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1.000 Questões - Caixa Econômica

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?caderno deQUESTÕES
1.000
Noções de Probabilidade e Estatística
Atendimento Bancário
Conhecimentos de Informática
?caderno deQUESTÕES
QUESTÕES PARA A 
Língua Portuguesa
Matemática Financeira
Conhecimentos Bancários
• De acordo com o edital Nº 1/2021/NM, de 09 de setembro 
de 2021, para o cargo de Técnico Bancário-PcD.
• Organizado por disciplinas e assuntos.
• Questões gabaritadas da banca CESGRANRIO.
NV-LV028-21-1000-QUESTOES-CAIXA
Cód.: 7908428800918
Todos os direitos autorais dessa obra são reservados e protegidos 
pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total, por 
qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito pela 
editora Nova Concursos.
Essa obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso 
de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no 
site www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e 
Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações.
Organização
Alan Firmo
Carolina Gomes
Guilherme Silva Camilo
Karina Oliveira
Larissa Pegoraro
Diagramação
Joel Ferreira dos Santos
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Projeto Gráfico
Daniela Jardim & Rene Bueno
Dúvidas
www.novaconcursos.com.br/contato
sac@novaconcursos.com.br
Obra
Caderno de Questões para 
Caixa Econômica Federal
Disciplinas
LÍNGUA PORTUGUESA • 259 QUESTÕES
MATEMÁTICA FINANCEIRA • 210 QUESTÕES
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS • 221 QUESTÕES
NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA • 130 QUESTÕES
ATENDIMENTO BANCÁRIO • 75 QUESTÕES
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA • 126 QUESTÕES 
Data da Publicação
Setembro/2021
APRESENTAÇÃO
O treino de questões, além de testar seus conhecimentos, é fundamental para compreender melhor 
o perfil da banca organizadora. Ao mesmo tempo que você revisa a teoria estudada, você pratica a 
metodologia da banca e cria uma rotina de estudos essencial para a sua preparação.
Pensando nisso, a série Caderno de Questões da Editora Nova Concursos apresenta 1.000 Questões 
Gabaritadas para o concurso da Caixa Econômica Federal, cargo de Técnico Bancário – PcD, organizadas 
por disciplinas, de acordo com os principais assuntos abordados no edital oficial Nº 1/2021/NM, de 
09 de setembro de 2021. Ao final do material você encontra, ainda, o gabarito oficial, para conferir e 
acompanhar o seu desempenho.
A meta é estudar até passar!
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA ...........................................................................................07
MATEMÁTICA FINANCEIRA ..................................................................................65
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ..........................................................................92
NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA ...........................................120
ATENDIMENTO BANCÁRIO ................................................................................140
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA.............................................................151
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LÍNGUA PORTUGUESA
 Æ PREPOSIÇÃO
1. (CESGRANRIO – 2014) 
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a 
humanidade e as dinâmicas próprias dos ecossistemas e da 
biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu avô, 
a vida na Terra, em qualquer que fosse o país, tinha estrei-
tos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem 
dependia de animais para a maior parte do trabalho, para 
locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes de 
produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era 
regulado ao abrir e fechar as janelas e, quando muito, acender 
lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela 
tecnologia, pela mecânica, pela química e pela eletrônica, além 
de todas as outras ciências que tiveram um exponencial sal-
to desde o final do século 19. Na maior parte dos escritórios 
das empresas que dominam a economia global, a temperatura 
é mantida estável por equipamentos de ar-condicionado, as 
comunicações são feitas através de telefones sem fio e saté-
lites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as 
dores de cabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas 
vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do 
progresso científico, que claramente ajudou a melhorar a quali-
dade de vida de bilhões de pessoas, e também deixou à margem 
outros bilhões, mas de fazer uma reflexão sobre o quanto de tec-
nologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se 
pode resolver a partir da engenharia. As distâncias foram encur-
tadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão 
de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as distân-
cias não se medem mais em quilômetros, mas sim em horas de 
trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão 
com a natureza, na qual as pessoas dedicam algum tempo 
para o contato com plantas, animais e ambientes naturais. Eu 
pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e 
trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura 
entre a engenharia humana e as dinâmicas naturais. Há uma 
crença que está se generalizando de que a ciência, a engenha-
ria e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema 
ambiental que surja. E esse é um engano que pode ser, em 
muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo eco-
nômico e cultural das economias centrais e, principalmente, 
dos países que agora consideramos “emergentes”.
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natu-
ral e o engenho humano estão deixando fraturas expostas. A 
região metropolitana de São Paulo está enfrentando uma das 
maiores crises de abastecimento de água de sua história. As 
nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a 
água da cidade foram desmatadas e ocupadas, no entanto a 
mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de 
mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, 
como se a produção de água pelo ecossistema não tivesse 
nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessan-
te por mais eletricidade, mais combustíveis e mais consumo. 
Isso exige o aumento incessante da exploração de recursos 
naturais e não renováveis. 
Pouco ou nada se fala na elaboração de programas genera-
lizados de eficiência energética, de modo a economizar energia 
sem comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano 
das grandes cidades. A desconexão vai além da simples per-
cepção, nas cidades as pessoas se recusam a mudar comporta-
mentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos 
ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
 Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são 
os principais atores de transformação, mudanças desejáveis 
e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de cada um 
sobre o papel do meio ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. 
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ 
a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. 
Adaptado.
No trecho “onde madeira era queimada para produzir calor” 
(l. 10), a palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo 
de sentido, por
a) a
b) após
c) a fim de
d) apesar de
e) sem
2. (CESGRANRIO – 2010) 
Futuro Tecnológico
Olho para o monitor à minha frente e lembro como, faz 
tão pouco tempo, eu estaria diante de uma pilha de laudas em 
branco, ajeitando pelo menos duas delas na máquina de escre-
ver com uma folha de papel-carbono ensanduichada entre 
elas. Os erros eram apagados com uma sucessão de xis e as 
emendas feitas laboriosamente a caneta, resultando disso um 
texto imundo e desfavoravelmente comparável a um papiro 
deteriorado. Dicionário era na base do levantamento de peso 
e da lupa de leitura e descobrir se o nome de um sujeito era 
comq ou com k às vezes demandava até pesquisa telefôni-
ca(a). E, depois de escrever a matéria, ainda se tinha de enfiá- 
la num malote e rezar para que chegasse a tempo.
Hoje acho que teria dificuldade em encontrar papel-carbo-
no para comprar, a juventude nem sabe o que é máquina de 
escrever, os dicionários, enciclopédias e até papiros dete-
riorados estão a um par de cliques de distância(b) e tudo, 
de textos a ilustrações, se manda por via eletrônica. Claro, 
ninguém ou quase ninguém tem saudade dos velhos tempos 
trabalhosos, até porque não adianta e quem não gostar pode 
descer do bonde. E minha situação não é diferente, mas de 
vez em quando fico pensando em certos progressos e cá me 
ocorrem algumas dúvidas.
Uma das vantagens atuais em que mais se fala é a pos-
sibilidade de trabalhar em casa que agora muita gente tem, 
em vez de se engravatar, pegar transporte ou se estressar de 
carro e comparecer a um escritório todos os dias. Há cada vez 
mais felizardos que trabalham de bermuda, sem camisa e até 
à beira de uma piscina(c), almoçam comidinha caseira e eco-
nômica, estão na vida que pediram a Deus. 
8
Mas acho que, se, em certos casos, isso é verdade, em 
outros nem tanto, pelo menos a longo prazo. Será que é melhor 
mesmo não conviver mais com colegas, não participar do bom 
e do educativamente chato que a convivência diária do traba-
lho enseja? Será que podemos mesmo dispensar, sem grande 
prejuízo, as amizades feitas assim, a experiência e o conheci-
mento que assim nos adviriam? E, se essa prática dá certo no 
trabalho, por que não dará na escola? Os estudantes teriam 
aulas pela Internet, com diversas vantagens sobre o sistema 
atual, dispendioso e cheio de riscos, ocasionados até mesmo 
pela convivência com colegas violentos ou inconvenientes.
Não tenho tanta certeza dessas vantagens, como acho que 
pelo menos alguns de vocês também não têm. Sei de gente que 
dedica todas as suas horas vagas à Internet, no sem-número 
de grupos de que se pode participar. Assim mesmo, não sobra 
tempo para responder à enxurrada diária de e-mails e men-
sagens variadas. O contato pessoal direto, já ameaçado pelo 
medo que temos de sair (embora também tenhamos medo de 
ficar em casa, a vida é dura), se torna, para a turma mais radi-
cal, um risco desnecessário, uma coisa até meio passée(d), 
quando dispomos de recursos como os programas de conver-
sa e as webcams. Tudo muito certo, tudo muito bom, mas me 
incluo no time dos que acham que, nesse passo, vamos nos 
resignar de vez a viver em tocas e morder, se por acaso topar-
mos inesperadamente um semelhante. Esse progresso para 
mim é retrocesso.
Assim como, do ponto de vista do leitor, tenho certeza de 
que encontrarei companheiros de ideal, em relação a esse 
negócio de máquina de ler livros, dos quais aquele em que 
mais se fala é o já famoso Kindle. Para quem não gosta de 
livros e apenas os usa porque precisa e não pode evitar, com 
certeza terá utilidade. Para quem tem necessidade de ler notí-
cias apressadamente, também. E, enfim, quebrará o galho de 
uma porção de gente, em áreas que nem podem ser previstas 
agora.
