão revela sua 
importância para a 
a) desagregação das redes comerciais. 
b) supressão da mão de obra escrava. 
c) expansão da atividade agrícola. 
 
 
 
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d) multiplicação de religiões monoteístas. 
e) fragmentação do poder político. 
 
14. (Enem 2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar 
saber como e sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos 
de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo 
exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão 
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar 
qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento? 
 
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985. 
 
 
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II 
a.C., é a 
a) ampliação do contingente de camponeses livres. 
b) consolidação do poder das falanges hoplitas. 
c) concretização do desígnio imperialista. 
d) adoção do monoteísmo cristão. 
e) libertação do domínio etrusco. 
 
15. (Enem PPL 2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da 
lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de 
mais de vinte anos permitir a venda de si própria com a finalidade de lucrar 
conservando uma parte do preço da compra; e em virtude da lei comum dos povos, 
são nossos escravos aqueles que foramcapturados na guerra e aqueles que são filhos 
de nossas escravas. 
 
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003. 
 
 
A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui sobre a 
escravidão na Roma antiga. No direito e na sociedade romana desse período, os 
escravos compunham uma 
a) mão de obra especializada protegida pela lei. 
b) força de trabalho sem a presença de ex-cidadãos. 
c) categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos. 
d) condição legal independente da origem étnica do indivíduo. 
e) comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas. 
 
16. (Enem 2ª aplicação 2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., 
fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o 
código permitia, em última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do 
outro lado do Tibre” – isto é, fora do território de Roma. 
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 
1984. 
 
 
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que 
os plebeus 
a) modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio. 
b) exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores. 
c) conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios. 
 
 
 
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d) ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos. 
e) reivindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis. 
 
17. (Enem 2015) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência 
da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate 
contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo 
intelectual, assim como do jogo político. 
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 
(adaptado). 
 
 
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha 
por função 
a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. 
b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus 
magistrados. 
c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as 
questões da comunidade. 
d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem 
tomados em caso de guerra. 
e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se 
em assembleias. 
 
18. (Enem 2014) TEXTO l 
 
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas 
de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos 
as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é 
empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de 
chegar a hora da ação. 
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). 
 
TEXTO II 
 
Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de 
administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são 
limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma 
ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de 
certos intervalos de tempo prefixados. 
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
 
Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para 
Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) 
a) prestígio social. 
b) acúmulo de riqueza. 
c) participação política. 
d) local de nascimento. 
e) grupo de parentesco. 
 
19. (Enem 2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram 
transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação 
escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 
a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os 
 
 
 
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decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para 
estudar a legislação de Sólon. 
 
COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
 
A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve 
relacionada à 
a) adoção do sufrágio universal masculino. 
b) extensão da cidadania aos homens livres. 
c) afirmação de instituições democráticas. 
d) implantação de direitos sociais. 
e) tripartição dos poderes políticos. 
 
20. (Enem PPL 2012) No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma 
convenção entre cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um 
verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções 
a qualidade de instituições públicas. 
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais 
de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010. 
 
No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte 
modelo de prática democrática: 
a) Direta. 
b) Sindical. 
c) Socialista. 
d) Corporativista. 
e) Representativa. 
 
21. (Enem 2012) 
 
 
A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., 
encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos 
que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em: 
a) Cruzadismo — conquista da terra santa. 
b) Patriotismo — exaltação da cultura local. 
 
 
 
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c) Helenismo — apropriação da estética grega. 
d) Imperialismo — selvageria dos povos dominados. 
e) Expansionismo — diversidade dos territórios conquistados. 
 
22. (Enem PPL 2010) Alexandria começou a ser construída em 332 a.C., por 
Alexandre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um polo de estudos sobre 
matemática, filosofia e ciência gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu II ergueu 
uma enorme biblioteca e um museu — que funcionou como centro de pesquisa. A 
biblioteca reuniu entre 200 mil e 500 mil papiros e, com o museu, transformou a 
cidade no maior núcleo intelectual da época, especialmente entre os anos 290 e 88 
a.C. A partir de então, sofreu sucessivos ataques de romanos, cristãos e árabes, o 
que resultou na destruição ou perda de quase todo o seu acervo. 
 
RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história. São Paulo: Abril, ed. 81, abr. 
2010 (adaptado). 
 
 
A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo um papel fundamental para 
a produção do conhecimento e memória das civilizações antigas, porque 
a) eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou pelas narrativas dos seus 
grandes feitos. 
b) funcionou como um centro de pesquisa acadêmica e deu origem às universidades 
modernas. 
c) preservou o legado da cultura grega em diferentes áreas do conhecimento e 
permitiu sua transmissão a outros povos. 
d) transformou a cidade de Alexandria no centro urbano mais importante da 
Antiguidade. 
e) reuniu os principais registros arqueológicos até então existentes e fez avançar a 
museologia antiga. 
 
23. (Enem 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática 
quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de 
uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um 
historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que 
se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades. 
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, 
a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais 
importante era a democracia experimentada pelos vivos. 
b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, 
preocupando-se mais com a salvação da alma. 
c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regidopela 
observância da hierarquia social. 
d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a 
burguesia fazia para sepultar seus mortos. 
e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações 
sociais, abandona-se a prática do luto. 
 
24. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas 
e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver 
uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e 
incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os 
 
 
 
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aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das 
qualidades morais e à prática das atividades políticas”. 
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 
 
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a 
cidadania 
a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os 
políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos 
cidadãos tem de trabalhar. 
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de 
uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. 
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que 
levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica. 
d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos 
deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. 
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política 
e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. 
 
25. (Enem PPL 2009) Em seu discurso em honra dos primeiros mortos na Guerra do 
Peloponeso (séc. V a.C.), o ateniense Péricles fez um longo elogio fúnebre, exposto 
na obra do historiador Tucídides. Ao enfatizar o respeito dos atenienses à lei e seu 
amor ao belo, o estadista ateniense tinha em mente um outro tipo de organização 
de Estado e sociedade, contra o qual os gregos se haviam batido 50 anos antes e 
que se caracterizava por uma administração eficiente que concedia autonomia aos 
diferentes povos e era marcada pela construção de grandes obras e conquistas. 
 
