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Ana Clara Silva Freitas OSCE- Roteiro Anamnese Acolhimento: Oi, boa tarde! Tudo bem dona Maria? Eu sou Dr. (seu nome) e, inicialmente vou fazer algumas perguntas para a senhora, para que possamos saber o que lhe traz aqui, tudo bem? Pode sentar. Identificação: A senhora passou pela triagem não foi? Eu estou com sua ficha aqui e gostaria de checar alguns dados, tudo bem? O nome da senhora é Maria Silva; sexo feminino, a senhora tem (x) anos, certo? A senhora se considera (cor), nasceu em (cidade) e mora até hoje lá? A senhora é (casada, solteira, viúva...) dona Maria? E a sua religião? Queixa principal: Qual o motivo que a trouxe hoje aqui? Maria: História da doença atual: Me conte mais sobre a (QP), dona Maria... Maria: E quando começou a (QP)? Maria: Caso seja dor, pergunte: Como é essa dor dona Maria? Ela impede a senhora de fazer alguma coisa? Ela se espalha? Qual a escala dessa dor? De 0 a 10. Maria: Perguntar os fatores de melhora e de piora. Maria: Ana Clara Silva Freitas Perguntar os sintomas associados. Maria: E agora a senhora está sentindo a (QP)? Maria: Interrogatório sintomatológico OBS: A depender da sua queixa principal, mude algumas respostas da paciente. Dona Maria , agora que a senhora já me contou o que a senhora vem sentindo, eu vou fazer mais algumas perguntas para a senhora, certo? A senhora acha que perdeu peso nos últimos meses ou semanas? Maria: Não, Dr. Sintomas gerais: Dona Maria , ultimamente a senhora sentiu febre ou algum mal-estar que não seja a dor no estômago, nem os enjoos? Maria: Não, Dr. Pele: A senhora observou alguma coisa na sua pele, como mudança de cor ou coceira? Maria: Não, Dr. Fâneros: Dona Maria , a senhora notou alguma franqueza nas unhas ou queda de cabelo? Maria: Não Dr, meu cabelo cai, mas acho que a quantidade é normal. Cabeça: Dona Maria , a senhora costuma sentir dor de cabeça ou tonturas? Maria: Dr, eu sinto muita dor de cabeça, mas é porque da minha vista mesmo, aí sempre que não uso o óculos eu sinto. E Tontura, ás vezes quando levanto rápido demais do sofá ou da cama eu fico um pouco tonta. Olhos: Dona Maria , a senhora disse que tem problema de vista. A senhora sente alguma coisa no olho, como coceira ou sente que ele lacrimeja, algo assim? Maria: Dr, ele coça uma vez ou outra, mas é mais quando eu mexo com muita poeira. Nariz e cavidades paranasais: a senhora fica com o nariz entupido direto ou nota que espirra com frequência? Maria: Eu sinto que assim como o olho, eu espirro quando estou mexendo com poeira também e quando o tempo está muito frio meu nariz congestiona logo. Cavidade bucal e anexos: Dona Maria , a senhora notou alguma afta ultimamente? Ou mal hálito? Maria: Dr, a bendita afta aparece direto, e ás vezes aparece mais de uma de uma vez só. Agora o mal hálito eu não notei não. Ana Clara Silva Freitas Faringe: A senhora sente muita dor de garganta? Ronca durante a noite? Maria: Não Dr, graças a Deus eu não ronco e minha garganta fica inflamado uma vez ou outra na vida. Laringe: Dona Maria , a senhora sentiu alguma alteração na sua voz ou sentiu alguma dor na região da laringe? Maria: Não, Dr. Vasos e linfonodos: A senhora sente alguma pulsação perto do pescoço ou algum inchaço? Maria: Não sinto nada disso. Mamas: Dona Maria , a senhora sente alguma dor na sua mama ou já notou a presença de algum caroço na sua mama: Maria: Dr, sinto algumas dores na mama, mas é quando estou perto de menstruar, e nunca observei nenhum caroço não. Sistema respiratório: A senhora sente alguma dificuldade para respirar ou tosse com frequência? Maria: Não, Dr. Sistema cardiovascular: Dona Maria e o seu coração, me conte, já sentou ou sente alguma dor no peito? Tem palpitações? Maria: Não Dr, nunca tive problemas no coração não. Sistema digestório: Dona Maria a senhora teve ultimamente alterações no apetite? E a senhora chegou a relatar que fica enjoada, esse enjoo é acompanhado de vômitos: Maria: Dr, apesar da dor, meu apetite não mudou não, sempre comi pouco mesmo. E em relação ao vômito é bem difícil eu vomitar, fico mais enjoada mesmo durante muito tempo. Sistema hematológico: A senhora tem ou já teve algum sangramento, sem ser a menstruação? Tem anemia? Maria: Não, Dr. Sistema urinário: Dona Maria , a senhora sente vontade de urinar? sabe informar quantas vezes