Mas, para quem gosta de ler como eu e vocês (se não gos-
tassem, não estariam lendo isto aqui, achariam coisa melhor 
para fazer sem muita dificuldade), as trapizongas que estão 
criando para se ler já chegam causando perplexidade por uma 
razão elementar, que não pode deixar de ter ocorrido a quem 
quer que haja pensado um pouquinho sobre o assunto. Antes 
dessa tremenda invenção, qualquer um podia pegar um livro 
e lê-lo, tendo como equipamento indispensável no máximo, 
uns óculos. De agora em diante, se a moda pegar, isso acabará 
sendo inviável. Escapa-me à compreensão o progresso conti-
do num livro que requer um aparelho – e não tão baratinho 
assim – para ser lido, quando hoje não se precisa de nada, bas-
ta saber ler.
(...) Quanto ao trabalho, principalmente mental, que o livro 
dá ao leitor, pergunta-se: a idéia não era essa? Com certeza 
não chegarei até lá(e), mas antevejo o dia em que o livro 
impresso será apresentado como a última novidade.
João Ubaldo Ribeiro, in O Globo
Dentre os trechos abaixo, aquele em que a palavra “até” tem um 
significado diferente do que apresenta nos demais é
a) “...descobrir se o nome de um sujeito era com q ou com k às 
vezes demandava até pesquisa telefônica.”
b) “os dicionários, enciclopédias e até papiros deteriorados 
estão a um par de cliques de distância...”
c) “...até à beira de uma piscina,”
d) “...até meio passée,”
e) “Com certeza não chegarei até lá,” 
3. (CESGRANRIO – 2018) Leia o texto para responder às questões.
Texto II
O acendedor de lampiões e nós
Outro dia tive uma visão. Uma antevisão. Eu vi o futuro. O 
futuro estampado no passado. Como São João do Apocalipse, 
vi descortinar aos meus olhos o que vai acontecer, mas que já 
está acontecendo.
Havia acordado cedo e saí para passear com minha 
cachorrinha, a meiga Pixie, que volta e meia late de estra-
nhamento sobre as transformações em curso. Pois estava eu 
e ela perambulando pela vizinhança quando vi chegar o jorna-
leiro, aquele senhor com uma pilha de jornais, que ia deposi-
tando de porta em porta. Fiquei olhando. Ele lá ia cumprindo 
seu ritual, como antigamente se depositava o pão e o leite nas 
portas e janelas das casas.
Vou confessar: eu mesmo, menino, trabalhei entregando 
garrafas de leite aboletado na carroça do ‘seu’ Gamaliel, lá em 
Juiz de Fora.
E pensei: estou assistindo ao fim de uma época. Daqui a 
pouco não haverá mais jornaleiro distribuindo jornais de porta 
em porta. Esse entregador de jornais não sabe, mas é seme-
lhante ao acendedor de lampiões que existia antes de eu nas-
cer. Meus pais falavam dessa figura que surgia no entardecer 
e acendia nos postes a luz movida a gás, e de manhã vinha 
apagar a tal chama. [...]
SANT’ANNA, Affonso Romano de. O acendedor de lampiões e nós. Estado de 
Minas/Correio Brasiliense. 22 ago. 2010. Fragmento.
No Texto II, na passagem “saí para passear com minha cachor-
rinha, a meiga Pixie, que volta e meia late de estranhamento”, a 
palavra em negrito expressa um sentido que também se encon-
tra na palavra destacada em:
a) A casa que comprei é toda de madeira.
b) Toda a minha família descende de libaneses.
c) Sinto-me sempre mais disposto de manhã.
d) Eu não gosto de falar de política.
e) É muito triste saber que ainda há gente que morre de fome.
 Æ CONJUNÇÃO
4. (CESGRANRIO – 2018) A palavra em destaque está empregada 
de acordo com a norma-padrão em:
a) Não há como resistir ao progresso tecnológico, mais pode-
mos conservar alguns hábitos antigos.
b) O acendedor de lampiões é um profissional que não existe 
mas.
c) A chama era acesa ao entardecer, mas apagada pela manhã.
d) As casas do subúrbio são simples, mais são lares para seus 
moradores.
e) Certas mudanças são formidáveis, mais também são 
assustadoras.
 Æ PREPOSIÇÃO
5. (CESGRANRIO – 2013) Leia o texto para responder às questões.
Ciência do esporte – sangue, suor e análises
Na luta para melhorar a performance dos atletas […], o 
Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um departa-
mento exclusivamente voltado para a Ciência do Esporte. De 
estudos sobre a fadiga à compra de materiais para atletas de 
ponta, a chave do êxito é uma só: o detalhamento personaliza-
do das necessidades.
Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala. Mas 
o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais passa por 
conceitos bem mais profundos. Sem distinção entre gênios da 
espécie e reles mortais, a máquina humana só atinge o máxi-
mo do potencial se suas características individuais forem minu-
ciosamente estudadas. Num universo olímpico em que muitas 
vezes um milésimo de segundo pode separar glória e fracasso, 
entra em campo a Ciência do Esporte. Porque grandes cam-
peões também são moldados através de análises laboratoriais, 
projetos acadêmicos e modernos programas de computador.
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A importância dos estudos científicos cresceu de tal formaque o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há dois anos criou um 
departamento exclusivamente dedicado ao tema. [...]
— Nós trabalhamos para potencializar as chances de resul-
tados. O que se define como Ciência do Esporte é na verdade 
uma quantidade ampla de informações que são trazidas para 
que técnico e atleta possam utilizá-las da melhor maneira pos-
sível. Mas o líder será sempre o treinador. Ele decide o que é 
melhor para o atleta — ressalta o responsável pela gerência 
de desenvolvimento e projetos especiais, que cuida da área de 
Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.
A gerência também abrange a coordenação médica do 
comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do Esporte está 
dividida em sete setores: fisiologia, bioquímica, nutrição, psi-
cologia, meteorologia, treinamento esportivo e vídeo análise.
Reposição individualizada
Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor desde 
novos equipamentos, que o deixem em igualdade de condi-
ções de treino com seus principais concorrentes, até dados 
fisiológicos que indicam o tipo de reposição ideal a ser feita 
após a disputa.
— No futebol feminino, já temos o perfil de desgaste de 
cada atleta e pudemos desenvolver técnicas individuais de 
recuperação. Algumas precisam beber mais água, outras pre-
cisam de isotônico — explica Sidney Cavalcante, supervisor de 
Ciência do Esporte do comitê. […]
As Olimpíadas não são laboratório para testes. É preciso 
que todas as inovações, independentemente da modalidade, 
estejam testadas e catalogadas com antecedência. Bichara 
afirma que o trabalho da área de Ciências do Esporte nos Jogos 
pode ser resumida em um único conceito:
— Recuperação. Essa é a palavra-chave. […]
CUNHA, Ary; BERTOLDO, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e 
análises. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio 2012. O Globo Olimpíadas - 
Ciência a serviço do esporte, p. 6.
O trecho em que a preposição em negrito introduz a mesma 
noção da preposição destacada em “Na luta para melhorar” é:
a) O jogador com o boné correu.
b) A equipe de que falo é aquela.
c) A busca por recordes move o atleta.
d) A atitude do diretor foi contra a comissão.
e) Ele andou até a casa do treinador.
 Æ ACENTUAÇÃO
6. (CESGRANRIO – 2013) A palavra que deve ser acentuada pela 
mesma regra que olímpico é
a) revolver
b) carater
c) bocaiuva
d) solido
e) amavel
 Æ PREPOSIÇÃO
7. (CESGRANRIO – 2012) Leia o texto para responder às questões.
Texto
Antigas aeromoças
A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua conven-
ção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por 
uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhoras, todas 
alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, 
hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de 
alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimen-
tos: “Como você está bonita, como você está conservada.”
Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre 
as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por 
nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as 
lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a 
uma altura conveniente, disputam com entusiasmo os carri-
nhos: querem servir. 
“Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, 
senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de 
esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tem-
pos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas.
Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas altu-
ras não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas.
SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. 
Adaptado.
O conectivo destacado nos trechos do Texto introduz uma 
expressão com valor de modo no seguinte exemplo:
a) “hoje desativado por questões de segurança’”
b) “‘Entre as nuvens de fímbrias douradas”
c) “disputam com entusiasmo os carrinhos”
d) “Segue-se declamação de poesias”
e) “evocando os tempos heroicos da aviação”
 Æ PONTUAÇÃO (PONTO, VÍRGULA, TRAVESSÃO, 
ASPAS, PARÊNTESES ENTRE OUTROS)
8. (CESGRANRIO – 2012) No Texto, a(s) vírgula(s) está(ão) emprega-
da(s) para isolar o vocativo no seguinte trecho:
a) “O encontro, no velho aeroporto,”
b) “saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos”
c) “Repousam lembranças, por nós embaladas”
d) “Algo para beber, senhora?”
e) “evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão 
de paraquedas”
 Æ CORRELAÇÃO VERBAL
9. (CESGRANRIO – 2016) Leia o texto para responder às questões.
Entrevista com Frédéric Martel
Uma guerra mundial pelo conteúdo dos meios de comu-
nicação se trava pela conquista do público dentro e fora dos 
países criadores. Batalhas se desenrolam pelo domínio da 
notícia, do formato de programas de TV e pela exibição de fil-
mes, vídeos, música, livros. Nesse processo, um gigante domi-
na: os Estados Unidos, com sua capacidade de produzir cultura 
de massas que agrada ao grande público em todos os conti-
nentes. Essa penetração cultural americana, que muitos críti-
cos preferem chamar de imperialismo, leva os filmes, a música 
e a televisão americana para o mundo. Sua arma é o inver-
so da alta cultura, da contracultura, da subcultura, de nichos 
especializados. Visa o público em geral, cultura de massa, de 
milhões. Tornou-se a cultura internacional dominante, princi-
pal, a chamada mainstream, conforme o título do livro escrito 
pelo sociólogo francês Frédéric Martel. Para escrever Mains-
tream, ele percorreu 30 países durante cinco anos, entrevistou 
mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do entertainment, 
analisou a ação dos protagonistas, a lógica dos grupos e acom-
panhou a circulação internacional de conteúdo.