PRADO, A. L. A., Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, Livro I, São Paulo, 
Martins Fontes (com adaptações). 
 
 
O “outro tipo de organização de Estado e sociedade” ao qual Péricles se refere era 
a) o mundo dos impérios orientais, que rivalizava comercialmente com a Atenas de 
Péricles. 
b) o Império Persa, que, apesar de possuir um vasto território, tentou, em vão, 
conquistar a Grécia. 
c) o universo dos demais gregos, que não viviam sob uma democracia, já que esta 
era exclusividade de Atenas. 
d) o Alto Império Romano, que, se destacava pela supremacia militar e pelo intenso 
desenvolvimento econômico. 
e) o mundo dos espartanos, que, desconhecendo a escrita e a lei, eram guiados pelo 
autoritarismo teocrático de seus líderes. 
 
26. (Enem 2009) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os 
quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do 
poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos 
Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. 
O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de 
forma muito diferente, pois 
a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar 
grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos. 
b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul 
e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos. 
 
 
 
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c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós 
sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos. 
d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os 
desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio 
Egito. 
e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a 
religião baseada em crenças e superstições. 
 
27. (Enem PPL 2009) As imagens nas figuras a seguir ilustram organizações 
produtivas de duas sociedades do passado. 
 
 
 
 
 
 
O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das atividades fundamentais 
para a estruturação e o desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 
1 e 2. Nessas figuras, as características arquitetônicas, tecnológicas e sociais 
retratam, respectivamente, 
a) o agrarismo romano e o escravismo grego. 
b) a pecuária romana e a agricultura escravista grega. 
c) a maquinofatura medieval e a pecuária na Antiguidade. 
d) a agricultura escravista romana e o feudalismo medieval. 
e) o feudalismo medieval e a agricultura familiar no Antigo Egito. 
 
 
 
 
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28. (Enem PPL 2009) Os faraós das primeiras dinastias construíam grandes 
pirâmides para proteger as suas câmaras mortuárias. Conforme a crença egípcia 
antiga, a alma vagaria sem destino se o corpo, sua habitação, fosse destruído. No 
Egito contemporâneo, os muçulmanos são sepultados envoltos apenas em mortalhas, 
poucas horas após a morte, em túmulos simples e sem identificação individual. 
 
A diferença entre as grandes pirâmides de outrora e os ritos e túmulos simples de 
hoje deve-se ao fato de a religião muçulmana 
a) ser descrente quanto à existência de vida após a morte. 
b) ter surgido, precisamente, como reação contra a religião dos faraós. 
c) entender como errado construir pirâmides só para os ricos, e não, para todos. 
d) querer evitar os assaltos aos monumentos funerários, que eram comuns no Egito 
antigo. 
e) ignorar o corpo como morada da alma e considerar os homens como iguais frente 
à morte. 
 
 
 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [E] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
Apesar das restrições de cidadania – apenas homens livres, maiores de 21 anos e 
atenienses natos eram considerados cidadãos em Atenas – e da existência de 
alguns poucos cargos eletivos, podemos considerar a democracia ateniense como 
sendo exercida de maneira direta, uma vez que as principais decisões da cidade-
Estado eram tomadas em conjunto na Ápela, pela chamada Assembleia Geral de 
Cidadãos. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Filosofia] 
O texto da questão destaca para o aluno o caráter do conceito de “povo” na Grécia 
antiga, evidenciando um limite importante que esse conceito possuía, uma vez que 
a noção de “povo”, no contexto considerado, estava ligada ao status de cidadania. 
A categoria de cidadão no mundo grego, entretanto, era restritiva. No caso de 
Atenas, essa restrição também era verificada, na medida em que se considerava 
cidadãos apenas os indivíduos do sexo masculino, que já tivessem atingido a 
maioridade, nascidos em Atenas e filhos de pais também atenienses. No período da 
forma democrática de governo em Atenas, como aponta o texto, o exercício da 
prática política era direto, o que implicava que o poder era exercido dessa forma 
pelos cidadãos, de modo que a emergência da democracia no período citado 
promoveu a participação no exercício do poder, uma vez que as deliberações 
políticas e os processos de tomada de decisões de caráter político eram realizados 
pelos cidadãos na polis. 
 
 
Resposta da questão 2: 
 [B] 
 
O regime fascista de Mussolini tinha como característica o nacionalismo exaltado. 
Logo, o uso de figuras históricas importantes do passado romano ajudava a 
fortalecer a imagem da Itália fascista. 
 
Resposta da questão 3: 
 [B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
O Código de Hamurabi – inspiradona famosa Lei de Talião, do olho por olho, dente 
por dente – era um código de leis que visava estabelecer penas de reciprocidade a 
indivíduos que pertencessem a uma mesma camada social na Babilônia. 
Objetivando garantir o convívio social, o Código impunha severas punições a 
diversos tipos de crimes cometidos. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
O Código de Hamurabi é frequentemente citado como o primeiro regulamento 
jurídico formal, relacionando crimes e penas. Vale citar, no entanto, que toda 
sociedade regula seus crimes, seja formal ou informalmente. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
 
 
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[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
As “mulheres que vivem para os seus maridos” são mulheres que têm seu status 
social definido a partir da subserviência aos homens. De fato, na sociedade 
ateniense clássica, as mulheres não possuíam os direitos de cidadania, tendo sua 
importância vinculada aos afazeres domésticos e reprodutivos da sociedade. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
O conceito de cidadania ateniense era excludente, privilegiando apenas os homens 
maiores de 21 anos e atenienses natos. Sendo assim, as mulheres atenienses não 
eram consideradas cidadãs, não exerciam a democracia ateniense e, portanto, 
estavam abaixo dos homens na hierarquia social. 
 
Resposta da questão 5: 
 [C] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
Uma sociedade expressa sua forma de vida de inúmeras maneiras: linguagem, 
arte, religião, música, alimentação, etc. A poesia é uma forma de linguagem muito 
rica para mostrar elementos de uma sociedade. O texto apresenta uma comparação 
entre duas sociedades distintas, porém, ambas, utilizam de uma linguagem poética 
para apresentar suas crenças. Gabarito [C]. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
Toda expressão artística e cosmológica diz respeito ao modo de vida de uma 
determinada sociedade, tal como está descrito na alternativa [C]. 
 