vai urinar ao dia? Maria: Sinto sim, eu bebo uns 2 l de água por dia e consigo ir várias vezes ao banheiro, não sei mensurar a quantidade, mas vou muito ao banheiro. A senhora consegue segurar a urina e ir tranquilamente ao banheiro para urinar? Maria: Consigo. Dona Maria , a senhora faz força para urinar? O jato urinário sai continuo ou cortado ou em gotas? Ana Clara Silva Freitas Maria: Não faço forças e o meu jato é contínuo. A senhora notou alteração na cor, odor , turvez ou espuma na urina? Maria: Não Dr, sem nenhuma alteração. Sistema genital: Dona Maria , me conte como é o ciclo menstrual da senhora, ele é regular, a senhora sabe qual foi a data da sua última menstruação? E a senhora já me contou que é casada, faz uso de preservativo ou de anticoncepcional? Maria: Dr, meu ciclo é normal, e a minha última menstruarão veio dia 26 de novembro agora. Eu faço uso de anticoncepcional oral só e uso uma tabelinha no celular que me ajuda a ter controle. Sistema endócrino: A senhora lembra com quantos anos começou a menstruar? Sente alguma espécie de tremor no corpo? Maria: Dr, eu comecei a menstruar aos 12 anos, foi na idade certa, eu acho e não sinto nenhum tremor não. Sistema osteoarticular: Dona Maria , a senhora tem algum edema nas pernas ou braços? Sente câimbra ou fraqueza muscular? Maria. Não, Dr. Sistema nervoso: Dona Maria , a senhora notou alguma alteração na sua fala ou no seu andar, como desequilíbrio, nos últimos dias? Maria: Não, Dr. Exame psíquico e condições emocionais: Dona Maria , como foi a sua infância? Os seus pais são separados? A senhora tinha moradia fixa? E na sua escola, tinha amigos? Bons rendimentos? Maria: E na sua adolescência? Como era sua relação com os amigos? Perdeu algum parente querido? Maria: E hoje, como é sua vida? Seu casamento é saudável? Está empregada? Pretende ter filhos? Maria: Antecedentes pessoais fisiológicos: Dona Maria , em relação ao seu nascimento, a sua mãe comentou com a senhora se o parto foi normal ou se teve complicações: Maria: A senhora tem irmãos? Ana Clara Silva Freitas Maria: Dona Maria , a senhora terminou o ensino médio? Como foi o seu desempenho na escola? Maria: E sua orientação sexual, qual é? Maria: Antecedentes pessoais (patológicos): Dona Maria , a senhora teve alguma doença na infância? Já sofreu algum acidente? Maria: A senhora tem alguma doença crônica como diabetes ou hipertensão? Maria: A senhora já fez alguma cirurgia? E a vacinação está em dia? Maria: Antecedentes familiares: Dona Maria , tem algum histórico de alguma doença em sua família? Sejam seus pais, tios, irmãos, avôs... Maria: Hábitos de vida: Dona Maria , e em relação a sua alimentação, a senhora se alimenta certinho? No horário certo, come alimentos saudáveis? Maria: A senhora pratica atividade física diariamente? Maria: A senhora faz uso de álcool, fuma cigarro ou faz uso de droga ilícita? Maria: A senhora faz viagens com frequência? Fez alguma nos últimos anos? Maria: Condições socioeconômicas e culturais: Dona Maria , a senhora me disse que (confirmar dado de escolaridade, religião), correto? Ana Clara Silva Freitas Maria: correto. Na sua tem saneamento básico e coleta de lixo? Maria: Perguntar sobre a renda financeira. Maria: Exame físico Lavar as mãos antes e depois de realizar o exame. Dona Maria , agora eu vou fazer o exame físico na senhora, tudo bem? Forrar a maca e pedirpara ela se sentar Ectoscopia 1. Marcha: a senhora tem uma marcha normal, consegue andar em linha reta, com passos normais, ou seja, o seu andar não demonstra nenhuma alteração neurológica, por exemplo; 2. Estado geral (aparência do paciente, se ele aparenta estar doente ou não): bom estado geral; 3. Nutrição: Fazendo a inspeção na senhora, percebo que a senhora está nutrida, e sua ficha diz que a senhora pesa 55 kg e tem 1,60 cm de altura, assim o seu IMC está saudável; 4. Hidratação: Avaliar os olhos e a mucosa bucal e fazer a prega cutânea: a senhora está normocorada e hidratada; 5. Orientação: Dona Maria a senhora sabe que dia é hoje e onde estamos? Maria: hoje é 01 de dez e estamos em um consultório médico. 