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resumo epidemiologia

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12 
 
EPIDEMIOLOGIA 
CONCEITOS: 
“A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão 
do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da 
clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos 
individuais.” 
"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos 
estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses 
estudos no controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995) 
 
A palavra “epidemiologia” é derivada das palavras gregas: epi “sobre”, demos 
“povo” e logos “estudo” 
 
O estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas 
coletividades humanas. Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, 
analisando caso a caso, a epidemiologia debruçase sobre os problemas de saúde em 
grupos de pessoas, às vezes grupos pequenos, na maioria das vezes envolvendo 
populações numerosas. 
Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição e os 
fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à 
saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou 
erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao 
planejamento, à administração e à avaliação das ações de saúde. 
 
FINALIDADES: 
 
o A epidemiologia é essencial no processo de identificação e mapeamento de 
doenças emergentes. 
o Preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para 
a proteção e promoção da saúde da comunidade. 
o Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações 
humanas. 
Buss e Pellegrini Filho (2007), 
os Determinantes Sociais da 
Saúde (DSS) “são os fatores 
sociais, econômicos, culturais, 
étnicos/raciais, psicológicos 
e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de 
problemas de saúde e seus 
fatores de risco na 
população”.B 
13 
 
o Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das 
ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para 
estabelecer prioridades. 
o Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades (Associação 
Internacional de Epidemiologia, 1973). Rouquayrol e Goldbaum (2003) 
o Instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde. 
o 
 
 
 
 
 
Krieger (2001) “fatores e 
mecanismos por meio dos 
quais as condições sociais 
afetam a saúde e que 
potencialmente podem ser 
alterados por intermédio 
de ações baseadas em 
informação”. 
14 
 
 
 
 
 
Taxa de incidência: Refere-se a velocidade com que novos eventos ocorrem em uma 
determinada população. 
I= nº de pessoas que adoeceram x (10 n) 
 Pessoa- tempo em risco 
15 
 
Taxa de prevalência: Não proporciona fortes evidências de causalidade. Útil para 
avaliação de necessidades de saúde (curativos/preventivos) e planejamento dos serviços 
de saúde. 
P = nº de pessoas com doença x (10 n) 
 População em ricos 
Principais fatores: 
 Severidade da doença (Pessoas morrem = menor prevalência) 
 Duração (curta = menor prevalência) 
 Nº de casos novos = Alta contaminação = alta prevalência 
 
Datam dessa mesma época os relatos de Villerme nos quais descreve as mas condições 
de trabalho e a exploração da classe operaria na Franca, surgindo desses estudos a 
expressão  Medicina Social divulgada por Guérin (1838) 
John Snow a ser considerado o fundador desta nova ciência 
 
Wade Hampton Frost, (1927) "a epidemiologia é essencialmente uma ciência indutiva, 
preocupada não meramente em descrever a distribuição da doença, mas, sobretudo, em 
compreende-la a partir de uma filosofia consistente”  1954, ocorre o processo de 
institucionalização da disciplina com a criação da International Epidemiological 
Association (1EA). 
 
A partir da LOAS a epidemiologia passa a ser o principal instrumento de apoio do SUS, 
quer seja: 
• Estabelecimento de prioridades 
• Alocação de recursos 
• Orientação programática, 
• Proporcionar as bases para avaliação de medidas que promovam a qualidade de 
vida 
• Fomentar práticas garantidoras do aprimoramento das políticas publicas, tendo 
como fator primordial a intersetorialidade de ações no modo de construir saúde 
16 
 
 
 
 A atenção da epidemiologia está voltada para as ocorrências, em escala maciça, de 
doença e de não-doença em grupos de modo geral; 
 O universo dos estados particulares de ausência de saúde é estudado pela 
epidemiologia sob a forma de doenças infecciosas, sejam, por exemplo, malaria, 
doença de Chagas ou verminoses, doenças não infecciosas incluindo as doenças 
cerebrovasculares, diabetes e outras, e os agravos a integridade física tais como os 
acidentes de transporte, homicídios e suicídios. 
 O campo sobre o qual trabalha a epidemiologia: e o processo saúde-doença (chamado, 
também, processo saúde-aáoecimento). 
 
