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AULA roteiro 6 parte 4

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1 
 
DATA: 06/12/2021 (ROTEIRO Nº 06 – parte 4) 
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO 1 (1º BIMESTRE/2021) 
Prof. Aurélio M. Silveira de Freitas 
 
1º BIMESTRE / 2021 
ROTEIRO DE AULA 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
 
01 – INFORMES : 
 
➢ Apresentar do professor, da disciplina, do plano de ensino e da emenda de Direito Tributário. 
➢ Contato do professor Aurélio (Fone / Whatsapp: 62 – 98619-4329) 
➢ Contato do professor Aurélio ( E-mail da disciplina : direitotributario1uegaparecida@gmail.com ) 
 
(1º BIMESTRE) 
1. Introdução ao Direito Tributário. 
2.Conceitos e natureza jurídica. 
3. Relação do Direito Tributário com outras disciplinas. 
4. Sistema tributário nacional (tipos de tributos). 
 
NOTA : N-1 (duas atividades) 
 1ª atividade em dupla ou individual (valor até: 4,0 pontos) data: 06/12/2021 
 2ª atividade em dupla ou individual (valor até: 6,0 pontos) data: 13/12/2021 
*as respostas serão enviadas para o e-mail do professor (motivo: pandemia de covid-19). 
 E-MAIL: (direitotributario1uegaparecida@gmail.com) 
 
 
02 – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL : 
 
2.1 – CONCEITO: 
 
O ordenamento brasileiro que rege esta matéria é a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, 
denominada de Código Tributário Nacional. O Sistema Tributário Nacional compreende todo 
o conjunto de tributos vigente no pais, amparados legalmente pela lei maior que é a 
Constituição Federal do Brasil. Estas estão dispostas organizadamente atendendo os princípios 
que lhe são atinentes, e que serve para atender a necessidade de recursos para manter as 
atividades de interesse público, de acordo com (ISHIDA & MARTELLI, 2015). 
 
O sistema tributário nacional pode ser definido como um sistema racional, onde os impostos 
produzem os efeitos fiscais conforme a política financeira almejada pelo estado, diferente de 
um sistema histórico onde não se traça um plano prévio de sistematização de cunho econômico, 
porém, ambas não são formas típicas, pois o sistema dito histórico também passou pela fase 
racional e o sistema racional advém de contribuições também do tipo histórico de modo que 
não há prática efetiva ao definir o sistema adotado neste país, sendo, portanto o método eficaz 
para o controle sobre a definição e instituição de tributos e sua forma de arrecadação o que 
rege nosso ordenamento jurídico quando se desdobra no princípio constitucional tributário, da 
imunidade tributária em capitulo específico do Código Tributário Nacional que emana da 
Constituição Federal e deste ponto é conferido ao Estado o poder para criar, aumentar, diminuir 
2 
 
ou extinguir tributos, de forma a arrecadar recursos conforme atender suas finalidades, conforme 
(ISHIDA & MARTELLI, 2015). 
 
 
2.2 – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CF-1988 : 
 
 
A Constituição Federal estabelece o sistema tributário nacional, sendo reconhecida a TEORIA 
PENTAPARTIDA. Vejamos: 
 
TÍTULO VI 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
SEÇÃO I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
 
 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo 
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 
 
 Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e 
da contribuição a que se refere o art. 239. 
 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um 
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, observado que: 
 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
3 
 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes 
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
 
 Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o 
objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, 
por lei, estabelecer normas de igual objetivo. 
 
 Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território 
não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal 
cabem os impostos municipais. 
 
 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, 
I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o 
dispositivo. 
 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, 
contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos 
servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de 
aposentadoria e de pensões. 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e 
pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões 
que supere o salário-mínimo. 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionaro deficit 
atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos 
servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída 
simultaneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por 
período determinado, contado da data de sua instituição. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata 
o caput deste artigo: 
 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso 
de importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa 
jurídica, na forma da lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. 
 
 Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 
150, I e III. 
 
4 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica. 
 
 
2.3 – LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR: 
 
 
Vamos citar como referencial teórico o artigo publicado por Maria Clara Yukie Ishida e Ana Laura 
Teixeira Martelli, na revista do Centro Universitário TOLEDO1. 
(FONTE: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=) 
 
Também dispõe a Constituição Federal estabelece os limites do poder dado ao legislador na 
estabelecer tributos nos dizeres dos artigos 150 a 152 da Magna Carta de 1988 os princípios 
basilares do Direito Constitucional tributário e sua não observância é motivo para 
questionamento sobre a inconstitucionalidade de eventuais tributos. 
 
