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LIVRO 04 - Dicas OABencoadas - SEMANA 04

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Prévia do material em texto

@ O ABAIVO UEU 
 
 
S E J A A P R O V A D O C O M O @ O A B A I V O U E U 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E S T U D E C O M D I R E Ç Ã O E I N T E L I G Ê N C I A 
A S M E L H O R E S D I C A S P A R A S U A A P R O V A Ç Ã O 
 
LIVRO 04 
 
 
 
1 PROCESSO PENAL 
14 DIREITO CIVIL 
26 DIR. DO TRABALHO 
37 DIREITO PENAL 
54 ADMINISTRATIVO 
Nós, do OABaivouEU, após o sucesso ABSOLUTO do 
"DICAS MATADORAS", nosso material de reta final, 
elaboramos o nosso novíssimo material de DICAS 
OABENÇOADAS para que você consiga obter o 
máximo de resultado durante a sua preparação. 
 
Com ele, você irá, dia após dia e sem enrolação, 
aprender de forma prática e direta os conceitos e 
institutos dos temas que mais caem na prova da 
OAB! 
 
Agora você pode estudar os temas diários propostos 
no cronograma diretamente das DICAS 
OABENÇOADAS, fato que, com certeza, turbinará o 
seu aprendizado e te deixará ainda mais perto da 
aprovação! 
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1 
 
 
AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXIV 
DICAS OABENÇOADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. LEI MARIA DA PENHA (LEI Nº 11.340/2006) 
O QUE DEVO SABER: 
A lei maria da penha Cria mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e 
prevenir a violência doméstica e familiar contra 
a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da 
Constituição Federal, da Convenção sobre a 
Eliminação de Todas as Formas de Violência 
contra a Mulher, da Convenção Interamericana 
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência 
contra a Mulher e de outros tratados 
internacionais ratificados pela República 
Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher; e estabelece medidas de 
assistência e proteção às mulheres em situação 
de violência doméstica e familiar. 
Art. 2º Toda mulher, independentemente de 
classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, 
cultura, nível educacional, idade e religião, goza 
dos direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sendo-lhe asseguradas as 
oportunidades e facilidades para viver sem 
violência, preservar sua saúde física e mental e 
seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. 
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as 
condições para o exercício efetivo dos direitos à 
vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à 
educação, à cultura, à moradia, ao acesso à 
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à 
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito 
e à convivência familiar e comunitária. 
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que 
visem garantir os direitos humanos das 
mulheres no âmbito das relações domésticas e 
familiares no sentido de resguardá-las de toda 
forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder 
público criar as condições necessárias para o 
efetivo exercício dos direitos enunciados no 
caput. 
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão 
considerados os fins sociais a que ela se destina 
e, especialmente, as condições peculiares das 
mulheres em situação de violência doméstica e 
familiar. 
A lei nº 11.340/2006 contempla tanto os crimes 
comissivos como os omissivos. Configura 
violência contra mulher não só a física, como a 
sexual, moral, patrimonial e psicológica. 
A violência psicológica contra a mulher apesar 
de ser prevista há muito tempo na presente lei, 
não existia no ordenamento jurídico brasileiro 
um tipo penal correspondente. Contudo, a lei nº 
14.188/2021 acrescentou um novo crime no art. 
147-B do Código Penal: o delito de violência 
psicológica contra a mulher. 
“Art. 147-B do CP: Art. 147-B. Causar dano 
emocional à mulher que a prejudique e 
perturbe seu pleno desenvolvimento ou que 
vise a degradar ou a controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, 
mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, 
chantagem, ridicularização, limitação do 
DICA DO DIA 29 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
2 
 
 
independentemente de coabitação. 
 
 
 
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que 
cause prejuízo à sua saúde psicológica e 
autodeterminação: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, e multa, se a conduta não constitui crime 
mais grave. “ 
Por se tratar de um crime comum, o sujeito ativo 
poderá ser tanto o homem, como a mulher.Já o 
sujeito passivo só poderá ser a mulher. 
Perceba que para se enquadrar neste delito, faz- 
se necessário que o réu prátique um dos núcleos 
verbais que compôe a discrição das ações deste 
tipo, as quais não encontramos o dolo 
espefícifico de praticar o crime, violência 
psicológica, apenas pela razão das condinções 
do sexo feminino ( o qual é encontrado no 
feminicídio). 
#LINKMENTAL 
Por que estou te informando isto? Porque você 
precisa perceber esses detalhes quando for 
responder uma questão prática de direito 
penal. 
Por ex: Se na questão vier um caso prático onde 
um homem violentou a mulher, causando-lhe 
danos emocionais, por razões do seu sexo 
feminino, e pergunte qual o delito o homem 
cometeu. 
O que você deverá fazer? Com essa informação 
que te dei? Caso uma das alternativas fale que 
esse crime é o delito do artigo 147-B do CP( 
Violência psicológica contra mulher) você já irá 
eliminar, pois já sabe que este delito não possui 
dolo específico. Entendeu? 
Violência psicológica x lesão corporal 
Rogério Sanches defende que, se a violência 
psicológica resultar em lesão à saúde 
psicológica da vítima, comprovada por exame e 
demonstrado nexo de causalidade (indicando o 
respectivo CID), haverá o crime de lesões 
corporais, que poderá ser leve (art. 129, § 13) ou 
até grave, quando, por exemplo, causar a 
incapacidade da vítima para exercer suas 
ocupações habituais por mais de trinta dias (art. 
129, § 1º, I, do CP). Também haverá lesão grave 
se a doença psicológica gerar pensamentos 
suicidas, diante do risco à vida (FERNANDES, 
Valéria Diez Scarance. ÁVILA, Thiago Pierobom 
de; CUNHA, Rogério Sanches. Violência 
psicológica contra a mulher: comentários à Lei n. 
14.188/2021. Disponível em: 
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com. 
br/2021/07/29/comentarios-lei-n-14- 
1882021/) 
Pois bem, sigamos com análise da lei nº 
11.340/2006. 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura 
violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero 
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial 
I - No âmbito da unidade doméstica, 
compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo 
familiar, inclusive as esporadicamente 
agregadas; 
II - No âmbito da família, compreendida como a 
comunidade formada por indivíduos que são ou 
se consideram aparentados, unidos por laços 
naturais, por afinidade ou por vontade 
expressa (NÃO PRECISA SER PARENTE 
CONSAGUÍNIO) 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual 
o agressor conviva ou tenha convivido com a 
ofendida, 
Parágrafo único. As relações pessoais 
enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. 
Súmula 600-STJ: Para a configuração da 
violência doméstica e familiar prevista no 
artigo 5º da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da 
Penha) não se exige a coabitação entre autor e 
vítima. 
3 
 
 
 
 
 
Doutrinariamente, assim como 
jurisprudencialmente se entende que a lei maria 
da penha se aplica para a mulher transgênero, 
ainda que não tenha se submetido a cirurgia de 
redesignação sexual. 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a 
mulher constitui uma das formas de violação 
dos direitos humanos 
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E 
FAMILIAR CONTRA A MULHER 
Art. 7º São formas de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, entre outras: 
I - A violência física, entendida comoqualquer 
conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como 
qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da autoestima ou que lhe 
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento 
ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante 
ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, 
perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
violação de sua intimidade, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou 
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à 
saúde psicológica e à autodeterminação 
III - a violência sexual, entendida como qualquer 
conduta que a constranja a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não 
desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a 
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a 
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer 
método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, 
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule 
o exercício de seus direitos sexuais e 
reprodutivos ( O ATO DE APENAS PRESENCIAR 
POR MEIO DE CONSTRANGIMENTO TAMBÉM É 
VIOLÊNCIA SEXUAL) 
IV - A violência patrimonial, entendida como 
qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus 
objetos, instrumentos de trabalho, documentos 
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer 
suas necessidades; (DESTRUIÇÃO TANTO 
PARCIAL OU TOTAL. NA QUESTÃO, COM 
CERTEZA VAI VIR FALANDO QUE APENAS A 
DESTRUIÇÃO TOTAL SE CONFIGURA VIOLÊNCIA 
MATERIAL PAQRA ESTA LEI). 
V - A violência moral, entendida como qualquer 
conduta que configure calúnia, difamação ou 
injúria. 
OBS: NÃO CONFUNDAM: O CRIME DO ART. 
147-B DO CP, VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 
CONTRA MULHER, É DIFERENTE DA VIOLÊNCIA 
PSICOLÓGICA TRATADA NA LEI MARIA DA 
PENNHA. POR QUÊ? PORQUE NEM SEMPRE A 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA VAI SER NO ÂMBITO 
DOMÉSTICO E FAMILIAR ENTENDE? A 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA DO CÓDIGO PENAL É 
MAIS AMPLA, JÁ A DA LEI MARIA DA PENHA É 
RESTRITA AOS REQUISITOS EXIGIDOS PELA LEI. 
OBS: QUANDO A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 
CONTRA A MULHER (ART. 147-B DO CP) FOR 
PRATICADA NO ÂMBITO DOMÉSTICO E 
FAMILIAR SERÁ SEGUIDO O RITO EXPRESSO NA 
LEI Nº 11.340/2006. SENDO ASSIM, NÃO SE 
APLICARÃO OS BENEFÍCIOS DA LEI Nº 
9.099/1995. CHEIRO DE QUESTÃO DE PROVA 
ISSO VIU!!! 
Logo, essas súmulas também serão aplicadas 
ao delito do art. 147-B do CP. 
Súmula 536-STJ: A suspensão condicional do 
processo e a transação penal não se aplicam na 
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria 
da Penha. 
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime 
de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada. 
4 
 
