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Mariana Costa Teixeira Introdução As complicações no pós-operatório estão relacionados à doença de base, ato cirúrgico e aos fatores relacionados à doença de base. Prevenção: 1. Medidas pré-operatórias – histórico, fatores de risco. Melhorar o pré-operatório para evitar possíveis complicações. Exemplo: cessação do tabagismo durante o procedimento ou perda de peso (objetivo de diminuir pressão intra- abdominal e risco de complicações relacionadas a isso). 2. No pós-cirúrgico: - Estimular o paciente a sentar, tossir, deambular, realizar inspiração e expiração profunda. FEBRE Pode ser de causa infecciosa ou não infecciosa. Nas primeiras 12h: Origem metabólica – endócrina: fisiológico, é esperado. Quando a febre se torna um sinal alarmante? - Temperatura superior a 1°C - Duração > 48h OBS: A atelectasia é a principal causa de febre (90%) nas primeiras 24h – ocorre principalmente em obesos, tabagistas, pacientes com doença pulmonar prévia. COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS São as complicações mais comuns nas cirurgias de tórax, abdome superior e cirurgias de urgência. Segunda causa mais frequente de mortalidade pós- operatória em > 60 anos. Mecanismo: aporte de O2 comprometido; eliminação de CO2 inadequada. Causas: condições em que há ⇩ débito cardíaco (choque cardiogênico), sepse. Complicação respiratória mais comum – sobretudo em cirurgias de abdome. Geralmente autolimitada. Surge nas primeiras 48h. Se duração > 72h: atenção à ocorrência de pneumonia. Quadro - Taquicardia - Tosse - ⇩ murmúrios vesiculares - Taquipneia Radiografia Prevenção - Fisioterapia respiratória - Deambulação precoce Comum em pacientes submetidos a sedação, e com rebaixamento do nível de consciência. Ocorre em até 2/3 dos PO de cirurgias torácicas e abdominais. Fatores predisponentes: 1. Sonda nasogástrica ou endotraqueal 2. Depressão do sistema nervoso por drogas. Complicação comum da aspiração pulmonar: pneumonia. Aspiração de conteúdo sólido: obstrução aérea. Síndrome de Mendelson: aspiração de conteúdo gástrico – HCl – a depender do volume, pH (<2,5) e frequência da aspiração, pode evoluir com pneumonite química. Quadro - Taquipneia - Hipóxia Em caso de aspiração maciça: hipovolemia e choque. Prevenção - Jejum pré-operatório - Posição adequado no ato cirúrgico e no pós. - Cuidados na IOT - Manutenção da via aérea: aspiração endotraqueal, broncoscopia (em caso de corpo estranho). Atenção: NÃO usar ATB profilático. Uso de ATB recomendado no caso de aspiração maciça com repercussões clínicas. Considerada como pneumonia pós-operatória/hospitalar se ocorre até 30 dias do procedimento. Pode ocorrer como complicação de outras condições: atelectasia, aspiração, VM prolongada. Agentes: 1. S. pneumoniae 2. H. influenzae 3. Enterococo Quadro - Febre - Tosse - Aumento de secreções - Broncofonia - ⇩ murmúrios vesiculares - Pectorilóquia Radiografia: presença de consolidações. OBS: o Rx sem evidências, não exclui o diagnóstico. Qualquer procedimento cirúrgico aumenta incidência de TVP e consequente embolia. Tríade de Virchow 1. Lesão Endotelial 2. Estase sanguínea 3. Hipercoagulabilidade ➣ Sistema venoso Iliofemoral: local onde se origina a maioria dos êmbolos pulmonares. Quadro - Dispneia - Dor torácica (pleurítica) - Tosse - Taquipneia - Taquicardia. Exames Complementares 1. Gasometria Arterial Se pO2 < 70: indica TEP. 2. ECG 3. Radiografia de Tórax – CORCOVA DE HAMPTON 4. D-dímero – Pode estar alterado pode várias condições, porém, se NORMAL, exclui