Esta limitação está voltada a segurança do cidadão, estes princípios são: 
 
a)-o Legalidade (art. 150, I); 
b)-o Isonomia (art. 150, II); 
c)-o Irretroatividade (art. 150, III, "a"); 
d)-o Anterioridade (art. 150, III, "b"); 
e)-o Proibição de Confisco (art. 150, IV); 
f)-o Liberdade de Tráfego (art. 150, V); 
g)-o Imunidades (art. 150, VI); 
h)-o Outras Limitações (art. 151 e 152). 
 
 
a)-Princípio da Legalidade Tributária e Tipicidade 
 
Pelo texto constitucional inserido no artigo 150, inciso I da Constituição Federal, percebe-se 
a preocupação do legislador quanto à necessidade de ir além de conceder uma autorização 
para a exigência de determinado tributo. Conforme demonstrado abaixo. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
Considerando que os ideais de justiça e segurança jurídica a serem respeitados e preservados, 
não autorizam à administração pública a discricionariedade para instituir tributos de determinada 
pessoa ou classe de pessoas a seu bel prazer. 
 
Reveste-se grande importância que a lei abstratamente imponha todos as regras preponderantes 
a estabelecer promover alterações do tributo para que seja aplicado no caso em concreto, 
identificando o fato gerador, o responsável pelo pagamento, o valor a ser pago e as 
circunstancias ou casos em que será exigido. 
 
 
1Faculdades integradas - Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente. Artigo científico. Encontro de iniciação 
científica em 2015. Presidente Prudente – Estado de São Paulo. 
5 
 
Assim, a lei é o pressuposto necessário e fundamental de toda atividade administrativa, 
corrobora essa ideia observando do disposto no artigo 114 do Código Tributário Nacional, ao 
descrever o significado de fato gerador. 
 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei 
como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
Portanto o nascimento da obrigação tributária não está vinculado à vontade da autoridade 
fiscal ou no desejo do administrador, mas ao legislador impondo lhe o princípio da tipicidade, 
consistindo no dever de formular a lei de modo taxativo e completo descrevendo os tipos 
tributáveis para o aparecimento do fato gerador do tributo. 
 
Essa tipicidade está configurada no artigo 97 do Código Tributário Nacional, onde determina 
que somente a lei possa instituir tributos ou extingui-los, majorá-los ou reduzi-los. 
 
Art. 97 - Somente a lei pode estabelecer: 
 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal; 
IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus 
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, 
ou de dispensa ou redução de penalidades. 
§ 1º - Equipara-se à majoração do tributo a modificação de sua base de 
cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
§ 2º - Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no 
inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base 
de cálculo. 
 
E ainda, mesmo que haja lei, esta deverá estar adequada tanto no aspecto material quanto no 
aspecto formal, para total segurança jurídica. Devendo ser formulada por órgão titular de 
função legislativa. 
 
b)-Princípio da Isonomia ou Igualdade Tributária 
 
Sem dúvida um dos pilares de nosso sistema constitucional, e sem o qual não se configura 
um Estado Democrático de Direito, ou direito de igualdade, sendo de ampla aplicação e de 
uma modelo a ser respeitado aplica-se em todos os ramos por ser justo. Na esfera tributária 
consiste em tratamento análogo entre contribuintes em situações idênticas. 
 
O artigo150 inciso II da Constituição Federal/88 veda qualquer distinção, por profissão ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos ou 
direitos. 
 
Art.150- Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
6 
 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
Da mesma forma proíbe-se a desigualdade, ou seja, a não concessão de privilégios onde os 
destinatários desse princípio sejam beneficiados, devendo ser evitados os favoritismos e 
perseguições. 
 
 
 c)-Princípio da Irretroatividade das Leis 
 
A norma jurídica projeta sua eficácia para o futuro, é a regra, porém em determinadas 
situações pode ocorrer o inverso, como exemplo anistia ou remissão. Previsto no artigo 5º 
inciso XXXIX da Constituição Federal, determinandoque “não haverá crime sem lei anterior 
que o defina, nem pena sem previa cominação legal”. 
 
