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Articulação do joelho O joelho consiste em compartimentos lateral e medial da articulação tibiofemoral e da articulação patelofemoral. A movimentação do joelho ocorre em dois planos, o que permite flexão e extensão e o que permite rotação lateral e medial. Osteologia Fêmur distal Na altura da extremidade distal do fêmur encontram-se os côndilos lateral e medial. Epicôndilos lateral e medial projetam-se de cada côndilo e proporcionam elevações locais para a inserção de ligamentos colaterais. Uma grande incisura intercondilar separa os côndilos lateral e medial da tíbia, formando uma via para os ligamentos cruzados. A cápsula articular do joelho estende-se através de todos os lados da articulação tibiofemoral e da articulação patelofemoral. Posteriormente, a cápsula insere-se imediatamente proximal aos côndilos femurais, imediatamente distal à superfície poplítea do fêmur. Tíbia e fíbula A fíbula não tem função direta sobre o joelho, mas estabiliza a tíbia. A cabeça da fíbula serve de ponto de inserção para o bíceps femoral e o ligamento colateral lateral. A tíbia tem como principal função transferir o peso do joelho ao tornozelo. A extremidade proximal alarga-se formando os côndilos medial e lateral, os quais formam superfícies articulares com o fêmur distal. A superfície articular medial é maior e levemente côncava, enquanto a superfície articular lateral é plana e levemente convexa. A tuberosidade tibial serve como inserção distal para o músculo quadríceps femoral, via tendão patelar. Patela É um osso quase triangular envolvido dentro do tendão do quadríceps. É o maior osso sesamoide do corpo humano. A patela possui uma base proximalmente curva e um ápice apontado distalmente. A superfície articular posterior da patela é coberta por cartilagem articular de até 4 ou 5mm de espessura. Parte dessa superfície articula-se com o sulco intercondilar do fêmur, formando a articulação patelofemoral. A espessa cartilagem ajuda a dispersar as grandes forças de compressão que cruzam a articulação. A faceta lateral, maior e levemente côncava, encaixa-se no contorno geral da faceta lateral do sulco intercondilar do fêmur. A faceta medial mostra significativa variação anatômica. Uma terceira faceta, ímpar, existe ao longo do extremo medial da margem da faceta medial Artrologia Anatomia geral e considerações e relação ao alinhamento A diáfise do fêmur apresenta uma ligeira angulação medial à medida que desce em direção ao joelho. Essa orientação oblíqua é resultado de um ângulo natural de inclinação de 125 graus do fêmur proximal. Em virtude de a superfície articular da tíbia proximal orientar-se quase horizontalmente, o joelho forma um ângulo, em seu aspecto lateral, de cerca de 170 a 175 graus. Esse alinhamento normal do joelho no plano frontal é conhecido como genu valgum. Um ângulo menor que 170° é denominado genu valgum excessivo. Ao contrário, um ângulo lateral que exceda 180° é denominado genu varum O eixo longitudinal ou vertical de rotação do quadril é definido como uma linha que conecta a cabeça femoral com o centro da articulação do joelho. Cápsula e ligamentos de reforço A cápsula fibrosa do joelho envolve os compartimentos medial e lateral da articulação tibiofemoral e da articulação patelofemoral. A cápsula do joelho recebe um reforço significativo de músculos, ligamentos e fáscia. Cápsula anterior: insere-se às margens da patela e do tendão patelar e é reforçada pelo músculo do quadríceps. Cápsula lateral: é reforçada pelo ligamento colateral lateral (fibular), pelas fibras do retináculo patelar e pela banda iliotibial. Cápsula posterior: reforçada pelo ligamento poplíteo oblíquo e pelo ligamento poplíteo arqueado. Esse ligamento é colocado sob tensão na extensão total do joelho, uma posição que inclui uma leve rotação