Resposta da questão 6: 
 [E] 
 
O texto fala sobre a expansão territorial romana durante o período da República. A 
partir de tal expansão, houve o avanço das fronteiras extrapeninsulares – a ponto 
de os romanos passarem a chamar o Mar Mediterrâneo de Mare Nostrum – e o 
crescimento da escravidão de guerra em Roma. 
 
Resposta da questão 7: 
 [D] 
 
O Cristianismo, até a sua adoção como religião oficial em Roma, enfrentou censura 
e perseguição por parte dos governos romanos. Como, dentre outras coisas, os 
cristãos não aceitavam a sacralidade do Imperador romano, eles eram perseguidos 
pelo governo e os cultos cristãos eram proibidos e censurados. Daí a necessidade 
de aconteceram às escondidas, dentro de residências particulares. 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
 
No Egito Antigo, o poder concentrava-se nas mãos dos Faraós, de maneira 
centralizada e teocrática. Sendo assim, todo um aparato burocrático – um conjunto 
de atividades públicas e administrativas, exercidas por funcionários públicos reais, 
como os escribas – se desenvolveu ao longo do tempo em torno do Imperador, 
auxiliando-o a governar. 
 
 
 
 
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Resposta da questão 9: 
 [A] 
 
O texto não deixa claro de que cidade-Estado grega está falando, uma vez que 
menciona tanto um sistema oligárquico quanto um sistema democrático. Logo, o 
único critério de exclusão de cidadania comum a várias cidades-Estado gregas 
(como Esparta e Atenas) era a posse da terra. Os não possuidores eram excluídos 
politicamente. 
 
Resposta da questão 10: 
 [B] 
 
A democracia escravista ateniense era exercida de maneira direta pelos cidadãos de 
Atenas. Apesar da restrição do direito à cidadania, aqueles considerados cidadãos 
deliberavam de maneira direta, na Ágora, sobre os rumos da cidade-Estado. 
 
Resposta da questão 11: 
 [E] 
 
A similaridade buscada pela questão não se estabelece por completo, uma vez que 
a eliminação das desigualdades se fez mais presente na aplicação da Lei das XII 
Tábuas, em Roma, do que na Reforma Jurídica de Sólon, na Grécia. Mesmo assim, 
a resposta possível é a alternativa [E]. 
 
Resposta da questão 12: 
 [A] 
 
No primeiro texto, cristãos são perseguidos no Império Romano. No segundo texto, 
não cristãos são os condenados. Ou seja, o que permanece nas duas fases 
históricas romanas é a ausência de liberdade religiosa. Em ambas as épocas, os 
romanos eram obrigados a seguir a religião imposta pelo Estado. 
 
Resposta da questão 13: 
 [C] 
 
Egito e Mesopotâmia localizavam-se no chamado Crescente Fértil, um conjunto de 
terras localizado em meio ao deserto e que se tornava habitável por ser banhado 
por vastos rios, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates. Devido às terras secas do 
deserto, o desenvolvimento agrícola nesses lugares só era possível pela presença e 
irrigação dos rios. 
 
Resposta da questão 14: 
 [C] 
 
A experiência romana a que o texto faz menção é a vocação imperialista, 
desenvolvida principalmente a partir da República, quando Roma domina todas as 
terras em torno do Mar Mediterrâneo, passando a chamá-lo de Mare Nostrum. 
 
Resposta da questão 15: 
 [D] 
 
 
 
 
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Na Roma Antiga era praticada a escravidão de guerra, podendo existir, também, a 
escravidão por dívida. Logo, independia a origem étnica do escravo: se vencido ou 
endividado, a escravidão teria início. 
 
Resposta da questão 16: 
 [E] 
 
A Lei das Doze Tábuas transformou o Direito Romano de falado em escrito, ou seja, 
tornou-o fixo, público e comum a Patrícios e Plebeus. 
 
Resposta da questão 17: 
 [C] 
 
A ágora era a praça pública onde os cidadãos atenienses discutiam os rumos da 
cidade. 
 
Resposta da questão 18: 
 [C] 
 
Os trechos “olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que 
cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil” (primeiro texto) e 
“um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito 
de administrar justiça e exercer funções públicas” (segundo texto) são 
demonstrativos das opiniões dos autores, que julgam a cidadania pela participação 
política das pessoas. 
 
Resposta da questão 19: 
 [B] 
 
Como a própria questão deixa claro, quando a legislação era transmitida oralmente, 
as classes superiores "manipulavam a justiça de acordo com seus interesses". Isso 
posto, quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à 
cidadania pelas classes inferiores. 
 
Resposta da questão 20: 
 [A] 
 
Apesar do conceito de cidadania ateniense ser excludente, a democracia em Atenas 
era exercida de maneira direta, com todos os cidadãos participando das decisões 
políticas, como retratado no texto. 
 
Resposta da questão 21: 
 [E] 
 
O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do 
Império, quando Roma dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, 
incluindo a Palestina. O mosaico de animais demonstra a quantidade e diversidade 
desses territórios. 
 
Resposta da questão 22: 
 [C] 
 
 
 
 
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A Biblioteca de Alexandria acabou por preservar a cultura grega a partir do 
chamado Período Helenístico, quando Alexandre, o Grande dominou a Grécia Antiga 
promovendo uma fusão entre a cultura grega ocidental e a cultura macedônica 
oriental. 
 
Resposta da questão 23: 
 [C] 
 
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até a época da peste 
negra. No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, 
quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. O 
sepultamento era restrito aos homens livres. Negros (escravos) e os indigentes 
eram enterrados. A difirenciação no tratamento dispensado ao mortos, evidencia a 
forte hierarquização existente na sociedadecolonial do Brasil. 
 
Resposta da questão 24: 
 [B] 
 
Apesar de a alternativa correta enfatizar privilégios na participação da vida pública 
dos “grupos sociais superiores” devido a hierarquização da sociedade ateniense, 
quando da vigência da democracia na Atenas antiga, em termos práticos todo 
homem livre, nascidos na cidade e filho de pai ateniense tinha não só o direito 
como a obrigação de participar da política ateniense. Assim sendo, a alternativa E 
também poderia ser validada como correta. 
 
