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1 Histórico Crescente Fértil, que abrangia as áreas dos rios Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão. O aprimoramento das técnicas agrícolas (revolução agrícola) e a sedentarização permitiram uma dieta alimentar mais rica e um expressivo crescimento dos grupos humanos. Agricultura medieval – SISTEMA FEUDAL A partir do século XVIII, no período da revolução industrial, o aperfeiçoamento de instrumentos e técnicas de cultivo, tais como, arado de aço e adubos, permitiu o aumento da produtividade agrícola, originando a agricultura moderna. Agricultura – Conceitos – Parte 01 REVOLUÇÃO NEOLÍTICA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA DOS TEMPOS MODERNOS SISTEMAS AGRÍCOLAS INTENSIVO EXTENSIVO - Mais capitalizado – agricultura comercial. - Modernização: mecanização, biotecnologia, fertilizantes químicos, agrotóxicos. - Alta produtividade - Exemplo atual – agricultura de precisão. - Menos capitalizado. - Técnicas rudimentares – muita mão de obra. - Baixa produtividade 2 Envolve as diversas atividades econômicas ligadas à agropecuária. Indústria (maquinário, fertilizantes, agrotóxicos, sementes selecionadas), transportes, serviços, comércio, etc. Agroindústria é um setor de atividade econômica que se define pela integração entre atividades agrícolas e industriais, ou seja, pela produção de produtos agrícolas que servem como matérias-primas para as indústrias, principalmente a indústria de alimentos, a química e a têxtil. Com a ascensão das agroindústrias, houve grande aumento da produtividade da mão de obra agrícola – maior qualificação. Subordinou o campo à cidade. SISTEMAS AGRÍCOLAS INTENSIVO (CFTRJ 2017) AGRONEGÓCIO AGROINDÚSTRIA 3 - Mecanização (preparo do solo, cultivo e colheita) - Fertilizantes, agrotóxicos e sementes melhoradas - Aumento da produtividade - Em tese o objetivo era superar o desafio da fome nos países mais pobres. - Quais setores detinham capital para adquirir as novas técnicas? - Favoreceu o agronegócio e a produção para exportação. - Concentração de terras. - Intenso êxodo rural - urbanização – destaque para América Latina. - Impactos ambientais. - Domínio da produção de insumos agrícolas por empresas transnacionais. REVOLUÇÃO VERDE EUA PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS Modernização da agricultura PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS Década de 1960... AGRICULTURA DE JARDINAGEM - Ásia das Monções 4 Agricultura de Jardinagem - Uso intensivo de mão de obra - Planícies inundáveis ou em terraços - Pequenas e médias propriedades - Uso intensivo de mão de obra - Alta produtividade - Abastecimento interno - Destaque para o arroz. SISTEMA DE PLANTATION Colônias de Exploração - Monocultura - Produção voltada ao mercado externo - Produtos tropicais (café, cacau, cana-de-açúcar, banana, amendoim, ...) - Latifúndio - Trabalho escravo - Melhores solos 5 AGRICULTURA ITINERANTE Roça tropical – países subdesenvolvidos - Desmatamento e Queimada para limpeza da área - coivara - Sem recursos para adquirir insumos e melhorar o solo – migram para outra área - Técnicas rudimentares – esgotamento do solo - Baixa produtividade - Produção para subsistência Anotações: 1 Técnica em que o plantio é feito em curva, seguindo as topografia do terreno, contendo o escoamento superficial da água, abastecendo o solo e garantindo a retenção dos nutrientes. Agricultura – Conceitos – Parte 02 TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO CULTIVO EM CURVA DE NÍVEL Fo nt e: Em br ap a TERRACEAMENTO (CPS 2018) (Mackenzie 2017) Fonte: CPT 2 A palha da colheita anterior é distribuída como uma cobertura protetora do solo, retendo a umidade, protegendo-o da ação física dos ventos e servindo de matéria orgânica para fixar no solo aerado. A partir da década de 1970, quando o desenvolvimento da tecnologia do DNA recombinante permitiu a introdução intencional