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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS VI- PARAGOMINAS José Ailton Souza de Brito e Melissia Oliveira Ribeiro PALEONTOLOGIA NA EVOLUÇÃO Correlação de duas ciências (Fascículo) Paragominas- Pará 2021 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO: CONCEITO E DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 3 1.1- História das pesquisas paleontológicas no mundo e no Brasil .................................................... 6 2- TAFONOMIA: PROCESSOS E AMBIENTES DE FOSSILIZAÇÃO ............................................................... 9 2.1 Conceito de Fóssil: ................................................................................................................................................. 9 2.2 Conceito de Fossilização: .................................................................................................................................... 9 2.3 Registro Fóssil ...................................................................................................................................................... 10 2.4 Processo de fossilização ................................................................................................................................... 11 2.5 Classificação dos fósseis .................................................................................................................................. 12 3- PALEOAMBIENTES E REGISTROS FÓSSEIS ............................................................................................... 14 3.1 Características: .................................................................................................................................................... 14 3.2 Registros fósseis .................................................................................................................................................. 15 3.3 Escala de Tempo Geológico ............................................................................................................................ 17 3.4 Éons .......................................................................................................................................................................... 18 4- PALEOBIOLOGIA ........................................................................................................................................................ 21 4.1 Paleozoologia dos invertebrados ................................................................................................................. 21 4.2- Paleozoologia dos vertebrados ................................................................................................................... 37 4.3- Estudo dos Dinossauros ................................................................................................................................. 42 4.4- Paleobotânica ..................................................................................................................................................... 52 5- TEORIAS EVOLUTIVAS E EXTINÇÃO ................................................................................................................. 60 6- REGISTRO FÓSSIL NO BRASIL E NO PARÁ ..................................................................................................... 69 6.1 A formação de Pirabas ...................................................................................................................................... 69 6.2- Exemplos de Vertebrados da formação de Pirabas ............................................................................ 70 6.3- Exemplos de fósseis invertebrados da Formação de Pirabas ......................................................... 71 6.4- Ilha de Fortaleza - São João de Pirabas .................................................................................................... 73 6.5- Mina B-17 (Capanema) ................................................................................................................................... 73 6.6 Praia do Atalaia (Salinópolis) ........................................................................................................................ 74 6.7 Irituia e São Miguel do Guamá ..................................................................................................................... 75 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................................ 77 1- INTRODUÇÃO: CONCEITO E DEFINIÇÃO “O termo paleontologia foi usado pela primeira vez em 1834 a partir da união das palavras gregas: palaios = antigo, ontos = ser, logos = estudo. A origem do nome dessa ciência remete ao seu principal objeto de estudos, os fósseis, fossilis = extraído da terra (Figura 1), ou seja, a paleontologia é a ciência responsável pelos estudos dos restos de animais e vegetais ou de evidências de suas atividades que ficaram preservados nas rochas ou em outros materiais como o gelo. Esses restos e evidencias são chamados de fósseis” (CARVALHO, 2010) e trabalha para buscar bens mineiras e energéticos. Sendo assim, a paleontologia não se limita apenas aos estudos de fósseis animais encontrados em rochas, é uma ciência muito mais abrangente, é comum definirem as áreas de pesquisas da paleontologia relacionada somente com a geologia, porém, sua aplicação vai muito mais além, exemplo, é a sua utilização na biologia, ao qual auxilia os estudos para compreensão da evolução. Figura1. Fóssil de Ludwigia murchisonae Fonte: Wikimedia Commons, 2021 Subdivisões da paleontologia e seus respectivos objetos de estudo A paleontologia possui diversas subdivisões e áreas de estudos, a princípio será apresentado os “mais interligados” com a biologia. Tais como: Paleobotânica é uma subdivisão da paleontologia que estuda os fosseis dos grupos de vegetais. (Figura 2). Paleobiologia é um sistema conceitual criado para ajudar nas pesquisas paleoambientais e nos processos evolutivos, essa área irá englobar a paleoecologia, paleobiogeografia e a paleontologia evolutiva, baseia-se na Tafonomia. Paleoecologia é área que estuda as relações entre os organismos e o meio ao qual vivem, é analisado também as possíveis evoluções do organismo estudado, ou seja, tem como objetivo é utilizar dados a partir de fósseis para reconstruir os ecossistemas do passado (Figura 3). Paleobiogeografia é importante para compreender como ocorreu/ocorre a distribuição das espécies no decorrer do tempo geológico. Paleozoologia é responsável por estudar os fósseis animais, está subdivida em paleozoologia de vertebrados (Figura 4.1) e paleozoologia de invertebrados. (Figura 4.2). Paleopatologia é direcionada aos estudos de doenças observadas nos fósseis. (Figura 5) Figura 2. Fóssil da Fagus sylvatica Fonte: Biólogo, 2020. Figura 3. Parte dos fósseis do tatu gigante Fonte: Blog do GPME, 2013 Figura 4.1 Fósseis de animais vertebrados Fonte: Arqueologia e pré-História, 2021. Figura 4.2. Fóssil de Ammonite Fonte: Pelomundo, 2017. Figura 5. Mandíbula humana pré-histórica fratura não consolidada ou pseudoartrose no ramo horizontal esquerdo. Fonte: CCMS, 2003. 