TEP. Padrão-ouro para diagnóstico: Angiografia (porém, não é exame inicial e pouco usado atualmente). - Cintilografia e Angiotmografia * Tratamento - Oxigênio complementar sob máscara facial Se maciço: terapia trombolítica. Surge em 12-72h: casos de trauma. Grupo acometido - Transfundidos; - Pacientes em nutrição parenteral - Transplante de medula óssea. Quadro Sintomas neurológicos + insuficiência respiratória + petéquias (axila, tórax, MMSS). Procedimentos cirúrgicos sabidamente provocam lesão endotelial e estase sanguínea. Tratamento Ofertar melhora da condição respiratória PEEP. Pode ser em decorrência de condições que afetam a pré ou a pós-carga. Mecanismo: acúmulo de líquidos nos alvéolos resultando em hipoxemia. Quadro - Taquicardia - Taquipneia + uso de musculatura acessória - Cianose Causas PO: - Iatrogenia - Infusões de grandes volumes de fluidos IV Tratamento - Diuréticos de alça (furosemida) - Nitrito - Nitroprussiato de sódio - Morfina (controle álgico). Mecanismo: hipóxia decorrente de resposta inflamatória patológica. Causas - Trauma - Sepse Pequeno volume: comuns – cirurgias de abdome superior. São reabsorvíveis. Grande volume: geralmente surge no PO tardio. Em casos de DP de grande volume em pós-operatório, investigar pancreatite e abscessos intracavitários. Pode ocorrer em complicações PO. Causas - Iatrogênicas 1. Barotrauma (ventilação mecânica) 2. Punção iatrogênica (acesso venoso central). COMPLICAÇÕES DE FERIDA OPERATÓRIA Complicação comum! Definição: coleção de sangue em ferida operatória fechada. Elevação, coloração da ferida, afastamento de suas bordas, desconforto e secreção local. O sangue pode ser expelido espontaneamente, sendo necessária reintervenção quando sangramento surge precocemente. Causas - Hemostasia inadequada - Medicações: AAS, Heparina. Tratamento Pequenos hematomas: reabsorvidos – porém, chance de infecção de ferida operatória. - Evacuação dos coágulos em condições estéreis + ligadura dos vasos e fechamento primário da ferida. Acúmulo de gordura e linfa liquefeitos. Aspecto similar ao da água de uma carne descongelada. Sua presença faz aumentar o risco de infecção de ferida operatória. Tratamento - Localização abaixo da pele: evacuados por aspiração com agulha em condições estéreis ou observação seriada. Surge entre o 5-8º dia. Pode ser parcial ou total. A infecção cirúrgica é um fator associado a mais da metade das feridas deiscentes. Comum em grupos específicos: imunossuprimidos – DM, uso de corticoides, quimioterapia e/ou radioterapia e sepse. Associações - Uremia - Hipoalbuminemia - Desnutrição severa - DPOC - Icterícia - Tabagismo - Obesidade mórbida. Pode ocorrer em decorrência de fatores sistêmicos ou locais. Fatores de Risco Sistêmicos Rara abaixo dos 30 anos. Pode afetar até 5% dos pacientes > 60 anos submetidos a LE. Fatores de Risco Locais - Técnica operatória inadequada - Aumento da pressão intra-abdominal (asciste, obesidade, distensão de alças por íleo paralítico, tosse, sd compartimental) - Deficiência na cicatrização Deiscência da ferida pode ser a primeira manifestação de um abscesso intra-abdominal. Sinal precoce de deiscência de aponeurose: descarga de secreção serossanguinolenta da ferida. Pacientes ascíticos: risco aumentado de perda de fluidos pela ferida operatória. Medida preventiva: fechamento das camadas com sutura contínua e das demais camadas, de modo que não haja espaço entre os planos da parede abdominal. Condição GRAVE. Ruptura de todas as camadas + externalização de conteúdo visceral. Conduta: cobertura das alças com