Resposta da questão 25: 
 [B] 
 
A chave para a resposta na questão é a frase “contra o qual os gregos se haviam 
batido 50 anos antes”. Se o discurso foi feito durante a Guerra do Peloponeso, 
cinquenta anos antes a Grécia estava passando pelas Guerras Médicas, nas quais 
enfrentou o Império Persa de Xerxes. 
 
Resposta da questão 26: 
 [A] 
 
O enunciado e a alternativa correta da questão remetem a aspectos da vida no 
Antigo Egito, quais sejam, o poder teocrático do faraó, a arquitetura representada 
pelas pirâmides e os templos e o trabalho. No entanto, a ênfase no poder do faraó 
de “escravizar grandes contingentes”, requer observar que a forma de trabalho 
predominante no Antigo Egito era servidão coletiva (modo de produção asiático). 
Assim sendo, o faraó requisitava compulsoriamente mão de obra abundante junto 
às comunidades sob seu poder. 
 
Resposta da questão 27: 
 [E] 
 
Até a Revolução Industrial, a riqueza estava concentrada no campo e a terra era 
um fator importante nas relações sociais. As grandes civilizações da história desde 
a antiguidade até a Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, dependeram do trabalho 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Col%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/1820
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo
 
 
 
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no campo. As imagens mostram isso, a primeira aponta para a estrutura do feudo 
no contexto do feudalismo medieval e a segunda imagem faz referência ao Egito 
Antigo, a lei da frontalidade é uma marca da arte dessa civilização. Gabarito [E]. 
 
Resposta da questão 28: 
 [E] 
 
Cada civilização possui sua cultura, valores, crenças, religião e a forma como 
concebe a morte. No caso do Egito Antigo, havia um politeísmo antropozoomórfico, 
acreditava na vida após a morte, daí a criação de uma arquitetura funerária. O 
Islamismo, uma religião monoteísta, possui outro entendimento em relação a 
morte. Gabarito [E]. 
 
 
 
 
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1. (Enem digital 2020) Constantinopla, aquela cidade vasta e esplêndida, com toda 
a sua riqueza, sua ativa população de mercadores e artesãos, seus cortesãos em 
seus mantos civis e as grandes damas ricamente vestidas e adornadas, com seus 
séquitos de eunucos e escravos, despertaram nos cruzados um grande desdém, 
mesclado a um desconfortável sentimento de inferioridade. 
RUNCIMAN, S. A Primeira Cruzada e a fundação do Reino de Jerusalém. 
Rio de Janeiro: Imago, 2003 (adaptado). 
 
 
A reação dos europeus quando defrontados com essa cidade ocorreu em função das 
diferenças entre Oriente e Ocidente quanto aos(às) 
a) modos de organização e participação política. 
b) níveis de disciplina e poderio bélico do exército. 
c) representações e práticas de devoção politeístas. 
d) dinâmicas econômicas e culturais da vida urbana. 
e) formas de individualização e desenvolvimento pessoal. 
 
2. (Enem 2017) Mas era sobretudo a lã que os compradores, vindos da Flandres ou 
da Itália, procuravam por toda a parte. Para satisfazê-los, as raças foram melhoradas 
através do aumento progressivo das suas dimensões. Esse crescimento prosseguiu 
durante todo o século XIII, as abadias da Ordem de Cister, onde eram utilizados os 
métodos mais racionais de criação de gado, desempenharam certamente um papel 
determinante nesse aperfeiçoamento. 
 
DUBY. G. Economia rural e vida no campo no Ocidente medieval. Lisboa: Estampa, 
1987 (adaptado). 
 
 
O texto aponta para a relação entre aperfeiçoamento da atividade pastoril e avanço 
técnico na Europa ocidental feudal, que resultou do(a) 
a) crescimento do trabalho escravo. 
b) desenvolvimento da vida urbana. 
c) padronização dos impostos locais. 
d) uniformização do processo produtivo. 
e) desconcentração da estrutura fundiária. 
 
3. (Enem 2014) Sou uma pobre e velha mulher, 
Muito ignorante, que nem sabe ler. 
Mostraram-me na igreja da minha terra 
Um Paraíso com harpas pintado 
E o Inferno onde fervem almas danadas, 
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra. 
 
VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999. 
 
Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes 
nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o 
objetivo de 
a) refinar o gosto dos cristãos. 
b) incorporar ideais heréticos. 
 
 
 
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c) educar os fiéis através do olhar. 
d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
 
4. (Enem 2019) O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para 
criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os 
nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este 
último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas 
tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz 
no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade 
Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram 
perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a 
Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã. 
 
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos 
católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado). 
 
 
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas 
descritas, que consistem em 
a) promoção de atos ecumênicos. 
b) fomento de orientação bíblicas. 
c) apropriação de cerimônias seculares. 
d) retomada de ensinamentos apostólicos. 
e) ressignificação de rituais fundamentalistas. 
 
5. (Enem PPL 2019) A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia deve ter 
favorecido também a vontade de rejeição dos fantasmas pela cultura cristã. Várias 
passagens dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com relação a 
um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou 
ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, 
numerosos mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus 
discípulos), mas tal milagre – o mais notório possível segundo as classificações 
posteriores dos hagiógrafos medievais – não é assimilável ao retorno de um 
fantasma. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de sua 
Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos mortos no fim dos tempos. 
 
SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das 
Letras, 1999. 
 
 
De acordo com o texto, a representação da morte ganhou novos significados nessa 
religião para 
a) extinguir as formas de ritualismo funerário. 
b) evitar a expressão de antigas crenças politeístas. 
c) sacramentar a execução do exorcismo de infiéis. 
d) enfraquecer a convicção na existência de demônios. 
e) consagrar as práticas de contato mediúnico transcendental. 
 
6. (Enem 2019) A cidade medieval é, antes de mais nada,uma sociedade da 
abundância, concentrada num pequeno espaço em meio a vastas regiões pouco 
povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam o 
artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também centro 
 
 
 
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de um sistema de valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do 
trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro, a inclinação para o luxo, o senso da 
beleza. E ainda um sistema de organização de um espaço fechado com muralhas, 
onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por 
torres. 
 