6. Nível de consciência: pela escala de Glasgow a senhora está consciente, pois a resposta dos seus olhos é espontânea, a senhora está consciente e orientada e obedece aos meus comandos, como responder as minhas perguntas e sentou quando eu pedi. 7. Fala e linguagem: a sua fala é clara e compreensível, não tem nenhuma dificuldade para se expressar, não tem distúrbio na articulação das palavras; 8. Desenvolvimento físico: a senhora tem um desenvolvimento físico normal, não tem nenhuma alteração, como o nanismo; e seu biótipo é normolíneo, ou seja, a senhora tem um físico harmônico; 9. Fáceis: olhando a senhora vejo que sua face é normal, não tem nenhum traço atípico de uma face leonina ou depressiva, por exemplo; 10. Atitude: bom dona Maria , quanto a sua atitude, ou seja, quanto a sua reação ao estímulo ela é ativa, já que a senhora assume a sua postura espontaneamente 11. Pele, mucosa e anexos: dona Maria , eu estou agora fazendo inspeção na sua pele e uma espécie de prega, com isso consigo ver que a senhora está hidratada, a coloração da sua pele está normal, não há nenhuma lesão elementar, como manchas. As suas unhas possuem forma, brilho e espessura normais. O cabelo da senhora está com a quantidade normal e com distribuição uniforme. Ana Clara Silva Freitas 12. Tecido subcutâneo: devido à pouca idade, a senhora não tem o tecido subcutâneo em excesso e não apresenta edemas. A senhora não tem presença de veias superficiais nas pernas. Não há nenhuma circulação colateral no seu abdome, como a “cabeça de medusa” 13. Musculatura: fazer palpação. Não há nenhum trofismo muscular. 14. Linfonodos: Dona Maria , irei avaliar agora os linfonodos, vou averiguar o tamanho, a consistência, a sensibilidade, o calor e o rubor. Grupos: Occipitais, pré-auriculares, retroauriculares, submandibulares, submentonianos, cervicais anteriores (superficiais e profundos) e posteriores, supra claviculares, infraclaviculares, trocleares, axilares Inguinais, poplíteos, tonsila palatina. 15. Pulsos: dona Maria , agora vou avaliar os pulsos temporais, carotídeos, axilares, braquiais, radiais, femorais, poplíteos, tibiais anteriores ou pediosos ou dorsais do pé e tibiais posteriores. Eles estão com frequência normal entre 60 a 100 bpm (contar durante 1 min), o ritmo está regular e amplitude está ampla; 16. Dados vitais: PA; pulso; frequência respiratória e temperatura axiliar (no lado esquerdo). Aparelho respiratório Dona Maria , vou pedir pra que a senhora ainda continue sentada para que continuamos a avaliação, e agora vamos fazer o exame físico do seu aparelho respiratório, certo? 1. Inspeção: Estática: forma do tórax: normal; sem abaulamentos, sem depressões e sem cicatrizes, sem desvios na coluna; Dinâmica: a frequência respiratória e os ritmos estão simétricos. Recomenda- se verificar a frequência respiratória do paciente em repouso, de preferência em decúbito dorsal, da forma mais discreta possível para que não haja alteração em sua frequência respiratória devido à percepção, pelo próprio paciente, de que está sendo observado. Em geral, o método usado é contar os movimentos respiratórios enquanto se estima a contagem da frequência do pulso. A frequência precisa ser contada durante pelo menos trinta segundos. Tipo respiratório: torácico (nesse caso, para que haja o reconhecimento do tipo respiratório, deve- se observar a movimentação do tórax e do abdômen de maneira atenta, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos). Amplitude: normal. 2. Expansibilidade: normal e simétrica. O examinador deve se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando as mãos em direção às bases. Pousar as mãos espalmadas sobre as regiões a serem examinadas, de tal modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto. Os demais dedos encostam levemente no tórax, levemente fletidos. Nas bases, aderir bem os dedos e o examinador deve se postar assentado, de preferência. Solicitar ao paciente para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de suas mãos, particularmente o distanciamento dos Ana Clara Silva Freitas polegares da linha médio-espinhal. A expansibilidade pode ser normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente). 3. Frêmito Tóraco-vocal (FTV): normal e simétrico. É o exame das vibrações percebidas pela mão do examinador, encostada na parede torácica, quando o paciente emite algum som. O examinador deve se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelo alto e ir deslocando a mão em direção às bases, em cada uma das faces torácicas. Pousar a mão espalmada, ora de um lado, ora do outro, com os dedos levemente estendidos, sobre as regiões do tórax a serem examinadas ao mesmo tempo em que o paciente vai falando em voz alta ―trinta e três‖. Compara-se um lado com o outro e observa-se o aumento, a diminuição e o desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente). 