de genes com função reconhecida de um organismo para outro. Isso deu origem às alterações do genoma, ou seja, fez com que informações genéticas codificadas no DNA do organismo pudessem ser alteradas. A tecnologia avança para agricultura, dando origem a plantas com genes de bactérias que lhe conferem características como resistência a pragas e herbicidas ou conteúdo maior de nutrientes. Os defensores das plantas transgênicas dizem que a tecnologia leva a alimentos mais produtivos e resistentes e reduz o uso de pesticidas. PLANTIO DIRETO ou na PALHA Fonte: Embrapa ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS e os TRANSGÊNICOS (ENEM 2012) 3 A Organização para a Agricultura e a Alimentação da ONU (FAO) justifica o uso das biotecnologias agrícolas – nas quais os OGMs estão incluídos – como uma saída para a fome e à escassez de alimentos, sobretudo em países pobres. Para FAO, o principal problema dos transgênicos é o fato de a técnica não ter chegado aos agricultores mais pobres e ter sido guiada, sobretudo, por interesses econômicos. Os críticos aos transgênicos apontam a perda de variedades de alimentos e o impacto aos ecossistemas como questões negativas ao seu uso, além de dependência tecnológica a determinadas empresas. X 4 Em 29 de janeiro de 2000, a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) adotou seu primeiro acordo suplementar conhecido como Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. Este Protocolo visa assegurar um nível adequado de proteção no campo da transferência, da manipulação e do uso seguros dos organismos vivos modificados (OVMs) resultantes da biotecnologia moderna que possam ter efeitos adversos na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica, levando em conta os riscos para a saúde humana, decorrentes do movimento transfronteiriço. Entrou em vigor em 11 de setembro de 2003. Desenvolve técnicas para não fazer uso de agrotóxicos e fertilizantes em todas as fases do processo. Com reduzido impacto ambiental, diversifica os cultivos para conservar o solo e garantir o controle biológico de pragas. Alimentos mais saudáveis com garantia de sustentabilidade e manutenção da biodiversidade. Desvantagens: menor produtividade, maior custo e tempo. - O cultivo da terra é feito por pequenos proprietários rurais. - A família faz a gestão e o cultivo com a mão de obra do grupo familiar (eventualmente mão de obra extra para cultivo ou colheita). - Normalmente voltada à policultura para o sustento da família e abastecimento do mercado interno. A agricultura familiar é regulamentada no Brasil pela Lei 11.326 de 2006, que estabelece como agricultor familiar aquele que usa mão-de-obra exclusivamente ou quase de sua família, que também é a proprietária e gestora, bem como não tenha uma propriedade maior do que 4 módulos fiscais (unidade de medida de terra que muda em cada município), além de ter ao menos uma parte dos seus rendimentos retirados do trabalho naquela terra. AGRICULTURA ORGÂNICA AGRICULTURA FAMILIAR 5 (Ufjf-pism 2 2019) Anotações: 1 Estrutura Fundiária é a distribuição e a organização das propriedades rurais, com informações sobre área ocupada e o número de proprietários em um determinado país ou região. Estrutura Fundiária do Brasil – Histórico e Conceitos ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASIL Estrutura fundiária muito concentrada (concentração de terras) 2 CONCENTRAÇÃO DE TERRAS FATORES HISTÓRICOS FATORES ECONÔMICOS FATORES HISTÓRICOS Colonização de exploração Sistema de Plantation - Latifúndio - Monocultura - Voltado ao mercado externo - Trabalhoescravo - Produtos tropicais Donatários - Sesmarias 3 FATORES HISTÓRICOS LEI DE TERRAS - 1850 (Enem 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade. - Uma lei segregacionista, buscava impedir que o negro liberto, o imigrante e os mais pobres em geral tivessem acesso à terra. - Favoreceu a concentração de terras e a desigualdade