1.1- História das pesquisas paleontológicas no mundo e no Brasil A paleontologia possui pesquisas altamente importante para o meio científico. Na área da paleopatologia se tem o mais antigo caso de câncer, a enfermidade foi encontrada no crânio de um operário com idade de aproximadamente 35 anos, ao qual participou da construção daspirâmides de Gizé (no Egito) há 4.600 anos atrás, foi constatado o aparecimento de buracos que variam do tamanho de uma ervilha ao de uma moeda. (Figura 6) Figura 6. Crânio lesionado pelo câncer Fonte: Passei Direto No Brasil muitas pesquisas foram realizadas na Bacia do Araripe, os estudos ocorreram no decorrer do século XIX, “Os fósseis de peixes foram coletados pelo botânico inglês, George Gardner, os dados adquiridos serviram para descrever os primeiros exemplares do Araripe: (Figura 7) Aspidorhynchus camptoni (Figura 8), Lepidotus temnurus, Rhacolepis brama, Rhacolepis lapus, Rhacolepis buccalis, Cladocyclus gardneri (Figura 9) e Calamopleurus cylindricus, com base nesta fauna, datou as camadas como de idade cretácea e esta foi a primeira vez que uma formação geológica brasileira foi datada com base paleontológica. Os peixes fósseis do Araripe foram objeto de interesse de outros pesquisadores como Edward D. Cope (1871), Arthur S. Woodward (1887, 1890), David S. Jordan e John C. Branner (1908)”. (CARVALHO. S.M e SANTOS. M.E, 2015) Figura 7. Ilustração da Palaeoictiofauna do Araripe (1968, p. 350) Fonte: The fish fossils of Araripe, 2021 Figura 8. Aspidorhynchus camptoni Fonte: The fish fossils of Araripe, 2021 Figura 9. Cladocyclus gardneri Fonte: The fish fossils of Araripe, 2021 As pesquisas na Bacia do Araripe continuaram ocorrendo, diversas descobertas foram de extrema importância para a compreensão da biodiversidade nessa região, é um local muito rico em fósseis que possui uma conservação excepcional para pesquisas. 2- TAFONOMIA: PROCESSOS E AMBIENTES DE FOSSILIZAÇÃO A Tafonomia é uma ciência que trabalha com o processo de preservação dos fósseis. “O termo Tafonomia (do grego: tafos = sepultamento; nomos = leis) foi introduzido na literatura por Efremov (1940), originalmente para designar o estudo das “leis” que governam a transição dos restos orgânicos da biosfera para litosfera.” (SIMÕES et al., 2004, p.19) e como os processos afetam a integridade dos registros fósseis. 2.1 Conceito de Fóssil: O termo fóssil vem do latim fossilis= extraído da terra, é definido como resto ou vestígio de organismos orgânicos pretéritos (Pré- Holoceno) que sofreram fossilização. 2.2 Conceito de Fossilização: “É a ocorrência de um conjunto de fenômenos necessários para a conservação dos restos orgânicos. Esses fenômenos envolvem o acúmulo de restos em uma área de sedimentação, que a sedimentação seja rápida e que os sedimentos permitam a conservação (granulometria, composição química).” (MOTHÉ, Dimila. 2012) 2.3 Registro Fóssil “Seilacher (1970) foi o primeiro autor a tratar os restos orgânicos como partículas sedimentares, sujeitas aos mesmos processos de transporte, seleção e concentração das partículas sedimentares clásticas, no ciclo exógeno.” (SIMÕES et al.,2004) o autor definiu os seguintes termos (Figura 10): I. Retrato de morte: ➢ Tafocenose: concentração de partículas biogênicas soterradas. ➢ Orictocenose: concentrações fósseis. II. Retrato de vida: ➢ Biocenose: fonte dos materiais ou restos orgânicos que irão compor as assembleias fósseis. ➢ Tanatocenose: concentração de restos transportados e depositados na biosfera. Figura 10. Principais etapas do processo de fossilização Fonte: SIMÕES et al., 2004 2.4 Processo de fossilização É possível compreender o processo que resultam na preservação dos elementos das antigas biotas (conjunto de todos os seres vivos de uma região) através dos estágios que direcionam a fossilização (observado na figura 10). O processo de fossilização não ocorre em um curto período, um fóssil é originado em decorrência de milhares de anos. tais processos são: • Morte • Processo necrológico: decomposição dos organismos após a morte • Processo bioestratinômicos: desarticulação, transporte etc. • Soterramento • Processo de Diagênese: fossildiagênese (cimentação, litificação etc.) ▪ Como ocorre o processo de fossilização em um organismo? Após o organismo morrer, irá iniciar o processo de decomposição por bactérias e fungos que irão degradar a matéria orgânica, em seguida o organismo poderá ser imediatamente soterrado (processo de soterramento) ou terá que passar por uma sequência de processos, sendo, o processo de desarticulação e transporte e em seguida ser soterrado, o processo de soterramento ocorre quando a água ou outro agente transporta sedimentos para cobrir o organismo, ou seja, deixando-o soterrado. em sequência ocorrerá o processo de diagênese (compactação ocasionada pelo peso do sedimento depositado), a “cimentação” irá ocorrer através do sedimento depositado exteriormente ou interiormente, em virtude processos químicos, o organismo se solidifica formando uma rocha sedimentar, esse fenômeno correrá também no processo de Litificação. (Figura 11) Figura 11. Processo de fossilização Fonte: genially, 2020 2.5 Classificação dos fósseis • Resto: são partes do organismo que se encontram preservados, comumente são as “partes duras” mineralizadas, exemplo: conchas, carapaças, ossos, dentes etc. (Figura 12) Figura 12. Fóssil de uma mandíbula Fonte: Biologia net • Vestígios: conhecidos como icnofósseis ou fósseis-traços, como o próprio nome define, são “traços” (evidências) da existência ou atividade de antigos organismos, exemplo: pegadas, rastros, ovos etc. (Figura 13). Figura 13. Vestígio de uma pegada Fonte: Mundo educação, 2021 2.6 Taxonomia Conhecimentos taxonômicos são de estrema importância nos estudos da tafonomia, conhecer a taxonomia do grupo em estudo é crucial, pois é através do conhecimento das características das espécies que se pode entender e estudar o processo evolutivo dos organismos, identificando pequenas modificações que ocorreram em um táxon. A tafonomia estuda o processo de conservação dos fosseis e a taxonomia é responsável por identificar e classificar os organismos na biologia. 2.7 Sistemática “Através do processo de fossilização, especial- mente da fase de fossildiagênese, alterações morfológicas podem ser produzidas nos elementos esqueletais. Esse aspecto pode afetar diretamente a identificação das espécies, por vezes levando ao reconhecimento de táxons inválidos. O termo tafotáxon foi introduzido na literatura paleontológica por Lucas (2001), em alusão aos taxa erigidos com base em caracteres morfológicos que são fruto de alterações produzidas pelo processo de fossilização. Embora o uso do termo tafotáxon seja novo, a questão da distinção entre os caracteres morfológicos que têm origem realmente biológica daqueles que são resultados do processo de fossilização há muito preocupa os paleontólogos.” (SIMÕES et al.,2004) A sistemática classifica os seres vivos através de comparações semelhantes, se os caracteres se modificares no processo de fossilização, vai dificultar o processo classificação e poderá resultar em resultados errôneos. 