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LIVRO 10 - Dicas OABencoadas - SEMANA 10

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S E J A A P R O V A D O C O M O @ O A B A I V O U E U 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E S T U D E C O M D I R E Ç Ã O E I N T E L I G Ê N C I A 
A S M E L H O R E S D I C A S P A R A S U A A P R O V A Ç Ã O 
 
LIVRO 1 0 
 
 
 
 
 
 
 
@ O ABAIVO UEU 
 
 
 
 
 
1 PROCESSO CIVIL 
07 PRO. DO TRABALHO 
12 ADMINISTRATIVO 
13 PROCESSO CIVIL 
20 DIR. TRIBUTÁRIO 
31 ÉTICA 
Nós, do OABaivouEU, após o sucesso ABSOLUTO do 
"DICAS MATADORAS", nosso material de reta final, 
elaboramos o nosso novíssimo material de DICAS 
OABENÇOADAS para que você consiga obter o 
máximo de resultado durante a sua preparação. 
 
Com ele, você irá, dia após dia e sem enrolação, 
aprender de forma prática e direta os conceitos e 
institutos dos temas que mais caem na prova da 
OAB! 
 
Agora você pode estudar os temas diários propostos 
no cronograma diretamente das DICAS 
OABENÇOADAS, fato que, com certeza, turbinará o 
seu aprendizado e te deixará ainda mais perto da 
aprovação! 
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AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXIV 
DICAS OABENÇOADAS 
 
 
 
 
 
 
 
1. EXECUÇÃO 
 
 
A execução pode ser comum ou especial. 
Comum é quando atende uma gama e 
generalidade de créditos. Especial é quando 
serve apenas para créditos específicos, como o 
alimentar e fiscal. 
A execução pode ser fundada em título 
executivo judicial e extrajudicial. 
SEM TÍTULO NÃO HÁ EXECUÇÃO E SUA 
INEXISTÊNCIA LEVA A NULIDADE DE 
EXECUÇÃO. 
Se decorrer de título judicial se aplicam as 
regras do artigo 513 e seguintes do CPC 
(cumprimento de sentença). 
Se decorrer de título extrajudicial se aplicam as 
regras do artigo 784 e seguintes do CPC. 
No caso de extrajudicial, o processo é próprio e 
autônomo. 
Podem ser partes no processo de execução as 
figuras indicadas nos artigos 778 () e 779, do 
CPC. 
ATENÇÃO: O exequente pode cumular várias 
execuções, ainda que fundadas em títulos 
diferentes, quando o executado for o mesmo e 
desde que para todas elas seja competente o 
mesmo juízo e idêntico o procedimento. 
A execução do título judicial/cump. Sentença 
pode se dar de forma provisória (520 CPC) ou 
definitiva (523 CPC). 
O cumprimento provisório ou definitivo da 
sentença será requerido por petição dirigida ao 
juízo competente. O juiz não pode começar de 
ofício. 
Ainda, sobre o cumprimento provisório, 
algumas regras devem ser observadas (art. 520, 
I, II, III, IV) 
Destacamos a obrigatoriedade de caução 
suficiente para levantamento de valores (IV). 
Contudo, tal caução não precisa ser realizada 
nos casos de: de natureza alimentar, 
independentemente de sua origem; situação de 
necessidade, pender agravo em REsp ou RExt e 
a sentença estiver em consonância com súmula 
da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 
ou do Superior Tribunal de Justiça ou em 
conformidade com acórdão proferido no 
julgamento de casos repetitivos. 
Contudo, a exigência de caução será mantida 
quando da dispensa possa resultar manifesto 
risco de grave dano de difícil ou incerta 
reparação. 
 
 
TODA EXECUÇÃO, seja provisória ou definitiva, 
deve derivar de um título executivo (judicial ou 
extrajudicial), que deve ser CERTO (há 
necessidade de certeza quanto a existência do 
crédito), LÍQUIDO (determinação exata do seu 
valor. Se a sentença foi ilíquida deverá ser 
liquidada, por arbitramento ou por 
procedimento comum – art. 509) E EXIGÍVEL 
(direito do credor de cobrar o adimplemento da 
dívida inadimplida – art. 786). 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Aqui, diante da extensão de conteúdo, 
selecionamos com muito cuidado o que DE 
MAIS IMPORTANTE VOCÊ DEVE SABER! 
DICA DO DIA 78 
PROCESSO CIVIL 
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Os títulos executivos judiciais são previstos no 
artigo 515 do CPC. 
Os extrajudiciais são previstos no artigo 784 do 
CPC. 
O devedor responde com todos os seus bens 
presentes e futuros para o cumprimento de 
suas obrigações, salvo as restrições 
estabelecidas em lei (Art. 789). 
SÃO IMPENHORÁVEIS os bens previstos no 
artigo 833, do CPC. 
ATENÇÃO: Podem ser penhorados, à falta de 
outros bens, os frutos e os rendimentos dos 
bens inalienáveis (Art. 834). 
OBS: IMÓVEL DE FAMÍLIA É IMPENHORÁVEL (LEI 
Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990 – leia a lei. 
ATENÇÃO: O Art. 3º, da referida lei, lista as 
exceções, ou sejam quando imóvel pode ser 
penhorado (dívidas que decorrem do próprio 
imóvel). Já o artigo 2º leciona que “Excluem-se 
da impenhorabilidade os veículos de 
transporte, obras de arte e adornos 
suntuosos”). JÁ O IMÓVEL DESOCUPADO, 
AINDA QUE SEJA O ÚNICO DO DEVEDOR, PODE 
SER PENHORADO. 
Em que pese a clareza da lei sobre o tema, a 
jurisprudência do STJ vem, pouco a pouco, 
mitigando a regra de impenhorabilidade. 
Os julgados do STJ que mitigaram a regra de 
impenhorabilidade basicamente dizem respeito 
a utilização indevida - leia-se: de má-fé -, da 
proteção legal dada ao bem família pela a lei n. 
8009/90. Vejamos alguns dos casos analisados 
pela Corte: 
a) Alienação de bens em fraude contra 
credores, o que foi reconhecido por sentença 
em Ação Pauliana, retornando o bem ao 
patrimônio do devedor (AgRg no REsp 
1.085.381/SP, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJe de 
30.3.2009); 
b) O devedor alienou todos os seus bens, menos 
um, durante o curso de processo que poderia 
levá-lo à insolvência (REsp 1.299.580/RJ, Rel. 
Min. Nancy Andrighi, DJe 20.03.2012); 
c) Transferência de imóvel residencial da família 
no trâmite de execução em face do casal, para a 
cunhada e irmã dos devedores (REsp 
1.575.243/DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 
02.04.2018); 
d) Doação ao filho, menor impúbere, que sequer 
havia interesse na realização do negócio, sendo 
manifestado, na verdade, a vontade dos pais, 
com a realização de anterior promessa de 
compra e venda "de gaveta" com terceiros, de 
modo ocultar o patrimônio dos patriarcas no 
registro de imóveis (REsp 1.364.509/RS, Rel. 
Min. Nancy Andrighi, DJe 10.06.2014); 
e) Alienação fiduciária do bem de família para 
garantia de contrato, sendo alegado pelo 
devedor, após o inadimplemento do negócio 
jurídico, a impossibilidade de venda ou leilão do 
imóvel, haja vista a sua impenhorabilidade 
consagrada pela lei 8.009/90 (REsp 
1.595.832/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 
DJe 4/2/20). 
Fonte:https://www.migalhas.com.br/depeso/ 
342034/a-relativizacao-da-impenhorabilidade- 
do-bem-de-familia-legal 
A ordem da penhora está listada no artigo 835 e 
tem cunho apenas PREFERENCIAL. O dinheiro, 
em espécie ou em depósito ou aplicação em 
instituição financeira, está no topo da lista. 
A alienação ou a oneração de bem é 
considerada fraude à execução: 
I - quando sobre o bem pender ação fundada em 
direito real ou com pretensão reipersecutória, 
desde que a pendência do processo tenha sido 
averbada no respectivo registro público, se 
houver; 
II - quando tiver sido averbada, no registro do 
bem, a pendência do processo de execução, na 
forma do art. 828; 
III - quando tiver sido averbado, no registro do 
bem, hipoteca judiciária ou outro ato de 
http://www.migalhas.com.br/depeso/
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independentemente de 
 
 
 
constrição judicial originário do processo onde 
foi arguida a fraude; 
IV - quando, ao tempo da alienação ou da 
oneração, tramitava contra o devedor ação 
capaz de reduzi-lo à insolvência; 
V - nos demais casos expressos em lei. 
O exequente tem o direito de desistir de toda a 
execução ou de apenas alguma medida 
executiva. 
O processo de execução é autônomo e começa 
com a petição inicial, que deve atender os 
requisitos do 319, do CPC e os específicos dos 
arts. 798 e 799 do CPC. 
Se o juiz verificar que a petição inicial está 
incompleta ou que não está acompanhada dos 
documentos indispensáveis à propositura da 
execução, o juiz determinará que o exequente 
a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena 
de indeferimento. (Art. 801, CPC)ATENÇÃO: O despacho que ordena a citação 
INTERROMPE a prescrição, ainda que por Juízo 
incompetente! (Art. 802, CPC) 
A interrupção da prescrição retroagirá à data 
de propositura da ação. 
Vale lembrar que a mesma começa caso o 
devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida 
e exigível consubstanciada em título executivo. 
(Art. 803, CPC) 
Portanto, a execução sempre se pautará em um 
título CERTO – LÍQUIDO – EXIGÍVEL! 
· Obrigação certa: Tem relação com a qualidade, 
quantidade e extensão. Não deve haver 
controvérsia sobre a existência da obrigação e e 
sobre o seu conteúdo, extensão e qualidade. 
· Obrigação líquida: É uma obrigação na qual se 
identifica a quantia devida. Determinada quanto 
ao objeto e certa quanto à sua existência. Se 
determina o VALOR da dívida. 
· Obrigação exigível: Qualidade que se adquire 
após o vencimento de determinada dívida, ou 
seja, é a partir de quando se pode exigir sua 
satisfação. Antes de a obrigação estar vencida, 
não há interesse processual na execução. 
Vale destacar, inclusive, que se a execução não 
for certa, líquida ou exigível é NULA, exatamente 
nos moldes do artigo 803, do CPC: 
Art. 803. É nula a execução se: 
I - o título executivo extrajudicial não 
corresponder a obrigação certa, líquida e 
exigível; 
II - o executado não for regularmente citado; 
III - for instaurada antes de se verificar a 
condição ou de ocorrer o termo. 
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este 
artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, 
embargos à execução. 
Na desistência da execução, observar-se-á o 
seguinte: 
I - serão extintos a impugnação e os embargos 
que versarem apenas sobre questões 
processuais, pagando o exequente as custas 
processuais e os honorários advocatícios (se os 
embargos versarem sobre direito material deve 
ter anuência); 
II - nos demais casos, a extinção dependerá da 
concordância do impugnante ou do 
embargante. 
Fique atento ao artigo 805, do CPC: Quando por 
vários meios o exequente puder promover a 
execução, o juiz mandará que se faça pelo 
modo menos gravoso para o executado. 
 