Mas respeitadas as restrições a lei pode voltar-se ao passado, quando for mais benéfica, e 
decorrente de sua natureza. Tratando de matéria tributária isso não se aplica. Tal disciplina 
tem respaldo no artigo 150, inciso III, “a” da Constituição Federal, onde a intenção é coibir 
aplicação de nova lei que vise aumentar ou instituir tributo alcançando fato gerador já ocorrido. 
Tal vedação alcança tanto o aplicador quanto o legislador, no primeiro impedindo de cobrar 
e no segundo de editar a norma para atingir fato pretérito, mas poderá fazê-lo quando o 
intuito for reduzir ou extinguir a exigência em relação ao contribuinte atingido. Todavia deverá 
ser respeitado o princípio da igualdade. 
 
Também é vedado ao aplicador da lei dispensar ou reduzir tributo, em fatos anteriores, mesmo 
quando a nova lei os tenha extinguido ou reduzido. Assim sendo o desrespeito a retroagir a 
lei para atingir fatos ocorridos leva a inconstitucionalidade da lei. 
 
d)- Princípio da Anualidade e da Anterioridade 
 
Determina que não haverá cobrança ou exigência de tributo no mesmo exercício do ato legal 
que o instituiu. Portanto, um tributo só poderá ser exigido pelo estado no ano seguinte 
àquele em que a lei que o criou tenha sido promulgada. Fundado na Constituição Federal, 
em seu art. 150, II, "b": 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou; 
 
Outros princípios tributários, como a legalidade e a isonomia, a anterioridade tributária se 
revestem de garantia assegurada ao contribuinte, direito do cidadão, e elevado a condição de 
cláusula pétrea na Constituição, não podendo ser suprimida nem mesmo através de emenda 
constitucional. 
 
O princípio constitucional estabelece limitações ao poder de tributar, assim as exceções ao 
princípio da anterioridade somente podem estar descritas na própria Constituição Federal. Mas 
existem exceções como no caso: Impostos de importação, exportação, IPI e IOF (visto seu 
7 
 
caráter extrafiscal. O legislador constituinte determinou que, por atendimento a uma política 
fiscal que refletisse a dinâmica da economia, tais tributos fogem à regra da anterioridade. 
Nesse caso, a lei que majorar o valor destes tributos já vale no mesmo exercício em que foi 
promulgada. 
 
Logo, conforme ARANHA (2016) em artigo publicado2, ensina que, o princípio da anterioridade 
consiste na necessidade de a lei, que institui ou que aumenta tributo já instituído, dever de ser 
publicada antes do inicio do exercício em que ela será aplicada. 
 
O princípio da anterioridade é especificamente tributário, já que se projeta, apenas, no campo da 
tributação (federal, estadual, municipal e distrito federal). Este princípio está contido no art. 150, 
III, “b”, da Constituição Federal. 
 
“Art. 150 – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios... 
III – cobrar tributos (...) 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou.” 
 
O exercício financeiro no Brasil começa no dia 1° de janeiro e se prolonga até o dia 31 de dezembro 
de cada ano. Há, pois, coincidência entre o ano civil e o ano fiscal. O princípio da anterioridade no 
direito tributário está associado ao principio da "não-surpresa tributária", evitando que os 
contribuintes sejam surpreendidos com as novas cobranças, sem terem tido tempo suficiente para 
melhor conhecer a nova legislação, e, em função dela, poderem programar-se, pois também o 
contribuinte, empresário ou não, necessita de planejamento para dar continuidade a suas atividades, 
empreendimentos, assim como para controle do orçamento familiar. 
 
Nos dizeres de Hugo de Brito: 
 
A lei fiscal há de ser anterior ao exercício financeiro em que o Estado arrecada o 
tributo. Com isto se possibilita o planejamento anual das atividades econômicas, 
sem o inconveniente da insegurança, pela incerteza quanto ao ônus tributário a ser 
considerado. (BRITO, 2014) 
 
Este princípio é o corolário lógico do princípio da segurança jurídica, como dizia Roque Antonio 
Carrazza. Visa evitar surpresas para o contribuinte, com a instituição ou a majoração de tributos, no 
curso do exercício financeiro. Graças a este princípio, os destinatários da lei tributária (Fisco e 
contribuintes), conhecendo-a, podem preparar-se para bem cumpri-la. 
 
O Supremo Tribunal Federal, por meio da ADIN 939, já declarou que o princípio da anterioridade 
tributária é cláusula pétrea, pois consiste em garantia individual do contribuinte, confirmando, a Corte 
Maior, a existência de direitos e garantias de caráter individual dispersos no texto constitucional. 
 