3- PALEOAMBIENTES E REGISTROS FÓSSEIS 3.1 Características: A paleoambiente é responsável por estudar os ambientes antigos ao qual surgiu as rochas. Rochas possuem características, que irão definir o seu ambiente de formação “O ambiente de sedimentação e de formação das rochas permite definir características que constituem a fácies da rocha, nomeadamente, características texturais, paleontológicas, estruturais, mineralógicas, entre outras “(Boggs, 2006). em virtude, as fáceis das rochas são divididas em: Fácies continentais: Fluvial, Glaciária, Lacustre e Eólica. Fácies de transição: Estuarina, Deltaica e Lagunar. Fáceis marinhas: Litoral, Nerítica, Batial e Abissal. As três fácies possuem ambientes, meio de transporte e sedimentos distintos como mostra na (Figura 14)Figura 14. Diferentes ambientes de sedimentação Fonte: Biologia e Geologia 11, 2010 3.2 Registros fósseis • Pegadas de Dinossauros: Originadas sob substratos úmidos, sendo assim, poderá ser encontrada em ambientes fluviais ou litoral (Figura 15) Figura 15. Pegadas de Dinossauro Fonte: Gizmodo, 2018 • Fósseis de Corais e Cefalópodes: Os organismos desses grupos serão encontrados em ambientes marinhos, já que possui características restritas as águas quentes e pouco profunda. (Figura 16) Figura 16. Fóssil de um coral Fonte: Fósseis Brasil, 2021 • Fósseis de moluscos e algumas algas: O aparecimento desses fósseis ocorrerá em rochas com ondulações e em ambientes de deposição de água doce. (Figura 17) Figura 17. Fósseis de moluscos Fonte: Tripadvisor, 2017 3.3 Escala de Tempo Geológico A escala de tempo geológico é uma escala que marca a sequência de eventos conforme o decorrer do tempo, é dividida em éons, eras, período e épocas. O Éons é subdividido respectivamente em Hadeno, Arqueno, Proterozóico e Fenerozóico. As Eras podem ser ilustrados da seguinte maneira: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Os Períodos são subdivididos de acordo com as Eras e as Épocas poderão ser ilustrada em Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno, Plioceno, Pleistoceno e Holoceno, como mostra a tabela (Figura 18). Figura 18. Tabela simplificada do tem geológico Fonte: Mundo educação, 2021 3.4 Éons • Hadeno: É o éons mais antigo, sua origem vem do grego Hades que significa inferno, fazendo referência a terra que se encontrava muito quente, é marcado pelo início da formação do sistema solar. (Figura 19) Figura 19. Ilustração da terra no éon Hadeno Fonte: Geo Mestrepedia, 2016 • Arqueno: Surge após o Hadeno, nesse éon a terra começará a ficar mais fria (Figura 20), conhecimento pelo tempo de resfriamento, possui em sua característica a presença de organismo simples unicelulares e sem núcleo, exemplo, as bactérias procariontes. É constituído pelas seguintes eras: Eoarqueano, Paleoarqeano, Mesoarqueano e Neoarqueano. Figura 20. Ilustração do mundo no éon Arqueno Fonte: Mundo pré-histórico, 2017 • Proterozóico: Esse éon surgiu após o Arqueno, ficou conhecido por marca o início do desenvolvimento da vida no planeta, umas das suas principais características é o acúmulo gradual de gás, ao qual possibilitou os surgimentos de organismos mais complexos e maiores, exemplo, seres eucariontes, organismo com reprodução sexuada etc. Teve seu início aproximadamente 2,5 bilhões de anos e é dividido nas seguintes eras: Paleoproterozoico, Neoproterozoico e Neoproterozoico. (Figura 21) Figura 21. Representação da fauna no éon Proterozóico Fonte: Mundo pré-histórico, 2018 • Fenerozóico: Nesse éon é caracterizado pelo aparecimento de organismo pluricelulares, exemplo, mamífero etc. (Figura 22) é subdividido em três eras Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico, se iniciou em 545 milhões de anos até atualmente. Figura 22. Mamíferos no éon Fenerozóico. Fonte: Maestrovirtuale, 2021 4- PALEOBIOLOGIA 4.1 Paleozoologia dos invertebrados Paleozoologia é os estudos dos fósseis de animais, dividido em invertebrados e vertebrados. • Porifera: vem do latim Porus = poro e ferre = possuir, sendo assim, pode ser definida como organismos que possuem poros, quando adultos são sésseis(fixo) e nos estágios de lavas são móveis, são seres pluricelulares bentônicos, os indivíduos desse filo obtiveram sucesso no processo evolutivo, ao qual resultou no sistema aquífero (canais condutores de água pelo corpo) as esponjas possuem 4 classes, tais como: Calcarea (calcispongiae); Hexactinellida ( Hayalospongiae), Demospongiae e Sclerospongie. Calcarea: As esponjas calcárias, possuem Espículas esqueléticas inteiramente de CaCO3 - monoaxiais ou com 3 ou 4 raios, comumente esses indivíduos terão ausência de diferenciação dos componentes esqueléticos em megascleras e microscleras; todas essas esponjas são marinhas, exemplo, Leucosolenia e Clathrina (Figura 23). Figura 23. Clathrina Fonte: Wikipédia, 2014 Hexactinellida: conhecidas como esponjas de vidro, possuem Espículas de sílica (de vidro); maioria com 6 raios (hexactinal), sem presencia de epitélio, são esponjas marinhas de águas profundas, exemplos, Eupletella aspergillum (Figura 24) e Hyalonem. Figura 24. Eupletella aspergillum Fonte: Wikipédia, 2002 Demospongiae: Definidas como demosponjas, normalmente são marinhas, estuarinas ou dulcícolas, são encontradas em todas as profundidades, esses indivíduos possuem esqueleto de espículas silicosas. (Figura 25) Figura 25. Ilustração de uma demospongiae Fonte: Maestrovirtuale, 2021 Sclerospongiae: fazem parte dessa classe as esponjas coralina, ao qual possuem um esqueleto espesso de cristais de carbonato de cálcio (aragonita) sobre uma rede de fibras orgânicas, é presente espículas silicosas, estiletes ou bastonetes ser em forma de espículas silicosas, estiletes ou bastonetes, possuem tecido vivo que forma uma fina camada sobre a superfície do esqueleto, são seres marinhos ao qual vivem na profundidade de 8 a 100 m, exemplos, Ceratoporella (Figura 26), Merlia; Stromatospongia, Goreauiella. Figura 26. Imagem de uma Ceratoporella nicholsoni Fonte: The Sponge Guide, 2021 • Coelenterata: Coelenterata ou Cnidários, são animais aquáticos que se situam em sua maioria em ambientes marinhos, todos os indivíduos desse filo são predadores, sua estrutura morfológica é composta por Órgãos com funções bem definidas, possuem uma camada externa epidérmica que tem função protetora e sensitiva, podem ser sesseis a substratos ou livres, variam em fazerem parte de colônias ou estarem sozinhos, os seres desse filo podem ser macroscópicos ou microscópicos, o filo coelenterata é dividido em 3 classes: ➢ Hydrozoa: Hydras (Figura 27), Obelia (Figura 28) e Physalia (Figura 29) ➢ Scyfozoa: Aurélia (Figura 30) e Tamoya (Figura 31) ➢ Anthozoa: Actínia (Figura 32) e Corais (Figura 33) Figura 27. Ilustração de uma Hydra Fonte: Wikiwand, 2020 Figura 28. Ilustração em 3d de uma Obelia Fonte: TurboSquid, 2021 Figura 29. Imagem de uma Caravelas- portuguesa- Physalia-physalis Fonte: IGUI Ecologia, 2018 Figura 30. Ilustração de uma Aurelia Fonte: Wikipedia, 2021 Figura 31. Tamoya haplonema Fonte: Wikimedia Commons, 2006 Figura 32. Ilustração de Actínia - Anêmona-do-Mar Fonte: Biologia, 2021 Figura 33. Imagem de corais Fonte: Bioicos, 2020 • Graptoza ou Hemichordata (classificação atual): Esse filo é classificado em Enteropneusta que são os Indivíduos viventes (Figura 34), Pterobranchia são os Indivíduos atuais e fósseis (Figura 35) e Graptolithina definem os Indivíduos fósseis (Figura 36), seu nome vem do grego Graptos= escrita + lithos= rocha, ou seja, é definida como escritas em rochas, os indivíduos dessa classe viveram durante o palezóico, são normalmente encontrados em folhelhos escuros, chert, calcários e sílex ao se tem as melhores conservações. Figura 34. Organismo da classe Enteropneusta Fonte: BioDiversity4ALL, 2021 Figura 35. Ilustração de Pterobranchia Fonte: Canal CECIERJ, 2011 Figura 36. Fóssil de um Graptolites Fonte: Wikiwand, 2014 • Bryozoa: É característica desse filo são indivíduos (invertebrados) aquáticos, normalmente são encontrados presentes em colônias, em maioria são marinhos e sésseis (fixos) é são localizados desde as costeiras até as altas profundidades. Esse filo é classificadoem 3 classes: Phylactolaemata (Figura 37), Stenolaemata (Figura 38) e Gymnolaemata (Figura 39) Figura 37. Phylactolaemata Fonte: BioDiversity4ALL Figura 38. Um indivíduo da classe Stenolaemata Fonte: BioDiversity4ALL, 2017 Figura 39. Gymnolaemata Fonte: BioDiversity4ALL, 2021 • Braquipódes: São indivíduos ao qual possuem um copro mole, protegido por uma carapaças (carbonatada ou fosfatada) com duas valvas, normalmente são animais solitários, podendo ser separdos em dois grupos: os Braquipódes Inarticulados(pré-câmbrico) e os Braquiópodes Articulado (câmbrico), esse animais na maioria das vezes se fixam em substratos, esses seres comumente vivem submerso verticalmente na areia, não é localizado nas altas profundezas da água, são subdividido em 3 classes: Lingulata (Figura 40), Paterinata (Figura 41) e Craniforma (Figura 42) Figura 40. Ilustração de Lingulata Fonte: Wikipedia, 2021 Figura 41. Fóssil de uma Paterinata Fonte: Fossiilid. Info, 2021 Figura 42. Fóssil de uma Craniforma Fonte: Wikipedia, 2019 • Molusca: Nesse filo estão presentes ostras, mexilhões, caramujos, lulas e polvos (Figura 43). Habitando ambientes terrestres e aquáticos, os animais dessa classe são celomados de grande abundância e extremamente populares devido sua importância econômica. Mesmo sendo uma classe extremamente diversificada, os moluscos são constituídos apenas por três partes: cabeça, pé e massa visceral. Sua maioria possui gânglios na cabeça responsáveis por controlar grande parte dos movimentos corporais. Os moluscos respiram através de branqueas, sendo que aqueles que passaram para a vida terrestre, possuem pulmão no lugar dos ctenídios.Os moluscos são divididos em 10 classes, 8 viventes e 2 conhecidas exclusivamente através de fósseis. Figura 43. Exemplos de moluscos Fonte: Wikipedia commons • Artrópodes: A definição do nome desse filo vem do grego árthrom= articulação + podos= pés, o filo artrópode possui a maior diversidade de espécies, é formado por um exoesqueleto quitinoso ou cutícula e separados em cilindros para facilitar a locomoção, é classificado atualmente em subfilos, tai como: Trilobita (Figura 44), Crustacea (Figura 45), Chelicerata (Figura 46), Myriapoda (Figura 47) e Hexapoda (Figura 48). Figura 44. Ilustração de Fóssil de um Trilobita Fonte: Biologia, 2021 Figura 45. Exemplo de Crustacea Fonte: Wikipedia, 2021 Figura 46 . Exemplos de seres Chelicerata Fonte: Natural Science, 2016 Figura 47. Imagem de uma Diplopoda do subfilo Myriapoda Fonte: Portal de zoologia do Pernambuco Figura 48. Ilustração dos seres pertencente ao Hexapoda Fonte: Wikipedia, 2021 • Equinodermata: A maioria dos representantes dessa classe possuem espinhos na superfície corporal, por isso a classe denomina-se equinodermata (espinho em grego). Os representantes do filo são as estrelas-do-mar (Figura 49), pepinos-do- mar, bolachas-de-praia e ouriços-do-mar.Todos são exclusivamente de ambiente marinho. Não possuem cabeça, e os sexos em geral são separados. Destacam-se por já possuir sistema digestório completo Respiram através de brânquias localizadas próximas à boca se reproduzem de forma sexuada existem mais de 6000 espécies de equinodermatas, que estão divididas entre 5 classes denominadas: asteroides, Ofiuroides, Crinoides, Holoturoides, Equinoides.Possuem alta taxa regenerativa Figura 49. Ilustração de uma estrela do mar Fonte: BioDiversity4All, 2021 4.2- Paleozoologia dos vertebrados • CORDATA-PEIXES ➢ A importância do gênero Filo Chordata está associada aos peixes. ➢ Origem: Período Cambriano. ➢ São considerados como o maior grupo de vertebrados: possui cerca de 24.000 espécies viventes. ➢ Estão distribuídos por todos os ambientes aquáticos do planeta. ➢ O ancestral dos peixes também é ancestral dos vertebrados terrestres. (Figura 50) (Figura 51) Figura 50. Peixe-palhaço Fonte: Universo do Aquário Figura 51. Peixe Pirarucu Fonte: Revista Globo Rural • ANFÍBIA ➢ Inclui as salamandras, rãs, sapos e pererecas, além de cobras-cegas, totalizando mais de 5000 espécies. ➢ O grupo é praticamente limitado à água doce, sendo dependente de regiões com clima úmido. ➢ Os adultos são carnívoros. ➢ Caracterizam-se por possuírem pele úmida e glândulas de veneno na pele. ➢ Exemplos: Sapo-cururu (Figura 52) e Salamandra (Figura 53) Figura 52. Sapo-cururu Fonte: Ciência na rua Figura 53. Salamandra Fonte: Biologia Net • REPTILIA ➢ Destacam-se por sua novidade evolutiva, o ovo amniótico. ➢ São animais de sangue frio que gostam de calor. ➢ Geralmente tem o corpo coberto por escamas ou placas ósseas. ➢ Respiram pelos pulmões. ➢ Possuem patas pequenas (cobras não têm patas). ➢ Exemplo: Camaleão um réptil com uma adaptação que o permite se camuflar no ambiente. (Figura 54) Cobras, réptil que não possuem patas (Figura 55) Figura 54. Imagem de um Camaleão. Fonte: Segredos do Mundo Figura 55. Imagem de uma espécie de cobra. Fonte: Revista Planeta • AVES ➢ As aves descendem de répteis e consequentemente dinossauros, mas pertencem à linhagem dos Archosauria. ➢ Também mantém seus filhotes aquecidos em ovo amniótico. ➢ Possuem conjunto de penas especiais por quase todo o corpo e bico como principais novidades evolutivas. ➢ São animais bípedes ➢ Diferenciam-se bastante de outros grupos de animais por possuírem adaptações das mais variadas para diversos nichos ecológicos. ➢ Exemplos: Gavião-asa-de-telha (Figura 56) e Avestruz (Figura 57) Figura 56. Imagem de um Gavião-asa-de-telha Fonte: Aves de Rapina Brasil Figura 57. Imagem de um Avestruz Fonte: Animais Valiosos • MAMÁLIA ➢ Mamíferos habitam os mais variados locais do planeta, de regiões tropicais aos polos, mares, desertos e florestas. ➢ Tem como novidades evolutivas destacadas, as mamas e os pelos. ➢ São a espécie atual dominante do ambiente terrestre do planeta. ➢ Atualmente estão divididos em 3 grupos que são os monotremados, os marsupiais e os mamíferos placentários. ➢ Exemplos: Bezerro (Figura 58) e Baleia que é um grande mamífero aquático (Figura 59) Figura 58. Bezerro mamando Fonte: Compre Rural Figura 59. Baleia Fonte: Toda Matéria 4.3- Estudo dos Dinossauros Diversificação dos Repteis: Os répteis foram os primeiros vertebrados, em virtude disso possuem uma grande diversidade populacional, esse grupo é formado desde os dinossauros até as espécies mais conhecidas como o os crocodilomorfos, tartarugas, lagartos e as serpentes, porém sua formação não se limita apenas por esses indivíduos comumente conhecidos, fazem parte desse grupo outras espécies como os rauissúquios, Pterossauros, Mosassauros e os Rincossauros. O que é Dinossauro? Os dinossauros foram descobertos pelo britânico Richard Owen (1804-1892) em 1842. Este anatomista e paleontólogo identificou um novo tipo de criatura fóssil, descoberta nas rochas da Inglaterra, e cunhou o termo “dinossauro” (SHUBIN NEIL, 2008, p. 24-25), que vem das palavras gregas deinos ("terríveis" ou "terrivelmente grandes") e sauros ("réptil" ou "lagarto"). Este grupo de répteis, completamente diferentes dos demais, chamado Dinossauria, costuma ser erroneamente atribuído a todos os répteis pré-históricos, essa concepção errônea é formada em razão das representações passada nos filmes de hollywood, sabe-se que os dinossauros não foram os únicos