social. - Grilagem – posse da terra com documentos falsos. - Especulação imobiliária. TERRAS DEVOLUTAS Terras sem uso que passam ao poder do ESTADO. Sua aquisição agora ocorrerá por meio da compra. $$$ Terra - Mercadoria 4 (Fatec) Taxa de crescimento anual, entre 1970 e 1980, das áreas cultivadas: com soja - mais 22,5 % com laranja - mais 12,6% com cana-de-açúcar - mais 6,4% com feijão - menos 1,9% com mandioca - menos 2,0% com arroz - mais 1,5% FATORES ECONÔMICOS Mercado – capitalismo no campo Agricultura COMERCIAL Soja Cana-de-açúcar Café Algodão Commoditie s Agroindústria - Agronegócio Mercado externo Agricultura FAMILIAR Mandioca Hortaliças Feijão Leite Subsistência Mercado interno Impacto da REVOLUÇÃO VERDE 5 (Fuvest 2019) (Ufjf-pism 2 2016) Censo Agropecuário Em 11 anos, agricultura familiar perde 9,5% dos estabelecimentos e 2,2 milhões de postos de trabalho 25/10/2019 A agricultura familiar encolheu no país. Dados do Censo Agropecuário de 2017 apontam uma redução de 9,5% no número de estabelecimentos classificados como de agricultura familiar, em relação ao último Censo, de 2006. O segmento também foi o único a perder mão de obra. Enquanto na agricultura não familiar houve a criação de 702 mil postos de trabalho, a agricultura familiar perdeu um contingente de 2,2 milhões de trabalhadores. 6 Em 24 de julho de 2006, a Lei 11.326 estabeleceu as diretrizes da agricultura familiar: - Não deter, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais. - Utilizar predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento. - Ter percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na forma definida pelo Poder Executivo. - Dirigir seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) AGRICULTURA FAMILIAR 7 Propriedade Familiar - o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros; Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é fixado pelo INCRA para cada município levando-se em conta: a) o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; d) o conceito de "propriedade familiar". A dimensão de um módulo fiscal varia de acordo com o município onde está localizada a propriedade. O valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. 1. Minifúndio: imóvel rural com área inferior a 1 módulo fiscal; 2. Pequena Propriedade: imóvel com área entre 1 e 4 módulos fiscais; 3. Média Propriedade: imóvel rural de área superior a 4 e até 15 módulos fiscais; 4. Grande Propriedade: imóvel rural de área superior a 15 módulos fiscais. ESTATUTO DA TERRA - 1964 Módulo rural Minifúndio Latifúndio por dimensão por exploração Empresa Rural MÓDULO FISCAL 1 Estrutura Fundiária é a distribuição e a organização das propriedades rurais, com informações sobre área ocupada e o número de proprietários em um determinado país ou região. É uma reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de redistribuir terras que não cumprem a função social segundo a Constituição Federal. Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. Estrutura Fundiária do Brasil – Conflitos e Conceitos ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASIL Estrutura fundiária muito concentrada (concentração de terras) REFORMA AGRÁRIA REFORMA AGRÁRIA – Constituição Federal de 1988 2 Função Social – Estatuto da Terra – 1964 1. Favorece o bem-estar dos proprietários e trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias 2. Mantém níveis satisfatórios de produtividade 3. Assegura a conservação dos recursos naturais 4. Observam as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que possuem e os que labutam. Governo Bolsonaro paralisa 413 processos de reforma agrária, e caso vira ação no Supremo Paralisia aparece em documento do próprio Incra; falta verba para novas vistorias de imóveis rurais, diz órgão federal - 9.dez.2020 – Folha de São Paulo O governo de Jair Bolsonaro paralisou 413 processos de reforma agrária, com a interrupção de vistorias e análises sobre desapropriação