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INFECÇÃO URINÁRIA NA GRAVIDEZ

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INFECÇÃO URINÁRIA E GRAVIDEZ 
• É importante pois as consequências para a mãe e o feto são severas. 
• Existe um risco relativo (> 40%) de progressão para pielonefrite e aumenta o risco para pré-eclâmpsia, 
parto prematuro e baixo peso ao nascer. Possui prevalência de 5 – 10% na gestação. 
• OBS: ITU na gravidez são consideradas infecções complicadas. 
MODIFICAÇÕES E ADAPTAÇÕES ANATÔMICAS E FUNCIONAIS DO TRATO URINÁRIO NA 
GESTAÇÃO 
• Dilatação e hipotonia do sistema coletor 
(m.liso): devido a ação da progesterona. 
• Compressão e dextroversão uterina. 
• Relaxamento do esfíncter uretral. 
• Estase urinária. 
• Refluxo vésico-ureteral. 
• Glicosúria. 
• Modificações físico-químicas da urina. 
COMPLICAÇÕES DA ITU NA GRAVIDEZ 
• Trabalho de parto 
prematuro. 
• Prematuridade. 
• Baixo peso ao nascer. 
• Rotura prematura de 
membranas. 
• Corioamnionite. 
• Sepse materna e neonatal. 
• Anemia. 
• Insuficiência renal. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Bacteriúria assintomática em 2 – 10% das gestantes. Cistite aguda com prevalência de 1 – 4% e 
pielonefrite aguda com 0,5 – 2%. 
FATORES DE RISCO 
• Baixo nível socioeconômico. 
• Atividade sexual. 
• Idade avançada e multiparidade. 
• Anormalidades anatômicas do trato urinário. 
• Anemia falciforme. 
• Diabetes. 
MICROBIOLOGIA 
• Escherichia coli (63 – 85%); Klebsiella pneumoniae (8%); Staphylococcus (> 15%); S. aureus (> 8%); 
Streptococcus agalactiae (2 – 7%). 
CONSEQUÊNCIAS 
• Maternas: 
o Septicemia e choque. 
o Endometrite, 
corioamnionite. 
o Anemia. 
o Lesão renal crônica. 
o Obstrução urinária. 
o Abscesso e celulite 
perinefrética. 
o Insuficiência 
respiratória. 
• Perinatais 
o TPPT, PPT. 
o Corioamniorrexe prematura. 
o Corioamnionite. 
o RCIU, baixo peso ao nascer. 
o Óbito fetal. 
o RDNPM e Leucomalácia periventricular. 
FORMAS CLÍNICAS 
• Bacteriúria assintomática. 
• Infecção sintomática: cistite aguda e pielonefrite aguda. 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 
• É bacteriúria presente em mulheres assintomáticas com resultado da urocultura de: 100.000 UFC/ml em 
jato médio ou, 100 UFC/ml coletado por cateter diretamente na bexiga. 
• No pré-natal o screening de rotina entre 12 e 16 semanas, ou primeira consulta e, no terceiro trimestre. 
• O tratamento é o mesmo da cistite/uretrite, que estará no quadro abaixo. 
CISTITE/URETRITE 
• A uretrite é o quando tem acometimento uretral, disúria, polaciúria e ardor miccional. 
• Cistite é quando tem acometimento vesical, disúria, hematúria, polaciúria, tenesmo, urgência miccional, 
sem febre, dor abdominal e suprapúbica. 
 
• Usamos categoria C e D, se no antibiograma mostrar que a bactéria é resistente aos de categoria B. 
 
PIELONEFRITE AGUDA 
• Mais comum na gestação avançada, com 80 – 90% dos casos ocorrendo no segundo e terceiro trimestres. 
Tem incidência de 1 – 2% na gravidez. Usualmente, é uma consequência de uma ITU baixa não 
diagnosticada ou não tratada apropriadamente, ou uma complicação de 30 – 40% dos casos de 
bacteriúria assintomática não tratada. 
• A apresentação clínica é: febre, queda do estado geral, lombalgia, náuseas, vômitos, anemia, septicemia, 
choque séptico, insuficiência respiratória, insuficiência renal. O diagnóstico é clínico + laboratorial 
(urocultura com > 100.000 UFC/ml. 
• O tratamento da pielonefrite é hospitalar, pois o antibiótico é endovenoso. Após 48 horas de resolução 
dos sintomas, completar o tratamento por 10 a 14 dias. Na figura abaixo está a abordagem terapêutica de 
cistites complicadas ou pielonefrite. 
 
TRATAMENTO 
• Devemos sempre tratar logo após o diagnóstico firmado: manifestações clínicas (não esperar urocultura), 
ou seja, é um tratamento empírico. Em casos de bacteriúria assintomática, devemos aguardar a 
urocultura. 
• Na uretrite e cistite, o uso de antibiótico deve ser por 7 dias. O controle de tratamento é realizando a 
urocultura 7 dias após, seguida por 3 uroculturas mensais e depois, bimensais. 
REINFECÇÃO 
• 4 ou mais semanas após tratamento. 
• Agente diferente (cepa diferente). 
• Tratar novo episódio como episódio agudo. 
RECIDIVA 
• 2 semanas após tratamento pelo mesmo agente etiológico. 
• Geralmente, ocorre por falha de tratamento ou tratamento inadequado. 
PROFILAXIA COM ANTIBIÓTICOS DURANTE A GESTAÇÃO 
• Quando a gestante teve: 
o 2 ou mais episódios de ITU na gestação (qualquer forma). 
o 1 ITU baixa, complicada por hematúria franca e/ou febre. 
o 1 pielonefrite. 
o História de ITUs recorrentes antes da gestação. 
o 1 ITU baixa associado a fator de risco, sendo os seguintes fatores de risco: gestantes diabéticas, 
imunossuprimidas, litíase ou obstrução das vias urinárias, passado de infecção urinária, 
anormalidades congênitas ou funcionais do trato urinário, hemoglobinopatias, tabagista, hipertensas. 
 
QUANDO RASTREAR 
• Na primeira consulta de pré-natal. 
• Devemos repetir no terceiro trimestre. 
• E repetir trimestralmente se fatores de risco.

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