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1 Lahyse Oliveira 2020.1 Publicidade Médica CAPÍTULO XII I Retrata de que forma o médico pode trazer informações sobre o seu atendimento. Art. 111: é vedado ao médico permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixa de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. Por exemplo: quando um médico é chamado para falar sobre um tema que naquele momento é interessante para comunidade. Durante essa palestra, ele aproveita e faz uma divulgação sobre si. Muitos médicos procuram a autopromoção, porém, isso é muito diferente de fazer uma propaganda da sua clínica ou consultório. ENTREVISTAS Art. 112: é vedado ao médico divulgar informações sobre assunto médico de forma sensacionalistas, promocional ou de conteúdo inverídico. Sensacionalismo: há um exagero no assunto, podendo ser bom ou ruim, como tornar a situação gravíssima que pode gerar medo, ou menosprezar algo como chamar o covid como uma gripe... Promocional: é promoção ou autopromoção do médico. Conteúdo inverídico: aproveitar se do momento de uma fragilidade para divulgar coisas que não são verdade. AUTOPROMOÇÃO É a oportunidade de angariar a clientela. Ao realizar determinadas promoção ou fala de questões que não são verdades, você está criando uma concorrência desleal (ex: consulta muito barata para o valor real). Outra situação é pleitear exclusividade de métodos diagnóstico se terapêuticos → isso é mentira. Aferir lucros de qualquer espécie. Não se pode permitir a divulgação de endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço – deixa de ser um serviço e sim uma propaganda. SENSACIONALISMO: A divulgação publicitária, mesmo de procedimentos consagrados, feita de maneira exagerada e fugindo de conceitos técnicos, para individualizar e priorizar sua atuação ou a instituição onde atua ou tem interesse pessoal. Utilização da mídia, pelo médico, para divulgar métodos e meios que não tenham reconhecimento científico. Existe profissionais que utilizam a auto-hemoterapia: tiram o sangue do paciente e injetam no musculo → o custo desse tratamento é o custo da seringa e não apresentam nenhum respaldo científico. A adulteração de dados estatísticos visando beneficiar-se individualmente ou à instituição que representa, integra ou o financia. Outro exemplo é a ozônio terapia para curar autismo → tem sido utilizada sem nenhuma comprovação cientifica. A apresentação, em público, de técnicas e métodos científicos que devem limitar-se ao ambiente médico. Uso ou não de ivermectina – no período de pandemia tem sido discutido por políticos; A veiculação publica de informações que possam causar intranquilidade, pânico ou medo à sociedade; Nosso sentido em uma entrevista é orientar e acalmar, no sentido de diminuir os danos, porém, sem exagerar e passar pânicos aos pacientes. Usar de forma abusiva, enganosa ou sedutora representações visuais e informações que possam induzir a promessas de resultados. O famoso antes X depois: ocorre muito na nasoplastia, porém, a segurança nunca deve ser garantida. Art. 113: É vedado ao médico divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão componente. Quais são os órgãos competentes? A sociedade de especialidade, o conselho federal de medicina. Muitas vezes há interesses econômicos de determinados colegas, por isso, deve se tomar cuidado em relação aos processos; Art. 114: é vedado ao médico consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. Exemplo: estar em uma live e prescrever um medicamento para alguém que está com amenorreia. O que ele deve falar é que ele necessita de uma consulta com um médico para avaliar o que pode ser. Art. 115: é vedado ao médico anunciar títulos científicos que não possam comprar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no conselho regional de medicina. Ao se formar, o estudante recebe o diploma que deve se inscrito para o conselho de onde ele for atuar para que ele seja aprovado, e depois você irá receber o número de CRM. A partir 2 Lahyse Oliveira 2020.1 de então, você é médico, e tem uma permissão legal para atuar. Caso o médico queria fazer uma residência, deve se realizar a prova, e passar. Quando acabar a residência, você irá registrar no conselho o título da residência a qual o médico foi aprovado, além de receber um registro de qualificação de especialidade RQE para acoplar ao seu cartão. Assim, todos os pacientes sabem que você é qualificado e registrado como tal título. O médico quando se forma não é clínico. O máximo de propaganda que o médico pode fazer é duas especialidades, mesmo que ele tenha várias. Entretanto, o médico pode atuar em diversas áreas, até mesmo sem ter especialidade. Se você atuar em uma especialidade sem título pode ser considerado imperícia? Tem risco, mas você pode atuar sem ser especialista. Um exemplo é um pediatra que vai atender uma criança e a queixa é dor de ouvido, mas como na região não tem otorrino, então esse pediatra tem permissão para prescrever um medicamento para essa patologia. O que ele não pode fazer é uma cirurgia, pois ele não tem competência para isso – isso não está especificado no código, vai do bom senso. ANÚNCIO EM REVISTA: Médico em propagas de revista: coloca se o nome do médico + o número do CRM. Entretanto, se ao invés o nome da médica, tiver a o nome da clínica com a presença de vários profissionais, deve se ter o número do CRM da diretora ou diretor médico do local. O RQE de um diretor médico deve ser da especialidade do centro/clínica que ele está coordenando. Art. 116: é vedado ao médico participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja sua natureza, valendo-se de sua profissão. Exemplo: um médico que fez propaganda do lançamento de salas em um prédio odontomédico, onde aparecia esse doutor na sua sala, com a seguinte frase: “doutor fulano já comprou sua sala e você?”