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Assistência de pré-natal Lavínia Vasconcellos Patrus Pena 2021 2021 · Cálculo da data provável de parto: +7 dias -3 meses · Conjunto de medidas e protocolos de condutas que tem por objetivo assegurar, no fim da gestação, nascimento de uma criança saudável e garantia do bem estar materno-fetal · Objetivos principais de acordo com o Ministério da Saúde · Anamnese (informações demográficas e pessoais, antecedentes clínicos pessoas, familiares, ginecológicos, menstruais e obstétricos, história obstétrica atual, informações e riscos psicossociais) e exame clínico-obstétrico · Avalição do estado nutricional · Imunização antitetânica · Prevenção/diagnóstico de câncer de colo uterino e mama -> exame preventivo pode ser realizado até a 28ª semana de gestação · Atenção à mulher e ao RN na 1ª semana após o parto · Consulta puerperal até o 42º dia pós parto · Estímulo ao parto normal · Orientação sobre direitos sexuais, sociais e trabalhistas · Gestação indesejada: acompanhamento e abordagem multidisciplinares, de forma acolhedora, singular e integral -> detecção precoce de problemas · Pacientes vítimas de violência sexual: prosseguir com a gestação e assumir a maternidade, adoção, aborto · Periodicidade das consultas · Ideal seria uma consulta pré-concepcional e o início das consultas o + precoce possível Até 14 sem 15-28 sem 29-42 sem 1 consulta 2 consultas 3 consultas · Término do pré-natal 42 dias após o parto · Protocolo da prefeitura: consultas: Até 32 sem 33-36 sem 37-42 sem mensais quinzenais semanais 1ª consulta · Classificar o risco pré-natal, definir a condição de saúde da mãe e do feto, estimar a idade gestacional, iniciar o planejamento e o acompanhamento do pré-natal Maternidade de referência · Cada centro de saúde referenciado para uma maternidade · Rede de maternidades públicas de BH e região metropolitana · Direcionamento conforme a região de residência da paciente Imunizações · Indicadas: · Hepatite B (1ª dose, 2ª dose 1 mês depois, 3ª dose 6 meses depois da 1ª dose) · dT: 1ª dose; 2ª dose intervalo mínimo de 30 dias após dTpa · dTpa: 1 dose a partir de 20 semanas para todas as gestantes independente do status vacinal anterior, intervalo mínimo de 30 dias após 1ª dT · Gripe: em qualquer momento da gravidez durante campanha · Não indicadas (vacinas com vírus ativo): tríplice viral, HPV, dengue, varicela, sarampo, caxumba, poliomielite, rubéola (vírus atenuado -> perigo de transmissão vertical) Imunológico Recomendação Esquema Vacina contra influenza Gestantes em qualquer período gestacional Dose única durante campanha anual contra influenza Vacina contra hepatite B Gestante em qualquer período gestacional Na impossibilidade de realizar anti-HBs, deve-se avaliar o estado vacinal da paciente. Gestante com confirmação de esquema vacinal completo prévio: não necessário vacinar novamente. Gestante sem confirmação de estado vacinal anterior: vacinar de acordo com o esquema proposto. 3 doses com intervalo de 30 dias entre 1ª e 2ª e de 180 dias entre 1ª e 3ª. Vacina dupla do tipo adulto – dT Gestantes em qualquer período gestacional Situação e condutas para a vacinação de gestantes com dT e dTpa * Vacina dTpa (tétano, coqueluche, difteria) Administrar 1 dose a partir da 20ª semana de gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, administrar 1 dose de dTpa no puérpero, o + precocemente possível. Dose única Situação e condutas para a vacinação de gestantes com dT e dTpa · * Situações e condutas para a vacinação de gestantes com dT e dTpa Situação das gestantes Conduta Não vacinadas previamente Administrar 3 doses de vacinas contendo toxoides tetânico e diftérico com intervalo de 60 dias entre as doses. Administrar as 2 doses de dT e a última de dTpa (após 20ª sem) Vacinadas com 1 dose de dT Administrar 1 dose de dT e 1 dose de dTpa (após 20ª sem) com intervalo de 60 dias entre as doses mínimo de 30 dias Vacinadas com 2 doses de dT Administrar 1 dose de dTpa na 20ª semana Vacinadas com 3 doses de dT Vacinadas com 3 doses de dT e com dose de reforço há menos de 5 anos Vacinadas com 3 doses de dT e com dose de reforço há + de 5 anos · Vacinas em situações especiais: febre amarela, raiva, pneumocócica, meningocócica, coronavírus Avaliação nutricional · Não fazer jejum prolongado (risco de hipoglicemia), não ter ausência ou excesso de carboidratos e gorduras, quantidade calórica varia