vertebrados a viverem nessa era, é comum confundirem e afirmarem que todos os animais dessa época são dinossauros, o que classifica e diferencia o Dinosauria(designação oficial do grupo) é a sua estrutura morfológica. “(...) características únicas (as sinapomorfias, como mencionado acima) compartilhadas exclusivamente pelos membros desse grupo. Entre elas, destaca-se a presença de um orifício na região pélvica, denominada de acetábulo, onde se encaixa o fêmur. Ter essa região aberta (tecnicamente denominado de acetábulo perfurado) é uma das características que são encontradas apenas nos dinossauros. Em todos os demais vertebrados, como nos mamíferos, crocodilomorfos e lagartos, essa região é fechada por uma parede óssea. Até mesmo nas aves o acetábulo é perfurado, novamente confirmado a sua classificação dentro de Dinosauria e, desta forma, no clado Reptilia”. (KELLNER, 2015) Evolução dos Dinossauros: A evolução dos dinossauros pode ser explicada baseada na teoria da evolução de Charles Darwin, Ao qual é formulada na ideia de que todo os indivíduos pelo menos uma vez de um de ancestral comum, os estudos do processo evolutivo dos dinossauros percorrem pela definição das características presentes, exemplo, é a representação da árvore genealógica, inicialmente dividida em dois grandes grupos o Ornitischia e Sauraschia, o último grupo deu origem a duas outras linhagens , Sauropodomorfos que são formados pelos Prossaurópodos, Saurópodos e os Teeópodos partir dele “ surgiram” as várias linhagens de dinossauros carnívoros e as aves (Figura 60). Os Ornitischia são classificados de acordo com as suas características, tais como, presença de um osso extra(Pré dentário semelhante ao bico de uma ave, usualmente utilizado para cortar plantas, já que todos desse grupo são herbívoros. Já os Saurichia possuem um esqueleto alongando relativamente na região da pata anterior e o pescoço alongado na curvatura de um S e são carnívoros. Figura 60. Ilustração da Árvore genealógica (Dinossauros herbívoros e carnívoros) Fonte: BBC, 2017 Grupos de Dinossauros • Carnívoros Sem sombra de dúvidas, os dinossauros carnívoros são a classe mais popular dentre os antigos habitantes do planeta, muito dessa fama deve-se a Hollywood, que a décadas os retrata em seus filmes como predadores gigantes e ferozes. No entanto, vale destacar que os filmes além de exagerarem em suas adaptações muitas vezes acabam por esquecer fatores curiosos a respeito dos dinossauros. Características: ➢ Dentes e garras afiadas para rasgar suas presas. ➢ Corpo avantajado (nem todos). ➢ Mandíbulas avantajadas. ➢ Todos eram bípedes, ou seja, andavam sobre duas pernas. (Figura 61) ➢ Membros superiores reduzidos para facilitar velocidade e locomoção. ➢ Tinham hábitos alimentares distintos (semelhante aos carnívoros de hoje) podendo se alimentarem de presas com variados nichos ecológicos. ➢ Pesquisas já comprovam que alguns carnívoros apresentavam penas, fato esquecido dos filmes. (Figura 62) ➢ Observação: o fator de tamanho é muito questionável, no caso do Velociraptor por exemplo, pesquisas já comprovam que eles não eram tão grandes quanto nos filmes. Figura 61. Tyrannosaurus rex Fonte: Nature, 2021 Figura 62. Ilustração de um Dinossauro com pena Fonte: HiperCultura, 2021 • Terópodes Os Terópodes foram um dos grupos mais diversificados dentre os dinossauros. Neste grupo havia desde predadores bípedes (Figura 63) a seres voadores, essa espécie que deu origem às aves, além disso, herbívoros. Características: ➢ Essa classe destaca-se por sua grande diversidade, tinham de variados tamanhos ➢ Alguns apresentavam penas pelo corpo (mesmo os que não voavam) ➢ Possuíam dentes afiados ao longo de suas mandíbulas ➢ Estavam dentre os dinossauros mais inteligentes devido ter cérebro avantajado ➢ Eram bípedes e em sua grande maioria carnívoros Figura 63. Afrovenator Fonte: Dinosaur Pictures • Saurópodes Provavelmente depois dos dinossauros carnívoros, a classe mais famosa venha a ser a dos Saurópodes, os gigantes "pescoçudos" são responsáveis por popularizar os dinossauros como seres gigantes e seus registros fósseis são de uma magnitude espetacular. Características: ➢ Foram os maiores dinossauros, podendo atingir tamanhos que variam de 30 a 40 metros.(Figura 64) ➢ Por conta de seus tamanhos exagerados, os Saurópodes eram adaptados ao gigantismo. ➢ Eram herbívoros, e diferente dos carnívoros, estes seres eram quadrúpedes, ou seja, se movimentavam com 4 patas. (Figura 65) ➢ Possuíam os ossos ocos, semelhantes aos das aves. Figura 64. Fóssil de Amphicoelias, provavelmente um dos maiores saurópodes já descobertos Fonte: Wikipedia.org Figura 65. Argentinossauro Fonte: Wikipedia • Ceratopsídeos A classe de dinossauros com crânios destacados e chifres pontiagudos. Características: ➢ O crânio era uma das se não a maior marca de destaque desses dinossauros. (Figura 66) ➢ Possuíam os maiores crânios dentre os animais terrestres ➢ Todos eram quadrúpedes ➢ Em sua grande maioria possuíam chifres espalhados pelo rosto ➢ O crânio resistente juntamente dos chifres bem distribuídos pelo rosto servia como arma de ataque e defesa. Figura 66. Caixa toráxica de um Tricerátops Fonte: Tripadvisor • Estegossauros Os Estegossauros eram grandes herbívoros que chamavam atenção não só por seu tamanho, mas principalmente por seus corpos fortes cobertos por espinhos e placas ósseas que se assemelhavam a belas armaduras (Figura 67). Características: ➢ Eram herbívoros e quadrúpedes. ➢ As placas ósseas dos estegossauros funcionavam como reguladoras de temperatura. ➢ Cabeça era curta e os dentes pequenos ➢ O cérebro desses animais era muito pequeno, estavam entre os menores cérebros dentre as várias espécies de dinossauros existentes. Curiosidade: o cérebro dos estegossauros era demasiadamente pequeno, e por conta disso cientistas chegaram ao ponto de deduzir que os animais possuíam 2 cérebros para conseguir lhe dar todas as funções corporais. Figura 67. Stegosaurus Fonte: TripAdvisor • Anquilossauros Outro grupo de herbívoros, e provavelmente o mais lento. Os Anquilossauros também tinham placas ósseas pelo corpo, muito mais assemelhadas a armaduras que as dos estegossauros, pelo fato de possuírem maior resistência e cobrirem maiores áreas (Figura 68). Características: ➢ Eram herbívoros de mordida fraca, por conta disso suas defesas estavam associadas às suas armaduras ➢ A barriga era o alvo dos predadores, pois era a área corporal na qual não tinha armadura sendo totalmente desprotegida ➢ A cauda era extremamente forte sendo a arma letal de defesa desses animais. Figura 68. Edmontonia Fonte: Wikipedia.org • Ornitópodes Sendo um dos grupos de herbívoros mais bem sucedidos já existentes, os Ornitópodes destacavam-se por sua velocidade em relação a outros herbívoros, fator que os permitiu escapar de muitos predadores, e dessa forma espalhando-se por continentes. Um dos subgrupos mais populares de Ornitópodes são os hadrosaurs, os populares dinossauros com bico de pato (Figura 69). Características: ➢ Eram herbívoros rápidos e ágeis ➢ Tinham Ornitópodes bípedes e quadrúpedes ➢ Suas causas eram adaptadas para ajudar a correr com suas patas traseiras ➢ Sua forma de andar assemelhava-se a de um avestruz. Figura 69. Hadrosaurs, ou dinossauro com bico de pato. Fonte: FossilEra.com Parentesco com as Aves “A similaridade entre Terópodes e Aves não se encontra somente. Há também a relação do sistema