pf-6-simulado-agente-administrativo-prop66

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SIMULADO PREPARATÓRIO
EDITAL
CADERNO DE PROVAS 
OBJETIVAS
2022
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estão corretamente registrados na sua Folha de Respostas. Confira também os dados em cada página nume-
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VOCÊ É IMPARÁVEL!
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a 
antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA 
resposta válida e de acordo com o gabarito. 
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resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER 
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errada anula uma resposta certa. 
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CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
PF – 6º SIMULADO – AGENTE ADMINISTRATIVO
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Língua Portuguesa
Vânia Araújo
TEXTO 1
 � Meus assombros de menina: qual era a verdade de cada pes-
soa, daquelas que me rodeavam numa casa geralmente alegre? Eu 
descobrira que nem sempre dizia o que pensava: e os outros?
 � Perplexidades adultas: por que nos perdemos tanto? Por que 
tantos encontros amigos ou amorosos, e mesmo profissionais, co-
meçam com entusiasmo e de repente – ou lenta e insidiosamente 
– se transformam em objeto de indiferença, irritação ou até mesmo 
crueldade?
 � Ninguém se casa, tem filho, assume um trabalho querendo 
que saia tudo errado, querendo falhar ou ser triturado. Quantas 
vezes, porém, depois de algum tempo trilhamos uma estrada de 
desencanto e rancor?
 � No mais trivial comentário, porque, em lugar de prestar aten-
ção ao outro, a gente prefere rotular, discriminando, marcando a 
ferro e fogo o flanco alheio com um rótulo invisível e ao mesmo 
tempo tão evidente? “Burro”, “arrogante, “falso”, “preguiçoso”, 
“mentiroso”, “omisso”, “desleal”, “vulgar”. Muitas vezes, humi-
lhamos logo de saída, demonstrando nossos preconceitos sem nos 
envergonharmos deles, já que nem nos damos conta.
 � Parece que não convivemos com pessoas: convivemos com 
imagens construídas pela nossa falta de generosidade. Pergunto a 
uma amiga pelo seu genro: “Aquele? Cada vez mais gordo!” mas 
talvez eu quisesse saber se ele estava empregado, se estava con-
tente, se fazia a filha dela feliz. E nossa amiga comum? “Ah, essa? 
Irreconhecível. Deve ter feito a milésima plástica na cara, mas os 
peitos estão um horror de caídos!” não me disse se a mulher em 
quem falávamos se recuperara da viuvez, se estava deprimida ou já 
superara o trauma, se parecia serena ou aflita.
 � Parece que invariavelmente acordamos com raiva de tudo e 
de todos. “Sujeito metido”, “professor ultrapassado”, “alunos me-
díocres”, “cantor desafinado”, “empresário falido”...
 � Não vemos gente ao nosso redor; pois só vemos etiquetas. Di-
fícil, assim, sentir-se acompanhado; difícil, desse jeito, amar e ser 
estimado. Vivemos como se estivéssemos isolados, com o olhar rá-
pido e superficial, o julgamento à mão, armado: “um idiota”, “uma 
dondoca”, “um fracassado”. Quem era, como se chamava, que ida-
de tinha, se teve filhos, amigos, sucessos, fracassos, de que morreu, 
como viveu? É desse tipo de coisas que quero saber quando leio 
notícias do tipo “Aposentado morre de infarto na rua”, “Idosa é 
atropelada na avenida”, “Mulher é assaltada no caixa eletrônico”.
 � Não admira que a gente sinta medo, solidão, raiva, mesmo 
que imprecisa, nem sabemos de quem ou do quê. Atacamos antes 
que nos ataquem. O outro é sempre uma ameaça com a qual não 
sabemos lidar; e não uma possibilidade de afeto ou alegria.
 � Todo homem será uma ilha?
 �
LUFT, Lya. Quando o homem é uma ilha. Extraído de Revista Veja. 01/12/2014. (com 
adaptações).
A respeito da tipologia, das ideias e dos sentidos do texto da escritora e 
cronista Lya Luft, julgue os itens subsecutivos.
1 No texto, de tipologia predominantemente argumentativa, a autora 
apresenta o seu ponto de vista sobre o inexplicável comportamento 
agressivo e intolerante de determinadas pessoas, o qual, muitas ve-
zes, as isola do restante da sociedade.
2 O vocábulo insidiosamente (l. 6) pode ser substituído por “ardilo-
samente” sem que se alterem as relações de sentido do trecho.
3 No quarto parágrafo, as expressões “No mais trivial comentário” 
(l. 13) e “marcando a ferro e fogo o flanco alheio” (l. 14-15) eviden-
ciam que não são necessários motivos sérios para que as pessoas 
desatem a sua ira e criem rótulos humilhantes para as pessoas que 
as cercam.
4 As informações dos dois primeiros parágrafos do texto evidenciam 
uma clara oposição entre os “assombros de menina” experimenta-
dos pela autorae as suas “perplexidades adultas”.
5 Na linha 32, com o trecho “Não vemos gente ao nosso redor; pois 
só vemos etiquetas”, a autora quer dizer que é mais fácil rotular-
mos as pessoas do que nos preocuparmos com o que elas realmente 
sentem, com seus verdadeiros problemas, com os motivos que as 
levam a tomar determinadas atitudes.
6 Subentende-se, das afirmações da autora, que todos os nossos re-
lacionamentos e nossos projetos começam de maneira apaixonada, 
mas se nosso entusiasmo arrefecer com o tempo e com os possíveis 
problemas que aparecem no caminho, corremos o risco de trilhar 
um caminho de desencanto e rancor.
7 Na linha 45, a oração interrogativa “Todo homem será uma ilha?” 
evidencia a presença da figura de linguagem comparação.
8 Depreende-se, das estruturas linguísticas do texto, que quando as-
sumimos qualquer tipo de relação, queremos que tudo dê certo; 
muitas vezes, porém, isso não acontece, porque em várias situações 
demonstramos não só nossos preconceitos como também nossa fal-
ta de generosidade.
Julgue os seguintes itens, em relação aos aspectos linguísticos do texto 
precedente.