4. Percussão: som claro pulmonar e sem sinais de cardiomegalia. Para a percussão das faces anterior e laterais, o paciente pode estar deitado ou assentado. Na percussão das faces laterais o paciente deve colocar a mão na cabeça. Já a percussão da parede posterior deve ser feita com o paciente na posição sentada. Utiliza-se a percussão dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. Ir golpeando os espaços intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os sons obtidos. Manter a força do golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à percussão e as áreas em que ocorrem. Comparar o exame com pessoas magras, musculosas e obesas. Percussão do tórax: hipersonoridade, submacicez e macicez. 5. Ausculta pulmonar: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios. Colocar o paciente em posição assentada. Colocar corretamente as olivas do estetoscópio nas orelhas. Solicitar ao paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta. Iniciar o exame pelos ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases. Compara-se um lado com o outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de ruídos adventícios (extras, anormais). Observam-se também as fases de inspiração ou de expiração e se há prolongamentos dela. Sistema cardiovascular Dona Maria , vou pedir para que a senhora se deite em decúbito dorsal (barriga pra cima). 1. Inspecionar e palpação do precórdio: Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis, dos movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas, pesquisa de frêmitos. Abaulamento: observação da região precordial deve ser feita em duas incidências: tangencial, com o examinador de pé do lado direito do paciente, e frontal, o examinador ficando junto aos pés do paciente, que permanece deitado. 2. Ictus Cordis: palpável e visível, localizado na linha hemiclavicular esquerda com o 5o espaço intercostal. Extensão de 1 polpa digital. 3. Frêmito cardiovascular: é a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Ao encontrar um frêmito três características precisam ser investigadas: localização, usando- se como referência as áreas de ausculta; situaçãono ciclo cardíaco, diferenciando-se, então, pela coincidência ou não com o ictus cordis ou o pulso carotídeo os frêmitos sistólicos, Ana Clara Silva Freitas diastólicos ou sistodiastólicos; e intensidade, avaliada em cruzes (+ a ++++). Os frêmitos correspondem aos sopros e a sua presença tem grande importância no raciocínio clínico. 4. Foco mitral: situa-se no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo na linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. 5. Foco pulmonar: situa-se no 2º EIC esquerdo, junto ao esterno. Nesse espaço podemos avaliar desdobramentos da 2ª bulha cardíaca. 6. Foco aórtico: 2º EIC direito, justaesternal. Porém, algumas vezes, o melhor local para auscultar alterações de origem aórtica é a área entre o 3º e 4º EIC esquerdo, onde fica localizado o foco aórtico acessório. 7. Foco tricúspide: situa-se na base do apêndice xifóide ligeiramente para a esquerda. Os fenômenos acústicos originados na valva tricúspide (sopro sistólico) costumam ser mais percebidos na área mitral. 8. Bulhas cardíacas: rítmicas e normofonéticas. Sistema digestório O exame físico deve ser realizado em decúbito dorsal. 1. Identificar as 9 regiões do abdômen: I. Hipocôndrio direito; II. Epigástrio; III. Hipocôndrio esquerdo; IV. Flanco direito; V. Mesogástrio; VI. Flanco esquerdo; VII. Fossa ilíaca direita; VIII. Hipogástrio; IX. Fossa ilíaca esquerda. 2. Inspeção: abdome plano, sem abaulamentos, cicatrizes ou hérnias e umbigo plano, sem abaulamentos e sem retrações; 3. Circulação colateral: não há presença de vascularização visível em parede abdominal. Realizar a manobra de esvaziamento de um segmento venoso dilatado. Ex. de circulação colateral é a cabeça de medusa. Técnica para realizar a manobra de esvaziamento de um segmento venoso dilatado Exercer pressão sobre o vaso que se quer estudar, separando um segmento venoso com o indicador; deslize o indicador da outra mão sobre o tronco venoso para esvaziá-lo. A seguir, deixa-se de exercer o deslize, observe se o vaso se enche ou continua vazio. Fazer a mesma manobra em ambos os lados do ponto pressionado a fim de verificar a direção que a corrente sanguínea tem no vaso estudado. Correlacionar com o sentido normal da corrente sanguínea do abdome. 