respiratório. Os sacos aéreos presentes nas aves não são uma carcterisca exclusiva das aves em si. Análises de ossos pneumáticos indicaram a presença deste sistema de ventilação em dinossauros Terópodes, assim como no tão discutido Archaeopteryx” (O´Connor e Claessens 2005, Sereno et al. 2008). Falar que os dinossauros foram extintospraticamente já é algo equivocado no meio científico, pois no decorrer dos últimos anos os cientistas estão a comprovar que os dinossauros continuam vivos, mas não mais como lagartos gigantes, e sim em formas de aves. Variados estudos especializados em mecanismos evolutivos resultaram na ênfase que as aves evoluíram a partir da era mesozóica, advindas de um espécime denominado Archaeopteryx (pertecente ao grupo dos terópodes), que agora é considerado o primeiro pássaro da história. (Figura 70) e (Figura 71) Figura 70. Imagem ilustrativa de um Archaeopteryx Fonte: Dinosaur Pictures Figura 71. Fóssil de Archaeoperyx, o primeiro pássaro. Fonte: Live Science Não limitando-se apenas a este ponto, vale destacar que as aves têm sido consideradas parentes próximos de diversas linhagens de répteis, incluindo as tartarugas, os lagartos, os crocodilomorfos, os arcossauros e arcossauromorfos basais, os pterossauros e os dinossauros, tanto ornitísquios como terópodes (Chiappe & Vargas 2003). Basicamente, as aves são dinossauros no sentido filogênico. Pelo fato de compartilharem várias características em comum com os dinossauros terópodes (além das penas), como sistema respiratório, similaridades cerebrais e até a questão da movimentação, dentre outros fatores. A probabilidade das aves descenderem dos dinossauros intriga muitos pesquisadores, e como todo estudo científico este está explícito para observações e estudos para que possa ser defendido ou refutado. Dizer que os dinossauros foram extintos por completo já é algo equivocado, pois a cada ano são feitas novas descobertas que enriquecem o conhecimento a respeito dos maiores habitantes que o planeta já viu. Fato é que aves, répteis, anfíbios, mamíferos e todos os seres vivos descobertos, e até aqueles que ainda são um mistério são resultados da evolução, e essa nunca morre, apenas seleciona. 4.4- Paleobotânica É responsável pelos estudos dos fósseis de plantas, as plantas são classificadas e divididas de acordo com as características que correspondem o seu filo. Sendo eles: Talófitas, Briófitas e Pterdófitas. • Talófitas: As talófitas são indivíduos que possuem o corpo semelhante ao talo, em virtude disso, não é encontrada a distinção dos seus órgãos (raízes, caules e folhas) • Briófitas: Vegetais de pequeno porte, não possuem órgãos (caule, folhas ou raízes verdadeiras) e não apresentam tecidos vasculares, esse filo é classificado em três divisões: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta ➢ Bryophita: São plantas formadas por um talo semelhante ao caule(caulídeo) essa estrutura será semelhante aos demais órgãos, exemplo, são os musgos (Figura 72) Figura 72. Ilustrações Bryophyta sensu stricto musgos Fonte: Wikipedia, 2020 ➢ Hepatophyta: são as briófitas primitivas e estão presente em ambiente mais úmido até mesmo que os musgos, outra característica dessas plantas é que elas não possuem corpo ereto, exemplo são as hepáticas (Figura 73) Figura 73. Ilustração de uma planta hepática Fonte: Biólogo Esperto, 2021 ➢ Anthocerophyta: são plantas que possuem talos e são encontradas em ambientes semelhantes a hepáticas, exemplo são as antoceráceas (Figura 74) Figura 74. Exemplo de uma antocerácea Fonte: Docplay, 2021 • Pteridófitas: conhecidas como as primeiras plantas vasculares ou traqueófitas, foram os primeiros vegetais apresentarem vasos condutores de seiva, não formam flores e nem sementes, diferentemente das briófitas, esses indivíduos possuem caule, raiz e folhas. São divididas em 4 classificações: Pterophyta, Lycophyta, Psilotophyta e Sphenophyta. ➢ Pterophyta: Samambaias (Figura 75) e Avencas ➢ Lycophyta: Licopódios (Figura 76) ➢ Psilotophyta: são um pequeno grupo com plantas muito simples e parecidas com as plantas vasculares primitiva, exemplo, Psilotum sp (Figura 77). ➢ Sphenophyta: Esse grupo é menor que a Psylotophyta e possuem características bem peculiares, exemplo, Equisetum sp (Figura 78) Figura 75. Samambaias Fonte: Notícias de jardins, 2020 Figura 76. Exemplo de Licopódios Fonte: Wikipedia, 2020 Figura 77. Imagem de uma Psilotum nudum Fonte: Jardim Botânico UTAD, 2021 Figura 78. Equisetopsida Sphenopsida Fonte: Wikipedia, 2019 • Gminospermas: Essas plantas possuem sementes dentro de um fruto, são vegetais terrestres de regiões temperadas e frias, exemplos, são os pinheiros (Figura 79), cedros, ciprestes e sequeóias Figura 79. Ilustração de pinheiros Fonte: Brasil escola, 2021 • Evolução dos Hominídeos ➢ Australopitecus Sendo provavelmente os primeiros representantes da classe Homo, os Australopitecos foram os primeiros hominídeos a se destacarem entre os primatas. O fato de serem praticamente bípedes e terem um crânio um pouco maior que o de um chimpanzé atual, os fez terem uma melhor adaptação em relação aos primatas comuns, pois além dessas pequenas vantagens, eles já faziam utilização de ossos e pedaços de pedra para caça (Figura 80). Figura 80. Imagem de Australopitecos Fonte: Site Arqueologia e Pré História ➢ Homo habilis O Homo Habilis possuía um cérebro 50% maior que o do Australopitecos, e por conta dessa vantagem evolutiva, ele tinha uma capacidade intelectual melhorada, o permitindo fazer uso aprimorado de ferramentas. O Homo Habilis não utilizava pedras de forma simples como seu antecessor, mas as aprimorava para utilizá-las como armas de caça mais letais. (Figura 81) Figura 81. Ilustração do Homo habilis Fonte: Relógio da História 7° A ➢ Homo erectus Novamente com aumento craniano em relação ao seu antecessor, o Homo Herectus era mais inteligente e adaptado ao ambiente, adquirindo uma postura mais ereta o que condiz ao seu nome científico. Segundo pesquisas o Homo erectus é o descobridor do fogo, uma das descobertas mais importantes da história evolutiva primata, e aproveitando-se de tal façanha, o primata passou a utilizar o fogo para cozinhar seus alimentos e espantar predadores. Além disso, já se organizavam em tribos, fazendo melhor proveito da natureza ao seu redor. (Figura 82) Figura 82. Imagem ilustrativa do Homo erectus Fonte: Aventuras na História ➢ Homo sapiens Cabe a definição de Homo Sapiens ao homem moderno, o que traduzindo seria "Homem que sabe/Homem Sábio". Essa espécie obteve vantagem sobre todas as outras devido sua capacidade racional e autoconsciência, resultantes de uma série de mutações cerebrais que ocasionaram na revolução cognitiva, tornando-os mais aptos com o mundo ao seu redor, seja interagindo com a natureza ou entre si. O homo sapiens possui um corpo totalmente, consegue comunicar-se com mais clareza, utilizar ferramentas com melhor precisão, além de criar estudar possíveis soluções para os problemas que lhe aparecem (Figura 83). Figura 83. Imagem do Homo sapiens Fonte: Aventuras na História 5- TEORIAS EVOLUTIVAS E EXTINÇÃO • Evolução a partir do registro fóssil Os paleontólogos estudam fósseis pleistocênicos a fim de buscar respostas acerca dos climas do passado. Esse período é preferível para tais pesquisas por conta do Pleistoceno ser um momento no qual os climas e temperaturas variavam com frequência, ou fósseis da época são abundantes, bem preservados