 
 
 
 
Súmula 588-STJ: A prática de crime ou 
contravenção penal contra a mulher com 
violência ou grave ameaça no ambiente 
doméstico impossibilita a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
Obs: Caso a violência psicológica ontra a 
mulher seja praticada sem ser no contexto do 
ambiente doméstico e familiar serão aplicados 
os benefícios da lei nº 9.099/1995 
Art. 9º A assistência à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar será prestada de 
forma articulada e conforme os princípios e as 
diretrizes previstos na Lei Orgânica da 
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, 
no Sistema Único de Segurança Pública, entre 
outras normas e políticas públicas de proteção, 
e emergencialmente quando for o caso. 
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a 
inclusão da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar no cadastro de programas 
assistenciais do governo federal, estadual e 
municipal. 
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar, para preservar 
sua integridade física e psicológica: 
I - Acesso prioritário à remoção quando 
servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta; 
II - Manutenção do vínculo trabalhista, quando 
necessário o afastamento do local de trabalho, 
por até seis meses. 
III - encaminhamento à assistência judiciária, 
quando for o caso, inclusive para eventual 
ajuizamento da ação de separação judicial, de 
divórcio, de anulação de casamento ou de 
dissolução de união estável perante o juízo 
competente. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 3º A assistência à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar compreenderá o 
acesso aos benefícios decorrentes do 
desenvolvimento científico e tecnológico, 
incluindo os serviços de contracepção de 
emergência, a profilaxia das Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST) e da 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) 
e outros procedimentos médicos necessários e 
cabíveis nos casos de violência sexual. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar 
lesão, violência física, sexual ou psicológica e 
dano moral ou patrimonial a mulher fica 
obrigado a ressarcir todos os danos causados, 
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde 
(SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos 
relativos aos serviços de saúde prestados para o 
total tratamento das vítimas em situação de 
violência doméstica e familiar, recolhidos os 
recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde 
do ente federado responsável pelas unidades de 
saúde que prestarem os serviços 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 5º Os dispositivos de segurança destinados ao 
uso em caso de perigo iminente e 
disponibilizados para o monitoramento das 
vítimas de violência doméstica ou familiar 
amparadas por medidas protetivas terão seus 
custos ressarcidos pelo agressor 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 
5º deste artigo não poderá importar ônus de 
qualquer natureza ao patrimônio da mulher e 
dos seus dependentes, nem configurar 
atenuante ou ensejar possibilidade de 
substituição da pena aplicada 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 7º A mulher em situação de violência 
doméstica e familiar tem prioridade para 
matricular seus dependentes em instituição de 
educação básica mais próxima de seu domicílio, 
ou transferi-los para essa instituição, mediante 
a apresentação dos documentos 
comprobatórios do registro da ocorrência 
policial ou do processo de violência doméstica e 
familiar em curso. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
5 
 
 
 
 
 
§ 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de 
seus dependentes matriculados ou transferidos 
conforme o disposto no § 7º deste artigo, e o 
acesso às informações será reservado ao juiz, ao 
Ministério Público e aos órgãos competentes do 
poder público 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
Art. 11. No atendimento à mulher em situação 
de violência doméstica e familiar, a autoridade 
policial deverá, entre outras providências: 
V - Informar à ofendida os direitos a ela 
conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, 
inclusive os de assistência judiciária para o 
eventual ajuizamento perante o juízo 
competente da ação de separação judicial, de 
divórcio, de anulação de casamento ou de 
dissolução de união estável. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual 
ou iminente à vida ou à integridade física ou 
psicológica da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o 
agressor será imediatamente afastado do lar, 
domicílio ou local de convivência com a 
ofendida: #NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
I - Pela autoridade judicial 
II - Pelo delegado de polícia, quando o Município 
não for sede de comarca; ou 
III - pelo policial, quando o Município não for 
sede de comarca e não houver delegado 
disponível no momento da denúncia. 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IIe III 
do caput deste artigo, o juiz será comunicado no 
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e 
decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou 
a revogação da medida aplicada, devendo dar 
ciência ao Ministério Público 
concomitantemente. 
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da 
ofendida ou à efetividade da medida protetiva 
de urgência, não será concedida liberdade 
provisória ao preso. 
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor 
ação de divórcio ou de dissolução de união 
estável no Juizado de Violência Doméstica e 
Familiar contra a Mulher. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de 
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher 
a pretensão relacionada à partilha de 
bens. #DECORAESSABIXIGA 
§ 2º Iniciada a situação de violência doméstica 
e familiar após o ajuizamento da ação de 
divórcio ou de dissolução de união estável, a 
ação terá preferência no juízo onde estiver. 
#DAPRINTECOLANAMENTE 
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, 
para os processos cíveis regidos por esta Lei, o 
Juizado: 
I - Do seu domicílio ou de sua residência; 
II - Do lugar do fato em que se baseou a 
demanda; 
III - do domicílio do agressor. 
Art. 16. Nas ações penais públicas 
condicionadas à representação da ofendida de 
que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à 
representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, 
antes do recebimento da denúncia e ouvido o 
Ministério Público. (RETRATAÇÃO) 
LEMBRE-SE: NÃO SÃO TODOS OS CRIMES 
COMETIDOS NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA QUE PODE OCORRER A 
REATRATAÇÃO, MAS APENAS AQUELES DE 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA Á 
REPRESENTAÇÃO, COMO POR EXEMPLO, A 
AMEAÇA. 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de 
violência doméstica e familiar contra a mulher, 
de penas de cesta básica ou outras de 
prestação pecuniária, bem como a substituição 
de pena que implique o pagamento isolado de 
multa. 
6 
 
 
 
 
 
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos 
atos processuais relativos ao agressor, 
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à 
saída da prisão, sem prejuízo da intimação do 
advogado constituído ou do defensor público. 
Parágrafo único. A ofendida não poderá 
entregar intimação ou notificação ao 
agressor #semprecai #DECOREESSABIXIGA 
 
 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O 
AGRESSOR 
Art. 22. Constatada a prática de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de 
imediato, ao agressor, em conjunto ou 
separadamente, as seguintes medidas 
protetivas de urgência, entre outras: 
I - Suspensão da posse ou restrição do porte de 
armas, com comunicação ao órgão competente, 
nos termos da 
II - Afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a ofendida; (É O 
AFASTAMENTO DO AGRESSOR DO LAR E NÃO 
DA OFENDIDA) 
III - proibição de determinadas condutas, entre 
as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares 
e das testemunhas, fixando o limite mínimo de 
distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e 
testemunhas por qualquer meio de 
comunicação; 
c) frequentação de determinados lugares a fim 
de preservar a integridade física e psicológica da 
ofendida; 
IV - Restrição ou suspensão de visitas aos 
dependentes menores, ouvida a equipe de 
atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
V - Prestação de alimentos provisionais ou 
provisórios. 
VI – Comparecimento do agressor a programas 
de recuperação e reeducação; 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, 
por meio de atendimento individual e/ou em 
grupo de apoio 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 1º As medidas referidas neste artigo não 
impedem a aplicação de outras previstas na 
legislação em vigor, sempre que a segurança da 
ofendida ou as circunstâncias o exigirem, 
devendo a providência ser comunicada ao 
Ministério Público. 
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, 
encontrando-se o agressor nas condições 
mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei 
nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz 
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou 
instituição as medidas protetivas de urgência 
concedidas e determinará a restrição do porte 
de armas, ficando o superior imediato do 
agressor responsável pelo cumprimento da 
determinação judicial, sob pena de incorrer nos 
crimes de prevaricação ou de desobediência, 
conforme o caso. 
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas 
protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, 
a qualquer momento, auxílio da força policial. 
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste 
artigo, no que couber, o disposto no caput e 
nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 
de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA DA 
OFENDIDA 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem 
prejuízo de outras medidas: 
I - Encaminhar a ofendida e seus dependentes a 
programa oficial ou comunitário de proteção ou 
de atendimento; 
7 
 