4. Ausculta abdominal: peristaltismo presente e fisiológico. Procedimento: 1. Deve ser realizada logo após a inspeção abdominal, para que as manobras de palpação e percussão não influenciem no peristaltismo. 2. Usa-se o diafragma do estetoscópio, colocado nas diversas regiões do abdome. Ana Clara Silva Freitas 3. Devem-se ouvir ruídos hidroaéreos a cada 5-10 segundos, de localização variável e inesperada. No silêncio abdominal, deve-se auscultar pelo menos um minuto. 4. Os ruídos podem ser aumentados (ex: diarréia), peristaltismo de luta (obstrução intestinal) ou diminuído e abolido (íleo paralítico). 5. Percussão do abdome: timpanismo fisiológico. Procedimento: 1. Utilizando a técnica dígito-digital, ir percutindo todas as regiões do abdome, de forma contígua. 2. Observar tanto o som (macicez, submacicez, timpanismo e hipertimpanismo – espaço de Traube) quanto à presença/ausência de dor á palpação. 6. Percussão da parede abdominal posterior: sinal de Giordano negativo. Punho percussão renal (Sinal de Giordano) Procedimento: 1. Coloque o paciente assentado e com as pernas fletidas e para baixo na lateral do leito. 2. Com a mão fechada ou espalmada, com a face ulnar da mão vá golpeando, levemente, a parede posterior do abdome, à direita e à esquerda da coluna, a partir do rebordo costal e em direção à crista ilíaca, primeiro um lado depois o outro. 3. A reação de dor é chamada de sinal de Giordano positivo e indica inflamação renal. 7. Palpação do abdome: abdome livre, indolor à palpação superficial e profunda, sem massas ou visceromegalias. Blumberg negativo. Procedimento: I. Palpação Superficial 1. Com uma mão espalmada, inicie a palpação superficial do abdome, observando atentamente, mas de forma discreta, a fácies do seu paciente. 2. Inicie em um ponto do abdome e vá progredindo a palpação de forma contígua e uniforme, até examinar toda a superfície do abdome e terminando no ponto onde iniciou a palpação. 3. Avalie a defesa abdominal para distinguir contratura abdominal voluntária da involuntária: para cessar a contração voluntária, desvie a atenção do paciente: converse outros assuntos, solicite que inspire e expire de forma rítmica ou peçalhe para flexionar as pernas. Empregue a manobra bi manual para localizar defesa localizada da parede abdominal (com ambas as mãos espalmadas e colocadas longitudinalmente, uma de cada lado e paralelas à linha alba, ir palpando em sentido craniocaudal. Enquanto uma das mãos palpa uma região suspeita, a outra palpa a região contralateral equivalente, em movimentos alternados e comparativamente). O abdome sem defesa é dito livre. 4. Identifique e examine os pontos dolorosos abdominais: xifoidiano, epigástrico, cístico ou biliar, esplênico, ureterais, apendicular ou de McBurney. 5. Verifique o sinal de Murphy: ao comprimir o ponto cístico, pede-se ao paciente para inspirar profundamente. Nesta hora, o diafragma abaixará o fígado, fazendo com que a Ana Clara Silva Freitas vesícula biliar alcance a extremidade do seu dedo. Nos casos de colecistite, esta manobra induz dor intensa obrigando ao paciente interromper subitamente a inspiração. Este sinal não é patognomônico de doença na vesícula biliar. II. Palpação profunda 6. Repita o procedimento iniciando no mesmo ponto em que começou a palpação superficial, desta vez aprofundando mais a mão e tentando identificar órgãos e massas (ou tumorações). 7. Utilize uma ou duas mãos (uma sobre a outra) para a palpação. 8. Ao encontrar órgãos e massas, observe se há dor e as suas características semiológicas. III. Palpação do fígado 9. Garanta que o seu paciente fique relaxado o máximo possível 10. Posicione sua mão no umbigo e vá aproximando-a do rebordo costal, palpando o epigástrio e o flanco e o hipocôndrio direitos. 11. A seguir coordenar a palpação com a respiração. Peça ao paciente para inspirar e expirar profundamente. À expiração, ajuste a mão à parede abdominal. Na próxima inspiração, enquanto o examinador tenciona a parede abdominal, sua mão é empurrada para cima, buscando detectar a borda hepática com as faces ventrais e polpas digitais dos dedos mínimo, médio e anular ou com a face radial do indicador. 