 
DEFESA DO EXECUTADO 
O executado pode se defender tanto no 
cumprimento de sentença, por impugnação aos 
cálculos (impugnação à execução – art. 525 
NCPC), como na execução de titulo 
extrajudicial, através dos embargos 
executórios (arts. 914 a 920, NCPC). 
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O prazo para oferecer a impugnação é de 15 
dias após o transcurso do prazo de pagamento 
do art. 523, NCPC (tal prazo é de 15 dias, sob 
pena de multa e honorários de advogado, 
ambos em 10% cada, e sob pena de penhora). 
PARA A IMPUGNAÇÃO NÃO HÁ NECESSIDADE 
DE GARANTIA DO JUÍZO E, EM REGRA, NÃO 
POSSUI EFEITO SUSPENSIVO. 
Da decisão que julgar a impugnação é 
cabível agravo de instrumento. 
O prazo para embargos é 15 (quinze) dias. Antes 
disso o executado é citado para pagar a dívida 
no prazo de 3 (três) dias, contados da citação 
(vale lembrar que após o despacho da inicial, 
o exequente PODE averbar, em registro 
público, a certidão de admissão da execução - 
Art. 799 contém o rol de incumbências do 
exequente). 
Se o executado não for encontrado o oficial 
pode proceder com o ARRESTO dos bens para 
garantir a execução. 
De outra forma, se o executado for encontrado 
e não pagar, haverá penhora dos bens 
indicados pelo exequente. Após a penhora o 
executado será novamente intimado. 
Os embargos não possuem, em regra, efeito 
suspensivo e são julgados pelo próprio julgador 
do processo. Deve ter valor da causa. Os 
embargos não dependem de garantia do juízo. 
No prazo para embargos, reconhecendo o 
crédito do exequente e comprovando o 
depósito de trinta por cento do valor em 
execução, acrescido de custas e de honorários 
de advogado, o executado poderá requerer que 
lhe seja permitido pagar o restante em até 6 
(seis) parcelas mensais, acrescidas de correção 
monetária e de juros de um por cento ao mês. 
TAL POSSIBILIDADE NÃO SE APLICA NO 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA! 
A matéria de defesa dos embargos está 
prevista no artigo 917 do CPC e a da 
impugnação à execução está prevista no art. 
525, §1º, do NCPC. 
Caso os embargos sejam julgados procedentes, 
caberá apelação com efeito devolutivo e 
suspensivo. Se improcedentes, caberá 
apelação apenas no efeito devolutivo. 
 
 
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS – PROCEDIMENTO DE 
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
Se o título for judicial, se dá pelo cumprimento 
da sentença (arts. 528 a 533, NCPC). 
Observações: 
O juiz, a requerimento do exequente, mandará 
intimar o executado pessoalmente para, em 3 
(três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou 
justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
Além das opções previstas no art. 516 , 
parágrafo único, o exequente pode promover o 
cumprimento da sentença ou decisão que 
condena ao pagamento de prestação 
alimentícia no juízo de seu domicílio. 
Quando o executado for funcionário público, 
militar, diretor ou gerente de empresa ou 
empregado sujeito à legislação do trabalho, o 
exequente poderá requerer o desconto em 
folha de pagamento da importância da 
prestação alimentícia. 
Somente a comprovação de fato que gere a 
impossibilidade absoluta de pagar justificará o 
inadimplemento. 
Se o executado não pagar ou se a justificativa 
apresentada não for aceita, o juiz, além de 
mandar protestar o pronunciamento judicial na 
forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo 
prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. 
Prisão será em regime fechado e o executado 
ficará separado dos demais presos comuns. O 
cumprimento da pena não exime o executado 
do pagamento das prestações vencidas e 
vincendas. Paga a prestação alimentícia, o juiz 
suspenderá o cumprimento da ordem de 
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prisão. O débito alimentar que autoriza a prisão 
civil do alimentante é o que compreende até as 
3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento 
da execução e as que se vencerem no curso do 
processo. 
A execução dos alimentos provisórios, bem 
como a dos alimentos fixados em sentença 
ainda não transitada em julgado, se processa 
em autos apartados. 
Se for extrajudicial, através de processo 
autônomo de execução (911 a 913, NCPC). 
Observações: 
Se dá quando os alimentos estiverem fixados 
em título executivo extrajudicial. 
O juiz mandará citar o executado para, em 3 
(três) dias, efetuar o pagamento das parcelas 
anteriores ao início da execução e das que se 
vencerem no seu curso, provar que o fez ou 
justificar a impossibilidade de fazê-lo. 
Somente a comprovação de fato que gere a 
impossibilidade absoluta de pagar justificará o 
inadimplemento. 
Quando o executado for funcionário público, 
militar, diretor ou gerente de empresa, bem 
como empregado sujeito à legislação do 
trabalho, o exequente poderá requerer o 
desconto em folha de pagamento de pessoal da 
importância da prestação alimentícia. 
Execução se dá por expropriação de bens, 
prisão civil ou desconto em folha. CABE AO 
EXEQUENTE ESCOLHER. 
 
 
 
 
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS – EXECUÇÃO POR 
QUANTIA CERTA 
Varia no cumprimento de sentença ou no 
processo autônomo de execução. 
A) Em se tratando de cumprimento de 
sentença, temos que: 
Começa com o requerimento do exequente. 
Deve haver, lógico, o título executivo certo, 
líquido e exigível (título executivo judicial – 515 
CPC). 
É necessário demonstrar o inadimplemento 
do devedor. 
 
 
Prazo pra pagamento é de 15 dias, acrescido de 
custas (se houver). 
Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo 
do caput, o débito será acrescido de multa de 
dez por cento e, também, de honorários de 
advogado de dez por cento. Além disso, será 
expedido, desde logo, mandado de penhora e 
avaliação, seguindo-se os atos de expropriação 
e a decisão judicial transitada em julgado 
poderá ser levada a protesto. 
Escoado o prazo sem o pagamento voluntário, 
tem início o prazo de 15 dias para o executado, 
sequiser, oferecer a impugnação ao 
cumprimento de sentença. 
B) Em se tratando de processo autônomo de 
execução, temos que: 
O devedor será intimado para cumprir a 
sentença: 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu 
advogado constituído nos autos; 
II - por carta com aviso de recebimento, quando 
representado pela Defensoria Pública ou 
quando não tiver procurador constituído nos 
autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; 
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º 
do art. 246 , não tiver procurador constituído 
nos autos 
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 
256 , tiver sido revel na fase de conhecimento. 
Atenção: cumprida a pena, o executado 
devedor não mais pode ser preso pelas mesmas 
parcelas, mas tão somente pelas subsequentes 
que forem vencendo. Isso vale para ambos os 
tipos. Cumprimento ou execução autônoma. 
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Há situações específicas, em que outras 
pessoas também devem ser citadas da 
penhora: 
1- Se houver penhora sobre bem imóvel ou 
direito real sobre imóvel, será intimado 
também o cônjuge do executado, salvo se 
 
 
 
Tem início com petição inicial, pois trata-se de 
processo autônomo (que deve atender os 
requisitos do 319, do CPC e os específicos dos 
arts. 798 e 799 do CPC). 
O juiz mandará citar o executado para, em 3 
(três) dias, efetuar o pagamento ou em 15 dias 
oferecer embargos ou REQUERER o 
parcelamento da dívida (916 CPC). 
O exequente, após o despacho inicial, poderá 
obter certidão de que a execução foi admitida 
pelo juiz, com identificação das partes e do valor 
da causa, para fins de averbação no registro de 
imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos 
a penhora, arresto ou indisponibilidade. 
Se o executado não for encontrado o oficial 
pode proceder com o ARRESTO dos bens para 
garantir a execução. 
De outra forma, se o executado for encontrado 
e não pagar (no prazo de 03 dias), haverá 
penhora dos bens indicados pelo exequente. 
Após a penhora o executado será novamente 
intimado. 
 