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 
2006. 
 
 
No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das 
atividades urbanas e a 
a) emancipação do poder hegemônico da realeza. 
b) aceitação das práticas usurárias dos religiosos. 
c) independência da produção alimentar dos campos. 
d) superação do ordenamento corporativo dos ofícios. 
e) permanência dos elementos arquitetônicos de proteção. 
 
7. (Enem 2018) Então disse: “Este é o local onde construirei. Tudo pode chegar aqui 
pelo Eufrates, o Tigre e uma rede de canais. Só um lugar como este sustentará o 
exército e a população geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas para a sua 
construção, e deitou o primeiro tijolo com sua própria mão, dizendo: “Em nome de 
Deus, e em louvor a Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”. 
 
AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Cia. das Letras. 1995 
(adaptado). 
 
 
A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de construir Bagdá nesse local orientou-se 
pela 
a) disponibilidade de rotas e terras férteis como base da dominação política. 
b) proximidade de áreas populosas como afirmação da superioridade bélica. 
c) submissão à hierarquia e à lei islâmica como controle do poder real. 
d) fuga da península arábica como afastamento dos conflitos sucessórios. 
e) ocupação de região fronteiriça como contenção do avanço mongol. 
 
8. (Enem PPL 2018) TEXTO I 
 
É da maior utilidade saber falar de modo a persuadir e conter o arrebatamento dos 
espíritos desviados pela doçura da sua eloquência. Foi com este fim que me apliquei 
a formar uma biblioteca. Desde há muito tempo em Roma, em toda a Itália, na 
Germânia e na Bélgica, gastei muito dinheiro para pagar a copistas e livros, ajudado 
em cada província pela boa vontade e solicitude dos meus amigos. 
 
GEBERTO DE AURILLAC. Lettres. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História 
da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. 
 
 
TEXTO II 
 
Eu não sou doutor nem sequer sei do que trata esse livro; mas, como a gente tem 
que se acomodar às exigências da boa sociedade de Córdova, preciso ter uma 
biblioteca. Nas minhas prateleiras tenho um buraco exatamente do tamanho desse 
 
 
 
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livro e como vejo que tem uma letra e encadernação muito bonitas, gostei dele e 
quis comprá-lo. Por outro lado, nem reparei no preço. Graças a Deus sobra-me 
dinheiro para essas coisas. 
 
AL HADRAMI. Século X. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. A Península Ibérica entre o 
Oriente e o Ocidente: cristãos, judeus e muçulmanos. São Paulo: Atual, 2002. 
 
 
Nesses textos do século X, percebem-se visões distintas sobre os livros e as 
bibliotecas em uma sociedade marcada pela 
a) difusão da cultura favorecida pelas atividades urbanas. 
b) laicização do saber, que era facilitada pela educação nobre. 
c) ampliação da escolaridade realizada pelas corporações de ofício. 
d) evolução da ciência que era provocada pelos intelectuais bizantinos. 
e) publicização das escrituras, que era promovida pelos sábios religiosos. 
 
9. (Enem 2018) A existência em Jerusalém de um hospital voltado para o alojamento 
e o cuidado dos peregrinos, assim como daqueles entre eles que estavam cansados 
ou doentes, fortaleceu o elo entre a obra de assistência e de caridade e a Terra Santa. 
Ao fazer, em 1113, do Hospital de Jerusalém um estabelecimento central da ordem, 
Pascoal II estimulava a filiação dos hospitalários do Ocidente a ele, sobretudo 
daqueles que estavam ligados à peregrinação na Terra Santa ou em outro lugar. A 
militarização do Hospital de Jerusalém não diminuiu a vocação caritativa primitiva, 
mas a fortaleceu. 
 
DEMURGER, A. Os Cavaleiros de Cristo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002 
(adaptado). 
 
 
O acontecimento descrito vincula-se ao fenômeno ocidental do (a) 
a) surgimento do monasticismo guerreiro, ocasionado pelas cruzadas. 
b) descentralização do poder eclesiástico, produzida pelo feudalismo. 
c) alastramento da peste bubônica, provocado pela expansão comercial. 
d) afirmação da fraternidade mendicante, estimulada pela reforma espiritual. 
e) criação das faculdades de medicina, promovida pelo renascimento urbano. 
 
10. (Enem (Libras) 2017) Entre o século XII e XIII, a recrudescência das 
condenações da usura é explicada pelo temor da Igreja ao ver a sociedade abalada 
pela proliferação da usura, quando muitos homens abandonam sua condição social, 
sua profissão, para tornarem-se usuários. No século XIII, o papa Inocêncio IV teme 
a deserção dos campos, devido ao fato de os camponeses terem se tornado usurários 
ou estarem privados de gado e de instrumentos de trabalho pertencentes aos 
possuidores de terras, eles próprios atraídos pelos ganhos da usura. A atração pela 
usura ameaça a ocupação dos solos e da agricultura e traz o espectro da fome. 
 
LE GOFF, J. A bolsa e a vida: economia e religião na Idade Média. São Paulo: 
Brasiliense, 2004 (adaptado). 
 
 
A atitude da Igreja em relação à prática em questão era motivada pelo interesse em 
a) suprimir o debate escolástico. 
b) regular a extração de dízimos. 
c) diversificar o padrão alimentar. 
 
 
 
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d) conservar a ordem estamental. 
e) evitar a circulação de mercadorias. 
 
11. (Enem 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em 
três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham. Essas três partes que 
coexistem não suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a 
condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o 
conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz. 
 
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. 
Lisboa: Sá da Costa, 1981. 
 
 
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. 
Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, 
respectivamente, em: 
a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas. 
b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. 
c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. 
d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária. 
e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica. 
 
12. (Enem 2015) 
 
 
 
 
 
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Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a 
concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário 
medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. 
Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo 
a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. 
b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do 
trabalhador. 
c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. 
d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. 
e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 
 
13. (Enem 2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – noOcidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções 
comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como 
um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a 
divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência 
as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade 
de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com 
as cidades. 
 