e por conta disso podem ser datados com maior precisão. A Teoria da Evolução jamais viria a tornar-se a base da Biologia se não fossem os estudos dos fósseis. Os fragmentos restantes de seres vivos que habitaram o planeta a milhares ou até milhões de anos ajudam a sustentar os estudos de Darwin,Wallace e Lamarck até os dias contemporâneos e a cada descoberta, os ramos paleontológicos são enriquecidos de conhecimento advindo dessas raras iguarias históricas. Variações de crânios de primatas, ancestrais dos seres humanos (Figura 84), (Figura 85) e (Figura 86) Figura 84. Fósseis de crânio para compreender a evolução Fonte: HypeScience Figura 85. Essas semelhanças ósseas indicam que existe um ancestral em comum entre esses organismos. Fonte: Planeta Biológico Figura 86. Fóssil de Anuro Fonte: Biólogo.com Tendo aproximadamente 4,5 bilhões de anos com uma abundância de vida, é estranho imaginar que o planeta Terra desde sua criação já testemunhou diversas extinções em massa. Tais catástrofes são comprovadas por diversos estudos feitos em fósseis de diferentes épocas. A análise filogenética dos organismos vivos fornece evidências indiretas de muitos aspectos da sua história evolutiva. Porém, a única evidência direta dessa história é dada pelos registros fósseis (FUTUYMA, 2002). Em um momento delicado no qual se fala em fim do mundo devido o aquecimento global, e extinção da raça humana em decorrência da atual pandemia, vale relembrar que o planeta Terra já vivenciou catástrofes esmagadoras que levaram não uma, mas dezenas de milhares de espécies à extinção. De catástrofes naturais à chuvas de asteroides, o planeta Terra quase teve a vida extinta por completo cerca de 5 vezes, em períodos denominados "Big Five", definidos como: Ordoviciano, Devoniano, Permiano, Triássico e Cretáceo. • Período Ordoviciano – 490 a 443 milhões de anos atrás O Período Ordoviciano, é definido por aproximadamente 490 a 443 milhões de anos atrás. Em um período marcado por grande parte das espécies de seres vivos serem rastejantes e de vida marinha (Figura 87), a grande redução dos níveis de dióxido de carbono foi fatal para o nicho ecológico deles, devido tal ocorrência houve uma queda brusca na temperatura do planeta, dessa forma, grande parte das espécies ficaram congeladas indo à extinção (Figura 88). Causa provável da extinção: período glacial extremamente intenso ocorrido na época. Espécies dizimadas: estimativa entre 60 e 80%. Figura 87. Imagem ilustrativa do Período Ordoviciano Fonte: Mundo Pré-histórico Figura 88. Fóssil de Trilobita Fonte: iStock • Período Devoniano - 354 milhões de anos atrás Período no qual vieram a aparecer os primeiros seres vertebrados terrestres, além das primeiras florestas (Figura 89), que além disso, destaca-se por um grande aumento das espécies de peixes (Figura 90). Causa provável da extinção: esgotamento do oxigênio dos oceanos, provavelmente devido à proliferação dos organismos terrestres Espécies dizimadas: aproximadamente 75% Figura 89. Imagem ilustrativa de Archaeopteris, um dos primeiros gêneros de planta. Fonte: Mestresabe.com Figura 90. Crânio reconstruído de peixe da classe Placodermes Fonte: BioDiversity4All • Período Permiano - 248 milhões de anos atrás O Período Permiano é marcado pela formação do Continente Pangeia, esse fato colaborou de forma excêntrica para a criação de uma gigantesca biodiversidade nunca vista, pois devido à junção dos continentes, ocorreu uma maior interação entre os seres vivos permitindo aos mecanismos de evolução agirem sobre os habitantes do planeta daquele período, criando uma variação extremamente diversificada de espécies (Figura 91) e (Figura 92) Causas provávelis da extinção: chuvas de asteroides e atividades vulcânicas em excesso, afetando tanto a parte terrestre do planeta quanto os oceanos, aumentando drasticamente a temperatura e erradicando a maioria das espécies do planeta. Espécies dizimadas: 95% das espécies extintas Figura 91. Imagem ilustrativa de Diapsids, ancestral réptil Fonte: ChronoZoom Figura 92. Imagem ilustrativa de um gigantesco Sinapsids, habitante do planeta antes dos dinossauros. Fonte: Quizlet • Período Triássico - 200 milhões de anos atrás Definido como um período de transição, durante o Cretáceo ocorreu a fragmentação da Pangeia alterando os climas do planeta, principalmente do oceano. (Figura 93) Causas prováveis da extinção: teorias apontam que a fragmentação de lava durante a junção do supercontinente Pangeia, gerou superaquecimento e grandes erupções vulcânicas, eliminando assim grande parte das espécies terrestres. Espécies dizimadas: 70 a 80% das espécies. Figura 93. Reconstrução artística de um Dicynodontes Fonte: sciensesetavenir.fr • Período Cretáceo - 65 milhões de anos atrás Devido a grande quantidade de fósseis descobertos o período do Cretáceo é o mais popular dentre todos os anteriores retratados. Além de possuir uma flora mais rica e abundante, o Cretáceo é referenciado como o último período com a existência dos dinossauros e marcado por grandes eventos como a separação do Continente Pangeia, a grande popularidade desse período deve-se em conta principalmente aos dinossauros, os grandes habitantes foram e são responsáveis por alavancar a curiosidade de muitos pesquisadores, além disso, muitas pessoas são induzidas a pesquisarem/entrarem no ramo científico por conta dos seres e eventos citados (Figura 94) Causas prováveis da extinção: existem variadas teorias para a extinção das espécies desse período, entretanto, a mais aceita está relacionada ao impacto de um asteroide na terra durante aquele período que afetou o planeta por inteiro devastando grande parte das espécies presentes. (Figura 95) Observação: vale destacar que a extinção das espécies desse período permitiu o "domínio" da natureza por seres menores - que vieram a gerar os mamíferos, e consequentemente os primatas - que antes viviam escondidos devido a presença dos gigantescos predadores da época. Figura 94. Imagem ilustrativa de variações de Ceratopsians Fonte: Dinosaur Wiki Figura 95. Fóssil de Mesosauros Fonte: Flickr • Período Antropoceno - Atualmente Como relacionado anteriormente, todas as 5 grandes extinções foram causadas por desastres naturais, no entanto, nunca na história do planeta terra uma única espécie havia sido capaz de levar tantas outras à extinção. Isto é, vale destacar que desde que o Homo Sapiens adquiriu o controle e manipulação da natureza em determinados aspectos, ele passou e se reproduzir de forma desenfreada causando caos e destruição, visando sempre o lucro. (Figura 96), (Figura 97), (Figura 98) e (Figura 99). Figura 96. Queimada na Amazônia em 2020 Fonte: G1 - Globo Figura 97. Desastre de Mariana Fonte: Agência Brasil - EBC Figura 98. Rede de Esgoto derramando em rio causando poluição no local Fonte: Biologianet.com Figura 99. Geleiras derretendo devido ao aquecimento global, fenômeno natural, porém, ampliado de forma extremamente desregulada por atitudes antrópicas. Fonte: Sputnik Brasil 6- REGISTRO FÓSSIL NO BRASIL E NO PARÁ 6.1 A formação de Pirabas É impossível falar a respeito do registro fossilífero do Estado do Pará sem mencionar a Formação Pirabas, a destacada unidade geológica paraense tem aproximadamente 23 milhões de anos, e envolve o litoral de Salinópolis juntamente com o município de São João dos Pirabas. No decorrer dos anos foram descobertas vários registros fósseis na região que a cada dia