9 Na linha 5, considerando que é facultativo o emprego da vírgula 
antes da conjunção aditiva, a sua supressão não prejudicaria a cor-
reção gramatical do trecho.
10 O processo de formação dos vocábulos “desleal” (l. 17) e “impreci-
sa” (l. 42) evidencia o uso de prefixos com valor de negação.
11 Na linha 19, a locução já que pode ser substituída pela expressão 
“na medida em que” sem prejuízo da correção gramatical ou das 
relações de sentido do texto.
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CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
12 Preservam-se a correção gramatical e a relação de sentido do trecho 
com a substituição da conjunção conclusiva “assim” (l. 33) pelo 
vocábulo pois.
13 Há uma falha de concordância na linha 35, tendo em vista que o 
termo “armado” deveria estar flexionado no gênero feminino em 
concordância com o substantivo mão.
14 A substituição do pronome “desse” (l. 38) por “deste” preserva a 
correção gramatical, mas altera a relação de sentido do texto, uma 
vez que tal pronome passa a fazer referência a informações que 
ainda serão apresentadas.
15 De acordo com as informações apresentadas no penúltimo pará-
grafo, a ideia expressa pelo verbo “lidar” (l. 44) corresponde a 
enfrentar; por isso sua substituição por este último preservaria a 
coerência e a correção gramatical do texto.
Raciocínio Lógico-Matemático
Marcelo Leite
Considere que a quatro crianças (André, Bia, Cláudio e Daniela) serão 
distribuídos brinquedos, um a um, podendo ser: carros iguais, bolas idên-
ticas e árvores iguais. A distribuição será realizada no sentido horário, 
seguindo certo padrão:
1º) Inicialmente, essas quatro crianças serão colocadas em torno de uma 
mesa, em posições fixas correspondentes à ordem alfabética dos nomes, 
no sentido horário.
2º) Chamaremos de rodada cada distribuição realizada para as 
quatro crianças.
3º) Se a criança receber um carro, então a criança seguinte irá receber 
uma bola, e se criança receber, uma bola, então a seguinte irá receber 
uma árvore, e caso a criança receba uma árvore, então a seguinte irá 
receber um carro. Essa relação deverá continuar, inclusive na passagem 
de uma rodada para outra.
Considerando que André tenha sido o primeiro a receber o brinquedo, 
tendo recebido um carro, e que, no total, para as quatro crianças foram 
distribuídos 120 brinquedos, então julgue os itens a seguir:
16 O último brinquedo distribuído ocorrerá na 30ª rodada.
17 Na 22ª rodada, Bia irá receber um carro.
18 Até 21ª rodada André terá recebido exatamente 7 carros.
19 Na 3ª rodada, uma criança será escolhida aleatoriamente. A chance 
de que tenha recebido uma árvore é inferior a 50%.
20 Até a 25ª rodada, André terá recebido 10 carros.
21 Caso seja formada uma fila com os brinquedos recebidos na 1ª e na 
2ª rodada, a quantidade de filas distintas que podem ser formadas 
é superior a 550.
Informática
Maurício Franceschini
O setor da equipe de TI da Polícia Federal constatou a necessidade da 
contratação do serviço de infraestrutura em nuvem (IaaS).
22 Esse serviço oferece ao órgão toda estrutura para criação e desen-
volvimento de softwares.
23 Em relação às redes de computadores quanto ao seu alcance geo-
gráfico, é correto afirmar que a rede MAN é capaz de conectar a 
Academia Nacional de Polícia, situada em Brasília, à Superinten-
dência Regional da Polícia Federal, também em Brasília, e à Dele-
gacia de Polícia Federal localizada em Anápolis-GO.
Com relação à hipótese apresentada, julgue a seguinte afirmativa.
24 O Centro de inteligência da Polícia, a fim de assegurar o sigilo de 
uma investigação que envolve menores, pretende usar a ferramenta 
de assinatura digital de chaves públicas, com a qual codificará os 
dados com sua chave pública institucional.
25 As configurações do Sistema Operacional Windows podem ser 
acessadas por meio do clique com botão esquerdo do mouse sobre o 
menu Iniciar, bem como com o botão direito sobre o mesmo menu 
e, ainda, por meio das teclas de atalho WIN+I.
26 O aplicativo de planilhas eletrônicas MS-EXCEL permite importar 
dados para alimentar suas planilhas, sendo compatível com os for-
matos JSON, XML e CSV, por meio da guia dados.
27 No MS Word, a ferramenta Cor de Realce do Texto permite alterar 
a cor da fonte do texto.
Atualidades
Kleber Caverna
A maioria das pessoas que adoece em decorrência da COVID-19 apre-
senta sintomas leves ou moderados e se recupera sem tratamento espe-
cial. No entanto, algumas desenvolvem um quadro grave e precisam de 
atendimento médico. Sobre esse tema, JULGUE:
28 O vírus pode se espalhar pela boca ou pelo nariz de uma pessoa in-
fectada, em pequenas partículas líquidas expelidas quando elas tos-
sem, espirram, falam, cantam ou respiram. A infecção pode ocorrer 
caso você inale o vírus quando estiver perto de alguém que tenha 
COVID-19 ou se você tocar em uma superfície contaminada e, em 
seguida, passar as mãos nos olhos, no nariz ou na boca, sendo que 
o vírus se espalha com mais facilidade em locais fechados e em 
meio a multidões.
29 Endurecer as restrições determinadas para a pandemia e fechar as 
fronteiras para evitar a disseminação da variante Ômicron são as 
únicas formas de combater a nova variante.
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
Leia o texto a seguir:
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) há muito enfrentam algumas das piores crises médicas e humanitárias do mundo. Muitas das áreas em que traba-
lham estão nas regiões mais vulneráveis ao clima, e as equipes prestam atendimento às pessoas que sofrem os impactos da emergência climática na 
saúde em primeira mão. 
Sobre esse tema, JULGUE:
30 Pelo texto anterior, fica bem claro que essa crise atinge com mais força as pessoas nas situações mais vulneráveis.
31 O Brasil formalizou sua promessa de atingir emissões líquidas zero até 2050 – dez anos antes da promessa anterior, e, com isso, o país também 
definiu uma nova meta de redução de emissões: 50% até 2030, sendo o impacto dessa meta maior do que o da apresentada em 2015.