É um imperialismo diferente daquele político e militar. 
É uma espécie de imperialismo cultural que é bem recebido 
no mundo. A esse respeito, afirma Frédéric Martel: “É o que 
basicamente chamamos de soft power. Soft power significa 
influenciar as pessoas com coisas legais. Você é amigável, não 
10
é contundente. Você tem as forças armadas, tem a diploma-
cia tradicional e grandes empresas econômicas, que formam 
o hard power, e tem o soft power, que influencia as pessoas 
através de filmes, de livros, da internet e de valores.”
“A língua é importante. Eu acredito — e essa é a principal 
conclusão do meu livro — que, no mundo em que estamos 
entrando, que reúne globalização e digitalização, a língua é 
importante. E eu acredito que a batalha, a luta, mesmo a guer-
ra de conteúdo, será uma batalha a respeito da cultura nacio-
nal. Você pode ouvir Lady Gaga, gostar de Avatar e ler O Código 
Da Vinci, mas, no final das contas, a maior parte da cultura que 
você consome e ama geralmente é nacional, local, regional, e 
não global. A cultura global é apenas uma pequena parte do 
que você gosta. Então, no final das contas, os americanos são 
os únicos a poder prover essa cultura dominante global, mas 
essa cultura dominante global continua pequena. Por quê? 
Porque a língua é muito importante, porque a identidade é 
muito importante. Quando você compra um livro de não fic-
ção, quer saber o que acontece aqui, no seu país, e não na 
Coreia do Sul, por exemplo. Na Coreia do Sul você quer ouvir 
K-pop, que é a música pop coreana, e ver um drama coreano, 
e não ouvir uma música brasileira. Portanto, nós estamos em 
um mundo cada vez mais global, mas, ao mesmo tempo, a cul-
tura ainda é e será muito nacional. Para resumir as coisas, eu 
diria que todos temos duas culturas: a nossa e a americana.”
“Nós, como europeus, temos o mesmo tipo de relação que 
você, como brasileiro, tem com os EUA. Nós os amamos e odia-
mos. É uma complicada relação de amor e ódio. Nós espera-
mos que eles sejam como são; nós queremos criticá-los, mas, 
ao mesmo tempo, nós protestamos contra eles com tênis Nike 
nos pés. Nós trabalhamos para ser um pouco como eles, muito 
embora nós queiramos manter nossa identidade e cultura. E, 
a propósito, a boa notícia é que o debate no mundo hoje e no 
futuro não será entre nós — brasileiros, franceses, europeus 
— e os americanos.Será entre todos nós. O que eu quero dizer 
é que hoje não há apenas dois povos: nós e os EUA. O mundo 
é muito mais complicado, com países emergentes, que serão 
fundamentais nesse novo jogo.”
“Para resumir, afirma Martel, eu diria que os EUA continua-
rão sendo peça importante da guerra de conteúdo, podemos 
dizer, nos próximos anos e décadas. Eu não acredito e não 
compro a ideia do declínio da cultura americana. Eu acho que 
eles são fortes e continuarão sendo fortes. Mas eles não são os 
únicos no jogo. Agora temos os países emergentes, que estão 
emergindo não só demográfica e economicamente, como pen-
sávamos. E eu fui um dos primeiros a mostrar que eles estão 
emergindo com sua cultura, sua mídia e com a internet.”
“Nesse mundo, a internet pode ser uma peça importante. 
O Brasil, por exemplo, vai crescer com a internet, com certeza. 
Criam-se ferramentas inovadoras de alfabetização, por exem-
plo, em comunidades, em favelas, em lugares onde os mora-
dores não têm acesso a uma livraria ou biblioteca. Mas eles 
terão acesso à internet em lan houses, por exemplo, e mesmo 
no telefone. Hoje, todo mundo tem um telefone celular barato. 
Mesmo na África, todos têm celulares com funções básicas. Em 
cinco anos, todos terão um smartphone, pois os preços estão 
caindo muito. Assim, todos poderão acessar a internet pelo 
smartphone. Se você tem acesso à internet, pode baixar livros, 
acessar a rede, pode ver filmes e daí por diante.”
“A questão não é se essa tecnologia é boa, conclui Martel. 
A questão é: ela não será boa ou ruim sozinha. Ela será o que 
você, o povo, o governo deste país e nós formos capazes de 
fazer com ela, criando uma boa internet e uma maneira melhor 
de ter acesso ao conteúdo através da internet.”
BOCCANERA, S. Entrevista concedida pelo sociólogo Frédéric Martel, 
Programa Milênio, Globo News. Disponível em: <http://www.conjur.com.
br/2013-jan-25/ideias-milenio-fredericmartel- sociologo-jornalista-frances>. 
Acesso em: 10 nov. 2015. Adaptado.
As formas verbais estão empregadas coerente e adequadamen-
te, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, em:
a) É desejável que a escola não desse importância apenas à 
futura profissão dos alunos, mas que também atendesse às 
necessidades relativas à formação desses estudantes.
b) Os países em desenvolvimento teriam possibilidade de 
maior crescimento se a população fosse atendida em suas 
necessidades básicas e tivesse oportunidade de estudar.
c) Se os resultados das pesquisas de mercado fossem positi-
vos, o diretor da empresa apresentará aos clientes detalhes 
do novo projeto a ser implementado.
d) É necessário que as empresas de comunicação global 
investissem em programas de popularização dos meios de 
compartilhamento de informação.
e) As mudanças do mercado digital dependem das ações que 
as empresas desenvolverão junto aos seus funcionários 
para que eles tivessem sucesso.
 Æ ACENTUAÇÃO
10. (CESGRANRIO – 2016) O grupo de palavras que obedecem às 
normas de acentuação da Língua Portuguesa é
a) raizes, dificil, século
b) rúbrica, saúva, amavel
c) também, possível, êxito
d) idolo, parabéns, ciencia
e) indústria, saude, ninguem
 Æ CORRELAÇÃO VERBAL
11. (CESGRANRIO – 2012) Leia o texto para responder às 
questões.
METRÓPOLE SUSTENTÁVEL: É POSSÍVEL?
Conversamos com sociólogos, arquitetos, economistas, 
urbanistas e representantes de organizações internacionais 
sobre o assunto. Será que estamos fadados a um colapso ou a 
metrópole sustentável é um conceito viável?
 Virou hábito na mídia e, provavelmente, em conversas 
cotidianas o uso do adjetivo ‘sustentável’. Condomínios, mate-
riais de construção, meios de transporte, edifícios... Tudo pode 
ser sustentável.
Quando perguntamos a urbanistas e economistas sobre 
o assunto, o conceito de sustentabilidade aplicado a cidades 
não se configura unânime. Para alguns urbanistas, um elemen-
to fundamental para ser levado em conta, quando se fala de 
sustentabilidade urbana, é o futuro. “Uma metrópole sustentá-
vel é aquela que, na próxima geração, tenha condições iguais 
ou melhores que as que temos hoje”, define o presidente do 
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Por ‘condições’ deve-
mos entender os aspectos fundamentais relacionados à vida 
urbana: habitação, alimentação, saúde, emprego, transporte, 
educação, água, etc. Além disso, a articulação entre os campos 
ambiental e social é essencial para o conceito de sustentabili-
dade urbana.
A primeira condição fundamental para o estabelecimento 
de uma cidade sustentável é a democratização dos acessos 
a serviços e equipamentos públicos. Isso significa a redução 
drástica de todas as formas de desigualdades – social, política, 
econômica e espacial.
Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, saúde, 
educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda 
a metrópole, a manutenção da cidade se torna cada vez mais 
cara. É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicos 
de uma metrópole e diminuir as desigualdades. No entanto, 
como fazer isso quando o dinheiro é limitado? “Conter a expan-
são urbana”, resume o arquiteto.
A rede de transportes, por exemplo, é um dos aspectos 
a serem observados na constituição das cidades. Quanto 
maiores as distâncias a serem percorridas, também maior 
e mais complexa ela será. A priorização do automóvel faz 
com que a cidade se expanda horizontalmente, minando as 
possibilidades de ter áreas não ocupadas, e contribui para a 
LÍ
N
G
U
A
 P
O
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U
G
U
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impermeabilização do solo, com a pavimentação contínua. A 
superestima do automóvel é uma das marcas do subdesen-
volvimento, no qual também o transporte coletivo é precário.
Se alguns dados da ONU oferecem um prognóstico positivo do 
futuro das metrópoles, os urbanistas nos lembram que o desti-
no das cidades pode não ser tão brilhante, se não houver uma 
mudança mais orgânica. Mudanças estruturais e na ordem do 
pensamento são fundamentais para que, se não garantida, a 
sustentabilidade seja ao menos possível.
FRAGA, Isabela. Metrópole sustentável: é possível? Revista Ciência Hoje. Rio 
de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, vol. 46, n. 274, setembro de 2010. p. 22-29. 
Adaptado.
No trecho abaixo, as formas verbais destacadas estão correla-
cionadas. “Mudanças estruturais e na ordem do pensamento 
são fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de seja ao menos possível.” Ao substituir a forma verbal são por 
seriam para expressar uma hipótese, a frase deve ser modifica-
da, de acordo com a norma-padrão, para:
a) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam 
fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de era ao menos possível.
b) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam 
fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de for ao menos possível.
c) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam 
fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de fosse ao menos possível.
d) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam 
fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de será ao menos possível.
e) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam 
fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilida-
de seria ao menos possível.
