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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP)
POSTAGEM: 2 ATIVIDADE 2
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR
 
ELIZABETH GUIMARÃES FERREIRA VIEIRA RA: 2109096 
POLO: DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2021
PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR
Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP EaD, referente ao curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, como um dos requisitos para a avaliação na disciplina Prática de Ensino: Observação e Projeto.
POLO: DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................03
2. OBJETIVOS ....................................................................................................04
 2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................04
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................04
3. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................05
 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................05
 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................09
 3.2.1 Ambientes e público-alvo .......................................................................09
 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos ......................................10
 3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas ............................................10
 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma .........................................15
4. AVALIAÇÃO ...................................................................................................16
 4.1 RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................16
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................17
 REFERÊNCIAS ..............................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Atualmente as pessoas não entendem a importância da água para as nossas vidas ou preferem abster-se em assuntos relacionados a esse tema. 
Esse projeto visa ajudar as crianças a entenderem o quão é importante a preservação das nossas águas, mesmo porque o futuro do nosso planeta está nas mãos delas, portanto, devemos fazer um bom trabalho de conscientização com as crianças e também com as comunidades em geral. 
O trabalho proposto deve apresentar as crianças uma visão micro e macro envolvendo os problemas que o mundo atual enfrenta com relação a falta de água, causada pela poluição e degradação das reservas hídricas. 
O projeto deve proporcionar aos alunos uma diversidade de experiências para que elas possam ampliar a consciência sobre as questões relativas a água, e com isso possam ter atitudes autônomas e valores voltados a sua preservação.
Um dos grandes desafios do Brasil hoje é garantir o acesso à água de qualidade a todos. No mundo inteiro é cultuado o “mito” da água infinita, porém, não é bem assim. Um exemplo disso é que várias regiões do nosso pais e do mundo já estão sentindo os diferentes impactos com a escassez e desaparecimento de nascentes e rios e o crescente aumento da poluição das águas causadas pela intervenção humana. 
Os recentes estudos alertam que a escassez de água pode se agravar se não forem tomadas as devidas medidas emergentes e se a população não mudar seus maus hábitos em relação aos recursos naturais.
Outro fator que temos que levar em consideração é o aumento populacional que consequentemente aumenta o número das construções que impermeabilizam o solo e expõe as cidades a inundações. Nesse caso quem mais sofre são as pessoas mais vulneráveis socialmente, e isso é decorrente das pessoas construírem em locais inapropriados e mais suscetíveis a inundações.
São diversos os problemas acarretados pelas enchentes, além das perdas pessoais e materiais, ainda passam a conviver com diversos tipos de doenças como a leptospirose, colera, dengue, entre outros.
Outro desafio importante é com relação ao aumento da temperatura do clima que gera ondas de calor e seca e consequentemente afeta a disponibilidade de água, que mais uma vez afeta os mais pobres e vulneráveis.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo do projeto é ajudar os alunos a descobrirem as causas dos problemas que o município e o país em que vivem enfrentam com a poluição e a falta de água e perceber como suas ações negativas e positivas podem fazer uma grande diferença na natureza.
Levar os estudantes a reconhecer que a qualidade de vida tem ligação direta com o modo que elas cuidam do meio ambiente. Deve-se estimular as crianças a adotar atitudes de valorização da água e entender que o futuro do nosso planeta depende da preservação e conservação da água e de seus ciclos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Compreender que a preservação do meio ambiente e de seus recursos é primordial para a vida; 
- Interpretar como ocorre a poluição no ambiente de estudo, levando em conta os conhecimentos sobre exploração de recursos naturais e interferência humana;
 - Ampliar o processo de percepção com a educação ambiental salientando que a melhoria da qualidade de vida está diretamente ligada a proteção de recursos naturais; 
- Prezar a conservação dos rios e seus afluentes no ambiente em que vivem, 
- Perceber a importância em cuidar da água pois essa está diretamente ligada a saúde do corpo. 
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Castro e Lopes (2001), simplificadamente, ciclo hidrológico é o caminho que a água percorre desde a evaporação no mar, passando pelo continente e voltando novamente ao mar.