32 As mudanças climáticas são alterações no estado do clima da Terra e são fenômenos antrópicos, sendo que atualmente essas mudanças têm ocor-
rido de forma intensa em razão da emissão de combustíveis fósseis, provocando o aumento da temperatura da Terra e eventos extremos como 
intensas secas, ondas de calor, chuvas recordes, incêndios florestais, entre outros.
Observe a charge a seguir:
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
33 A pobreza pode ter diversas causas, a depender do grupo so-
cial ou do país analisado, sendo elas de origem estrutural ou con-
juntural, sendo que, em se tratando do Brasil, a causa primária 
da pobreza é conjuntural e se amplia por meio da má distribui-
ção de renda.
34 Com a crise econômica agravada pela pandemia, quase 20 milhões 
de brasileiros dizem passar 24 horas ou mais semter o que comer, 
e mais da metade da população brasileira sofria de algum tipo de 
insegurança alimentar em dezembro de 2020.
Direito Administrativo
Raphael Spyere
Sobre as entidades da Administração Indireta, julgue os itens 
subsecutivos.
35 As fundações são pessoas jurídicas de direito público da adminis-
tração indireta, criadas por lei específica, para o desempenho de 
atribuições típicas de Estado.
36 As empresas públicas e sociedades de economia mista podem ser 
constituídas sob qualquer forma jurídica empresarial admitida no 
Direito, tal qual sociedade anônima.
37 As entidades da administração indireta têm legitimidade ativa para 
propor ação civil pública em defesa de interesses difusos, homogê-
neos e coletivos.
Julgue as assertivas a seguir que têm por objeto a disciplina jurídica dos 
atos e poderes administrativos.
38 Situação hipotética: A um só tempo, por meio de um ato admi-
nistrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público 
da Polícia Federal. Alguns dias depois, foi publicado outro ato que 
ratificava as férias desse servidor e subtraía a licença concedida, 
tendo em vista que o servidor não reunia as exigências legais para o 
seu gozo. Assertiva: No caso narrado, houve convalidação do ato 
administrativo por meio de reforma.
39 Uma decisão exarada por entidade da Administração Pública na 
forma de portaria e no exercício de competência delegada caracte-
riza ato administrativo.
40 Enquanto atos jurídicos perfeitos, os atos administrativos não po-
dem ser fulminados judicialmente.
41 Diferentemente do desvio, o excesso de poder é a modalidade de 
abuso de poder nas situações em que o agente busca alcançar fim 
diverso daquele que a lei imputou ao ato.
42 A inércia do administrador ao não adotar conduta comissiva pre-
vista em lei constitui ilegalidade em função do poder-dever de agir 
reputado à Administração Pública.
Direito Constitucional
Ricardo Blanco
43 É assegurada a ampla liberdade de associação, independentemente 
de autorização dos poderes públicos.
44 O direito à imagem preserva os atributos ou predicados da pes-
soa, atributos esses que a fazem merecedora de apreço no conví-
vio social.
45 De acordo com a CF, são pressupostos da desapropriação a necessi-
dade pública, a utilidade pública e o interesse social.
46 É permitida a análise pelo Poder Judiciário somente dos aspectos 
de legitimidade jurídica concernentes ao ato expulsório, não ca-
bendo, portanto, o julgamento da nocividade da permanência do 
estrangeiro em território nacional.
47 Situação hipotética: Carlos requereu o registro de sua candidatura 
para concorrer ao cargo de prefeito de município criado por des-
membramento territorial de município cujo Poder Executivo é che-
fiado pelo seu irmão. Assertiva: Nesse caso, Carlos, por ser irmão 
do prefeito do município-mãe, é inelegível.
48 Se, no ano de 2018, o presidente da assembleia legislativa de um 
estado, em seu primeiro mandato, substituir o governador nos seis 
meses anteriores ao pleito eleitoral, ele poderá concorrer ao cargo 
de governador, no mesmo estado, nas eleições estaduais daquele 
ano, mas não poderá concorrer à reeleição no pleito posterior.
49 Legislação infraconstitucional pode condicionar o exercício de di-
reitos políticos à idade.
50 É considerado abuso de poder ato praticado pelo presidente da Re-
pública contra o exercício de direito individual, podendo esse exer-
cício ser protegido por meio de mandado de segurança, cujo julga-
mento será da competência do Supremo Tribunal Federal (STF).
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Noções de Administração Pública
José Wesley
51 Na departamentalização de uma instituição pública, composta de 
órgãos como Departamento Pessoal, Departamento de Material e 
Patrimônio, Departamento Financeiro, entre outros, foi adotada a 
denominada departamentalização por objetivos.
52 A departamentalização funcional é a mais adequada para uma orga-
nização que tenha um quadro de profissionais com elevada especia-
lização e grande variedade de produtos ou serviços.
53 A departamentalização por funções é adequada para o desenvolvi-
mento de atividades continuadas e rotineiras em que sejam utiliza-
dos recursos especializados.
54 A cadeia de comando é um conceito relativo ao número de subor-
dinados que um chefe pode supervisionar diretamente. Quando há 
poucos níveis hierárquicos, a consequência é uma cadeia de co-
mando horizontalizada.
55 De acordo com o princípio das múltiplas subordinações, cada pes-
soa deve ter múltiplos chefes, mas se reportar a um único gerente.
56 O redesenho e a reengenharia são metodologias para o aperfeiço-
amento de processos. O redesenho busca aproveitar ao máximo os 
processos atuais da organização.
57 Um dos objetivos da gestão por processos é maximizar a produ-
tividade e eficiência, reduzindo o valor do produto ou serviço na 
percepção do cliente.
58 A gestão de processos tem como característica o conhecimento 
compartimentado e a transformação de objetivos em resultados 
para a organização.
59 A Gestão de Processos é um modelo de gestão contemporâneo, que 
visa transformar insumos em produtos e serviços que tenham valor 
para a alta administração.
