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Síndromes pleuropulmonares Síndrome brônquica (Edema de mucosa – inflamação - + Aumento do tônus da MM lisa brônquica) Diminuição do calibre brônquico. Dilatação brônquica. Hipersecreção brônquica. Sintomas: Dispneia e Tosse. Hiperinsuflação pulmonar. Pode ocorrer hipersonoridade. Diminuição dos MV com expiração prolongada. Sibilos predominantemente expiratórios. Pode ocorrer roncos e estertores grossos. ASMA BRÔNQUICA Estreitamento difuso das pequenas vias aéreas Reversível. Resposta brônquica exacerbada envolvendo mediadores inflamatórios. Aumento de secreções nas vias respiratórias. Broncoconstrição. Epidemiologia: 5% da população. Forte predisposição genética, Associação com atopia. Desencadeadores: Aeroalergenos, IVAS, mudanças climáticas e poluição ambiental, drogas, exercício, DRGE, estresse. Sintomas: Dispneia e Sibilância recorrentes. Tosse seca ou produtiva. Desconforto torácico. Dificuldade de locução. Obs: piora à noite, de manhã (ao acordar) ou exercícios. Sintomas respondem a broncodilatador ou corticoides. Salbutamol. Asma neutrofílica não responde aos corticosteroides. E pode ocorrer remodelamento brônquico. Exame Físico: Sinais gerais: agitação, confusão e sonolência, taquicardia e pulso paradoxal. AR: taquidispneia, uso de musculatura acessória, tiragem, diminuição do MV, sibilos difusos e FTV normal ou diminuído. Na manifestação alérgica, células dendríticas apresentam os alergênios para os linfócitos T, que se diferenciam em células Th2, passando a produzir interleucinas (IL3, IL4, IL5), além de estimularem a produção imunoglobulina E (IgE) pelos linfócitos B. A liberação desses mediadores resulta na constrição do músculo liso, no aumento da permeabilidade vascular e no recrutamento de células inflamatórias. Na asma eosinofílica não alérgica, poluentes atmosféricos, vírus, bactérias e glicolipídios induzem a liberação de citocinas derivadas de epitélio, como IL33, IL25 e linfopoetina do estroma tímico (TSLP, thymic stromal lymphopoietin), as quais ativam as células linfoides inatas 2 (ILC2) de maneira independente do antígeno, por meio de seus respectivos receptores (IL17RB, ST2 e TSLP). As ILC2 produzem IL5 e IL13, causando eosinofilia, hipersecreção de muco e hiperresponsividade das vias respiratórias. Na asma neutrofílica, geralmente mais grave, não há história familiar, podem ser encontradas células neutrofílicas e ocorre remodulamento brônquico. Doença pulmonar obstrutiva crônica Bronquite Crônica: (Síndrome Brônquica Obstrutiva) Hipersecreção de muco na árvore brônquica. Obs: bronquite aguda: tosse com duração de cerca de 3 semanas. Enfisema pulmonar: (Síndrome Pulmonar de Hiperaeração). Aumento do espaço aéreo distal ao bronquíolo terminal com destruição da parede. Enfisema é irreversível. Causas mais comum do DPOC é o tabagismo. DPOC é diagnosticado pela espirometria. (Padrão ouro). Sintomas: Bronquite crônica: Tosse produtiva crônica ao despertar. Dispneia aos esforços. Sobrepeso. > 3 meses/ano em 2 anos consecutivos. Diminuição do MV Enfisema pulmonar: Dispneia progressiva. Tosse menos, pois a lesão dele é mais alveolar e não brônquica. Emagrecimento. Evolução lenta (anos). Tórax em tonel, hipersonoridade pulmonar. Ausculta: MV diminuído, fase expiratória prolongada e ressonância vocal diminuída. Exame físico: Geral: cianose, baqueteamento digital, edema. Expansibilidade