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010 
 
 
O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia 
o(a) 
a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. 
b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho. 
c) importância organizacional das corporações de ofício. 
d) progressiva expansão da educação escolar. 
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 
 
14. (Enem PPL 2014) Veneza, emergindo obscuramente ao longo do início da Idade 
Média das águas às quais devia sua imunidade a ataques, era nominalmente 
submetida ao Império Bizantino, mas, na prática, era uma cidade-estado 
independente na altura do século X. Veneza era única na cristandade por ser uma 
comunidade comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um 
surpreso observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam 
negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas também se 
relacionaram com mercadores do islã. 
 
FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à Reforma. Rio 
de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. 
 
 
A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média, dinamizadas por centros 
como Veneza, reflete o(a) 
a) importância das cidades comerciais. 
b) integração entre a cidade e o campo. 
c) dinamismo econômico da Igreja cristã. 
d) controle da atividade comercial pela nobreza feudal. 
e) ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais. 
 
15. (Enem PPL 2013) Queixume das operárias da seda 
 
 
 
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Sempre tecemos panos de seda 
E nem por isso vestiremos melhor [...] 
 
Nunca seremos capazes de ganhar tanto 
Que possamos ter melhor comida [...] 
 
Pois a obra de nossas mãos 
Nenhuma de nós terá para se manter [...] 
 
E estamos em grande miséria 
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para 
quem trabalhamos 
 
Grande parte das noites ficamos acordadas 
E todo o dia para isso ganhar 
 
Ameaçam-nos de nos moer de pancada 
Os membros quando descansamos 
 
E assim, não nos atrevemos a repousar. 
 
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: 
Edições 70, 1992. 
 
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa Ocidental durante a 
Baixa Idade Média, o texto apresenta a seguinte situação: 
a) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal. 
b) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades. 
c) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento. 
d) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas. 
e) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu trabalho. 
 
16. (Enem 2011) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval 
nascido talvez de um profundo 
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo 
modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada 
por portas e por uma muralha. 
 
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada 
da 
Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
 
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade 
Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este 
processo está diretamente relacionado com 
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. 
b) a migração de camponeses e artesãos. 
c) a expansão dos parques industriais e fabris. 
d) o aumento do número de castelos e feudos. 
e) a contenção das epidemias e doenças. 
 
 
 
 
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17. (Enem 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática 
quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de 
uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um 
historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que 
se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades. 
No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, 
a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais 
importante era a democracia experimentada pelos vivos. 
b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, 
preocupando-se mais com a salvação da alma. 
c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela 
observância da hierarquia social. 
d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a 
burguesia fazia para sepultar seus mortos. 
e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações 
sociais, abandona-se a prática do luto. 
 
18. (Enem cancelado 2009) A lei dos lombardos (Edictus Rothari), povo que se 
instalou na Itália no século VII e era considerado bárbaro pelos romanos, estabelecia 
uma série de reparações pecuniárias (composições) para punir aqueles que 
matassem, ferissem ou aleijassem os homens livres. A lei dizia: “para todas estas 
chagas e feridas estabelecemos uma composição maior do que a de nossos 
antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada depois de aceita a 
dita composição e não seja mais exigida nem permaneça o desgosto, mas dê-se a 
causa por terminada e mantenha-se a amizade.” 
 
ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1976 
(adaptado). 
 
A justificativa da lei evidencia que 
a) se procurava acabar com o flagelo das guerras e dos mutilados. 
b) se pretendia reparar as injustiças causadas por seus antepassados. 
c) se pretendia transformar velhas práticas que perturbavam a coesão social. 
d) havia um desejo dos lombardos de se civilizarem, igualando-se aos romanos. 
e) se instituía uma organização social baseada na classificação de justos e injustos. 
 
19. (Enem 2009) A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja 
memória é construída e reconstruída segundo as circunstâncias das épocas 
posteriores. Assim, desde o Renascimento, esse período vem sendo alvo de diversas 
interpretações que dizem mais sobre o contexto histórico em que são produzidas do 
que propriamente sobre o Medievo. 
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é 
a) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano 
Germânico. 
b) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio 
Vaticano II. 
c) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos 
primeiros cristãos. 
d) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude 
de poderes que tivera Carlos Magno. 
e) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas 
produções cinematográficas de Hollywood. 
 
 
 
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20. (Enem PPL 2009) As imagens nas figuras a seguir ilustram organizações 
produtivas de duas sociedades do passado. 
 
 
 
 
 
 
O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das atividades fundamentais 
para a estruturação e o desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 
1 e 2. Nessas figuras, as características arquitetônicas, tecnológicas e sociais 
retratam, respectivamente, 
a) o agrarismo romano eo escravismo grego. 
b) a pecuária romana e a agricultura escravista grega. 
c) a maquinofatura medieval e a pecuária na Antiguidade. 
d) a agricultura escravista romana e o feudalismo medieval. 
e) o feudalismo medieval e a agricultura familiar no Antigo Egito. 
 
21. (Enem PPL 2009) Os faraós das primeiras dinastias construíam grandes 
pirâmides para proteger as suas câmaras mortuárias. Conforme a crença egípcia 
antiga, a alma vagaria sem destino se o corpo, sua habitação, fosse destruído. No 
Egito contemporâneo, os muçulmanos são sepultados envoltos apenas em mortalhas, 
poucas horas após a morte, em túmulos simples e sem identificação individual. 
 
A diferença entre as grandes pirâmides de outrora e os ritos e túmulos simples de 
 
 
 
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hoje deve-se ao fato de a religião muçulmana 
a) ser descrente quanto à existência de vida após a morte. 
b) ter surgido, precisamente, como reação contra a religião dos faraós. 
c) entender como errado construir pirâmides só para os ricos, e não, para todos. 
d) querer evitar os assaltos aos monumentos funerários, que eram comuns no Egito 
antigo. 
e) ignorar o corpo como morada da alma e considerar os homens como iguais frente 
à morte. 
 