60 A Gestão por Processos melhora os resultados das organizações, 
uma vez que reforça a burocracia sistêmica, melhorando os proces-
sos de atendimento e aumentando a eficácia. Uma das exigências 
da gestão por processo é a necessidade de definir a cadeia de valor.
61 O modelo de gestão orientado para processos é adequado para pro-
mover maior eficácia organizacional porque busca melhorar os im-
pactos e a satisfação do público usuário.
62 Nas organizações, a gestão de processos ocasiona a consolidação 
dos silos e feudos, favorecendo um conhecimento amplo acerca da 
organização.
63 A singularidade e elaboração progressiva são típicas de um pro-
cesso, pois nele há encadeamento lógico entre as diferentes etapas 
de produção.
64 O processo central entrega valor direto ao cliente, por isso é deno-
minado primário.
65 O controle por inspeção é pautado em ferramentas estatísticas, con-
forme a proposta de W. Shewhart na era do controle estatístico.
AFO
Manuel Piñon
Quanto aos Instrumentos de Planejamento, julgue os itens a seguir.
66 De acordo com a Lei n. 4.320/1964, integrará a Lei de Orçamento 
o Quadro Demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Catego-
rias Econômicas.
67 A lei orçamentária anual disporá sobre a forma de utilização e o 
montante de reservas de contingência.
68 A lei de diretrizes orçamentárias regula a política de aplicações das 
agências de Fomento.
Com relação aos princípios orçamentários, julgue os itens subsequentes.
69 O Princípio Orçamentário da Especificação confere maior transpa-
rência ao processo orçamentário, possibilitando a fiscalização par-
lamentar dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso 
de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Executivo.
70 De acordo com o Princípio Orçamentário da Programação, o orça-
mento deve ter o conteúdo e a forma de programação.
71 De acordo com o Princípio da Legalidade, a Lei de Orçamento 
Anual não conterá dispositivos estranhos à previsão da receita e 
à fixação da despesa, ressalvadas a autorização para abertura de 
créditos adicionais e a contratação de operação de crédito, nos ter-
mos da lei.
72 O Princípio do Equilíbrio prevê a igualdade entre a previsão da 
receita e a fixação da despesa em cada exercício financeiro.
O Prefeito de determinado município incluiu no projeto de lei do orça-
mento anual, para o exercício de 2022, um artigo que dispõe sobre a 
majoração da alíquota do ISSQN de 2% para 4%, para serviços presta-
dos do comércio de ambulantes. Assim, haverá possível aumento dessa 
receita pública.
73 Tal procedimento feriu o Princípio do Equilíbrio Orçamentário.
Acerca do regramento da receita e da despesa pública, julgue os itens 
subsequentes.
74 A classificação das despesas e receitas públicas emcorrentes e de 
capital obedece ao critério da natureza.
75 As receitas de capital são arrecadadas dentro do exercício e aumen-
tam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito 
positivo sobre o patrimônio líquido.
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
76 As receitas correntes constituem instrumento para financiar os ob-
jetivos definidos nos programas e ações correspondentes às políti-
cas públicas.
77 As receitas provenientes da prestação de serviços públicos por con-
cessionário são consideradas receitas derivadas.
78 Um exemplo de despesa orçamentária efetiva é a amortização da 
dívida fundada.
79 Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele legalmente em-
penhadas e as despesas nele contraídas.
80 A classificação funcional da despesa pública é formada por funções 
e subfunções. Cada atividade, projeto e operação especial identifi-
carão a função e a subfunção às quais se vinculam.
Administração – Gestão de Pessoas
José Wesley
81 Entre os estilos de liderança, a literatura tradicional considera dois 
comportamentos, a autocracia e a democracia, como pontos opos-
tos de uma escala. Entre os diferenciais dos dois modelos, estão a 
razão e a intuição.
82 As necessidades dos colaboradores são adquiridas ao longo do tem-
po em função da experiência de vida. Esse é um dos motivos que 
faz com que os administradores aprendam a identificá-las e a criar 
ambientes de trabalho que sejam responsivos aos respectivos perfis 
das necessidades.
83 A moderna gestão de pessoas busca desenvolver pessoas nas or-
ganizações com as atividades de treinar e desenvolver pessoas. O 
treinamento é aplicado para desenvolver habilidades na execução 
e aprimoramento de tarefas, que podem ou não estar relacionadas 
ao cargo atual.
84 A teoria dos dois fatores, proposta por Herzberg, explica como o 
ambiente de trabalho e o próprio trabalho interagem para produzir 
motivação. Os dois fatores citados na teoria podem ser denomina-
dos satisfacientes e insatisfacientes. 
85 Maslow desenvolveu a teoria de que as necessidades humanas dis-
põem-se em uma hierarquia. Na estrutura proposta por Maslow, a 
necessidade que se encontra no topo é a de autoestima.
86 De acordo com a teoria dos traços, é possível explicar o fenômeno 
da liderança por meio de certos traços de personalidade, de nascen-
ça ou adquiridos, que os líderes demonstram.
87 A avaliação 360º, também denominada circular, inclui a autoavalia-
ção, bem como a avaliação do integrante por aqueles com os quais 
se relaciona na organização, e não apenas por seus superiores.
88 Salário efetivo é aquele que consta na ficha de registro, na carteira 
profissional e em todos os documentos legais.
Administração de Recursos Materiais
José Wesley
89 O depósito, local físico para a guarda de produtos em processo, 
deve ser adaptado às condições específicas para a guarda e para a 
organização dos estoques.
90 Lead Time é a quantidade que indica a necessidade de realizar um 
novo pedido de compras para a reposição dos estoques.
No armazém de uma organização, um determinado item de estoque é 
consumido na razão de 300 unidades por mês e o seu tempo de reposição 
é de 1 mês.
91 Considerando que o estoque mínimo é de 2 meses, o ponto de pe-
dido será 900 unidades.
92 Estoque mínimo é a quantidade de materiais que o órgão possui 
para atender a demanda durante o período do tempo de reposição.