 
REGRAS DE PENHORA NA EXECUÇÃO 
A penhora deverá recair sobre tantos bens 
quantos bastem para o pagamento do principal 
atualizado, dos juros, das custas e dos 
honorários advocatícios (ESSE É O LIMITE DA 
PENHORA). 
Havendo mais de uma penhora, serão lavrados 
autos individuais. 
A ordem da penhora está listada no artigo 835 e 
tem cunho apenas PREFERENCIAL. O dinheiro, 
em espécie ou em depósito ou aplicação em 
instituição financeira, está no topo da lista. 
Art. 833 consta os bens impenhoráveis. 
A penhora será feita mediante AUTO ou 
TERMO, devendo constar: 
I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar 
em que foi feita; 
II - os nomes do exequente e do executado; 
III - a descrição dos bens penhorados, com as 
suas características; 
IV - a nomeação do depositário dos bens. 
O bem ou valor penhorado são entregues ao 
DEPOSITÁRIO, que pode ser: 
1- Banco/instituiçãobancária, se dinheiro, 
pedras e metais preciosos 
2- Depositário Judicial, se móveis, os 
semoventes, os imóveis urbanos e os direitos 
aquisitivos sobre imóveis urbanos (se não 
houver depositário fica com o próprio 
exequente). 
3- Executado, mediante caução idônea (ou nos 
casos de difícil remoção ou quando anuir o 
exequente), se imóveis rurais, os direitos 
aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os 
utensílios e os instrumentos necessários ou úteis 
à atividade agrícola (se não houver depositário 
fica com o próprio exequente). 
A penhora é realizada onde se encontrem os 
bens, ainda que sob a posse, a detenção ou a 
guarda de terceiros. 
Se o executado não tiver bens no foro do 
processo, a execução será feita por carta, 
penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os 
bens no foro da situação. 
ATENÇÃO: Formalizada a penhora por qualquer 
dos meios legais, dela será imediatamente 
intimado o executado. 
A intimação será feita ao ADVOGADO, acaso o 
executado tenha constituído nos autos. Em não 
havendo, o executado será intimado 
pessoalmente, de preferência por via postal. 
7 
 
 
ATENÇÃO: A PENHORA PODE SER ON-LINE EM 
DINHEIRO, DEPÓSITO OU APLICAÇÃO 
FINANCEIRA. 
Isso se dá com o requerimento do exequente e 
sem dar ciência prévia do ato ao executado! 
O valor bloqueado deve ser exatamente o 
indicado na execução. 
No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar 
da resposta do BANCO, de ofício, o juiz 
determinará o cancelamento de eventual 
indisponibilidade excessiva, o que deverá ser 
cumprido pela instituição financeira em igual 
prazo. 
Da penhora, o executado é intimado para que 
em CINCO DIAS comprove que: 
I - as quantias tornadas indisponíveis são 
impenhoráveis; 
II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva 
de ativos financeiros. 
Rejeitada ou não apresentada a manifestação 
do executado, converter-se-á a 
indisponibilidade em penhora, sem necessidade 
de lavratura de termo, devendo o juiz da 
execução determinar à instituição financeira 
depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas, transfira o montante indisponível para 
conta vinculada ao juízo da execução. 
forem casados em regime de separação 
absoluta de bens. 
2- Terceiro garantidor de dívida alheia. 
3- A sociedade, no caso de penhora de quota 
social ou de ação de sociedade anônima 
fechada. 
DICA DO DIA 79 
PROCESSO DO TRABALHO 
 
 
 
 
A penhora, assim como os demais atos 
processuais, deve ser feita em dias úteis, das 6 
(seis) às 20 (vinte) horas. 
Após a avaliação da penhora, o juiz poderá, a 
requerimento do interessado e ouvida a parte 
contrária (no prazo de 3 dias), determinar: 
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou 
transferi-la para outros, se o valor dos bens 
penhorados for consideravelmente superior ao 
crédito do exequente e dos acessórios; 
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros 
bens mais valiosos, se o valor dos bens 
penhorados for inferior ao crédito do 
exequente. 
III – Reduzir ou ampliar, se o valor de mercado 
dos bens penhorados sofrer alteração 
significativa. 
A penhora pode ser renovada quando: 
I - a primeira for anulada; 
II - executados os bens, o produto da alienação 
não for suficiente para quitação da dívida; 
III - o exequente desistir da primeira penhora, 
por serem litigiosos os bens ou por estarem 
submetidos a constrição judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. EXECUÇÃO TRABALHISTA 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Inicialmente, deves saber que as decisões 
passadas em julgado ou das quais não tenha 
havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de 
ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de 
Conciliação Prévia serão passíveis de execução. 
ATENÇÃO: A Justiça do Trabalho executará, de 
ofício, as contribuições sociais previstas na 
alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 
195 da Constituição Federal, e seus acréscimos 
legais, relativas ao objeto da condenação 
constante das sentenças que proferir e dos 
acordos que homologar. 
COMO CAIU NA PROVA (OAB XXXII): 
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Após ser alvo de um inquérito civil junto ao 
Ministério Público do Trabalho – MPT, tendo 
sido investigada pela prática de suposta 
irregularidade, a sociedade empresária Vida 
Global assinou um Termo de Ajuste de Conduta 
(TAC) com o MPT para sanar o problema e evitar 
a judicialização daquela situação, o que poderia 
abalar sua credibilidade perante os investidores 
nacionais e estrangeiros. 
Ocorre que a sociedade empresária não cumpriu 
o que foi estipulado no TAC, seja no tocante à 
obrigação de fazer, seja no pagamento de multa 
pelo dano moral coletivo. 
Diante dessa situação, e de acordo com os 
termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas 
A) O parquet deverá propor execução de título 
judicial. 
B) O MPT deverá ajuizar execução de título 
extrajudicial. 
C) A ação própriapara a cobrança será o 
inquérito judicial. 
D) O MPT deverá propor reclamação trabalhista 
pelo rito ordinário. 
A resposta, por claro, é a LETRA B, eis que, 
consoante acima visto, o TAC’s podem ser 
executados diretamente perante à Justiça do 
Trabalho. 
A execução será promovida pelas partes, 
permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo 
Presidente do Tribunal apenas nos casos em 
que as partes não estiverem representadas por 
advogado. 
É competente para a execução das decisões o 
Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver 
conciliado ou julgado originariamente o 
dissídio. 
Portanto, só é permitida a execução de ofício 
quando as partes não estiverem sendo 
representadas por advogado. 
Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar- 
se-á a sua liquidação (a liquidação também 
abrande as contribuições previdenciárias), que 
poderá ser feita por cálculo, por arbitramento 
ou por artigos. 
Na liquidação, não se poderá modificar, ou 
inovar, a sentença liquidanda nem discutir 
matéria pertinente à causa principal. 
Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo 
DEVERÁ abrir às partes prazo COMUM de oito 
dias para impugnação fundamentada com a 
indicação dos itens e valores objeto da 
discordância, sob pena de preclusão. 
VALE REGISTRAR QUE A OAB ASSIM JÁ 
COBROU (2019): 
No decorrer de uma reclamação trabalhista, que 
transitou em julgado e que se encontra na fase 
executória, o juiz intimou o autor a apresentar 
os cálculos de liquidação respectivos, o que foi 
feito. Então, o juiz determinou que o cálculo 
fosse levado ao setor de Contadoria da Vara 
para conferência, tendo o calculista confirmado 
que os cálculos estavam adequados e em 
consonância com a coisa julgada. Diante disso, o 
juiz homologou a conta e determinou que o 
executado depositasse voluntariamente a 
quantia, sob pena de execução forçada. 
Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, 
assinale a afirmativa correta. 
Alternativas 
A) Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia 
homologar o cálculo sem antes conceder vista 
ao executado pelo prazo de 8 dias. 
B) Correta a atitude do magistrado, porque as 
contas foram conferidas e foi impressa 
celeridade ao processo do trabalho, observando 
a duração razoável do processo. 
C) A Lei não fixa a dinâmica específica para a 
liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade 
para criar a forma que melhor atenda aos 
anseios da justiça. 
9 
 
 
 
 
 
D) O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao 
executado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, 
pelo que o procedimento adotado está errado. 
Fica claro, portanto, que a resposta correta é a 
letra A. 
Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos 
auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz 
procederá à intimação da União para 
manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob 
pena de preclusão. 
Portanto, a UNIÃO TEM 10 DIAS de prazo. 
Garantida a execução ou penhorados os bens, 
terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar 
embargos, cabendo igual prazo ao exequente 
para impugnação. 
Portanto, os embargos de execução serão 
opostos no prazo de cinco dias após a garantia 
do juízo. 
ATENÇÃO: Pelo art. 880, da CLT, o prazo para 
garantir o Juízo ou pagar a execução é de 48 
HORAS! 
Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no 
espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for 
encontrado, far-se-á citação por edital. 
Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos 
quantos bastem ao pagamento da importância 
da condenação, acrescida de custas e juros de 
mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a 
partir da data em que for ajuizada a reclamação 
inicial. 
Somente nos embargos à penhora poderá o 
executado impugnar a sentença de liquidação, 
cabendo ao exequente igual direito e no 
mesmo prazo. 
Os embargos e as impugnações à liquidação 
apresentadas pelos credores trabalhistas serão 
julgados na mesma sentença. 
É inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais 
pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação 
ou interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
FIQUE MUITO ATENTO: Ainda que o 
beneficiário da justiça gratuita esteja isento de 
realizar o recolhimento do depósito recursal na 
fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT ), 
tendo esse depósito a teleologia de garantir 
futura e eventual execução, essa isenção não 
alcança a garantia da execução propriamente 
dita, sendo imprescindível que o devedor realize 
a respectiva garantia ou tenha bens penhorados 
para que o termo inicial para manejo dos 
embargos à execução tenha início (art. 884 da 
CLT ). 
Nesse sentido: 
TRT-6 - Agravo de Petição AP 
00009375120165060262 (TRT-6) 
Jurisprudência•Data de publicação: 17/12/2019 
AGRAVO DE PETIÇÃO. AUSÊNCIA DE GARANTIA 
DA EXECUÇÃO. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA 
GRATUITA. NÃO CONHECIMENTO. 1. Ainda que 
o beneficiário da justiça gratuita esteja isento 
de realizar o recolhimento do depósito recursal 
na fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT 
), tendo esse depósito a teleologia de garantir 
futura e eventual execução, essa isenção não 
alcança a garantia da execução propriamente 
dita, sendo imprescindível que o devedor 
realize a respectiva garantia ou tenha bens 
penhorados para que o termo inicial para 
manejo dos embargos à execução tenha início 
(art. 884 da CLT ). 
E ainda: 
TRT-1 - Agravo de Petição AP 
01002601520185010483 RJ (TRT-1) 
Jurisprudência•Data de publicação: 27/02/2021 
AGRAVO DE PETIÇÃO. SÓCIA EXECUTADA 
BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA. 
EXIGÊNCIA DE PRÉVIA E INTEGRAL GARANTIA 
DO JUÍZO DA EXECUÇÃO. O fato de a executada 
ser beneficiária da justiça gratuita não a isenta 
da garantia do juízo, porquanto a isenção 
10 
 