de imóveis rurais para a criação de assentamentos para famílias sem terra. A informação aparece em um documento de 5 de outubro do próprio Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), obtido pela Folha. A paralisia deliberada dos processos ocorre desde 27 de março de 2019, quando a presidência do Incra orientou as superintendências do órgão nos estados a suspenderem atividades de vistoria em fazendas tidas como improdutivas. REFORMA AGRÁRIA INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ASSENTAR e ASSISTIR 3 A resistência à concentração de terras aumentou nas décadas de 1970 e 1980, surgindo, em 1984, o Movimento dos Trabalhadores rurais sem Terra (MST), entidade criada para pressionar o governo a realizar uma reforma agrária rápida e justa. X Por outro lado, os fazendeiros criaram a União Democrática Ruralista (UDR), cujo objetivo é defender o direito à propriedade privada, garantido pela Constituição. O resultado foi o aumento dos conflitos, associado ao governo omisso e incapaz de equacionar a questão agrária do país, evidenciada pelo próprio aumento dos conflitos. CONFLITOS NO CAMPO 4 Levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado hoje (17), revela que o Brasil registrou, em 2019, 1.833 conflitos no campo, o número mais elevado dos últimos cinco anos e 23% superior ao de 2018. O dado reúne ocorrências relacionadas a disputas por terra, disputas por água e conflitos trabalhistas. Segundo o relatório, no ano passado, houve recorde em disputas por terra, desde que os casos passaram a ser reportados pela entidade, em 1985. Em 2019, foram contabilizadas 1.254 ocorrências. A média foi de cinco casos por dia. De acordo com a organização, as disputas por terra impactaram a vida de 859.023 pessoas. HISTÓRICO – 1986 - 2006 País registrou 1.833 conflitos no campo em 2019, mostra relatório Os dados são da Comissão Pastoral daTerra - 17/04/2020 - Agência Brasil 5 Amazônia O relatório aponta que, dos assassinatos registrados no ano passado, 27 (84%) ocorreram na região amazônica, aspecto também comentado por Siqueira. A região concentra ainda 22 (73%) casos de tentativas de assassinato, 158 (79%) das ameaças de morte e 71% das famílias expostas a conflitos. É também lá que se encontra mais da metade (57%) das 5.877 famílias despejadas de seus lares e 84% das famílias que tiveram suas casas ou terras invadidas. O Pará foi novamente o estado mais violento, com 21 mortos. O número inclui os dez sem- terra assassinados na chacina de Pau d’Arco (867 km ao sul de Belém), perpetrada por policiais militares, segundo as investigações. Em segundo lugar, aparece outro estado amazônico, Rondônia, com 17 homicídios, seguido pela Bahia, com 10 casos. Em quarto lugar, está Mato Grosso. Todos os nove assassinados no ano passado no estado são da chacina de Colniza, a 1.050 km ao norte de Cuiabá, em uma área em disputa na floresta amazônica. O acusado de ser o mandante do crime é um madeireiro, que está foragido. Somados todos os assassinatos no campo na Amazônia Legal, foram 54 casos ao longo do ano passado, ou 77% do total. Parceiros: pessoas que trabalham numa parte das terras de um proprietário, pagando a este com uma parcela da produção que obtêm, ficando com metade (meeiros) ou com a terça parte (terceiros). Arrendatários: pessoas que arrendam ou alugam a terra e pagam ao proprietário em dinheiro. Boia-fria: assalariado temporário ou trabalhador diarista/volante. Reside normalmente nas cidades, principalmente na periferia, e trabalha no campo, em geral nas colheitas (safras). Posseiro: indivíduo que se apossa de uma terra que não lhe pertence (devolutas ou privadas), geralmente plantando para o sustento familiar. Grileiro: indivíduo que falsifica títulos de propriedade, para vendê-los como se fossem autênticos, ou para explorar a terra alheia. Número de mortes no campo é o maior desde 2003, diz CPT Foram 70 casos em 2017; Pará é o estado mais