O Olho d’água, é uma nascente que geralmente aflora em locais de lençol freático, onde se verifica o aparecimento de uma fonte ou nascente de água. Segundo Linsley e Franzini (1978), quando a descarga de um aquífero se concentra em uma pequena área localizada, tem-se a nascente ou olho d’água. Esse pode ser o tipo de nascente sem acumulo d’água inicial, comum quando o afloramento ocorre em um terreno declivoso, surgindo em um único ponto em decorrência de a inclinação da camada impermeável ser menor que a da encosta. 
As Áreas de Preservação Permanente estão localizadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água e segundo a Lei Federal 4.771/65, alterada pela Lei 7.803/89 e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, “Consideram-se de preservação permanente, pelo efeito de Lei, as áreas situadas nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, devendo ter um raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura.”
Segundo os Artigos 2.º e 3.º dessa Lei “A área protegida pode ser coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.”
A contaminação das nascentes pela a pecuária extensiva pode trazer inúmeras doenças para os seres humanos.
 A tuberculose bovina, a brucelose, a aftosa, entre outras, são doenças que podem contaminar o homem, tendo como veículo a água contaminada (DAKER, 1976).
Preocupados com as partes altas da bacia, CASTRO e LOPES (2001) afirmam que é indispensável para a recuperação e conservação das nascentes a presença de árvores nos topos dos morros e das seções convexas, estendendo-se até 1/3 das encostas, tema devidamente regulamentado pela Resolução Conama, no 303, de março de 2002 (CONAMA).
As monoculturas de eucalipto exige muita água para sua sobrevivência. Se cultivado de maneira inadequada pode secar as reservas de água subterrâneas mais próximas da superfície e também pode tornar o solo infértil.
Segundo Castroe Lopes (2001), reflorestamento mal planejado tende a reduzir o volume de água das nascentes quando: a) a evapotranspiração for maior que a precipitação anual, com efeito mais notável em alguns meses da estação seca, b) em solos profundos, a intensa regeneração das árvores aumenta significativamente tanto a interceptação da chuva pelas copas como o consumo da água armazenada no solo, diminuindo a recarga do lençol freático e, c) espécies freatófitas lenhosas ou herbáceas extraem água de forma intensa.
Algumas boas práticas para a conservação do solo e dos recursos hídricos são fundamentais para a manutenção da vida no planeta, tais como: manutenção da cobertura do solo, adubação verde, controle da erosão hídrica, conservação das nascentes, preservação das áreas de preservação permanente (apps) que segundo Lima (1986), ressaltando ser possível a influência da cobertura vegetal sobre o comportamento das nascentes, afirma não ser possível uma conclusão generalizada,uma vez que os fatores envolvidos na origem e no funcionamento de uma nascente são complexos, acrescentando que são poucos os trabalhos relativos aos efeitos da vegetação sobre o fluxo das nascentes.
Em Lima (2008), a mata ciliar abastece continuamente o rio ou córrego com matéria orgânica de folhas, galhos e até troncos caídos. Esse material orgânico, para cumprir sua função nutricional para a biota aquática, deve ser retido no corpo d’água, retenção exercida, por exemplo, pela própria rugosidade das margens, criando zonas de turbulência e velocidade diminuída, favorecendo o processo de decomposição de partículas e sedimentos, criando também micro-habitats favoráveis para alguns microrganismos aquáticos.
Os problemas causados pela poluição ambiental podem causar o fim da nossa espécie e esses problemas causadores da perda crescente da qualidade do meio ambiente e a exploração sem medida dos recursos naturais. Essa preocupação foi mais efetivamente discutido após a publicação do livro Primavera Silenciosa, da jornalista Rachel Carson.
O mais alarmante de todos os assaltos contra o meio ambiente, efetuado pelo homem, é representado pela contaminação do ar, da terra, dos rios e dos mares, por via de materiais perigosos e até letais. Essa poluição é em sua maior parte, irremediável, a cadeia de males que ela inicia, não apenas no mundo que deve sustentar a vida, mas também nos tecidos viventes, é em sua maior parte irreversível (CARSON, 1962, p.16).
A educação ambiental torna-se primordial para a sobrevivência da nossa espécie.
Conheça a Lei 9.795 / 1999, que dispõe sobre a  educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
A Educação Ambiental compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
São princípios básicos da Educação Ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.