 
 
 
 
abrange somente o depósito recursal na fase 
de conhecimento. Não há nenhum dispositivo 
legal que retire dos executados beneficiários da 
justiça gratuita a obrigação de garantir, prévia 
e integralmente, o Juízo para apresentação de 
embargos à execução, exigência expressa nos 
art. 884 e 899, § 1º, ambos da CLT. Não atendida 
a condição legal de garantia do juízo, não 
merece ser conhecido o agravo de petição 
interposto pela executada. Agravo de Petição 
interposto pela executada não conhecido. 
ATENÇÃO: A exigência da garantia ou penhora 
não se aplica às entidades filantrópicas e/ou 
àqueles que compõem ou compuseram a 
diretoria dessas instituições. 
OBSERVAÇÃO: Vale destacar que, o executado 
que não pagar a importância reclamada poderá 
garantir a execução mediante depósito da 
quantia correspondente, atualizada e acrescida 
das despesas processuais, apresentação de 
seguro-garantia judicial ou nomeação de bens 
à penhora, observada a ordem preferencial 
estabelecida no art. 835 da lei no 13.105, de 16 
de março de 2015 - código de processo civil (art. 
882, da CLT). 
NESSE SENTIDO JÁ COBROU A OAB (EXAME 
XXXII): 
A sociedade empresária de transportes Mundo 
Pequeno Ltda. foi condenada ao pagamento de 
horas extras e diferença salarial na ação movida 
por Mauro Duarte, seu ex-empregado. 
Após o trânsito em julgado e apuração do valor 
devido, a executada foi citada para efetuar o 
pagamento de R$ 120.000,00. Ocorre que a 
sociedade empresária pretende apresentar 
embargos à execução, pois entende que o valor 
homologado é superior ao devido, mas não tem 
o dinheiro disponível para depositar nos autos. 
Sobre o caso relatado, de acordo com o que está 
previsto na CLT, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas 
A) Na Justiça do Trabalho não é necessário 
garantir o juízo para ajuizar embargos à 
execução. 
B) A sociedade empresária poderá apresentar 
seguro-garantia judicial para então apresentar 
embargos à execução. 
C) A sociedade empresária poderá assinar uma 
nota promissória judicial e, com isso, ter direito 
a ajuizar embargos de devedor. 
D) Se for comprovadaa situação de necessidade, 
a sociedade empresária, depositando 50% do 
valor da dívida, poderá embargar. 
A resposta correta, portanto, é a LETRA B, nos 
exatos termos do art. 882, da CLT, acima visto. 
O AGRAVO DE PETIÇÃO é cabível no prazo de 
08 DIAS das decisões do Juiz ou Presidente, nas 
execuções. 
O agravo de petição só será recebido quando o 
agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a 
execução imediata da parte remanescente até o 
final, nos próprios autos ou por carta de 
sentença. 
FIQUE MUITO ATENTO: Em caso de 
desconsideração da personalidade jurídica na 
fase de execução, cabe AGRAVO DE PETIÇÃO, 
independentemente de garantia do juízo. 
Tal tema, inclusive, já foi cobrado na OAB, no 
XXXII EXAME (O EXAME DO CAOS): 
No decorrer de uma execução trabalhista, não 
se conseguiu penhorar nenhum bem da 
empresa executada nem reter qualquer 
numerário dela em ativos financeiros. Então, o 
exequente instaurou um incidente de 
desconsideração de personalidade jurídica para 
direcionar a execução em face de um sócio. O 
referido sócio foi citado e, no prazo de 15 dias, 
manifestou-se contrariamente à sua execução. 
Submetida a manifestação ao contraditório e 
não havendo outras provas a produzir, o juiz 
julgou procedente o incidente e incluiu o sócio 
no polo passivo da execução na condição de 
11 
 
 
 
 
 
executado, sendo, então, publicada essa 
decisão. 
Considerando a situação retratada e os ditames 
da CLT, assinale a afirmativa correta. 
Alternativas 
A) Por ser interlocutória, essa decisão é 
irrecorrível, devendo o sócio se submeter ao 
comando e pagar a dívida. 
B) O sócio em questão poderá recorrer da 
decisão independentemente de garantia do 
juízo. 
C) Sendo a Lei omissa a respeito, caberá ao juiz 
definir se a decisão do incidente poderá ser 
objeto de recurso e se será necessário garantir o 
juízo. 
D) O sócio poderá recorrer da decisão, mas terá 
de garantir o juízo em 50%. 
A resposta, portanto, é, obviamente, a letra B. 
 
 
2. PRESCRIÇÃO 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
A prescrição trabalhista é prevista tanto na 
CLT como na própria Constituição Federal. 
Na CLT, está no artigo 11º e 11º-A, já na CF, 
encontra-se no artigo 7º, inciso XXIX. 
Vejamos cada um deles: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos 
resultantes das relações de trabalho 
prescreve em cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato 
de trabalho. 
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às 
ações que tenham por objeto anotações 
para fins de prova junto à Previdência 
Social. (AÇÃO DECLARATÓRIA, que é 
imprescritível. Exemplo: Assinatura de 
CTPS). 
Nesse sentido: 
TRT-4 - Recurso Ordinário RO 
00200494320165040203 (TRT-4) 
Jurisprudência•Data de publicação: 
29/09/2017 
AÇÃO DECLARATÓRIA. ANOTAÇÃO DA 
CTPS. Consoante o § 1º do art. 11 da CLT , a 
reclamatória trabalhista que tem por objeto 
o reconhecimento do vínculo de emprego e 
a anotação para fins de prova junto à 
Previdência Social não se sujeita ao prazo 
prescricional trabalhista, porquanto 
imprescritível. 
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva 
pedido de prestações sucessivas 
decorrente de alteração ou 
descumprimento do pactuado, a 
prescrição é total, exceto quando o direito 
à parcela esteja também assegurado por 
preceito de lei (Súmula 294 do C. TST em 
idêntico sentido). 
Nesse sentido: 
TRT-20 - 00013844720165200004 (TRT-20) 
Jurisprudência•Data de publicação: 
04/05/2018 
CONCESSÃO DE AUMENTO POR MÉRITO. 
PRESCRIÇÃO TOTAL. SÚMULA 294 DO C. 
TST. A concessão de aumento por mérito 
estava regulada por norma interna da 
empresa que deixou de ser aplicada desde 
1996. Considerando que tal direito não é 
garantido por lei, tem-se a prescrição total 
do pedido, tendo em vista o entendimento 
cristalizado na Súmula 294 do C. TST. 
§ 3º A interrupção da prescrição somente 
ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação 
12 
 
 
DICA DO DIA 80 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
trabalhista, mesmo que em juízo 
incompetente, ainda que venha a ser 
extinta sem resolução do mérito, 
produzindo efeitos apenas em relação aos 
pedidos idênticos. (Portanto, temos que o 
ajuizamento da reclamação trabalhista 
ocasiona a INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇAO, 
ainda que em Juízo incompetente e que 
venha a ser extinta sem resolução. A 
contagem volta para o começo e tão 
somente se dá em relação a pedidos 
IDÊNTICOS!). 
Art. 11-A. Ocorre a prescrição 
intercorrente no processo do trabalho no 
prazo de dois anos. 
§1º A fluência do prazo prescricional 
intercorrente inicia-se quando o 
exequente deixa de cumprir determinação 
judicial no curso da execução. (A prescrição 
intercorrente é aquela inerente a fase de 
EXECUÇÃO). 
§2º A declaração da prescrição 
intercorrente pode ser requerida ou 
declarada de ofício em qualquer grau de 
jurisdição. 
Por fim, vale dizer que há PRAZO 
DECADENCIAL na justiça do trabalho. 
Trata-se do prazo para instauração do 
inquérito para apuração de falta grave 
contra empregado garantido com 
estabilidade, que e de TRINTA DIAS 
contados da data da suspensão do 
empregado. 
Nesse sentido: 
TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA 
RO 00686201009903005 0000686- 
31.2010.5.03.0099 (TRT-3) 
Jurisprudência•Data de publicação: 
19/07/2013 
DECADÊNCIA. PRAZO PARA INSTAURAÇÃO 
DO INQUÉRITO JUDICIAL. SUSPENSÃO, POR 
FALTA GRAVE, DE EMPREGADO ESTÁVEL. 
No caso de suspensão do contrato de 
trabalho, em razão de instauração de 
Inquérito Judicial para apuração de falta 
grave cometida por dirigente sindical, há 
decadência quando o ajuizamento da ação 
ocorre em prazo superior ao de trinta dias 
fixado no art. 853 da CLT . O prazo 
decadencial conta-se a partir da data de 
suspensão do empregado estável. Nesse 
sentido, a Súmula 403 do Supremo Tribunal 
Federal: "É de decadência o prazo de trinta 
dias para instauração do inquérito judicial, a 
contar da suspensão, por falta grave, de 
empregado estável". 
 
