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1 ---Cardiopatias--- 2 Sumário Cardiopatias .................................................................................................................. 3 Cardiopatias .............................................................................................................. 3 Cardiopatia congênita ............................................................................................... 3 Cardiopatia adquirida ................................................................................................ 3 Sintomas de cardiopatia ............................................................................................ 3 Dispnéia: ................................................................................................................... 3 Dor precordial: .......................................................................................................... 4 Edema ....................................................................................................................... 4 Ascite (barriga d’água) ............................................................................................... 4 Cianose...................................................................................................................... 4 Hemoptise ................................................................................................................. 4 Palpitações ................................................................................................................ 4 Síncope...................................................................................................................... 4 Capacidade funcional: ............................................................................................... 4 Sinais físicos de cardiopatia ....................................................................................... 5 Principais comprometimentos cardiovasculares ........................................................ 5 Cardiopatia isquêmica ............................................................................................... 5 Angina do peito ......................................................................................................... 5 Insuficiência cardíaca congestiva ............................................................................... 6 Arritmia ..................................................................................................................... 6 Sinais físicos de cardiopatia ....................................................................................... 7 Bradicardia ................................................................................................................ 7 Infarto do miocardio .................................................................................................. 7 Anormalidades das valvas cardíacas .......................................................................... 8 Endocardite infecciosa............................................................................................... 8 Endocardite infecciosa............................................................................................... 9 Stents: ..................................................................................................................... 10 Cardiopatia hipertensiva ......................................................................................... 10 Terapia medicamentosa .......................................................................................... 