Para LaurelI (1985), o processo saúde-doenca da coletividade pode ser entendido 
como "o modo especifico pelo qual ocorre; nos grupos, o processo biológico de desgaste 
e reprodução, destacando como momentos particulares a presença de um funcionamento 
biológico diferente, com conseqüências para o desenvolvimento regular das atividades 
cotidianas, isto e, o surgimento da doença". 
 
“Para tanto, uma Política Nacional de Promoção da Saúde terá maior eficácia a medida 
que construa ações quanto aos modos de vida que apostem na capacidade de auto-
regulação dos sujeitos sem que isso signifique a retirada das responsabilidades do 
Estado quanto as condições de vida e, ao mesmo tempo, opere na formulação de 
legislações que dificultem a exposição as situações de risco, reduzindo a 
vulnerabilidade da população" (Campos et al., 2004). 
 O controle visa baixar a incidência a níveis mínimos 
Promoção em saúde consiste na produção da saúde como direito social, equidade e 
garantia dos demais direitos humanos e de cidadania. Com o SUS e a implementação 
de políticas sociais em defesa da vida, a promoção da saúde é retomada no sentido de 
construir ações que possibilitem responder as necessidades sociais em saúde para além 
17 
 
dos muros das unidades de saúde, incidindo sobre as condições de vida e favorecendo 
a ampliação de escolhas saudáveis por parte dos sujeitos e coletividades no território 
onde vivem e trabalham. (MS, 2005) 
 
Objetivos principais da epidemiologia: 
1) Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações 
humanas. 
2) Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das 
ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para 
estabelecer prioridades. 
3) Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades. 
 
Nova epidemiologia cuja visão dialética se posiciona contra a fatalidade do “natural” e 
do “tropical". Dá-se ênfase ao estudo da estrutura socioeconômica a fim de explicar o 
processo saúde-adoecimento de maneira histórica, mais abrangente. Tornando a 
epidemiologia um dos instrumentos de transformação social.  "deve ser um conjunto 
de conceitos, métodos e formas de ação prática que se aplicam ao conhecimento e 
transformação do processo saúde-doença na dimensão coletiva ou social". 
 
EPIDEMIOLOGIA E CLÍNICA 
Observamos que, desde o surgimento da epidemiologia como ciência, epidemiologia e 
clínica permanecem juntas e complementares, tendo em comum como objeto de seus 
cuidados o processo de saúde-adoecimento, diferenciando-se apenas quanto a 
abrangência de seus respectivos objetos. A clínica preocupa-se com o individuo doente, 
ao passo que a epidemiologia vai mais alem ao enfrentar os problemas de saúde coletiva, 
incluindo necessariamente, dentre estes, as condições de habitação e saneamento, 
transporte, acesso aos serviços de educação e, de forma abrangente, os de saúde em geral. 
 
CONSTRUINDO INDICADORES 
Dada a impossibilidade pratica do uso de apenas um indicadorglobal, foram sugeridos 
indicadores parciais agregados nos seguintes componentes: 
 
 Saúde 
 Nutrição 
 Educação 
 Condições de trabalho 
 Ensino técnico 
 Recreação 
 Transporte 
 Habitação 
 Segurança social. 
 
18 
 
Organização Mundial da Saúde (1957), por meio do Informe Técnico n." 137, a 
recomendar o uso de dados de óbitos para que fossem avaliados os 
níveis de saúde das coletividades indicadores de saúde representariam 
uma medida indireta da saúde coletiva mediante o uso das taxas de mortalidade. 
 