 
3. CONSIDERAÇOES FINAIS 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
A teoria relativa aos artigos indicados (57 ao 72; 
art. 73 e 74) e (189 ao 196) encontram-se nas 
DICAS OABENÇOADAS DA SEMANA 05! 
Não deixe de ler. 
 
 
1. LICITAÇÃO E CONTRATOS 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Sobre o tema, faça a leitura do nosso E-book: 
“Resumo Direito Administrativo 
@OABaivouEU”. 
Leia a partir da página 37! 
13 
 
 
 
 
 
 
 
1. RECURSOS 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Recursos são impugnações a decisões judiciais 
dentro do mesmo processo. A maioria das 
pessoas confundem e acabam utilizando a 
nomenclatura errada sobre o fato de o recurso 
ser conhecido ou provido. 
Deixa-me tentar explicar a vocês: Quando o 
recurso tiver todos os seus pressupostos de 
admissibilidade preenchidos, como por 
exemplo, Legitimidade, prazo...fala-se que o 
recurso foi CONHECIDO. Passado dessa fase, o 
recurso terá seu mérito analisado, caso este seja 
válido, tenha fundamentação coerente... fala-se 
em PROVIDO. Logo, um recurso poderá ser 
conhecido, pois possui todos os pressupostos de 
admissibilidade e não ser provido, pois não se 
encontra fundamentado de acordo com o 
mérito. 
Entendeu? 
Cada recurso possui um ou alguns efeitos, os 
quais são: 
a) Efeito devolutivo: É a devolução da decisão 
recorrida ao Poder Judiciário para que este 
refaça a análise. Este efeito se divide em dois, 
conforme a doutrina explica: Devolutivo de 
extensão e de profundidade. 
b) Suspensivo- Impede que a decisão prolatada 
forme trânsito em julgado. A decisão que será 
recorrida fica com seus efeitos suspensos até a 
análise do recurso interposto. 
 
 
c) Translativo: É a apreciação pelo poder 
judiciário de matérias, que não foram 
impugnadas por quem recorreu, mas por serem 
matérias de ordem pública são cognoscíveis de 
ofício. 
d) Regressivo: É a retrataçãodo juízo a quo, com 
relação a uma decisão que ele próprio proferiu. 
e) Expansivo: É o alcance da decisão recursal, a 
qual poderá ser um alcance subjetivo, atingindo 
outros sujeitos além do recorrente, assim como 
objetivo, quando a decisão atinge outros atos 
processuais, além do já impugnado. 
e) Substitutivo: é a substituição da decisão 
impugnada por outra. 
f) Rescindente: Ocorre quando o julgamento 
anula ou caça a decisão impugnada. 
Espécies de Recursos: 
1- APELAÇÃO 
A apelação é a impugnação própria para atacar 
as sentenças e decisões interlocutórias não 
sujeitas a agravo de instrumento. 
Em regra, a apelação possui o efeito devolutivo 
e o suspensivo. O tribunal fica vinculado a 
apreciação dos capítulos da sentença 
impugnados, não podendo de ofício estender 
sua manifestação para capítulos que não foram 
objeto do recurso. Contudo, com relação ao 
capítulo impugnado, poderá o judiciário se 
aprofundar na análise, é a chamada teoria da 
causa madura. 
rt. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, 
começa a produzir efeitos imediatamente após 
a sua publicação a sentença que: 
I - Homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - Condena a pagar alimentos; (A SENTENÇA 
QUE CONDENA EM ALIMENTOS NÃO POSSUI 
EFEITO SUSPENSIVO) 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga 
improcedentes os embargos do executado; 
IV - Julga procedente o pedido de instituição de 
arbitragem; 
V - Confirma, concede ou revoga tutela 
provisória; 
DICA DO DIA 81 
PROCESSO CIVIL 
14 
 
 
 
 
 
VI - Decreta a interdição. 
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá 
promover o pedido de cumprimento provisório 
depois de publicada a sentença. 
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo 
nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por 
requerimento dirigido ao: 
I - Tribunal, no período compreendido entre a 
interposição da apelação e sua distribuição, 
ficando o relator designado para seu exame 
prevento para julgá-la; 
II - Relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da 
sentença poderá ser suspensa pelo relator se o 
apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou 
de difícil reparação. 
#PLUS 
TEORIA DA CAUSA MADURA: Ocorre quando o 
juiz de 1º grau profere uma sentença SEM 
RESOLUÇÃO DE MÉRITO e esta é impugnada. Ao 
ser impugnada, o juiz poderá se retratar da sua 
decisão ou não, caso ele não se retrate, a 
apelação será enviada para o Tribunal. Ao 
chegar no Tribunal, este poderá entender que 
cabe sim uma sentença de mérito e, além de 
anular a decisão anterior poderá desde logo 
proferir uma decisão de mérito. 
“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o 
conhecimento da matéria impugnada. 
§ 3º Se o processo estiver em condições de 
imediato julgamento, o tribunal deve decidir 
desde logo o mérito quando: 
I - Reformar sentença fundada no art. 
485 (sentença sem resolução de mérito) “. 
Resumindo: Quando estamos diante de uma 
sentença, uma das opções que poderão ser 
executadas é recorrer, por meio da apelação. 
Caso esta sentença tenha sido SEM 
RESOLUÇÃO DE MÉRITO, ao invés do tribunal 
anular a decisão e enviá-la para que o juiz de 1º 
grau faça um novo julgamento, o próprio 
tribunal que irá julgar. Logo, a teoria da causa 
madura ocorre quando o juiz reformar a 
sentença sem resolução do mérito e julgar o 
mérito desta, sem devolvê-la ao juiz a quo. 
Obs: As apelações interpostas contra sentença 
SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO possuem efeito 
REGRESSIVO no prazo de 05 dias. 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de 
conhecimento, se a decisão a seu respeito não 
comportar agravo de instrumento, não são 
cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas 
em preliminar de apelação, eventualmente 
interposta contra a decisão final, ou nas 
contrarrazões. 
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem 
suscitadas em contrarrazões, o recorrente será 
intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar- 
se a respeito delas. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se 
mesmo quando as questões mencionadas 
no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. 
Técnica do julgamento ampliado: 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for 
não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com 
a presença de outros julgadores, que serão 
convocados nos termos previamente definidos 
no regimento interno, em número suficiente 
para garantir a possibilidade de inversão do 
resultado inicial, assegurado às partes e a 
eventuais terceiros o direito de sustentar 
oralmente suas razões perante os novos 
julgadores. 
§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do 
julgamento dar-se-á na mesma sessão, 
colhendo-se os votos de outros julgadores que 
porventura componham o órgão colegiado. 
15 
 
 
 
 
 
§ 2º Os julgadores que já tiverem votado 
poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento. SEMPRE CAI! 
§ 3º A técnica de julgamento prevista neste 
artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não 
unânime proferido em: (ALÉM DE OCORRER NA 
APELAÇÃO, ATÉCNICA DE JULGAMENTO 
AMPLIADO TAMBÉM OCORRE NESSES CASOS) 
I - Ação rescisória, quando o resultado for a 
rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu 
prosseguimento ocorrer em órgão de maior 
composição previsto no regimento interno; 
II - Agravo de instrumento, quando houver 
reforma da decisão que julgar parcialmente o 
mérito. 
§ 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao 
julgamento: 
I - Do incidente de assunção de competência e 
ao de resolução de demandas repetitivas; 
II - Da remessa necessária; 
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo 
plenário ou pela corte especial. 
OBS: CUIDADO COM A PEGADINHA! NA 
APELAÇÃO A TÉCNICA DE JULGAMENTO 
AMPLIADO PODERÁ OCORRER SE A DECISÃO 
FOR COM OU SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, 
PROVIDA OU IMPROVIDA... NÃO IMPORTA. O 
QUE IMPORTA É A DECISÃO SER NÃO 
UNÂNIME. JÁ NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, 
A TÉCNICA SÓ IRÁ OCORRER SE A DECISÃO FOR 
PARCIAL E DE MÉRITO, ENTENDEU? 
RECURSO ADESIVO: Apesar de ser chamado de 
recurso, o recurso adesivo não é um novo tipo 
de recurso, mas uma nova forma de você 
interpor. 
Como assim? Quando houver sucumbência 
recíproca (perda das duas partes), a parte que 
não tiver recorrido de forma autônoma, poderá 
recorrer de forma adesiva nas contrarrazões. 
Entendeu nada né? Kkkkkk 
Vamos Lá.... 
Sandy promoveu uma ação contra Júnior de 
danos morais e patrimoniais. O juiz proferiu 
sentença em favor de Sandy, mas apenas deferiu 
os danos patrimoniais. Sandy estava bem 
exausta, pois o processo foi bem desgastante e 
resolveu não recorrer. Júnior inconformado 
apelou da sentença. No prazo das contrarrazões, 
Sandy pensou direitinho e resolveu se defender 
das impugnações de Júnior e adesivamente 
impugnar os danos morais que o juiz não havia 
deferido anteriormente. 
Obs.: O recurso adesivo não será CONHECIDO 
(lembre-se da diferença conhecido x provido) 
se houver desistência do recurso principal ou se 
ele for considerado inadmissível. 
Obs.: O recurso adesivo só ocorre nas 
apelações, RE e RESP. 
2- AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Este recurso impugna decisões interlocutórias, 
ou seja, aquelas que NÃO põe fim ao processo. 
Possui o efeito devolutivo e regressivo. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra 
as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - Tutelas provisórias; 
II - Mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de 
arbitragem; 
IV - Incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica; 
V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça 
ou acolhimento do pedido de sua revogação 
(NÃO É DA ADMISSÃO DA GRATUIDADE, MAS 
REJEIÇÃO OU REVOGAÇÃO) 
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão delitisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do 
litisconsórcio; 
16 
 