12. Pode-se ainda colocar a mão esquerda no nível da loja renal direita forçando a para cima e aproximando o fígado da parede anterior do abdome. 13. Outra forma de palpação é colocar o paciente em decúbito semi-lateral esquerdo. O examinador se volta para os pés do paciente, colocando a mão ou as mãos em garra sobre o hipocôndrio direito e coordenando a palpação com a respiração como anteriormente descrito. IV. Palpação do baço 14. Procede-se da mesma forma que descrito para o fígado, só que no quadrante superior esquerdo. V. Manobras especiais >> Manobra da descompressão súbita ou sinal de Blumberg. 15. Solicita-se ao paciente para observar atentamente em qual dos momentos ele sente mais dor: se quando ―aperta ou quando ―solta. Em crianças ou pacientes que não falam, observar os sinais de dor na fácies do paciente. Esta observação também serve para você ―checar a resposta do paciente. 16. Comprime-se lenta e progressivamente um ponto do que tenha se mostrado doloroso à palpação geral do abdome. Ao atingir o máximo de compressão possível, aguardar alguns segundos e a seguir retirar rapidamente a mão. Quando a dor é maior à descompressão descreve-se como sinal POSITIVO e indica peritonite Exame neuurológico Ana Clara Silva Freitas 1. Sinal de Romberg: equilíbrio preservado. Solicite que o paciente fique em ortostatismo com um péao lado do outro e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. Peça que a seguir ele feche os olhos. Pequenas oscilações do corpo são notadas. Se houver desequilíbrio e forte tendência à queda, o sinal de Romberg é positivo. Solicite que o paciente fique em ortostatismo com o calcanhar de um encostado nos dedos do outro pé e estenda ambos os braços para frente à altura dos ombros. Peça que a seguir ele feche os olhos. 3. Solicite que o paciente fique em ortostatismo sobre um pé só. Peça que a seguir ele feche os olhos. 2. Coordenação motora: boa coprdenação motora. I. Peça o paciente que estique um MS na altura dos ombros e dobre o outro, mantendo o cotovelo na mesma altura e encostando a ponta do indicador estendido na ponta do nariz. Peça que alterne os movimentos uma hora esticando outra dobrando alternadamente os membros. Peça que continue com os olhos fechados e com mais velocidade. II. Solicite ao paciente que encoste o dorso de uma mão (em supinação) sobre a coxa ipsilateral e a palma da outra mão (em pronação) sobre a coxa ipsilateral. Peça que alterne os movimentos aumentando a velocidade progressivamente e fechando os olhos. 3. Reflexo patelar: paciente sentado. Reflexo cutâneo plantar: Paciente em decúbito dorsal, com os MMII estendidos, estimular superficialmente com um estilete ou objeto rombo a regiões plantares direita e esquerda, fazendo um leve semírculopróximo à borda lateral e no sentido póstero-anterior. A resposta normal é a flexão dos dedos do pé. A inversão da resposta (extensão do hálux – os demais dedos podem estender em leque ou não) indica lesão na via piramidal e é chamado de Sinal de Babinski positivo. Os reflexos estão normoativos. 4. Avaliação da irritação meníngea: As meninges, quando inflamadas ou irritadas (punção, sangue), dificultam os movimentos de sua extensão tanto pela dor quanto por defesa involuntária, chegando a deixar o paciente rígido impedindo totalmente a flexão da coluna. I. Brudzinski: Observe se há rigidez de nuca: coloque o paciente em decúbito dorsal de solicite que ele deite a cabeça sobre sua mão e relaxe. Explique que ele não deverá fazer movimentos, só você. Distraia a atenção do paciente e promova a flexão súbita mas cuidadosa do pescoço, levando o queixo do paciente em direção do tórax. Se houver meningismo você não conseguirá fazer o movimento. Se, além disso, o paciente fletir os MMII, é considerado sinal de Brudzinski positivo. II. Kernig: melhor avaliado em crianças. Paciente em decúbito dorsal, joelhos em extensão. Com uma das mãos, levante o tronco até verticalizá-lo, mantendo com a outra mão o joelho em extensão. Em caso de irritação meníngea, o joelho se flete mesmo contra a pressão das mãos. 5. Pares cranianos: Ana Clara Silva Freitas I Olfatório : Avaliação: pedir ao paciente para