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Artigo-O-número-de-articulações-envolvidas-no-exercício-promove-alterações-do-gasto-calórico

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425Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 5 – Set/Out, 2020
O NÚMERO DE ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS NO 
EXERCÍCIO PROMOVE ALTERAÇÕES DO GASTO CALÓRICO?
DOES THE NUMBER OF JOINTS INVOLVED IN EXERCISE PROMOTE CHANGES IN ENERGY EXPENDITURE?
¿EL NÚMERO DE ARTICULACIONES INVOLUCRADAS EN EL EJERCICIO PROMUEVE ALTERACIONES 
DEL GASTO CALÓRICO?
Gustavo Allegretti João1,2 
(Profissional de Educação Física)
Daniel Rodriguez2 
(Profissional de Educação Física)
Roberta Luksevicius Rica2 
(Profissional de Educação Física)
Nelson Cavas Júnior3 
(Profissional de Educação Física)
Danilo Sales Bocalini4 
(Profissional de Educação Física)
Aylton Figueira Júnior2 
(Profissional de Educação Física)
1. Universidades Metropolitanas 
Unidas, Laboratório de Fisiologia 
do Exercício São Paulo, SP, Brasil.
2. Universidade São Judas 
Tadeu (USJT), Programa de Pós-
Graduação em Educação Física, 
São Paulo, SP, Brasil.
3. Instituto de Assistência Médica 
do Instituto de São Paulo, SP, Brasil.
4. Universidade Federal do 
Espírito Santo (UFES), Laboratório 
de Fisiologia e Bioquímica 
Experimental do Centro de 
Educação Física e Desporto, Vitória, 
ES, Brasil.
Correspondência:
Gustavo Allegretti João
Rua Taquari, 546, Mooca,
São Paulo, SP - 03166-000.
gustavoallegretti@hotmail.com
RESUMO
Introdução: Os benefícios do treinamento de força (TF) incluem não apenas aumento da força, mas 
também modificações favoráveis na composição corporal, o que levou ao aumento considerável da indica-
ção dessa modalidade de treinamento em indivíduos com sobrepeso e obesidade e tornou importante a 
investigação dos desfechos atribuídos a diferentes manipulações das variáveis do TF. No entanto, as respostas 
metabólicas agudas relacionadas com o gasto calórico (GC) associado à manipulação dos exercícios que, 
por sua vez, são associados à quantidade de articulações envolvidas no movimento permanecem incon-
clusivas. Objetivo: Verificar a influência do número de articulações envolvidas no movimento sobre o GC 
com volume equalizado no TF em diferentes intensidades. Métodos: Esse treinamento foi realizado em dias 
alternados, com intervalo de 48 horas entre cada sessão com dois protocolos randomizados, a saber, proto-
colo multiarticular com quatro exercícios comuns para praticantes de TF em comparação com o protocolo 
monoarticular com quatro exercícios. Cada protocolo foi avaliado em três intensidades (90%, 75% e 60% de 
1-RM) do treinamento de acordo com o teste de uma repetição máxima (1-RM). Resultados: Foram observados 
incrementos significantes no GC na sessão multiarticular em comparação com a sessão monoarticular: 90% 
1-RM multiarticular 246,80 ± 26,17 kcal vs. monoarticular 227,40 ± 24,54 kcal (∆ -7,86, IC de 95% 7,33; 31,46; 
t 3,44; p < 0,05); 75% 1-RM multiarticular 124,13 ± 25,40 kcal vs. monoarticular 111,80 ± 22,78 kcal (∆ -9,93, 
IC de 95% 3,25; 21,41; t 2,91; p < 0,05); 60% 1-RM multiarticular 70,80 ± 6,28 kcal vs. monoarticular 64,40 ± 
6,72 kcal (∆ -9,04, IC de 95% 3,95; 8,84; t 5,60; p < 0,05). Conclusão: Os exercícios multiarticulares podem ser 
uma variável a considerar quando o equilíbrio do GC é o alvo principal do programa de TF. No entanto, mais 
estudos são necessários para complementar nossos achados. Nível de evidência II; Estudos diagnósticos – 
Investigação de um exame para diagnóstico.
Descritores: Exercício; Gasto energético; Força muscular; Articulações.