de acordo com o IMC das gestantes · Ganho de peso inferior ao ideal: restrição do crescimento fetal e parto prematuro · Ganho de peso superior ao ideal: macrossomia fetal e aumento na taxa de cesáreas Estado nutricional inicial (IMC) Recomendação de ganho de peso (Kg) semanal médio no 2º e 3º trimestres Recomendação de ganho de peso (Kg) total na gestação Baixo peso (< 18,5) 0,5 (0,44-0,58) 12,5-18 Adequado (18,5-24,9) 0,4 (0,35-0,5) 11,5-16 Sobrepeso (25-29) 0,3 (0,23-0,33) 7-11,5 Obesidade (> 30) 0,2 (0,17-0,27) 5-9 Suplementação vitamínica na gestação · Ácido fólico: 400 mg/dia (até 4mg/dia para gestantes de alto risco) · Iniciar preferencialmente 30 dias antes da concepção e manter até 12ª semana de gestação · Causas: diminuição da absorção, inadequada utilização e maior demanda do nutriente pelo organismo materno · Ferro elementar: 40mg/dia em mulheres sem anemia (30-60mg) = dose de profilaxia · Para sulfato ferroso: multiplicar a dose do ferro elementar por 5 · A partir da 20ª semana: sais de ferro provenientes apenas da dieta são insuficientes · Na gestação: aumento das necessidades de ferro por causa da captação de 15-20% de ferro total do plasma materno pela placenta e pelo feto e por causa da expansão da volemia · Ômega 3: 1g/dia no 3º trimestre, indicado em mulheres com baixa ingestão de peixes · Cálcio: 1g/dia em mulheres com baixa ingestão de leite e derivados -> prevenção de pré-eclâmpsia · Vitamina D: 0,6-1g/dia em mulheres de risco para hipovitaminose D · Exposição solar 5-15 minutos/dia entre 10h e 15h Avalição odontológica por encaminhamento · Sem contraindicação para tratamento odontológico sob anestesia local · Orientar uso de avental de chumbo para proteção abdominal caso tenha necessidade de radiografia Avaliação de queixas comuns do pré-natal · Também orientar sobre possíveis queixas esperadas na gestação · Prescrição de sintomáticos conforme necessidade · Antiemético: Dramim, Meclim, Plasil -> Vonal: estudos controversos -> não é 1ª escolha no 1º trimestre · Analgésico · Antifisético: remédios para gases · Antiespasmódico: remédios para cólicas como buscopan · Antiácido: categoria C na gestação -> refluxo e azia tratados primeiramente com mudança de hábitos, depois com hidróxido de sódio para neutralizar o conteúdo ácido do estômago para diminuir a sensação do refluxo, depois medicamentos · Também orientar hábitos alimentares saudáveis para tratar os sintomas da paciente principalmente no 1º trimestre: evitar jejum prolongado e grandes porções, preferência a alimentos gelados e cítricos (gengibre ajuda nas náuseas), hidratação (evitar hipotensão postural) · Varizes: repouso dos MMII com elevação deles e uso de meias elásticas Solicitação de exames se necessários ou de rotina · Exames de radiação não indicados de rotina -> caso necessário: pesar custo-benefício · Exames de rotina: tipagem sanguínea/Rh (proteína na superfície das hemácias) pelo coombs indireto, eletroforese de Hb, citologia oncótica (sob indicação), TOTG (entre 24-28 semanas ou se paciente tiver fatores de risco), Hb e Ht, glicemia em jejum, urina tipo 1 e urocultura, toxoplasmose, HbsAg, teste rápido ou sorologia para HIV e sífilis Coombs indireto · Avalia o soro do sangue, identificando os anticorpos ali presentes · Pacientes Rh negativos (hemácias das pacientes não apresentam a proteína Rh): mensalmente -> normalmente não se testa Du (antígeno de superfície de hemácia) · Pai Rh positivo: risco de isoimunização -> coombs indireto mensalmente após 24 semanas Eletroforese de Hemoglobina · Frequência altade traço falciforme na população brasileira · Fazer na mãe e no pai -> mãe apenas com um A -> segue no risco habitual · Encaminhar para pré-natal de alto risco: Hb SS e Hb SC · Teste do pezinho: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, deficiência de biotinidase, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita -> feito na 1ª semana de vida Hemoglobina e Hematócrito · Hemodiluição fisiológica da gestação de início da 6ª semana -> + acentuada no 2º trimestre -> volume máximo em torno da 32ª semana · Níveis de hemoglobina na normalidade da gravidez: 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre > 11 > 10,5 > 11 · Suplementação profilática de ferro a partir da 20ª semana: 40mg de ferro elemento -> 1 comprimido/dia, 3 minutos antes do almoço · Hb entre 8-10: anemia leve a moderada · Pesquisar parasitose intestinal · Iniciar