 
 
 
 
II - Determinar a recondução da ofendida e a de 
seus dependentes ao respectivo domicílio, após 
afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do 
lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, 
guarda dos filhos e alimentos; 
IV - Determinar a separação de corpos. 
V - Determinar a matrícula dos dependentes da 
ofendida em instituição de educação básica 
mais próxima do seu domicílio, ou a 
transferência deles para essa instituição, 
independentemente da existência de 
vaga. #NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da 
sociedade conjugal ou daqueles de propriedade 
particular da mulher, o juiz poderá determinar, 
liminarmente, as seguintes medidas, entre 
outras: 
I - Restituição de bens indevidamente subtraídos 
pelo agressor à ofendida; 
II - Proibição temporária para a celebração de 
atos e contratos de compra, venda e locação de 
propriedade em comum, salvo expressa 
autorização judicial; 
III - suspensão das procurações conferidas pela 
ofendida ao agressor;( NÃO É EXTINÇÃO, MAS 
SUSPENSÃO) 
IV - Prestação de caução provisória, mediante 
depósito judicial, por perdas e danos materiais 
decorrentes da prática de violência doméstica e 
familiar contra a ofendida. 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório 
competente para os fins previstos nos incisos II 
e III deste artigo 
 
 
2. LEI ANTIDROGRAS (LEI Nº 11.343/2006) 
O QUE DEVO SABER: 
Assim como a Lei Maria da penha, trarei os 
dispositivos mais importantes e passíveis de 
cair no certame da OAB, bem como 
comentários acerca do tema. 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo 
poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, bem como substituídas a 
qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e 
o defensor. 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em 
depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes 
penas: 
I - Advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - Prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento à 
programa ou curso educativo. 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, 
para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou 
colhe plantas destinadas à preparação de 
pequena quantidade de substância ou produto 
capaz de causar dependência física ou psíquica. 
§ 2º Para determinar se a droga se destinava a 
consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e 
à quantidade da substância apreendida, ao 
local e às condições em que se desenvolveu a 
ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem 
como à conduta e aos antecedentes do agente. 
#DECOREMESSEPARAGRAFO 
#ESSAPINOIASEMPRECAI =) 
“É atípica a conduta de importar pequena 
quantidade de sementesde maconha. STJ. 3ª 
Seção. EREsp 1.624.564-SP, Rel. Min. Laurita 
Vaz, julgado em 14/10/2020 (Info 683). STF. 2ª 
Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 11/9/2018 (Info 915)” 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do 
caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo 
máximo de 5 (cinco) meses. 
8 
 
 
 
 
 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas 
nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será 
cumprida em programas comunitários, 
entidades educacionais ou assistenciais, 
hospitais, estabelecimentos congêneres, 
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se 
ocupem, preferencialmente, da prevenção do 
consumo ou da recuperação de usuários e 
dependentes de drogas. 
§ 6º Para garantia do cumprimento das 
medidas educativas a que se refere o caput, nos 
incisos I, II e III, a que injustificadamente se 
recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a: 
I - Admoestação verbal; 
II - Multa. 
PRESTEM ATENÇÃO: MESMO QUE O RÉU 
DESCUMPRA AS MEDIDAS EDUCATIVAS 
IMPOSTAS INJUSTIFICADAMENTE, ELE NÃO 
SERÁ PRESO. 
“O ato de consumir, usar a droga, não constitui 
núcleo do tipo penal. Para o STF, não 
caracteriza o crime de porte de drogas a 
conduta do agente que recebendo de terceiro a 
droga, para uso próprio, a consome, 
incontinenti, pois a incriminação do porte de 
tóxicos para uso próprio só se pode explicar 
como delito contra a saúde pública (HC 
79189)”. 
O STF (info. 456) considera que a conduta 
descrita nesse artigo continua sendo crime, 
tendo ocorrido apenas uma 
“DESPENALIZAÇÃO” (não descriminalização). 
Mesmo sendo crime, o STJ entende que a 
condenação anterior pelo art. 28 da Lei nº 
11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) 
NÃO configura reincidência. STJ. 5ª Turma. HC 
453.437/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 04/10/2018. STJ. 6ª 
Turma. REsp 1672654/SP, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 
21/08/2018 (Info 632). 
O procedimento utilizado no art. 28 da lei de 
drogas será o do JECRIM, salvo se houver 
concurso com outros crimes da lei de drogas. 
Art. 48. O procedimento relativo aos processos 
por crimes definidos neste Título rege-se pelo 
disposto neste Capítulo, aplicando-se, 
subsidiariamente, as disposições do Código de 
Processo Penal e da Lei de Execução Penal. 
§ 1º O agente de qualquer das condutas 
previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver 
concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 
37 desta Lei, será processado e julgado na forma 
dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 
de setembro de 1995, que dispõe sobre os 
Juizados Especiais Criminais. 
 
 
devendo o autor do fato ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta 
deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado 
e providenciando-se as requisições dos exames 
e perícias necessários. 
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as 
providências previstas no § 2º deste artigo 
serão tomadas de imediato pela autoridade 
policial, no local em que se encontrar, vedada a 
detenção do agente. 
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata 
o § 2º deste artigo, o agente será submetido a 
exame de corpo de delito, se o requerer ou se a 
autoridade de polícia judiciária entender 
conveniente, e em seguida liberado. 
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 
9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados 
Especiais Criminais, o Ministério Público 
poderá propor a aplicação imediata de pena 
prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada 
na proposta. 
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 
desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, 
9 
 
 
 
 
 
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a 
imposição e a execução das penas, observado, 
no tocante à interrupção do prazo, o disposto 
nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
OBS. O menor prazo prescricional expresso no 
código penal é de 03 anos, contudo no menor 
prazo referente aos delitos, em geral, é o de 02 
anos, exclusivamente para este crime do art. 28 
da lei nº 11.343/2006. 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, 
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, 
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda 
que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e 
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - Importa, exporta, remete, produz, fabrica, 
adquire, vende, expõe à venda, oferece, 
fornece, tem em depósito, transporta, traz 
consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria- 
prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas; 
II - Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem 
autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, de plantas 
que se constituam em matéria-prima para a 
preparação de drogas (REPARE QUE AQUI NÃO 
FALA EM PEQUENA QUANTIDADE e CONSUMO 
PRÓPRIO, COMO EXPRESSAMENTE TRAZ O 
ART. 28, LOGO SE FALAR EM MÉDIA OU 
GRANDE QUANTIDADE, A QUESTÃO ESTARÁ 
FALANDO DE TRÁFICO DE DROGAS E NÃO DO 
ART. 28) 
Obs. Abrange não apenas substâncias 
destinadas exclusivamente à preparação da 
droga, mas também aquelas que, 
eventualmente, se prestem a essa finalidade. É 
necessário o exame pericial para atestar essa 
condição. 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de 
que tem a propriedade, posse, administração, 
guarda ou vigilância, ou consente que outrem 
dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, para o 
tráfico ilícito de drogas (O sujeito ativo é o 
proprietário, possuidor, administrador ou 
VIGIA (crime próprio). 
IV - Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, 
insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso 
indevido de droga 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, 
e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28. 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º 
deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de 
um sexto a dois terços, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa. É O CHAMADO 
TRÁFICO PRIVILEGIADO 
O Tráfico de drogas é um crime equiparado ao 
hediondo, contudo, o tráfico privilegiado foi 
considerado um crime não hediondo. 
10 
 