 Æ ACENTUAÇÃO
12. (CESGRANRIO – 2012) No trecho “É imperativo democrati-
zar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole e dimi-
nuir as desigualdades.”, as palavras destacadas são acentuadas 
graficamente.
O grupo em que as palavras devem ser acentuadas em virtude 
da mesma regra é
a) água, sustentável
b) automobilística, também
c) automóvel, saúde
d) expansão, precário
e) índice, perímetro
13. (CESGRANRIO – 2019) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto II
Serviu suas famosas bebidas para Vinicius, Carybé e Pelé
Os pedaços de coco in natura são colocados no liquidifica-
dor e triturados. O líquido resultante é coado com uma peneira 
de palha e recolocado no aparelho, onde é batido com açúcar e 
leite condensado. Ao fim, adiciona-seaguardente.
A receita de Diolino Gomes Damasceno, ditada à Folha por 
seu filho Otaviano, parece trivial, mas a conhecida batida de 
coco resultante não é. Afinal, não é possível que uma bebida 
qualquer tenha encantado um time formado por Jorge Amado 
(diabético, tomava sem açúcar), Pierre Verger, Carybé, Mus-
sum, João Ubaldo Ribeiro, Angela Rô Rô, Wando, Vinicius de 
Moraes e Pelé (tomava dentro do carro).
Baiano nascido em 1931 na cidade de Ipecaetá, interior 
do estado, Diolino abriu seu primeiro estabelecimento em 
1968, no bairro do Rio Vermelho, reduto boêmio de Salvador. 
Localizado em uma garagem, ganhou o nome de MiniBar.A 
batida de limão — feita com cachaça, suco de limão galego, 
mel de abelha de primeiríssima qualidade e açúcar refinado, 
segundo o escritor Ubaldo Marques Porto Filho — chamava 
a atenção dos homens, mas Diolino deu por falta das mulhe-
res da época. É que elas não queriam ser vistas bebendo em 
público, e então arranjavam alguém para comprar as batidas e 
bebiam dentro do automóvel.
Diolino bolou então o sistema de atendimento direto aos 
veículos , em que os garçons iam até os carros que apenas 
encostavam e saíam em disparada. A novidade alavancou a 
fama do bar. No auge, chegou a produzir 6.000 litros de batida 
por mês.
SETO, G. Folha de S.Paulo. Caderno “Cotidiano”. 17 maio 2019, p. B2. 
Adaptado.
A palavra saíam contém hiato acentuado. Deve também ser 
acentuado o hiato de
a) juizes
b) rainha
c) coroo
d) veem
e) suada
 Æ INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (COMPREENSÃO)
14. (CESGRANRIO – 2019) O Texto II diz que o principal motivo do 
sucesso da vendagem no estabelecimento de Diolino Damasce-
no foi
a) a receita secreta de sua batida de limão.
b) seu jeito peculiar de combinar os ingredientes.
c) a clientela de grandes nomes da cultura e do esporte.
d) fazer uma bebida que podia ser ingerida por diabéticos.
e) o sistema original de atendimento direto aos veículos.
Pronomes pessoais
15. (CESGRANRIO – 2019) A substituição da expressão destacada 
pelo que se encontra entre colchetes está de acordo com a nor-
ma-padrão em:
a) Jorge Amado tomava a bebida sem açúcar. [tomava- lhe]
b) Diolino gostava de mostrar a receita. [mostrá-la]
c) Pelé bebia no carro porque era discreto. [bebia-lhe]
d) Wando e Rô Rô também frequentavam o bar. 
[frequentavam- nos]
e) O MiniBar produzia 6.000 litros por mês. [produzia-se]
 Æ CONCORDÂNCIA (VERBAL E NOMINAL)
16. (CESGRANRIO – 2019) A concordância do verbo destacado 
está de acordo com a norma-padrão em:
a) A reclamação dos clientes de Diolino chegaram aos seus 
ouvidos.
b) Surgiu vários motivos para que as pessoas confraternizas-
sem com Diolino.
c) Eram os fregueses de Diolino privilegiados porque usu-
fruíam de uma bebida especial.
d) Consumia-se bebidas dentro dos automóveis, sobretudo 
quando se queria o anonimato.
e) Diolino foi, em 1968, um pioneiro na arte de produzirem 
batidas de coco e de limão.
12
 Æ ACENTUAÇÃO
17. (CESGRANRIO – 2019) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto III
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro 
do Flamengo próximo ao Morro da Viúva, frente para o Pão de 
Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos 
edifícios. Parecia resistir ao chamado da noite. Nas pedras do 
quebra-mar caniços de pesca moviam-se devagar, ao lento vai 
e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco 
pescadores de trajes simples ou ordinários, e toscas sandálias 
de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas 
célebres, Ricardo deixara o carro em estacionamento de res-
taurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com 
desconfiança. Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois 
metros na mão. A boa técnica ensina que o caniço deve ter 
no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada 
pesca de molhes, nome sofisticado para quebra-mar. Ponta de 
agulha metálica para transmitir à mão do pescador maior sen-
sibilidade à fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz 
para enganar peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso 
montar o caniço. Abriu a bolsa de utensílios.
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura 
entre quinze e dezoito centésimos de milímetro, ainda fiel à 
boa técnica.
— Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e ten-
sos: abertura do mercado, sobe e desce das cotações, situação 
financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida 
relaxam mais do que pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, 
e a paisagem marítima — costuma confessar Ricardo na roda 
dos colegas da financeira onde trabalha.
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado.
A presença ou ausência de acento gráfico nem sempre se repe-
te quando uma palavra está no singular ou no plural. Quanto ao 
emprego do acento gráfico, a seguinte palavra se altera quando 
vai para o plural:
a) item
b) viúva
c) açúcar
d) fiel
e) técnica
 Æ USO DO HÍFEN
18. (CESGRANRIO – 2019) Assim como ocorre com a palavra 
quebra-mar, emprega-se obrigatoriamente o hífen, de acordo 
com o sistema ortográfico vigente, em
a) casa-comercial
b) linha-de-passe
c) peixe-espada
d) pedra-fundamental
e) sala-de-jantar
 Æ CONCORDÂNCIA (VERBAL E NOMINAL)
19. (CESGRANRIO – 2019) A concordância estabelecida com o 
verbo destacado está de acordo com as exigências da norma-
-padrão da língua portuguesa em:
a) Os caniços de pesca pode ser comprado pela internet.
b) Já não se fazem mais caniços de pesca como antigamente.
c) Haviam muitos anos que eu não levava caniços de pesca 
para o quebra-mar.
d) Bastava apenas dois caniços de pesca para Ricardo.
e) O caniço dos pescadores eram os melhores da praia.
 Æ CRASE
20. (CESGRANRIO – 2019) Em qual das alterações feitas em “ain-
da fiel à boa técnica” o emprego do acento de crase NÃO está de 
acordo com a norma-padrão?
a) ainda fiel àquela técnica
b) ainda fiel à toda técnica
c) ainda fiel à sua técnica
d) ainda fiel à velha técnica
e) ainda fiel à técnica de sempre
 Æ ACENTUAÇÃO
21. (CESGRANRIO – 2012) O conjunto de palavras paroxítonas 
que deve receber acentuação é o seguinte:
a) amavel – docil – fossil
b) ideia – heroi – jiboia
c) onix – xerox – tambem
d) levedo – outrem – sinonimo
e) acrobata – alea – recem
22. (CESGRANRIO – 2011) Em relação às regras de acentuação 
gráfica, a frase que NÃO apresenta erro é:
a) Ele não pode vir ontem à reunião porque fraturou o pé.
b) Encontrei a moeda caida perto do sofá da sala.
c) Alguém viu, além de mim, o helicóptero que sobrevoava o 
local?
d) Em péssimas condições climaticas você resolveu viajar 
para o exterior.
e) Aqui so eu é que estou preocupado com a saúde das 
crianças.
23. (CESGRANRIO – 2011) As palavras que, na sequência, rece-
bem acento gráfico são:
a) hifens – latex – avaro
b) gratuito – video – recem
c) benção – egoista – vies
d) martir – item – economia
e) caracteres – seca – rubrica
24. (CESGRANRIO – 2011) A frase em que ocorre ERRO quanto à 
acentuação gráfica é:
a) Eles têm confiança no colega da equipe.
b) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.
c) O seu sustento provém da aposentadoria.
d) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.
e) Alguns ítens do edital foram retificados.
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G
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ES
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25. (CESGRANRIO – 2018) O grupo em que todas as palavras 
atendem às exigências da norma-padrão da língua portuguesa, 
quanto à acentuação gráfica, é
a) ambito, ninguém, potável
b) ausência, assembleia, tragédia
c) espécie, econômico, orgãos
d) número, provavel, potência
e) ladainha, saida, consciência
26. (CESGRANRIO – 2018) A palavra que precisa ser acentuada 
graficamente para estar correta quanto às normas em vigor 
está destacada na seguinte frase:
a) Todo escritor de novela tem o desejo de criar um persona-
gem inesquecível.
b) Os telespectadores veem as novelas como um espelho da 
realidade.
c) Alguns novelistas gostam de superpor temas sociais com 
temas políticos.
d) Para decorar o textoantes de gravar, cada ator rele sua fala 
várias vezes.
e) Alguns atores de novela constroem seus personagens 
fazendo pesquisa.