lateral da tíbia em relação ao fêmur. Cápsula posterolateral: reforçada pelo ligamento poplíteo arqueado, pelo ligamento colateral e pelo tendão do músculo poplíteo. Esse grupo de tecidos é geralmente relatado como complexo arqueado Cápsula medial: estende-se em várias espessuras desde o tendão patelar até a cápsula posterior. Membrana sinovial, Bursa e coxins adiposos A superfície interna da cápsula do joelho é revestida com uma membrana sinovial. Os panículos adiposos são geralmente encontrados associados às bursas ao redor do joelho. Articulação tibiofemoral Consiste nas articulações entre os grandes e convexos côndilos femorais e os menores e quase planos côndilos tibiais. A estabilidade articular é proporcionada não apenas por um estreito ajuste ósseo, mas através de forças e restrições físicas proporcionadas pelos músculos, ligamentos, cápsula, meniscos e peso corporal. Meniscos Considerações anatômicas Os meniscos medial e lateral são estruturas fibrocartilaginosas com um formato de meia-lua, localizadas no interior da articulação do joelho. Os meniscos transformam as superfícies articulares da tíbia em assentos rasos para os côndilos femorais maiores e convexos. Os meniscos estão ancorados na região intercondilar da tíbia através de suas extremidades livres, conhecidas como cornos anterior e posterior. A margem lateral de cada menisco está inserida a tíbia e à cápsula adjacente pelos ligamentos coronários. Os ligamentos coronários são relativamente frouxos e permitem, portanto, que os meniscos, especialmente o menisco lateral, movimente-se livremente como um pivô durante o movimento. Diversos músculos possuem inserções secundárias nos meniscos. O quadríceps e o semimembranáceo inserem-se em ambos os meniscos, enquanto o poplíteo insere-se ao menisco lateral. Essas inserções ajudam a estabilizar a posição dos meniscos Considerações funcionais A função primária dos meniscos é reduzir o estresse compressivo na articulação tibiofemoral. Ele também estabiliza a articulação durante o movimento, lubrifica a cartilagem articular e auxilia a guiar a artrocinemática do joelho. Mecanismos comuns de lesão Rupturas dos meniscos consistem na lesão mais comum do joelho. Em geral, estão associadas a uma rotação axial forçada dos côndilos femorais sobre o joelho parcialmente fletido ou em descarga de peso. Um menisco deslocado ou dobrado (geralmente relatado como uma ruptura em “alça de balde”) pode, mecanicamente, bloquear o movimento do joelho. O menisco medial é lesionado com o dobro da frequência do lateral. Também envolve rotação axial, mas através de uma força em valgo. Lesão em valgo -> acomete o ligamento colateral medial e comprime o menisco lateral Lesão em varo -> acomete o ligamento colateral lateral e comprime o menisco medial Ligamentos colaterais medial e lateral O ligamento colateral medial (tibial) é uma estrutura larga e plana que cruza a face medial da articulação. É solicitado ao stress em valgo O ligamento colateral lateral (fibular) consiste em um cordão forte e arredondado que passa quase verticalmente entre o epicôndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula. A principal função dos ligamentos colaterais é limitar o movimento excessivo do joelho no plano frontal. Com o joelho estendido, a parte superficial do LCM proporciona a resistência primária contra uma força em valgo (abdução). O ligamento colateral lateral, em comparação, proporciona a resistência primária contra uma força em varo (adução). É solicitado ao stress em varo Ligamentos cruzados anterior e posterior Os ligamentos cruzados são intraescapulares e cobertos por um extensivo revestimento sinovial. Atuando juntos, os ligamentos cruzados anterior e posterior resistem a todos os movimentos extremos do joelho. · Proporcionam estabilidade multiplanar para o joelho, especialmente no plano