 
 
 
 
“ O chamado "tráfico privilegiado", previsto no § 
4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 (Lei de 
Drogas), não deve ser considerado crime 
equiparado a hediondo. STF. Plenário. HC 
118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 
23/6/2016 (Info 831) “ 
O §4º é uma causa de diminuição de pena, a qual 
se aplica na terceira fase da dosimetria da pena 
( QUEM FOR DE PENAL DA 2ª FASE, JÁ DECORA 
HAHAHA). É também um direito subjetivo réu, 
CONFORME ENTENDE O STF, logo preenchido 
todos os requisitos exigidos não poderá o juiz 
negqar tal benefício. 
OBS: O PACOTE ANTICRIME ALTEROU A LEI DE 
EXECUÇÃO PENAL E INSERIU O MENCIONADO 
PRIVILÉGIO, EXPRESSAMENTE,NA LEGISLAÇÃO 
INFRACONSTITUCIONAL. 
#JURIS 
O STJ concedeu a ordem para que os juízes das 
varas de execução penal: • concedam o regime 
aberto para os presos condenados a 1 ano e 8 
meses por tráfico privilegiado (pena mínima) e 
que estejam em regime fechado. • reavaliem a 
situação dos presos condenados por tráfico 
privilegiado a penas maiores que 1 ano e 8 
meses, no entanto, menores do que 4 anos de 
reclusão. STJ. 6ª Turma. HC 596.603-SP, Rel. 
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
08/09/2020 (Info 681). 
“ .... Em outras palavras, militará em favor do 
réu a presunção de que é primário e de bons 
antecedentes e de que não se dedica a 
atividades criminosas nem integra organização 
criminosa. O ônus de provar o contrário é do 
Ministério Público. Assim, o STF considerou 
preenchidas as condições da aplicação da 
redução de pena, por se estar diante de ré 
primária, com bons antecedentes e sem 
indicação de pertencimento a organização 
criminosa. STF. 2ª Turma. HC 154694 AgR/SP, 
rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. 
Gilmar Mendes, julgado em 4/2/2020 (Info 
965)” 
Súmula 630-STJ: A incidência da atenuante da 
confissão espontânea no crime de tráfico ilícito 
de entorpecentes exige o reconhecimento da 
traficância pelo acusado, não bastando a mera 
admissão da posse ou propriedade para uso 
próprio. 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas 
para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput 
e § 1º, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput 
deste artigo incorre quem se associa para a 
prática reiterada do crime definido no art. 36 
desta Lei. 
Para os tribunais a associação para o tráfico não 
se equipara a crime hediondo, assim como faz- 
se necessário que a associação seja permanente, 
duradoura, tenha estabilidade, e não apenas 
que ocorra eventualmente. 
É crime autônomo, o réu será responsabilizado 
independente de também ter praticado o delito 
do art.33 da lei nº 11.343/2006. 
CAUSAS DE AUMENTO 
I - a natureza, a procedência da substância ou do 
produto apreendido e as circunstâncias do fato 
evidenciarem a TRANSNACIONALIDADE do 
delito; 
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes 
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se 
caracterizado ilícito transnacional, são da 
competência da Justiça Federal. 
Parágrafo único. Os crimes praticados nos 
Municípios que não sejam sede de vara federal 
serão processados e julgados na vara federal da 
circunscrição respectiva. 
 
 
Quando ocorre esse tipo de delito a 
competência é da Justiça Federal, porém qual 
11 
 
 
 
 
 
justiça federal? A DO LOCAL DA APRRENSSÃO 
DA DROGA OU DESTINO? 
Em recente mudança de entendimento, o STJ se 
posicionou no sentido de que a Justiça Federal 
competente para julgar o delito será do local de 
DESTINO DA DROGA. 
“Na hipótese de importação da droga via correio 
cumulada com o conhecimento do destinatário 
por meio do endereço aposto na 
correspondência, a Súmula 528/STJ deva ser 
flexibilizada para se fixar a competência no Juízo 
do local de destino da droga, em favor da 
facilitação da fase investigativa, da busca da 
verdade e da duração razoável do processos. 3ª 
Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan 
Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698). “ 
II- o agente praticar o crime prevalecendo-se de 
função pública ou no desempenho de missão de 
educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
III-a infração tiver sido cometida nas 
dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, 
sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de 
recintos onde se realizem espetáculos ou 
diversões de qualquer natureza, de serviços de 
tratamento de dependentes de drogas ou de 
reinserção social, de unidades militares ou 
policiais ou em transportes públicos; 
Se o agente leva a droga em transporte público, 
mas não a comercializa dentro do meio de 
transporte, incidirá essa majorante? NÃO. STJ. 
(Info 543) 
“A aplicação da causa de aumento prevista no 
art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006 se justifica 
quando constatada a comercialização de 
drogas nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, sendo irrelevante 
se o agente infrator visa ou não aos 
frequentadores daquele local. STF. (Info 858)” 
IV-o crime tiver sido praticado com violência, 
grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou 
qualquer processo de intimidação difusa ou 
coletiva; 
V-- caracterizado o tráfico entre Estados da 
Federação ou entre estes e o Distrito Federal 
(interestadual); 
Súmula 587-STJ: Para a incidência da majorante 
prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é 
desnecessária a efetiva transposição de divisas 
entre estados da federação, sendo suficiente a 
demonstração inequívoca da intenção de 
realizar o tráfico interestadual. 
VI - sua prática ENVOLVER OU VISAR A ATINGIR 
criança ou adolescente, ou a quem tenha, por 
qualquer motivo,diminuída ou suprimida a 
capacidade de entendimento e determinação; 
#LINKMENTAL 
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO 
POLICIAL 
LEI DE DROGAS CPP 
 
PRESO 30/PRORROGÁVEL PRESO 10 DIAS 
SOLTO 90/ 
PRORROGÁVEL 
SOLTO 30 DIAS 
 
3. CRIMES HEDIONDOS LEI Nº 8072/1990 
O QUE DEVO SABER: 
O pacote anticrime adicionou novos crimes 
hediondos: Furto com explosivo, favorecimento 
à prostituição, todos os crimes com arma de 
fogo, organização criminosa. 
Art. 1
o
 São considerados hediondos os seguintes 
crimes, todos tipificados no Decreto-Lei 
n
o
 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal, consumados ou tentados: (Redação 
dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 
7.210, de 1984) 
I - Homicídio (art. 121), quando praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente, e homicídio 
qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, 
VI, VII e VIII) #NOVIDADELEGISLATIVA 
12 
 
 
 
 
 
 
 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima (art. 129, § 2
o
) e lesão corporal 
seguida de morte (art. 129, § 3
o
), quando 
praticadas contra autoridade ou agente descrito 
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da 
função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição ( SE O ATO PRATICADO PELO RÉU, FOR 
CONTRA PARENTE POR AFINIDADE, O CRIME 
NÃO SERÁ CONSIDERADO HEDIONDO) 
#novidadelegislativanacabeça 
II - Roubo: 
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da 
vítima (art. 157, § 2º, inciso V); 
b) circunstanciado pelo emprego de arma de 
fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego 
de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 
157, § 2º-B); 
c) qualificado pelo resultado lesão corporal 
grave ou morte (art. 157, § 3º); 
III - extorsão qualificada pela restrição da 
liberdade da vítima, ocorrência de lesão 
corporal ou morte (art. 158, § 3º 
IV - Extorsão mediante sequestro e na forma 
qualificada (art. 159, caput, e §§ l
o
, 2
o
 e 
3
o
); 
V - Estupro (art. 213, caput e §§ 1
o
 e 
2
o
); 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 
1
o
, 2
o
, 3
o
 e 4
o
 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 
1o 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou 
alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 
1
o
, § 1
o
-A e § 1
o
-B, com a redação dada pela Lei 
n
o
 9.677, de 2 de julho de 1998). 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra 
forma de exploração sexual de criança ou 
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, 
e §§ 1º e 2º 
IX- furto qualificado pelo emprego de 
explosivo ou de artefato análogo que cause 
perigo comum (art. 155, § 4º-A). 
Parágrafo único. Consideram-se também 
hediondos, tentados ou consumados: 
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º 
e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 
1956; 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de 
fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei 
nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, 
previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003; 
IV - o crime de tráfico internacional de arma de 
fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 
2003; 
V - O crime de organização criminosa, quando 
direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança 
§ 1
o
 A pena por crime previsto neste artigo será 
cumprida inicialmente em regime fechado 
§ 2º (Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3
o
 Em caso de sentença condenatória, o juiz 
decidirá fundamentadamente se o réu poderá 
apelar em liberdade. 
13 
 