93 O material recuperável é considerado genericamente inservível 
para a entidade pública que detém a sua posse ou propriedade, se 
não estiver sendo aproveitado, embora esteja em perfeitas condi-
ções de uso.
94 A classificação de materiais inclui a catalogação, que consiste na 
descrição detalhada de toda a especificação do produto.
95 A Classificação ABC fornece a ordenação dos materiais pelos res-
pectivos valores de demanda anual. A classe C é responsável por 
grande porcentagem do valor global, logo não justifica maior aten-
ção do gestor.
96 O leiaute é diferente do arranjo físico, pois o primeiro não envolve 
posição de pessoas.
Arquivologia
Elvis Miranda
97 Os documentos de arquivos são preservados e mantidos visando 
duas finalidades: em um primeiro momento subsidiar as atividades 
administrativas e, num segundo momento, preservar a história da 
sociedade.
98 O arquivo do Departamento de Polícia Federal é classificado como 
um arquivo público, de acordo com o critério relacionado à entida-
de a que está vinculado.
99 Na classificação de documentos, temos dois aspectos que se con-
fundem: forma e formato. A forma do documento está relacionada 
ao modo como o suporte (material em que o documento foi con-
feccionado) se apresenta. O formato está relacionado ao estágio de 
preparação e transmissão do documento.
100 Maior frequência de uso, manutenção de documentos mais recen-
tes na entidade e proximidade ao usuário direto são características 
vinculadas aos documentos de primeira idade, ou seja, correntes.
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
101 O descarte de documentos pode ocorrer em qualquer uma das três 
idades do ciclo vital, desde que esteja prevista na tabela de tem-
poralidade.
102 A atividade de protocolo consiste no controle da tramitação dos 
documentos que circulam na entidade, em busca de solução para 
os assuntos neles tratados. Por suas características, é uma atividade 
vinculada à idade corrente do ciclo vital.
103 Para minimizar os estragos que podem vir a ser causados por insetos 
e microrganismos nos documentos, é recomendável que o ambiente 
de arquivo tenha um rigoroso controle de umidade e temperatura.
104 Na elaboração do plano de classificação da entidade, os assuntos 
são organizados de maneira hierarquizada, dos mais genéricos para 
os mais específicos, recebendo códigos numéricos que os identifi-
cam. Quando há a opção pelo método duplex, existe a limitação de 
10 áreas ou classes em cada nível dentro do plano.
105 Para a elaboração do plano de classificação do Departamento de 
Polícia Federal, é fundamental que os profissionais envolvidos co-
nheçam bem a estrutura e o funcionamento da entidade.
106 Os documentos de arquivo são únicos, em função do contexto em 
que são produzidos. É o que prevê o princípio da unicidade.
107 O Departamento de Polícia Federal está vinculado ao SINAR e, 
como tal, deve obedecer às orientações emanadas pelo Conarq, 
Conselho Nacional de Arquivos, no que se refere aos seus arquivos.
108 Uma melhor organização dos documentos dentro do arquivo, fa-
cilidade de acesso e otimização de recursos humanos e materiais 
vinculados à área de documentação são objetivos a serem alcança-
dos com a implementação de uma política de gestão de documentos 
na entidade.
Legislação
Luciano Favaro, Eduardo Galante, Wallace França e 
Deusdedy Solano
Considerando o disposto na Lei n. 7.102, de 1983, julgue os subse-
quentes itens.
109 A aplicação de penalidades aos estabelecimentos financeiros por 
descumprimento do disposto na Lei n. 7.102, de 1983, é de incum-
bência do Banco Central do Brasil.
110 Situação hipotética: a empresa XYZ S/A presta os serviços de 
transporte de valores. Intentando ampliar os seus negócios, a em-
presa estabeleceu como meta também atuar nos serviços de vigi-
lância a partir do ano de 2022. Assertiva: nesse caso, o intento 
da empresa não poderá ser executado, pois é vedada a execução 
dos serviços de vigilância e de transporte de valores por uma mes-
ma empresa.
111 Poderá ser aplicada a penalidade de interdição do estabelecimento 
à instituição financeira que infringir o disposto na Lei n. 7.102, de 
1983, a depender da gravidade da infração e levando-se em conta a 
reincidência e a condição econômica do infrator.
112 Situação hipotética: a Seguradora Alfa S/A emitiu apólice de se-
guro em favor de um estabelecimento financeiro que incluiu cober-
tura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerário e 
outros valores, sem comprovação de cumprimento, pelo estabeleci-
mento financeiro, dasexigências previstas na Lei n. 7.102, de 1983. 
Assertiva: nesse caso, o ato praticado pela Seguradora Alfa S/A 
está em desacordo com o estabelecido na citada Lei.
Nos termos da Lei n. 10.357/01, que estabelece normas de controle e fis-
calização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam 
ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psico-
trópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras 
providências, julgue os itens 113 e 114.
113 Todas as partes envolvidas deverão possuir licença de funciona-
mento, exceto quando se tratar de quantidades de produtos quí-
micos inferiores aos limites a serem estabelecidos em Decreto do 
Chefe do Poder Executivo.
114 A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo, suspender o 
exercício de atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de 
atividade controlada deverá comunicar a paralisação ou alteração 
ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias a partir 
da data de entrada do requerimento com a informação de interrup-
ção das atividades.
115 A inovação legislativa trazida pelo governo Bolsonaro retirou do 
Estatuto do Desarmamento a necessidade de comprovação do re-
quisito de declarar a efetiva necessidade.
116 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente 
constituídas devem obedecer às condições de uso e de armazena-
gem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo o possui-
dor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do 
regulamento da referida Lei.
117 Os crimes do Estatuto, por tutelarem um bem jurídico difuso e cole-
tivo, são todos de médio ou de elevado potencial ofensivo.
Conforme descrito na Lei n. 12.830/2013, que dispõe sobre a investigação 
criminal conduzida por delegado de polícia, julgue os três itens a seguir.
118 O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por 
ato fundamentado, no qual poderá dispensada a indicação da au-
toria, mas deve indicar a materialidade da infração penal e suas 
circunstâncias.
119 As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais 
exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essen-
ciais e exclusivas de Estado.