ABSTRACT
Introduction: The benefits of strength training (ST) include not only strength improvement but also favorable 
body composition changes, which has led to a considerable increase in the indication of this training method in 
overweight and obese individuals, and has made the investigation of outcomes attributed to different manipulations 
of ST variables an important task. However, acute metabolic responses related to energy expenditure (EE) associated 
with the manipulation of exercises which, in turn, are associated with the number of joints involved in movement, 
are still inconclusive. Objective: To verify the influence of the number of joints involved in movement on EE with 
equalized volume in ST at different intensities. Methods: This training program was held on alternate days, with a 
48-hour interval between each session, and with two randomized protocols, as follows: multiarticular protocol with 
four common exercises for ST participants compared to the monoarticular protocol with four exercises. Each protocol 
was evaluated at three training intensities (90%, 75% and 60% of 1-RM) according to the one-repetition maximum 
test. Results: Significant increases in EE were observed in the multiarticular session as compared to the monoarticular 
session: 90% 1-RM multiarticular 246.80 ± 26.17 kcal vs monoarticular 227.40 ± 24.54 kcal (∆ -7.86, 95% CI 7.33; 31.46; 
t 3.44; p <0.05); 75% 1-RM multiarticular 124.13 ± 25.40 kcal vs monoarticular 111.80 ± 22.78 kcal (∆ -9.93, 95% CI 3.25; 
21.41; t 2.91; p <0.05); 60% 1-RM multiarticular 70.80 ± 6.28 kcal vs monoarticular 64.40 ± 6.72 kcal (∆-9.04, 95% CI 
3.95; 8.84; t 5.60; p <0.05). Conclusion: Multiarticular exercises may be a variable to consider when EE balance is the 
main target of the ST program. However, further studies are needed to supplement our findings. Level of evidence II;
Diagnostic studies-Investigating a diagnostic test.
Keywords: Exercise; Energy expenditure; Muscle strength; Joints.
RESUMEN
Introducción: Los beneficios del entrenamiento de fuerza (EF) incluyen no sólo aumento de la fuerza, sino también 
modificaciones favorables en la composición corporal, lo que llevó al aumento considerable de la indicación de esa 
modalidad de entrenamiento en individuos con sobrepeso y obesidad y se ha vuelto importante la investigación de las 
conclusiones atribuidas a diferentes manipulaciones de las variables del EF. Sin embargo, las respuestas metabólicas 
Artigo originAl
Original article
artículO Original
https://orcid.org/0000-0002-6338-0798
https://orcid.org/0000-0002-5349-8290
https://orcid.org/0000-0002-6145-1337
https://orcid.org/0000-0003-2168-8927
https://orcid.org/0000-0003-3993-8277
https://orcid.org/0000-0002-6635-8019
426 Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 5 – Set/Out, 2020
agudas relacionadas con el gasto calórico (GC) asociado a la manipulación de los ejercicios que, a su vez, son asociados 
a la cantidad de articulaciones involucradas en el movimiento permanecen no concluyentes. Objetivo: Verificar la 
influencia del número de articulaciones involucradas en el movimiento sobre el GC con volumen ecualizado en el EF 
en diferentes intensidades. Métodos: Este entrenamiento fue realizado en días alternados, con intervalo de 48 horas 
entre cada sesión con dos protocolos aleatorizados, a saber: protocolo multiarticular con cuatro ejercicios comunes 
para practicantes de EF en comparación con el protocolo monoarticular con cuatro ejercicios. Cada protocolo fue 
evaluado en tres intensidades (90%, 75% y 60% de 1-RM) del entrenamiento de acuerdo con el test de una repetición 
máxima (1-RM). Resultados: Se observó un incremento significativo en el GC en la sesión multiarticular en comparación 
con la sesión monoarticular: 90% 1-RM multiarticular 246,80 ± 26,17 kcal vs. monoarticular 227,40 ± 24,54 kcal (Δ 
-7,86, IC de 95% 7,33; 31,46; t 3,44; p < 0,05); 75% 1-RM multiarticular 124,13 ± 25,40 kcal vs. monoarticular 111,80 ± 
22,78 kcal (Δ -9,93, IC de 95% 3,25; 21,41; t 2,91, p < 0,05); 60% 1-RM multiarticular 70,80 ± 6,28 kcal vs. monoarticular 
64,40 ± 6,72 kcal (∆ -9,04, IC de 95% 3,95; 8,84; t 5,60; p < 0,05). Conclusión: Los ejercicios multiarticulares pueden 
ser una variable a considerar cuando el equilibrio del GC es el objetivo principal del programa de EF. Sin embargo, 
más estudios son necesarios para complementar nuestros hallazgos. Nivel de evidencia II; Estudios diagnósticos - 
Investigación de un examen para diagnóstico.
Descriptores: Ejercicio; Gasto de energía; Fuerza muscular; Articulaciones.
Artigo recebido em 10/26/2018 aprovado em 12/16/2019DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1517-869220202605215828INTRODUÇÃO
Atualmente, a indicação do treinamento de força (TF) como estra-
tégia não farmacológica na prevenção e no tratamento da obesidade 
vem sendo considerada eficaz e eficiente no tratamento da obesida-
de.1 Aumentos significativos no consumo de oxigênio e consequente-
mente no gasto calórico (GC) dependendo de variáveis, como massa 
muscular,2 velocidades de levantamento,3 número de séries,4 número 
de repetições,5,6 carga de treinamento,7 volume de treinamento,8 ou 
intervalos de recuperação9-12 vem sendo amplamente investigados e 
utilizados com base na prescrição de exercícios.