III – o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
 São objetivos fundamentais da Educação Ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – a garantia de democratização das informações ambientais;
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação da integração com a ciência e a tecnologia;
VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
Um objetivo fundamental da Educação Ambiental é lograr que os indivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa do meio ambiente natural e do meio criado pelo homem, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais, e adquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as habilidades práticas para participar responsável e eficazmente da prevenção e solução dos problemas ambientais e da gestão da questão da qualidade do meio ambiente. [...] Para a realização de tais funções, essa educação deveria ter uma vinculação mais estreita entre os processos educativos e a realidade, estruturando suas atividades em torno dos problemas concretos que se impõem à comunidade; e enfocar a análise de tais problemas, através de uma perspectiva interdisciplinar e globalizadora, que permita uma compreensão adequada dos problemas ambientais (Dias, 2004, p.107).
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2.1 Ambientes e público-alvo
Para a elaboração deste projeto foi proposto o aproveitamento pedagógico do sítio O verdadeiro sítio do Pica-pau amarelo, localizado na Estrada Municipal Monteiro Lobato - Caçapava 8000 - Zona Rural, Monteiro Lobato - SP, para ser realizado um projeto de trabalho de conscientização da conservação das nascentes, levando em conta que o local é propicio para um trabalho multidisciplinar envolvendo os estudantes do 8º e 9º ano da Escola Municipal Professora Elizabeth Coelho Micheletto, localizado na Rua Humberto Capelli, Centro, 221, Monteiro Lobato - SP. A escola Municipal fica a 8,4 km do Sítio. 
O projeto será ministrado para aproximadamente 60 alunos. O Sítio situa-se na área rural do município de Caçapava, conta com um casarão onde morou o escritor Monteiro Lobato, com 19 cômodos e mais de 60 portas e janelas, todos originais. Lá os alunos poderão usufruir da natureza preservada, com pomar, horta, nascente de água com cachoeira, lago com peixe, piscina natural, campo gramado de futebol, espaço gramado aberto, Atelier de artesanato e produtos naturais e ainda um museu que guarda todos os móveis e objetos deixados por Monteiro Lobato. Esses espaços serão aproveitados para as atividades pedagógicas.
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos
Ø Ciências Naturais: A água e o ser humano e Contaminação da água;
Ø Química: Tratamento da água e esgoto;
Ø Educação Física: evitando a fadiga com a hidratação.
Serão trabalhados ainda de forma interdisciplinar os Temas: A água: Bem precioso, Água é Saúde e Princípios Morais e Água. 
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas
Etapa 1 – Desenvolvimento na Escola Municipal Professora Elizabeth Coelho Micheletto.
Durante o período das aulas serão apresentados aos alunos os seguintes questionamentos: 
· Ciências Naturais: Por que a água é fundamental para existência da vida na terra? Para que serve a água?Quais são os principais meios de captação de água? Por que é importante preservar as nascentes? Quem polui contamina a água? Quais são as atividades que mais consomem água? 
· Química: Quais são as principais características da água? Por que nas cidades é importante o sistema de tratamento de água e esgoto? 
· Educação Física: Como a água influencia na atividade física? Como o nosso corpo perde água na atividade física?
Esses questionamentos serão de suma importância para os estudantes refletirem sobre essas temáticas e através das reflexões obtidas poderem formular planos de ações de conscientização e conservação.
Etapa 2 – Desenvolvimento na Escola e no O verdadeiro Sítio do Pica-pau amarelo
Serão desenvolvidas as seguintes atividades na Escola.
Parte 1 - Os estudantes deverão formar um circulo no pátio da escola para debater os temas propostos.
Parte 2 - Diante das reflexões os alunos deverão criar conjuntamente um folheto informativo (feito em uma folha de caderno dos mesmos e posteriormente digitalizada), contento todas as informações pertinentes ao tema.
Parte 3 - Os estudantes deverão propor soluções para os problemas encontrados.
Parte 4 - Serão apresentados aos estudantes os experimentos que serão realizados no Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Serão desenvolvidas as seguintes atividades no campo e entorno da cachoeira e nascente Reino das Águas Claras e do lago.
Parte 1 - Os alunos vão aprender como fazer uma filtro de água. 
1Atividade baseada na proposta aprenda a fazer um filtro de água com garrafa pet disponível emaprenda a fazer um filtro de água com garrafa pet - brasil coleta
 
Para fazer o filtro os alunos vão precisar dos seguintes itens levados pelo professor. 