diminuída (tórax em tonel). Diminuição dos MV, expiração prolongada. Bronquite tem mais RHA. FTV diminuído e hipersonoridade. Pacientes graves: cor pulmonale, turgência de jugular, edema de MMII, hepatomegalia e hiperfonese de B2. Bronquiectasia Destruição dos componentes da parede brônquica. Dilatação brônquica irreversível (diâmetro > 2mm). Infecção com infiltrado neutrofílico. Expectoração mucopurulenta. Agressão inicial (infecção) inflamação brônquica lesão epitélio ciliar redução da depuração muco ciliar Bronquiectasia. Sintomas: Tosse produtiva + expectoração mucopurulenta (maior qtd de pela manhã). Dispneia. Broncoespasmo. Dor torácica. Hemoptise. Exame físico: Cianose, desnutrição e halitose. Taquipneia. Pode ocorrer: hipersonoridade ou submacicez. Estertores grossos (INS e EXP). Roncos e sibilos. Causas: Pós infecciosa: bactéria (pseudômonas, haemophilus), aspergilose, vírus, tuberculose, etc. Doença reumatológica: Lupus, artrite reumatoide, Sjogren. Congênitas: discinesia ciliar primária, fibrose cística, etc. Aspiração: heroína, corpo estranho, cloro, etc. Imunodeficiência: primária, secundária (neoplasia, quimio, etc). Classificação: Localização: localizada ou difusa. Etiologia: congênita ou adquirida. Morfologia: cilíndrica, varicosa ou cística. Bronquiectasia fibrocística: Bronquectasia não fibrocística: (Micobacteria não TB). Diagnóstico diferencial de DPOC. Raio X de tórax é padrão ouro. Sinais e sintomas: rinorreia, sinusite crônica. Situs inversus + bronquiectasia Síndrome de Kartagener. Infecções brônquicas Predominância viral. Sintomas Gerais: desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca. Pode ocorrer estertores grossos, roncos e sibilos. Síndromes parenquimatosas Pneumonia Processo inflamatório agudo do trato respiratório inferior com alta morbimortalidade. Fisiopatologia: Obstrução de VAS diminuição do transporte mucociliar. Edema pulmonar diminuição da fagocitose e aumenta a aspiração. Imunodeficiência diminuição fagocitose. Etilismo aumenta a aspiração e diminui a fagocitose. Infecções virais aumento da aderência a mucosa e diminuição do transporte mucociliar e diminuição da fagocitose. Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda. Resumo: microrganismos lesão de mucosa descamação celular exsudação alveolar e brônquica neutrófilos inflamação edema intersticial diminuição da troca gasosa hipoxemia. Agentes etiológicos: Viral (adenovírus, influenza, parainfluenza, coronavirus, etc). Tosse seca, estado subfebril, desconforto respiratório e expectoração mucosa. Fúngica (criptococos, cândida albicans, etc). Paciente imunossuprimidos, acamados com uso de VM. Típico de contaminação hospital. Dispneia intensa sem acúmulo de secreção. Tipo de comprometimento: Lobar, bronquial ou intersticial. Tempo de evolução: Aguda, subaguda ou crônica. Local de aquisição: Comunitária ou hospitalar. Fatores de Risco: Infecção de VAS precursora. DPOCs. Hospitalização. Diabetes Mellitus, imunodepressão. Alcoolismo e aspiração. Sintomas: Dispneia. Tosse seca ou produtiva. Dor pleurítica. Desconforto torácica, dor abdominal. Gerais: febre ou hipotermia, adinamia, mialgia, sudorese, calafrios, fadiga, anorexia. Exame Físico: (Consolidação) Inspeção dinâmica: dispneia. Som bronquial. Diminuição da expansibilidade. Aumento do FTV. Submacicez ou macicez. Exame Físico: (Broncopneumonia) Inspeção dinâmica: dispneia. MV