No entanto, as respostas metabólicas agudas relacionado ao GC e a 
manipulação dos exercícios associados as quantidades de articulações 
envolvidas no movimento não foram devidamente investigadas. De 
acordo com o Colégio Americano de Esporte e Medicina1 os exercícios 
para grandes volumes musculares e/ou multiarticulares devem ser 
realizados prioritariamente em uma sessão de treinamento, contudo, 
poucos estudos2,6,13,14 investigaram estes efeitos no GC. 
Dessa forma, a literatura ainda é carente de estudos que investigaram 
a relação entre o GC no TF e os efeitos metabólicos agudos associados a 
quantidades de articulações envolvidas nos exercícios. Robergs et al.,15 
avaliaram o GC durante a execução de dois exercícios multiarticulares 
(supino reto e agachamento) realizados continuamente durante cinco 
minutos. A literatura ainda permanece inconclusivo considerando a 
influência de exercícios monoarticulares e multiarticulares no GC em 
sessões de TF com diferentes intensidades. Desta forma, o objetivo do 
presente estudo foi verificar a influência do número de articulações en-
volvidas no GC com volume equalizado no TF em diferentes intensidades. 
MATERIAL E MÉTODOS
Procedimento experimental
Para investigar o GC no TF associado ao número de articulações 
envolvidas nos exercícios, todos os participantes do presente estudo 
realizaram em dias alternados dois protocolos de TF com diferentes 
intensidades randomizados por sorteio sendo: protocolo multiarti-
cular (supino reto, agachamento, pulley frente e abdome máquina) e 
monoarticular (pec deck, rosca direta, tríceps pulley e cadeira flexora). 
Foram utilizadas as intensidades correspondentes a 90%, 75% e 60% 
de uma repetição máxima (1-RM). 
Para a intensidade prescrita de 60% de 1-RM, os participantes reali-
zaram duas séries (aproximadamente 15 repetições), na intensidade de 
75% de 1-RM, realizaram três séries (aproximadamente 10 repetições) e 
na intensidade de 90% de 1-RM os participantes realizaram seis séries 
(aproximadamente 5 repetições). Todas as séries foram realizadas ao ponto 
de falha muscular concêntrica momentânea, definida operacionalmente 
como a incapacidade de realizar outra repetição concêntrica, mantendo 
a forma adequada. Todos os protocolos foram de 120 segundos de 
intervalo de recuperação entre séries e entre os exercícios. A cadência 
de repetições foi realizada de forma controlada (por metrônomo), com 
ações concêntricas e excêntricas de aproximadamente 1,5 segundos, 
para uma duração total de repetição de aproximadamente 3 segundos. 
A carga externa foi ajustada para cada exercício, conforme necessário, 
em séries sucessivas para garantir que os sujeitos atingissem falhas no 
intervalo de repetição do alvo.
Após aprovação do comitê de ética e pesquisa da Universidade 
São Judas Tadeu (Nº 2.022.898/2016), 15 homens com a média de 
idade de 22,9 ± 2,61 anos com no mínimo 12 meses de experiência 
em TF (musculação) e familiarizados com os exercícios propostos 
participaram voluntariamente do estudo. Como critérios de inclusão 
foram estabelecidos os seguintes parâmetros: experiência mínima 
de 24 meses em musculação; frequências de treinamento mínimo 
de três vezes por semana; apresentar atestado médico que garanta 
estado clínico saudável para a participação. Foram excluídos do es-
tudo os indivíduos: fumantes; submetidos a dietas tanto de redução 
de massa corporal e/ou aumento de massa muscular; apresentassem 
quaisquer distúrbios metabólicos ou que utilizassem medicamentos 
que afetem o gasto calórico (simpaticomimética, bronco dilatadores, 
antidepressivos, anfetaminas, drogas ilícitas); acometidos de alguma 
lesão muscular ou tendínea nos últimos três meses; sob tratamento 
de doença infectocontagiosa; que utilizaram nos últimos seis meses 
ou estar utilizando qualquer tipo de agente ergogênico de origem 
hormonal com propósito de aumento da força ou hipertrofia; falta-
ram em qualquer etapa das avaliações. Todos os voluntários leram e 
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Avaliações preliminares
Composição corporal. A massa corporal (MC) foi mensurada com 
a balança G-Tech® (Accumed Prod Med Hosp Ltda), com precisão 
de 0,100g, com os indivíduos posicionados no plano de Frankfurt, 
descalços e com o mínimo de roupas possíveis. A estatura (E) foi 
mensurada utilizando estadiômetro (Sanny® com precisão de 0,1 cm). 
427Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 5 – Set/Out, 2020
O índice de massa corporal (IMC) foi obtido utilizando a equação: MC/
(E2). A circunferência foi medida usando protocolo padrão conforme 
previas publicações.16,17 O percentual de gordura foi mesurado por 
ultrassonografia (BodyMetrix® PRO System, Intelametrix, Livemore, 
Califórnia, EUA - software BodyViewTM) com frequência de onda de 2,5 
MHz.16,17 A sonda de ultrassom foi aplicada perpendicularmente à pele 
para medição. Um gel solúvel em água foi usado no transdutor para 
ajudar no acoplamento acústico e evitar pressão excessiva da pele. Os 
indivíduos foram instruídos a jejuar por 3 horas antes das avaliações. A 
imagem foi realizada no lado direito do corpo dos indivíduos e, para 
garantir ainda mais a precisão das avaliações, foram realizadas pelo 
menos três imagens. A média das três avaliações foi utilizada para 
análise estatística. (Tabela 1)
Estimativa da ingestão de alimentos. Para evitar possíveis confusões 
dietéticas dos resultados, os indivíduos foram aconselhados a manter 
seu regime nutricional habitual e a evitar tomar suplementos durante 
o período do estudo. A ingestão de nutrientes na dieta foi avaliada 
por recordações alimentares de 24 horas em dois dias úteis não con-
secutivos e um dia do fim de semana. Os sujeitos foram instruídos 
a registrar em detalhes: tempo de consumo, tipos e quantidade de 
preparações alimentares consumidas por 24 horas. A quantidade de 
alimento foi registrada em unidades de cozimento (colheres, xícaras e 
copos) e transformada em gramas. A estimativa do consumo de energia 
(macronutrientes) foi analisada pelo software NutWin (USJT, São Paulo, 
Brasil). A ingestão estimada de alimentos foi avaliada durante semanas 
do período de intervenção.
Avaliação da força muscular máxima. A força dinâmica máxima foi avaliada 
através do teste de 1 repetição máxima (1-RM), utilizado nos exercícios: 
multiarticular (supino reto, agachamento, pulley frente e abdome má-
quina); monoarticular (pec deck, rosca direta, tríceps pulley e cadeira 
flexora) (equipamentos fitnessline, GervaSport®, Espanha). O protocolo 
de teste seguiu as recomendações anteriores as previas publicações.18 
Os indivíduos relataram ao laboratório que se abstiveram de qualquer 
exercício além das atividades da vida diária por pelo menos 72 horas 
antes do teste. Em resumo, os participantes se aqueceram por 5 minutos 
em esteira (Movement Technology, São Paulo, Brasil) a 60% da frequência 
cardíaca máxima. Durante a primeira série, os participantes realizaram 
cinco repetições com 50% 1-RM estimada, seguidos por série de três 
repetições com carga correspondente a 60 - 80% 1-RM estimada, com 
intervalo de recuperação de 180 segundos entre as séries. Após as 
séries de aquecimento, os participantes tiveram cinco tentativas para 
encontrar sua carga de 1-RM com intervalos de 180 segundos entre 
cada tentativa. O 1-RM foi considerado o peso máximo que não poderia 
ser levantado mais de uma vez com a técnica adequada.Não foram 
necessárias mais de cinco tentativas para atingir 1-RM com qualquer 
sujeito. Incentivo verbal foi dado ao longo dos testes. Todas as sessões 
de teste foram supervisionadas pela equipe de pesquisa para serem 
consideradas válidas. (Tabela 2) 
Avaliação de gasto calórico. Antes dos procedimentos de coleta de 
dados, todos os participantes realizaram período de familiarização de 
duas semanas durante cada exercício com o equipamento (máscara) 
para análise de gases (Fitmate® Cosmed) usando carga suficiente para 
realizar um conjunto de 20 repetições. O GC durante as sessões de TF foi 
medido por meio de analisador de gases (COSMED®, Fitmate, Roma, Itália) 
com máscara de gás flexível, conforme prévias publicações.19-21 Todos 
os participantes foram instruídos a não consumir café 12 horas antes 
das avaliações e não realizaram exercícios 24 horas antes da avaliação. O 
analisador de gases foi calibrado seguindo as especificações do fabricante 
antes de cada teste. Após a calibração da unidade portátil Fitmate, os 
participantes foram equipados com uma máscara facial mantida no lugar 
por um capacete. Enquanto os participantes expiravam, um medidor 
de vazão e uma linha de amostra de oxigênio, acoplada à máscara, 
coletaram dados que incluíam frequência respiratória, volume de ar e 
concentração fracionada de oxigênio. A unidade metabólica Fitmate 
calculou internamente o consumo de oxigênio (VO2) respiração por 
respiração dos participantes. Assim, o VO2 foi medido continuamente 
(adicionando esforço e recuperação). Para a apresentação final dos dados, 
Tabela 1. Caracterização amostral.