 
 
 
 
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de 
terceiros; 
X - Concessão, modificação ou revogação do 
efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos 
do art. 373, § 1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em 
lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de 
instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou 
de cumprimento de sentença, no processo de 
execução e no processo de inventário. 
Art. 1.016. O agravo de instrumento será 
dirigido diretamente ao tribunal competente, 
por meio de petição com os seguintes 
requisitos: 
I - Os nomes das partes; 
II - A exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de 
invalidação da decisão e o próprio pedido; 
IV - O nome e o endereço completo dos 
advogados constantes do processo. 
#JURIS 
“As decisões interlocutórias sobre a instrução 
probatória não são impugnáveis por agravo de 
instrumento ou pela via mandamental, sendo 
cabível a sua impugnação diferida pela via da 
apelação. 
STJ. 2ª Turma. RMS 65943-SP, Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, julgado em 26/10/2021 
(Info 715)” 
“A decisão que deixa de homologar pedido de 
extinção consensual da lide retrata decisão 
interlocutória de mérito a admitir 
recorribilidade por agravo de instrumento, 
interposto com fulcro no art. 1.015, II, do 
CPC/2015. 
STJ. 1ª Turma.REsp 1817205-SC, Rel. Min. 
Gurgel de Faria, julgado em 05/10/2021 (Info 
712)” 
“A prolação de sentença objeto de recurso de 
apelação não acarreta a perda superveniente 
do objeto de agravo de instrumento pendente 
de julgamento que versa sobre a consumação 
da prescrição. 
Exemplo hipotético: João ajuizou ação de 
cobrança contra Pedro. Na contestação Pedro 
alegou que a pretensão estaria prescrita. Logo, 
pediu a extinção do processo com resolução do 
mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC. O 
juiz, contudo, não concordou e proferiu decisão 
interlocutória rejeitando a arguição de 
prescrição. Contra essa decisão, Pedro interpôs 
agravo de instrumento, insistindo no 
argumento de que teria havido a consumação 
da prescrição. Antes que o agravo de 
instrumento fosse julgado, houve a prolação de 
sentença. Mesmo assim, não haverá perda 
superveniente do objeto de agravo de 
instrumento que versa sobre a consumação da 
prescrição. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1921166-RJ, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, julgado em 05/10/2021 (Info 
713) “ 
3- AGRAVO INTERNO 
Este tipo de recurso impugna as decisões do 
relator, logo, ocorre nos tribunais. 
Prazo: 1 5 dias 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo 
relator caberá agravo interno para o respectivo 
órgão colegiado, observadas, quanto ao 
processamento, as regras do regimento interno 
do tribunal. 
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente 
impugnará especificadamente os fundamentos 
da decisão agravada. 
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que 
intimará o agravado para manifestar-se sobre o 
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do 
qual, não havendo retratação, o relator levá-lo- 
17 
 
 
 
 
 
á a julgamento pelo órgão colegiado, com 
inclusão em pauta. 
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução 
dos fundamentos da decisão agravada para 
julgar improcedente o agravo interno. 
§ 4º Quando o agravo interno for declarado 
manifestamente inadmissível ou improcedente 
em votação unânime, o órgão colegiado, em 
decisão fundamentada, condenará o agravante 
a pagar ao agravado multa fixada entre um e 
cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso 
está condicionada ao depósito prévio do valor 
da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda 
Pública e do beneficiário de gratuidade da 
justiça, que farão o pagamento ao final. 
4- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração 
contra qualquer decisão judicial para: 
I - Esclarecer obscuridade ou eliminar 
contradição; 
II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o 
qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a 
requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão 
que: 
I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em incidente 
de assunção de competência aplicável ao caso 
sob julgamento; 
II - Incorra em qualquer das condutas descritas 
no art. 489, § 1º . 
Os embargos de declaração possuem o prazo de 
05 dias úteis e INTERROMPEM o prazo recursal. 
“A oposição tempestiva de embargos de 
declaração por uma das partes não interrompe 
o prazo para que a outra parte igualmente 
oponha embargos ao mesmo julgado. 
STJ. 2ª Seção. EDcl nos EDcl no REsp 
1829862/SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, 
julgado em 09/06/2021” 
“Admite-se a conversão dos embargos de 
declaração em agravo interno quando houver 
nítido pleito de reforma do julgamento, em 
atenção aos princípios da fungibilidade recursal 
e da instrumentalidade das formas, com base 
no artigo 1024, §3º, do CPC. 
STF. 1ª Turma. Rcl-ED-ED 39.695-MA, Rel. Min. 
Luiz Fux, julgado em 24/08/2020” 
5-RECURSO ORDINÁRIO: 
O Recurso ordinário encontra-se previsto na CF, 
pode ser interposto tanto no STF quanto no STJ. 
Possui efeito devolutivo, sendo admitido o 
suspensivo por alguns doutrinadores. Deve ser 
interposto no tribunal de origem, o qual não faz 
juízo de admissibilidade. 
ROC PARA O STF: 
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - Pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados 
de segurança, os habeas data e os mandados 
de injunção decididos em única instância pelos 
tribunais superiores, quando denegatória a 
decisão; 
Obs: TENHA EM MENTE QUE SE ESSA DECISÃO 
DENAGATÓRIA DE MS, MI e HD FOR 
MONOCRÁTICA (DO RELATOR) NÃO É O CASO 
DE ROC, MAS DE AGRAVO INTERNO. 
ROC PARA O STJ: 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em 
única instância pelos tribunais regionais 
federais ou pelos tribunais de justiça dos 
Estados e do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um 
lado, Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e, de outro, Município ou pessoa 
residente ou domiciliada no País. 
18 
 
 
 
 
 
Obs: A decisão mencionada na letra B é uma 
sentença, a qual será proferida por um juiz 
Federal de 1º grau, porém ao invés de ser 
interposta uma apelação para o TRF, cabe ROC 
PARA O STJ. 
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea 
“b”, contra as decisões interlocutórias caberá 
agravo de instrumento dirigido ao Superior 
Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 . 
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto 
nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º 
6- RESP e RE: 
Não se pode recorrer toda hora e todo instante 
para o STF e o STJ né? Por isso, para que seja 
interposto o RESP ou RE faz-se necessário o 
exaurimento prévio de instâncias. 
São recursos que servem para controle da 
correta aplicação do direito OBJETIVO ( verificar 
se a lei foi aplicada e interpretada 
corretamente ao caso concreto).Não faz 
reexame de provas, muito menos da matéria de 
fato. A sua cognição fica restrita aos limites da 
matéria jurídica. 
Tanto o RE como o RESP exigem 
prequestionamento para serem oferecidos, 
ainda que a matéria seja de ordem pública. A sua 
fundamentação é vinculada, ou seja, deverá ser 
demonstrado expressamente em qual situação 
do art. 102 ou 105 da CF os recursos se 
enquadram. 
Não possuem efeito suspensivo AUTOMÁTICO, 
ou seja, permitem a execução provisória. Caso o 
impetrante queira tal efeito terá que requerer. 
Possui juízo de admissibilidade em dobro, pois 
tanto o juízo de origem quanto o tribunal 
superior fazem.Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso 
especial, nos casos previstos na Constituição 
Federal , serão interpostos perante o presidente 
ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em 
petições distintas que conterão: 
I - A exposição do fato e do direito; 
II - A demonstração do cabimento do recurso 
interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de 
invalidação da decisão recorrida. 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio 
jurisprudencial, o recorrente fará a prova da 
divergência com a certidão, cópia ou citação do 
repositório de jurisprudência, oficial ou 
credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em 
que houver sido publicado o acórdão 
divergente, ou ainda com a reprodução de 
julgado disponível na rede mundial de 
computadores, com indicação da respectiva 
fonte, devendo-se, em qualquer caso, 
mencionar as circunstâncias que identifiquem 
ou assemelhem os casos confrontados. 
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior 
Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício 
formal de recurso tempestivo ou determinar sua 
correção, desde que não o repute grave. 
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do 
incidente de resolução de demandas repetitivas, 
o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do 
Superior Tribunal de Justiça receber 
requerimento de suspensão de processos em 
que se discuta questão federal constitucional ou 
infraconstitucional, poderá, considerando 
razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, estender a suspensão a todo o 
território nacional, até ulterior decisão do 
recurso extraordinário ou do recurso especial a 
ser interposto. 
§ 5º O pedido de concessão de efeito 
suspensivo a recurso extraordinário ou a 
recurso especial poderá ser formulado por 
requerimento dirigido: 
– Ao tribunal superior respectivo, no período 
compreendido entre a publicação da decisão 
de admissão do recurso e sua distribuição, 
ficando o relator designado para seu exame 
prevento para julgá-lo; 
19 
 
 
 
 
 