12 @blogdeodontoo 3 Cardiopatias Cardiopatias O coração é responsável pelo fornecimento do fluxo de sangue oxigenado aos órgãos e tecidos do corpo, de modo a atender as necessidades metabólicas. A atividade elétrica é uma característica fundamental do coração, sendo que é o estímulo que desencadeia a contração cardíaca (quando há alterações nas funções do coração, o indivíduo se torna cardiopata). Cardiopatia congênita Anormalidades na estrutura ou funcionamento cardiovascular que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração do desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou ano mais tarde. Cardiopatia congênita cianótica: Mais grave, afeta o fluxo sanguíneo e a capacidade de oxigenação do sangue, pode levar a morte. Cardiopatia congênita acianótica: Quantidade e intensidade dos sintomas dependem da gravidade do efeito cardíaco, que vão desde da ausência de sintomas, sintomas somente durante esforços, até a insuficiência cardíaca. • Alterações na válvula cardíaca. • Alterações nas paredes entre os átrios e ventrículos do coração. • Anormalidades no músculo cardíaco. • Causas genéticas, doenças cromossômicas. • Durante a gravidez: rubéola, diabetes, determinados medicamentos, consumo de álcool e drogas. Cardiopatia adquirida Ocorre após o nascimento do indivíduo. As mais comuns e principais causas de morte no mundo são: • Doença cardíaca isquêmica-obstrução gradual das artérias coronárias por ateromas. • Angina do peito- isquemia transitória de 15 a 20 minutos. • Infarto agudo do miocárdio: necrose de parte do músculo cardíaco. • Acidente vascular cerebral. • Aterosclerose. • Hipertensão arterial. Sintomas de cardiopatia Dispnéia: • Dificuldade para respirar. @blogdeodontoo 4 • É o sintoma mais frequente da insuficiência cardíaca. Dor precordial: • Conhecida como angina do peito. Os pacientes são acometidos durante a marcha, principalmente com esforço ou logo após a uma refeição, com queixa de dor tórax e sensação de aniquilamento. Edema • Acúmulo de líquido no tecido intersticial entre os músculos e o revestimento de órgãos-pulmão, sistema digestivo, excretor e vasos sanguíneos. • Conecta com espaços ocos com líquidos em movimento. • Proliferação do câncer. • Manifestação relativamente tardia, da insuficiência cardíaca. • A localização do edema depende de fatores locais e da gravidade como: 1- Paciente em deambulação bilateralmente nos pés, tornozelos e nas pernas. 2- No paciente acamado na região sacra. Ascite (barriga d’água) • Acúmulo de líquido no interior da cavidade abdominal. • É um sinal de cardiopatia avançada. Cianose • Coloração azulada da pele e das mucosas. • Pode ser observada após esforço ou exposição ao frio. • Considerado mais um sinal. Hemoptise • Escarro sanguinolento. Palpitações • Batimentos cardíacos que se tornam conscientes. Síncope • Perda passageira da consciência. • Ocorre em razão do fluxo inadequado ou da baixa pressão de perfusão dos tecidos cerebrais. Capacidade funcional: os pacientes podem ser classificados em 4 grupos, com base na gravidade da sintomatologia. Grupo 1: toleram a atividade física, não apresentam sintomas. Grupo 2: apresentam sintomas em resposta ao esforço moderado ou intenso, são assintomáticos em repouso ou esforço leve. Grupo 3: apresentam sintomas mesmo aos esforços leves. Grupo 4: são incapazes de exercer qualquer atividade física sem sinais de sofrimento, os sintomas podem estar presentes também quando estão em repouso. @blogdeodontoo 5 Sinais físicos de cardiopatia • Pulso arterial: sentido durante a palpação da artéria radial direita para determinar a frequência e o ritmo cardíaco. Principais comprometimentos cardiovasculares 1. CARDIOPATIA ISQUÊMICA 2. ANGINA DO PEITO 3. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA 4. ARRITMIAS 5. BRADICARDIA 6. INFARTO DO MIOCÁRDIO 7. ENDOCARDITE INfECCIOSA 8. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA Cardiopatia isquêmica O lúmen dos vasos coronarianos decresce, diminuindo o aporte de sangue e oxigênio no miocárdio. Provocada pela aterosclerose,desordens genéticas, tromboembolismo após exercício físico, frio ou ansiedade intensa. Pôde-se apresentar clinicamente: Sintomática: O sinal presente é angina do peito. Assintomática: Pode resultar em signicativa disfunção do miocárdio com consequente cardiomegalia (aumento do volume do coração). Causa: alterações do ritmo cardíaco, denominadas arritmias. A duração e a severidade da isquemia determinam quais disfunções cardíacas serão transitórias ou permanentes. • Parada cardíaca e consequente morte súbita. • Infarto do miocárdio e necrose do músculo cardíaco (por oclusão da artéria). • Insuficiência cardíaca. • Morte do paciente. Angina do peito Representa uma variedade da cardiopatia isquêmica sintomática. Causas: • Cardiopatia aterosclerótica ou a obstrução aterosclerótica de uma ou várias artérias. • Pode ser desencadeada