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QUÍMICA ANALÍTICA | Eduarda Oliveira | FARMÁCIA 4º PERÍODO F 1 0 Validação de Métodos Analíticos Validação de Métodos Analíticos É a avaliação sistemática de um método analítico, através de ensaios experimentais com o objetivo de confirmar e fornecer evidências de que o método atende aos requisitos específicos para o seu uso pretendido, assegurando sua confiabilidade. Dados analíticos não confiáveis podem comprometer conclusões de estudos e conduzir a decisões erradas e levar a prejuízos financeiros. A validação é o processo de definir uma exigência analítica e confirmar que o método sob investigação tem capacidade de desempenho consistente com o que a aplicação requer. Para registros de novos produtos, todos os órgãos reguladores exigem a validação do método, para isso, a maioria possui documentos oficiais que são diretrizes a serem adotados no processo de validação. Agências que estabelecem essas condições - ANVISA - INMETRO Internacional - IUPAC (International Union Of Pure and Applied Chemistry) - Redigiu um documento técnico que define um guia para a validação de métodos analíticos que tem sido utilizada pelo ISO (International Standard Organization) A ISO/IEC 17025 é uma norma para laboratórios de ensaio e calibração que determina suas atividades, critérios e requisitos para o funcionamento de um laboratório. ◗ O item 5.4.5 é relacionado a validação de métodos. Tipos de Validação VALIDAÇÃO NO LABORATÓRIO As etapas de validação ocorrem dentro de um único laboratório, seja para validar um método novo ou verificar um método já existente, no entanto, este não pode ser usado externamente, em laboratórios. VALIDAÇÃO COMPLETA envolve todas as características de desempenho e um estudo interlaboratorial que é utilizado para verificar como a metodologia se comporta com uma determinada matriz em vários laboratórios, estabelecendo a reprodutibilidade da metodologia e a incerteza expandida associada à metodologia como um todo. UM MÉTODO PODE SER Método normalizado: é o método desenvolvido por um organismo de normalização ou de outras organizações, como ABNT, ASTM, ANSI ou APHA/AWWA/WEF, cujos métodos são aceitos pelo setor técnico em questão Método não normalizado: são métodos desenvolvidos pelo próprio laboratório, ou outras partes, ou adaptados a partir de métodos normalizados e validados, por exemplo, métodos publicados em revistas técnicas, métodos de fabricantes de equipamentos, que utilizem kits de ensaio, entre outros. ◗ Um método deve ser normalizado quando se tratar de: 1. Um método não normalizado; 2. Um método criado/desenvolvido pelo próprio laboratório; QUÍMICA ANALÍTICA | Eduarda Oliveira | FARMÁCIA 4º PERÍODO F 2 0 3. Quando um método é utilizado com uma finalidade diferente para a qual foi designado originalmente. 4. Também no caso de ampliação e modificação da metodologia normalizada. Quem Valida? No Brasil há duas agências credenciadas para verificar a competência de laboratórios de ensaio: a ANVISA e o INMETRO. Parâmetros SELETIVIDADE É a capacidade que o método tem de medir isoladamente o analito de interesse na presença de outros compostos, como impurezas e componentes da matriz. Para análise qualitativa (teste de identificação) é necessário demonstrar a capacidade de seleção do método entre compostos com estruturas relacionadas que podem estar presentes. INTERVALO É a faixa entre o limite de quantificação maior e o limite menor em que o analito possa ser determinado com precisão e exatidão. Normalmente é derivado do estudo de linearidade e depende da aplicação pretendida do método. LINEARIDADE É a capacidade de um método de fornecer resultados proporcionais à concentração do analito nas amostras dentro de uma faixa de variação. Ex.: Em um teste com 5 concentrações diferentes de uma solução padrão, todos os resultados devem ser diretamente proporcionais. Se a concentração da solução número 5 for o dobro da primeira, então o resultado deve ser o dobro. É recomendado que os testes sejam feitos em, no mínimo, 5 concentrações