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RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS DIRETAS EM DENTES ANTERIORES ➢ Estética: o Melhores chances de emprego; o Melhor aceitação social; o Melhor qualidade de vida. ➢ Indicações: o Restaurações de cavidades tipo II, IV e V; o Restauração de dentes anteriores fraturados; o Fechamento de diastemas; o Transformação e recuperação anatômica e/ou alongamento dental; o Restaurações de lesões cervicais não cariosas; o Restaurações de defeitos de esmalte; o Substituição de restaurações deficientes; o Colagem direta de fragmentos dentários; o Facetas diretas de resinas compostas. ➢ Vantagens: o Pouco ou até nenhum desgaste pode ser exigido; o Possibilidade de confeccionar a restauração em sessão única; o Facilidade de reparo e reparo; o Boa relação custo/benefício; o Permite a obtenção de ótimo resultado estético. ➢ Limitações: o Pacientes fumantes; o Ingestão frequente de corantes; o Hábitos parafuncionais; ➢ Características inerentes à resina composta: contração de polimerização, desgaste com maior facilidade. ➢ Quando usar compósitos? o Levar em consideração a quantidade de desgaste que o dente apresenta, quantidade de dentes envolvidos, idade do paciente (pacientes jovens evita-se procedimentos invasivos). ➢ Caso 1: Fluorose dentária + manchas amarronzadas: o Micro-abrasão do esmalte + clareamento ➢ PRESERVE ESTRUTURA DENTAL! PLANEJAMENTO ACESSO A LESÃO CARIOSA: ➢ Preferencialmente acesso palatino para preservar esmalte vestibular; ➢ Acesso vestibular: troca de restaurações, cárie por vestibular e má posição dentária. SELEÇÃO DOS COMPÓSITOS: ➢ 1ª escolha: nanoparticulada (RC de esmalte ou corpo); ➢ 2ª escolha: microhíbrida + microparticulado de esmalte que oferece melhor lisura superficial, mas sem resistência mecânica com isso não pode ser usado na face palatina onde se tem esforço oclusal (não pode em região de esforço mastigatório essa opção). BISEL: ➢ Desgaste na borda do dente no cavossuperficial para conseguir melhorar a estética; ➢ Estética → melhorando a resistência adesiva: o A resistência à fratura de restaurações com bisel era melhorada e restaurações indiretas tinham uma resistência à fratura similar as restaurações diretas. ➢ Bisel → face vestibular com extensão do desgaste: o Com uma broca diamantada ponta de lápis pela face vestibular fazer um desgaste em 45º na borda do cavossuperficial, de modo a melhorar a transição da resina para o dente e a estética: ➢ Não é um passo obrigatório. MACRO E MICROESTÉTICA: MACROESTÉTICA: ➢ Observa-se os dentes em grupo; ➢ Curvatura incisal: borda incisal dos dentes anteriores tem que acompanhar a curvatura do lábio inferior: o Se não acompanha a curvatura e é reta ou invertida → sorriso invertido → aspecto envelhecido: ➢ Linha média dentária: o Desvio de linha média. ➢ Alinhamento dental; ➢ Inclinação axial: linha traçada no meio do dente que deve ter uma inclinação para distal de forma gradativa no arco: ➢ Corredor bucal: espaços negativos formados entre a superfície externa dos dentes superiores e os cantos da boca. Canto escuro!!! ➢ Proporção entre os dentes: o Proporção áurea → tamanho aparente dos dentes: IC visualiza inteiro, o IL metade do dente se visualiza e assim por diante: o Proporção entre altura x largura: ▪ IC → 75 a 80% da altura; ▪ IL → 60 a 65% da altura. ➢ Ameia cervical: abertura na região da gengiva. Quando maior o V em altura, mais estreito o dente parece ser: ➢ Ameia incisal: preservar a abertura de ameia incisal: o Entre incisivos: ¼ da distância proximal; o Entre incisivo e lateral: 1/3 da distância proximal; o Entre lateral e canino: ½ da distância proximal. ➢ Para a etapa da macroestética é necessário instrumentos especiais: lâmina de bisturi, pinceis, espátulas. MICROESTÉTICA: ➢ Anatomia: o Artifícios para modificar