Parâmetros
Idade (anos) 22,90 ± 2,61 (0,11)
Massa corporal (kg) 83,60 ± 9,76 (0,11)
Estatura (cm) 183,07 ± 5,60 (0,03)
Massa muscular (kg) 72,97 ± 7,47 (0,10)
IMC (kg/cm2) 24,89 ± 2,15 (0,08)
∑ Circunferências (cm) 431,39 ± 21,87 (0,05)
∑ Dobras cutâneas (mm) 37,75 ± 11,27 (0,29)
% Gordura 9,96 ± 3,31 (0,33)
Massa gorda (kg) 8,33 ± 2,90 (0,34)
Massa muscular / Massa corporal (%) 0,87 ± 0,02 (0,02)
Taxa metabólica de repouso 2395,47 ± 415,80 (0,17)
Valores expressos em média ± desvio padrão (coeficiente de variância).
Tabela 2. Teste de 1-RM e o % da carga utilizada em cada exercício.
Exercícios
Teste 90% 75% 60%
1-RM (kg) 1-RM (kg) 1-RM (kg) 1-RM (kg)
Multiarticular
SR
93,00±22,88
(0,24)
84,00±21,00
(0,25)
70,00±17,00
(0,24)
56,00±14,00
(0,25)
AG
103,33±26,97
(0,26)
93,00±24,00
(0,25)
78,00±20,00
(0,25)
62,00±16,00
(0,25)
PF
104,79±19,12
(0,18)
94,00±17,00
(0,18)
79,00±14,00
(0,17)
63,00±11,00
(0,17)
AB
107,76±14,46
(0,13)
97,00±13,00
(0,13)
81,00±11,00
(0,13)
65,00±9,00
(0,14)
Monoarticular
PD
79,87±18,64
(0,23)
72,00±17,00
(0,23)
60,00±14,00
(0,23)
48,00±11,00
(0,22)
RD
46,80±9,47
(0,20)
42,00±9,00
(0,21)
35,00±7,00
(0,20)
28,00±6,00
(0,21)
TR
92,91±13,54
(0,14)
84,00±12,00
(0,15)
70±10
(0,14)
56,00±8,00
(0,14)
CF
110,81±18,48
(0,16)
100,00±17,00
(0,17)
83±14,00
(0,18)
66,00±11,00
(0,24)
Valores expressos em média ± desvio padrão (coeficiente de variância) dos exercícios supino reto (SR); agachamento (AG); pulley frente (PF); abdome máquina (AB); pec deck (PD); rosca direta (RD); tríceps pulley (TR); cadeira flexora (CF).
428 Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 5 – Set/Out, 2020
o O2 medido foi convertido em unidades de energia (calorias) por um 
fator de conversão de 1 litro de O2 = 5,05 caloria (kcal).11
Para a análise do GC considerando o sistema energético via anaeró-
bico foi utilizado o modelo sugerido por SCOTT et al.22 Resumidamente, a 
concentração de lactato foi determinada usando um modelo de lactímetro 
(Accusport Plus - Roche®), seguindo recomendação de estudos anteriores 
[28, 29]. As amostras de sangue foram coletadas do capilar do dedo antes 
do protocolo (isto é, em repouso), e imediatamente após a sessão de TF. 
Para a demanda metabólica anaeróbica, foi medida pela diferença entre os 
valores de pico e da linha de base [La∆], usando o equivalente a 3 ml·kg-1 
de oxigênio para cada unidade de lactato acumulada. 11
Medidas externas de volume e carga do treinamento de 
força
Controle de carga de treinamento externo. O método mais básico para 
quantificar o exercício de força é o método de repetição para determinar 
o volume de treinamento. O método de repetição é simplesmente o 
número total de repetições realizadas em um exercício específico, uma 
sessão de treinamento (Eq. 1). (Tabela 3)
Volume de repetição = no. de conjuntos x no. de repetições (Eq. 1)
O peso total levantado é uma extensão do método de repetição. 
Envolve multiplicar o número de repetições realizadas de um determinado 
exercício pela carga absoluta levantada para essas repetições. Dessa 
forma, a carga de treinamento (Tabela 3) para cada exercício diferente 
realizado em uma sessão de treinamento pode então ser somada para 
calcular o peso total levantado e a duração do treinamento (Eq. 2).