compressas úmidas e mornas + cobertura ATB imediata + centro cirúrgico para inventário de toda cavidade abdominal + lavagem exaustiva com fluidos aquecidos + desbridamento de tecidos desvitalizados + drenagem de eventuais abscessos e reparação de novasutura com fios INABSORVÍVEIS e de espessura maior. Recorrência de evisceração são raras, porém, hernias incisionais ocorrem em 20% dos casos. Deiscência sem evisceração com rompimento parcial. Conduta - Paciente estável e baixo risco anestésico-cirúrgico: tratamento pode ser adiado, e a hérnia incisional tratada de forma eletiva. - Paciente alto risco operatório: não é indicado reparação. A hérnia incisional deve ser observada. Medidas adotadas: Enfaixamento abdominal e adiamento da retirada de pontos da pele. Se houver infecção/secreção na ferida: realizar cultura + antibiograma + ATB empírico até saída do antibiograma. OBS: feridas operatórias torácicas tem menor propensão à ocorrência de deiscências, exceto: feridas de esterno. Febre que aparece após 4º dia (relacionada a germes entéricos). Prevenção - Antissepsia e assepsia A febre tem padrão apiculado: pico febril durante o dia. Quadro - Febre - Taquicardia - Calafrios - Leucocitose - Celulite peri-incisional OBS: se já estiver sendo feita cobertura com ATB, as manifestações podem não ser evidentes. Tratamento - Drenagem + cultura ATENÇÃO Ferida operatória com processo infeccioso em região genital/perineal - Síndrome de Fournier: é grave. DEISCÊNCIAS ANASTOMÓTICAS Complicação grave. Abertura de pontos em um local de comunicação feita (Ex: pancreatojejunostomia – cirugia de Wipple). Abscessos, fístulas, ruptura de anastomose, deiscência da parede abdominal e sepse podem ocorrer (extravasamento de líquidos + bactérias). Como evitar: - Órgão deve ter perfusão adequada até a borda da anastomose - Sutura deve ser livre de tensão Anastomoses propensas a deiscência: pancretojejunostomia; esofagoenterostomia. O primeiro sinal da deiscência anastomótica com fístula é a TAQUICARDIA. Quadro - Febre - Dor abdominal - Mal-estar - Íleo paralítico - Recusa alimentar - Vômitos Em caso de presença de dreno intracavitário: efluente GI colabora com o diagnóstico. Diagnóstico – exames de imagem Suspeição quando presença de grandes coleções de líquido, níveis hidroaéreos em uma cavidade com abscesso, grande quantidade de líquido livre na cavidade peritoneal ou quantidade de ar livre (pneumoperitôneo). Tratamento - Deiscência pequena + fístula controlada SEM obstrução a jusante, SEM contaminação da cavidade e SEM Continuidade da mucosa com a pele: tratamento conservador até que cesse a drenagem do líquido. Se o paciente não estiver séptico: instituir nutrição parenteral. - Quando em condições diferenteS ou débito persistente > 500mL/d deve-se considerar tratamento CIRÚRGICO. Fístulas Biliares: drenagem local. Fístulas em cólons: colostomia + fístula mucosa em região antes da ostomia (para exteriorização de muco – coto distal do instestino). Tratamento clínico em deiscência de anastomose GI, quando: 1. Não houver contaminação da cavidade (peritonite, abscessos) 2. Não ter continuidade da mucosa GI com a pele; 3. Não haver obstrução distal à anastomose; 4. Não ser de alto débito (alto débito é > 500ml/24h); 5. Ter trajeto cutâneo com saída de todo efluente ao meio externo. COMPLICAÇÕES DO TRATO URINÁRIO Pode ocorrer disfunção miccional após cirurgias pélvicas, perineais, sob raquianestesia ou peridural. Na presença de obstrução urinária + dilatação do sistema pielocalicial: passagem de cateter uretral para alívio do