sagital · Guiar a artrocinemática natural, especialmente em relação a restringir os movimentos de deslizamento entre a tíbia e o fêmur · Contribuir para a propriocepção do joelho Ligamento cruzado anterior: a tensão resultante das fibras estiradas do LCA ajuda a limitar a extensão desse deslizamento anterior. “Tem a função de monitorar a anteriorização da tíbia. Assim, quando anteriorizamos a tíbia, há umatensão no ligamento cruzado anterior” Uma variável comum em lesões do LCA é a presença de um estiramento de alta velocidade sobre um ligamento que já está sob tensão; o ligamento rompe quando a força de tensão excede a força fisiológica Outro mecanismo de lesão envolve a hiperextensão excessiva do joelho enquanto o pé está firmemente apoiado. Ligamento cruzado posterior: insere-se a partir da área intercondilar posterior da tíbia até o lado lateral do côndilo femoral medial. “Tem a função de monitorar a posteriorização da tíbia; uma das principais causas de lesão nessa articulação é acidente de carro” A maior parte das lesões está associada a trauma de alta energia, como sofrer um acidente automobilístico ou participar de esportes de contato como futebol americano. Um mecanismo frequente envolve a queda sobre um joelho totalmente fletido (com o tornozelo em flexão plantar) de forma que a tíbia proximal toca primeiro o solo. Articulação patelofemoral Os estabilizadores locais dessa articulação incluem as forças produzidas pelo músculo quadríceps, o encaixe das superfícies articulares e a contenção passiva oriunda das fibras dos retináculos e da cápsula circunvizinha. À medida que o joelho se flexiona e se estende, um movimento de deslizamento ocorre entre as superfícies articulares da patela e o sulco intercondilar do fêmur. Durante os movimentos da tíbia em relação ao fêmur, a patela desliza em relação ao sulco intercondilar do fêmur fixo. Em virtude da inserção óssea do tendão patelar à tuberosidade tibial, a patela segue a direção da tíbia durante a flexão do joelho. A patela é mantida em seu lugar principalmente por sua conexão à tíbia, através do tendão patelar. Cinemática da articulação patelofemoral Aos 135 graus de flexão, a patela entra em contato com o fêmur principalmente próximo de seu polo superior. Nessa posição de extensão quase completa, a patela repousa abaixo do sulco intercondilar e se ancora no sulco intercondilar do fêmur. À medida que o joelho se estende em direção aos 90° de flexão, a região de contato primário na patela começa a migrar em direção ao seu polo inferior Entre 60 e 90 graus de flexão, a patela está geralmente encaixada no sulco intercondilar do fêmur. Dentro deste arco de movimento, a área de contato entre a patela e o fêmur é, portanto, a maior. Entretanto, mesmo em seu máximo, a área de contato é de apenas um terço da área de superfície total do lado posterior da patela. Portanto, a pressão articular, pode elevar-se a níveis muito altos no interior da articulação patelofemoral, em função da forte ativação do músculo quadríceps. Com o joelho em extensão completa, a patela repousa completamente proximal ao sulco e de encontro ao panículo adiposo suprapatelar. Ação e inervação de músculos que cruzam o joelho Músculos extensores do joelho: reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio Músculos flexores: semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral. Os gastrocnemios também Músculos adutores do quadril: músculo sartório, músculo grácil e músculo poplíteo Testes funcionais Single leg squat Drop vertical jump test É colocado sensores no paciente e pede para que ele salte algumas vezes, e os sensores vão dar as medidas exatas que será preciso melhorar Step down teste: Deformidades do joelho Deformidades da tíbia e fíbula são as anormalidades mais comuns que afetam os membros inferiores das crianças A maioria das deformidades