Carga de treinamento (CT) = no. de séries x no. de repetições x peso 
total levantado / tempo da sessão (UA) (Eq. 2)
Análise estatística 
A análise da dimensão da amostra foi realizada usando o software 
GPower 3.1.23,24 Dessa forma, assumindo erro de estimação de α = 0,05, 
power = 80%, tendo 3 medidas (intensidades) x oito exercícios, um n de 
15 foi necessário para atingir o poder estatístico de 80,8%. Portanto, 15 os 
sujeitos foram designados para realizar o TF em diferentes intensidades. 
Medidas repetidas ANOVA foram utilizadas para analisar os valores do 
gasto calórico (8 exercícios x 3 intensidades) e post-hoc de Bonferroni, 
quando necessário. Pressupostos de normalidade, homogeneidade 
e esfericidade foram confirmados Testes de Shapiro-Wilk, Levene e 
Mauchly, respectivamente. Para análise das diferenças entre as médias 
de dois conjuntos de escores relacionados foi utilizado teste t Student 
pareado. Para as variáveis que não atenderam os critérios de normalidade 
aplicou-se o teste de Wilcoxon.25 Para verificar as associações recorreu-
-se as correlações lineares de Pearson. O generalizado eta quadrado 
(ηG2) foi usado como tamanho do efeito e interpretado de acordo com 
Bakeman.26 Dados gerais para cada exercício são apresentados como 
médias, desvios padrão e intervalo de confiança de 95%. A significância 
foi fixada em 5%. Os dados foram processados no software R versão 
1.0.44 para Macintosh.
RESULTADOS 
Não houve diferença significante na duração (minutos) das sessões 
multi vs. monoarticulares (90% 1-RM = 58,00 ± 2,04 vs. 56,00 ± 2,34 min; 
75% 1-RM = 30,70 ± 1,63 vs. 28,40 ± 1,13 min; 60% 1-RM = 22,00 ± 1,51 
vs. 18,99 ± 2,01 min; p > 0,05).
Quando comparamos somente a sessão multiarticular, observamos 
diferenças significantes no volume repetições (F(2,28) = 2,85; p = 0,07; 
ηG2 = 0,09); peso total levantado (F(2,28) = 553,67; p = 0,000; ηG2 = 0,50); 
e carga de treinamento (F(2,28) = 89,03; p = 0,000; ηG2 = 0,54) entre as 
intensidades do TF. Por outro lado, quando observamos isoladamente a 
sessão monoarticular, houve diferença significante apenas no peso total 
levantado (F(2,28) = 721,30; p = 0,000; ηG2 = 0,57) e carga de treinamento 
(F(2,28) = 76,44; p = 0,000; ηG2 = 0,59) entre as diferentes intensidades do TF. 
Não houve diferenças significantes no volume repetições quando 
comparamos o volume total entre as sessões multi vs. monoarticulares. 
Contudo, houve diferenças significantes na sessão multiarticular quando 
comparada com a sessão monoarticular nas variáveis peso total levantado 
e carga de treinamento. (Tabela 3)
Foram observadas diferenças significantes no GC entre as diferentes 
intensidades na sessão multiarticular (F(2,28) = 321,59; p = 0,000; ηG2 = 
0,92); e monoarticulares (F(2,28) = 445,39; p = 0,000; ηG2 = 0,92). Também 
foram observados incremento significante no GC na sessão multiar-
ticular quando comparado com a sessão monoarticulares em todas 
intensidades (Tabela 4).
DISCUSSÃO
O objetivo do presente estudo foi comparar o GC da sessão de TF 
associado ao número de articulações envolvidas no movimento em 
Tabela3. Comparação das variáveis do treinamento de força entre as intensidades e entre as sessões multiarticulares vs. monoarticulares.
Multiarticular Monoarticular ∆ IC-95% t P =
Volume de 
repetições (rep)
90% 1-RM
6 séries
114 ± 14
(0,12)
108 ± 18
(0,16) 6,33 -5,06-17,73 1,19 0,253
75% 1-RM
3 séries
110 ± 12*
(0,11)
106 ± 12
(0,11) 3,60 -0,52-7,72 1,87 0,082
60% 1-RM
2 séries
119 ± 6*ǂ
(0,05)
111 ± 4
(0,04) 7,80 4,96-10,63 1,90 0,067
Peso total 
levantado (kg)
90% 1-RM
6 séries
10362 ± 1674
(0,16)
8268 ± 2131
(0,25) -2094,34 1142,74-3045,94 4,72 0,003
75% 1-RM
3 séries
8403 ± 1337*
(0,15)
6624 ± 1025*
(0,15) 1779,40 1385,22-2173,58 9,68 0,001
60% 1-RM
2 séries
5524 ± 2544*ǂ
(0,46)
4334 ± 2018*ǂ
(0,46) 1189,98 758,38-1621,58 5,91 0,001
Carga de 
treinamento (UA)
90% 1-RM
6 séries
729 ± 150
(0,20)
556 ± 127 
(0,22) -123,42 -146,23 -100,62 -11,60 0,001
75% 1-RM
3 séries
1109 ± 239*
(0,21)
862 ± 155*
(0,18) 48,60 36,57-60,63 8,66 0,001
60% 1-RM
2 séries
1352 ± 315*ǂ
(0,23)
1013 ± 192*ǂ
(0,19) 82,00 62,50-101,51 9,01 0,001
- Valores expressos em média ± desvio padrão e (coeficiente de variação); volume total = no..de séries x no. de repetições; peso total levantado = no. de séries x no. de repetições x peso total levantado; e carga de treinamento = 
no. de séries x no de repetições x peso total levantado / tempo da sessão (unidade arbitraria [UA]). * p < 0,05 vs. 90% 1-RM. ǂ p < 0,05 vs. 75% 1-RM.
429Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 5 – Set/Out, 2020
diferentes intensidades no TF. Portanto, foram realizadas três diferentes 
intensidades do TF (60, 75 e 90% 1-RM), em sessões que envolviam 
exercícios multi e monoarticulares. 
A nossa hipótese inicial do estudo foi confirmada, houve incremento 
no GC em alta intensidade e nas sessões multiarticulares. A sessão de TF 
multiarticular apresentou incremento no GC quando comparado com a 
sessão monoarticular em todas as intensidades do TF. Os nossos achados 
demonstraram que ocorreu incremento no GC entre ∆= 7,8 a 9,9 na 
sessão multiarticular quando comparada com a sessão monoarticular. 
Quando estudamos o TF, existem inúmeras possibilidades de com-
binações entre as variáveis de volume e intensidade (número de séries, 
intervalo de recuperação, número de repetições, velocidade de execução, 
% de quilagem utilizada no treinamento e carga, formato de treinamento.) 
que podem incrementar ou reduzir o GC. Nesse contexto, a ordem dos 
exercícios,2 a quantidade de articulações envolvidas no movimento e o 
tamanho do grupamento muscular podem promover aumento signifi-
cativamente no GC.2,14 Estudos anteriores2,14,27 acreditam que algumas 
variáveis agudas do treinamento apresentem maior influência no GC 
positivamente ou negativamente. 
Nesse contexto, optamos por equalizar o número total de repeti-
ções (volume) do treinamento e investigar o efeito da intensidade e a 
quantidade de articulações envolvidas no movimento (multiarticulares 
e monoarticulares). Dessa forma, a limitação do estudo foi a impos-
sibilidade de equalizar as demais variáveis. Quando o TF é realizado 
com alta intensidade (peso em kg levantados) impossibilita número 
alto de repetições, consequentemente, aumenta o número de séries e 
intervalos de recuperação entre as séries. Concomitantemente com o 
aumento da duração da sessão de treinamento resultará em redução 
da carga de treinamento. 
Dessa forma, no presente estudo, quando observamos as variáveis do TF, 
por exemplo, peso total levantado, duração da sessão e carga de treinamento, 
com exceção do volume de treinamento que foi equalizado em todas as 
intensidades, o GC com a intensidade de 90% de 1-RM foi significantemente 
maior, no entanto, houve incremento na duração da sessão e o peso total 
levantado. Por outro lado, a carga de treinamento, que é a combinação das 
variáveis do TF (volume e intensidade), reduziu significantemente. 
Nesse sentido, Farinatti et al.14 investigaram a ordem dos exercícios de 
força no GC. Foram realizados dois protocolos: sequência A dos multiarti-
culares para os monoarticulares e sequência B dos monoarticulares para 
os multiarticulares nos seguintes exercícios: supino reto (multiarticular), 
desenvolvimento de ombros (multiarticular) e extensão de tríceps (mo-
noarticular). As principais conclusões indicaram que o desempenho agudo 
foi significativamente afetado pela ordem de exercício, mas, no geral, o 
GC não foi afetado pela ordem de exercício. Posteriormente, Farinatti et 
al.2 observaram a influência do tamanho dos grupos musculares no GC. 
O protocolo foi randomizado em cinco séries, 10 repetições, com carga 
correspondente a 15 repetições máximas, em dois exercícios leg-press (LP) e 
supino reto (SR). Os resultados demonstraram que o GC foi significantemente 
influenciado pela massa muscular envolvida no exercício sendo de 88-91 
kcal no LP e 50-54 kcal no SR. Ratamess et al.27 investigaram a relação entre 
o consumo máximo de oxigênio no TF e os efeitos metabólicos agudos da 
sequência de exercícios. Dessa forma, dois protocolos randomicamente 
foram realizados sendo agachamento primeiro seguido por supino reto e/
ou supino reto primeiro seguido por agachamento. Ambos os protocolos 
foram compostos por cinco séries de cada exercício com 75% de 1-RM, 
10 repetições. Os resultados demonstraram tendência do aumento do 
consumo de oxigênio quando o exercício agachamento foi realizado 
primeiro, ou seja, multiarticulares e grandes grupos musculares. 
