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Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade
Disciplina: História Contemporânea “O longo século XIX”
Discente: Fabiana da Silva Moreira
FICHAMENTO DE RESUMO DE CONTEÚDO
Referências:
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.
O presente texto visa abordar o capítulo "Marx, modernismo e modernização" do livro
"Tudo que é sólido desmancha no ar : A aventura da modernidade" obra de Marshall
Berman, publicada pela primeira vez em 1982. O autor declara no prólogo "ser moderno é
fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, “tudo o que é sólido desmancha no
ar”, de modo, que o capítulo abordado, explica por meio do ponto de vista de Karl Marx,
expresso no "Manifesto comunista", as visões da burguesia e os claros efeitos impostos na
sociedade moderna, a partir das mudanças concebidas por eles, para que as discussões
em torno da vida moderna se iniciem, portanto, o autor pretende captar e reconstruir esse
momento, conforme o viés marxista.
Berman, aborda brevemente os termos relacionados a modernidade, o conceito
modernização, que se relaciona à economia e à política; e o conceito modernismo, que tem
sua dinâmica ligada as artes, a cultura em geral, o que situa o leitor diante dos termos
similares e amplia a visão para haver compreensão acerca da modernidade. Para explicar o
enfoque de Marx, o autor utiliza um dos trechos destacado durante todo o livro, "Tudo o que
é sólido desmancha no ar, tudo que é sagrado, é profanado", de modo que Berman inicia a
análise focando na primeira frase.
De acordo com Berman, o conceito assimilado a modernidade, a desintegração das
coisas, foi primariamente escrito por Karl Marx, no manifesto comunista e aplicado a
imagem da moderna sociedade burguesia, que na opinião de Marx, foram os primeiros a
mostrar do que a atividade humana era capaz. O autor ainda afirma que o manifesto
comunista, seria um arquétipo de um século inteiro de manifestos e movimentos
modernistas que vem após ele. Ademais, ele estaria retratando os profundos sentimentos
de uma cultura modernista.
Ao longo da análise, Berman transparece o sentimento de que ao falar tanto de
modernidade, Karl Marx estaria dizendo-nos um pouco de si próprio. Marx, então, estaria
deslindando a relação tênue entre a sociedade burguesa e a cultura modernista, porém
quando se fala da obra pela qual Marx é tão conhecido, o pensamento básico gira em torno
da luta de classes, no entanto, Berman nos revela que Marx teria compreendido o enredo
maior por trás dos personagens que seriam a burguesia e o proletário, à vista disso, estaria
a falar do enredo do enredo, o cenário principal por trás dos atores, expressando os
sentimentos e as experiências de cada cena.
Ao esclarecer que pretende abordar as visões sólida e diluidora de Marx, já se tem
um deslumbre, da inquietante vida moderna, principalmente pelas mudanças concebidas
pela modernização, visto que uma das principais características da modernidade é o
capitalismo, e este gera a emergência de um mercado gerador e consumidor, de feitio que
ao expandir-se, o mercado também acaba por se devorar. Para Berman, Marx não estaria
apenas relatando fatos, mas evocando e dramatizando o caminho vertiginoso que o
capitalismo impõe, que por consequência os indivíduos devem aprender a se comportar
diante de mudanças tão bruscas, sempre com o rearranjamento de papéis, as pessoas
tornaram-se tão fluidas quanto o mercado econômico.
Depois do fim do feudalismo, a partir da permanência do estado moderno, a burguesia
ganha espaço na sociedade, Karl Marx logo afirma que eles desempenharam um papel
altamente revolucionário na história, exaltando a burguesia, declarando que eles foram os
únicos capazes de fazer o que os poetas, artistas e intelectuais modernos sempre
almejaram. Uma geração que construiu o seu próprio legado, sem se apoiar nas gerações
passadas, no entanto, o que Marx preza é o caráter processual, os efeitos simultâneos a
sociedade e as experiências por trás dos grandes feitos da burguesia. O "vita activa",pose
construtiva que colabora para a evolução das pessoas.
No entanto, o que é exaltado por Marx, para a burguesa é somente um meio de
ganhar lucro, apenas subprodutos de uma demanda. A emergência do mercado, fez com
que os indivíduos se habituarem as mudanças e buscassem melhorias, porém, enquanto o
estado moderno incentivava a busca pela capacidade e o esforço humano, repreendia
individualmente ideias originais, mas desejava que todos inovassem, para manter seu
negócio. Essa constante revolução no mercado, a fluidez com que as relações sociais se
acabavam ou se modificavam, a celeridade com a qual ideias e pessoas são descartadas
ou como se tornam obsoletas antes que se enraízem, marca esse pensamento de que
"tudo o que e sólido desmancha no ar".
Portanto, crises não são temidas, pois, estas, com seu estado instável, geram lucro. O
que é verdadeiramente temido pela classe dominante é o equilíbrio, uma estabilidade
prolongada. Ou seja, a sociedade precisa estar em uma revolução constante. Retomando o
trecho retirado do manifesto comunista, após a explicação da primeira frase, a segunda
oração, "Tudo que é sagrado, é profanado", refere-se ao caráter da modernidade de
descaracterizar e banalizar pessoas e objetos, considerados meros mecanismos do
mercado de distribuição e produção, tudo então se atrela ao lucro.
É mister, que Marx adota uma posição crítica em relação ao estado moderno, no
entanto, seus sentimentos em relação às modificações causadas pela emergência do
capitalismo, denotam uma ambiguidade, uma variação entre dois sentimentos conflitantes,
admiração e repulsa. De modo que podemos, entender sua visão da vida moderna.
Palavras-chave: manifesto comunista, Karl Marx, Modernidade, Modernização.

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