Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Emily Meireles – Odontologia P4A DENTISTICA – AULA 3 Proteção da vitalidade pulpar DENTINA Maior parte integrante do elemento dentinário. Sua estrutura tubular favorece a permeabilidade transdentinaria, resultando em comunicação com a polpa e inter-relação com os prolongamentos odontoblástico que se estendem pelos túbulos. A quantidade de túbulos na superfície dentinária também é variável, pois, quanto mais profunda a porção de dentina, maior é o número de túbulos por mm³. ➢ Dentina fisiológica primaria: depositada rapidamente durante o desenvolvimento do dente ate a formação do forame apical ➢ Dentina fisiológica secundaria: depositada ao redor da polpa em ritmo mais lento do que o da primaria, depois que a anatomia do dente esta estabelecida ➢ Dentina terciaria: com estrutura irregular, é formada em zonas subjacentes as áreas de irritação externa, a partir das cel. diretamente afetadas pelos estímulos patológicos. ➢ Dentina esclerosada: existência de túbulos dentinários obliterados com material calcificado, processo que é acelerado frente a determinados estímulos como abrasão. Enquanto a inflamação é reversível, a polpa pode ser reparada. A avaliação clínica e radiográfica. Quando é reversível temos dor provocada (quando se tem algum estimulo, ex.: água) curta e bem localizada. Já quando é irreversível o paciente não sabe explicar onde é a dor, pois é uma dor difusa e está sempre doendo. PROFUNDIDADE DE CAV. É determinada pela quantidade de tec. dentinário perdido no proc. carioso e no preparo cavitário. É o fator que isoladamente tem maior relevância na intensidade do proc. inflamatório na polpa. Como clinicamente e mesmo radiofraficamente, exite grande dificuldade em determinar a profundidade real da ca., é prudente usar algum agente protetor recobrindo a porção mais prifunda da parede de fundo, a fim de minimizar a reação pulpar e vitar a infiltração de materiais toxicos e bacteranos. Cav. rasa Se tem muita dentina remanescente não é necessário um protetor pulpar, pois a dentina é a melhor prot. logo, não precisa de proteção, apenas do sistema adesivo e resina Cav. media a profunda Mesmo sendo uma cav. profunda, mas se tem uma boa quantidade de dentina remanescente não é necessário do prot. pulpar, porque essa dentina se repara. Assim, usa apenas o sistema adesivo e resina. Cav. muito profunda Aqui como a cav. é muito profunda e está já chegando na polpa, porque quase não tem mais dentina, é necessário um mat. protetor (hidróxido de cálcio, ionômero) para manter a vitalidade da polpa. OBS.: manter a vitalidade da polpa desde que seja uma pulpite REVERSIVEL. Quanto menos materiais usar melhor a longevidade do dente. Ex.: uma cav. profunda que, não precisava do forramento, e coloca- se o hidróxido seguida de ionômero para depois colocar o AS e resina pode aumentar as chances de erro e infiltração. Emily Meireles – Odontologia P4A MATERIAIS UTILIZADOS NOS TRATAMENTOS CONSERVADORES ➢ Ser isolante térmico e elétrico ➢ Ser bactericida ou bacteriostático ➢ Estimular a remineralização da dentina descalcificada, além de estimular a esclerose dentinária subjacente a zona das lesões e a formação de dentina reparador nas lesões profundas ➢ Resistência mecânica ➢ Evitar infiltração dos elementos Os materiais protetores são classificados em: selantes, bases e forradores cavitários Bases cavitarias Apresentam-se na composição pó/liquido e tem por função proteger o material usado para forramento da cav., repor parte da dentina perdida, ajustar o preparo cavitário de acordo com a necessidade e diminuir o vol. de material restaurador definitivo. Deve ser utilizado em cav. medias a grandes. Os principais materiais são: ➢ OZE ➢ CIV convencional ou modificado por resina OBS: Forradores cavitários Apresentam-se na forma de pó e líquido ou na forma de pasta. Formam uma fina camada que funciona como uma barreira protetora e estimula a formação de ponde de dentina quando a polpa é exposta. Indicada para cav. profundas com grande proximidade ou exposição pulpar. Principais materiais: ➢ Hidróxido de cálcio ou o MTA ➢ OZE tipo IV (quando ano ocorreu exposição pulpar e a cav. é profunda, com objetivo de atenuar a sensibilidade e a reação inflamatória) Em resumo, essas são as indicações dos materiais protetores AVALIAÇÃO CLINICA DA DENTINA Dentina amolecida (infectada) Primeira ‘’camada’’ da carie ativa, é a mais superficial. De textura mole e colocaração amarelada, zona de dentina necrótica, desorganizada (fibras colágenas já foram rompidas) e desmineralizada (túbulos dentinários desmineralizados). Tem aspecto úmido e brilhoso Ela é morta SEM vitalidade (não está mais conectada com a polpa). Dentina firme (afetada) Consistência semelhante a couro, sai em lascas (coco seco), tem colocaração amarelada. Zona de dentina desmineralizada, seguida por zona de esclerose e dentina reacional. Está viva e sensibilizada, é possível ser remineralizada. Pode ser mantida, mas SÓ A DE FUNDO, porem a dentina afetada que tiver nas paredes você tira, porque a dentina saudável tem uma melhor adesão. Dentina esclerosada É uma dentina secundaria hipermineralizada, tem aspecto escuro e brilhante. Ela está hipermineralizada é uma forma de prot. contra os microrganismos. Isso já é a defesa, não precisa de mat. protetor é só AS e resina. *broca diamantada para abrir e nas paredes da cav. a carbaite Emily Meireles – Odontologia P4A REMOÇÃO TOTAL OU SELETIVA DO TEC. CARIADO Em alguns casos é melhor fazer a remoção seletiva, pois quando se remove tudo pode ocorrer de expor a polpa (prot. pulpar direta). É uma lesão cariosa extensa, com indícios de pulpite reversível, faz-se o selamento da cav. com mat. restaurador temporário que em seguida possa ser adaptado como base cavitaria, CIV, que pode ser rebaixado e em seguida aplicar o mat. restaurador definitivo. *menos comum atualmente Por isso em cav. profunda NÃO se tira tudo. Ao contrário das cav. rasas, que pode sim tirar toda a dentina. A remoção total (até dentina dura) tem maior risco de complicações, sente mais dor e maior tempo clinico. Atualmente existem estratégias aceitas para a remoção do tec. cariado: *para cáries profundas e muito profundas O tratamento expectante tira toda a dentina, porem ocorre em etapas para a polpa se prot., e para a prod. de dentina. REMOÇAO SELETIVA Existem dois tipos: ➢ Mantendo a dentina amolecida ➢ Remoção até a dentina firme (mas as paredes laterais tem que estar em dentina dura – saudável-). Aqui a dentina vai conseguir ser remineralizada, com isso se evita a exposição da polpa. *vai até a dentina firme, e dependendo da profundidade da cav. é necessário o prot. pulpar. Nesse caso é necessário o protetor (camadinha de ionômero) porque está muito próximo da polpa. TRATAMENTO EXPECTANTE Remoção TOTAL do tec. cariado em duas etapas e indução de dentina reparadora (com o hidróxido de cálcio, sobre a polpa). Essa intervenção consiste em remover parcialmente a dentina cariada, de forma a manter a dentina amolecida nas paredes profundas da cav., com o intuito de evitar a exposição pulpar. Após determinado tempo, realiza-se uma nova abordagem para remoção de todo o tec. cariado amolecido que ainda existe. Se faz isso para que o complexo dentinho pulpar estimule a prod. de dentina esclerosada. Em uma sessão se faz a retirada parcial do tec. cariado depois na outra abre o dente e tira o mat. de prot., tira o resto da carie e faz uma nova restauração. Em lesões de cárie muito profunda pode-se deixarem dentina amolecida ao invés da firme. Como a dentina está morta, não tem como se remineralizar, então é deixada temporariamente. É feito em duas etapas. *nesse caso está praticamente em cima da polpa, por isso deixou a amolecida. Logo, é necessário dar meios de remineralizar e induzir a polpa a prod. dentina, vai usar materiais bioativos (hidróxido – em polpa é melhor que na dentina porque nessa ele induz, na dentina nem tanto, MDA, biodentina). Emily Meireles – Odontologia P4A *aqui tem a remoção até a dentina firme, mas se fosse o caso poderia fazer a remoção até a dentina amolecida. Se tem dentina amolecida ainda no fundo da cav., pode deixar por conta de reiteração. Limpeza da cavidade com clorexidina., depois aplicação pontual de cimento