II - Ao relator, se já distribuído o recurso 
II – ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, no período compreendido 
entre a interposição do recurso e a publicação 
da decisão de admissão do recurso, assim como 
no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos 
termos do art. 1.037 . 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição 
conjunta de recurso extraordinário e recurso 
especial, os autos serão remetidos ao Superior 
Tribunal de Justiça. 
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, 
os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal 
Federal para apreciação do recurso 
extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar 
prejudicial o recurso extraordinário, em decisão 
irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá 
os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar 
a prejudicialidade, devolverá os autos ao 
Superior Tribunal de Justiça para o julgamento 
do recurso especial. 
OBS: Caso seja oferecido um RESP e o STJ 
entenda que a violação a CF é direta DEVERÁ 
conceder prazo de 15 dias para o recorrente 
mostrar a existência de Repercussão Geral e que 
se manifeste sobre questão constitucional. 
Cumprida a diligência o STJ remeterá o recurso 
ao STF, que em juízo de admissibilidade poderá 
devolvê-lo ao STJ. 
Contudo, caso o recurso oferecido tenha sido o 
RE e o STF entenda que a violação á CF é reflexa, 
remeterá o recurso ao STJ. 
Obs. NÃO CABE Resp no Juizado especial. 
7- EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão 
fracionário que: 
I - Em recurso extraordinário ou em recurso 
especial, divergir do julgamento de qualquer 
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os 
acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
III - em recurso extraordinário ou em recurso 
especial, divergir do julgamento de qualquer 
outro órgão do mesmo tribunal, sendo um 
acórdão de mérito e outro que não tenha 
conhecido do recurso, embora tenha apreciado 
a controvérsia; 
§ 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas 
contidas em julgamentos de recursos e de ações 
de competência originária. 
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de 
embargos de divergência pode verificar-se na 
aplicação do direito material ou do direito 
processual. 
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o 
acórdão paradigma for da mesma turma que 
proferiu a decisão embargada, desde que sua 
composição tenha sofrido alteração em mais da 
metade de seus membros. 
§ 4º O recorrente provará a divergência com 
certidão, cópia ou citação de repositório oficial 
ou credenciado de jurisprudência, inclusive em 
mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão 
divergente, ou com a reprodução de julgado 
disponível na rede mundial de computadores, 
indicando a respectiva fonte, e mencionará as 
circunstâncias que identificam ou assemelham 
os casos confrontados. 
Art. 1.044. No recurso de embargos de 
divergência, será observado o procedimento 
estabelecido no regimento interno do 
respectivo tribunal superior. 
§ 1º A interposição de embargos de divergência 
no Superior Tribunal de Justiça interrompe o 
prazo para interposição de recurso 
extraordinário por qualquer das partes. 
§ 2º Se os embargos de divergência forem 
desprovidos ou não alterarem a conclusão do 
julgamento anterior, o recurso extraordinário 
interposto pela outra parte antes da publicação 
do julgamento dos embargos de divergência 
20 
 
 
DICA DO DIA 82 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
será processado e julgado independentemente 
de ratificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. IMPOSTO FEDERAL 
O QUE VOCÊ DEVE SABER: 
Art. 153. Compete à União instituir impostos 
sobre: 
I - Importação de produtos estrangeiros; II 
II - Exportação, para o exterior, de produtos 
nacionais ou nacionalizados; IE 
III - renda e proventos de qualquer natureza; IR 
IV - Produtos industrializados; IPI 
V - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; IOF 
VI - Propriedade territorial rural; ITR 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei 
complementar. IGF 
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas 
as condições e os limites estabelecidos em lei, 
alterar as alíquotas dos impostos enumerados 
nos incisos I, II, IV e V. 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - Será informado pelos critérios da 
generalidade, da universalidade e da 
progressividade, na forma da lei (IMPOSTO DE 
RENDA) 
II - Não incidirá, nos termos e limites fixados em 
lei, sobre rendimentos provenientes de 
aposentadoria e pensão, pagos pela previdência 
social da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, a pessoa com idade superior a 
sessenta e cinco anos, cuja renda total seja 
constituída, exclusivamente, de rendimentos do 
trabalho. 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV: IPI 
I - Será seletivo, em função da essencialidade do 
produto; 
II - Será não-cumulativo, compensando-se o que 
for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados 
destinados ao exterior. 
IV - Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição 
de bens de capital pelo contribuinte do imposto, 
na forma da lei. 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI terá suas 
alíquotas fixadas de forma a desestimular a 
manutenção de propriedades improdutivas e 
não incidirá sobre pequenas glebas rurais, 
definidas em lei, quando as explore, só ou com 
sua família, o proprietário que não possua outro 
imóvel. 
 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI 
do capuT ITR 
RECURSOS CABIMENTO PRAZO PREPARO 
APELAÇÃO Sentença 
terminativa ou 
definitiva 
15 
dias 
Sim 
AGRAVO DE 
INSTRUMENTO 
Decisões 
interlocutórias 
15 
dias 
sim 
AGRAVO 
INTERNO 
Decisões do 
relator 
15 
dias 
Em 
regra, 
não 
EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃOObscuridade, 
contradição e 
omissão 
5 
dias 
não 
 
 
 
 
RESP 
É o instrumento 
processual 
utilizado para 
contestar, em 
face 
do Superior 
Tribunal de 
Justiça (STJ), 
uma decisão 
determinada 
por um Tribunal 
Estadual ou um 
Tribunal 
Regional 
Federal 
(art.105, III da 
CF) 
 
 
 
15 
dias 
 
 
 
 
 
sim 
RE o recurso 
extraordinário 
tem a função de 
rebater decisão 
que contrarie a 
Constituição da 
República 
Federativa do 
Brasil (art. 102, 
III da CF) 
 
 
 
15 
dias 
sim 
EMBARGOS DE 
DIVERDÊNCIA 
Contra 
acórdão 
fracionário 
15 
dias 
sim 
 
21 
 
 
 
 
 
I - Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas 
de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas; 
II - Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, 
definidas em lei, quando as explore o 
proprietário que não possua outro imóvel; 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios 
que assim optarem, na forma da lei, desde que 
não implique redução do imposto ou qualquer 
outra forma de renúncia fiscal. 
 
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se 
exclusivamente à incidência do imposto de que 
trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido 
na operação de origem; a alíquota mínima será 
de um por cento, assegurada a transferência do 
montante da arrecadação nos seguintes 
termos: 
I - Trinta por cento para o Estado, o Distrito 
Federal ou o Território, conforme a origem; 
II - Setenta por cento para o Município de 
origem. 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - Mediante lei complementar, impostos não 
previstos no artigo anterior, desde que sejam 
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou 
base de cálculo próprios dos discriminados 
nesta Constituição; 
II - Na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou 
não em sua competência tributária, os quais 
serão suprimidos, gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação. 
 
Imposto de Importação (II) – aplicado em cada 
produto estrangeiro que entra em território 
nacional. Seu cálculo é feito tendo como base 
alíquotas que podem ser reajustadas pelo Poder 
Executivo devido a política cambial e o comércio 
exterior. Os contribuintes que pagam este 
imposto são o importador ou quem arrematar 
produtos apreendidos ou abandonados. Esse 
imposto possui função regulatória e não 
fiscalizatória. 
Seu fato gerador é a entrada da mercadoria no 
território nacional. São ainda considerados 
estrangeiros os equipamentos, as máquinas, os 
veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem 
como as partes, as peças, os acessórios e os 
componentes, de fabricação nacional, 
adquiridos no mercado interno pelas empresas 
nacionais de engenharia, e exportados para a 
execução de obras contratadas no exterior, na 
hipótese de retornarem ao país. Dessa 
forma, também é considerada estrangeira a 
mercadoria nacional ou nacionalizada exportada 
que retornar ao país, salvo exceções abaixo 
relacionadas. 
1. enviada em consignação e não vendida no 
prazo autorizado 
2. devolvida por motivo de defeito técnico, 
para reparo ou para substituição 
3. por motivo de modificações na sistemática 
de importação por parte do país importador 
4. por motivo de guerra ou de calamidade 
pública 
5. por outros fatores alheios à vontade do 
exportador 
Não incidência do II: 
O Imposto de Importação não incidirá sobre: 
1. mercadoria estrangeira que, corretamente 
descrita nos documentos de transporte, 
chegar ao país por erro inequívoco ou 
comprovado de expedição, e que for 
redestinada ou devolvida para o exterior; 
2. mercadoria estrangeira idêntica, em igual 
quantidade e valor, e que se destine a 
reposição de outra anteriormente 
importada que se tenha revelado, após o 
desembaraço aduaneiro, defeituosa ou 
imprestável para o fim a que se destinava, 
desde que observada a regulamentação 
editada pelo Ministério da Fazenda (ou 
Economia); 
3. mercadoria estrangeira que tenha sido 
objeto da pena de perdimento, exceto na 
22 
 
 
 
 
 
