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S E J A A P R O V A D O C O M O @ O A B A I V O U E U E S T U D E C O M D I R E Ç Ã O E I N T E L I G Ê N C I A A S M E L H O R E S D I C A S P A R A S U A A P R O V A Ç Ã O LIVRO 1 0 @ O ABAIVO UEU 1 PROCESSO CIVIL 07 PRO. DO TRABALHO 12 ADMINISTRATIVO 13 PROCESSO CIVIL 20 DIR. TRIBUTÁRIO 31 ÉTICA Nós, do OABaivouEU, após o sucesso ABSOLUTO do "DICAS MATADORAS", nosso material de reta final, elaboramos o nosso novíssimo material de DICAS OABENÇOADAS para que você consiga obter o máximo de resultado durante a sua preparação. Com ele, você irá, dia após dia e sem enrolação, aprender de forma prática e direta os conceitos e institutos dos temas que mais caem na prova da OAB! Agora você pode estudar os temas diários propostos no cronograma diretamente das DICAS OABENÇOADAS, fato que, com certeza, turbinará o seu aprendizado e te deixará ainda mais perto da aprovação! Í N D I C E D E C O N T E Ú D O 1 AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXIV DICAS OABENÇOADAS 1. EXECUÇÃO A execução pode ser comum ou especial. Comum é quando atende uma gama e generalidade de créditos. Especial é quando serve apenas para créditos específicos, como o alimentar e fiscal. A execução pode ser fundada em título executivo judicial e extrajudicial. SEM TÍTULO NÃO HÁ EXECUÇÃO E SUA INEXISTÊNCIA LEVA A NULIDADE DE EXECUÇÃO. Se decorrer de título judicial se aplicam as regras do artigo 513 e seguintes do CPC (cumprimento de sentença). Se decorrer de título extrajudicial se aplicam as regras do artigo 784 e seguintes do CPC. No caso de extrajudicial, o processo é próprio e autônomo. Podem ser partes no processo de execução as figuras indicadas nos artigos 778 () e 779, do CPC. ATENÇÃO: O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. A execução do título judicial/cump. Sentença pode se dar de forma provisória (520 CPC) ou definitiva (523 CPC). O cumprimento provisório ou definitivo da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo competente. O juiz não pode começar de ofício. Ainda, sobre o cumprimento provisório, algumas regras devem ser observadas (art. 520, I, II, III, IV) Destacamos a obrigatoriedade de caução suficiente para levantamento de valores (IV). Contudo, tal caução não precisa ser realizada nos casos de: de natureza alimentar, independentemente de sua origem; situação de necessidade, pender agravo em REsp ou RExt e a sentença estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos. Contudo, a exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação. TODA EXECUÇÃO, seja provisória ou definitiva, deve derivar de um título executivo (judicial ou extrajudicial), que deve ser CERTO (há necessidade de certeza quanto a existência do crédito), LÍQUIDO (determinação exata do seu valor. Se a sentença foi ilíquida deverá ser liquidada, por arbitramento ou por procedimento comum – art. 509) E EXIGÍVEL (direito do credor de cobrar o adimplemento da dívida inadimplida – art. 786). O QUE VOCÊ DEVE SABER: Aqui, diante da extensão de conteúdo, selecionamos com muito cuidado o que DE MAIS IMPORTANTE VOCÊ DEVE SABER! DICA DO DIA 78 PROCESSO CIVIL 2 Os títulos executivos judiciais são previstos no artigo 515 do CPC. Os extrajudiciais são previstos no artigo 784 do CPC. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei (Art. 789). SÃO IMPENHORÁVEIS os bens previstos no artigo 833, do CPC. ATENÇÃO: Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis (Art. 834). OBS: IMÓVEL DE FAMÍLIA É IMPENHORÁVEL (LEI Nº 8.009, DE 29 DE MARÇO DE 1990 – leia a lei. ATENÇÃO: O Art. 3º, da referida lei, lista as exceções, ou sejam quando imóvel pode ser penhorado (dívidas que decorrem do próprio imóvel). Já o artigo 2º leciona que “Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos”). JÁ O IMÓVEL DESOCUPADO, AINDA QUE SEJA O ÚNICO DO DEVEDOR, PODE SER PENHORADO. Em que pese a clareza da lei sobre o tema, a jurisprudência do STJ vem, pouco a pouco, mitigando a regra de impenhorabilidade. Os julgados do STJ que mitigaram a regra de impenhorabilidade basicamente dizem respeito a utilização indevida - leia-se: de má-fé -, da proteção legal dada ao bem família pela a lei n. 8009/90. Vejamos alguns dos casos analisados pela Corte: a) Alienação de bens em fraude contra credores, o que foi reconhecido por sentença em Ação Pauliana, retornando o bem ao patrimônio do devedor (AgRg no REsp 1.085.381/SP, Rel. Min. Paulo Gallotti, DJe de 30.3.2009); b) O devedor alienou todos os seus bens, menos um, durante o curso de processo que poderia levá-lo à insolvência (REsp 1.299.580/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 20.03.2012); c) Transferência de imóvel residencial da família no trâmite de execução em face do casal, para a cunhada e irmã dos devedores (REsp 1.575.243/DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 02.04.2018); d) Doação ao filho, menor impúbere, que sequer havia interesse na realização do negócio, sendo manifestado, na verdade, a vontade dos pais, com a realização de anterior promessa de compra e venda "de gaveta" com terceiros, de modo ocultar o patrimônio dos patriarcas no registro de imóveis (REsp 1.364.509/RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 10.06.2014); e) Alienação fiduciária do bem de família para garantia de contrato, sendo alegado pelo devedor, após o inadimplemento do negócio jurídico, a impossibilidade de venda ou leilão do imóvel, haja vista a sua impenhorabilidade consagrada pela lei 8.009/90 (REsp 1.595.832/SC, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, DJe 4/2/20). Fonte:https://www.migalhas.com.br/depeso/ 342034/a-relativizacao-da-impenhorabilidade- do-bem-de-familia-legal A ordem da penhora está listada no artigo 835 e tem cunho apenas PREFERENCIAL. O dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira, está no topo da lista. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828; III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de http://www.migalhas.com.br/depeso/ 3 independentemente de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva. O processo de execução é autônomo e começa com a petição inicial, que deve atender os requisitos do 319, do CPC e os específicos dos arts. 798 e 799 do CPC. Se o juiz verificar que a petição inicial está incompleta ou que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento. (Art. 801, CPC)ATENÇÃO: O despacho que ordena a citação INTERROMPE a prescrição, ainda que por Juízo incompetente! (Art. 802, CPC) A interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da ação. Vale lembrar que a mesma começa caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo. (Art. 803, CPC) Portanto, a execução sempre se pautará em um título CERTO – LÍQUIDO – EXIGÍVEL! · Obrigação certa: Tem relação com a qualidade, quantidade e extensão. Não deve haver controvérsia sobre a existência da obrigação e e sobre o seu conteúdo, extensão e qualidade. · Obrigação líquida: É uma obrigação na qual se identifica a quantia devida. Determinada quanto ao objeto e certa quanto à sua existência. Se determina o VALOR da dívida. · Obrigação exigível: Qualidade que se adquire após o vencimento de determinada dívida, ou seja, é a partir de quando se pode exigir sua satisfação. Antes de a obrigação estar vencida, não há interesse processual na execução. Vale destacar, inclusive, que se a execução não for certa, líquida ou exigível é NULA, exatamente nos moldes do artigo 803, do CPC: Art. 803. É nula a execução se: I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; II - o executado não for regularmente citado; III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, embargos à execução. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios (se os embargos versarem sobre direito material deve ter anuência); II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante. Fique atento ao artigo 805, do CPC: Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. DEFESA DO EXECUTADO O executado pode se defender tanto no cumprimento de sentença, por impugnação aos cálculos (impugnação à execução – art. 525 NCPC), como na execução de titulo extrajudicial, através dos embargos executórios (arts. 914 a 920, NCPC). 4 O prazo para oferecer a impugnação é de 15 dias após o transcurso do prazo de pagamento do art. 523, NCPC (tal prazo é de 15 dias, sob pena de multa e honorários de advogado, ambos em 10% cada, e sob pena de penhora). PARA A IMPUGNAÇÃO NÃO HÁ NECESSIDADE DE GARANTIA DO JUÍZO E, EM REGRA, NÃO POSSUI EFEITO SUSPENSIVO. Da decisão que julgar a impugnação é cabível agravo de instrumento. O prazo para embargos é 15 (quinze) dias. Antes disso o executado é citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contados da citação (vale lembrar que após o despacho da inicial, o exequente PODE averbar, em registro público, a certidão de admissão da execução - Art. 799 contém o rol de incumbências do exequente). Se o executado não for encontrado o oficial pode proceder com o ARRESTO dos bens para garantir a execução. De outra forma, se o executado for encontrado e não pagar, haverá penhora dos bens indicados pelo exequente. Após a penhora o executado será novamente intimado. Os embargos não possuem, em regra, efeito suspensivo e são julgados pelo próprio julgador do processo. Deve ter valor da causa. Os embargos não dependem de garantia do juízo. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. TAL POSSIBILIDADE NÃO SE APLICA NO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA! A matéria de defesa dos embargos está prevista no artigo 917 do CPC e a da impugnação à execução está prevista no art. 525, §1º, do NCPC. Caso os embargos sejam julgados procedentes, caberá apelação com efeito devolutivo e suspensivo. Se improcedentes, caberá apelação apenas no efeito devolutivo. SITUAÇÕES ESPECÍFICAS – PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS Se o título for judicial, se dá pelo cumprimento da sentença (arts. 528 a 533, NCPC). Observações: O juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Além das opções previstas no art. 516 , parágrafo único, o exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia. Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento. Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. Prisão será em regime fechado e o executado ficará separado dos demais presos comuns. O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas. Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de 5 prisão. O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados. Se for extrajudicial, através de processo autônomo de execução (911 a 913, NCPC). Observações: Se dá quando os alimentos estiverem fixados em título executivo extrajudicial. O juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo. Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento de pessoal da importância da prestação alimentícia. Execução se dá por expropriação de bens, prisão civil ou desconto em folha. CABE AO EXEQUENTE ESCOLHER. SITUAÇÕES ESPECÍFICAS – EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA Varia no cumprimento de sentença ou no processo autônomo de execução. A) Em se tratando de cumprimento de sentença, temos que: Começa com o requerimento do exequente. Deve haver, lógico, o título executivo certo, líquido e exigível (título executivo judicial – 515 CPC). É necessário demonstrar o inadimplemento do devedor. Prazo pra pagamento é de 15 dias, acrescido de custas (se houver). Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. Além disso, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação e a decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto. Escoado o prazo sem o pagamento voluntário, tem início o prazo de 15 dias para o executado, sequiser, oferecer a impugnação ao cumprimento de sentença. B) Em se tratando de processo autônomo de execução, temos que: O devedor será intimado para cumprir a sentença: I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver procurador constituído nos autos IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na fase de conhecimento. Atenção: cumprida a pena, o executado devedor não mais pode ser preso pelas mesmas parcelas, mas tão somente pelas subsequentes que forem vencendo. Isso vale para ambos os tipos. Cumprimento ou execução autônoma. 6 Há situações específicas, em que outras pessoas também devem ser citadas da penhora: 1- Se houver penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, será intimado também o cônjuge do executado, salvo se Tem início com petição inicial, pois trata-se de processo autônomo (que deve atender os requisitos do 319, do CPC e os específicos dos arts. 798 e 799 do CPC). O juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento ou em 15 dias oferecer embargos ou REQUERER o parcelamento da dívida (916 CPC). O exequente, após o despacho inicial, poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade. Se o executado não for encontrado o oficial pode proceder com o ARRESTO dos bens para garantir a execução. De outra forma, se o executado for encontrado e não pagar (no prazo de 03 dias), haverá penhora dos bens indicados pelo exequente. Após a penhora o executado será novamente intimado. REGRAS DE PENHORA NA EXECUÇÃO A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios (ESSE É O LIMITE DA PENHORA). Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais. A ordem da penhora está listada no artigo 835 e tem cunho apenas PREFERENCIAL. O dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira, está no topo da lista. Art. 833 consta os bens impenhoráveis. A penhora será feita mediante AUTO ou TERMO, devendo constar: I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; II - os nomes do exequente e do executado; III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características; IV - a nomeação do depositário dos bens. O bem ou valor penhorado são entregues ao DEPOSITÁRIO, que pode ser: 1- Banco/instituiçãobancária, se dinheiro, pedras e metais preciosos 2- Depositário Judicial, se móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos (se não houver depositário fica com o próprio exequente). 3- Executado, mediante caução idônea (ou nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente), se imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola (se não houver depositário fica com o próprio exequente). A penhora é realizada onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a detenção ou a guarda de terceiros. Se o executado não tiver bens no foro do processo, a execução será feita por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação. ATENÇÃO: Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será imediatamente intimado o executado. A intimação será feita ao ADVOGADO, acaso o executado tenha constituído nos autos. Em não havendo, o executado será intimado pessoalmente, de preferência por via postal. 7 ATENÇÃO: A PENHORA PODE SER ON-LINE EM DINHEIRO, DEPÓSITO OU APLICAÇÃO FINANCEIRA. Isso se dá com o requerimento do exequente e sem dar ciência prévia do ato ao executado! O valor bloqueado deve ser exatamente o indicado na execução. No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta do BANCO, de ofício, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo. Da penhora, o executado é intimado para que em CINCO DIAS comprove que: I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis; II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros. Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada ao juízo da execução. forem casados em regime de separação absoluta de bens. 2- Terceiro garantidor de dívida alheia. 3- A sociedade, no caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade anônima fechada. DICA DO DIA 79 PROCESSO DO TRABALHO A penhora, assim como os demais atos processuais, deve ser feita em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Após a avaliação da penhora, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária (no prazo de 3 dias), determinar: I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios; II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente. III – Reduzir ou ampliar, se o valor de mercado dos bens penhorados sofrer alteração significativa. A penhora pode ser renovada quando: I - a primeira for anulada; II - executados os bens, o produto da alienação não for suficiente para quitação da dívida; III - o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou por estarem submetidos a constrição judicial. 1. EXECUÇÃO TRABALHISTA O QUE VOCÊ DEVE SABER: Inicialmente, deves saber que as decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão passíveis de execução. ATENÇÃO: A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que homologar. COMO CAIU NA PROVA (OAB XXXII): 8 Após ser alvo de um inquérito civil junto ao Ministério Público do Trabalho – MPT, tendo sido investigada pela prática de suposta irregularidade, a sociedade empresária Vida Global assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT para sanar o problema e evitar a judicialização daquela situação, o que poderia abalar sua credibilidade perante os investidores nacionais e estrangeiros. Ocorre que a sociedade empresária não cumpriu o que foi estipulado no TAC, seja no tocante à obrigação de fazer, seja no pagamento de multa pelo dano moral coletivo. Diante dessa situação, e de acordo com os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) O parquet deverá propor execução de título judicial. B) O MPT deverá ajuizar execução de título extrajudicial. C) A ação própriapara a cobrança será o inquérito judicial. D) O MPT deverá propor reclamação trabalhista pelo rito ordinário. A resposta, por claro, é a LETRA B, eis que, consoante acima visto, o TAC’s podem ser executados diretamente perante à Justiça do Trabalho. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. Portanto, só é permitida a execução de ofício quando as partes não estiverem sendo representadas por advogado. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar- se-á a sua liquidação (a liquidação também abrande as contribuições previdenciárias), que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo DEVERÁ abrir às partes prazo COMUM de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. VALE REGISTRAR QUE A OAB ASSIM JÁ COBROU (2019): No decorrer de uma reclamação trabalhista, que transitou em julgado e que se encontra na fase executória, o juiz intimou o autor a apresentar os cálculos de liquidação respectivos, o que foi feito. Então, o juiz determinou que o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da Vara para conferência, tendo o calculista confirmado que os cálculos estavam adequados e em consonância com a coisa julgada. Diante disso, o juiz homologou a conta e determinou que o executado depositasse voluntariamente a quantia, sob pena de execução forçada. Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia homologar o cálculo sem antes conceder vista ao executado pelo prazo de 8 dias. B) Correta a atitude do magistrado, porque as contas foram conferidas e foi impressa celeridade ao processo do trabalho, observando a duração razoável do processo. C) A Lei não fixa a dinâmica específica para a liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade para criar a forma que melhor atenda aos anseios da justiça. 9 D) O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao executado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo que o procedimento adotado está errado. Fica claro, portanto, que a resposta correta é a letra A. Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. Portanto, a UNIÃO TEM 10 DIAS de prazo. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. Portanto, os embargos de execução serão opostos no prazo de cinco dias após a garantia do juízo. ATENÇÃO: Pelo art. 880, da CLT, o prazo para garantir o Juízo ou pagar a execução é de 48 HORAS! Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo. Os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhistas serão julgados na mesma sentença. É inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. FIQUE MUITO ATENTO: Ainda que o beneficiário da justiça gratuita esteja isento de realizar o recolhimento do depósito recursal na fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT ), tendo esse depósito a teleologia de garantir futura e eventual execução, essa isenção não alcança a garantia da execução propriamente dita, sendo imprescindível que o devedor realize a respectiva garantia ou tenha bens penhorados para que o termo inicial para manejo dos embargos à execução tenha início (art. 884 da CLT ). Nesse sentido: TRT-6 - Agravo de Petição AP 00009375120165060262 (TRT-6) Jurisprudência•Data de publicação: 17/12/2019 AGRAVO DE PETIÇÃO. AUSÊNCIA DE GARANTIA DA EXECUÇÃO. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. NÃO CONHECIMENTO. 1. Ainda que o beneficiário da justiça gratuita esteja isento de realizar o recolhimento do depósito recursal na fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT ), tendo esse depósito a teleologia de garantir futura e eventual execução, essa isenção não alcança a garantia da execução propriamente dita, sendo imprescindível que o devedor realize a respectiva garantia ou tenha bens penhorados para que o termo inicial para manejo dos embargos à execução tenha início (art. 884 da CLT ). E ainda: TRT-1 - Agravo de Petição AP 01002601520185010483 RJ (TRT-1) Jurisprudência•Data de publicação: 27/02/2021 AGRAVO DE PETIÇÃO. SÓCIA EXECUTADA BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA E INTEGRAL GARANTIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO. O fato de a executada ser beneficiária da justiça gratuita não a isenta da garantia do juízo, porquanto a isenção 10 abrange somente o depósito recursal na fase de conhecimento. Não há nenhum dispositivo legal que retire dos executados beneficiários da justiça gratuita a obrigação de garantir, prévia e integralmente, o Juízo para apresentação de embargos à execução, exigência expressa nos art. 884 e 899, § 1º, ambos da CLT. Não atendida a condição legal de garantia do juízo, não merece ser conhecido o agravo de petição interposto pela executada. Agravo de Petição interposto pela executada não conhecido. ATENÇÃO: A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. OBSERVAÇÃO: Vale destacar que, o executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - código de processo civil (art. 882, da CLT). NESSE SENTIDO JÁ COBROU A OAB (EXAME XXXII): A sociedade empresária de transportes Mundo Pequeno Ltda. foi condenada ao pagamento de horas extras e diferença salarial na ação movida por Mauro Duarte, seu ex-empregado. Após o trânsito em julgado e apuração do valor devido, a executada foi citada para efetuar o pagamento de R$ 120.000,00. Ocorre que a sociedade empresária pretende apresentar embargos à execução, pois entende que o valor homologado é superior ao devido, mas não tem o dinheiro disponível para depositar nos autos. Sobre o caso relatado, de acordo com o que está previsto na CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) Na Justiça do Trabalho não é necessário garantir o juízo para ajuizar embargos à execução. B) A sociedade empresária poderá apresentar seguro-garantia judicial para então apresentar embargos à execução. C) A sociedade empresária poderá assinar uma nota promissória judicial e, com isso, ter direito a ajuizar embargos de devedor. D) Se for comprovadaa situação de necessidade, a sociedade empresária, depositando 50% do valor da dívida, poderá embargar. A resposta correta, portanto, é a LETRA B, nos exatos termos do art. 882, da CLT, acima visto. O AGRAVO DE PETIÇÃO é cabível no prazo de 08 DIAS das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções. O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. FIQUE MUITO ATENTO: Em caso de desconsideração da personalidade jurídica na fase de execução, cabe AGRAVO DE PETIÇÃO, independentemente de garantia do juízo. Tal tema, inclusive, já foi cobrado na OAB, no XXXII EXAME (O EXAME DO CAOS): No decorrer de uma execução trabalhista, não se conseguiu penhorar nenhum bem da empresa executada nem reter qualquer numerário dela em ativos financeiros. Então, o exequente instaurou um incidente de desconsideração de personalidade jurídica para direcionar a execução em face de um sócio. O referido sócio foi citado e, no prazo de 15 dias, manifestou-se contrariamente à sua execução. Submetida a manifestação ao contraditório e não havendo outras provas a produzir, o juiz julgou procedente o incidente e incluiu o sócio no polo passivo da execução na condição de 11 executado, sendo, então, publicada essa decisão. Considerando a situação retratada e os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) Por ser interlocutória, essa decisão é irrecorrível, devendo o sócio se submeter ao comando e pagar a dívida. B) O sócio em questão poderá recorrer da decisão independentemente de garantia do juízo. C) Sendo a Lei omissa a respeito, caberá ao juiz definir se a decisão do incidente poderá ser objeto de recurso e se será necessário garantir o juízo. D) O sócio poderá recorrer da decisão, mas terá de garantir o juízo em 50%. A resposta, portanto, é, obviamente, a letra B. 2. PRESCRIÇÃO O QUE VOCÊ DEVE SABER: A prescrição trabalhista é prevista tanto na CLT como na própria Constituição Federal. Na CLT, está no artigo 11º e 11º-A, já na CF, encontra-se no artigo 7º, inciso XXIX. Vejamos cada um deles: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. (AÇÃO DECLARATÓRIA, que é imprescritível. Exemplo: Assinatura de CTPS). Nesse sentido: TRT-4 - Recurso Ordinário RO 00200494320165040203 (TRT-4) Jurisprudência•Data de publicação: 29/09/2017 AÇÃO DECLARATÓRIA. ANOTAÇÃO DA CTPS. Consoante o § 1º do art. 11 da CLT , a reclamatória trabalhista que tem por objeto o reconhecimento do vínculo de emprego e a anotação para fins de prova junto à Previdência Social não se sujeita ao prazo prescricional trabalhista, porquanto imprescritível. § 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei (Súmula 294 do C. TST em idêntico sentido). Nesse sentido: TRT-20 - 00013844720165200004 (TRT-20) Jurisprudência•Data de publicação: 04/05/2018 CONCESSÃO DE AUMENTO POR MÉRITO. PRESCRIÇÃO TOTAL. SÚMULA 294 DO C. TST. A concessão de aumento por mérito estava regulada por norma interna da empresa que deixou de ser aplicada desde 1996. Considerando que tal direito não é garantido por lei, tem-se a prescrição total do pedido, tendo em vista o entendimento cristalizado na Súmula 294 do C. TST. § 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação 12 DICA DO DIA 80 DIREITO ADMINISTRATIVO trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. (Portanto, temos que o ajuizamento da reclamação trabalhista ocasiona a INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇAO, ainda que em Juízo incompetente e que venha a ser extinta sem resolução. A contagem volta para o começo e tão somente se dá em relação a pedidos IDÊNTICOS!). Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. §1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. (A prescrição intercorrente é aquela inerente a fase de EXECUÇÃO). §2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição. Por fim, vale dizer que há PRAZO DECADENCIAL na justiça do trabalho. Trata-se do prazo para instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, que e de TRINTA DIAS contados da data da suspensão do empregado. Nesse sentido: TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 00686201009903005 0000686- 31.2010.5.03.0099 (TRT-3) Jurisprudência•Data de publicação: 19/07/2013 DECADÊNCIA. PRAZO PARA INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO JUDICIAL. SUSPENSÃO, POR FALTA GRAVE, DE EMPREGADO ESTÁVEL. No caso de suspensão do contrato de trabalho, em razão de instauração de Inquérito Judicial para apuração de falta grave cometida por dirigente sindical, há decadência quando o ajuizamento da ação ocorre em prazo superior ao de trinta dias fixado no art. 853 da CLT . O prazo decadencial conta-se a partir da data de suspensão do empregado estável. Nesse sentido, a Súmula 403 do Supremo Tribunal Federal: "É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável". 3. CONSIDERAÇOES FINAIS O QUE VOCÊ DEVE SABER: A teoria relativa aos artigos indicados (57 ao 72; art. 73 e 74) e (189 ao 196) encontram-se nas DICAS OABENÇOADAS DA SEMANA 05! Não deixe de ler. 1. LICITAÇÃO E CONTRATOS O QUE VOCÊ DEVE SABER: Sobre o tema, faça a leitura do nosso E-book: “Resumo Direito Administrativo @OABaivouEU”. Leia a partir da página 37! 13 1. RECURSOS O QUE VOCÊ DEVE SABER: Recursos são impugnações a decisões judiciais dentro do mesmo processo. A maioria das pessoas confundem e acabam utilizando a nomenclatura errada sobre o fato de o recurso ser conhecido ou provido. Deixa-me tentar explicar a vocês: Quando o recurso tiver todos os seus pressupostos de admissibilidade preenchidos, como por exemplo, Legitimidade, prazo...fala-se que o recurso foi CONHECIDO. Passado dessa fase, o recurso terá seu mérito analisado, caso este seja válido, tenha fundamentação coerente... fala-se em PROVIDO. Logo, um recurso poderá ser conhecido, pois possui todos os pressupostos de admissibilidade e não ser provido, pois não se encontra fundamentado de acordo com o mérito. Entendeu? Cada recurso possui um ou alguns efeitos, os quais são: a) Efeito devolutivo: É a devolução da decisão recorrida ao Poder Judiciário para que este refaça a análise. Este efeito se divide em dois, conforme a doutrina explica: Devolutivo de extensão e de profundidade. b) Suspensivo- Impede que a decisão prolatada forme trânsito em julgado. A decisão que será recorrida fica com seus efeitos suspensos até a análise do recurso interposto. c) Translativo: É a apreciação pelo poder judiciário de matérias, que não foram impugnadas por quem recorreu, mas por serem matérias de ordem pública são cognoscíveis de ofício. d) Regressivo: É a retrataçãodo juízo a quo, com relação a uma decisão que ele próprio proferiu. e) Expansivo: É o alcance da decisão recursal, a qual poderá ser um alcance subjetivo, atingindo outros sujeitos além do recorrente, assim como objetivo, quando a decisão atinge outros atos processuais, além do já impugnado. e) Substitutivo: é a substituição da decisão impugnada por outra. f) Rescindente: Ocorre quando o julgamento anula ou caça a decisão impugnada. Espécies de Recursos: 1- APELAÇÃO A apelação é a impugnação própria para atacar as sentenças e decisões interlocutórias não sujeitas a agravo de instrumento. Em regra, a apelação possui o efeito devolutivo e o suspensivo. O tribunal fica vinculado a apreciação dos capítulos da sentença impugnados, não podendo de ofício estender sua manifestação para capítulos que não foram objeto do recurso. Contudo, com relação ao capítulo impugnado, poderá o judiciário se aprofundar na análise, é a chamada teoria da causa madura. rt. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - Homologa divisão ou demarcação de terras; II - Condena a pagar alimentos; (A SENTENÇA QUE CONDENA EM ALIMENTOS NÃO POSSUI EFEITO SUSPENSIVO) III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória; DICA DO DIA 81 PROCESSO CIVIL 14 VI - Decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - Relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. #PLUS TEORIA DA CAUSA MADURA: Ocorre quando o juiz de 1º grau profere uma sentença SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO e esta é impugnada. Ao ser impugnada, o juiz poderá se retratar da sua decisão ou não, caso ele não se retrate, a apelação será enviada para o Tribunal. Ao chegar no Tribunal, este poderá entender que cabe sim uma sentença de mérito e, além de anular a decisão anterior poderá desde logo proferir uma decisão de mérito. “Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - Reformar sentença fundada no art. 485 (sentença sem resolução de mérito) “. Resumindo: Quando estamos diante de uma sentença, uma das opções que poderão ser executadas é recorrer, por meio da apelação. Caso esta sentença tenha sido SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, ao invés do tribunal anular a decisão e enviá-la para que o juiz de 1º grau faça um novo julgamento, o próprio tribunal que irá julgar. Logo, a teoria da causa madura ocorre quando o juiz reformar a sentença sem resolução do mérito e julgar o mérito desta, sem devolvê-la ao juiz a quo. Obs: As apelações interpostas contra sentença SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO possuem efeito REGRESSIVO no prazo de 05 dias. Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. § 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar- se a respeito delas. § 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença. Técnica do julgamento ampliado: Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. § 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. 