 
 
 
 
§ 4
o
 A prisão temporária, sobre a qual dispõe 
a Lei n
o
 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos 
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 
30 (trinta) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
 
4. PRISÃO TEMPORÁRIA LEI Nº 7.960/1989 
O QUE DEVO SABER: 
 
 
Art. 301 do CPP- Qualquer do povo poderá e as 
autoridades policiais e seus agentes deverão 
prender quem quer que seja encontrado em 
flagrante delito. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito 
quem: 
I - Está cometendo a infração penal (Flagrante 
próprio) 
II - Acaba de cometê-la (Flagrante próprio) 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, 
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da 
infração (Flagrante 
impróprio/imperfeito/irreal/quase flagrante) 
IV - é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração 
(Flagrante ficto/presumido/feliz encontro) 
Obs. Flagrante Esperado – Este tipo de flagrante 
é válido, pois a autoridade policial ao tomar 
conhecimento de que será praticada uma 
infração penal ela se desloca para o local onde o 
crime acontecerá. 
Obs. Flagrante preparado- Neste caso ocorre o 
crime impossível, pois a autoridade instiga o 
infrator a cometer o crime, criando a situação 
para que ele pratique o delito e seja preso em 
flagrante. 
Depois da Lei nº 13.964/2019 (Pacote 
Anticrime), não é mais possível que o juiz, de 
ofício, converta a prisão em flagrante em prisão 
preventiva (é indispensável requerimento), 
assim como não poderá, de ofício aplicar as 
medidas cautelares. 
Calma, aÊ...Flávia você falou da prisão 
PREVENTIVA, mas e temporária? Quando é 
cabível? 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - Quando imprescindível para as investigações 
do inquérito policial; 
II - Quando o indicado não tiver residência fixa 
ou não fornecer elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade ( NÃO É RÉU 
AINDA, É INDICIADO) 
III - quando houver fundadas razões, de acordo 
com qualquer prova admitida na legislação 
penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, 
e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, 
e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação 
com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 
1940) 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e 
sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 
2.848, de 1940) 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação 
com o art. 223 caput, e parágrafo 
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 
1940) 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 
1°); 
14 
 
 
DICA DO DIA 30 
DIREITO CIVIL 
 
 
 
j) envenenamento de água potável ou 
substância alimentícia ou medicinal qualificado 
pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 
285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código 
Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 
1° de outubro de 1956), em qualquer de sua 
formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 
21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 
7.492, de 16 de junho de 1986). 
p) crimes previstos na Lei de 
Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 
2016) 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo 
Juiz, em face da representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de 
extrema e comprovada necessidade. 
§ 1° Na hipótese de representação da 
autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, 
ouvirá o Ministério Público. 
§ 2° O despacho que decretar a prisão 
temporária deverá ser fundamentado e 
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, contadas a partir do 
recebimento da representação ou do 
requerimento. 
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento 
do Ministério Público e do Advogado, 
determinar que o preso lhe seja apresentado, 
solicitar informações e esclarecimentos da 
autoridade policial e submetê-lo a exame de 
corpo de delito. 
Art. 4º.§ 7º Decorrido o prazo contido no 
mandado de prisão, a autoridade responsável 
pela custódia deverá, independentemente de 
nova ordem da autoridade judicial, pôr 
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já 
tiver sido comunicada da prorrogação da prisão 
temporária ou da decretação da prisão 
preventiva. 
#NOVIDADELEGISLATIVANACABEÇA 
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do 
mandado de prisão no cômputo do prazo de 
prisão temporária. (Redação dada pela Lei 
nº 13.869. de 2019) 
Art. 3° Os presos temporários deverão 
permanecer, obrigatoriamente, separados dos 
demais detentos. 
 
 
 
 
1. DOMICÍLIO 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Domicílio civil é o lugar onde a pessoa natural 
estabelece residência habitual e com ânimo 
definitivo. 
FIQUE ATENTO: No nosso País inexiste a 
possibilidade de alguém não ter domicílio, eis 
que ainda que não tenha local fixo, residência, 
será considerado domicílio o local onde a 
pessoa for localizada. 
ESPÉCIES DE DOMICÍLIO: 
Domicílio da pessoa natural/civil é o lugar onde 
ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
Domicílio voluntário da pessoa é aquele que é 
fixado com base em sua própria vontade 
(autonomia privada). 
Domicílio de origem é o primeiro domicílio de 
uma pessoa, inclusive, do incapaz, eis que este 
recebe, legalmente, o domicílio dos seus 
representantes. 
15 
 
 
 
 
 
Domicílio necessário/legal é o importo por lei, 
nos casos do artigo 76, do CC: Pessoa Jurídica de 
Direito Público Interno, incapaz, o servidor 
público, o militar, o marítimo e o preso. 
Atenção: O funcionário público, por exemplo, 
além do domicílio legal também pode ter o 
domicílio voluntário. 
LOGO, o domicílio necessário/legal NÃO 
EXCLUI o voluntário. 
Domicílio contratual: Previsão no 78, do CC. 
Ocorre nos contratos escritos, quando poderão 
os contratantes especificar domicílio onde se 
exercitem e cumpram os direitos e obrigações 
deles resultantes. 
Domicílio das PJs: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas 
capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a 
administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas (direito 
privado), o lugaronde funcionarem as 
respectivas diretorias e administrações, ou 
onde elegerem domicílio especial no seu 
estatuto ou atos constitutivos. 
Pluralidade de domicílios: Se a PJ tiver diversos 
estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado domicílio para os 
atos nele praticados. 
Fique atento pois a LINDB também possui 
algumas disposições sobre domicílio: 
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e 
os direitos de família. 
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será 
aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da 
celebração. 
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá 
celebrar-se perante autoridades diplomáticas 
ou consulares do país de ambos os nubentes. 
(Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, 
regerá os casos de invalidade do matrimônio a 
lei do primeiro domicílio conjugal. 
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, 
obedece à lei do país em que tiverem os 
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do 
primeiro domicílio conjugal. 
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar 
brasileiro, pode, mediante expressa anuência de 
seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega 
do decreto de naturalização, se apostile ao 
mesmo a adoção do regime de comunhão 
parcial de bens, respeitados os direitos de 
terceiros e dada esta adoção ao competente 
registro. (Redação dada pela Lei nº 
6.515, de 1977) 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um 
ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será 
reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da 
data da sentença, salvo se houver sido 
antecedida de separação judicial por igual prazo, 
caso em que a homologação produzirá efeito 
imediato, obedecidas as condições 
estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. O Superior Tribunal de 
Justiça, na forma de seu regimento interno, 
poderá reexaminar, a requerimento do 
interessado, decisões já proferidas em pedidos 
de homologação de sentenças estrangeiras de 
divórcio de brasileiros, a fim de que passem a 
produzir todos os efeitos legais. 
(Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). 
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do 
chefe da família estende-se ao outro cônjuge e 
aos filhos não emancipados, e o do tutor ou 
curador aos incapazes sob sua guarda. 
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, 
considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre. 
16 
 
 
 
 
 