fisiológico ou diminuído. Crepitação, sibilo, ronco. FTV fisiológico ou aumentado. Claro pulmonar ou submacicez. Exame Físico: (Pneumonia Intersticial). Inspeção dinâmica: dispneia. MV fisiológico, crepitação. FTV fisiológico. Claro pulmonar. Pneumonia Grave: Geral: cianose. Sinais vitais: Tax: <35ºC ou >40ºC. PAS <90 mmHg. FC > 125 bpm. FR > 30 ipm (respiração superficial) TUBERCULOSE Infecção crônica pulmonar específica pelo Mycobacterium tuberculosis. Incubação de 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. Infecção primária ou reativação. Infecção extrapulmonar. Período de infecção: Carga infecciosa de bacilos. Bacilos alcançam o pulmão (alvéolos da periferia pulmonar). Reação inflamatória e exsudativa do tipo inespecífica. Multiplicação bacilar via linfo-hematogênica. Compromete linfonodos e órgãos dos diversos sistemas e aparelhos. Disseminação “benigna” (bacilos latentes ou destruídos pela imunidade). Fase primária: normalmente a infecção não é transmissível. Fase latente: não é contagiosa. 3ª semana: Mobilização do sistema de defesa imunológico específico. Destruição ou inativação. Pulmão (Local da inoculação inicial): Granuloma caseoso Foco pequeno, arredondado (1 a 2 mm). Consistência amolecida. Principalmente na região média ou apical do pulmão. Sintomas: Tosse crônica e dispneia. Tosse com escarro amarelo ou verde. Hemoptise (cavitária). Constitucionais: Perda de peso. Febre, sudorese noturna. Astenia, fadiga. Exame físico: Desnutrição. AR: pneumonia, sopro tubário. Atelectasia Ausência de ar nos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. Oclusão do lúmen dos brônquios. Sintomas: Dispneia e tosse seca. Exame Físico: Macicez. Diminuição da expansibilidade. Diminuição dos MV e do FTV. Retração do hemitórax. SÍNDROMES Pleurais SÍNDROME PLEURÍTICA Inflamação dos folhetos pleurais. Tuberculose, pneumonia, doenças reumáticas, colagenoses, viroses e neoplasias de pleura e pulmão. Pleurite aguda: dor localizada, tosse e dispneia. Sintomas: Dor torácica ventilatória dependente. Exame físico: Diminuição da expansibilidade e do FTV. Sonoridade normal ou submacicez. Atrito pleural na ausculta. Derrame pleural Acúmulo de fluido no espaço pleural, acima de 100ml. Produção e absorção mínima de líquido pleural para que ocorra deslizamento das pleuras. Líquido pleural passa pela membrana pleural cavidade pleural espaço pleural. Sintomas: Dispneia, tosse e dor torácica. Exame físico: Diminuição da expansibilidade. Diminuição do FTV. Aumento do FTV na área do pulmão em contato com líquido pleural. Submacicez ou macicez. MV abolidos e egofonia. Estertores finos na área do pulmão em contato com o líquido pleural. Critérios de Light: (Qualquer um desses + é exsudato) Proteína líquido/proteína sérica: >0,5 LDH líquido/LDH sérico: >0,6 LDH líquido > 2/3 o limite superior do LDH sérico. Transudatos: Altera fatores gerais (sistêmicos). Alteração do equilíbrio pressórico: Principal causa: Insuficiência cardíaca. Síndrome nefrótica, cirrose hepática, hipoalbuminemia, diálise peritoneal e desnutrição. Exsudato: Altera fatores locais. Alteração da permeabilidade vascular: Pneumonia bacteriana. Neoplasia, secundário a TEP. Pneumotórax Presença de ar no espaço pleural. Causas: Doenças pulmonares obstrutivas (asma, enfisema pulmonar e bronquite crônica). Traumas torácicos. Iatrogenia (procedimentos médicos). Tumor. Espontâneo. Tipos: Pneumotórax espontâneo: clássico em indivíduos longilíneos tabagistas e mulheres com endometriose. Pneumotórax traumático: fratura de costela, perfuração por arma branca. Pneumotórax iatrogênico: devido a procedimento médico. Pneumotórax hipertensivo: aumento de pressão no espaço pleural (Aumenta a pressão intratorácica). taquicardia, hipotensão, cianose e dispneia profusa. Sintomas: Dor torácica, dispneia Tosse seca e opressão torácica. Exame físico: Tórax normal ou abaulado. Diminuição da expansibilidade e do FTV. Hipersonoridade ou timpanismo. MV abolidos ou diminuídos. Diminuição da ressonância vocal. Tromboembolismo pulmonar Embolia pulmonar Causa: advém 90% membros inferiores. Vasos proximais: 50% TVP embolizam (femoral superficial ou comum, poplíteas ou vasos mais proximais). TVP exclusiva de vasos da panturrilha raramente embolizam. 10 % membros superiores. Dilatação importante da cavidade cardíaca direita IC Sinais e sintomas: (Inespecíficos) Dispneia, tosse. Dor torácica pleurítica ou anginosa. Hemoptise. Taquipneia, hipotensão. Taquicardia, febre. Atrito pleural. Fatores de risco: (Tríade de Virchow) Aumento da viscosidade (hipercoagulabilidade). Estase sanguínea. Lesão vascular/endotélio. Doença intersticial pulmonar FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA Doença intersticial, fibrosante, crônica e progressiva, limitada ao pulmão. Fatores de risco: Tabagismo, DRGE. Exposição ambiental: poeira, criação de animais, cabeleireiro, etc. Patogenia: Interação entre agressão ao epitélio X reparo anormal. Resposta inflamatória aguda (alveolite): Transtornos ao reparo celular (proliferação fibroblástica e deposição de colágeno). Cronicidade (faveolamento). Sinais e sintomas: Dispneia progressiva e crônica 6 a 24 meses. Tosse. Baqueteamento digital. Crepitações inspiratórias. Hipertensão pulmonar. MICOSES PULMONARES PARACOCCIDIOIDOMICOSE A porta de entrada do fungo é a via inalatória. Atividade agrícola, terraplanagem, preparo do solo, jardinagem, etc. Forma Aguda/Subaguda: (Tipo juvenil) 3 a 5% dos casos. Evolução rápida (4 a 12 semanas de instalação da doença) Manifestação clínica: Linfadenomegalia. Manifestações gastrointestinais. Hepatoesplenomegalia. Envolvimento osteomuscular. Lesão cutânea. Forma Crônica: (Tipo adulto) 90% dos casos (30 a 60 anos). Predomínio no sexo masculino. Progressão lenta, silenciosa. Manifestação pulmonar, mucosa e pele. HISTOPLASMOSE Micose sistêmica (doença granulomatosa). Doença oportunista – imunossuprimidos. Habitat natural do histoplasma: solo rico em fezes de pássaros e morcegos. Infecção: via inalatória. Forma clínica mais frequente: assintomática. Histoplasmose aguda ou epidêmica: Febre alta, tosse, astenia, dor retroesternal e linfonodomegalia. Achados radiológicos: infiltrado reticulo nodular difuso em ambos os pulmões, associados a linfonodomegalias hílares e mediastinais. Histoplasmose pulmonar crônica: Quadro clínico e radiológico: idêntico a tuberculose pulmonar do adulto. CRIPTOCOCOSE Micose sistêmica. Via inalatória. Aves: excretas secas ricas em fontes de nitrogênio pombos. Sintomas: Febre, tosse com expectoração mucosa ou hemoptoica. Dor ventilatório dependente, derrame pleural. 1/3 dos casos são assintomáticos. Achados radiológicos: Nódulo (raramente calcificado) gelatinoso com cápsula abundante (cavitação). Padrão miliar.
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