27. (CESGRANRIO – 2018) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto II
O Brasil na memória
A viagem tem uma estruturalidade típica. Há a escolha do 
destino, uma finalidade antevista, uma partida e um retorno, 
um trajeto por lugares, um tempo de duração. Há situações 
iniciais e finais, outras intermediárias, numa dimensão linear, 
e há atores, um dos quais o viajante, que serve de fio condutor 
entre pessoas, acontecimentos, locais e deslocamentos. Supõe 
uma subjetividade que se abre ao desconhecido, a perda de 
referências familiares, o abandono do mesmo pelo diferente, o 
encontro com o outro e o reencontro consigo mesmo. Em con-
trapartida, a narrativa de viagem depende em primeiro lugar 
da memória e de anotações. Seleciona experiências, precisa 
estabelecer um projeto de narração, não necessariamente cro-
nológico ou causal, torna-se, mesmo sem intenção, um teste-
munho. E é orientada por perspectivas do narrador-viajante, 
que incluem seu estilo de vida, sua mentalidade, assim como 
sua visão de mundo e sua posição de sujeito, ou seja, o local 
cultural de onde fala.
BORDINI, Maria da Glória. In: Descobrindo o Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 
2011, p. 353.
A primeira palavra acentuada do Texto II é típica. Pela mesma 
regra, também se acentuam as palavras
a) rúbrica e túnica
b) íberos e íntimos
c) diagnóstico e protótipo
d) étnico e filântropo
e) ínterim e ávaro
 Æ INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (COMPREENSÃO)
28. (CESGRANRIO – 2018) Objetivamente, entende-se a partir da 
leitura do Texto II que uma viagem tem
a) sentimento de fuga
b) começo, meio e fim
c) planejamento fortuito
d) imprevistos e percalços
e) data de ida, mas não de volta
 Æ USO DO HÍFEN
29. (CESGRANRIO – 2018) No Texto II, a autora criou a palavra 
“narrador-viajante” e empregou nela corretamente o hífen. 
Usando uma estratégia criativa semelhante, será necessário 
usar esse sinal gráfico em
a) pseudo-viajante
b) super-viajante
c) ex-viajante
d) anti-viajante
e) neo-viajante
 Æ ACENTUAÇÃO
30. (CESGRANRIO – 2016) Leia o texto para responder às 
questões.
Festival reúne caravelas em barcos
Dizem que o passado não volta, mas a cada cinco anos boa 
parte da história marítima da Europa se reúne para navegar 
junto entre o Mar do Norte e o canal de Amsterdã. Caravelas e 
barcos a vapor do século passado se juntam a veleiros e lan-
chas contemporâneas que vêm de vários países para um dos 
maiores encontros náuticos gratuitos do mundo. Durante o 
Amsterdam Sail, entre os dias 19 e 23 de agosto, cerca de 600 
embarcações celebram a arte de deslizar sobre as águas.
Desde 1975 o grande encontro aquático junta apaixona-
dos pelo mar e curiosos às margens dos canais para ver barcos 
históricos e gente fazendo festa ao longo de cinco dias – na 
última edição, o público estimado foi de 1,7milhão de pessoas. 
Há aulas de vela e de remo para adultos e crianças, além de 
atrações musicais. [...]
Você pode até achar que é coisa de criança, mas o jogo 
em que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a 
bordo de um navio é instrutivo e divertido para todas as 
idades.
MORTARA, F. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 4 ago. 2015, Caderno D, p. 10. 
Adaptado.
Das palavras acentuadas reúne, países, águas, última e vêm, as 
duas que recebem acento por seguirem a mesma norma orto-
gráfica são:
a) águas e vêm
b) última e vêm
c) reúne e águas
d) reúne e países
e) países e última
 Æ ORTOGRAFIA - CASOS GERAIS E EMPREGO DAS 
LETRAS
31. (CESGRANRIO – 2016) Assim como apaixonados, também se 
escreve corretamente com x o substantivo
a) pixação
b) xicote
c) bruxa
d) deboxe
e) flexa
14
 Æ CONJUNÇÃO
32. (CESGRANRIO – 2016) Considere o parágrafo final do Texto: 
“Você pode até achar que é coisa de criança, mas o jogo em que 
cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo de um 
navio é instrutivo e divertido para todas as idades.”
Se essa frase, mantendo-se o sentido original, for construída 
substituindo-se a conjunção mas por uma forma equivalente 
subordinativa, o resultado adequado será:
a) Você pode até achar que é coisa de criança, porém o jogo em 
que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo 
de um navio é instrutivo e divertido para todas as idades.
b) Embora você possa até achar que é coisa de criança, o jogo 
em que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas 
a bordo de um navio é instrutivo e divertido para todas as 
idades.
c) Talvez você até ache que é coisa de criança, pois o jogo em 
que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo 
de um navio é instrutivo e divertido para todas as idades.
d) Admitamos que você até ache que é coisa de criança o jogo 
em que cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a 
bordo de um navio, algo instrutivo e divertido para todas as 
idades.
e) Caso até você ache que é coisa de criança o jogo em que 
cada um leva o próprio balde e simula as tarefas a bordo de 
um navio, garanto ser instrutivo e divertido para todas as 
idades.
 Æ CRASE
33. (CESGRANRIO – 2016) Assim como nas locuções a vapor e 
a bordo, do Texto, também não há acento indicativo de crase 
no seguinte texto de uma mensagem que está contextualizada 
entre parênteses:
a) Angu a baiana (cardápio de restaurante)
b) Peixe a moda da casa (cardápio de restaurante)
c) Sujeito a guincho (mensagem aos motoristas)
d) Obras a frente (mensagem aos motoristas)
e) Bem-vindo a Bahia (mensagem aos motoristas)
 Æ ACENTUAÇÃO
34. (CESGRANRIO – 2015) Leia o texto para responder às 
questões.
A pátria de chuteiras
O estilo de jogo e as celebrações dos torcedores são publi-
camente reconhecidos no Brasil como traços nacionais. Em 
um plano, temos o tão celebrado “futebol-arte” glorificado 
como a forma genuína de nosso suposto estilo de jogo, e 
o entusiasmo e os diversos modos de torcer como caracterís-
ticas típicas de ser brasileiro. Mas, no plano organizacional, 
não enaltecemos determinados aspectos, uma vez que 
eles falam de algo indesejado na resolução de obstáculos da 
vida cotidiana. Nesse sentido, tais traços do famoso “jeitinho” 
brasileiro não são considerados como representativos do Bra-
sil que idealizamos.
Repetido diversas vezes e vendido para o exterior 
como uma das imagens que melhor retrata o nosso país, o 
epíteto “Brasil: país do futebol” merece uma investigação mais 
cuidadosa. Essa ideia foi uma “construção” histórica que teve 
um papel importante na formação da nossa identidade. Inter-
namente a utilizamos, quase sempre, com um viés positivo, 
como uma maneira de nos sentirmos membros de uma nação 
singular, mais alegre.
Não negamos a sua força nem sua eficácia simbólica, 
mas começamos a questionar o papel dessa representação 
na virada do século, bem como a atual intensidade de seu 
impacto no cotidiano brasileiro. Se a paixão pelo futebol é um 
fenômeno que ocorre em diversos países do mundo, o que nos 
diferencia seria a forma como nos utilizamos dele para cons-
truirmos nossa identidade e conquistas em competições inter-
nacionais? Observemos, no entanto, que ser um aficionado 
não significa necessariamente se valer do futebol como 
metáfora do país.
A Copa do Mundo possui uma estrutura narrativa que 
estimula os nacionalismos. O encanto da competição encon-
tra-se justamente no fato de “fingirmos” acreditar que as 
nações estão representadas por 11 jogadores. O futebol não é 
a nação, mas a crença de que ele o é move as paixões duran-
te um Mundial. Mas, ao compararmos a situação atual com a 
carga emocional de 1950 e 1970, especulamos sobre a possibi-
lidade de estarmos assistindo a um declínio do interesse pelo 
futebol como emblema da nação.
O jogador que veste a camisa nacional também representa 
clubes da Europa, além de empresas multinacionais. As mar-
cas empresariais estão amalgamadas com o fenômeno espor-
tivo. As camisas e os produtos associados a ele são vendidos 
em todas as partesdo mundo. Esse processo de desterritoria-
lização do ídolo e do futebol cria um novo processo de identi-
dade cultural. Ao se enaltecer o futebol como um produto a 
ser consumido em um mercado de entretenimento cada vez 
mais diversificado, sem um projeto que o articule a instâncias 
mais inclusivas, o que se consegue é esgarçar cada vez mais o 
vínculo estabelecido em décadas passadas.
Se o futebol foi um dos fatores primordiais de integração 
nacional, sendo a seleção motivo de orgulho e identificação para 
os brasileiros, qual seria o seu papel no século 21? Continuar 
resgatando sentimentos nacionalistas por meio das atuações da 
seleção ou estimulá-los despertando a população para um 
olhar mais crítico sobre o papel desse esporte na vida do 
país?
HELAL, R. Ciência Hoje, n. 314. Rio de Janeiro: SBPC e Instituto Ciência Hoje. 
Maio de 2014. p. 18-23. Adaptado.