hidróxido de cálcio só na cav., com objetivo de matar as bác. da cav. além de ajudar na reparação por conta da doação de cálcio. Depois do hidróxido, fechamos a cav. com um material provisório (OZE, CIV). O paciente fica de 30 a 60 dias com essa restauração provisória, o mais recomendado é o CIV por conta da melhor resistência mecânica e adesão. Após isso, começa a se depositar uma dentina mais mineralizada no fundo da cav. (barreira dentinária). Quando o paciente retorna na segunda sessão é realizado o teste de vitalidade pulpar (coloca uma substancia no algodão para que ele fique gelado e o paciente sinta dor no dente, como qualquer outro dente saudável). Deve-se abrir a cav., tirar todo o material provisório (CIV) e hidróxido de cálcio. Escavar com a curte a dentina firme até chegar a dentina mais firme, remineralizada. Remoção total do tec. cariado e restaurar como uma cav. profunda (sem material de prot. pulpar e AS com resina) O tratamento expectante é uma boa opção conservadora quando se tem uma lesão cariosa extensa e que a sintomatologia dolorosa há indícios de uma pulpite irreversível, e a radiografia confirma a proximidade com a polpa. *geralmente começamos já do ionômero (tem que ser bem leve, uma pequena camada), por saber que a dentina lá embaixo já está mais mineralizada OBS.: quando se erra o diagnostico o paciente pode perder a vitalidade do dente. Geralmente após a 1 sessão ele sente dor e toma um antibiótico, após alguns dias ele não sente mais a dor porque o dente está ‘’morto’’ Só se faz o tratamento expectante se não conseguir deixar em dentina firme. Se conseguir deixar já faz logo a restauração. PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA Quando não se tem a exposição da polpa. Remoção de toda a dentina amolecida e posterior forramento da parede pulpar da cav. dentinária sem que tenha ocorrido exposição da polpa, mas podendo ser observada por translucidez. PODERIAMOS SUBSTITUIR O IONOMERO POR SA? Em cav. muito profundas é necessario usar o protetor (CIV). O CIV modificado em resina é mais interessante por conta do seu tempo de presa ser menor. CURETAGEM PULPAR Remoção superficial da polpa coronária que eventualmente tenha sido exposta durante o tratamento conservador, possivelmente contaminada por microrganismos. Outro fator pode ser após um traumatismo dentário, quando o remanescente pulpar fica em contato com o meio bucal por poucas horas. Técnica consiste em: ➢ Anestesia e isolamento ➢ Abertura do orifício com as brocas carbide ➢ Remove de 1,5 a 2mm de profundidade da polpa exposta, buscando extirpar toda a porção contaminada e irreversivelmente inflamada. Isso deve ser realizado com cureta nova ou com broca de aço esférica lisa. ➢ Limpeza da cav. (clorexidina 2% ou soro fisiológico) Emily Meireles – Odontologia P4A ➢ Hemostasia (observar o estancamento do sangramento após a limpeza da cav. e o aspecto da coloração vermelho-viva da polpa) ➢ Aplicar corticosteroide por 10 a 15 min ➢ Aplicação do mat.: PULPOTOMIA Remoção da polpa na câmara pulpar, preservando-se o tec. pulpar que está nos condutos radiculares (canais). É indicada somente nos casos em que a lesão inflamatória se restringe a uma pequena porção da polpa coronária. Sua indicação ocorre quando o quadro clinico é de pulpite reversível, após o diagnóstico de carie. Os maiores índices de sucesso desse tratamento encontram-se em polpas jovens, devido ao fator de o tec. pulpar não estar completamento amadurecido. (odontopediatria). Técnica consiste em: ➢ Anestesia, isolamento ➢ Remover todo o tec. cariado e o teto da câmara pulpar com broca carbide ➢ Procede-se a excisão da polpa coronária com cureta ou broca esférica lisa. Cortar o tec. pulpar em 0,5mm abaixo da entrada dos canais ➢ Remover de 1,5 a 2mm de profundidade da polpa exposta, buscando extirpar toda a porção contaminada e irreversivelmente inflamada ➢ Limpeza da cav. (clorexidina ou soro) ➢ Hemostasia ➢ Corticosteroide por 10 a 15 min ➢ Inserir forrador (pó ou cimento de hidróxido de cálcio ou MTA) + mat. restaurador provisório, depois aguardar silencio clinico para restauração definitiva
Compartilhar