 
 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [D] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
No ano de 395, o imperador romano Teodósio dividiu o império romano em duas 
partes: Império Romano do Oriente, capital Constantinopla e o Império Romano do 
Ocidente capital Roma. Em 476 ocorreu a queda do Império Romano do Ocidente, 
marcando o final do mundo antigo e o início da Idade Média. A partir daí o Império 
Romano do Oriente conhecido como Império Bizantino foi retomando suas raízes 
gregas e se distanciando do modo de vida da Europa. Enquanto a Europa foi se 
ruralizando e ganhando uma fachada feudal, o Império Bizantino desenvolveu um 
comércio, possuía poder político centralizado e uma vida urbana mais dinâmica. 
Gabarito [D]. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
A relação que os europeus nutriram com os habitantes da cidade de Constantinopla 
está muito próxima àquilo que podemos denominar como etnocentrismo. Por não 
se identificarem com as dinâmicas econômicas e culturais da cultura local, os 
europeus passaram a nutrir esse sentimento de desdém, ainda que tivessem algum 
desconforto com isso. 
 
Resposta da questão 2: 
 [B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] 
A alternativa [B] está correta porque o crescimento das cidades na Europa feudal 
em paralelo ao crescimento demográfico aumenta o consumo dos produtos gerando 
o aperfeiçoamento das raças com métodos mais racionais na criação do gado. As 
alternativas incorretas são: [A], porque o trabalho escravo não está associado ao 
consumo dos produtos; [C], [D] e [E] porque não havia padronização dos impostos, 
uniformização de processo produtivo e desconcentração fundiária, e estes não 
alavancariam a melhoria das raças. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
Ao final da chamada Baixa Idade Média, momento de surgimento da cultura 
renascentista, algumas modificações importantes marcaram a vida europeia. 
Dentre tais modificações, o ressurgimento das cidades e do comércio merece 
destaque. Esses ressurgimentos contribuíram para um novo desenvolvimento da 
vida urbana. 
 
Resposta da questão 3: 
 [C] 
 
As imagens das igrejas católicas do Medievalismo serviam para ensinar os fiéis os 
perigos advindos da prática imperfeita da religião e os benefícios adquiridos a partir 
da boa prática. O trecho “Um Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde fervem 
almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro me aterra” é demonstrativo disso. 
 
Resposta da questão 4: 
 [C] 
 
 
 
 
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Após a adoção do Cristianismo como religião oficial na Europa Ocidental e, 
principalmente, a partir do início do Feudalismo (século V), a Igreja Católica, diante 
da necessidade de conversão dos pagãos à nova religião, acabou por sincretizar 
celebrações seculares (ou seja, pagãs) aos ritos católicos. 
 
Resposta da questão 5: 
 [B] 
 
Quando institucionalizado, o Cristianismo formou-se a partir da junção de rituais 
pagãos romanos e de ensinamentos do próprio Cristo durante sua passagem pelo 
Império Romano. Ao longo do tempo, a Igreja Católica tratou de moldar as práticas 
cristãs de modo que as mesmas fossem deixando os rastros do paganismo para 
trás. Como Roma era politeísta antes da adoção do Cristianismo, quando falamos 
em paganismo estamos falando das práticas religiosas politeístas dos romanos. 
 
Resposta da questão 6: 
 [E] 
 
O autor, ao afirmar que a cidade medieval também era um “sistema de organização 
de um espaço fechado com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por 
ruas e praças e que é guarnecido por torres”, deixa claro que entre os séculos X e 
XIV coexistiram na Europa Ocidental estruturas de ampliação das atividades 
urbanas e resquícios da Alta Idade Média, especialmente aqueles relacionados à 
proteção dos lugares. 
 
Resposta da questão 7: 
 [A] 
 
Ao mudar a capital do Império Árabe de Damasco para Bagdá, o califa Al-Mansur 
levou em consideração a geografia do lugar e o quanto ela favoreceria as práticas 
econômicas e comerciais do Império. 
 
Resposta da questão 8: 
 [D] 
 
A leitura em Bizâncio era uma prática cultural, que envolvia a construção de 
espaços sociais e atingia todos os segmentos da sociedade. Durante a Baixa Idade 
Média, a influência dos intelectuais bizantinos chegou ao Ocidente, provocando os 
fenômenos presentes nos textos. 
 
Resposta da questão 9: 
 [A] 
 
As Cruzadas, guerra santa deflagrada pela Igreja Católica contra os muçulmanos 
pelo domínio de Jerusalém, obrigou monges de várias ordens a mesclar funções 
religiosas com funções militares. Dentre tais ordens podemos citar a dos 
Hospitalários, a dos Templários e a dos Teutônicos. 
 
Resposta da questão 10: 
 [D] 
 
Uma das principais funções da Igreja Católica durante o Feudalismo era garantir e 
embasar a hierarquização social, ou seja, a supremacia de algumas classes sobre 
 
 
 
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outras. No caso, clero e nobreza exploravam os servos. No texto, fica clara a 
preocupação da Igreja com a prática da usura pelos servos, uma vez que isso os 
estava afastando dos trabalhos nas terras senhoriais. 
 
Resposta da questão 11: 
 [A] 
 
A ideologia apresentada no texto tem como objetivo reforçar a divisão estamental 
da Idade Média – “uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham”. E os 
movimentos que mais se opuseram a isso foram as Revoltas Camponesas. 
 
Resposta da questão 12: 
 [D] 
 
Nota-se, pelas imagens, que os homens medievais contavam seu tempo através 
dos ciclos agrícolas, denotando, assim, uma concepção de tempo natural. 
 
Resposta da questão 13: 
 [B] 
 
O desenvolvimento urbano e o renascimento cultural promoveram transformações 
na sociedade, como o surgimento de novas profissões urbanas, promovendo, 
também, uma nova divisão do trabalho. 
 
Resposta da questão 14: 
 [A] 
 
As chamadas cidades comerciais – como Gênova e Veneza – foram muito 
importantes para o renascimento urbano-comercial e para a superação da crise 
agrícola do fim do Feudalismo. Nessas cidades o comércio renasceu primeiro, a 
burguesia primeiro se formou, e as bases econômicas da Era Moderna se fundaram. 
 
Resposta da questão 15: 
 [A] 
 
Nas passagens “estamos em grande miséria, mas, com os nossos salários, 
enriquece aquele para quem trabalhamos” e “ameaçam-nos de nos moer de 
pancada os membros quando descansamos” podemos notar a coerção dos 
trabalhadores durante o período retratado. 
 