15 § 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. SEMPRE CAI! § 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: (ALÉM DE OCORRER NA APELAÇÃO, ATÉCNICA DE JULGAMENTO AMPLIADO TAMBÉM OCORRE NESSES CASOS) I - Ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; II - Agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. § 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: I - Do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; II - Da remessa necessária; III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. OBS: CUIDADO COM A PEGADINHA! NA APELAÇÃO A TÉCNICA DE JULGAMENTO AMPLIADO PODERÁ OCORRER SE A DECISÃO FOR COM OU SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, PROVIDA OU IMPROVIDA... NÃO IMPORTA. O QUE IMPORTA É A DECISÃO SER NÃO UNÂNIME. JÁ NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, A TÉCNICA SÓ IRÁ OCORRER SE A DECISÃO FOR PARCIAL E DE MÉRITO, ENTENDEU? RECURSO ADESIVO: Apesar de ser chamado de recurso, o recurso adesivo não é um novo tipo de recurso, mas uma nova forma de você interpor. Como assim? Quando houver sucumbência recíproca (perda das duas partes), a parte que não tiver recorrido de forma autônoma, poderá recorrer de forma adesiva nas contrarrazões. Entendeu nada né? Kkkkkk Vamos Lá.... Sandy promoveu uma ação contra Júnior de danos morais e patrimoniais. O juiz proferiu sentença em favor de Sandy, mas apenas deferiu os danos patrimoniais. Sandy estava bem exausta, pois o processo foi bem desgastante e resolveu não recorrer. Júnior inconformado apelou da sentença. No prazo das contrarrazões, Sandy pensou direitinho e resolveu se defender das impugnações de Júnior e adesivamente impugnar os danos morais que o juiz não havia deferido anteriormente. Obs.: O recurso adesivo não será CONHECIDO (lembre-se da diferença conhecido x provido) se houver desistência do recurso principal ou se ele for considerado inadmissível. Obs.: O recurso adesivo só ocorre nas apelações, RE e RESP. 2- AGRAVO DE INSTRUMENTO Este recurso impugna decisões interlocutórias, ou seja, aquelas que NÃO põe fim ao processo. Possui o efeito devolutivo e regressivo. Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - Tutelas provisórias; II - Mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação (NÃO É DA ADMISSÃO DA GRATUIDADE, MAS REJEIÇÃO OU REVOGAÇÃO) VI - Exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão delitisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 16 IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: I - Os nomes das partes; II - A exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido; IV - O nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. #JURIS “As decisões interlocutórias sobre a instrução probatória não são impugnáveis por agravo de instrumento ou pela via mandamental, sendo cabível a sua impugnação diferida pela via da apelação. STJ. 2ª Turma. RMS 65943-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/10/2021 (Info 715)” “A decisão que deixa de homologar pedido de extinção consensual da lide retrata decisão interlocutória de mérito a admitir recorribilidade por agravo de instrumento, interposto com fulcro no art. 1.015, II, do CPC/2015. STJ. 1ª Turma.REsp 1817205-SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 05/10/2021 (Info 712)” “A prolação de sentença objeto de recurso de apelação não acarreta a perda superveniente do objeto de agravo de instrumento pendente de julgamento que versa sobre a consumação da prescrição. Exemplo hipotético: João ajuizou ação de cobrança contra Pedro. Na contestação Pedro alegou que a pretensão estaria prescrita. Logo, pediu a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC. O juiz, contudo, não concordou e proferiu decisão interlocutória rejeitando a arguição de prescrição. Contra essa decisão, Pedro interpôs agravo de instrumento, insistindo no argumento de que teria havido a consumação da prescrição. Antes que o agravo de instrumento fosse julgado, houve a prolação de sentença. Mesmo assim, não haverá perda superveniente do objeto de agravo de instrumento que versa sobre a consumação da prescrição. STJ. 3ª Turma. REsp 1921166-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/10/2021 (Info 713) “ 3- AGRAVO INTERNO Este tipo de recurso impugna as decisões do relator, logo, ocorre nos tribunais. Prazo: 1 5 dias Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo- 17 á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. § 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. § 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 4- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º . Os embargos de declaração possuem o prazo de 05 dias úteis e INTERROMPEM o prazo recursal. “A oposição tempestiva de embargos de declaração por uma das partes não interrompe o prazo para que a outra parte igualmente oponha embargos ao mesmo julgado. STJ. 2ª Seção. EDcl nos EDcl no REsp 1829862/SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 09/06/2021” “Admite-se a conversão dos embargos de declaração em agravo interno quando houver nítido pleito de reforma do julgamento, em atenção aos princípios da fungibilidade recursal e da instrumentalidade das formas, com base no artigo 1024, §3º, do CPC. STF. 1ª Turma. Rcl-ED-ED 39.695-MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/08/2020” 5-RECURSO ORDINÁRIO: O Recurso ordinário encontra-se previsto na CF, pode ser interposto tanto no STF quanto no STJ. Possui efeito devolutivo, sendo admitido o suspensivo por alguns doutrinadores. Deve ser interposto no tribunal de origem, o qual não faz juízo de admissibilidade. ROC PARA O STF: Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: I - Pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; Obs: TENHA EM MENTE QUE SE ESSA DECISÃO DENAGATÓRIA DE MS, MI e HD FOR MONOCRÁTICA (DO RELATOR) NÃO É O CASO DE ROC, MAS DE AGRAVO INTERNO. ROC PARA O STJ: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 18 Obs: A decisão mencionada na letra B é uma sentença, a qual será proferida por um juiz Federal de 1º grau, porém ao invés de ser interposta uma apelação para o TRF, cabe ROC PARA O STJ. § 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 . § 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º 6- RESP e RE: Não se pode recorrer toda hora e todo instante para o STF e o STJ né? Por isso, para que seja interposto o RESP ou RE faz-se necessário o exaurimento prévio de instâncias. São recursos que servem para controle da correta aplicação do direito OBJETIVO ( verificar se a lei foi aplicada e interpretada corretamente ao caso concreto).Não faz reexame de provas, muito menos da matéria de fato. A sua cognição fica restrita aos limites da matéria jurídica. Tanto o RE como o RESP exigem prequestionamento para serem oferecidos, ainda que a matéria seja de ordem pública. A sua fundamentação é vinculada, ou seja, deverá ser demonstrado expressamente em qual situação do art. 102 ou 105 da CF os recursos se enquadram. Não possuem efeito suspensivo AUTOMÁTICO, ou seja, permitem a execução provisória. Caso o impetrante queira tal efeito terá que requerer. Possui juízo de admissibilidade em dobro, pois tanto o juízo de origem quanto o tribunal superior fazem.Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - A exposição do fato e do direito; II - A demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. § 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. § 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. § 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: – Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; 19 II - Ao relator, se já distribuído o recurso II – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 . Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. § 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. § 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. § 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial. OBS: Caso seja oferecido um RESP e o STJ entenda que a violação a CF é direta DEVERÁ conceder prazo de 15 dias para o recorrente mostrar a existência de Repercussão Geral e que se manifeste sobre questão constitucional. Cumprida a diligência o STJ remeterá o recurso ao STF, que em juízo de admissibilidade poderá devolvê-lo ao STJ. Contudo, caso o recurso oferecido tenha sido o RE e o STF entenda que a violação á CF é reflexa, remeterá o recurso ao STJ. Obs. NÃO CABE Resp no Juizado especial. 7- EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: I - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; § 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária. § 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual. § 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. § 4º O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados. Art. 1.044. No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior. § 1º A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes. § 2º Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência 20 DICA DO DIA 82 DIREITO TRIBUTÁRIO será processado e julgado independentemente de ratificação. 1. IMPOSTO FEDERAL O QUE VOCÊ DEVE SABER: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - Importação de produtos estrangeiros; II II - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; IE III - renda e proventos de qualquer natureza; IR IV - Produtos industrializados; IPI V - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; IOF VI - Propriedade territorial rural; ITR VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. IGF § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. § 2º O imposto previsto no inciso III: I - Será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei (IMPOSTO DE RENDA) II - Não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho. § 3º O imposto previsto no inciso IV: IPI I - Será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. § 4º O imposto previsto no inciso VI terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas e não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel. § 4º O imposto previsto no inciso VI do capuT ITR RECURSOS CABIMENTO PRAZO PREPARO APELAÇÃO Sentença terminativa ou definitiva 15 dias Sim AGRAVO DE INSTRUMENTO Decisões interlocutórias 15 dias sim AGRAVO INTERNO Decisões do relator 15 dias Em regra, não EMBARGOS DE DECLARAÇÃOObscuridade, contradição e omissão 5 dias não RESP É o instrumento processual utilizado para contestar, em face do Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma decisão determinada por um Tribunal Estadual ou um Tribunal Regional Federal (art.105, III da CF) 15 dias sim RE o recurso extraordinário tem a função de rebater decisão que contrarie a Constituição da República Federativa do Brasil (art. 102, III da CF) 15 dias sim EMBARGOS DE DIVERDÊNCIA Contra acórdão fracionário 15 dias sim 21 I - Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II - Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - Trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - Setenta por cento para o Município de origem. Art. 154. A União poderá instituir: I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Imposto de Importação (II) – aplicado em cada produto estrangeiro que entra em território nacional. Seu cálculo é feito tendo como base alíquotas que podem ser reajustadas pelo Poder Executivo devido a política cambial e o comércio exterior. Os contribuintes que pagam este imposto são o importador ou quem arrematar produtos apreendidos ou abandonados. Esse imposto possui função regulatória e não fiscalizatória. Seu fato gerador é a entrada da mercadoria no território nacional. São ainda considerados estrangeiros os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao país. Dessa forma, também é considerada estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada que retornar ao país, salvo exceções abaixo relacionadas. 1. enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado 2. devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição 3. por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador 4. por motivo de guerra ou de calamidade pública 5. por outros fatores alheios à vontade do exportador Não incidência do II: O Imposto de Importação não incidirá sobre: 1. mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao país por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior; 2. mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda (ou Economia); 3. mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na 22 hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida; 4. mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da Declaração de Importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda (ou Economia); 5. embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem; 6. mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada; e 7. mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. Imposto de Exportação (IE) – aplicado em cada produto que sai do nosso país e que é encaminhado para território estrangeiro. Da mesma forma que ocorre com o II, sua base de cálculo é sobre alíquotas que podem ser ajustadas. É um imposto regulatório, não sendo fiscal. O contribuinte do IE é o exportador ou quem a lei a ele equiparar, seu fato gerador é a saída de mercadoria do país. Observações sobre o IE: COFINS: não incide sobre as receitas decorrentes de exportação; drawback: regime aduaneiro de isenção, restituição ou suspensão de tributos que incidem nos