 
Já o principio da anualidade consiste na necessidade de as alterações na legislação tributaria, 
representadas pela instituição do novo tributo ou pela majoração do já existente, serem objetos de 
disposição da lei de diretrizes orçamentárias, sob pena de proibição para a aplicabilidade da 
respectiva norma, ainda que tenha sido publicada antes do inicio do exercício financeiro. 
 
2https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2821/O-Principio-da-Anterioridade-Tributaria> Acesso em 01 de 
setembro de 2021. 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2821/O-Principio-da-Anterioridade-Tributaria
8 
 
 
Cumpre desde já advertir que não se confundem o princípio da anterioridade com o da anualidade. 
Apesar de pretenderem os mesmos efeitos, aquele posterga a cobrança do tributo ao exercício 
financeiro seguinte à publicação da lei que o haja instituído ou majorado, enquanto esse vincula a 
validade da cobrança à previsão da respectiva receita no orçamento anual. 
 
Em síntese: 
 
A relação fisco-contribuinte é, sem dúvida, uma relação de poder, de imposição. O 
inigualável ALIOMAR BALEEIRO já averbava que "o tributo é vetusta e fiel sombra do 
poder político há mais de vinte séculos". Um indicativo fiel da índole democrática de uma 
nação é a diversificação dos princípios tributários formadores de direitos e garantias dos 
contribuintes. Assim, se por um lado é certo que a imposição tributária é fruto da 
manifestação do poder e da soberania do Estado em face de seus súditos, menos certo não 
é, por outro lado, que esse poder há de exercido com respeito e com base nos limites 
impostos pela Constituição. É o que PONTES DE MIRANDA denominou 
de legalitariedade do imposto, isto é, ao exercício da soberania do estado em matéria 
tributária se contrapõe o direito individual do cidadão consubstanciado nas garantias 
constitucionais. O Supremo Tribunal Federal, pela voz de um de seus mais brilhantes 
integrantes, o Ministro MARCO AURÉLIO, não se cansa de alertar que "no embate diário 
estado/contribuinte a Carta Política exsurge com insuplantável valia no que, em prol do 
segundo, impõe parâmetros a serem respeitados pelo primeiro". Há quem sustente que um 
prazo dilatado para a exigência do novo imposto ou a convalidação da anualidade traria 
inconvenientes em virtude da excessiva rigidez que imprimiria à ação estatal. 
(FONTE: MARCELO ARANHA, 2016). 
 
 
e)-Princípio da Vedação de Tributo Confiscatório 
 
Confiscar é tomar de alguém em benefício do Estado, é a violação do direito constitucional 
de propriedade,porém não se pretende dar a esse direito uma blindagem absoluta a ponto de 
anular a incidência do tributo. Atuando junto com a capacidade contributiva, evita a extinção 
da propriedade, deve se pautar pela razoabilidade, o grande enigma a ser solucionado seria na 
identificação de quanto se pode invadir na propriedade particular sem que caracterize confisco. 
 
Por exemplo, a imposição de imposto que absorvesse toda a renda do contribuinte seria 
confiscatória, do mesmo modo que tributo que retirasse do contribuinte parcela considerável 
de seu patrimônio. 
 
f)-Princípio da Liberdade de Tráfego 
 
O art. 150, V, CF e o art. 9º, inc. III, CTN. trazem o princípio da liberdade de tráfego, onde 
o legislar não poderá instituir limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, com a 
utilização de tributos quer sejam interestaduais, intermunicipais, e também há ressalvas com 
relação à cobrança de pedágios e neste sentido o STF já enquadrou como taxa por uma 
contraprestação do serviço de manutenção de rodovias e não como espécie tributária autônoma 
(RE 181.475-6). 
 
g)-Princípio da Imunidade 
 
O art. 150, VI CF estipula a não incidência tributária para determinadas pessoas. Da mesma 
forma que a CF outorga poderes de instituir tributos sobre determinadas materialidades, ela 
9 
 
afasta a incidência tributária quando o assunto é de preservação de interesses nacionais, como 
manutenção das entidades federadas, atividades filantropias entre outros. A imunidade alcança: 
 
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas 
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos 
da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial 
de mídias ópticas de leitura a laser. 
 
 
h)-Outras Limitações do Poder de Tributar 
 
Conforme dispõe: 
 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o 
equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em 
níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios. 
 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, sua procedência ou destino. 
 
 
 
 
04 – BIBLIOGRAFIA : 
 
 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 7. ed. São Paulo: Método, 2013. 
ARANHA, Marcelo de Araújo. O principio da anterioridade tributária. 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2821/O-Principio-da-Anterioridade-Tributaria> acesso em 01 de 
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