Resposta da questão16: 
 [A] 
 
O final da Idade Média é caracterizado por um processo de transformações 
socioeconômicas que envolveram as cidades. Se durante a Alta Idade Média a 
cidade manteve-se isolada, durante a Baixa Idade Média ela tendeu a crescer, 
impulsionada por maior circulação de mercadorias provenientes do oriente. O 
Renascimento, comercial e urbano, possibilitaram o surgimento da burguesia e das 
raízes do processo de acumulação de capitais. 
 
Resposta da questão 17: 
 [C] 
 
 
 
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Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até a época da peste 
negra. No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, 
quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. O 
sepultamento era restrito aos homens livres. Negros (escravos) e os indigentes 
eram enterrados. A difirenciação no tratamento dispensado ao mortos, evidencia a 
forte hierarquização existente na sociedade colonial do Brasil. 
 
Resposta da questão 18: 
 [C] 
 
O Edito de Rotário (Edictus Rothari) foi promulgado pelo rei lombardo Rotário 
em 643. Com 388 artigos e redigido em latim, abrangia não somente a tradição 
nacional lombarda, mas também outras legislações bárbaras e também o direito 
romano (justiniano e pré-justiniano). 
A maior novidade introduzida pela legislação de Rotário foi a abolição da faida, isto 
é, da vingança privada, e sua substituição pelo guidrigildo, uma compensação em 
dinheiro do ofensor a quem havia sofrido o dano (ou a seus parentes em caso de 
homicídio). O guidrigildo representava o valor de uma pessoa e não era um valor 
fixo segundo a gravidade objetiva da ofensa sofrida, mas variava segundo a 
condição jurídica e a função exercida pela pessoa que havia sofrido o dano. 
 
Resposta da questão 19: 
 [A] 
 
A questão alude à inspiração de Hitler para a construção do III Reich, no Sacro 
Império Romano Germânico, união de territórios de população predominantemente 
germânica da Europa Central remanescente do Império de Carlos Magno que 
perdurou da Idade Média até o início da Idade Contemporânea sob a autoridade do 
Sacro Imperador Romano (I Reich). O II Reich compreeende o Império Alemão 
entre 1871 e 1914, resultante do processo de unificação da Alemnha iniciado em 
meados do século XIX. 
 
Resposta da questão 20: 
 [E] 
 
Até a Revolução Industrial, a riqueza estava concentrada no campo e a terra era 
um fator importante nas relações sociais. As grandes civilizações da história desde 
a antiguidade até a Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, dependeram do trabalho 
no campo. As imagens mostram isso, a primeira aponta para a estrutura do feudo 
no contexto do feudalismo medieval e a segunda imagem faz referência ao Egito 
Antigo, a lei da frontalidade é uma marca da arte dessa civilização. Gabarito [E]. 
 
Resposta da questão 21: 
 [E] 
 
Cada civilização possui sua cultura, valores, crenças, religião e a forma como 
concebe a morte. No caso do Egito Antigo, havia um politeísmo antropozoomórfico, 
acreditava na vida após a morte, daí a criação de uma arquitetura funerária. O 
Islamismo, uma religião monoteísta, possui outro entendimento em relação a 
morte. Gabarito [E]. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Col%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/1820
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa_Central
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Contempor%C3%A2nea
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imperador_Romano
 
 
 
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1. (Enem PPL 2012) 
 
 
A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do 
século XX, nos Estados Unidos da América, que se espalhou por diversos países e 
setores da economia e teve como resultado 
a) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a desenvolver um 
trabalho repetitivo. 
b) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional para cada homem 
em seu posto de trabalho. 
c) a organização do trabalho, que possibilitou ao trabalhador o controle sobre a 
mecanização do processo de produção. 
d) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da produção conjugado com 
a diminuição das áreas de estoque. 
e) as novas técnicas de produção, que provocaram ganhos de produtividade, 
repassados aos trabalhadores como forma de eliminar as greves. 
 
2. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu 
celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não 
diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste 
depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos 
aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas; há um fogo ótimo para cozinhá-
 
 
 
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las”. 
 
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 
(adaptado). 
 
 
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao 
seguinte processo socioespacial: 
a) Restrição da propriedade privada. 
b) Expropriação das terras comunais. 
c) Imposição da estatização fundiária. 
d) Redução da produção monocultora. 
e) Proibição das atividades artesanais. 
 
3. (Enem PPL 2018) A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira 
Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma 
maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem 
social muito distinta da que antes existia. 
 
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: 
Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002. 
 
 
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais: 
a) Burguesia e trabalhadores assalariados. 
b) Igreja e corporações de ofício. 
c) Realeza e comerciantes. 
d) Campesinato e artesãos. 
e) Nobreza e artífices. 
 
4. (Enem PPL 2018) O parlamento britânico aprovou uma lei, em 1835, cujo objetivo 
era regular o tráfego crescente nas principais vias no interior da Inglaterra, uma 
espécie de “código rodoviário”. A lei de 1835 estabeleceu a velocidade máxima de 4 
milhas por hora para veículos autopropulsionados. As regras foram revistas pelo 
parlamento em 1896, quando foi aumentada a velocidade máxima para 10 milhas. 
Em 1903, novamente elevou-se o limite de velocidade para 20 milhas por hora. Em 
1930, aboliu-se o limite de velocidade para carros e motos. 
 
ELIAS, N. Tecnização e civilização. In: ELIAS, N. Escritos e ensaios. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2006 (adaptado). 
 
 
O processo descrito alude à necessidade de atualização da legislação conforme 
a) as transformações tecnológicas. 
b) a renovação do congresso. 
c) os interesses políticos. 
d) o modo de produção. 
e) a opinião pública. 
 
5. (Enem 2ª aplicação 2016) Em virtude da importância dos grandes volumes de 
matérias-primas na indústria química – eram necessárias dez a doze toneladas de 
ingredientes para fabricar uma tonelada de soda –, a indústria teve uma localização 
bem definida quase que desde o início. Os três centros principais eram a área de 
 
 
 
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Glasgow e as margens do Mersey e do Tyne. 
LANDES, D. S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e 
desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até a nossa época. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. 
 
 
A relação entre a localização das indústrias químicas e das matérias-primas nos 
primórdios

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