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DOR E ESCALAS DE DOR - ESTUDOS

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DOR 
Aluna: Lauren Kelly Bezerra Freitas
Matéria: Semiologia I
A dor é um mecanismo de extrema importância para a sobrevivência humana.
É uma experiência sensorial e emocional degradável que pode ser advinda de uma
lesão tecidual recentes, potencial ou já existente. 
A dor é um mecanismo de defesa do corpo que nos ajuda a se retirar de
situações de risco – como encostar a mão em algo quente, como uma panela, e por
reflexo retirar antes que queime ou machuque – e também nos ensina que certas
ações desconhecidas anteriormente podem machucar quando ocorrem (as vezes
pode ocorrer durante um exercício físico, por exemplo). 
A falta de mecanismos de dor é um fator que pode dificultar a sobrevivência,
através de múltiplas lesões da qual o indivíduo que não possui dor se submete a
ponto de colocar em risco sua vida e não ter consciência disso. Sendo assim,
indivíduos que possuem ausência dos mecanismos de dor estão sujeitos a ter um
tempo de vida menor do que aqueles que possuem. 
Síndrome do Membro Fantasma: É uma doença na qual pacientes que
sofreram amputação de membros devido a um acidente, por exemplo, perdem
esse membro mas não a ligação que ele possui com o sistema nervoso. Sendo
assim, nosso cérebro ainda manda sinais que geram dor nos pacientes de
forma neurológica mas não fisicamente. 
Os Três Mecanismo da Dor 
Transdução: 
A transdução é a primeira etapa do mecanismo de sensação dolorosa, na
qual há uma estimulação dos receptores sensitivos ou nociceptores. Estes
nociceptores podem ser físicos (mecânicos ou térmicos) e corresponde a cerca de
20% das fibras nociceptivas e é caracterizada como dor aguda. Os nociceptores
polimidais são ativados por estímulos químicos, térmicos ou mecânicos e
correspondem a cerca de 80% das fibras nociceptivas que caracterizam a longa
duração da sensação de dor e prurido (sensação de coceira). 
Transmissão: 
A segunda etapa do mecanismo da sensação dolorosa denomina-se de
transmissão e é caracterizada pela condução do estímulo doloroso ao sistema
nervoso central (SNC). As fibras nociceptivas dessa etapa podem ser caracterizadas
como somáticas (que transitam pelos nervos sensoriais ou mistos) e viscerais (que
transitam pelos nervos da cadeia simpática e parassimpática). Porém, ambas elas
transitam pelas mesmas vias do SNC. 
Modulação:
A modulação é a inibição da dor, ou seja, sua anulação através das vias
modulatórias que são ativadas também pelas vias nociceptivas. Segundo a teoria
do portão ou das comportas na qual diz que, as fibras de mielina grossa inibiriam
a atuação da substância Rolando II para aferentes nociceptivos, impedindo a
passagem de impulsos dolorosos. Dessa forma, quando fazemos uma massagem,
por exemplo, em uma região que está “dolorida”, em vez de sentirmos dor, sentimos
uma sensação de “alívio” e “relaxamento”. 
O córtex cerebral interpreta a dor em localização, intensidade e qualidade e
logo após isso o sistema límbico e as amígdalas interpretam o componente efetivo
da sensação dolorosa. Conclui-se então que, a dor pode ser promovida tanto pela
ativação das vias nociceptivas quanto por uma lesão nas vias modulatórias que
inibem a sensação de dor.
Mecanismos relacionados a geração e perpetuação da dor: 
Existem dois mecanismo relacionados a geração e perpetuação da dor, que
são a sensibilização periférica e central. A sensibilização periférica ocorre no local do
estímulo, alterando receptores e nociceptores aonde há uma lesão celular que
liberam substâncias inflamatórias e geram dor aguda. Já a sensibilização central, é
quando há uma facilitação da chegada do estímulo doloroso no sistema nervoso
através da redução do limiar de estímulo e o “espalhamento” na região cortical
responsável pela dor. 
Observação: Estudos mostram que, a dor está ligada a fatores motivacionais e
emocionais. Sendo assim, da mesma forma que um mesmo estímulo doloroso
“simples” pode ser considerado insuportável para uma pessoa, para outra é
considerado leve. 