"Em termos gerais, os indicadores são medidas síntese que contem informação 
relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do 
desempenho do sistema de saúde. Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária 
de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde" 
 
INDICADORES DE MORTALIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taxas de 
mortalidade 
geral
expostos ao 
risco serão 
todos os 
indivíduos da 
população
na prática o seu uso em estudos 
comparativos e muito 
prejudicado pela presença de 
variáveis intervenientes, 
relacionadas a qualidade dos 
serviços de registro de dados 
vitais
permite a comparação 
do nível de saúde em 
regiões diferentes numa 
mesma época, ou 
considera a mesma área 
em épocas 
diferenciadas
Calcula-se dividindo-
se o número de óbitos 
concernentes a todas 
as causas, em um 
determinado ano, 
pela população, 
naquele ano, 
circunscritos a uma 
determinada área e 
multiplicando-se por 
1.000, base 
referencial para a 
população exposta.
óbitos e o 
número dos 
expostos ao 
risco de morrer 
são quocientes 
entre as 
freqüências 
absolutas de
19 
 
Para comparar as freqüências brutas de mortalidade e de morbidade, é 
necessário transformá-las em valores relativos, ou seja, em numeradores de 
frações com denominadores fidedignos. Dai surgem os conceitos de 
mortalidade e de morbidade relativas, de uso extensivo e intensivo em saúde 
publica Denominam-se coeficientes as relações entre o número de eventos reais 
e os que poderiam acontecer. 
 
No Brasil, as taxas de mortalidade infantil vem declinando gradativamente, de modo 
lento, mas persistente, indicando que alguns fatores de risco para a morte de crianças, 
especialmente na mortalidade pós-neonatal, tais como o déficit de serviços de 
abastecimento de água e de esgoto, mais disponíveis agora do que no passado, estão sendo 
enfrentados com sucesso, porquanto sabemos que a melhoria do saneamento básico tem 
sido um dos principais fatores responsáveis pela queda dos óbitos por diarréias 
infecciosas na infância. 
Taxa de 
mortalidade 
infantil
Mede o risco de 
morte para 
crianças 
menores de 1 
ano
calculada dividindo-se o 
número de óbitos de crianças 
menores de 1 ano pelos 
nascidos vivos naquele ano, 
em uma determinada área, e 
multiplicando-se por 1.000 o 
valor encontrado
alternativamente, 
como um coeficiente 
geral ou como um 
coeficiente especifico, 
segundo o critério que 
se considere
a taxa de mortalidade 
infantil pode servir de 
indicador especifico, como 
por exemplo, para orientar 
a ação de serviços 
especializados nas unidades 
de saúde, com ações 
voltadas ao grupo materno-
infantil
20 
 
 
Mortalidade por Causas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas de informação 
Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e de morbidade 
Sistema de Notificação de Agravos (Sinan) 
Sistema de Internação Hospitalar (SIH ) 
<www.datasus.gov.br> 
 
INDICADORES DE MORBIDADE 
São utilizadas, preferencialmente, para avaliação do nível de saúde e da 
necessidade de adoção de medidas de caráter abrangente (água no 
domicilio, esgotos e medidas gerais de saneamento básico), que visem 
melhorar a qualidade de vida da população, ou medidas especificas para 
garantir a correção das decisões (eficácia de vacinas) ou apoiar ações 
Mortalidade 
por causa
ela
deve ser escrita em 
último lugar na 
parte 1 do referido 
documento.
MS(1985) 'a doença ou lesão 
que iniciou uma sucessão de 
eventos que levaram a morte, 
ou, no caso de acidentes ou 
violências, as suas 
circunstancias''.
Observando-se que as 
principais causas de 
mortalidade no Brasil são as 
doenças do aparelho 
circulatório, as neoplasias 
malignas e as causas externas
podem ser bons reveladores do 
estado geral de saúde das 
coletividades
Um
dos indicadores da baixa 
qualidade do preenchimento 
das declarações
de óbito é a proporção de 
mortes cuja causa básica é 
categorizada como
maldefinida.
calculadas dividindo o número 
de óbitos ocorridos por 
determinada causa na 
população exposta e, a seguir, 
multiplicando o resultado por 
100.000, que é a base 
referencial da população sob 
risco.
21 
 
especificas necessárias ao controle de determinada doença (tratamento 
da tuberculose).  Taxa de incidência e Taxa de prevalência 
 