o tamanho do dente: quanto maior a área plana, mais largo o dente; o Área plana (área de espelho) é a região mais plana do dente que quando bate a luz reflete. ➢ Forma: o Ovoides, quadrado/retangular (mais fácil de trabalhar a estética), triangulares. ➢ Textura superficial: o Componentes verticais: sulcos de orientação, mamelos: ▪ Mais componentes verticais → dentes mais longos. o Componentes horizontais: estrias horizontais, a fim de parecer que os dentes são mais largos. ➢ Textura x idade: o Quanto mais jovem → mais textura o dente. ➢ Cor e translucidez: o Mais jovem → maior a translucidez. ➢ Polimento final: o Não apagar anatomia conseguida; o Evitar uso excessivo de disco; o Dar preferência a pastas/feltros, borrachas; o Não exagerar no brilho. SEQUÊNCIA CLÍNICA: CAVIDADES TIPO III 1) Profilaxia; 2) Seleção de cor; 3) Seleção da resina composta; 4) Anestesia; 5) Isolamento do campo operatório; 6) Acesso cavitário: proteção do dente adjacente com matriz metálica; 7) Limpeza da cavidade; 8) Condicionamento ácido: proteger o dente adjacente com fita veda rosa, tira de poliéster ou tira metálica para condicionamento ácido: a. Em esmalte e dentina por 15 segundos e lavar pelo dobro do tempo → secar a cavidade deixando a dentina úmida. 9) Aplicação do sistema adesivo com proteção do dente adjacente com fita veda rosca ou tira de poliéster → evaporação do solvente → fotopolimeriza; 10) Restauração propriamente dita: remover excessos com a lâmina de bisturi; 11) Remoção do isolamento absoluto; 12) Acabamento e polimento: remoção de excessos com lâmina de bisturi e brocas multilaminadas → tiras de lixa na proximal → checar com fio dental pra ver se tem excesso→ borrachas de granulação decrescentes → discos de feltro com as pastas de polimento (sessão após 24hrs) RESTAURAÇÃO CLASSE IV 1) Profilaxia; 2) Seleção da cor; 3) Seleção da resina composta; 4) Verificação dos contatos oclusais; 5) Anestesia; 6) Isolamento do campo operatório; 7) Acesso cavitário; 8) Limpeza da cavidade; 9) Condicionamento ácido; 10) Aplicação do sistema adesivo; 11) Restauração propriamente dita; 12) Remoção do isolamento; 13) Ajuste oclusal; 14) Acabamento e polimento. ➢ As restaurações de defeitos proximoincisais do tipo classe IV, em resinas compostas, requerem atenção a muitos aspectos técnicos e artísticos: o Transição de cor natural do dente para restauração; o A opacificação, mascarar o fundo intraoral; o A borda incisal translúcida e; o Textura da superfície natural. ➢ OBS.: utilizar pouca espessura de dentina e utilizar uma espessura maior de esmalte → não se consegue bloquear o fundo da boca e a restauração fica com aspecto acinzentado. RESTAURANDO DENTINA ➢ Pode ser dividida em dentina opaca (bloquear cor) e dentina translúcida (mais superficial); ➢ Resinas de maior opacidade e croma são recomendadas para a camada mais interna → RC de dentina da Z350; ➢ Já as mais translúcidas ou de corpo para a camada mais externa; ➢ A opaca bloqueia a penetração de luz, gerando opacidade e a translucida mantém a energia luminosa → isso favorece o fenômeno da fluorescência. RESTAURANDO ESMALTE ➢ O esmalte determina valor e brilho; ➢ Embora a sombra da base de um dente venha da camada de dentina, esta cor não é plenamente percebida pelo observador por conta da camada de esmalte; ➢ É possível exercer algum controle sobre a restauração simplesmente alterando a espessura das camadas utilizadas para substituir o esmalte e a dentina; ➢ Na cervical → mais dentina; ➢ Na incisal → mais esmalte. ➢ Escolher e estratificar as resinas ajuda a trabalhar os efeitos óticos; ➢ Estratificação de dente anterior: o 1ª camada palatina: esmalte cromático ou acromático: ▪ Esmalte cromático → esmalte com cor, caso opaciente tenha uma região palatina com cor; ▪ Esmalte acromático → esmalte sem cor e de efeito (resina