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as 
relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei 
do país em que estiverem situados. 
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for 
domiciliado o proprietário, quanto aos bens 
moveis que ele trouxer ou se destinarem a 
transporte para outros lugares. 
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio 
que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a 
coisa apenhada. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência 
obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a 
natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no País, será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, ou de quem os represente, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do 
de cujus. (Redação dada pela Lei nº 
9.047, de 1995) 
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário 
regula a capacidade para suceder. 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária 
brasileira, quando for o réu domiciliado no 
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a 
obrigação. 
2. DOS BENS 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
No EXAME DE ORDEM você deve ter 
conhecimento, primordialmente, sobre as 
classificações dos BENS, que tem início no artigo 
79, do CC. 
1) BENS IMÓVEIS: São bens imóveis o solo e 
tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. ATENÇÃO: O referido tipo de 
bem não pode ser deslocado do local que se 
situa sem perder valor econômico ou função. 
Exemplo: São bens imóveis o solo e tudo quanto 
se lhe incorporar natural ou artificialmente (art. 
79). Ainda são considerados bens imóveis: os 
direitos reais sobre imóveis e as ações que os 
asseguram e o direito à sucessão aberta. 
FIQUE ATENTO: Não perde a característica de 
bem imóvel dado bem que é deslocado ou 
retirado provisoriamente de uma construção 
para novamente nela ser reutilizado. Se for 
DEMOLIDO, perde a característica de bem 
imóvel. 
Nesse sentido: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas 
conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de 
um prédio, para nele se reempregarem. 
1.1) BENS IMÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL 
(Art. 90, CC): os direitos reais sobre imóveis e as 
ações que os asseguram e o direito à sucessão 
aberta, Herança e direitos e ações que recaem 
sobre bens imóveis (EX: direito de posse sobre 
um apartamento e a ação possessória são bens 
imóveis). 
1.2) BENS IMÓVEIS POR ACESSÃO FÍSICA: É 
qualquer bem que agregue o imóvel. EX: Uma 
estátua no Jardim de uma casa é considerado 
bem imóvel por acessão física. Ademais, tudo 
que se adere naturalmente ao solo, como as 
árvores, os frutos pendentes, os acessórios são 
considerados imóveis por acessão física. 
2) BENS MÓVEIS: São móveis os bens suscetíveis 
de movimento próprio, ou de remoção por força 
alheia, sem alteração da substância ou da 
destinação econômico-social (Art. 82). São 
aqueles que podem ser movidos de um local 
para o outro sem que cause uma destruição do 
Bem ou do local. ATENÇÃO: O referido tipo de 
bem pode ser deslocado do local que se situa 
sem perder valor econômico ou função. 
Atenção: Os materiais destinados a alguma 
construção, enquanto não forem empregados, 
conservam sua qualidade de móveis; 
17 
 
 
 
 
 
readquirem essa qualidade os provenientes da 
demolição de algum prédio. 
2.1) BENS MÓVEIS POR DETERMINAÇÃO LEGAL 
(Art. 83, CC): 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as 
ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações. 
2.2) BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO: 
São aqueles transformados em bens móveis 
pelo homem tendo como fim o lucro, a 
economia. (Exemplos: verduras colhidas, 
madeira cortada, metal extraído etc). Por serem 
tratados como bens móveis, não requerem 
escritura pública para serem comercializados. 
2.3) BENS MÓVEIS POR NATUREZA: 
São os semoventes (animais) e aquilo que pode 
ser movido por força alheia (copo ou uma 
cadeira, por exemplo). O bem móvel por 
natureza é sempre uma coisa corpórea. 
3) BENS FUNGÍVEIS: São bens móveis que 
podem ser substituídos por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade. Art. 85. São 
fungíveis os móveis que podem substituir-se 
por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Seu empréstimo chama-se mútuo. 
4) BENS INFUNGÍVEIS: São bens que não podem 
ser substituídas por outros em virtude de uma 
característica própria que tenham, que o torne 
individual, como uma obra de arte ou uma 
medalha recebida por você nas olimpíadas, por 
exemplo. 
A INFUGIBILIDADE PODE DECORRER DA 
VONTADE HUMANA OU DA PRÓPRIA 
NATUREZA DO BEM, portanto, é subjetiva. 
Seu empréstimo chama-se comodato. 
5) BENS CONSUMÍVEIS: Art. 86. São consumíveis 
os bens móveis cujo uso importa destruição 
imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação. 
Exemplos: Dinheiro, comida, uma geladeira ou 
televisão para o vendedor da loja, etc. 
SAIBA DISSO: Os bens consumíveis podem 
tornar-se inconsumíveis pela vontade das 
partes, como, por exemplo, uma garrafa de 
uísque raro que foi emprestada para uma 
exposição.6) BENS INCONSUMÍVEIS: São bens que não são 
destruídos pelo seu uso. Pode ocorrer o uso 
repetitivo sem que haja alteração de sua 
substância. 
Exemplos: carro, geladeira para a dona de casa, 
livro para o estudante, vestido, sapato. Os bens 
inconsumíveis podem transformar-se em 
consumíveis, como, por exemplo, uma garrafa 
de vinho de colecionador colocado à venda por 
este. 
7) BENS SINGULARES: São singulares os bens 
que, embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. São 
representados por uma unidade autônoma. 
Podem ser: 
Simples: bens que são compostos por partes de 
uma idêntica espécie, como, por exemplo, um 
animal, uma pedra, um vegetal, fruta; 
Compostos: Formados por partes diferentes/ 
heterogêneas, como, por exemplo, um 
automóvel (que é formado por várias peças), 
uma edificação, etc.... 
Materiais: bens concretos e corpóreos, como, 
por exemplo, uma caneca, um foguete, uma 
mesa. 
Imateriais: bens incorpóreos e que são 
impalpáveis, como, por exemplo, uma dívida de 
crédito, uma marca. 
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8) BENS COLETIVOS: São aqueles que sendo 
composto por vários bens singulares formam 
um TODO homogêneo. 
Exemplo: biblioteca, enoteca, etc, herança. 
9) BENS DIVISÍVEIS: Bens divisíveis são os que se 
podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, 
ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Exemplo: Água, ouro, saco de feijão, café, 
petróleo. 
Atenção: Os bens naturalmente divisíveis 
podem tornar-se indivisíveis por determinação 
da lei ou por vontade das partes. 
10) BENS INDIVISÍVEIS: Bens que não podem 
ser divididos ou fracionados sem perder as suas 
propriedades. Ou seja, ao serem fracionados 
deixam de ser o que era. 
Exemplo: Carro, relógio. 
11) BENS PRINCIPAIS: Bens que não precisam 
de outro para existir ou ter finalidade. Possui 
existência autônoma e independente de outro 
bem. 
Exemplo: Solo. 
12) BENS ACESSÓRIOS: Bens que dependem de 
outro para existir (O acessório segue o 
principal). 
Exemplo: cláusula penal, que é acessório de 
obrigação principal. 
A CLASSE DOS BENS ACESSÓRIOS 
COMPREENDE: 
1) Frutos: São todos as acessórios que surgem 
do bem principal. Eles nascem e renascem 
periodicamente. Possuem três características 
básicas: periodicidade (se renovam); não 
afetam a substancia do bem principal e podem 
ser separados do bem principal. 
Os frutos podem ser: 
PERCEBIDOS/COLHIDOS: Já foram separados do 
bem principal. 
PENDENTES: Ainda não foram separados do 
principal e nem percebidos. 
PERCIPIENDOS: Ainda não foram colhidos, mas 
já estão percebidos. 
ANTECIPADOS: Colhidos antes do tempo 
correto. 
ESTANTES: Colhidos, armazenados, já contando 
(ex: juros). 
Atenção: Apesar de ainda não separados do 
bem principal, os frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico. 
2) Produtos: são as utilidades que a coisa 
produz, porém não periodicamente. AFETA a 
substancia do bem principal, o reduzindo. 
Exemplo: Minerais, ouro... 
Atenção: Apesar de ainda não separados do 
bem principal, os frutos e produtos podem ser 
objeto de negócio jurídico. 
3) Pertenças: São pertenças os bens que, não 
constituindo partes integrantes, se destinam, 
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao 
aformoseamento de outro. Por exemplo: um 
trator de uma fazenda; os bens de decoração 
da casa; etc. 
ATENÇÃO: Os negócios jurídicos que dizem 
respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da 
manifestação de vontade, ou das circunstâncias 
do caso. 
4) Rendimentos: são espécies do gênero frutos, 
não constituindo uma categoria autônoma. São 
os frutos civis consistentes em prestações 
pecuniárias periódicas provenientes do uso da 
coisa principal, como aluguel, juros etc. 
5) Benfeitorias: são acessórios incorporados ao 
bem principal pelo homem, visando conservar, 
melhorar ou embelezar algo ou alguma coisa. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser 
voluptuárias, úteis ou necessárias. 
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§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou 
recreio, que não aumentam o uso habitual do 
bem, ainda que o tornem mais agradável ou 
sejam de elevado valor. 
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o 
uso do bem. 
§ 3º São necessárias as que têm por fim 
conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os 
melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao 
bem sem a intervenção do proprietário, 
possuidor ou detentor. 
13) BENS PÚBLICOS: São públicos os bens do 
domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os 
outros são particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem. 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, 
mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou 
terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, 
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio 
das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma 
dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em 
contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público a que se tenha dado estrutura de direito 
privado. 
ATENÇÃO: Os bens públicos de uso comum do 
povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação. 
ATENÇÃO: Os bens públicos dominicais podem 
ser alienados, desde que observadas as 
exigências legais. 
ATENÇÃO: Os bens públicos não estão sujeitos 
a usucapião. 
ATENÇÃO: O uso comum dos bens públicos 
pode ser gratuito ou retribuído (pago), 
conforme for estabelecido legalmente pela 
entidade a cuja administração pertencerem. 
 
