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Geriatria Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)

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@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
1 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA: 
 A AGA é sempre multidimensional e 
frequentemente interdisciplinar 
 Objetivo: determinar deficiências, 
incapacidades e desvantagens apresentadas 
pelo idoso, visando o planejamento do 
cuidado e o acompanhamento a longo prazo 
 Difere do exame clínico padrão por enfatizar a 
avaliação da capacidade funcional e da 
qualidade de vida, além de se basear em 
escalas e testes quantitativos 
 Possibilita aos geriatras ver os idosos como um 
todo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Benefícios para o idoso: 
 Complementa o exame clínico tradicional e 
melhora a precisão diagnóstica 
 Determina o grau e a extensão da 
incapacidade motora, mental e psíquica 
 Identifica o risco de declínio funcional 
 Permite uma avaliação de riscos e 
possibilidades no estado nutricional 
 Serve de guia para a escolha de medidas que 
visam restauras e preservar a saúde  
farmacoterapia, fisioterapia, terapia 
ocupacional, psicoterapia 
 Identifica fatores que predispõem a iatrogenias 
e permite estabelecer medidas preventivas 
 Estabelece parâmetros para o 
acompanhamento do paciente 
 Serve de orientação para mudanças e 
adaptações no ambiente em que o paciente 
vive, no sentido de reduzir as desvantagens e 
preservar sua independência 
 Estabelece critérios para a indicação de 
internação hospitalar ou em instituição de longa 
permanência (asilo) 
 
Benefícios da AGA a Nível Populacional: 
 Serve como medida precisa em estudos clínicos 
onde se avalia a capacidade funcional e a 
qualidade de vida 
 Identifica populações de risco 
 Permite um investimento em saúde, qualidade 
de vida e bem-estar 
 Serve para planejamento de ações politicas de 
saúde 
PARÂMETROS AVALIADOS NA AGA: 
1. Equilíbrio e mobilidade 
2. Função cognitiva 
3. Deficiências sensoriais 
4. Condições emocionais/ presença de sintomas 
depressivos 
5. Disponibilidade e adequação de suporte 
familiar e social 
6. Condições ambientais 
7. Capacidade funcional 
o Atividades da Vida Diária (AVD) 
o Atividades Instrumentais da Vida Diária 
(AIVD) 
8. Polifarmácia 
9. Incontinência urinária 
10. Crenças religiosas e espirituais 
11. Estado e risco nutricionais 
12. Distúrbios do sono 
 
EQUILÍBRIO E MOBILIDADE: 
 Avaliação da tendência a instabilidade 
postural, alterações da marcha e risco de 
quedas 
 Instrumentos auxiliares da marcha, como 
bengalas ou andadores 
 
Timed Get-up-and-go: 
Estado 
Funcional
psicológico
ambiente 
físico
social
qualidade 
de vida
físico
cognitivo
comporta
mental
econômico
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
2 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
 Instrumento para avaliação da marcha, 
 Questionamento acerca de fraturas prévias e 
quedas 
FUNÇÃO COGNITIVA: 
 A AGA visa detectar alterações precoces na 
cognição e determinar a extensão das 
limitações para o planejamento terapêutico 
 
Instrumentos usados para avaliação inicial: 
 Mini Exame do Estado Mental (Mini-Mental) 
 Fluência verbal 
 Teste do Relógio 
 Podemos utilizar também o Mini-Gog 
 
Estes exames compõem a avaliação cognitiva 
inicial. Diante de alterações nestes, exames mais 
específicos são realizados para avaliação mais 
detalhada da função cognitiva. 
DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS: 
 50% dos indivíduos idosos têm deficiência 
auditiva e/ou visual que comprometem a sua 
capacidade para as atividades da vida diária e 
aumentam o risco de declínio funcional 
 Muitas vezes, diante de um paciente idoso, com 
muitas comorbidades e/ou doença grave, elas 
são desvalorizadas. No entanto, são alterações 
importantes e fatores de risco para confusão 
mental e quedas 
 
Instrumentos usados para avaliação: 
 Teste de Whisper ou Teste do Sussurro – avalia 
audição 
 Teste de Snellen – avaliação da acuidade visual 
 
 
 
 
 
 
 