cor I → incisal; CT → translúcido). o 2ª camada → Concha palatina: resina de dentina de maior opacidade da cor do dente que se vai restaurar, sem chegar na borda incisal. o 3ª camada: se o dente tiver o efeito de opalescência pode-se fazer o bordo opaco com resina de dentina ou passar um corante branco: o 4ª camada: finalizar a restauração com esmalte cromático: FORMAS DE REPRODUÇÃO DE UMA RESTAURAÇÃO ANTERIOR: ➢ 1ª opção: o Moldar o paciente → fazer enceramento no modelo de gesso →fazer uma muralha de silicone para utilizar como anteparo para colocar a resina composta. ➢ 2ª opção: o Fazer um mock-up → fazer uma simulação da restauração antes de restaurar no próprio dente sem condicionamento ácido e adesivo → visualiza-se como fica → moldagem com barreira de silicone para fazer a face palatina → remoção dessa simulação → fica com a muralha de silicone. ➢ 3ª opção: o Anteparo com tira de poliéster. ➢ De acordo com o caso essas formas de reprodução podem ser usadas para: o Dente fraturado; o Fechamento de diastema; o Reanatomização de conoide; o Facetas de resina composta; o Colagem de fragmento dental. FECHAMENTO DE DIASTEMA E REANATOMIZAÇÃO DE CONÓIDES – PROTOCOLO CLÍNICO ➢ Pode seguir uma das formas de reprodução acima. 1) Anestesia; 2) Profilaxia; 3) Seleção de cor; 4) Isolamento do campo operatório; 5) Preparo do dente; 6) Limpeza da cavidade; 7) Condicionamento ácido; 8) Sistema adesivo; 9) Inserção da resina composta; 10) Acabamento e polimento. ➢ Cuidado com excesso na região proximal e posterior retenção de placa; ➢ Reanatomização de conoide → pode-se fazer a muralha de silicone ou utilizar a tira de poliéster para fazer a face palatina. FACETA COM RESINA COMPOSTA 1) Moldagem da face palatina; 2) Desgaste vestibular (cerca de 1mm); 3) Restauração propriamente dita. ➢ Opacificador → são corantes mais opacos ou resina de dentina Z350 para bloquear o fundo do substrato. COLAGEM DE FRAGMENTO DENTAL 1) Prova do fragmento; 2) Isolamento do campo operatório; 3) Preparo do fragmento e remanescente dental → condicionamento ácido dos dois; 4) Imobilização do fragmento → pode ser em um bastão de godiva, bastão de guta-percha ou pregadores próprios para isso; 5) Procedimento adesivo (colagem propriamente dita) do fragmento e do remanescente; 6) Colagem do fragmento com o remanescente com resina composta ou resina fluída; 7) Ajuste oclusal, se necessário. ➢ Armazenar no leite ou soro fisiológico até a colagem → manutenção da hidratação. O QUE SABEMOS SOBRE A LONGEVIDADE E AS RAZÕES PARA O FRACASSO DE RESTAURAÇÕES ANTERIORES? ➢ A literatura disponível não leva a um consenso entre os autores quanto a longevidade das restaurações de resina anteriores; ➢ Muitas variáveis influenciam a longevidade dessas restaurações, incluindo o tipo de dentição, localização e tamanho da recuperação, motivos para colocação, tipo de material, etc; ➢ Estudos clínicos têm encontrado que 60-80% de todas as classes III e V restaurações de resina composta permaneçam aceitáveis após 5 anos de uso; ➢ As principais razões para a substituição de restaurações de resina composta anteriores são tipicamente descoloração da superfície, carie secundaria e/ou fratura da restauração; ➢ As restaurações de classe IV apresentam taxas mais elevadas de insucesso do que classe III ou V; ➢ A longevidade de grandes restaurações classes IV em resina composta colocadas em dentes anteriores fraturados foi mostrada ser relativamente curta. Esta é atribuída a grande quantidade de estresse oclusal aplicado a estas restaurações durante função; ➢ Em resumo, há uma falta de concludentes dados sobre a longevidade de restauração de resina composta anterior; ➢ No entanto, tem sido bem estabelecida que quanto mais complexa a restauração, a sua vida útil é mais curta.
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