produtos utilizados no processo produtivo de bens com a finalidade de exportação; ICMS: não incide sobre as operações de exportações; IOF: alíquota de 0% às operações de câmbio vinculadas à exportação (aplicável a outros tipos de serviços e bens); IPI: os produtos exportados estão isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados; PIS: todas as receitas de exportação são isentas da contribuição para o Programa de Integração Social; Imposto de Renda (IR) – é um imposto sobre os rendimentos, ou seja, sobre o que a pessoa ganha. E ainda acompanha a sua evolução patrimonial. Para fazer esse acompanhamento, o governo solicita aos trabalhadores e empresas que informem para a Receita Federal quais são seus ganhos anuais. O fato gerador do Imposto de Renda, conforme o artigo 43 do Código Tributário Nacional, é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção, ou seja, o dinheiro oriundo do tráfico de drogas apesar de ser ilícito é tributável e sujeito a incidência do Imposto de renda. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR) – É cobrado anualmente das propriedades rurais e seu valor varia de acordo com o tamanho da propriedade e com a sua utilização. Quanto maior a quantidade de terra sem utilização em uma propriedade, maior o imposto que deve ser pago por ela. O contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. O ITR é um tributo de competência da União Federal (art. 153, VI, da CF), mas com a possibilidade de ter a sua fiscalização e cobrança assumida pelos Municípios que assim desejarem, mediante a celebração de convênio com a União Federal 23 Será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. IPI- IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE INDUSTRIAL:O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador: I - O seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;II - A sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - No caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados. Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes. Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à elaboração da estatística do comércio por cabotagem e demais vias internas. Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - O importador ou quem a lei a ele equiparar; II - O industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. IOF- Imposto sobre operações financeiras: É um imposto federal pago por pessoas físicas e jurídicas em qualquer operação financeira, 24 como operações de crédito, câmbio, seguro ou operações de títulos e valores mobiliários. Exemplo de incidência: Usar o cartão de crédito em compras fora do país (online ou presencialmente); Comprar ou vender moeda estrangeira; Fazer um empréstimo ou financiamento; Usar o cheque especial ou crédito rotativo; Resgatar um investimento; Fazer um seguro. O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - Trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - Setenta por cento para o Município de origem. Obs. o STF entende que é indevida a incidência do imposto sobre créditos nas operações de saque de cadernetas de poupança e de depósitos judiciais, por não envolverem qualquer negócio de crédito. IGF- IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é um tributo previsto pela primeira vez na Constituição Federal de 1988, mas ainda não regulamentado. A incidência do imposto seria sobre o patrimônio considerado grande fortuna. 2. IMPOSTOS ESTADUAIS O QUE VOCE DEVE SABER: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; - ITCMD - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; ICMS - propriedade de veículos automotores. – IPVA Compete ao Senado Federal: -Estabelecer as alíquotas máximas do ITCMD; -Estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações interestaduais (iniciativa= PR ou 1/3 dos SF / aprovação = maioria absoluta); -Estabelecer alíquotas do ICMS aplicáveis nas exportações (hipótese tacitamente revogada pela EC 42/2003, que excluiu da incidência do ICMS todas as exportações de mercadorias para o exterior); -Facultativamente estabelecer as alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações e prestações internas (alíquota mínima – iniciativa = 1/3 / aprovação = maioria absoluta ; alíquota máxima – iniciativa = maioria absoluta / aprovação = 2/3); -Estabelecer as alíquotas mínimas do IPVA. ITCMD- O fato gerador do ITCMD é a transmissão causa mortis de imóveis e doação de qualquer bem ou direito. Ou seja, sempre que os herdeiros recebem um imóvel (casa, apartamento ou outra edificação ou terreno) em decorrência do falecimento do proprietário, eles devem recolher o tributo nas alíquotas previstas em seu estado. É importante esclarecer que o recolhimento do imposto é de responsabilidade de quem está recebendo o bem ou direito. De acordo com a legislação, o valor deve ser pago pelo contribuinte nas seguintes situações: Na transmissão “causa mortis”: o herdeiro ou o legatário Na doação: o donatário Na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário No fideicomisso: o fiduciário 25 Art. 155 da CF- Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; A quem compete o recolhimento do ITCMD? Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal Relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; Terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - Terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; OBS: O imposto não incidirá na renúncia pura e simples de eventual herança, pois considera-se não efetivado o negócio jurídico. Na renúncia com encargo (aquela em que a parte renuncia mediante alguma contraprestação ou compensação), não haverá a incidência do imposto estadual, e sim, eventualmente, do imposto municipal, envolvendo bens imóveis. No caso de renúncia translativa (o renunciante determina em favor de quem a sua quota-parte deve ser destinada), haverá a incidência do tributo, na modalidade doação, em virtude da disposição patrimonial. ICMS =IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL O fato gerador do ICMS é o momento da saída da mercadoria da empresa ou o início da prestação do serviço. Segundo a Constituição 25% do produto do ICMS deve ser repartido aos Municípios do Estado, sendo ¾ do valor na proporção do valor adicionado nas operações realizadas em seu território e ¼ conforme dispuser a lei estadual. O ICMS será não cumulativo, compensando-se o que é devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; A isenção ou não incidência não implicará em crédito para compensação com o montante de operações seguintes, e acarretará a anulação do
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