violento RELAÇÕES DO TRABALHO NO CAMPO 6 Liberação de agrotóxicos e componentes industriais bateu novo recorde em 2020 493 substâncias foram aprovadas Em 2 anos, Bolsonaro liberou 967 25 são tóxicas para a saúde Pelo 5º ano consecutivo, a liberação de agrotóxicos e componentes industriais para a agricultura bateu recorde no Brasil. Em 2020, 493 novos compostos químicos foram liberados – 19 a mais do que em 2019. Com isso, o governo do presidente Jair Bolsonaro liberou, em 2 anos de mandato, 967 substâncias para a agricultura. Segundo os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde 2000, foram 4.051 novos pesticidas e substâncias para a agricultura liberados no país. No entanto, mais da metade (2.097 agrotóxicos e componentes industriais) foram aprovados nos últimos 5 anos. https://www.poder360.com.br/governo/liberacao-de-agrotoxicos-bateu-novo-recorde-em-2020-no-5o-ano-de-alta/ (Unioeste 2018) Texto 1: O Brasil que, desde 2009, tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do Planeta, teve um aumento na taxa de crescimento das vendas desses produtos da ordem de 200%, no período de 2000 a 2010. A média de consumo de agrotóxicos no País por hectare era de 7kg em 2005 e passou para 10,1kg por hectare em 2011 (Valor Econômico, 30/07/2012), ou seja, um escandaloso aumento de 43% em um curto período de seis anos. Disponível em: BOMBARDI, Larissa Mies. Violência Silenciosa: o uso de Agrotóxicos no Brasil. Anais do VI Simpósio Internacional de Geografia Agrária: Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2013. Acesso em: 18 de agosto de 2017 1 Produção Agropecuária – Parte 01 1920 - 2020 https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/templates/ce nso_agro/resultadosagro/index.html USO DO ESPAÇO AGRÁRIO 2 3 4 SOJA 5 6 7 (COL. NAVAL 2015) 8 (Unicamp 2017) A região destacada na figura abaixo, conhecida pelo acrônimo MATOPIBA, é formada por frações dos territórios do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, por onde se expande a fronteira agrícola no Brasil. Reúne 337 municípios e representa aproximadamente 73 milhões de hectares. Existem na área cerca de 327 estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas e 778 assentamentos de reforma agrária. Adaptado de EMBRAPA https://www.embrapa.br. Acessado em 10/08/2016. MILHO 9 10 11 12 ALGODÃO 13 CANA-DE-AÇUCAR 14 15 16 17 CAFÉ 18 19 LARANJA 20 1 Produção Agropecuária – Parte 02 1920 - 2020 https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/templates/ce nso_agro/resultadosagro/index.html FEIJÃO 2 3 ARROZ 4 5 MANDIOCA 6 7 TRIGO 8 UVA 9 10 TÉCNICA DE GOTEJAMENTO Fonte: Embrapa 11 12 CACAU 13 MAÇA 14 BANANA 15 HORTALIÇAS 16 FUMO SILVICULTURA 17 EUCALIPTO 18 19 PORTOS DESTINO DAS EXPORTAÇÕES 1 Produção Agropecuária – Parte 03 1920 - 2020 https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/templates/ce nso_agro/resultadosagro/index.html BOVINOS 2 3 4 5 (IFBA 2018) “Pecuária é responsável por mais de 80% do desmatamento no Brasil” Expansão de pastos foi o principal fator para desmatamento na América Latina, de acordo com estudo. No último mês, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançou o relatório Estado das Florestas do Mundo 2016, que traz números sobre o desmatamento no Brasil e América Latina, entre outros países. Segundo o estudo, entre 1990 e 2005, 71% do desmatamento na Argentina, Colômbia, Bolívia, Paraguai, Peru, Venezuela e Brasil foi devido a demanda de pastos; 14% os cultivos comerciais, e menos de 2% infraestrutura e expansão urbana. A expansão dos pastos causou a perda de ao menos um terço das florestas em seis países analisados. Na Argentina, a expansão dos pastos foi responsável por 45% do desmatamento e a expansão de terras de cultivo comerciais respondeu por mais de 43%. No Brasil, mais de 80% do desmatamento estava ligado à conversão de terras em terrenos de pasto.” Disponível em: <http://amazonia.org.br/2016/09/pecuaria-e-responsavel-por-mais-de-80-do-desmatamento-no-brasil/> Acesso em 7 ago. 2017. LEITE DE VACA 6 SUÍNOS 7 8 GALINÁCEOS 9 10 OVOS 11 CAPRINOS 12 OVINOS 13 BUBALINOS 14 15 Anotações: 1 Folha de São Paulo -21.12.2020 Uma operação da Polícia Federal na divisa do Pará com o Amazonas culminou na maior apreensão de madeira nativa da história doBrasil. Ao longo dos últimos dias, os agentes retiveram 131,1 mil m3 de toras, volume suficiente para a construção de 2.620 casas populares. As 43.700 toras estão dispersas por diversas esplanadas (pátios de madeira) ao longo dos rios Mamuru e Arapiuns, uma região de 20 mil km2, tamanho comparável a Sergipe. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/12/operacao-da-pf-faz-a-maior-apreensao-de-madeira-da-historia.shtml O mercado madeireiro No Brasil, a exportação registrada de madeira rendeu em média R$ 600 milhões por ano, considerado o período de 2007 a 2019. Segundo dados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), os maiores compradores foram Estados Unidos, França, China, Holanda e Bélgica. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/11/20/Como-%C3%A9-o-mercado-legal-e-ilegal-de-madeira-da-Amaz%C3%B4nia 0,5% - das áreas no Brasil onde sistemas de satélite registraram desmate em 2019 têm autorização para o corte raso das árvores, segundo estudo produzido pelo MapBiomas. “Sendo otimista, 90% da madeira que sai da Amazônia é ilegal”, afirmou o delegado Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal no Amazonas. Extrativismo Vegetal no Brasil Operação da PF faz a maior apreensão de madeira da história Batizada de Handroanthus GLO, ação reteve 131,1 mil metros cúbicos de toras extraídas no oeste do Pará Como é o mercado (legal e ilegal) de madeira da Amazônia Nexo Jornal - 20 de novembro de 2020 2 70% - da madeira retirada apenas no Pará, entre agosto de 2017 e julho de 2018, foi retirada ilegalmente, segundo estudo do Imazon Especialistas estimam que mais da metade da madeira amazônica comercializada tenha origem ilegal. Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), confirmou uma superestimação no volume de árvores de determinadas espécies em planos de manejos florestais já licenciados, além de erros na identificação de espécies, o que gera créditos falsos de movimentação de madeira. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2020/04/19/o-dilema-da-madeira-da-amazonia.htm?cmpid=copiaecola O controle da exportação COMO ERA Em vigor desde 2011, a legislação determinava que a exportação de madeira precisava de uma autorização específica do Ibama. Para expedir a autorização, o órgão podia, por exemplo, realizar inspeções para conferir se a carga declarada na nota fiscal é realmente a embarcada. COMO FICOU Pelo despacho do Ibama, a autorização do Ibama para a exportação deixou de ser necessária. A apresentação do DOF (documento de origem florestal), uma licença de transporte e armazenamento expedida no âmbito do Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais), passou a ser suficiente. O Sinaflor é administrado pelo Ibama, mas quem incluiu os dados no sistema são autoridades estaduais, e não servidores do Ibama. Mogno – Angelim – Ipê – Castanheira – Maçaranduba – Cedro – Sumaúma – Andiroba BIODIVERSIDADE EXTRATIVISMO VEGETAL BIOPIRATARIA Exemplos de produtos alvo da biopirataria no Brasil incluem a seringueira, a andiroba, a copaíba e o cupuaçu. Fo nt e: IB GE 3 A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente. A Convenção foi estabelecida durante a notória Eco-92 (Rio – 92) e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. Ela tem como objetivo “a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, o acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento adequado”. (Enem 2020) Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se articular como um movimento agrário no início dos anos 1980, e na década seguinte conseguiram reconhecimento nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas extrativas após o assassinato de Chico Mendes. Assim, em vinte anos, os camponeses da floresta passaram da invisibilidade à posição de paradigma de desenvolvimento sustentável com participação popular. LÁTEX – BORRACHA - SERINGA Ciclo da Borracha (1879- 1912) 2º Ciclo da Borracha ou Batalha da Borracha (1942- 1945) Aquisição do Acre (Tratado de Petrópolis – 1903) Declínio com a concorrência do Sudeste Asiático – destaque para Malásia URBANIZAÇÃO - CONCEITO 4 Mata dos Cocais Babaçu Destaque para produção de óleo. Fo nt e: IB GE 5 Mata dos Cocais Carnaúba Destaque para produção de cera. Mata dos Cocais Buriti No Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, Minas Gerais, Distrito Federal e Mato Grosso é encontrada a palmeira de buriti, cujo fruto é base para cosméticos e óleos. 6 Açaí O Pará é o maior produtor. Alto valor nutritivo e com crescimento no exterior Castanha-do-Pará Os maiores produtores são o Pará e o Amazonas, que destinam 85% das castanhas à exportação. Angico e Quebracho – extração do tanino da casca. Poaia A poaia é uma planta com propriedades medicinais, sendo utilizada pela indústria farmacêutica para produzir expectorantes, amebicidas e anti-inflamatórios. Anotações: Região Amazônica CERRADO 1 Mina da Vale em Carajás, Pará | Foto Agência Brasil | EBC Nos últimos anos aconteceram dois grandes desastres decorrentes do rompimento de barragens de rejeitos de minério de ferro, Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Entre os impactos, contaminação ambiental, destruição de matas ciliares integrantes da Mata Atlântica, perda de vidas humanas, destruição de moradias, crise no abastecimento de água, desemprego e prejuízos para vários setores da economia como a agropecuária, pesca, turismo. Extrativismo Mineral no Brasil Desastres de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Fonte: Brasil de Fato 2 Todo minério é um mineral, mas nem todo mineral é um minério. Minério Metal Hematita Ferro Pirolusita Manganês Cassiterita Estanho Bauxita Alumínio Mineral ou Minério? ESCUDOS CRISTALINOS (Crátons) ou MACIÇOS ANTIGOS ROCHAS ÍGNEAS (MAGMÁTICAS) e METAMÓRFICAS PRÉ-CAMBRIANA PROTEROZOICO ARQUEOZOICO RECURSOS MINERAIS METÁLICOS SERRA DO MAR E DA MANTIQUEIRA BACIAS SEDIMENTARES ROCHAS SEDIMENTARES FANEROZOICO MESOZOICA PALEOZOICA CENOZOICA COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS CARVÃO MINERAL PETRÓLEO E GÁS NATURAL 3 (Ufsm 2015) Principais províncias minero-metálicas do Brasil Serra dos Carajás - PA Quadrilátero Ferrífero - MG Maciço do Urucum - MS Diversidade de minérios. Indústria nacional – Região Sudeste (+ 90% da produção de aço) Ferro, manganês, ouro, níquel, cobre, bauxita, estanho, zinco, cromo e tungstênio. Ferro, manganês e ouro. Ferro e manganês. Localização – desafio logístico 4 Quadrilátero Ferrífero - MG Serra dos Carajás - PA Projeto Grande Carajás 5 (Unicamp 2017) Principal recurso mineral encontrado no Brasil. O minério de ferro é extraído principalmente da hematita, magnetita, limonita e siderita. Áreas de ocorrência: Principais Estados produtores: Minas Gerais e Pará. Principais países produtores: China, Brasil e Austrália. Maciço do Urucum - MS Ferro 6 As jazidas de manganês (pirolusita e polianita) mais importantes estão localizadas na Serra dos Carajás (PA), no Quadriláterodo Ferro (MG) e no Maciço de Ururcum (MS). Importante na produção de ligas de aço. Principais países produtores: África do Sul, Austrália e China. O principal minério de que se extrai o alumínio é a bauxita. O processo de obtenção do metal envolve diversas etapas, nas quais se utilizam soluções químicas que separam das impurezas o material desejado; por fim, há o processo de eletrólise, que obriga as siderúrgicas a consumir grande quantidade de energia elétrica. Principais Estados produtores: Pará e Minas Gerais. Principais países produtores: Austrália, China, Brasil, Guiné, Índia