tratamento com sulfato ferroso: 120-160mg de ferro elemento/dia = 2 comprimidos 30 minutos antes do almoço + 2 comprimidos 30 minutos antes do jantar · Repetir hemograma em 30 dias · Se melhora: manter tratamento com sulfato ferroso por 3 meses e repetir hemograma em 60 dias · Se piora: encaminhar gestante ao pré-natal de alto risco · < 8: anemia agrave: encaminhar gestante ao pré-natal de alto risco Glicemia em jejum · 1ª metade: anabolismo: aumento resposta insulínica à glicose e diminuição de 10-20% nos valores de glicemia de jejum -> tendência à hipoglicemia de jejum < 93 92-125 > 126 normal repetir imediatamente glicemia de jejum diabetes melito gestacional · 2ª metade: catabolismo (aumento dos hormônios contra-insulínicos) -> tendência à hiperglicemia principalmente pós-prandial -> TOTG entre 24-28 sem Glicemia jejum Glicemia 1h Glicemia 2h < 92 < 180 < 153 · Fatores de risco para DMG: 1ª consulta pedir TOTG · Idade > 25 anos, etnia hispânica, asiática, negros, latino-americanos · Obesidade e ganho de peso excessivo de peso na gestação atual · Disposição central de gordura, baixa estatura (<150 cm) · HF de DM2 em parentes de 1º grau · HAS, PE, poliidramnio e crescimento fetal excessivo na gestação atual · Antecedentes obstétricos de macrossomia, morte fetal/neonatal e malformações, filho macrossômico anterior (> 4kg) · Antecedentes de intolerância a carboidrato, DMG anterior, SOP Urina tipo 1 e Urocultura · Alterações fisiológicas: redução da capacidade vesical, aumento do resíduo urinário, refluxo vesicoureteral -> maior risco da paciente desenvolver: bacteriúria assintomática, ITU baixa, ITU alta e sepse · Complicações para o feto: CIUR (crescimento intrauterino restrito), RN de baixo peso, abortamento Toxoplasmose · Investigação laboratorial pela detecção dos anticorpos IgG e IgM por meio do método Elisa · Maioria dos casos assintomática: considerar esse diagnóstico diferencial em todo pico febril ou adenomegalia · IgG e IgM negativos = paciente susceptível -> acompanhamento sorológico mensal até 36 semanas de gestação · IgG positivo e IgM negativo = paciente imune -> sem necessidade de repetir o exame · Complicações: coriorretinite, calcificações cerebrais, hidrocefalia, microcefalia, hepatoesplenomegalia, cegueira, surdez, convulsões · 1º trimestre: menor transmissão pala placenta e maior gravidade de infecção fetal · IgG e IgM positivos: teste de avidez para ver se a infecção ocorreu antes (alta avidez) ou durante a gestação (baixa avidez) · 3º trimestre: maior risco de transmissão pela placenta e menor gravidade de infecção fetal HbsAg ou teste rápido de hepatite B · -: vacinação, caso não tenha sido imunizada · +: risco de transmissão vertical Teste rápido ou sorologia (HIV e sífilis) · Anti-HIV ou teste rápido de diagnóstico de HIV · -: repetir no 3º trimestre · +: risco de transmissão vertical · Rastreamento para sífilis: 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre VDRL teste rápido 25-28 sem: VDRL 33-36 sem: teste rápido · Se rastreamento positivo: iniciar tratamento independente da realização do teste confirmatório · Testes confirmatório para sífilis: teste rápido, FTA-ABS, TPHA · Rastreamento falso-positivo: terminar o tratamento iniciado depois de um teste positivo antes dos testes confirmatórios Orientar profilaxia de contaminação · De infecções potencialmente lesivas ao feto ou de outras substâncias, como cigarro, álcool, drogas 2º trimestre · Coombs indireto: se paciente Rh negativo -> mensalmente porque paciente e feto têm risco de serem sensibilizadas · Teste rápido entre 21-24 semanas · TOTG entre 24-28 semanas em pacientes com glicemia em jejum normal na 1ª consulta 3º trimestre · Hb e Ht, urina tipo I e urocultura, toxoplasmose, HBsAg · Teste rápido/sorologia -> HIV e sífilis (VDRL entre 25-28 semanas e TR entre 33-36 semanas) -> no SUS: todas as pacientes admitidas para parto fazem o exame; nos hospitais particulares, somente se não fizeram no 3º trimestre Ultrassonografia · De rotina em gestantes de baixo risco: sem benefícios à mãe ou ao recém-nascido (A) · Decisão de incorporar ou não o US na rotina do pré-natal: considerar recursos disponíveis, qualidade dos serviços de saúde e características e expectativas dos casais · Ministério da Saúde preconiza a realização de 1 US obstétrica por gestante 1º trimestre · IG < 11 semanas: · Gestação intrauterina ou não · No de fetos: corionicidade e