pelo estresse emocional ou pelo exercício físico, sendo aliviada pelo repouso. • A dor geralmente não é bem localizada. O paciente: • Demonstra sinais de ansiedade. • Incapaz de identificar exatamente o lugar da dor. • Sensação de peso sobre a área pré-cordial (pode irradiar para o ombro e braço esquerdo, colo mandíbula ou língua). @blogdeodontoo 6 ANGINA ESTÁVEL: Curta duração (< 5. Minutos) alivia após a remoção do fator desencadeante. ANGINA INSTÁVEL: A dor não alivia ou progride mesmo em situação de repouso. Pior prognóstico e pode levar a um infarto. Insuficiência cardíaca congestiva Incapacidade do coração em fornecer um suprimento adequado de oxigênio para atender as demandas metabólicas do organismo. Há graus variáveis de comprometimento do coração. Pacientes devem ser avaliados quanto á ocorrência de fatores de complicações como: • Hipertensão. • Infarto do miocárdio recentes ou múltiplos. • Arritmias. • Distúrbios de condução ou doença das válvulas cardíacas. Quanto mais fatores de complicação o paciente tiver, mais sério o comprometimento do paciente e maior risco durante o tratamento odontológico. O tratamento odontológico deve ser conduzido de forma a reduzir o estresse ao mínimo necessário: • Consultas mais curtas. • Sedação complementar. • Em casos de risco moderado, procedimentos mais invasivos (cirurgias bucais menores), devem ser realizadas sob sedação, como a inalação com óxido nitroso e o uso prévio de benzodiazepínicos, para evitar estresse do paciente. • Nos casos de risco elevado, os procedimentos deverão ser efetuados com sedação e em ambiente hospitalar. Arritmia • Distúrbio do ritmo normal do coração. • Pode ocorrer origem nos átrios (arritmia atrial) ou nos ventrículos (arritmia ventricular). • Podem ser assintomáticas, descobertas em exames de rotina, ou o paciente pode apresentar sintomas que variam da palpitação á síncope. • Representam manifestações de cardiopatia aterosclerótica subjacente. Aumentam o risco de: • Angina. • Infarto de miocárdio. • Insuficiência cardíaca congestiva. @blogdeodontoo 7 • Crises passageiras de isquemia e acidentes vasculares cerebrais. Podem ser exacerbadas pelo estresse e pela ansiedade do atendimento odontológico. Procedimentos demorados: várias consultas de curta duração e técnicas auxiliares de sedação devem ser consideradas. A avaliação odontológica: incluir história detalhada e um cuidadoso controle da frequência do pulso do paciente. Sinais físicos de cardiopatia Pulso: Frequência cardíaca normal (bat/min). • Lactantes: 120-160. • Crianças: 90-140. • Pré-escolar: 80-110. • Idade escolar: 75-100. • Adolescente: 60-90. • Adulto: 60-100. Frequência: Quanto regular o número de batimentos cardíacos contados em 15 segundos deve ser multiplicado por 4. Com pulso irregular: contar os batimentos por 30 segundos e multiplicar por 2. Normal do pulso em repouso adulto: entre 60 e 100 batimentos por minuto. Bradicardia sinusal: < 60 bat/min. Taquicardia sinusal: > 100 bat/min, causado por esforço ou emoção. Relacionado a arritmias: > 120, avaliar se há restrições as atividades diárias de rotina. Bradicardia ✓ Frequência de pulso inferior a 60 bat/min em adultos, podem estar assintomáticos ou apresentar sintomas que variam da tontura a síncope fraca. ✓ São tratados pela colocação de um marcapasso, que tem o objetivo de regular os batimentos cardíacos. ✓ Não utilizar aparelhos que criam corrente eletromagnéticas, medidores eletrônicos do canal radicular, aparelhos de ultrassom para a remoção do cálculo dentário e bisturis elétricos. ✓ Podem causar supressão do marcapasso, resultando em parada cardíaca. Infarto do miocardio É consequência de isquemia prolongada no músculo cardíaco (falta de aporte sanguíneo que resultam em necrose). A causa mais comum do infarto: aterosclerose. O paciente com crise de infarto costuma apresentar dor semelhante á da angina do peito. Pode apresentar náuseas e vômitos. Paciente com infarto recente: nos primeiros 06 meses o risco de uma recidiva, como reinfarto ou morte súbita, durante uma intervenção cirúrgica médica ou odontológica é aproximadamente 30 % maior do que em pacientes normais. @blogdeodontoo 8 Procedimentos odontológicos invasivos: adiados pelo menos por 3 meses, mas o ideal é de 1 ano após