– 1 garrafa PET
– Algodão
– Areia para aquário
– Pedras pequenas para aquário
– Carvão em pó
– Tesoura
Obs: A água utilizada para o experimento será da nascente do sítio.
Procedimento:
Comece vedando o gargalo da garrafa com o algodão, em seguida, com a tesoura, retire o fundo. Posicione-a de forma que o fundo fique voltado para cima e o gargalo para baixo. Forre com uma camada de carvão, outra de areia, e, por fim, faça uma camada com as pedrinhas para aquário e está pronto o equipamento!
Após sua primeira utilização, é possível observar que a água sai mais clara e purificada. No entanto é necessário colocar água de torneira, pois a garrafa não suporta grandes quantidades de minerais, ou seja, ela não consegue eliminar pequenas partículas, como barro e bactérias.
Parte 2 - Os alunos vão discutir e avaliar o experimento e com base nele deverão sugerir outras formas de purificação e reuso da água. 
Parte 3 - Os alunos vão aprender através de outro experimento:
2Atividade baseada na proposta infiltração da água no solo afetada por resíduos plásticos disponível infiltração da água no solo afetada por resíduos plásticos - issuu
 A infiltração da água no solo afetada por resíduos plásticos. 
Para fazer o experimento os alunos vão precisar dos seguintes itens levados pelo professor. 
a) 2 garrafas PET de 2 L; b) 1 tesoura; c) 2 pedaços de pano; d) 2 elásticos; e) 4 copos de plástico descartáveis (200 mL); f) Solo seco e moído; g) Água; h) Alguns pedaços de plástico. Pode ser embalagem de balas, de salgadinhos, pedaços de sacolas plásticas de supermercado, etc. Podem ser utilizados pedaços de diferentes tamanhos.
Procedimento:
1) Preparar as garrafas plásticas cortando-as com a tesoura no meio. Esta etapa deve ser feita sempre por um adulto, preferencialmente com luva grossa, pois envolve o uso de instrumento de corte;
2) Na parte de baixo do funil deve ser colocado o pano, de forma que tampe melhor a boca da garrafa, então com um elástico amarre-o e deixe-o bem preso;
3) A parte da boca da garrafa será utilizada como um funil , e o fundo dessa como suporte; (Figura 1)
4) Com a etapa das garrafas prontas, coloque na primeira garrafa apenas o solo seco e triturado, para simular a situação de um solo natural. Na segunda garrafa intercale camadas sucessivas com um pouco de solo seco e pedaços de plástico, dispostos na horizontal, para simular um solo que recebeu este tipo de resíduo. Coloque os pedações de plástico na posição horizontal. Sempre deixar uma borda de 2 cm acima do solo, para a água não transbordar e para que o volume das duas garrafas seja igual.
5) Encha os copos plásticos com 200 ml de água, em seguida derrame simultaneamente a água em cada solo para simular a chuva. São dois copos para cada garrafa. Assim, a mesma quantidade de água e despejada em ambos os solos. Despejar um copo de água após o outro, cuidando sempre para que não transborde.
6) Em qual solo a água infiltrou mais rápido? Em qual caso a água ficou mais tempo na superfície do solo? Observar o tempo que a água leva para começar a pingar em cada caso. (com plásticos e sem plásticos). (Figura 2)
Figura 1 - 
Ilustração: Maria Harumi Yoshioka
 Figura 2 -
 Foto: Marcelo Ricardo de Lima
Parte 4 - Através de uma atividade física proposta pelo professor, os estudantes compreenderão a importância e como fazer a correta hidratação do corpo. Sabemos que o corpo humano é composto por 60% de água e por isso é tão importante entender a desidratação. Quando o corpo fica desidratado ocorre uma perda dinâmica de água. 
Uma série de fatores contribuem para o quadro de desidratação, entre eles estão: intensidade, duração, as roupas usadas durante a atividade, clima, entre outros, e como resultado disso ocorre uma perda excessiva de água no organismo que pode se manifestar de várias maneiras. A perda de 10% de água já pode acarretar distúrbios como: tonturas; dificuldades para concentrar; espasmos musculares; complicação nos rins, entre outros. Superior a 20% de perda de água o risco pode ser fatal.