Exemplo: Mãe que fala que aquele machucado “não foi nada, apenas um
arranhão” e pede para que a criança pare de chorar em comparação com a
criança que sofre o mesmo machucado e a mão “adula” para a dor passar
mais rápido. 
Classificações da Dor 
Quanto ao início e à evolução: 
Dor aguda: Indicativo de que o organismo está sendo “atacado” e pode durar
segundo ou dias/semanas. Deve-se dar uma atenção especial pois caso não seja
averiguada pode passar a ser uma “doença” e estar diariamente presente na vida do
paciente. É uma dor imediata e intensa que tem função protetora. 
Dor crônica: A dor crônica é aquela que tem duração mínima de 3 meses, mas que
pode se perpetuar por mais tempo. Esta tem a necessidade de uso de fármacos e
tratamentos para sua estabilização e melhora, além de afetar afetivamente e
emocionalmente o acometido. A transforma da dor aguda em crônica se dá pela
plasticidade mal-adaptativa do sistema nociceptivo. É uma do mal definida e difusa
com intensidade variável. 
Do ponto de vista fisiopatológico: 
Dor nociceptiva: É uma dor espontânea ou evocada, é relatada como uma
“pontada” e ocorre de forma espontânea ou intermitente. Quanto possuir menos
números de segmentos medulares envolvidos mais localizado seria a dor (somática
superficial) e quantos mais números de segmentos medulares estiverem envolvidos
mais difusa será a dor (visceral e somática profunda). 
Dor constante: É uma dor constante que “não vai embora”, ou seja o indivíduo
acorda e dorme sentido ela. Pode variar de intensidade. 
Dor intermitente: Ocorre “de vez em quando”, com frequência e duração variáveis.
Pode ser descrita como uma pontada, choque, facada e etc. 
Dor evocada: Dor sentida espontaneamente pelo paciente quando há um
estiramento no nervo. 
Dor neuropática: É uma dor proveniente de lesão neural. Pode ser constante,
intermitente e evocada (ex: dor do nervo fantasma). A dor neuropática pode ser
constante (sensação de formigamento e choque) ou pode ser intermitente (sensação
de pontada ou facada). Além disso ela pode se caracterizar como uma dor mista
(mecanismos nociceptivos e neuropáticos) ou como dor psicogênica (quando está
atrelada ao emocional do paciente, podendo varia assim a sua intensidade). 
Estruturas de Origem da Dor
Dor somática superficial: É uma dor bem localizada, caracterizada como uma
“pontada” de mesma intensidade ao estímulo (queimadura). 
Dor somática profunda: É uma dor difusa e de difícil precisão da sua localização, é
caracterizada como uma “dor profunda” e é proporcional ao estímulo casual (cãibra).
Dor visceral: Ocorre nas vísceras (órgãos) e é similar a dor somática profunda, ou
sejam, é difusa e de difícil localização. Tende a se tornar mais intensa de acordo
com o trabalha que a víscera realiza no organismo. A Dor Visceral Verdadeira tende
a se localizar precisamente na localização anatômica do órgão acometido. 
Dor referida: É uma sensação dolorosa superficial que é percebida longe do local
na qual houve o estímulo e pode ser visceral ou somática (dor no ombro em
indivíduos com lesão no diafragma) 
Dor irradiada: É uma dor percebida longe do local de estímulo mas que pertence a
uma região que inervada pelo local de estímulo (ciatalgia). 
Características Semiológicas da Dor 
O momento de caracterização da dor do paciente deve ocorrer de forma
sistematizada, seguindo as seguintes características: localização (local da dor),
irradiação (se a dor “anda”), qualidade/caráter (descrição da dor), intensidade da dor,
escalas da dor (a escala de expressões faciais não é muito recomendada por ser
subjetiva), duração (período de duração da dor), evolução (como a dor começou e
como ela está atualmente), relação com funções orgânicas (se afeta outras regiões
do corpo), fatoresdesencadeantes e atenuantes (o que origina a dor e o que faz ela
piorar), fatores atenuantes (o que melhora a dor), manifestações concomitantes
(quando junto com a dor podemos obter outros sintomas). 
Escalas de Dor 
REFERÊNCIAS: 
PORTO, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Grupo GEN, 2019.
9788527734998. Disponível em:
https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734998/. Acesso em: 09 fev.
2022.

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