o infarto. Pacientes sem complicações pós infarto nem fatores de risco adicionais (hipertensão, arritmias, insuficiência cardíaca congestiva) podem ser tratados no consultório odontológico. O controle da ansiedade do paciente (consultas breves, uso controlado de anestésicos com vasoconstritores, uso de sedação complementar), diminuem os riscos de uma recidiva. Casos de infarto de miocárdio com complicações, ou com recuperação instável. Evitar procedimentos odontológicos cirúrgicos nos primeiros 06 meses depois da ocorrência. Emergências: realizadas em ambiente hospitalar. Anormalidades das valvas cardíacas Valvas cardíacas: Estruturas formadas basicamente por tec. conjuntivo, que se encontram á saída de cada uma das 4 câmaras do coração. O coração possui 4 valvas: Aórtica, pulmonar e outras duas chamadas de atrioventriculares (direita e esquerda). Anormalidades: causas congênitas ou adquiridas. Estenose: incapacidade para abertura total. Insuficiência ou regurgitação: incapacidade para fechamento total. Dependendo do comprometimento da função valvar, há a necessidade da colocação de uma prótese valvar, alto risco para endocardite infecciosa. Endocardite infecciosa É a inflamação do revestimento interno do coração, afetando principalmente as estruturas valvares. Pode ter origem: Infecciosa: Provocada por bactérias, fungos e pode ser dividias em : Endocardite aguda: Desencadeada por organismos agressivos, que provocam rápida destruição da válvula cardíaca, levando a óbito em 6 semanas, podendo instalar- se um coração até então normal (usuários de drogas, hemodiálise). Endocardite subaguda: Desencadeada por organismos de virulência menor, com evolução de meses ou anos, sendo a mais comum, dificilmente se instala em corações isentos de moléstia, as válvulas artificiais também estão sujeitas a essa doença. @blogdeodontoo 9 Não infecciosa: Febre reumática; ocorre após uma infecção por Streptococcus (faringite). Lúpus eritematoso sistêmico: doença autoimune. Endocardite infecciosa Vários agentes periodontais foram detectados em placas de ateroma. • Paphyomanonas gengivalis. • Prevotella forsythensis. • Tannerella forsythensis. • Actinobacillus actinomycescetemcomitans. Associação da doença periodontal com o aumento dos níveis de marcadores pró- inflamatórios indicadores de risco às doenças cardiovasculares. Complicações mais frequentes: • Insuficiência cardíaca congestiva. • Embolias da grande circulação. • Formação de aneurismamicóticas. • Insuficiência renal. • Formação de abcessos intracardíacos. Tratamento: Realizado pelo médico, deve-se identificar o agente causador da infecção para que a antibioticoterapia correta possa ser instituída, fármaco de eleição é a penicilina G ou ampilicina. Prognóstico: Cura é rara se não for feito o uso de antibiótico correto por tempo prolongado (2 a 6 semanas). O óbito se deve a insuficiência cardíaca, embolia ou insuficiência renal. Em caso de cura, as válvulas podem sofrer sérias lesões (insuficiência cardíaca intratável- 30% de mortalidade). Procedimentos odontológicos em que não está indicado o uso de profilaxia antibiótica: • Dentística restauradora com ou sem fio retrator. • Injeção de anestésico local (exceto intraligamentar). • Colocação do isolamento absoluto. • Remoção de sutura pós-operatório. • Colocação ou remoção de aparelhos ortodônticos e próteses. • Ajuste e manutenção ortodôntica. • Moldagem. • Aplicação de flúor. • Radiografias. • Esfoliação de dente decíduo. Procedimentos odontológicos em que está indicado o uso de profilaxia antibiótica: • Injeção intraligamentar de anestésico local. • Extrações dentárias. • Procedimentos periodontais como raspagem, cirurgias, alisamento radicular, sondagem e terapia de manutenção. • Implante dentário e reimplante de dente avulsionado. • Instrumentação endodôntica. • Colocação inicial de bandas ortodônticas. @blogdeodontoo 10 • Limpeza profiláticas de dentes ou implantes nos quais possa haver sangramento. Nas seguintes condições cardíacas, a profilaxia antibiótica não está indicada: • Defeito septal atrial isolado. • Prolapso mitral sem regurgitação valvar. • Murmúrios cardíacos fisiológicos ou funcionais. • Doença reumática prévia sem disfunção valvar. • Marca-passos cardíacos e disfribiladores