No trecho “Em um plano, temos o tão celebrado ‘futebol-arte’ 
glorificado como a forma genuína de nosso suposto estilo de 
jogo”, a palavra destacada é acentuada graficamente pelo mes-
mo motivo pelo qual se acentua a palavra
a) além
b) declínio
c) ídolo
d) países
e) viés
 Æ CONJUNÇÃO
35. (CESGRANRIO – 2015) A ideia veiculada pela palavra ou 
expressão destacada está corretamente explicitada entre col-
chetes em
a) “no plano organizacional, não enaltecemos determinados 
aspectos, uma vez que eles falam de algo indesejado” [causa]
b) “Repetido diversas vezes e vendido para o exterior como uma 
das imagens que melhor retrata o nosso país”[comparação]
c) “Não negamos a sua força nem sua eficácia simbólica, mas 
começamos a questionar o papel dessa representação” 
[alternância]
d) “Observemos, no entanto, que ser um aficionado não signi-
fica necessariamente se valer do futebol como metáfora do 
país” [condição]
e) “estimulá-los despertando a população para um olhar 
mais crítico sobre o papel desse esporte na vida do 
país?”[concessão]
LÍ
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 Æ ACENTUAÇÃO
36. (CESGRANRIO – 2014) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto I
A torcida para que o carioca se anime e vá às compras
Às 10h da última quarta-feira, um jovem vendedor do 
Mercadão de Madureira apontava para si a câmera do seu 
smartphone. 
Adriano Silva, de 21 anos, posava entre bandeiras, cornetas 
e bandanas amontoadas nas prateleiras de uma das quase 600 
lojas ao seu redor. Ao lado, um colega de trabalho se divertia 
com a cena. Os dois tinham tempo de sobra, assim como os 
outros funcionários de um dos maiores mercados da cidade. 
Apesar dos 80 mil visitantes diários, nenhum artigo temático 
da Copa do Mundo fora vendido naquela manhã. Faltam ape-
nas 18 dias para o início do evento. Para quem vê os estoques 
lotados, porém, a impressão é de que falta muito mais.
O encalhe de produtos temáticos é uma realidade fami-
liar — e temida — aos comerciantes. Tanto que eles tentam 
desovar toda a sorte de artigos em verde e amarelo que per-
maneceram no estoque da última Copa, no afã de amortecer 
prejuízos de 2010. Exemplo disso é a grande caixa promocional 
na entrada de uma das lojas, abarrotada de camisas 10 da sele-
ção brasileira com o nome do jogador Kaká, a R$ 5. Kaká não 
está no escrete brasileiro deste ano.
— Tem coisa aqui de 2006 — revela, em tom constrangido, 
Adriano. A expectativa é que as vendas alavanquem na primeira 
semana de junho. Caso contrário, o prejuízo será grande. De acor-
do com o cálculo dos lojistas, eles terão de vender cerca de 70% 
dos produtos até o final do Mundial, para não saírem perdendo. 
Mas a porcentagem, até agora, não ultrapassa a marca dos 5%.
— O que mais tem saído é corneta e bandana. Mas, em rela-
ção a 2010, as vendas estão bem piores. Pelo visto, tem muita 
coisa que vai ficar aí por mais quatro anos — diz o vendedor.
A TORCIDA para que o carioca se anime e vá às compras. O Globo. Rio de 
Janeiro, 25 maio 2014. Caderno 1, p. 18.
A palavra que precisa ser acentuada graficamente para estar cor-
reta quanto às normas em vigor está destacada na seguinte frase:
a) Todo torcedor tem um sentimento especial em relação à 
seleção.
b) Muita gente do exterior vem ao Brasil para ver a Copa do 
Mundo.
c) Há árbitros que costumam supor que são os principais 
artistas do espetáculo.
d) Alguns jogadores dizem nas entrevistas que eles sempre se 
doam nos jogos.
e) Os jornalistas de emissoras diferentes também se reunem 
ao final do trabalho.
 Æ CONJUNÇÃO
37. (CESGRANRIO – 2014) A oração que está destacada exprime 
uma circunstância de tempo em:
a) A decoração ficará enfeitando as ruas e praças da cidade 
enquanto durar a Copa.
b) A participação da torcida ficará mais animada à medida que 
a seleção ganhe seus jogos.
c) Muitos preferem fazer os próprios enfeites, porque costu-
ma haver competição de ruas.
d) Na hora do jogo todos ficam ligados nos telões, mesmo 
quem não entende de futebol.
e) As cornetas e as buzinas só não são acionadas se o resulta-
do do jogo é desfavorável.
 Æ ACENTUAÇÃO
38. (CESGRANRIO – 2013) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto
Cidade: desejo e rejeição
A cidade da modernidade se configurou a partir da Revo-
lução Industrial e se tornou complexa pelo tamanho territorial 
e demográfico, antes jamais alcançado, e pelas exigências de 
infraestrutura e de serviços públicos. 
No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como 
instância pública. Até então, esta seria uma construção que resul-
tava de interesses específicos, de setores ou estratos sociais.
A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão 
de modelos urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem 
à “condição urbana” – de certo modo fazendo retornar a cidade 
à instância privada. Tal ambiguidade estabelece um patamar 
para o debate sobre os rumos da cidade.
O sistema urbano brasileiro estava em processo de con-
solidação como instância pública, quando, a partir dos anos 
1960, sofre inflexão importante. Razões externas ao urbanis-
mo influenciam no redesenho de nossas cidades.
A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em 
detrimento do transporte sobre trilhos, então estruturador das 
principais cidades, é uma delas.
Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas 
décadas e dispõem a cidade como instância privada: os condo-
mínios fechados e os shopping centers. Ambos associados ao 
automóvel, exaltam a segmentação de funções urbanas. A mul-
tiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são consi-
deradas. O importante para os promotores imobiliários e para 
os que aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo 
é algo à parte do conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”.
Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão 
do sistema urbano, as áreas informais adquirem relevo e, em 
alguns casos, passam a compor a maior parte das cidades. Isto 
é, enquanto por um século e meio se concebe e se desenvolve 
a ideia da cidade como instância pública, uma parte maiúscula 
dessa mesma cidade é construída em esforço individual como 
instância privada.
MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. 
Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, p. 75.
O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de 
acordo com as regras de acentuação vigentes na língua portu-
guesa é
a) aspecto, inicio
b) instancia, substantivo
c) inocente, maiuscula
d) consciente, ritmo
e) frequencia, areas
 Æ USO DO HÍFEN
39. (CESGRANRIO – 2013) No trecho do Texto “pelas exigências 
de infraestrutura e de serviços públicos.”, a palavra destacada 
não apresenta o emprego do hífen, segundo as regras ortográ-
ficas da Língua Portuguesa.
Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combina-
ção dos seguintes elementos:
a) mal + educado
b) supra + atmosférico
c) anti + higiênico
d) anti + aéreo
e) vice + reitor
16
 Æ ACENTUAÇÃO
40. (CESGRANRIO – 2013) Leia o texto para responder às 
questões.
Morar só por prazer
O número de residências habitadas por uma única pessoa 
está aumentando velozmenteno Brasil e no mundo. Morar 
sozinho é um luxo que tem pouco a ver com solidão e 
segue uma tendência generalizada em países desenvolvi-
dos. Cada vez mais gente batalha para conquistar o seu espaço 
individual.
Há quem diga que é coisa de eremita ou então puro egoís-
mo, típico da “era moderna”. Chega-se até a falar na “ruína da 
família” e no “fim do convívio em comunidade”. Entretanto, o 
crescimento no número de casas habitadas por uma só pes-
soa, no Brasil e no mundo, não significa necessariamente isso.
O antropólogo carioca Gilberto Velho, estudioso dos fenô-
menos urbanos, faz questão de enfatizar que a cultura que 
desponta não é marcada pelo egoísmo, mas sim pelo individua-
lismo. Embora os dois conceitos muitas vezes se confundam 
no linguajar informal, e até nos dicionários, para a filosofia, 
o egoísmo é um julgamento de valor e o individualismo, uma 
doutrina baseada no indivíduo.
De acordo com a psicanalista Junia de Vilhena, ter uma 
casa só para si é criar um espaço de individualidade, o que é 
muito saudável para o crescimento pessoal de cada um, seja 
homem, seja mulher, jovem ou adulto, solteiro, casado ou 
viúvo. “Em muitas famílias não há espaço para o indivíduo. O 
sistema familiar pode abafar e sufocar. Não dá mais para idea-
lizar o conceito de família. Acredito que o aumento dos lares 
unipessoais nos propõe uma reflexão: que tipo de família que-
remos construir?”
Junia lembra que nem sempre uma casa com dois ou 
vários moradores é um espaço de troca. Ser sociável, ou não, 
depende do jeito de ser das pessoas. Morar sozinho não define 
isso, embora possa reforçar características dos tímidos. Para 
os expansivos, ter um ambiente próprio de recolhimento pro-
picia a tranquilidade que lhes permite recarregar as energias 
para viver o ritmo acelerado das grandes cidades.
MESQUITA, Renata. Revista Planeta, ed. 477. São Paulo: Editora Três, junho 
de 2012. Adaptado.
No trecho “Morar sozinho é um luxo que tem pouco a ver com 
solidão e segue uma tendência generalizada em países desen-
volvidos.”, a palavra destacada é acentuada. Duas palavras do 
texto recebem acento gráfico pelo mesmo motivo da referida 
palavra países. São elas:
a) ruína e viúvo
b) egoísmo e número
c) saudável e única
d) tímidos e indivíduo
e) dicionários e sociável
 Æ ORTOGRAFIA - CASOS GERAIS E EMPREGO DAS 
LETRAS
41. (CESGRANRIO – 2013) Todas as palavras estão corretamente 
escritas, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, 
em
a) analizar, pesquisar, anestesiar
b) atrás, admissão, canção
c) concurso, atravez, atenção
d) promessa, progresso, apezar
e) trânsito, atrazo, empresa
 Æ TERMOS ACESSÓRIOS (ADJUNTO ADNOMINAL, 
ADJUNTO ADVERBIAL E APOSTO). VOCATIVO
42. (CESGRANRIO – 2010) Leia o texto para responder às 
questões.