hipótese em que não seja localizada, tenha 
sido consumida ou revendida; 
4. mercadoria estrangeira devolvida para o 
exterior antes do registro da Declaração de 
Importação, observada a regulamentação 
editada pelo Ministério da Fazenda (ou 
Economia); 
5. embarcações construídas no Brasil e 
transferidas por matriz de empresa 
brasileira de navegação para subsidiária 
integral no exterior, que retornem ao 
registro brasileiro, como propriedade da 
mesma empresa nacional de origem; 
6. mercadoria estrangeira destruída, sob 
controle aduaneiro, sem ônus para a 
Fazenda Nacional, antes de 
desembaraçada; e 
7. mercadoria estrangeira em trânsito 
aduaneiro de passagem, acidentalmente 
destruída. 
Imposto de Exportação (IE) – aplicado em cada 
produto que sai do nosso país e que é 
encaminhado para território estrangeiro. Da 
mesma forma que ocorre com o II, sua base de 
cálculo é sobre alíquotas que podem ser 
ajustadas. É um imposto regulatório, não sendo 
fiscal. 
O contribuinte do IE é o exportador ou quem a 
lei a ele equiparar, seu fato gerador é a saída de 
mercadoria do país. 
Observações sobre o IE: 
COFINS: não incide sobre as receitas 
decorrentes de exportação; 
drawback: regime aduaneiro de isenção, 
restituição ou suspensão de tributos que 
incidem nos produtos utilizados no processo 
produtivo de bens com a finalidade de 
exportação; 
ICMS: não incide sobre as operações de 
exportações; 
IOF: alíquota de 0% às operações de câmbio 
vinculadas à exportação (aplicável a outros tipos 
de serviços e bens); 
IPI: os produtos exportados estão isentos do 
Imposto Sobre Produtos Industrializados; 
PIS: todas as receitas de exportação são isentas 
da contribuição para o Programa de Integração 
Social; 
Imposto de Renda (IR) – é um imposto sobre os 
rendimentos, ou seja, sobre o que a pessoa 
ganha. E ainda acompanha a sua evolução 
patrimonial. Para fazer esse acompanhamento, 
o governo solicita aos trabalhadores e empresas 
que informem para a Receita Federal quais são 
seus ganhos anuais. 
O fato gerador do Imposto de Renda, conforme 
o artigo 43 do Código Tributário Nacional, é a 
aquisição da disponibilidade econômica ou 
jurídica de renda ou de proventos de qualquer 
natureza. A incidência do imposto independe da 
denominação da receita ou do rendimento, da 
localização, condição jurídica ou nacionalidade 
da fonte, da origem e da forma de percepção, ou 
seja, o dinheiro oriundo do tráfico de drogas 
apesar de ser ilícito é tributável e sujeito a 
incidência do Imposto de renda. 
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural 
(ITR) – É cobrado anualmente das propriedades 
rurais e seu valor varia de acordo com o 
tamanho da propriedade e com a sua utilização. 
Quanto maior a quantidade de terra sem 
utilização em uma propriedade, maior o 
imposto que deve ser pago por ela. O 
contribuinte do imposto é o proprietário do 
imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu 
possuidor a qualquer título. 
O ITR é um tributo de competência da União 
Federal (art. 153, VI, da CF), mas com a 
possibilidade de ter a sua fiscalização e cobrança 
assumida pelos Municípios que assim 
desejarem, mediante a celebração de convênio 
com a União Federal 
23 
 
 
 
 
 
Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de 
forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas; não incidirá sobre 
pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando 
as explore o proprietário que não possua outro 
imóvel; Será fiscalizado e cobrado pelos 
Municípios que assim optarem, na forma da lei, 
desde que não implique redução do imposto ou 
qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
IPI- IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE 
INDUSTRIAL:O imposto, de competência da 
União, sobre produtos industrializados tem 
como fato gerador: 
I - O seu desembaraço aduaneiro, quando 
de procedência estrangeira;II - A sua saída dos estabelecimentos a que 
se refere o parágrafo único do artigo 51; 
III - a sua arrematação, quando apreendido 
ou abandonado e levado a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste 
imposto, considera-se industrializado o produto 
que tenha sido submetido a qualquer operação 
que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou 
o aperfeiçoe para o consumo. 
Art. 47. A base de cálculo do imposto é: 
I - No caso do inciso I do artigo anterior, o 
preço normal, como definido no inciso II do 
artigo 20, acrescido do montante: 
a) do imposto sobre a importação; 
b) das taxas exigidas para entrada do 
produto no País; 
c) dos encargos cambiais efetivamente 
pagos pelo importador ou dele exigíveis; 
II - no caso do inciso II do artigo anterior: 
a) o valor da operação de que decorrer a 
saída da mercadoria; 
b) na falta do valor a que se refere a alínea 
anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua 
similar, no mercado atacadista da praça do 
remetente; 
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o 
preço da arrematação. 
Art. 48. O imposto é seletivo em função da 
essencialidade dos produtos. 
Art. 49. O imposto é não-cumulativo, 
dispondo a lei de forma que o montante devido 
resulte da diferença a maior, em determinado 
período, entre o imposto referente aos produtos 
saídos do estabelecimento e o pago 
relativamente aos produtos nele entrados. 
Parágrafo único. O saldo verificado, em 
determinado período, em favor do contribuinte 
transfere-se para o período ou períodos 
seguintes. 
Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, 
quando remetidos de um para outro Estado, ou 
do ou para o Distrito Federal, serão 
acompanhados de nota fiscal de modelo 
especial, emitida em séries próprias e contendo, 
além dos elementos necessários ao controle 
fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da 
estatística do comércio por cabotagem e demais 
vias internas. 
Art. 51. Contribuinte do imposto é: 
I - O importador ou quem a lei a ele 
equiparar; 
II - O industrial ou quem a lei a ele 
equiparar; 
III - o comerciante de produtos sujeitos ao 
imposto, que os forneça aos contribuintes 
definidos no inciso anterior; 
IV - O arrematante de produtos apreendidos 
ou abandonados, levados a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste 
imposto, considera-se contribuinte autônomo 
qualquer estabelecimento de importador, 
industrial, comerciante ou arrematante. 
IOF- Imposto sobre operações financeiras: É 
um imposto federal pago por pessoas físicas e 
jurídicas em qualquer operação financeira, 
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como operações de crédito, câmbio, seguro ou 
operações de títulos e valores mobiliários. 
 Exemplo de incidência: Usar o cartão 
de crédito em compras fora do país 
(online ou presencialmente); 
 Comprar ou vender moeda 
estrangeira; 
 Fazer 
um empréstimo ou financiamento; 
 Usar o cheque especial ou crédito 
rotativo; 
 Resgatar um investimento; 
 Fazer um seguro. 
O ouro, quando definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se 
exclusivamente à incidência do IOF devido na 
operação de origem; a alíquota mínima será de 
um por cento, assegurada a transferência do 
montante da arrecadação nos seguintes 
termos: 
I - Trinta por cento para o Estado, o Distrito 
Federal ou o Território, conforme a origem; 
II - Setenta por cento para o Município de 
origem. 
Obs. o STF entende que é indevida a incidência 
do imposto sobre créditos nas operações de 
saque de cadernetas de poupança e de 
depósitos judiciais, por não envolverem 
qualquer negócio de crédito. 
IGF- IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS O 
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é 
um tributo previsto pela primeira vez 
na Constituição Federal de 1988, mas ainda não 
regulamentado. A incidência do imposto seria 
sobre o patrimônio considerado grande fortuna. 
2. IMPOSTOS ESTADUAIS 
O QUE VOCE DEVE SABER: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito 
Federal instituir impostos sobre: 
- transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos; - ITCMD 
- operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; ICMS 
- propriedade de veículos automotores. – IPVA 
 
Compete ao Senado Federal: 
-Estabelecer as alíquotas máximas do ITCMD; 
-Estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis às 
operações e prestações interestaduais 
(iniciativa= PR ou 1/3 dos SF / aprovação = 
maioria absoluta); 
-Estabelecer alíquotas do ICMS aplicáveis nas 
exportações (hipótese tacitamente revogada 
pela EC 42/2003, que excluiu da incidência do 
ICMS todas as exportações de mercadorias para 
o exterior); 
-Facultativamente estabelecer as alíquotas 
mínimas e máximas do ICMS nas operações e 
prestações internas (alíquota mínima – iniciativa 
= 1/3 / aprovação = maioria absoluta ; alíquota 
máxima – iniciativa = maioria absoluta / 
aprovação = 2/3); 
-Estabelecer as alíquotas mínimas do IPVA. 
 
ITCMD- O fato gerador do ITCMD é a 
transmissão causa mortis de imóveis e doação 
de qualquer bem ou direito. Ou seja, sempre 
que os herdeiros recebem um imóvel (casa, 
apartamento ou outra edificação ou terreno) em 
decorrência do falecimento do proprietário, eles 
devem recolher o tributo nas alíquotas previstas 
em seu estado. 
 
É importante esclarecer que o recolhimento do 
imposto é de responsabilidade de quem está 
recebendo o bem ou direito. De acordo com a 
legislação, o valor deve ser pago pelo 
contribuinte nas seguintes situações: 
 Na transmissão “causa mortis”: o 
herdeiro ou o legatário 
 Na doação: o donatário 
 Na cessão de herança ou de bem ou 
direito a título não oneroso: o 
cessionário 
 No fideicomisso: o fiduciário 
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Art. 155 da CF- Compete aos Estados e ao 
Distrito Federal instituir impostos sobre: 
 
I - Transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos; 
 
 
A quem compete o recolhimento do ITCMD? 
 
Relativamente a bens imóveis e respectivos 
direitos, compete ao Estado da situação do 
bem, ou ao Distrito Federal 
 
Relativamente a bens móveis, títulos e 
créditos, compete ao Estado onde se processar 
o inventário ou arrolamento, ou tiver 
domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; 
 
Terá competência para sua instituição 
regulada por lei complementar: 
 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no 
exterior; 
 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou 
domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior; 
 
IV - Terá suas alíquotas máximas fixadas pelo 
Senado Federal; 
 
OBS: O imposto não incidirá na renúncia pura e 
simples de eventual herança, pois considera-se 
não efetivado o negócio jurídico. Na renúncia 
com encargo (aquela em que a parte renuncia 
mediante alguma contraprestação ou 
compensação), não haverá a incidência do 
imposto estadual, e sim, eventualmente, do 
imposto municipal, envolvendo bens imóveis. 
No caso de renúncia translativa (o renunciante 
determina em favor de quem a sua quota-parte 
deve ser destinada), haverá a incidência do 
tributo, na modalidade doação, em virtude da 
disposição patrimonial. 
 
ICMS =IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO 
E TRANSPORTE INTERESTADUAL E 
INTERMUNICIPAL 
O fato gerador do ICMS é o momento da saída 
da mercadoria da empresa ou o início da 
prestação do serviço. Segundo a Constituição 
25% do produto do ICMS deve ser repartido aos 
Municípios do Estado, sendo ¾ do valor na 
proporção do valor adicionado nas operações 
realizadas em seu território e ¼ conforme 
dispuser a lei estadual. 
 
O ICMS será não cumulativo, compensando-se o 
que é devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores; 
 
A isenção ou não incidência não implicará em 
crédito para compensação com o montante de 
operações seguintes, e acarretará a anulação do

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