fechar olhos e utilizar substâncias de odores diferentes para testar uma narina por vez. Questionar se sente o cheiro; Se o odor é desagradável; Se identifica o odor. II Óptico 1. Fundoscopia : Verificar a retina, papila óptica e vasos retinianos 2. Acuidade visual: Posicionar o paciente a 6 metros da Tabela de Snellen ou a 35 cm da Tabela de Rosenbaum; cobrir um dos olhos e ler a Tabela; registrar a menor linha que o paciente consegue ler 3. Campimetria por confrontação: Posicionar-se a distância de 1 braço à frente do paciente; Solicitar ao paciente para olhar fixamente os seus olhos; cobrir um olho de cada vez; abrir os braços e movimentar um dos dedos de uma mão; solicitar que indique qual lado está movendo e testar os 4 quadrantes. III, IV e VI Oculomotor, Toclear e Abducente 1. Verificar simetria das fendas palpebrais e protusão ocular 2. Movimentação extraocular a. manter fixa a cabeça do paciente, solicitar que siga apenas com o olhar o dedo do examinador, e informar quando não estiver vendo nítido b. movimentar o dedo nas 6 direções, em forma de H c. observar nistagmo, assimetria da movimentação e queixa de diplopia d. checar convergência movendo o dedo na direção da ponta do nariz 3. Reação pupilar à luz a. alternadamente iluminar com um foco de lanterna colocado obliquamente (90º) cada pupila b. observar a reação pupilar do lado iluminado (fotomotor direto) e da outra pupila (fotomotor consensual) c. registrar o diâmetro pupilar e qualquer assimetria ou irregularidade. V Trigêmio 1. Sensibilidade de face a. com um objeto ponteagudo tocar as regiões frontal, malar e mandibular, comparando a sensação dolorosa a direita e a esquerda e entre cada uma das regiões estimuladas 2. Reflexo corneano: a. solicitar que olhe para o lado e para cima b. tocar a borda externa inferior da córnea do lado oposto com um pedaço de algodão c. observar a reação de piscamento normal em ambos os olhos d. repetir no outro lado. VII Facial 1. Mobilidade de Face a. solicitar que enrugue a testa ou olhe para cima b. solicitar que feche os olhos com força. Tente abri-los e teste a força do músculo orbicular dos olhos c. peça para mostrar os dentes ou dar um sorriso d. observar presença de assimetrias e ausências de pregas faciais. VIII Vestibulococlear 1. Audição a. em um ambiente silencioso, provoque um ruído esfregando as pontas dos dedos colocados ao lado de um dos ouvidos do paciente b. gradualmente distancie a mão do ouvido do paciente Ana Clara Silva Freitas c. peça para informá-lo quando deixar de ouvir o ruído d. repita no lado oposto e compare os resultados. IX e X Glossofaringeo e Vago 1. Voz e Deglutição a. indague se apresenta dificuldade de deglutição ou alteração de voz b. solicite ao paciente que mantenha a boca aberta e diga AHHHHHHHHHHH ! c. observe a simetria da elevação do palato e a ausência de desvio lateral da rafe mediana XI Acessório 1. Força do músculo Trapézio e Esternocleidomastóideo a. solicitar para manter os ombros elevados b. tentar abaixar os ombros c. solicitar que mantenha a cabeça virada para um dos lados d. tentar virar a cabeça para o lado oposto, fazendo resistência no queixo, enquanto palpa o esterno-clido-mastoideo oposto e. observe assimetrias e atrofia dos músculos pesquisados XII Hipoglosso 1. Motilidade da Língua a. observar a língua dentro e fora da boca b. registrar assimetrias, desvios e atrofia da língua no interior da boca e fora dela. 6. Força motora: tono e força muscular preservados, sem défcits focais. Prova de Mingazzini MMSS: adução braço em direção ao tronco; abdução; flexão do antebraço; extensão antebraço; flexão dos dedos das mãos; abdução dos dedos; apetar a mão do examinador; extensão do punho MMII: elevar a coxa; extender a perna; tentar aproximar joelhos; tentar afastar joelhos; flexão dorsal do pé;extensão do pé; 7. Paralisia facial periférica: ocorrem comprometimentos de ordens estética e funcional dos músculos faciais com repercussão emocional marcante. Alteração no nervo facial (VII par) em qualquer ponto do seu trajeto. Paralisia facial central: Alteração no nervo facial na via motora central, antes das vias piramidais. Manifesta-se pela perda dos movimentos voluntários no terço inferior de uma hemiface contralateral à lesão. Na Paralisia Facial Central não há acometimento das secreções salivares e lacrimais, além