120 Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe 
a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial 
ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a 
apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das in-
frações penais.
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
POLÍCIA FEDERAL
AGENTE ADMINISTRATIVO
GABARITO
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Gabarito E C C E C E E C E E C E E E E C E C E E
Item 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
Gabarito C E E E C C E C E C E E E C E E C C C E
Item 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito E C E E E C C C C E E E C E E E E E E E
Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
Gabarito E E E C E C E C C C E C E C E C E E E C
Item 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Gabarito E C E C E C C E E E C E E E E E C C E C
Item 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito E C C E C C C C E E C C E E E C E E C C
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CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
PF – 6º SIMULADO – AGENTE ADMINISTRATIVO
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Língua Portuguesa
Vânia Araújo
TEXTO 1
 � Meus assombros de menina: qual era a verdade de cada pes-
soa, daquelas que me rodeavam numa casa geralmente alegre? Eu 
descobrira que nem sempre dizia o que pensava: e os outros?
 � Perplexidades adultas: por que nos perdemos tanto? Por que 
tantos encontros amigos ou amorosos, e mesmo profissionais, co-
meçam com entusiasmo e de repente – ou lenta e insidiosamente 
– se transformam em objeto de indiferença, irritação ou até mesmo 
crueldade?
 � Ninguém se casa, tem filho, assume um trabalho querendo 
que saia tudo errado, querendo falhar ou ser triturado. Quantas 
vezes, porém, depois de algum tempo trilhamos uma estrada de 
desencanto e rancor?
 � No mais trivial comentário, porque, em lugar de prestar aten-
ção ao outro, a gente prefere rotular, discriminando, marcando a 
ferro e fogo o flanco alheio com um rótulo invisível e ao mesmo 
tempo tão evidente? “Burro”, “arrogante, “falso”, “preguiçoso”, 
“mentiroso”, “omisso”, “desleal”, “vulgar”. Muitas vezes, humi-
lhamos logo de saída, demonstrando nossos preconceitos sem nos 
envergonharmos deles, já que nem nos damos conta.
 � Parece que não convivemos com pessoas: convivemos com 
imagens construídas pela nossa falta de generosidade. Pergunto a 
uma amiga pelo seu genro: “Aquele? Cada vez mais gordo!” mas 
talvez eu quisesse saber se ele estava empregado, se estava con-
tente, se fazia a filha dela feliz. E nossa amiga comum? “Ah, essa? 
Irreconhecível. Deve ter feito a milésima plástica na cara, mas os 
peitos estão um horror de caídos!” não me disse se a mulher em 
quem falávamos se recuperara da viuvez, se estava deprimida ou já 
superara o trauma, se parecia serena ou aflita.
 � Parece que invariavelmente acordamos com raiva de tudo e 
de todos. “Sujeito metido”, “professor ultrapassado”, “alunos me-
díocres”, “cantor desafinado”, “empresário falido”...
 � Não vemos gente ao nosso redor; pois só vemos etiquetas. Di-
fícil, assim, sentir-se acompanhado; difícil, desse jeito, amar e ser 
estimado. Vivemos como se estivéssemos isolados, com o olhar rá-
pido e superficial, o julgamento à mão, armado: “um idiota”, “uma 
dondoca”, “um fracassado”. Quem era, como se chamava, que ida-
de tinha, se teve filhos, amigos, sucessos, fracassos, de que morreu, 
como viveu? É desse tipo de coisas que quero saber quando leio 
notícias do tipo “Aposentado morre de infarto na rua”, “Idosa é 
atropelada na avenida”, “Mulher é assaltada no caixa eletrônico”.
 � Não admira que a gente sinta medo, solidão, raiva, mesmo 
que imprecisa, nem sabemos de quem ou do quê. Atacamos antes 
que nos ataquem. O outro é sempre uma ameaça com a qual não 
sabemos lidar; e não uma possibilidade de afeto ou alegria.
 � Todo homem será uma ilha?
 �
LUFT, Lya. Quando o homem é uma ilha. Extraído de Revista Veja. 01/12/2014. (com 
adaptações).
A respeito datipologia, das ideias e dos sentidos do texto da escritora e 
cronista Lya Luft, julgue os itens subsecutivos.
1 No texto, de tipologia predominantemente argumentativa, a autora 
apresenta o seu ponto de vista sobre o inexplicável comportamento 
agressivo e intolerante de determinadas pessoas, o qual, muitas ve-
zes, as isola do restante da sociedade.
Errado.
O texto em apreço é uma crônica reflexiva e tem, portanto, predomi-
nância do tipo narrativo. Ademais, nele, a autora tece reflexões sobre 
o fato de as pessoas perderem o encanto pelas coisas e pelas pessoas e 
se tornarem amargas, rancorosas e até agressivas no decorrer da vida.
2 O vocábulo insidiosamente (l. 6) pode ser substituído por “ardilo-
samente” sem que se alterem as relações de sentido do trecho.
Certo.
Os vocábulos "insidiosamente" e “ardilosamente” possuem uma re-
lação de sinonímia.
3 No quarto parágrafo, as expressões “No mais trivial comentário” 
(l. 13) e “marcando a ferro e fogo o flanco alheio” (l. 14-15) eviden-
ciam que não são necessários motivos sérios para que as pessoas 
desatem a sua ira e criem rótulos humilhantes para as pessoas que 
as cercam.
Certo.
A expressão “No mais trivial comentário” leva ao entendimento de 
que não são necessários motivos sérios e a expressão “marcando a 
ferro e fogo o flanco alheio” encaminha ao entendimento de que são 
criados rótulos humilhantes (que machucam) para as pessoas.
4 As informações dos dois primeiros parágrafos do texto evidenciam 
uma clara oposição entre os “assombros de menina” experimenta-
dos pela autora e as suas “perplexidades adultas”.
Errado.
O que as informações dos dois primeiros parágrafos do texto nos per-
mitem inferir é que as reflexões da autora apenas ganharam novos 
contornos, novas nuanças, mas não se pode detectar uma relação de 
oposição entre os seus assombros de menina e as suas perplexidades 
de adulta.