 
3. NEGÓCIO JURÍDICO 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Art. 104 do CC- A validade do negócio jurídico 
requer: 
I - Agente capaz; 
II - Objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste 
ainda que o seu autor haja feito a reserva 
mental de não querer o que manifestou, salvo 
se dela o destinatário tinha conhecimento. 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando 
as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e 
não for necessária a declaração de vontade 
expressa. 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser 
interpretados conforme a boa-fé e os usos do 
de sua celebração. 
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe 
atribuir o sentido que: 
I - For confirmado pelo comportamento das 
partes posterior à celebração do negócio; 
II - Corresponder aos usos, costumes e práticas 
do mercado relativas ao tipo de negócio; 
III - corresponder à boa-fé; 
IV - For mais benéfico à parte que não redigiu o 
dispositivo, se identificável; e 
V - Corresponder a qual seria a razoável 
negociação das partes sobre a questão 
discutida, inferida das demais disposições do 
lugar 
20 
 
 
incerteza em relação à ocorrência do 
evento futuro e 
incerto 
Condição incertus an certus: nãose sabe 
se o evento ocorrerá, mas, se acontecer, 
será dentro 
de um determinado prazo 
exercício - gera direito adquirido. 
Termo certus an certus: há certeza 
quanto ao evento futuro e quanto ao 
tempo de duração. 
 
 
 
RESOLUTIVAS, o negócio jurídico será 
inexistente. 
Na próxima folha veremos uma tabela 
comparativa e “decorativa” relativa á 
CONDIÇÃO, TERMO e ao ENCARGO. 
FICA LIGADO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
negócio e da racionalidade econômica das 
partes, consideradas as informações disponíveis 
no momento de sua celebração. 
§ 2º As partes poderão livremente pactuar 
regras de interpretação, de preenchimento de 
lacunas e de integração dos negócios. 
DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, 
derivando exclusivamenteda vontade das 
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a 
evento futuro e incerto. 
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que 
lhes são subordinados: 
I - As condições física ou juridicamente 
impossíveis, quando suspensivas; 
II - As condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; 
III - as condições incompreensíveis ou 
contraditórias. 
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições 
impossíveis, quando resolutivas, e as de não 
fazer coisa impossível. 
Obs. Quando as condições impossíveis forem 
SUSPENSIVAS, invalidam o negócio jurídico. 
Quando as condições impossíveis forem 
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio 
jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se 
não verificar, não se terá adquirido o direito, a 
que ele visa. 
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob 
condição suspensiva, e, pendente esta, fizer 
quanto àquelas novas disposições, estas não 
terão valor, realizada a condição, se com ela 
forem incompatíveis. 
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto 
esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, 
podendo exercer-se desde a conclusão deste o 
direito por ele estabelecido. 
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, 
extingue-se, para todos os efeitos, o direito a 
que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de 
execução continuada ou periódica, a sua 
realização, salvo disposição em contrário, não 
tem eficácia quanto aos atos já praticados, 
desde que compatíveis com a natureza da 
condição pendente e conforme aos ditames de 
boa-fé. 
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos 
de condição suspensiva ou resolutiva, é 
permitido praticar os atos destinados a 
conservá-lo. 
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, 
mas não a aquisição do direito. 
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no 
que couber, as disposições relativas à condição 
suspensiva e resolutiva. 
CONDIÇÃO 
Evento futuro e INCERTO 
Quando suspensiva: suspende aaquisição 
e o exercício do direito 
Condição incertus an incertus: háabsoluta 
TERMO 
Evento futuro e CERTO 
Quando suspensivo: NÃO impede a 
aquisição do direito, mas, apenas o seu 
ENCARGO/MODO 
Cláusula acessória à liberalidade 
NÃO impede a aquisição nem o exercício 
do direito - gera direito Adquirido 
Termo certus an incertus: há certeza 
quanto ao evento futuro, mas incerteza 
quanto à sua duração. 
 
21 
 
 
 
 
 
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição 
nem o exercício do direito, salvo quando 
expressamente imposto no negócio jurídico, 
pelo disponente, como condição suspensiva. 
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo 
ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo 
determinante da liberalidade, caso em que se 
invalida o negócio jurídico. 
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, 
quando as declarações de vontade emanarem 
de erro substancial que poderia ser percebido 
por pessoa de diligência normal, em face das 
circunstâncias do negócio. 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
I - Interessa à natureza do negócio, ao objeto 
principal da declaração, ou a alguma das 
qualidades a ele essenciais; 
II - Concerne à identidade ou à qualidade 
essencial da pessoa a quem se refira a 
declaração de vontade, desde que tenha 
influído nesta de modo relevante; 
III - sendo de direito e não implicando recusa à 
aplicação da lei, for o motivo único ou principal 
do negócio jurídico. 
O erro substancial, nos termos do art. 139 do CC, 
apresenta-se de três formas distintas: erro sobre 
o objeto (error in substantia), erro sobre a 
pessoa (error in persona) e erro sobre a natureza 
do negócio (erro in negotium). 
Erro sobre a pessoa NO CASAMENTO: 
Art. 1.557 do CC. Considera-se erro essencial 
sobre a pessoa do outro cônjuge: 
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra 
e boa fama, sendo esse erro tal que o seu 
conhecimento ulterior torne insuportável a vida 
em comum ao cônjuge enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, 
que, por sua natureza, torne insuportável a vida 
conjugal; 
III - a ignorância, anterior ao casamento, de 
defeito físico irremediável que não caracterize 
deficiência ou de moléstia grave e transmissível, 
por contágio ou por herança, capaz de pôr em 
risco a saúde do outro cônjuge ou de sua 
descendência; 
E o erro de direito é anulável? 
Art. 849. A transação só se anula por dolo, 
coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou 
coisa controversa. 
Parágrafo único. A transação não se anula por 
erro de direito a respeito das questões que 
foram objeto de controvérsia entre as partes. 
Art. 144. O erro não prejudica a validade do 
negócio jurídico quando a pessoa, a quem a 
manifestação de vontade se dirige, se oferecer 
para executá-la na conformidade da vontade 
real do manifestante. 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de 
decadência para pleitear a anulação do negócio 
jurídico, contado: (...) II - no de erro, dolo, fraude 
contra credores, estado de perigo ou lesão, do 
dia em que se realizou o negócio jurídico; 
DOLO 
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por 
dolo, quando este for a sua causa. 
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação 
das perdas e danos, e é acidental quando, a seu 
despeito, o negócio seria realizado, embora por 
outro modo. 
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o 
silêncio intencional de uma das partes a 
respeito de fato ou qualidade que a outra parte 
haja ignorado, constitui omissão dolosa, 
provando-se que sem ela o negócio não se teria 
celebrado. 
Art. 149. O dolo do representante legal de uma 
das partes só obriga o representado a 
responder civilmente até a importância do 
proveito que teve; se, porém, o dolo for do 
representante convencional, o representado 
22 
 
 
 