da perna é fisiológica e autolimitada Podem ser congênitas – devem ser diagnosticadas no pré-natal, deformidades congênitas ocorrem no período de desenvolvimento fetal – ou adquiridas – são deformidades que não têm contexto genético, mas de ocorrência osteometabólica e só se manifestam com o desenvolvimento neuropsicomotor Genu varum / varo Deformidade extremamente comum É o afastamento do esqueleto dos membros inferiores No exame físico é medida a distância intercondilar, do côndilo femoral de um lado e do outro Geno varum fisiológico: · Deformidade com um ângulo fêmoro-tibial maior do que 10° · Fise radiologicamente normal – não pode ter nenhuma displasia ou cicatriz de trauma · Arqueamento lateral da tíbia proximal ângulo femoro-tibial ângulo metáfise-diáfise (Levine-Drennan) Desenvolvimento do Ângulo fêmoro-tibial ao longo do crescimento: · 6-12 meses: varo máximo · 18-24 meses: alinhamento neutro · 4 anos: valgo máximo; · 7 anos: atenuação do valgo · 11 anos: padrão adulto Se um lado for torto e o outro normal, não pode ser fisiológico. Assimetria é um critério de ser patológico, assim com piora progressiva. 0,2,4 e 7 anos são as mudanças fisiológicas esperadas. Quadrantes do joelho de acordo com a carga do eixo mecânico: No joelho, os quadrantes são distribuídos aos pontos mais distais em relação a carga do joelho Distribui-se o eixo 0, como a metade, e faz a metade da metade. Tudo que tem sobrecarga medialmente é negativo, tudo que tem sobrecarga lateralmente é positivo O eixo mecânico é o que passa a carga principal do corpo É medido no nosso quadril em relação ao nosso pé Espinha ilíaca ântero-superior e vai até o pé Ângulo Q é o ângulo que no nosso exame físico vai da espinha ilíaca ântero-superior até o joelho Quanto mais o ângulo Q, maior o valgo Gráfico de Vankka e Salenius Obs: genu varum fisiológico tem resolução espontânea de 3 a 5 anos Varo fisiológico > 10°, fise radiologicamente normal e arqueamento lateral da tíbia proximal Nesse caso, é fisiológico mesmo, pois cumpre as condições Tíbia vara Retardo de crescimento do aspecto medial da epífise proximal da tíbia Duas formas conhecidas: · Tíbia vara infantil (doença de Blount) · Instalação até 3 anos · De 2 a 3 anos, não fecha diagnóstico porque pode ser confundido com geno varum fisiológico · Tíbia vara do adolescente · Instalação após os 10 anos E de 4 a 10 anos? É a classificação juvenil. É considerada um atraso no diagnóstico. É um blount não diagnosticado na época certa. Por volta dos 4 anos é valgo máximo, então, se houver algum indício de varo, é patológico. Doença de Blount: Definição: · Angulação abrupta logo abaixo da fise proximal · Linha fisária irregular · Epífise em forma de cunha, com bico na metáfise medial · Subluxação aparente da tíbia proximal Fisiologia: · Perda do arranjo colunar e da ossificação endocondral, tanto no aspecto medial da metáfise, quanto na área correspondente da fise; · É frequente o desenvolvimento de frouxidão do complexo ligamentar lateral do joelho – THRUST – é um varo dinâmico patológico que acontece a subluxação quando a pessoa pesa e coloca carga nesse joelho Diagnóstico diferencial: · Genu varum fisiológico – 90% · Displasias esqueléticas – tem baixa estatura · Doenças osteo-metabólicas (percentil < 20) · Deformidade pós-traumática · Sequela pós-infecciosa · Displasia fibrocartilaginosa focal proximal (epífise normal) – tumor benigno, acometimento na metáfise, abaixo da articulação Ângulo metáfise-diáfise da tíbia proximal (Levine e drennan): · >11° - 29 em 30 pacientes desenvolvem doença de Blount · < 11° - 3 em 58 pacientes foram afetados Obs: não é diagnóstico de Blount, ajuda a diferenciar tipo 1 de Blount do Varo fisiológico · Estágio I (protrusão) – pode ser confundido com alteração fisiológica, não pode confirmar diagnóstico de Blount, fazendo a