. Dessa forma, ele estava se aproveitando da sua profissão para receber um desconto na compra da sua sala, o que é proibido. Exemplo: na revista veja apareceu uma propaganda de um médico que fez um parto em uma rodovia, tudo bem sucedida. A propaganda era ele segurando o bebê com a mão esquerda, bem acochado e um do relógio no pulso. Assim, era porque ele era médico. Art. 117: é vedado ao médico apresenta como originais quaisquer ideias descobertas ou ilustrações que na realidade não o sejam. Exemplo: propaganda de antes e depois que não é verdade, cópia de descoberta, fraude. Art. 118: é vedado ao médico deixar de incluir, em anúncios profissionais de qualquer ordem, o seu número de inscrição no conselho regional de medicina. Paragrafo anúncio. Nos anúncios de estabelecimentos de saúde devem constar o nome e número de registro, no conselho regional de medicina, do diretor técnico. RQE: REGISTRO DE QUALIFICAÇÃO DE ESPECIALIDADE. Ao finalizar a residência se faz a prova de título. Quem aplica a prova não é o conselho e, sim sociedade da especialidade escolhida. Ao fim, o residente recebe o título de especialista da área pela sociedade da especialidade escolhida. Dessa forma, o conselho não fornece o título, ele só registra os títulos recebidos pelos médicos nas especialidades escolhidas. Todas as especialidades são vinculadas a associação médica brasileira (AMB). RESOLUÇÃO CFM N° 1974/2011 Art. 1° estabelece os critérios norteadores da propaganda em medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. MANUAL DO CODAMEArt. 2° os anúncios médicos deverão conter, obrigatoriamente, os seguintes dados: nome do profissional, especialidade e/ou área de atuação, quando registrada no Conselho Regional de Medicina, número da inscrição no Conselho Regional de Medicina, número de registro de qualificação de especialista (RQE), se o for. Parágrafo único: as demais indicações dos anúncios deverão se limitar ao preceituado na legislação em vigor. . OUTDOOR Apresenta as mesmas regras do anúncio. Mesmo os hospitais do governo devem ter um médico com o número do CRM dele. 3 Lahyse Oliveira 2020.1 Art. 3° é vedado ao médico: Anunciar, quando não especialista, que trata de sistemas orgânicos, órgãos ou doenças especificas, por induzir a confusão com divulgação de especialidade. o Ao entrar com o nome e o CRM do médico no conselho regional onde ele atua, é possível descobrir se esse médico é especialista ou não. Anunciar aparelhagem de forma a lhe atribuir capacidade privilegiada. Participar de anúncios de empresas ou produtos ligados à medicina, dispositivo este que alcança, inclusive, as entidades sindicais ou associativas médicas. Permitir que seu nome seja incluído em propagada enganosa de qualquer natureza; Permitir que seu nome circule em qualquer mídia, inclusive na internet, em matérias desprovidas de rigor científico; o A ortomolecular não é reconhecida cientificamente; Fazer propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica. Expor a figura de seu paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do mesmo, ressalvado o disposto no art. 10 desta resolução; Anunciar a utilização de técnicas exclusivas; Oferecer seus serviços por meio de consórcio e similares; Oferecer consultoria a pacientes e familiares como substituição da consulta médica presencial (atualmente aprovado através de uma resolução – contexto de pandemia); Garantir, prometer ou insinuar bons resultados do tratamento; Fica expressamente vetado o anúncio de pós-graduação realizada para a capacitação pedagógica em especialidades médicas e suas áreas de atuação, mesmo que em instituições oficiais ou por estas credenciadas, exceto quando estiver relacionado à especialidade e área de atuação registrada no Conselho de Medicina. Art.7° Caso o médico não concorde com o teor das declarações a si atribuídas em matéria jornalísticas, as quais firam os ditames desta resolução, deve encaminhar ofício retificador ao órgão de imprensa que a divulgou e ao Conselho Regional de Medicina, sem prejuízo de futuras apurações de responsabilidade. RESOLUÇÃO CFM N° 1974/2011 Art. 8° O médico pode, utilizando qualquer meio de divulgação leiga, prestar informações, dar entrevistas e publicar artigos versando sobre assuntos médicos de fins estritamente educativos. Art. 9° Por ocasião das entrevistas, comunicações, publicações de artigos e informações ao público, o médico deve evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão. Art. 12° O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja finalidade seja escolher o médico do anos, ‘destaque’, ‘melhor médico’ ou outras denominações que visam ao objetivo promocional ou de propaganda, individual ou coletivo. Art.13°: Os sites para assuntos médicos deverão obedecer à lei, as resoluções normativas e ao manual da Codame. PROIBIÇÕES GERAIS I. Usar expressões tais como “o melhor”, “o mais eficiente”, “o único capacitado”, “resultado garantido” ou outras com o mesmo sentido; II. Sugerir que o serviço médico ou o médico citado é o único capaz de proporcionar o tratamento para o problema de saúde; III. Assegurar ao paciente ou a seus familiares garantir de resultados; IV. Apresentar nome, imagem e/ou voz de pessoa leiga em medicina, cujas características sejam facilmente reconhecidas pelo público em razão de sua celebridade, afirmando ou sugerindo que ela utiliza os serviços do médico ou do estabelecimento de saúde ou recomendando seu uso; V. Usar linguagem direta ou indireta relacionando a realização de consulta ou de tratamento à melhora do desempenho físico, intelectual, emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa; Siga as normas para não errar a dose. Sócrates: só sei que nada sei - Isso me coloca em vantagem sobre os que acham eu sabem alguma coisa. Se um médico está fazendo uma propaganda em um site, e lá no site fala assim: ''esse produto é usado e indicado pelo médico tal''. Isso estaria errado? Sim, ele está utilizando a profissão médica para promover esse produto.
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