enriquecem a sua fauna, sendo representada por uma grande variedade de peixes ósseos, tubarões, arraias, sirênios, tartarugas, além da ocorrência de uma pena de ave (Ackerman 1964; Malabarba 1991; Santos & Travassos 1960; Santos & Salgado 1971; Toledo 1989; Toledo & Domning 1989). A riqueza fossilífera da Formação Pirabas é tão grande por conta da evidente sucessão miocênica paraense localizada no nordeste do estado, na Plataforma Bragantina. As áreas dessa plataforma permanecemestáveis tectonicamente entre bacias sedimentares (ROSSETTI; GÓES, 2004b). Segundo Hasui (1990) o nordeste paraense, incluindo a Plataforma Bragantina, foi afetado por tectonismo em regime de transcorrência durante o tempo de deposição da Formação Pirabas. As estruturas que controlaram a deposição da Formação Pirabas, geraram falhas normais NW-SE, inclinadas para NE, e falhas transcorrentes NE-SW que funcionam como zonas de transferência, sendo produto da extensão ainda ligada ao processo de separação continental (COSTA et al., 1995; IGREJA, 1992). Compreende-se, dessa forma, que os fenômenos são resultantes da última grande manifestação extensional na margem equatorial brasileira, durante o evento que separou a América do Sul - África e que a retomada da sedimentação, inclusive sobre áreas plataformais, tenha ocorrido devido à reativação das falhas pré-existentes (COSTA et al., 1993; ROSSETTI, 2006). Além disso, vale destacar também a Plataforma Bragantina como bem definida - pois seu embasamento registra-se por rochas ígneas e metamórficas, bem como arenitos paleozóicos na região de São Miguel do Guamá - correspondendo a duas áreas planas localizadas em ambos os lados da Fossa Vigia-Castanhal. O setor leste desta plataforma é o mais extenso, sendo limitado pela Bacia de Bragança-Vizeu, ao leste, e o Arco do Guamá, ao sul. O setor oeste é limitado pela Sub-Bacia do Cametá, ao sul, Plataforma do Pará, ao oeste, e pelo prolongamento da Fossa Vigia-Castanhal, ao norte. A deposição sobre a Plataforma Bragantina consiste exclusivamente de depósitos terciários formados a partir do Oligo-Mioceno, em parte representados pela Formação Pirabas (ROSSETTI; GÓES, 2004b). 6.2- Exemplos de Vertebrados da formação de Pirabas • Diodon ferreirai (peixe ósseo). Escala: 1cm; (Figura 100- A) • Carcharhinus ackermanii (Tubarão). Escala: 1cm; (Figura 100 -B) • Myliobatis sp. (Raia. esq.= vista oclusal; dir.= raiz). Escala: 1cm; (Figura 100- C) • Coprólito de crocodiliano (fezes fossilizadas de réptil). Escala: 1cm; (Figura 100- D) • Placa periférica de testudines (tartaruga). Escala: 1cm; (Figura 100 - E) • Dioplotherium cf. D.allisoni (Sirênio). Escala: 5cm. (Figura 100 - F) Figura 100. Fosseis de vertebrados em Pirabas Fonte: Modificado de Costa, Toledo e Moraes-Santos (2004). 6.3- Exemplos de fósseis invertebrados da Formação de Pirabas • Esponjas calcárias (Porífero). Escala: 1cm. (Figura 101 – A) • Lunulites pirabicus (Briozoário) Escala: 0,5cm. (Figura 101 – B) • Flabellum wailesi (Cnidário) Escala: 1cm. (Figura 101– C) • Trachycardium pessoae (Bibalve). Escala: 1cm. (Figura 101 – D) • Turbinella tuberculata (Gastrópode). Escala: 1cm. (Figura 101– E) • Dentalium paulini (Escafópode). Escala: 1cm. (Figura 101 – F) • Portunus atecuicitilis (Crustáceo decápode). Escala: 1cm. (Figura 101 – G) • Megabalanus tintinnabulum (Cirrípedes). Escala: 1cm. (Figura 101 – H) • Clypeaster paulinoi (Equinodermo bolacha-da-praia). Escala: 1cm. (Figura 101 – I) • Phyllacanthus priscus (Equinodermo ouriço-do-mar). Escala: 1cm. (Figura 101– J) • Pullenia quinqueloba (Foraminifero bentonico). Escala: 100μm. (Figura 101 – K) • Globorotalia opima (Foraminifero planctônico). Escala: 100μm. (Figura 101 – L) • Quadracythere brachypigaia (Ostracode). Escala: 100μm. (Figura 101 – M) • Coccolithus miopelagicus (Nanofóssil calcário). Escala: 10μm. (Figura 101 – N) • Coscinodiscus sp. (Diatomácea). Escala: 0,2mm. (Figura 101 – O) Figura 101. Ilustração de fósseis invertebrados de Pirabas Fonte: modificado de Ramons et al. (2004) e Távora et al. (2004). 6.4- Ilha de Fortaleza - São João de Pirabas Descobertos por Ferreira Penna (1876), os afloramentos da Ilha de Fortaleza (Figura) guardam um dos maiores registros fossilíferos do Cenozóico Marinho brasileiro (SIGEP 046). (Figura 102) e (Figura 103) Figura 102. Afloramentos na Ilha de Fortaleza na Formação Pirabas Fonte: SIGEP Figura 103. Biocalcirrudito encontrado na Ilha de Fortaleza Fonte: SIGEP 6.5- Mina B-17 (Capanema) Localizada no município de Capanema, o grande destaque vai para a Mina B-17, que além de ser um grande depósito geológico a céu aberto, também é utilizada para a exploração de calcário pela empresa CIBRASA S/A, servindo como uma importante fonte econômica para a localidade e sendo um dos grandes sítios paleontológicos do Brasil. (Figura 104) Figura 104. Vista geral da Mina B-17 Fonte: Reserachgate 6.6 Praia do Atalaia (Salinópolis) Sendo um dos maiores pontos turísticos do Estado do Pará, a Praia do Atalaia em Salinópolis costuma ser bastante associada pelo ramo turístico por suas belas paisagens, mas além disso, a praia também ganha muita ênfase no ramo de pesquisa geogólico por ser uma importante fonte de material. Destacando-se por seus afloramentos que tem seu colhimento possibilitado durante o período de maré vazante na qual eles ficam expostos facilitando observação e pesquisa. (Figura 105) Figura 105. Afloramento da Formação Pirabas na Praia do Atalaia-Salinópolis no Norte Fonte: Sobre Geologia Além de todas as descobertas anteriormente mencionadas, vale destacar como "novidade" fossilífera, a descoberta fóssil de representantes crocodilianos na área da Praia do Atalaia. (Figura 106) Figura 106. Desenho da vista lateral da mandíbula de crocodilo mostrando a porção preservada (pontilhada) do espécime crocodiliano da Formação Pirabas. 6.7 Irituia e São Miguel do Guamá Formado por camadas de Quartzo-arenito, o Arenito Guamá costuma apresentar um aspecto maciço ou estratificado não muito expressivo (TRUCKENBRODT e ALVESl, 1982). Os afloramentos ocorrem nas margens do município de São Miguel e Irituia. Grande parte dos dados estratigráficos do Arenito Guamá apontam para depósitos marinhos costeiros de idade eo-paleozoica (FRANCISCO et al. 1971, CAPUTO e LIMA ,1984) (Figura 107) Figura 107. Afloramentos em São Miguel do Guamá Fonte: Oliveira 2007 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACKERMAN,.F.L. 1964. Geologia e tlsiografia da Região Bragantina. Estado do Pará. Inst. Nac. Pesq. Amazôn. 2. ANELLI, A. Guia prático de administração financeira. 1 edição. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Campus, 2016. 268p.v.1.Disponível em:.https://www.passeidireto.com/arquivo/86863578?utm_medium=mobile&utm_campaign= ios Acesso em: 15 maio 2021. BRASIL DOCUMENTOS. Graptozoa. Brasil Documentos, 2014. Disponível em: https://fdocumentos.tips/document/graptozoa-i .Acesso em: 10 de maio de 2021. COSTA, J.B.S.; HASUI, Y.; BORGES, M.S.; BEMERGUY, R.L. Arcabouço tectônico mesozóico-cenozóico da região da calha do Amazonas: Geociências (Universidade Estadual de São Paulo), n. 14, p. 77 – 83, 1995. COSTA, S.A.R.F.; TOLEDO, P.M.; MORAES-SANTOS, H.M. Paleovertebrados. In: ROSSETTI, D.F.; GÓES, A.M. (eds). O Neógeno Da Amazônia Oriental, Belém: MPEG. 2004. Cap. 5, p. 135 – 166. CLAUDIA. Palontologia: Apostila de introdução. Passei direto. 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