Portanto existem inúmeras possibilidades de combinações entre as 
variáveis de volume e intensidade que podem incrementar ou reduzir o 
GC. Nesse contexto, a ordem dos exercícios2 e a quantidade de articula-
ções envolvidas no movimento e o tamanho do grupamento muscular 
podem promover aumento significativamente no GC.2,14 
Estudos3,28-30 indicam que o volume de treinamento vem sendo um 
dos principais determinantes do GC durante as sessões de TF. Desta forma, 
considerando os estudos disponíveis na literatura é possível considerar 
aumento significante no GC em protocolos com alto volume quando 
comparados com baixo volume de treinamento com outras variáveis 
agudas de treinamento, como intervalos de recuperação, velocidade 
de movimento ou intensidade do treinamento.3,28-30 
Thornton et al.8 demonstraram resposta semelhante de GC quando 
o volume de repetições foi equalizado. Nossos resultados não suportam 
esses achados, demonstrando que o volume total de repetições não 
influenciou no GC. No presente estudo, o volume total de repetições 
do treinamento foi similar entre as sessões multiarticular em compa-
ração a sessão de treinamento monoarticular. Além disso, no presente 
estudo, o GC total foi significativamente maior quando realizado com 
intensidade de 90% 1-RM, demonstrando que a intensidade (peso total 
levantado) podem ser variáveis importantes no incremento do GC no 
TF não corroborando com os estudos supracitados.
Adicionalmente, estudos3,30 mostraram aumento significante no GC 
em protocolos com alta intensidade, comparados com baixa intensidade 
no TF. Hunter et al.3 compararam o GC com intensidade de 25% de 1-RM 
e intensidade de aproximadamente 70% de 1-RM em sete homens 
jovens treinados. Assim o GC total foi 45% maior com alta intensidade 
(155 ± 28 kcal) quando comparado com baixa intensidade (107 ± 20 
kcal). Reis et al.30 estimaram o GC em várias intensidades, porém os TF 
são realizados em quatro séries constante de cinco minutos com as 
seguintes intensidades: 12%, 16%, 20% e 24% de 1-RM, o dificulta a 
comparação entre os estudos.
Portanto a proposta de elucidar o GC para diferentes protocolos do 
TF, ou seja, ao atribuir valores para as variáveis de intensidade, volume, 
intervalo de recuperação entre séries e exercícios e no número de 
exercícios, teríamos como consequência alterações no GC associado 
à sessão. O estudo analisou o GC para três protocolos distintos, porém 
normalizados no número de exercícios, intervalo de recuperação e no 
volume total de repetições (repetiçõesx séries) chegando em valores 
diversos de GC para cada protocolo como apresentados. (Tabela 4) 
CONCLUSÃO
Os possíveis desdobramentos dos valores dependerão da estratégia 
adotada na prescrição do TF, por exemplo, caso o indivíduo tenha como 
objetivo o GC absoluto, o protocolo mais adequado seria o de alta 
intensidade 90% 1-RM com exercícios que envolvem mais articulações 
no movimento (multiarticulares). Em virtude do que fora mencionado, 
o TF apresenta-se como uma estratégia plausível para manutenção do 
peso corporal e mesmo para a redução deste, sendo que cada protocolo 
apresentado possui sua vantagem e deverá ser usado de acordo com 
as necessidades e dos objetivos do aluno.
Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito 
de interesses referente a este artigo.
Tabela 4. Comparação do gasto calórico entre as sessões multi e monoarticulares 
em diferentes intensidades.
Multiarticular Monoarticular ∆ IC-95% t P =
90% 1-RM 246,80 ± 26,17 227,40 ± 24,54 -7,86 7,33-31,46 3,44 0,003
75% 1-RM 124,13 ± 25,40* 111,80 ± 22,78* -9,93 3,25-21,41 2,91 0,011
60% 1-RM 70,80 ± 6,28*ǂ 64,40 ± 6,72*ǂ -9,04 3,95-8,84 5,60 0,000
- Valores expressos por média ± desvio padrão e (coeficiente de variação). * p < 0,05 vs. 90% 1-RM. ǂ p < 0,05 
vs. 75% 1-RM.
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CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES: Cada autor contribuiu significativa e individualmente para este manuscrito. GAJ e DSB: foram os principais contribuintes da versão preliminar 
do manuscrito. DR, RLR e NC: seguiram os protocolos e coletaram os dados. AFJ e NC: avaliaram os dados da análise estatística. DR: fez a pesquisa bibliográfica, revisou o manuscrito 
e contribuiu com o conceito intelectual do estudo. 
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