da gustação. Psiquiatria 1. Aparência: paciente em bom estado nutricional, cabelo preso, arrumada, em boas condições de higiene, sem cicatrizes e não tem tatuagens; 2. Atitude: paciente está sendo coloborativa; 3. Atenção: tenacidade, pois possui a capacidade de se manter concentrada; 4. Memória: remota, pois se lembra desde os primeiros anos de sua vida (fazer algumas perguntas do passado); 5. Orientação: - Orientação autopsíquica: em relação à Pessoa: Pergunte a respeito de seus dados pessoais e investigue se reconhece familiares e as pessoas com as quais esta em contato. - Orientação alopsíquica: orientaçãoquanto ao Tempo e Espaço Ana Clara Silva Freitas 6. Inteligência: Avaliar: - Raciocínio lógico; - Capacidade de fazer contas; - Dificuldades em estudar; - Capacidade de abstração: capacidade de formular conceitos e idéias, comparálos, relacioná-los. Observe se o paciente recorre a analogias e metáforas. (pode ser avaliada a compreensão de provérbios); - Capacidade de generalização: perguntar sobre grupos de coisas, animais. - Juízo crítico: capacidade de perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e separá- la dos aspectos do mundo interno ou subjetivo. Inclui a aptidão para auto-avaliação adequada e uma visão realista de si mesmo. 7. Pensamento: FORMA: Relação e nexo das idéias entre si. Avalie: - Coerência: construção das frases em relação à sintaxe; - Logicidade: pensamento fundado na realidade. - Circunstancialidade: alteração na qual há expressão do pensamento por meio de detalhes irrelevantes e redundantes, porém paciente consegue chegar ao objetivo; - Tangencialidade: o objetivo nunca é alcançado, ou não é claramente definido; embora o paciente fique sempre próximo ao que seria sua meta; - Fuga de ideias: associações tênues ou livres FLUXO: velocidade com que as idéias passam pelo pensamento (acelerado, lentificado, adequado, ou bloqueado). CONTEÚDO: neste item investiga-se os conceitos emitidos pelo paciente e sua relação com a realidade. Avaliar: - Conteúdo predominante - Preocupações; - Obsessões; - Ideação suicida ou homicida; - Presença de delírios (falsa crença não compartilhada por membros do grupo sócio- cultural). Nestes casos, deve ser elucidado o conteúdo do delírio. 8. Afetividade: Se avalia a relação do paciente com o mundo. O afeto só estará primariamente alterado na esquizofrenia. Quando normal é chamado de sintônico. As alterações do afeto são: Distanciamento: Faz interações quando quer/movidas por interesse próprio. Não empatiza. Afeto menos comprometido do que nas outras alterações. Incongruência: afeto não congruente com o discurso. Indiferença: Paciente com interação mínima, sem interesse para estabelecer relações. Monossilábico. Embotamento: comprometimento máximo do afeto. O paciente não faz mais nenhuma relação com o ambiente. 9. Humor: está feliz, não está depressiva. 10. Sensopercepção: Ana Clara Silva Freitas Ilusão: distorção da realidade. Motivada por um estímulo externo, havendo uma questão emocional envolvida. Alucinação: alterações dos órgãos do sentido, não há estímulos externos,é um fenômeno introjetado. Podendo ser, auditivas, táteis, sinestésicas, gustativas, olfativas e visuais (mais raras). 11. Psicomotricidade: Avaliar: - Velocidade e intensidade da mobilidade geral na marcha, quando sentado e na gesticulação. - Agitação ou retardo - Acatisia (movimento de “amassar barro”); - Maneirismos (movimentos involuntários estereotipados); - Tiques (movimentos involuntários e espasmódicos). - Presença de sinais de catatonia (obediência automática, flexibilidade cérea). 12. Vontade: A volição (ou energia volitiva) corresponde à vontade que o indivíduo tem de viver, realizar suas ambições e concluir seus projetos. Neste ponto, o paciente pode apresentar volição normal, hiperbulia ou hipobulia. Pediatria Só citar. 1. Avaliação de genitália e puberdade; 2. Presença de algum sinal de genitália ambígua; 3. Checar no menino a presença de testiculos bilateralmente, hipospadia. 4. Quais as características (pelos pubianas, mamas e testiculos) deveriam ser avaliadas na busca de puberdade. Qual o nome da classificação (Tanner); 5. Até qual idade deverá ser realizado o perímetro cefálico em todas as crianças (2anos); 6. Saber marcar gráfico de dados antropométrico.
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