 
22 
 
 
Taxa de prevalência
•Descreve a força com que subsistem as doenças nas
coletividades. A medida mais simples para prevalência é
a freqüência absoluta
dos casos de doenças. Por seu valor descritivo, a
freqüência relativa é o indicador que permite estimar e
comparar, no tempo e no espaço, a prevalência de uma
dada doença, segundo algumas variáveis de idade, sexo,
ocupação, escolaridade, renda, entre outras.
•Prevalência pontual ou instantânea, portanto, é medida
pela freqüência da doença ou por sua taxa em um ponto
definido no tempo, seja a semana, o mês ou o ano.
•Prevalência lápsica ou por período, isto é, a prevalência
que abrange um lapso de tempo mais ou menos longo e
que não concentra a informação em um dado ponto
desse intervalo.
Taxa de incidência
•A incidência traduz a idéia de intensidade com que
acontece a morbidade em uma população, enquanto a
prevalência, conforme foi visto na seção anterior, é
termo descritivo da força com que subsistem as doenças
nas coletividades.
•Razão entre o número de casos novos de uma doença
que ocorre em uma coletividade, em um intervalo de
tempo determinado, e a população exposta ao risco de
adquirir a referida doença no mesmo período,
multiplicado o resultado por potência de 10 (geralmente
100.000), que é a base referencial da população.
•Medida da “velocidade" com que casos novos da doença
são agregados ao contingente dos que no passado
adquiriram a doença e que à data do cálculo da referida
taxa de incidência permanecem doentes;
•Pode ser calculada de duas maneiras diferentes: ou se
toma como numerador o número de pessoas doentes,
ou, alternativamente, a freqüência de eventos
relacionados à doença;
•São, por definição, medidas por excelência do risco de
doença e de agravo. Alta incidência significa alto risco
pessoal ou comunitário.
Endemia
Ocorrência coletiva de uma determinada
doença que no decorrer de um largo período
histórico, acometendo sistematicamente grupos
humanos distribuídos em espaços delimitados e
caracterizados, mantém a sua incidência
constante
refere-se à doença habitualmente presente 
entre os membros de um determinado grupo, 
em uma determinada área, isto é, presente em 
uma população definida.
Epidemia
Ocorrência de 
doença em grande 
número de pessoas 
ao mesmo tempo
Operativamente epidemia como aquele processo 
saúde-doença de massa que deve ser 
inequivocamente reconhecido como tal por 
especialistas ou órgãos técnicos, seguindo regras e 
preceitos cientificamente elaborados e precisamente 
convencionados.
Alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do 
estado de saúde-doença de uma população, caracterizada 
por uma elevação progressivamente crescente, 
inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência 
de determinada doença, ultrapassando e reiterando 
valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.
Pandemia
Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga 
distribuição espacial, atingindo várias nações. A 
pandemia pode ser tratada como uma série de 
epidemias localizadas em diferentes regiões e que 
ocorrem em vários países ao mesmo tempo23 
 
 
 
Tipos de epidemias e critérios 
 
A literatura especializada tem procurado categorizar os vários tipos de epidemia, usando 
critérios diversos, todos igualmente validos e nenhum preponderante sobre os outros 
 