5 Na linha 32, com o trecho “Não vemos gente ao nosso redor; pois 
só vemos etiquetas”, a autora quer dizer que é mais fácil rotular-
mos as pessoas do que nos preocuparmos com o que elas realmente 
sentem, com seus verdadeiros problemas, com os motivos que as 
levam a tomar determinadas atitudes.
Certo.
Com o trecho “Não vemos gente ao nosso redor; pois só vemos eti-
quetas”, a autora pretende, efetivamente, mostrar que para nós é mais 
fácil rotular as pessoas do que nos preocuparmos em entender o que 
elas realmente sentem, quais os seus verdadeiros problemas ou os mo-
tivos que as levam a tomar determinadas atitudes.
1
5
10
15
20
25
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35
40
45
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
6 Subentende-se, das afirmações da autora, que todos os nossos re-
lacionamentos e nossos projetos começam de maneira apaixonada, 
mas se nosso entusiasmo arrefecer com o tempo e com os possíveis 
problemas que aparecem no caminho, corremos o risco de trilhar 
um caminho de desencanto e rancor.
Errado.
Em nenhum trecho do texto em análise podemos encontrar essa infor-
mação. Do texto é possível depreender, apenas, que a autora busca ex-
plicações para o fato de que tantos encontros amigáveis ou amorosos, 
e mesmo profissionais, começam com entusiasmo e, de repente, ou 
de forma lenta e insidiosa, transformam-se em objeto de indiferença, 
irritação ou até mesmo crueldade.
7 Na linha 45, a oração interrogativa “Todo homem será uma ilha?” 
evidencia a presença da figura de linguagem comparação.
Errado.
A figura de linguagem presente no trecho em questão não é a compa-
ração, mas, sim, a metáfora.
8 Depreende-se, das estruturas linguísticas do texto, que quando as-
sumimos qualquer tipo de relação, queremos que tudo dê certo; 
muitas vezes, porém, isso não acontece, porque em várias situações 
demonstramos não só nossos preconceitos como também nossa fal-
ta de generosidade.
Certo.
Essa é a ideia que podemos, efetivamente, depreender a partir das 
informações do texto.
Julgue os seguintes itens, em relação aos aspectos linguísticos do texto 
precedente.
9 Na linha 5, considerando que é facultativo o emprego da vírgula 
antes da conjunção aditiva, a sua supressão não prejudicaria a cor-
reção gramatical do trecho.
Errado.
A supressão da vírgula antes da conjunção aditiva na linha 4 pressu-
poria a interposição de vírgula entre o sujeito e o verbo e provocaria 
prejuízo gramatical ao trecho: “(...) tantos encontros amigos ou amo-
rosos e mesmo profissionais, começam...”.
10 O processo de formação dos vocábulos “desleal” (l. 17) e “impreci-
sa” (l. 42) evidencia o uso de prefixos com valor de negação.
Errado.
Embora ambos os prefixos tenham raiz latina, eles atribuem ideias 
diferentes. O prefixo latino des- atribui ideia de separação ou ação 
contrária: desfazer, “ser desleal”. Já, o prefixo latino i-(ilegal) e suas 
variações in- (indefesa) e im- (imprecisa) atribuem ideia de nega-
ção, privação.
11 Na linha 19, a locução já que pode ser substituída pela expressão 
“na medida em que” sem prejuízo da correção gramatical ou das 
relações de sentido do texto.
Certo.
As locuções já que e “na medida em que” atribuem ideia de causa e 
podem, portanto, ser intercambiadas, sem prejuízo da correção gra-
matical ou das relações de sentido do texto.
12 Preservam-se a correção gramatical e a relação de sentido do trecho 
com a substituição da conjunção conclusiva “assim” (l. 33) pelo 
vocábulo pois.
Errado.
Segundo a prescrição gramatical, a conjunção “assim” é conclusiva; 
já a conjunção pois é explicativa. Por isso, a substituição daquela 
por esta prejudica a correção gramatical do trecho e as suas relações 
de sentido.
13 Há uma falha de concordância na linha 35, tendo em vista que o 
termo “armado” deveria estar flexionado no gênero feminino em 
concordância com o substantivo mão.
Errado.
Não existe falha de concordância no trecho em análise, porque o ter-
mo “armado” está flexionado no gênero masculino para concordar 
com o substantivo julgamento: “o julgamento [à mão,] armado”.
14 A substituição do pronome “desse” (l. 38) por “deste” preserva a 
correção gramatical, mas altera a relação de sentido do texto, uma 
vez que tal pronome passa a fazer referência a informações que 
ainda serão apresentadas.
Errado.
O pronome “deste”, ao substituir o pronome anafórico “desse”, passa 
a ter uma função dêitica, qual seja a de situar os elementos mencio-
nados no momento atual da interlocução (é deste tipo de coisas que 
estou falando agora – neste exato momento). Assim, a substituição 
proposta preserva a relação de sentido do texto.
15 De acordo com as informações apresentadas no penúltimo pará-
grafo, a ideia expressa pelo verbo “lidar” (l. 44) corresponde a 
enfrentar; por isso sua substituição por este último preservaria a 
coerência e a correção gramatical do texto.
Errado.
Apesar de ambos os verbos terem mesmo significado e serem, portan-
to, sinônimos, a substituição do verbo “lidar” (que é transitivo indire-
to e exige a preposição “com”) pelo verbo enfrentar (que é transitivo 
direto) provocaria erro de regência, uma vez que assertiva, ao propor 
a substituição, não menciona a retirada da preposição.
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
Raciocínio Lógico-Matemático
Marcelo Leite
Considere que a quatro crianças (André, Bia, Cláudio e Daniela) serão 
distribuídos brinquedos, um a um, podendo ser: carros iguais, bolas idên-
ticas e árvores iguais. A distribuição será realizada no sentido horário, 
seguindo certo padrão:
1º) Inicialmente, essas quatro crianças serão colocadas em torno de uma 
mesa, em posições fixas correspondentes à ordem alfabética dos nomes, 
no sentido horário.
2º) Chamaremos de rodada cada distribuição realizada para as 
quatro crianças.
