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Era considerado necessário que apenas aqueles com melhor 'discernimento' pudessem eleger e serem eleitos, de modo a resultar em um parlamento capaz de formular o 'bem comum'." DOLNIKHOF, Miriam. Representação na Monarquia brasileira. Revista Almanack Brasiliense, Edição nº 9, 2009, p. 2. Sobre estes critérios relatados no trecho acima, é CORRETO afirmar que: a ) Embora tenha havido a discussão sobre esse tipo de mecanismo no Brasil em 1823 na constituinte, os setores liberais conseguiram evitar que fosse implementado. b ) A constituinte de 1823 não logrou êxito ao abordar este assunto e acabou deixando de fora esse mecanismo que só foi adotado no Brasil ao longo da república. c ) Uma das razões que levou Pedro I a dissolver a constituinte foi justamente não concordar com o estabelecimento do voto censitário no Brasil. d ) Embora fosse uma concepção corriqueira no XIX não teve efeitos diretos na formulação da Constituição de 1824 no Brasil. e ) A noção de voto censitário fez-se presente no Brasil por meio da Constituição de 1824. QUESTÃO 2 "Na realidade, as teorias dos diversos jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII (entre os quais podemos lembrar, além de Grócio e Locke, Milton, Pufendorf, Cumberland, Tomás, Barbeyrac, Wolff, Burlamaqui, Vattel, em posição particular Rousseau e Kant, e ainda, na primeira fase do seu pensamento, Fichte) apresentam diferenças por vezes até profundas; os próprios conceitos de estado de natureza e de contrato social encontram- se aí configurados de modos diversos. Os primeiros desses escritores parecem referir tais conceitos a fatos realmente acontecidos, enquanto os mais tardios, particularmente Rousseau e Kant, os apresentam como meras ideias, aptas para explicar racionalmente a realidade histórico-política e para estabelecer em relação a esta um termo de referência e de avaliação: o Estado tem a sua justificação racional (não histórica) no contrato que lhe é imanente e é legítimo na medida em que se amolda aos termos racionais do próprio contrato. Por outras palavras, o Estado, para ser legítimo, devia mostrar-se como se em cada momento da sua existência nascesse do contrato". BOBBIO, Norberto. Dicionário de política, volume 1. Brasília: Editora UNB,1998. P. 658. Sobre a doutrina jusnaturalista podemos afirmar que: a ) Não teve grande difusão em terras brasileiras tendo em vista a ausência desse tipo de conhecimento nos currículos universitários do mundo ibérico. b ) Embora a elite brasileira do XIX tenha tido contato com essas ideias prevaleceu integralmente a filosofia escolástica no Brasil. c ) Teve grande impacto entre membros da elite política imperial brasileira mas poucos efeitos práticos em nossa legislação da época. d ) Teve grande influência no modo de pensar de nossas elites do XIX tendo em vista a difusão dessas ideias em espaços como a Universidade de Coimbra. e ) Mesmo com a difusão do iluminismo na Europa do XVIII, Portugal ficou distante dessas ideias o que ocasionou uma ausência dessas mesmas ideias no Brasil. QUESTÃO 3 Um dos sentidos da liberdade imaginada pelos Inconfidentes insinua-se num brinde, ocorrido em São José Del Rei, hoje Tiradentes, no dia 08 de outubro de 1788, quando várias pessoas se reuniram para o batizado de dois filhos de Inácio José de Alvarenga Peixoto e de Bárbara Heliodora. Nessa ocasião, houve manifestações de descontentamento contra o governo, tendo um dos presentes brindado à saúde de "Silvério dos Reis, dizendo-lhe que 'cedo se havia de ver livre da Fazenda Real". Liberdade, pode-se depreender desse brinde, consiste em escapar do fisco régio; liberdade imbrica, ao mesmo tempo, a economia e a política, a ânsia pela riqueza e a contestação velada da ordem política instituída. VILLALTA, Luiz Carlos. Liberdades imaginárias. In: NOVAES, Adauto (Org.). O avesso da liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 319-341, pág. 322. Segundo explica Villalta, a concepção de liberdade dos inconfidentes mineiros foi de ordem? a ) Claramente republicanas. b ) Luta pela liberdade, no seu conceito Iluminista. c ) Nacionalistas. d ) Socioeconômica. e ) Mercantilista e monarquista. QUESTÃO 4 O tema da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil e a sua elevação a Reino Unido de Portugal nos ajuda a entender vários elementos de transformação do século XIX no Brasil. Podemos destacar corretamente, em especial, sobre novas