diferentes. LIMITE DE DETECÇÃO Indica a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectada; É um teste para identificar presença ou ausência de uma substância, a quantificação não é exata. No caso de métodos não instrumentais, como cromatografia em camada delgada e titulação, comparação de cor, esta determinação pode ser feita visualmente, no qual o limite de detecção é o menor valor de concentração capaz de produzir o efeito esperado (mudança de cor, turvação) QUÍMICA ANALÍTICA | Eduarda Oliveira | FARMÁCIA 4º PERÍODO F 3 0 LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO (LQ) É a menor quantidade do analito que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas. No mínimo 3 curvas de calibração construídas contendo concentrações do analito próximo do suposto limite de quantificação. EXATIDÃO Indica o quão próximo o resultado obtido pelo método em estudo está do valor verdadeiro. A determinação da exatidão é realizada através de várias metodologias. ◗ PADRÕES DE REFERÊNCIA: o analito é comparado a uma amostra padrão de referência. ◗ MÉTODO DE ADIÇÃO DE PADRÃO: a amostra padrão é adicionada. ◗ COMPARAÇÃO: o resultado é obtido por diferentes métodos e comparado. REQUISITOS: ◗ Deve ser determinada após serem estabelecidos a linearidade, o intervalo linear e a especificidade do método. ◗ É verificada a partir de, no mínimo, 9 determinações contemplando o intervalo linear do procedimento, ou seja, 3 concentrações, baixa, média e alta, com 3 réplicas cada. PRECISÃO Grau de concordância entre os resultados encontrados pelo método e o valor verdadeiro. É analisada a proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem pelo método em estudo, ou seja, uma amostra é medida várias vezes pelo mesmo método, e esses resultados são comparados, quanto mais próximos forem os resultados, mais preciso é o método. A determinação para análise de fármacos consiste em aplicar o método em amostras de pureza conhecida (um padrão de referência) e comparam-se os resultados do método em questão com com os de um segundo método bem caracterizado já validado, ou seja, que tenha sua exatidão conhecida. A determinação para análise de impurezas consiste na adição do padrão no qual adiciona-se quantidades conhecidas de impurezas e/ou produtos de degradação ao medicamento ou fármaco. NÍVEIS DE PRECISÃO REPETIBILIDADE É a concordância entre os resultados dentro de um curto período de tempo com o mesmo analista e a mesma instrumentação. É realizada com, no mínimo, 9 determinações, contemplando o intervalo linear do método - 3 concentrações, baixa, média e alta, com 3 réplicas cada, ou o mínimo de 6 determinações a 100% da concentração do teste. PRECISÃO INTERMEDIÁRIA Resultados obtidos do mesmo laboratório, em dias diferentes, com analistas diferentes e equipamentos diferentes. É recomendado no mínimo 2 dias diferentes com analistas diferentes. REPRODUTIBILIDADE Resultados obtidos em laboratórios diferentes, como em estudos colaborativos. São geralmente aplicados em padronizações de metodologia analítica, por exemplo, para inclusão de metodologia em farmacopéias. ROBUSTEZ Mede a capacidade de resistência a pequenas e deliberadas variações para parâmetros analíticos. Deve ser anotado a suscetibilidade da amostra a condições analíticas que deverão ser controladas e precauções que devem ser incluídas no procedimento. QUÍMICA ANALÍTICA | Eduarda Oliveira | FARMÁCIA 4º PERÍODO F 4 0 Doseamento CATEGORIA I Métodos para medir a quantidade do princípio ativo, excipientes de medicamentos ou conservantes empregados nas preparações. CATEGORIA II Análise das impurezas ou compostos de degradação em produto farmacêutico final. Esses métodos incluem doseamentos quantitativos e testes limites. CATEGORIA III Métodos analíticos para determinação de características de desempenho (se cumpre ou não aquilo que se propõe) tais como desintegração, dissolução, entre outros. CATEGORIAIV Testes de identificação. Para cada categoria é exigida a determinação de um conjunto de parâmetros.
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