 
• Epidemia explosiva - aquela que apresenta uma rápida progressão até atingir a 
incidência máxima num curto espaço de tempo; 
• Epidemia lenta — o critério diferenciador continua sendo a velocidade na etapa 
inicial do processo. A qualificação de ‘lenta’ refere-se a velocidade com que é 
atingida a incidência máxima. A velocidade é lenta, a ocorrência é gradualizada e 
progride durante um longo tempo. 
• Epidemia propagada — o critério diferenciador é a existência de um 
mecanismo de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. Na epidemia 
propagada ou progressiva, a doença é difundida de pessoa a pessoa por via 
respiratória, anal, oral, genital, ou por vetores. A propagação da epidemia se da 
em cadeia, gerando verdadeira corrente de transmissão, de suscetível a suscetível, 
ate o esgotamento destes ou sua diminuição abaixo do nível crítico. 
• Epidemia por fonte comum — o critério diferenciador é a inexistência de um 
mecanismo de transmissão hospedeiro a hospedeiro. Na epidemia difundida a 
partir de uma fonte comum (ou epidemia difundida por um veiculo comum), o 
fator extrinseco (agente infeccioso, fatores fisico-quimicos ou produtos do 
metabolismo biologico) e veiculado pela agua, por alimento, ar ou introduzido por 
inoculacao. Neste tipo de epidemia nao existe propagacao de doenca pessoa a 
pessoa: todos os afetados devem ter tido acesso direto ao veiculo disseminador da 
doenca, nao necessariamente ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Trata-se 
geralmente de uma epidemia explosiva e bastante localizada em relação as 
variaveis tempo, espaco e pessoa. Sao suas variantes a epidemia por fonte pontual 
e a epidemia por fonte persistente. 
• Epidemia por fonte pontual — o criterio para a classificacao e a extensão do 
intervalo de tempo durante o qual a populacao afetada esteve em contato com uma 
fonte singular disseminadora da doenca. Na epidemia gerada por uma fonte 
pontual (no tempo), a exposicao se da durante um curto intervalo de tempo e cessa, 
nao se tomando a repelir. Sao exemplos a exposicao a gases toxicos, alguns tipos 
de intoxicação alimentar, exposicao a radiacoes ionizantes, etc. Autores de língua 
francesa a denominam epidemia focal. 
24 
 
• Epidemia por fonte persistente — o critério continua sendo a extensão do 
intervalo de tempo durante o qual a fonte da doença produziu os seus efeitos. Na 
epidemia gerada por uma fonte persistente (no tempo), a fonte tem existencia 
dilatada, e a exposicao da populacao prolonga- se por um largo lapso de tempo. 
 
Distribuição cronológica 
 De frequência de casos ou óbito; 
 = marcos cronológicos sucessivos e uma variável de frequência (tempo); 
Objetivos: 
1) Mostrar ação da doença/agravo à saúde coletiva; 
2) Expor tipo de variação se atípica/cíclica/sazonal 
3) Revelar tendência ao longo do tempo; 
4) Demonstrar caráter endêmico/epidêmico; 
Tipos de variabilidade 
1) Distribuição cronológica conforme variação cíclica  Padrão de variação é repetido 
de intervalo a intervalo. CICLO=INTERVALO=PERÍODO 
2) Distribuição cronológica conforma variação sazonal  máximos e os mínimos 
ocorrem sempre em tomo de um determinado tempo marcado. Propriedade segundo 
a qual o fenômeno considerado e periódico e repete-se sempre na mesma estação (sazão) 
do ano. 
 
Tendências estável crescente decrescente 
tipos 
 
 
Os diferentes critérios adotados para a organização e subdivisão racionais do espaço 
constituem as variáveis de lugar. Estas podem ser agrupadas em, e. Estas últimas 
subdivididas em fatores ambientais, fatores populacionais e fatores demográficos. 
Acrescentem-se a variação urbano-rural e a variação local. 
Tendência secular do 
evento contingência 
sistemática da frequência 
de doenças ou de óbitos, 
num período 
suficientemente longo de 
 
25 
 
 
 
FINANCIAMENTO DA SAÚDE 
Emenda constitucional nº 29 
VARIÁVEIS 
RELACIONADAS 
AO ESPAÇO
variáveis 
geopolíticas
variáveis 
político-
administrativas
variáveis 
geográficas
Fatores 
ambientais
Fatores 
populacionais

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