e Jamaica. O crescimento do uso do alumínio se deve às propriedades naturais desse metal, como a resistência à corrosão, a leveza e a boa condutividade elétrica. Extraído do minério cassiterita, o estanho é de grande importância econômica, pois entra na formação de várias ligas, por exemplo na fabricação de folha de flandres (indústria de conserva), associado ao chumbo, utilizado em soldas na indústria eletrônica e até em objetos de decoração, pois é resistente à oxidação. Principais Estados produtores: Amazonas e Rondônia. Principais países produtores: China, Indonésia, Peru, Bolívia e Brasil. Duro e maleável, o níquel é resistente à corrosão e mantém suas propriedades físicas e mecânicas mesmo quando submetido a temperaturas extremas. Principais Estados produtores: Goiás, Minas Gerais e Pará. Principais países produtores: Rússia, Indonésia, Austrália, Canadá e Filipinas. Manganês Alumínio Estanho Níquel 7 O nióbio é considerado o metal refratário mais leve que a humanidade conhece. É usado em ligas ferrosas, dando resistência e leveza ao metal. As principais utilizações do nióbio estão na indústria aeronáutica, com a construção de motores de aeronaves; na indústria aeroespacial, com os superpropulsores; na indústria de tecnologia de ponta (equipamentos médicos e ópticos) e na petroquímica, com a construção de dutos. Aproximadamente 99% das reservas do mundo estão concentradas em dois países, Brasil e Canadá. As reservas brasileiras correspondem a 93,67% do total, mas o país utiliza muito pouco esse minério, exportando grande parte da produção. No Brasil, as maiores reservas se encontram nos Estados de Minas Gerais (Araxá e Tapira), Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Presidente Figueiredo) e Goiás (Catalão e Ouvidor). Os maiores produtores de ouro no mundo são China, Austrália, Rússia e Estados Unidos. O Brasil respondeu por 2,8% da produção aurífera mundial em 2014. A produção de diamantes concentra-se na Rússia, em Botsuana, na República Democrática do Congo, no Canadá e na Austrália. O Brasil tem uma baixa participação, com apenas 0,05% da produção mundial. A produção de diamantes está nos estados de Mato Grosso (87,2%), Minas Gerais (12,6%) e Bahia (0,2%). Os estados que mais produziram ouro foram Minas Gerais (46,6%), Goiás (13,7%), Pará (12,8%), Mato Grosso (7,8%), Bahia (7,2%), Amapá (6,9%) e Maranhão (3,2%). Os estados de maior produção nacional: Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Ceará. O Rio Grande do Norte, maior estado produtor, apresenta muitas condições favoráveis para o desenvolvimento da atividade: elevada salinidade das águas, clima quente e seco, ventos constantes (ventos alísios), costa baixa e alta amplitude de maré, inundando as áreas litorâneas – as salinas. Nióbio Ouro e Diamante Sal Marinho 8 Terras-raras é o nome dado ao conjunto dos dezessete elementos químicos da Tabela Periódica, dois são o escândio (Sc) e ítrio (Y) e os outros 15 são lantanídeos: lantânio (La), cério (Ce), praseodímio (Pr), neodímio (Nd), promécio (Pm), samário (Sm), európio (Eu), gadolínio (Gd), térbio (Tb), disprósio (Dy), hólmio (Ho), érbio (Er), túlio (Tm), itérbio (Yb) e lutécio (Lu). Suas ocorrências se dão em pequenas concentrações, misturadas a outros minerais, tornando difícil o processo de separação. As maiores reservas mundiais encontram-se na China. Esses elementos apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes e grande variedade de aplicações na indústria como matéria-prima de televisores, computadores, smartphones, painéis solares, baterias de carros híbridos, supercondutores, catalisadores e superímãs. No Brasil, as terras-raras ocorrem, principalmente, nas cidades de Catalão (GO), Araxá (MG), Tapira (MG), Jacupiranga (SP), Mato Preto (PR), Poços de Caldas (MG) e São Gabriel da Cachoeira (AM). Fonte: G1 Fonte: Oeco Terras raras Anotações:
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