implantados. Stents: • Dispositivos metálicos que dão suporte físico as artérias coronárias estreitadas. • Pacientes mantidos com medicamentos antiagregante plaquetário. • Profilaxia antibiótica nos primeiros 30 dias após implantação do stent. • Cirurgias eletivas somente após um ano. Cardiopatia hipertensiva Elevação permanente dos níveis da pressão arterial sanguínea (PA), com valores >140/90 mmHg. Apesar dos tratamentos medicamentosos (anti- hipertensivos), é uma das principais causas de morbidade e mortalidade cardiovascular. O controle adequado da hipertensão diminui o risco de insuficiência coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral e insuficiência renal crônica. Causas: • Obesidade. • Alta ingestão de sal. • Tabagismo. • Elitsmo. • Sedentarismo. • Estresse. HA primária ou essencial: • Sem causa aparente. • Grande maioria dos casos (90-95%). • Tratamento se baseia na mudança no estilo de vida. • Maior problema enfrentado é a adesão do paciente ao tratamento. • Quando necessário, são empregados medicamentos anti-hipertensivos. Há secundária: • Representa apenas 5-10% dos casos. • Decorrente de outras patologias, problemas sistêmicos renais, endócrinos. • Decorrente de drogas hipertensivas, cocaínas, descongestionantes nasais, anticoncepcionais. • Tratamento direcionado para a doença base. Muitos são hipertensos e desconhecem sua condição (doença quase sempre assintomática), @blogdeodontoo 11 dificulta o controle clínico e a adesão do paciente ao tratamento. Recomendado: PA deve ser aferida sempre na 1 consulta e toda vez que se empregar anestesia local, mesmo que não haja histórico de hipertensão. A hipertensão classifica-se em: Complicadas: Se já provocou danos ao cérebro, aos rins e a retina. Não complicada; Se ainda não provocou danos ao organismo. Movimentos cardíacos: Sístole: É a concentração ventricular e nela ocorre o esvaziamento dos ventrículos. Diástole: É o relaxamento ventricular, nessa fase que os ventrículos recebem sangue dos átrios. 140/90 mmHg o limite superior normal para a pressão sistólica. Esses pacientes, quando submetidos ao tratamento odontológico, estão expostos a vários riscos, entre eles. • sangramento excessivo em cirurgias. • os anestésicos locais. • o estresse da dor. • bacteriana decorrente de procedimentos cruentos (endocardite infecciosa). ASA II Hipertensão no estágio 1 PA controlada ou até 160/100 mmHg: • Pode procedimentos odontológicos eletivos ou de urgência. • Avaliar outras alterações sistêmicas. • Planejar sessões curtas (em procedimentos prolongadas, monitorar PA). • Uso de Prilocaína 3% com Felipressina (máximo 3 tubetes, evitar injeção intravascular)> • Prescrever benzodiazepínicos. • Pós-operatório: dipirona ou paracetamol (evitar AINES). Hipertensão no estágio 2 PA> 160/100 mmHg, sem ultrapassar 180/110 mmHg: • Procedimentos odontológico eletivos são contraindicados. • Nas urgências: anestesia local e remoção de causa. • Procedimento realizado de forma rápida. • Prilocaína 3% (máximo 2 a 3 tubetes). • Se possível sob seleção. ASA II II Hipertensão severa assintomática PA > 180/110 mmHg: • Todo e qualquer procedimentos odontológico é contraindicado. • As urgências devem ser realizadas em ambiente hospitalar, após redução da PA. Hipertensão severa sintomática PA sistólica >180 mmHg ou diastólica >110 mmHg: @blogdeodontoo 12 • Presença de sintomas: cafaleias, alterações visuais, sangramento nasal ou gengival espontâneo e dificuldade respiratória. • Providenciar serviço móvel de urgência e solicitar avaliação médica imediata. • As urgências devem ser realizadas em ambiente hospitalar, após redução de PA. Terapia medicamentosa Anestésicos locais: • Primeira escolha: prilocaína 3% com vasoconstritor (feliprissina). • Outros nomes: citanest, citocaína, biopressin. • Uso do vasoconstritor é controverso, porém recomendado, porque melhora e prolonga o efeito anestésico. • A quantidade do vasopressor é pequena e seu efeito no controle da dor e da secreção da adrenalina endógena é benéfica. • Mepivacaína 3% sem vasoconstritor pode ser indicado. O uso de anestésicos pode ser indicado durante o tratamento odontológico em pacientes com comprometimento cardiovascular, porém, naqueles com risoc severo (quadro), recomenda-se que o