amniocidade na gestação gemelar · Viabilidade fetal · Localização do saco gestacional · Datação da gravidez -> US precoce com margem de erro curta para datação · Embrião não visualizado = calculada pelo diâmetro médio do saco gestacional · Embrião visualizado = calculada pela medida do embrião: cumprimento cabeça nádega: determinar a idade gestacional até 13 semanas e 6 dias -> método + preciso (precisão de +/- 5 dias): membros e vesícula vitelínica não incluídos · IG 11-13 semanas e 6 dias -> malformações grosseiras e marcadores de risco de cromossomopatia · Cabeça · Pescoço: espessura da translucência nucal -> não dá o diagnóstico, é de rastreamento · Face: olhos, osso nasal, mandíbula, lábios · Coluna vertebral, tórax, abdome (estômago, bexiga e rins), parede abdominal, membros, cordão umbilical · Doppler das artérias uterinas: para avaliar risco de desenvolver pré-eclâmpsia · IP > 2,35 (média das 2 artérias) · Sensibilidade de 27% e especificidade de 95,4% · VPP de 11% · Doppler do ducto venoso: para avaliar risco de anomalias cromossômicas, cardiopatias congênitas e óbito fetal · Onda A reversa: fluxo sanguíneo reverso durante a contração atrial · Identificação do sexo fetal -> não é precisa: margem de erro em torno de 15-20% 2º trimestre · 18-24 semanas · Morfológico: identificar algumas malformações · Localização e posição da placenta em relação ao orifício interno do colo · Avaliação do comprimento do colo uterino · Risco de parto prematuro quando < 2,5 cm -> principal fator de risco: ter tido um anterior · Colo curto: prescrever progesterona · Malformações estruturais maiores · Avaliação das 4 câmaras cardíacas e saída dos grandes vasos · Doppler materno e fetal · 22-24 semanas: IP > 1,63 (média das 2 artérias -> sensibilidade 69%, especificidade 95,2% e VPP 7,2%) · Após 26 semanas (persistência das incisuras): VPN de 98,4% e de 9,8% · Identificação do sexo fetal 3º trimestre · Revisão sistemática pela biblioteca Cochrane: sem benefícios da US de rotina em gestações de baixo risco após a 24ª semana de gravidez (A) · Indicada apenas em condições clínicas que aumentam o risco de insuficiência placentária por exemplo · Datação não tão boa -> avaliada pelo crescimento fetal: neném muito grande aparece como + velho e vice-versa · Avaliação do crescimento fetal · Estimativa do líquido amniótico: medido em 4 quadrantes da barriga materna · Normoidramnia: maior bolsão entre 2-8 cm · Oligodramnio maior bolsão < 2cm · Biometria fetal, determinação da posição fetal, avaliação da vitalidade fetal · Sem indicação médica para paciente de baixo risco Orientações · Aleitamento materno · Cuidados com o recém-nascido e com a mulher no pós-parto (físico e emocional) · Cuidados para evitar o vírus da Dengue, febre amarela, Zikae Chikungunya -> passar repelente por cima da roupa e na área exposta de pele · Direitos da mulher (acompanhante na maternidade, licença maternidade e paternidade, direto à redução de jornada para a amamentação) · Benefícios para o parto normal · Recuperação após o nascimento + rápida · Complicações menos frequentes · Perda de sangue e possibilidade de infecção menores · Dor após o parto menor que em relação à cesariana · Amamentação + fácil · Ocorrem menos problemas respiratórios para o bebê · Menor chance do bebê nascer prematuro · Tempo de internação no hospital menor e sem necessidade de separar mãe e bebê · Passar pelo trabalho de parto: importante para o bebê que recebe estímulos e hormônios da mãe que contribuem para seu amadurecimento final · Para o bebê: menor chance de, na vida adulto, ter doenças como obesidade, hipertensão, asma e diabetes · Plano de parto: documento em que a futura mãe manifesta suas preferências e escolhas no que diz respeito ao trabalho de parto, o parto e o pós-parto, que devera ser elaborado de comum acordo com o obstetra durante as consultas pré-natais e com a equipe que irá assisti-la, sempre que possível · Amamentação · Importância logo após o parto (1ª hora) e do contato pele-a-pele mãe-bebê · Possíveis dificuldades e meio de preveni-las -> muitas mulheres idealizam a amamentação e se frustram ao se depararem com a realidade · Orientar a técnica (posicionamento e pega do bebê) adequada na prevenção de complicações relacionadas à amamentação · Estimular troca de experiências entre as mães que amamentam 3 lAVÍNIA VASCONCELLOS PATRUS pena
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