instituições: a ) O processo de criação de novas instituições acabou por demonstrar-se irrisório e sem nenhum tipo de abrangência já que é visivelmente disperso. b ) Embora a Coroa tenha se deslocado com um contingente significativo de pessoas, a maior parte das instituições do Brasil no XIX já estava aqui. c ) Levando em consideração a tradição ibérica, é possível afirmarmos que não houve impacto significativo tendo em vista a fraqueza e ausência de instituições e estruturas burocráticas. d ) As instituições aqui instaladas por Dom João VI e sua burocracia estatal tiveram papel menor nas transformações do Brasil no XIX. e ) Para abrigar a corte e toda gestão política e econômica do Império português, era necessário instalar uma série de instituições que dessem conta da complexidade do tema. QUESTÃO 5 As 400 mil pessoas aproximadamente que, entre os 23 milhões de franceses, formavam, a nobreza, a inquestionável "primeira linha" da nação, [...] Elas gozavam de consideráveis privilégios, inclusive de isenção de vários impostos (mas não de tantos quanto o clero, mais bem organizado), e do direito de receber tributos feudais. HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. 9.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996, pág.40. O texto de Hobsbawm faz referência a um aspecto fundamental da existência da nobreza, podemos afirmar que tal aspecto era: a ) Sobre os nobres recaía a maior quantidade de impostos que sustentavam a monarquia francesa. b ) Por representarem a maioria da população francesa, a nobreza era muito participativa na política e nos cargos públicos de alto prestígio. c ) Os nobres não participavam das atividades militares, por acharem esta atividade indigna. d ) A relação de fidelidade entre com o rei, os nobres eram seu único grupo de apoio na sociedade. e ) Os privilégios de nascimento, que garantiam um tratamento diferenciado junto ao conjunto da população. QUESTÃO 6 Percebemos, assim, uma elite local contrariada em seus interesses, a qual se organiza para tentar modificar a situação. Em 1684, cerca de oitenta homens, sob o comando dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, invadiram os armazéns da Companhia de Comércio. Entre as reivindicações do grupo, destacam-se: a deposição do Capitão-mor; a deposição do Governador; a abolição do monopólio; a extinção da Companhia; e a expulsão dos Jesuítas. (Fragmento do texto do capítulo 3) Neste fragmento do texto observamos as reivindicações dos participantes da Revolta de Beckman. Podemos concluir sobre elas que: a ) Não tinha caráter independentista, apenas reivindicavam, junto ao rei, melhorias regionais. b ) Apoiavam o Mercantilismo, pois acreditavam que o controle sobre o comércio é fundamental paraa riqueza do Estado. c ) Os revoltosos lutavam pela independência do Brasil. d ) Apoiavam a fragmentação política, pois os interesses dos senhores regionais deveria superar os interesses do rei. e ) A revolta tinha como principal causa o imperialismo inglês. QUESTÃO 7 A Constituição de 1824, embora outorgada, tem entre suas medidas algumas que podem ser consideradas importantes para a época. Dentre elas podemos destacar: a ) A implementação de um modelo de bem-estar social seguindo os moldes europeus da época. b ) A abolição da escravidão, o sistema de voto universal e a reforma agrária. c ) A redução do poder monárquico a um instrumento meramente decorativo. d ) A definição de um sistema parlamentarista seguindo os moldes ingleses. e ) A separação de três poderes, a submissão da igreja ao estado e o sistema bicameral. QUESTÃO 8 Mesmo durante toda a crise vivenciada com a prisão do rei Fernando VII e o bloqueio do porto de Cádiz, parte das elites coloniais temia colocar em prática ações que desencadeassem as guerras de independência. Qual o principal temor destas elites em relação as guerras de independência? a ) Temiam que uma guerra pudesse envolver as camadas mais pobres da população, e que o conflito se transformasse de anticolonial para uma guerra étnica de indígenas, mestiços e negros contra a elite branca. b ) Não queriam contestar o poder do rei, pois este tinha o apoio da Igreja e temiam o perigo da excomunhão. c ) Temiam a repressão das tropas napoleônicas. d ) Temiam que com a guerra seus negócios entrariam em declínio. e ) Eram muito receosos da independência em respeito ao rei, se consideravam súditos do rei da Espanha. 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