médico solicite anestésicos sem vasoconstritores, a fim de evitar complicações indesejáveis, como taquicardia e até mesmo paradas cardíacas. Desvantagens: • Tempo de ação. • Ausência da ação hemostática. • Maior sangramento do tecido pulpar e menor controle da dor. Epinefrina: • Efeitos na PA dependem da dose e da vida de administração. • Doses elevadas e acidentalmente administradas no interior de vasos sanguíneos pode acarretar uma brusca elevação da PA. • Lembrar que quanto maior for o risco clínico de um paciente, mais importante se trona o controle eficaz da ansiedade e da dor, controle da secreção endógena de catecolaminas. • Logo, o emprego de soluções anestésicas com epinefrina (nas menores concentrações), pode ser benéficos aos pacientes hipertensos ou portadores da maioria das cardiopatias, com a doença controlada. • 2 tubetes por sessão (0,036 mg epinefrina) para pacientes hipertensos e com comprometimentos cardíacos moderado. • O anestésico para indivíduos com arritmias severas deve conter epinefrina. @blogdeodontoo 13 (situações de estresse, dor e tensão podem gerar uma quantidade de adrenalina endógena maior do que a administrada na anestesia local odontológica) As catecolaminas mobilizam energia para os músculos, coração, cérebro e ao mesmo tempo, reduzem o fluxo sanguíneo para outros órgãos, como o sistema gastrintestinal, garantindo a sobrevivência do individuo (reação de luta ou fuga). Analgésicos: • Qualquer analgésico. • Com uso de anticoagulantes,contraindicados os analgésicos a base de ácido acetilsalicílico (ação antiagregante). • A dor deve ser evitada pois o estresse é um fator coadjuvante na elevação da pressão arterial. Anti-inflamatórios: • Quanto maior o efeito anti-inflamatório, maior será a tenção de água (eleva a pressão arterial). • Diclofenaco, piroxican e corticoide devem ser evitadas. Primeira escolha; • Benzidamina: benflogin, benzitrat, eridamin 50 mg de 6/6 h. • Ácido mefenâmico: postan 500 mg de 8/8h, cuidado eleva a PA. • Maior risco de sangramento: não associar com outros AINES ou analgésicos. Antibióticos: • 2 g de amoxicilina 1 h antes da cirurgia, sem a necessidade de complementação da dose após a intervenção. • Se a indicação for dose terapêutica, medicação por 8 a 10 dias. • Em caso de dúvida, o contato com o médico. Anti-hipertensivos x Anti-inflamatórios: • O uso regular de AINES pode levar ao aumento da pressão arterial em pacientes normotensos ou hipertensos, sob tratamento ou não. • O mecanismo no qual acontece ainda é desconhecida. • Pode estar relacionado com inibição da síntese de prostaglandinas (atenuam o efeito vasconstritor de algumas substancias endógenas, provocando @blogdeodontoo 14 vasodilatação, o que mantém o fluxo sanguíneo renal e a velocidade de filtração glomerular. • As prostaglandinas também aumentam a excreção de cloreto de sódio e água. • A inibição desses efeitos das prostaglandinas pelos AINES: elevação da PA (antagoniza os efeitos redutores da pressão arterial dos anti-hipertensivos. Tratamento odontológico • Interação entre o cirurgião-dentista e o médico. • Mesmo que os pacientes: cardiopatas estejam assintomáticos no momento da consulta, os sintomas podem evoluir enquanto estão sob os cuidados do cirurgião-dentista, em virtude de situações de estresse, medo e tensão que muitas vezes ocorrem durante o atendimento. • Informações atualizadas são imprescindíveis ao correto manejo clínico dos pacientes, a fim de evitar ou contornar complicações indesejáveis. • Evitar sessões longas e dolorosas, (estresse e liberação de epinefrina endógena). • Cuidados com a anestesia com epinefrina. • Monitorar PA. • Uso de medicamentos contra hipertensão interferem no fluxo salivar, aumentando cárie e doença periodontal. Atenção ao posicionamento na cadeira ou mudanças bruscas (hipotensão ortostática). • Possibilidade de problemas de circulação nas extremidades, os pacientes devem ser atendidos em intervalos mais curtos e circular pelo consultório em determinados intervalos. • Cuidados com medicamentos que fazem uso: influencia na coagulação. • Encaminhar ao médico se as condições gerais do paciente não forem favoráveis. • Pacientes deve comparecer acompanhado ao atendimento.
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