3º) Se a criança receber um carro, então a criança seguinte irá receber 
uma bola, e se criança receber, uma bola, então a seguinte irá receber 
uma árvore, e caso a criança receba uma árvore, então a seguinte irá 
receber um carro. Essa relação deverá continuar, inclusive na passagem 
de uma rodada para outra.
Considerandoque André tenha sido o primeiro a receber o brinquedo, 
tendo recebido um carro, e que, no total, para as quatro crianças foram 
distribuídos 120 brinquedos, então julgue os itens a seguir:
16 O último brinquedo distribuído ocorrerá na 30ª rodada.
Certo.
Como em cada rodada são distribuídos 4 brinquedos, então o total de 
rodadas será dado por:
Total = 
Total de brinquedos
=
120
= 30 rodadas
Nº de brinquedos em cada rodada 4
Assim, o último brinquedo será distribuído na 30ª rodada.
17 Na 22ª rodada, Bia irá receber um carro.
Errado.
Inicialmente, iremos colocar as crianças em ordem alfabética dos no-
mes, lembrando que a primeira criança que recebeu o presente foi 
André, e ele recebeu um carro. Assim, teremos:
RODADA André Bia Cláudio Daniela
1ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
2ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
3ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
4ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
5ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
6ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
7ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
. . . . .
. . . . .
. . . . .
Perceba que ocorre a repetição das três primeiras rodadas, a qual será 
chamada de “Carimbo”. Assim, para saber a sequência de qualquer 
rodada, basta dividir o número da rodada desejada por 3 (quantidade 
de sequências em cada carimbo). Em seguida, observe os resultados 
do quociente e do resto. O quociente indica o número de carimbos, 
e o resto, que pode ser 1, 2 ou 0, representa a 1ª, a 2ª ou a 3ª rodada, 
respectivamente.
Então, iremos analisar a 22ª rodada.
Ao dividirmos 22 por 3, teremos quociente 7 e resto 1. Assim, o quo-
ciente indica que o carimbo (as três primeiras sequências) aparece 7 
vezes, e o resto 1 indica que o 8º carimbo é incompleto e que possui 
apenas uma sequência. Assim, a 22ª rodada terá a mesma ordem da 1ª 
rodada. Assim, teremos:
RODADA André Bia Cláudio Daniela
22ª = 1ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
Assim, Bia irá receber, na 22ª rodada, uma bola.
18 Até 21ª rodada André terá recebido exatamente 7 carros.
Certo.
Inicialmente, iremos colocar as crianças em ordem alfabética dos no-
mes, lembrando que a primeira criança que recebeu o brinquedo foi 
André, e ele recebeu um carro. Assim, teremos:
RODADA André Bia Cláudio Daniela
1ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
2ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
3ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
4ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
5ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
6ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
7ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
. . . . .
. . . . .
. . . . .
Perceba que ocorre a repetição das três primeiras rodadas, a qual cha-
maremos de “Carimbo”. Assim, para saber a sequência de qualquer 
rodada, basta dividir o número da rodada desejada por 3 (quantidade 
de sequências em cada carimbo). Em seguida, observe os resultados 
do quociente e do resto. O quociente indica o número de carimbos, 
e o resto, que pode ser 1, 2 ou 0, representa a 1ª, a 2ª ou a 3ª rodada, 
respectivamente.
Então, iremos analisar a 21ª rodada.
Ao dividirmos 21 por 3, teremos quociente 7 e resto 0. Assim, o quo-
ciente indica que o carimbo (as três primeiras sequências) aparece 7 
vezes, e o resto 0 indica que a última rodada será representada pela 
3ª rodada. Assim, a 21ª rodada terá a mesma ordem da 3ª rodada. 
Assim, teremos:
RODADA André Bia Cláudio Daniela
21ª = 3ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
Em cada carimbo completo, André recebeu 1 carro. Como são 7 ca-
rimbos, ele irá receber 7 carros.
19 Na 3ª rodada, uma criança será escolhida aleatoriamente. A chance 
de que tenha recebido uma árvore é inferior a 50%.
Errado.
Inicialmente, iremos colocar as crianças em ordem alfabética dos no-
mes, lembrando que a primeira criança que recebeu o brinquedo foi 
André, e ele recebeu um carro. Assim, teremos:
CEBRASPE – Polícia Federal – 6º Simulado – Agente Administrativo
RODADA André Bia Cláudio Daniela
1ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
2ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
3ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
4ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
5ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
6ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
7ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
. . . . .
. . . . .
. . . . .
Assim, na 3ª rodada, duas crianças receberam árvores, e a probabili-
dade é dada por:
P(Evento) =
Quero
Total
P(ter recebido árvore) =
2
x 100% = 50%
4
20 Até a 25ª rodada, André terá recebido 10 carros.
Errado.
Inicialmente, iremos colocar as crianças em ordem alfabética dos no-
mes, lembrando que a primeira criança que recebeu o brinquedo foi 
André, e ele recebeu um carro. Assim, teremos:
RODADA André Bia Cláudio Daniela
1ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
2ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
3ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
4ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
5ª RODADA Bola Árvore Carro Bola
6ª RODADA Árvore Carro Bola Árvore
7ª RODADA Carro Bola Árvore Carro
. . . . .
. . . . .
. . . . .
Perceba que ocorre a repetição das três primeiras rodadas, a qual cha-
maremos de “Carimbo”. Assim, para saber a sequência de qualquer 
rodada, basta dividir o número da rodada desejada por 3 (quantidade 
de sequências em cada carimbo). Em seguida, observe os resultados 
do quociente e do resto. O quociente indica o número de carimbos, 
e o resto, que pode ser 1, 2 ou 0, representa a 1ª, a 2ª ou a 3ª rodada, 
respectivamente.
Então, iremos analisar a 25ª rodada.
Ao dividirmos 25 por 3, teremos quociente 8 e resto 1. Assim, o quo-
ciente indica que o carimbo (as três primeiras sequências) aparece 8 
vezes, e o resto 1 indica que a última rodada será representada pela 
1ª rodada. Assim, a 25ª rodada terá a mesma ordem da 1ª rodada. 
Logo, teremos:
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