A AVENTURA DO COTIDIANO
Parábola da falta d’água:
Vivia faltando água naquela fábrica. O dono da fábrica 
tinha de se valer de um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água 
regularmente, ao preço de três mil cruzeiros. Um dia o tal sujei-
to o abordou:
— O patrão vai me desculpar, mas vamos ter de aumen-
tar o preço. De hoje em diante a pipa vai custar cinco mil 
cruzeiros.
— Cinco mil cruzeiros por uma pipa d’água? Você está 
ficando doido?
— Não estou não senhor. Doido está é o manobreiro, que 
recebia dois e agora quer receber três.
— E posso saber que manobreiro é esse?
— Manobreiro desta zona, responsável pelo controle da 
água. Eu vinha pagando dois mil a ele, mas agora ele quer é 
três. Não sobra quase nada pra mim, que é que há?
E está ameaçando de abrir o registro se eu não pagar.
— Abrir o registro? Que conversa é essa? Me explique isso 
melhor.
— Se o senhor não me pagar, eu não pago a ele. Ele deixa 
entrar a água e lá se vai por água abaixo o nosso negocinho.
SABINO, Fernando. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 740.
Tratando-se das funções sintáticas dos termos destacados do 
texto, pode-se afirmar que
a) “O dono da fábrica...” – (l. 1) – objeto direto.
b) “...ter de aumentar o preço.” (l. 5 e 6) – sujeito.
c) “Você está ficando doido?” (l. 7 e 8) – adjunto adverbial de 
modo.
d) “...e agora quer receber três.” – (l. 10) – adjunto adverbial de 
lugar.
e) “eu não pago a ele.” (l. 18) – objeto indireto.
 Æ INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (COMPREENSÃO)
43. (CESGRANRIO – 2010) Conforme o sentido do texto pode-se 
afirmar que o dono da fábrica
a) era um ambicioso, querendo ganhar sempre mais.
b) reconhecia a necessidade que levava o manobreiro ao pre-
tendido aumento.
c) mostrava-se dependente do trabalho de apenas mais um: o 
manobreiro.
d) teria um possível prejuízo na fábrica.
e) seria beneficiado com a abertura do registro, o que resolve-
ria o seu problema.
 Æ LOCUÇÃO VERBAL
44. (CESGRANRIO – 2010) Analise a frase: “De hoje em diante a 
pipa vai custar cinco mil cruzeiros.” (l. 6). Flexionando-se a locu-
ção verbal destacada no futuro do pretérito do modo indicativo, 
na 3ª pessoa do plural tem-se:
a) vão custar.
b) iriam custar.
c) fossem custar.
d) irão custar.
e) iam custar.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
17
 Æ INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (COMPREENSÃO)
45. (CESGRANRIO – 2019) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto II
Estojo escolar
Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns 
caras oferecendo maravilhas eletrônicas, bastava telefonar e 
eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um 
navio, uma estação espacial.
Minhas necessidades são mais modestas: tenho um PC 
mastodôntico, contemporâneo das cavernas da informática. E 
um laptop da mesma época que começa a me deixar na mão. 
Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo 
que os caras anunciavam como o top do top em matéria de 
computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que necessi-
tava de um manual de instruções para ser aberto. Depois de 
mil operações sofisticadas para minhas limitações, retirei das 
entranhas de isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da 
mesa. De repente, como vem acontecendo nos últimos tem-
pos, houve um corte na memória e vi diante de mim o meu 
primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de 
infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa 
que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, arrumados 
em divisões, havia lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira 
cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para apagar 
meus erros.
Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca 
esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei o estojo para pro-
teger aquele cheiro, que ele ficasse ali para sempre, prometi-
-me economizá-lo. Com avareza, só o cheirava em momentos 
especiais.
Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gravado um 
ramo de rosas muito vermelhas que se destacavam do fundo 
creme. Amei aquele ramalhete – olhava aquelas rosas e achava 
que nada podia ser mais bonito.
O notebook que agora abro é negro, não tem rosas na tam-
pa e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a 
telefone celular, a cabine de avião, ao aparelho de ultrassono-
grafia onde outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. 
Acho que piorei de estojo e de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009. 
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz12039806.
htm>. Acesso em: 23 jul. 2019.
A partir da frase que finaliza o Texto II – “Acho que piorei de 
estojo e de vida” –, constata-se que o autor
a) comportava-se de modo nostálgico.
b) era fortemente apegado ao objeto.
c) carregava consigo objetos inusitados.
d) tinha muito cuidado com seus pertences.
e) apresentava um perfil marcado pelo egoísmo.
 Æ CONCORDÂNCIA (VERBAL E NOMINAL)
46. (CESGRANRIO – 2019) A frase em que a concordância nomi-
nal do elemento em destaque se dá de acordo com as regras da 
norma-padrão é:
a) As lembranças e o saudosismo são dolorosas.
b) As pessoas não deveriam ficar sós no final da vida.
c) Caixas de notebook não têm nada de encantadora.
d) É desnecessário a tristeza causada por boas lembranças.e) Temos de ficar em alertas para não sofrermos com o 
saudosismo
 Æ INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (COMPREENSÃO)
47. (CESGRANRIO – 2016) Leia o texto para responder às 
questões.
O Bicho
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão, 
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Entre as linhas 7 e 10 do Texto, o autor estabelece um jogo lin-
guístico baseado na negação e na afirmação, capaz de causar 
no leitor um sentimento de
a) dúvida
b) piedade
c) indiferença
d) satisfação
e) medo
 Æ REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL (CASOS GERAIS)
48. (CESGRANRIO – 2016) Observa-se obediência à norma-pa-
drão, no que se refere à regência verbal, em:
a) A pobreza implica em muito sofrimento.
b) Os governantes devem assistir aos pobres, diminuindo seu 
sofrimento.
c) Todos aspiram a uma vida mais justa.
d) A população não raro esquece dos menos favorecidos.
e) É importante desejarmos ao fim da pobreza.
 Æ CONCORDÂNCIA (VERBAL E NOMINAL)
49. (CESGRANRIO – 2016) No que se refere à concordância nomi-
nal, respeita-se a norma-padrão na seguinte frase:
a) A pobreza, no mundo de hoje, custa cara.
b) Bastantes são os pobres que sobrevivem dos lixões.
c) Infelizmente, é seletivo a desigualdade.
d) Faz-se necessário uma mudança econômica.
e) Foi achado uma bolsa na portaria.
 Æ USO DO HÍFEN
50. (CESGRANRIO – 2012) Leia o texto para responder às 
questões.
Texto I
O sonho do livre comércio acabou?
Era uma vez um mundo que negociava a abertura dos 
mercados. Ele ficou lá atrás, na década passada, e deu lugar à 
desglobalização
18
O cidadão brasileiro que gosta de desfrutar o que há de 
bom e barato na indústria mundial, de eletrônicos a vinhos, 
passando por roupas e calçados, talvez não tenha percebido, 
mas uma guerra se aproxima. Há séculos, ocorre um embate 
entre os interessados em abrir mercados – por meio do livre-
-comércio de bens e serviços entre países – e os interessados 
em fechá-los. Nas últimas décadas, os advogados do livre-
-comércio pareciam em vantagem, suficiente até para que 
os protecionistas temessem o que chamavam de excessos da 
globalização. Veio a crise, e os dois lados acreditavam que, 
assim que ela fosse embora, retomariam a discussão do 
ponto em que haviam parado. Estavam errados. A crise, 
somada ao impressionante nível de agressividade e compe-
tência da China e de outros países asiáticos na conquista de 
mercados, mudou as perspectivas para o restante do século 
XXI. O mundo deverá se aproximar, nos próximos anos, não de 
um paraíso global das compras, mas sim de um campo mina-
do de batalhas comerciais intermináveis. Bem-vindo à era da 
desglobalização.
Num cenário em que a crise e os países asiáticos mudam 
o jogo, as nações esquecem as negociações sobre abertu-
ra comercial e passam a defender seus mercados contra os 
estrangeiros. Como resultado, todos perdem. Nas batalhas 
comerciais, usa-se, hoje, um arsenal variado, que inclui subsí-
dios diretos a empresas selecionadas; barreiras que atendem 
a supostos padrões ambientais mais elevados; e restrições às 
compras que os governos podem fazer. Ao todo, 122 medidas 
protecionistas foram adotadas pelos 20 maiores países do 
mundo entre outubro de 2010 e abril passado, em compara-
ção com as 54 no período anterior.
Em um relatório publicado no primeiro semestre, a OMC 
concluiu que o alto desemprego nos países desenvolvidos 
fortalecerá os que defendem o fechamento dos mercados e o 
isolamento de produtos e trabalhadores estrangeiros. A des-
globalização se torna um cenário assustador e cada vez mais 
plausível. Se estivermos mesmo nesse caminho, quais as con-
sequências para o mundo?
CORONATO, M.; CÂNDIDO, K.; CORNACHIONE, D. Revista Época. São Paulo: 
Abril. n. 697, 26 set. 2011. p. 64-70. Adaptado.
No Texto I, o termo destacado em “Nas últimas décadas, os 
advogados do livre-comércio pareciam em vantagem apre-
senta hífen de acordo com as regras ortográficas da Língua 
Portuguesa.
É necessário o emprego do hífen ao combinarmos os seguintes 
elementos:
a) aero + espacial
b) auto + defesa
c) extra + conjugal
d) lugar + comum
e) micro + cirurgia
 Æ CONJUGAÇÃO. RECONHECIMENTO E EMPREGO 
DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS
51. (CESGRANRIO – 2012) A respeito da ocorrência da forma ver-
bal em destaque na frase do Texto I “Veio a crise, e os dois lados 
acreditavam que, assim que ela fosse embora, retomariam a 
discussão do ponto em que haviam parado.” , considere as afir-
mações abaixo.