orientação, só começa o tratamento se houver assimetria. Só pode dar o diagnóstico aos 4 anos. No estágio I não dá para diferenciar fisiológico de patológico · Estágio II (depressão): essa pontinha pesou tanto que acabou descendo e deprimiu · Estágio III (degrau): a depressão caiu mais ainda e formou um degrau que se acumulou embaixo · Estágio IV (barra): barra óssea é a que dá mais deformidade, porque uma parte continua crescendo, enquanto a outra para. A presença de barra óssea no exame de imagem indica mau prognóstico · Estágio V (duplicação): desceu tanto que se separou. Prognóstico é muito ruim e tratamento de escolha é cirúrgico · Estágio VI (fusão): é o mais grave de todos, acontece a fusão de toda a fise com a epífise, tornandouma sequela Se esse bico desce, passar a ser patológico Tratamento: Órteses: · Idade < 3 anos – depois disso, só cirúrgico · Langenskiold até II · Ausência de instabilidade ligamentar · Ausência de obesidade Resultados do tratamento não cirúrgico variam na literatura: 50 a 90% de bom resultado Langenskiold > II · Tratamento deve ser cirúrgico · Já não há indicação de tratamento ortótico isolado no estágio III Langenskiold > VI · Menos de 2 anos de crescimento restante e congruência articular: osteotomia corretiva + fechamento fisário total (epifisiodese) · Mais de 2 anos de crescimento restante: · Epifisiodese lateral · Correção angular + alongamento · Correção + fixação externa Tíbia vara do adolescente: Aspectos clínicos: · Paciente típico é adolescente masculino, negro e obeso · Teoria da sobrecarga – Lei de Hueter-Volkmann Achados radiográficos: · O formato da fise tibial proximal é relativamente normal, mas há sinais de dano microscópico · Ocorre alargamento do aspecto lateral da fise femoral distal, pela mudança do eixo mecânico Varo femoral secundário Tratamento: · Osteotomia · Realinhamento por fixação externa · Epifisiodese lateral · Grampo hemiepifisário Genu valgum Diagnósticos diferenciais: Genu valgum idiopático: · > 8 anos · Aumento do ângulo Q Secundária a fratura tibial proximal prévia Secundário a outras causas · Raquitismo · Displasias metafisárias · Lesões pseudotumorais · Exostose múltipla hereditária – não afeta a articulação, mas apresenta deformidades que aparentam ser na articulação · Hemiofisiodese – colocação dos preguinhos, última imagem abaixo – tratamento mais utilizado Deformidades rotacionais · Chama a atenção dos pais pela posição dos pés durante a marcha, seja qual for a origem da deformidade – quadril, joelho, perna ou pé; · Avaliação consiste em avaliar o ângulo do passo, angulo coxa-pé, rotação dos quadris e o próprio pé; · Ângulo do passo é o grau de rotação medial ou lateral do pé durante a marcha; · Os pés deslocam-se em rotação externa de aproximadamente 10° em relação ao eixo da marcha; · A rotação medial dos quadris tende a ser maior após os 18 meses de vida, diminuindo gradativamente após isso; · A partir da primeira infância a rotação lateral e medial do quadril tendem a ser simétricas, em decúbito ventral; · Ângulo coxa-pé é formado pelo eixo da coxa em relação ao eixo do pé com o paciente em decúbito ventral e joelho fletido a 90°, no RN está desviado medialmente em função da torção tibial interna fisiológica, com o crescimento o desvio muda gradativamente para o lado lateral até atingir o valor de 10°; · Na prática existem dois tipos de marcha, clinicamente manifestas: em rotação interna e em rotação externa; As crianças tendem a sentar na posição de W, e não é bom. Ângulo do passo e ângulo coxa-pé questão de prova Marcha em rotação interna (toeing in) · Rotação interna é marcadamente maior que a externa; · MacSweeeny (1971), mostrou que em 80% dos casos há resolução espontânea até os 8 anos de idade, e a maioria até 5 anos de idade; · Há relatos na literatura que a anteversão femoral pode se corrigir até