 
 
responderá solidariamente com ele por perdas e 
danos 
Art. 150. Se ambas as partes procederem com 
dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o 
negócio, ou reclamar indenização. ( também 
chamado de recíproco, bilateral, compensado 
ou enantiomórfico) 
COAÇÃO 
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da 
vontade, há de ser tal que incuta ao paciente 
fundado temor de dano iminente e 
considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos 
seus bens. 
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não 
pertencente à família do paciente, o juiz, com 
base nas circunstâncias, decidirá se houve 
coação. 
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do 
exercício normal de um direito, nem o simples 
temor reverencial. 
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação 
exercida por terceiro, se dela tivesse ou 
devesse ter conhecimento a parte a que 
aproveite, e esta responderá solidariamente 
com aquele por perdas e danos. 
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a 
coação decorrer de terceiro, sem que a parte a 
que aproveite dela tivesse ou devesse ter 
conhecimento; mas o autor da coação 
responderá por todas as perdas e danos que 
houver causado ao coacto. 
ESTADO DE PERIGO 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo 
quando alguém, premido da necessidade de 
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave 
dano conhecido pela outra parte, assume 
obrigação excessivamente onerosa. 
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não 
pertencente à família do declarante, o juiz 
decidirá segundo as circunstâncias. 
No estado de perigo tem se o dolo de 
aproveitamento, que é a necessidade de salvar- 
se ou a pessoa de sua família e conhecimento da 
outra parte. 
LESÃO 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, 
sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta. 
§ 1 
o
 Aprecia-se a desproporção das prestações 
segundo os valores vigentes ao tempo em que 
foi celebrado o negócio jurídico. 
§ 2 
o
 Não se decretará a anulação do negócio, se 
for oferecido suplemento suficiente, ou se a 
partefavorecida concordar com a redução do 
proveito. 
FRAUDE CONTRA CREDORES 
A fraude contra credores ou fraude pauliana 
consiste na hipótese em que o devedor 
insolvente ou próximo a essa situação realiza 
negócios gratuitos ou onerosos causando 
prejuízo aos seus credores. 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita 
de bens ou remissão de dívida, se os praticar o 
devedor já insolvente, ou por eles reduzido à 
insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser 
anulados pelos credores quirografários, como 
lesivos dos seus direitos. 
§ 1 
o
 Igual direito assiste aos credores cuja 
garantia se tornar insuficiente. 
§ 2 
o
 Só os credores que já o eram ao tempo 
daqueles atos podem pleitear a anulação deles. 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os 
contratos onerosos do devedor insolvente, 
quando a insolvência for notória, ou houver 
motivo para ser conhecida do outro 
contratante. 
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e 
valem os negócios ordinários indispensáveis à 
manutenção de estabelecimento mercantil, 
23 
 
 
 
 
 
rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor 
e de sua família. 
Vício de consentimento: o defeito está na 
formação da vontade (vontade interna) e o 
prejudicado é um dos contratantes. Ex.: Erro, 
Dolo, Coação, Lesão ou Estado de Perigo. 
Vício social: o defeito está na manifestação da 
vontade (vontade externa) e o prejudicado é 
sempre um terceiro. Ex.: fraude contra credores 
e simulação. 
AÇÃO PAULIANA 
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor 
insolvente ainda não tiver pago o preço e este 
for, aproximadamente, o corrente, desobrigar- 
se-á depositando-o em juízo, com a citação de 
todos os interessados. 
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para 
conservar os bens, poderá depositar o preço que 
lhes corresponda ao valor real. 
A ação pauliana ou revocatória é o remédio 
utilizado e previsto no ordenamento jurídico 
para garantir os direitos dos credores 
quirografários, que eram ao tempo do negócio 
jurídico fraudulento, e sofreram prejuizo. 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de 
decadência para pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado: 
II - No de erro, dolo, fraude contra credores, 
estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a 
invalidade parcial de um negócio jurídico não o 
prejudicará na parte válida, se esta for 
separável; a invalidade da obrigação principal 
implica a das obrigações acessórias, mas a 
destas não induz a da obrigação principal. 
SIMULAÇÃO 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas 
subsistirá o que se dissimulou, se válido for na 
substância e na forma. 
§ 1 
o
 Haverá simulação nos negócios jurídicos 
quando: 
I - Aparentarem conferir ou transmitir direitos a 
pessoas diversas daquelas às quais realmente se 
conferem, ou transmitem; 
II - Contiverem declaração, confissão, condição 
ou cláusula não verdadeira; 
III - os instrumentos particulares forem 
antedatados, ou pós-datados. 
Em regra, os defeitos do negócio jurídico são 
ANULÁVEIS e possuem prazo decadencial, 
contudo, a simulação é um defeito do negócio 
jurídico que deverá ser declarado NULO e 
possui prazo prescricional. 
A simulação provoca a nulidade absoluta do 
negócio jurídico. É o que prevê o caput do art. 
167 do CC. Diante disso, como se trata de 
matéria de ordem pública, a simulação pode ser 
declarada até mesmo de ofício pelo juiz da causa 
(art. 168, parágrafo único, do CC). Como negócio 
jurídico simulado é nulo, o reconhecimento 
dessa nulidade pode ocorrer de ofício, até 
mesmo incidentalmente em qualquer processo 
em que for ventilada a questão. Logo, é 
desnecessário o ajuizamento de ação específica 
para se declarara nulidade de negócio jurídico 
simulado. Dessa forma, não há como se 
restringir o seu reconhecimento em embargos 
de terceiro. Para casos posteriores ao Código 
Civil de 2002, não é mais possível aplicar o 
entendimento da Súmula 195 do STJ às 
hipóteses de simulação. STJ. 3ª Turma. REsp 
1927496/SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado 
em 27/04/2021 (Info 694) 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência 
para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contado: 
I - No caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - No de erro, dolo, fraude contra credores, 
estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
24 
 
 
 
 
 
III - no de atos de incapazes, do dia em que 
cessar a incapacidade. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado 
ato é anulável, sem estabelecer prazo para 
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a 
contar da data da conclusão do ato. 
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito 
anos, não pode, para eximir-se de uma 
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente 
a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou 
se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. 
Alguns prazos prescricionais: 
01 ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou 
fornecedores de víveres destinados a consumo 
no próprio estabelecimento, para o pagamento 
da hospedagem ou dos alimentos; 
II - A pretensão do segurado contra o segurador, 
ou a deste contra aquele; 
02 anos: pretensão para haver prestações 
alimentares, a partir da data em que se 
vencerem 
 
 
03 anos: - a pretensão relativa a aluguéis de 
prédios urbanos ou rústicos; 
II - A pretensão para receber prestações 
vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
V - A pretensão de reparação civil; 
VI - A pretensão de restituição dos lucros ou 
dividendos recebidos de má-fé, correndo o 
prazo da data em que foi deliberada a 
distribuição; 
IX - A pretensão do beneficiário contra o 
segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso 
de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 
4 
o
 Em quatro anos, a pretensão relativa à 
tutela, a contar da data da aprovação das 
contas. 
5 
o
 Em cinco anos: 
I - A pretensão de cobrança de dívidas líquidas 
constantes de instrumento público ou 
particular; 
II - A pretensão dos profissionais liberais em 
geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o 
prazo da conclusão dos serviços, da cessação 
dos respectivos contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do 
vencido o que despendeu em juízo. 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser 
expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem 
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se 
consumar; tácita é a renúncia quando se 
presume de fatos do interessado, incompatíveis 
com a prescrição. 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as 
pessoas jurídicas têm ação contra os seus 
assistentes ou representantes legais, que 
derem causa à prescrição, ou não a alegarem 
oportunamente. 
Imagine a situação em que uma pessoa ingressa 
com uma ação de indenização contra a 
construtora pleiteando acondenação da ré ao 
pagamento de danos materiais em virtude da 
metragem a menor da vaga de garagem, do 
que foi previsto no contrato de compra e venda. 
Há incidência de prazo prescricional ou 
decadencial? De quanto seria o prazo para 
ingressar com a ação? A pretensão seria de 
natureza indenizatória (de ressarcimento pelo 
prejuízo decorrente dos vícios do imóvel), não 
havendo incidência de prazo decadencial, 
sujeitando-se a ação ao prazo de prescrição. 
Assim, a orientação do Superior Tribunal de 
Justiça é firme no sentido de se aplicar o prazo 
prescricional disposto no art. 205 do Código 
Civil à pretensão indenizatória decorrente do 
vício construtivo. STJ. 
3ª Turma. AgInt-REsp 1.889.229, Rel. Min. 
Ricardo Villas Boas Cueva, julgado em 
15/06/2021. 
25 
 
 
 
 
 
É decenal o prazo prescricional aplicável às 
hipóteses de pretensão fundamentadas em 
inadimplemento contratual. É adequada a 
distinção dos prazos prescricionais da pretensão 
de reparação civil advinda de responsabilidades

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