CONDIÇÕES EMOCIONAIS: 
 Avaliação de sintomas depressivos  
geralmente, a depressão na velhice se 
manifesta de maneira atípica, o que dificulta 
seu diagnóstico 
 O médico deve pesquisar por sintomas 
depressivos em todos os pacientes idosos 
 
Instrumento para avaliação: Escala de 
Depressão Geriátrica de Yesavage ou GDS 
 Avaliação de 15 itens, cujo ponto de corte é 5 
(corte de normalidade) 
DISPONIBILIDADE E ADEQUAÇÃO DE SUPORTE 
FAMILIAR E SOCIAL: 
 É importante indagar as condições sociais e o 
suporte familiar que este idoso possui 
 
Instrumento para avaliação: 
 APGAR Social 
CONDIÇÕES AMBIENTAIS: 
 Ambientes inadequados contribuem para a 
diminuição da capacidade funcional do idoso 
 É necessário avaliar a possibilidade de introduzir 
modificações que possam tornar a casa mais 
conveniente às suas limitações, procurando 
garantir-lhe o máximo de independência 
possível 
 
Instrumento para avaliação: 
 Escala Ambiental de Risco de Quedas 
CAPACIDADE FUNCIONAL: 
 Capacidade do idoso para executar atividades 
que lhe permitem cuidar de si próprio e viver 
independentemente em seu meio 
 
Instrumento para avaliação: 
 Atividades da Vida Diária (AVD) – Escala de Katz 
 Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) – 
Escala de Lawton  atividades mais finas como 
fazer ligações, cozinhar... 
 
 
 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 
 
3 GERIATRIA E GERONTOLOGIA 
POLIFARMÁCIA: 
 O idoso é mais propenso ao uso de muitos 
medicamentos devido ao fato de ter mais 
comorbidades, das alterações fisiológicas de 
farmacocinética e farmacodinâmica próprias 
da idade 
 O numero de medicamentos é o principal fator 
de risco para iatrogenia e reações adversas, 
havendo relação exponencial entre a 
polifarmácia e a probabilidade de reação 
adversa, internações medicamentosas e 
medicamentos inapropriados para idosos 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA: 
 Condição muito frequente no idoso 
 Pode ser um fator limitante social muito grande 
CRENÇAS RELIGIOSAS E ESPIRITUAIS: 
 A maioria dos idosos são muito religiosos e 
espiritualizados 
 A religião acaba sendo uma base muito forte de 
apoio/enfrentamento  Coping 
 Importante buscar entender qual a crença do 
idoso, o que essa crença representa para ele e 
como essa crença pode afetar/interferir/auxiliar 
no tratamento 
ESTADO E RISCO NUTRICIONAL: 
 Devido à especificidade do perfil 
epidemiológico dos idosos, em termos 
nutricionais, é recomendado que se avalie a 
população em 2 grupos 
1. População de 60-69 anos que apresentam 
perfil epidemiológico semelhante aos 
adultos (alta prevalência de sobrepeso) 
2. População com idade igual ou superior a 70 
anos, que tem um perfil nutricional 
diferenciado, com alta prevalência de 
baixo peso 
 
Instrumentos usados para avaliação: 
 IMC 
 Circunferência abdominal 
 Mini Avaliação Nutricional (MAN) 
 Circunferência Braquial 
 
DISTÚRBIOS DO SONO: 
 Existem mudanças no padrão do sono com o 
avançar da idade 
 
 Tempo de sono diminui  geralmente o idoso se 
queixa de sensação de sono, insônia (diz que vai 
dormir às 20 e acorda às 3) 
o Entretanto, se formos analisar o número de 
horas dormidas, estas estão normais. 
Considerando a diminuição fisiológica do 
tempo de sono que ocorre com a idade, se 
o idoso dormir muito cedo, ele acordará 
muito cedo. O importante é questionarmos 
sobre como esse idoso acorda (se acorda 
bem disposto, ele não sofre de insônia) 
 
CONCLUSÕES: 
O principal objetivo da AGA é detectar as 
deficiências, incapacidades e desvantagens 
que os pacientes idosos apresentam, quantifica-
las e identificar aqueles frágeis e de alto risco 
para se estabelecer medidas preventivas, 
terapêuticas e reabilitadoras. 
A AGA não é uma avaliação isolada e sempre 
deve resultar em uma intervenção, seja ela de 
reabilitação, aconselhamento, indicação de 
internação em hospital ou instituição de longa 
permanência.

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