os 16 anos de idade espontaneamente; · Em alguns casos há correção por torção tibial externa secundária, configurando a síndrome do mau alinhamento; · Não existe comprovação prática de que qualquer medida de tratamento conservador tenha algum efeito na correção da AV; · Raramente se considera a possibilidade de tratamento cirúrgico após os 8 anos, considera-se nos casos que além do problema estético há também um problema funcional, isso ocorre nos raros casos onde a AV é maior que 50°, a RI em extensão está acima de 80° e a RE é praticamente nula, a correção é feita por meio de osteotomia derrotativa do fêmur proximal (não pode existir torção tibial externa compensatória) · Fêmur corrige valgo e tíbia corrige varo Torção tibial interna É comum em crianças até a idade de 18 meses Todo RN é portador de torção tibial interna fisiológica, em média de 15°, como resultado da posição intra uterina; Staheli & Angel (1972), observaram que a tíbia vai aumentando a torção tibial lateral progressivamente passando de 5° com 1 ano de idade a 14° aos 13 anos; Aproximadamente 80% das crianças que andam com rotação interna dos MMII antes dos 18 meses de idade são portadoras de TTI, e cerca de 1/3 dos casos é associada a metatarso aduto; No exame clínico é melhor quantificada pelo ângulo coxa-pé, a magnitude normal da criança é de 10° Tratamento: O tratamento conservador não é efetivo quando comparado a crianças não tratadas, corrigindo-se espontaneamente e mais rapidamente nos primeiros 2 anos de vida, orienta-se apenas aos pais que evitem que a criança durma em decúbito ventral com os MMII rodados internamente bem como sentarem-se com os MMII assim posicionados; Tratamento cirúrgico está raramente indicado, nos raros casos, o ângulo coxa-pé excedia –10°, e a cirurgia não deve ser realizada antes dos 10 anos de idade; Osteotomia da tíbia distal, quando há indicação cirúrgica, é a mais indicada; As complicações estão associadas a compressão da artéria tibial posterior no nível da osteotomia femoral proximal, bem como estiramento do nervo fibular superficial; Marcha em rotação externa (toeing out) Contratura em rotação externa do quadril: na cavidade uterina os quadris são mantidos em flexão e RE, essa postura em rotação externa persiste após o parto e se mantem durante o primeiro ano de vida, sendo causada pela contratura em rotação externa do quadril, como consequência da posição fetal As crianças têm o hábito de dormir em decúbito ventral mantendo os MMII em RE Durante os primeiros meses após o início da marcha, essas crianças andam mantendo as coxas em rotação externa, o que se manifesta por RE acentuada dos MMII na fase de apoio (toeing out); RE dos quadris em extensão está aumentada e a RI quase ausente; Tem bom prognóstico e por volta dos 2 anos de idade já se resolveram Diagnósticos diferenciais de alterações rotacionais: · Torção tibial · Deformidade residual de pé · Hálux varo – é o oposto do joanete · Metatarso aduto · Pé torto · Pé serpentiforme · Doenças do quadril · Epifisiólise · Coxa vara · Doenças Neuromusculares · Hemiplegia, diplegia ou tetraplegia espástica Revisão Tíbia vara de blount Geno varo é o diagnóstico mais comum entre crianças de 14 a 36 meses de idade Crianças nascem sem deformidades, com crescimento normal dos MMII, geralmente são levadas ao médico com 14 a 36 meses de idade para avaliação de joelhos tortos História tipicamente se inicia com a deambulação, tal doença é mais comum em crianças negras, sexo feminino, obesas e que iniciaram a deambular precocemente; obs: crianças negras iniciam a deambular antes que crianças brancas. Geno varo fisiológico Doença de Blount Corticais medial e lateral com curva delicada medialmente Angulação cortical medial íngreme, a cortical tibial lateral permanece reta Fêmur muitas vezes arqueado medialmente Fêmur normal Ângulo