I. O verbo vir pode ser considerado um verbo irregular por-
que apresenta alterações na flexão e no radical.
II. O verbo vir serve de modelo para a conjugação de outros 
verbos, como intervir e convir.
III. O verbo vir, nesse trecho do Texto I, está flexionado na 3ª 
pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
52. (CESGRANRIO – 2018) 
O ano da esperança
O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos 
desempregados. E pedidos de empréstimos. Um atrás do 
outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações de amizade. 
Como afirmou Shakespeare, perde-se o dinheiro e o amigo. 
Nos primeiros pedidos, eu ajudava, com a consciência de que 
era uma doação. A situação foi piorando. Os argumentos tam-
bém. No início era para pagar a escola do filho. Depois vieram 
as mães e avós doentes. Lamentavelmente, aprendi a não ser 
generoso. Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente. 
Mas que sofreu um acidente e não tinha como pagar a fisiote-
rapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas internações, 
remédios. A situação piorando, eu já estava encomendando 
missa de sétimo dia. Falei com um amigo médico, no Rio de 
Janeiro. Ele aceitou tratar o caso gratuitamente. Surpresa! O 
doente não aparecia para a consulta. Até que o coloquei contra 
a parede. Ou se consultava ou eu não ajudava mais.
Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita 
de suplementos para ficar com o corpo atlético. Nunca conheci 
o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter caído na história. 
Só que esse rapaz havia perdido o emprego após o suposto 
acidente. Foi por isso que me deixei enganar. Mas, ao perder 
salário, muita gente perde também a vergonha. Pior ainda. A 
violência aumenta. As pessoas buscam vagas nos mercados 
em expansão. Se a indústria automobilística vai bem, é lá que 
vão trabalhar.
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos 
aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão surgir. 
Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça de velhos? 
Todos pedem que a gente tenha uma nova consciência para 
votar. Como? Num mundo em que as notícias são plantadas 
pela internet, em que muitos sites servem a qualquer mentira. 
Digo por mim. Já contaram cada história a meu respeito que 
nem sei o que dizer. Já inventaram casos de amor, tramas nas 
novelas que escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta 
por que isso ou aquilo não aconteceu na novela. Se mudei a 
trama. Respondo:
— Nunca foi para acontecer. Era mentira da internet. Duvi-
dam. Acham que estou mentindo.
CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97. Adaptado.
Considere o trecho “Depois vieram as mães e avós doentes.” A 
frase em que se emprega uma flexão do verbo destacado, de 
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:
a) Não sei o que fazer depois que vinherem as mães e avós 
doentes.
b) Depois que as mães e avós doentes virem, faremos alguma 
coisa.
c) Depois que eu vim, as mães e avós doentes ficaram curadas.
d) Depois, as mães e avós doentes tiveram vindo até aqui.
e) Talvez seja melhor ir depois de vierem as mães e avós 
doentes.
53. (CESGRANRIO – 2011) 
Sob Medida
Chico Buarque
Se você crê em Deus
Erga as mãos para os céus e agradeça
Quando me cobiçou
Sem quereracertou na cabeça
No fragmento acima, passando as formas verbais destacadas 
para a segunda pessoa do singular, a sequência correta é
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
19
a) crês, ergues, agradecei, cobiçais, acertais.
b) crês, ergue, agradece, cobiçaste, acertaste.
c) credes, ergueis, agradeceis, cobiçaste, acertaste.
d) credes, ergas, agradeças, cobiçais, acertais.
e) creis, ergues, agradeces, cobiçaste, acertaste.
54. (CESGRANRIO – 2011) Considere as frases abaixo.
I. A candidata___________a possibilidade de ingresso na 
empresa, quando soube do resultado do concurso.
II. Conquanto ele se________________a confirmar o fato, sua 
posição foi rejeitada pela equipe.
As formas verbais que, na sequência, completam corretamente 
as frases acima são:
a) entreveu, predisposse.
b) entreveu, predispusesse.
c) entreviu, predispora.
d) entreviu, predispusesse.
e) entreveu, predispusera.
55. (CESGRANRIO – 2018) A forma verbal em destaque está em 
DESACORDO com o que prevê a norma-padrão da língua em:
a) Se a literatura condissesse com a realidade, não seria 
literatura.
b) A imprensa medeia a dialética que se estabelece entre fic-
ção e realidade.
c) Espera-se que as crianças adiram às propostas dos livros 
infanto-juvenis.
d) Quando estava na escola, sempre punha um livro na mochi-
la para ler no trajeto.
e) Se requiséssemos novos livros, os alunos teriam uma 
biblioteca mais atualizada.
56. (CESGRANRIO – 2016) 
Banhos de mar
Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma 
cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas 
temporadas de banhos em Olinda, Recife.
Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar 
era o tomado antes de o sol nascer. Como explicar o que eu 
sentia de presente prodigioso em sair de casa de madrugada 
e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na 
escuridão?
De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acorda-
do, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro 
e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Nós 
nos vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai 
acreditava que assim devia ser: em jejum.
Saímos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da 
pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até que lá de longe 
ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem 
na ponta do banco, e minha felicidade começava. Atraves-
sar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No 
bonde mesmo o tempo começava a clarear, e uma luz trêmula 
de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.
Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo 
campo com os bichos-de-pé: “Olhe, um porco de verdade!” gri-
tei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das 
brincadeiras da minha família, que de vez em quando me dizia 
rindo: “Olhe, um porco de verdade.”
Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me 
tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como 
promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser 
feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito 
infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. São Paulo: Rocco, 1999, p. 175. 
Adaptado.
O emprego dos verbos destacados no trecho “‘Eu me sentava 
bem na ponta do banco, e minha felicidade começava.” mostra 
as lembranças da narradora sobre um fato que ocorreu com ela 
repetidas vezes no passado.
Se, respeitando-se o contexto original, a frase mostrasse um 
fato que ocorreu com ela uma única vez no passado, os verbos 
adequados seriam os que se destacam em:
a) Eu me sentaria bem na ponta do banco, e minha felicidade 
começaria.
b) Eu me sentei bem na ponta do banco, e minha felicidade 
começou.
c) Se eu me sentasse bem na ponta do banco, minha felicida-
de começaria.
d) Eu me sento bem na ponta do banco para que minha felici-
dade comece.
e) Eu ficava sentada bem na ponta do banco, e minha felicida-
de estava começando.
57. (CESGRANRIO – 2012) Texto
Sem medo de voar
Atenção, passageiro: voe tranquilo. Se antes da decolagem 
seu medo vai às alturas, embarque com a gente para aprender 
a enfrentar as turbulências emocionais e viajar bem.
Os brasileiros estão entre os passageiros que mais temem 
voar em todo o planeta. E já era assim antes de sofrerem o 
impacto dos dois últimos grandes acidentes no nosso espaço 
aéreo em um intervalo de apenas dez meses. Em 2003 uma 
pesquisa do Ibope revelava que 42% dos viajantes entravam 
em pânico logo no embarque. Para se ter uma ideia, nos Esta-
dos Unidos e na Alemanha só 23% das pessoas assumem o 
medo de avião. [...]pouco adianta citar dados e mais dados 
mostrando que o avião é muito mais seguro do que o carro 
ou que a probabilidade de um raio atingir alguém caminhan-
do sossegado na rua é maior do que a de uma aeronave des-
pencar dos céus. Os especialistas, porém, são unânimes: dá, 
sim, para apagar as fantasias de uma queda, de um defeito 
mecânico ou de uma falha humana. Mas a tarefa nem sempre 
é fácil. [...]
Disponível em: <http://saude.abril.com.br/edicoes/0289/>. Acesso em: 01 
ago. 2012. Adaptado.
O trecho do Texto “Atenção, passageiro: voe tranquilo.” (I. 1) rea-
liza uma paródia das chamadas, comuns em aeroportos, feitas 
para orientar os passageiros. Por se tratar de uma orientação ou 
pedido, o verbo voar encontra-se flexionado no
a) modo indicativo
b) modo imperativo
c) modo subjuntivo
d) infinitivo impessoal
e) particípio passado
58. (CESGRANRIO – 2012) A forma verbal em destaque está 
empregada de acordo com a norma-padrão em:
a) O diretor foi trago ao auditório para uma reunião.
b) O aluno foi suspendido por três dias pela direção da escola.
c) O réu tinha sido isento da culpa, quando nova prova incri-
minatória o condenou.
d) A autoridade havia extinto a lei, quando novo crime tornou 
a justificar o seu uso.
e) Pedro já tinha pegado os ingressos na recepção, quando 
soube que o espetáculo fora cancelado.
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59. (CESGRANRIO – 2016) Leia o texto para responder às 
questões.
O suor e a lágrima
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. 
No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quen-
te deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei 
ao Santos Dumont, o vôo estava atrasado, decidi engraxar os 
sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, 
só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.
Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de 
abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei 
desolado de um reino desolante.
O engraxate era gordo e estava com calor — o que me 
pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabrican-
te ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em 
parte porque quando posso estou sempre de tênis.
Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu 
ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. 
Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com 
ele enxugou o próprio suor, que era abundante.
Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movi-
mentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o 
usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o 
meu cromo italiano.
E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo 
ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um bri-
lho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão 
brilhantes, tão dignamente suados.
Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe 
um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorje-
ta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos 
restos dos meus dias.
Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. 
Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por 
míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu 
pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho huma-
no, salgado como lágrima.
CONY, C. H. In: NESTROVSKI, A. (Org.). Figuras do Brasil – 80 autores em 80 
anos de Folha. São Paulo: Publifolha. 2001. p. 319.
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