Etapa 3 – Fechamento do projeto (produto final)
Os experimentos produzidos pelos estudantes serão expostos nos corredores das salas de aula da escola com o proposito de exposição , mostrando que há meios de tornar água impura em água própria para consumo. Os folhetos educativos serão distribuídos na escola e na comunidade para que seja disseminado a cultura de preservação das nascentes de água no município e que os valores aprendidos sejam passados para os seus familiares. 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma
Esse projeto terá a duração de 2 dias letivos divididos em duas etapas. 
Etapa 1: dia 26/11 – Na escola, serão apresentados os temas e experimentos que serão abordados no projeto. 
Etapa 2: dia 27/11 – No O Verdadeiro Sítio do Pica-Pau Amarelo, as atividades serão desenvolvidas.
Etapa 1: dia 26/11 – Na escola Municipal Professora Elizabeth Coelho Micheletto
	Horário
	Dia 26 de Novembro - Na escola
	13:00 - 13:30
	Apresentação virtual do espaço do Sítio para os estudantes 
	13:30 - 14:30
	Roda de conversa sobre os temas propostos e preparação do folheto informativo
	14:30 - 15:30
	Lanche coletivo com frutas, sucos e sanduíches naturais
	15:30 - 16:00
	Apresentação virtual dos experimentos que serão desenvolvidos
	16:00 - 17:00
	Consideração final e enceramento 
Etapa 2: dia 27/11 – No O Verdadeiro Sítio do Pica-Pau Amarelo
	Horário
	Dia 27 de Novembro - No Sítio
	13:00 - 13:30
	Apresentação do espaço do Sítio para os estudantes 
	13:30 - 15:30
	Experimento: Aprendendo a fazer um filtro de água
	15:30 - 16:00
	Lanche coletivo com frutas, sucos e sanduíches naturais
	16:00 - 17:00
	Experimento sobre: A infiltração da água no solo afetada por resíduos plásticos
	17:00 - 17:30
	Consideração final e enceramento 
4 AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma individual e coletiva, buscando observar as perspectivas, dúvidas e considerações de cada estudante em relação ao tema.
Na preparação e realização dos experimentos os estudantes serão avaliados conforme sua postura, dedicação, observação e criatividade.
Nos momentos de descontração e lanche os professores buscarão ter um contato pessoal com cada aluno e em especial com os menos colaborativos.
Posteriormente os estudantes serão avaliados quanto a dedicaçãono material de informação desenvolvido.
Os experimentos ficarão expostos nos corredores das salas de aula, onde poderão ser vistos pelos demais alunos, professores e pais. Os folhetos informativos serão distribuídos para a comunidade.
4.1 RESULTADOS ESPERADOS
Esse projeto almeja que os estudantes ao término estejam conscientes da importância da água tanto para a vida animal como para a vegetal e que saibam usá-la de forma consciente e utilizá-la sem desperdício e sem poluí-la. Espera-se também que tenham aprendido que suas ações positivas ou negativas podem interferir diretamente na qualidade de vida sua e de sua comunidade e se cultivados hábitos saudáveis podemos melhorar a saúde do nosso corpo. Além disso, espera-se que seja desenvolvida a conscientização da comunidade com relação à importância da preservação e manutenção das nossas nascentes, rios e cursos de água, e também de promover o consumo consciente da água e também de seu reuso, tendo em vista a sustentabilidade ambiental. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao englobar as disciplinas de Ciências, Química e Educação Física e também outros temas como: A água: Bem precioso, Água é Saúde e Princípios Morais e Água, levamos aos estudantes a refletir esses temas que são fundamentais para a compreensão da importância da água para todos os seres vivos. Dessa forma ficou mais claro que a saída para não faltar esse bem tão precioso é através da educação ambiental. Hoje existem poucos projetos envolvendo esse tema tão importante.
Consequentemente, os estudantes sendo conscientizados poderão tornar-se futuros educadores multiplicadores em relação as questões ambientais. Deste modo, as escolas precisam encorajar os projetos ambientais não somente no ambiente escolar mas fora dele também. Esse é o caminho a ser seguido para que no futuro ainda possa ter água potável disponível e de qualidade para todos.
REFERÊNCIAS
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