metáfiso-diafisário menor que 11o Ângulo metáfiso-diafisário maior que 11o Comprometimento bilateral Comprometimento unilateral Metáfise tibial proximal está normal No Estadio I de Langenskiöld há fragmentação rarefação irregular da metáfise tibial medial proximal Mudanças histopatológicas são causadas pelo aumento da compressão e reduzido crescimento; tais mudanças incluem: ilhas densamente povoadas de condrócitos, hipertrofiados, ilhas com fibrocartilagem quase acelular e grupos anormais de vasos capilares. Torção tibial interna persistente também pode ocorrer, especula-se que seja devido a um sobrecrescimento da fíbula que bloqueia o desenvolvimento de torção externa Ângulo de Levine-Drennan: traço uma linha no bico metafisário Depois traço uma perpendicular. É aí que está o ângulo Diagnósticos diferenciais Doenças osteo-metabólica: deficiência de vitamina D, hipofosfatasia Parada ou retardamento assimétrico do crescimento: tíbia vara de Blount, trauma, infecção, tumores; Displasia óssea:displasia metafisária, nanismo acondroplasico, encondromatose, Intoxicação por metal: fluorose Congênita: deficiência longitudinal tibial, tíbia vara congênita Obs 1: geno varo fisiológico se resolve até aos 3 anos; Obs 2: Levine e Drennan descreveram o ângulo metáfiso diafisário, normal de 11o ou menos, Blount se desenvolve a partir de 12 graus ou mais, contudo, alguns ortopedistas esperam angulações de 14 a 16 graus para dar o diagnóstico de Blount e indicar o tratamento; Geno valgo Após 18 meses de idade o joelho das crianças normais passa a assumir o formato em valgo, que atinge o valor máximo aos 3 anos de idade, quando então passa a diminuir gradativamente até os 6-7 anos; Nos casos de geno valgo se apresenta de forma mais acentuado, assimétrico, se houver história familiar ou se a criança for de baixa estatura para a idade deve-se pensar em formas patológicas: displasia metafisária, raquitismo e fratura da metáfise proximal da tíbia, devendo ser tratado conforme a patologia de base; Na pré-adolescência, se houver persistência, idade esquelética de 11 anos nas meninas e de 12 anos nos meninos, a possibilidade de correção espontânea é remota; Howorth (1971), relata que geno valgo se não estiver corrigido aos 10 anos de idade a distância IM for superior a 7,5 cm (7,5 a 10 cm) indica correção cirurgica; Sharrard (1976) observou que no geno valgo com distancia IM acima de 10 cm, em idade de 10-11 anos, é improvável que a correção ocorra espontaneamente; Hemiepifiodese e grampeamento fisário são as duas técnicas mais utilizadas de correção de geno varo e geno valgo no adolescente; O critério clinico para a indicação de hemiepifiodese é a presença de intervalo intermaleolar (IM) maior que 8 cm na posição ortostática, e para determinar a idade adequada para realizá-la, utiliza-se o gráfico de Bowen, que relaciona deformidade versus crescimento; Geralmente o grampeamento é realizado no fêmur, e a idade recomendada pe em torno de 11 anos para os dois sexos; Quando a distância IM for maior que 12,5 cm ou quando o paciente tiver mais que 13 anos o grampeamento deve ser feito no fêmur e na tíbia. O joelho valgo (genu valgum) é uma condição clínica onde há um desvio angular da articulação do joelho, no plano frontal, em direção à linha média do corpo, causando alterações no eixo anatômico e mecânico do membro inferior. Denomina-se genu varum a condição inversa, onde há desvio da articulação do joelho para longe da linha média do corpo humano na posição anatômica, no plano frontal. Tratamento O tratamento dos joelhos valgo e varo está indicada quando há alteração do eixo mecânico do membro inferior A intervenção está indicada quando o eixo mecânico do membro inferior se encontra fora dos dois quadrantes centrais da articulação proximal da tíbia
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