regime de hipertensão (CATETER DUPLO J). O tempo de permanência depende da indicação. Em casos de tratamento de cálculos ureterais/renais normalmente recomenda-se retirar em até 15 dias. Em caso de pieloplastia deve permanecer por até 6 semanas. O longo tempo de permanência com duplo J pode acarretar complicações como calcificações e infecções. Quando há necessidade de permanência do duplo J por longo período como em gestantes é recomendado que realize a troca após 6-8 semanas. Há risco de infecção urinária com sua permanência – caso se confirme: retirar. Germes comuns - Bactérias entéricas gram negativas (E. coli) Paciente com quadro de febre no PO de cirurgia geniturinária ou na qual se introduziu cateter uretral, deve- se suspeitar de ITU. Quadro - Disúria - Calafrios - Polaciúria - Dor Pode ocorrer de maneira transitória. Em decorrência de: anestesia e uso de opioides. Se palpável BEXIGOMA: introduzir SONDA VESICAL DE ALÍVIO. - Excluir causas obstrutivas. Retenção prolongada – procedimentos ginecológicos: realizar cateterismo intermitente e fisioterapia pélvica. Ocorre principalmente em procedimentos urológicos e pélvicos. O mecanismo pode ser em decorrência de acometimento/lesão da inervação. Tratamento: medicação ou cirúrgico. COMPLICAÇÕES CARDÍACAS Evitadas: risco cirúrgico no pré-operatório. Medidas terapêuticas prévias: ECG + Eco bidimensional com doppler. Em pacientes de ALTO risco cardiovascular: anestesia geral é preferível. Fatores relacionados a maiores complicações cardiovasculares: procedimentos de urgência e duração prolongada. Fatores de Risco - Má perfusão - Hipoxemia - Septicemia - Excesso de fluidos IV: falência ventricular esquerda. OBS: Pacientes com arritmias/doenças coronarianas ou IC: monitorar em UTI. Uso de Betabloqueadores Diminui complicações cardiovasculares, porém, aumenta mortalidade por AVC. 20% ocorrem no intra-operatório: autolimitada. Comum em procedimentos torácicos. Incidência maior em portadores de arritmias e doenças cardíacas. 1/3 arritmias pode ocorrer durante indução anestésica: causada por gases anestésicos (halotano, ciclopropano, drogas simpaticomiméticas). Toxicidade digitálica (digoxina) e hipercapnia também podem ser causa de arritmias. Arritmias no PO: Avaliar: - Hipopotassemia - Alcalose - Toxicidade a digitálicos - Estresse cirúrgico. OBS: podem ser a manifestação de uma isquemia do miocárdio. Quadro Maioria assintomática. Sintomática: - Dor torácica - Palpitação - Dispneia Mais comum em pacientes de cirurgia vascular. Fatores de Risco - Insuficiência cardíaca no pré-operatório - Isquemia pré-operatória - Idade > 70 anos Quadro - Dores torácicas - Hipotensão - Arritmia 1/3: assintomático. OBS: lembrar que no DM o IAM é silencioso. Diagnóstico (2 dos 3): 1. ECG alterado 2. Enzimas cardíacas alteradas 3. Dor típica Caso o paciente tenha história de evento isquêmico prévio (e atual), aguardar de 4-6 semanas para realizar procedimento (na possibilidade de adiar). Grupo - Ocorre em > 40 anos submetidos a anestesia geral - Excesso de fluidos IV Quadro - Dispneia progressiva - Hipoxemia com tensão normal de O2 - Congestão pulmonar (evidenciado em Rx). COMPLICAÇÕES INTRACAVITÁRIAS SANGRAMENTOS: maior causa de choque nas primeiras 24h do pós-cirúrgico. Ocorre comumente nas primeiras 24h. Quadro - Taquicardia - Hipotensão - Diminuição do débito urinário - Vasoconstrição periférica - Febre - Dor abdominal Tratamento precoce: expansão volêmica. Se sinais de hipovolemia persistirem: REOPERAR. Definição PIA > 20 + falência abdominal Diagnóstico Aferição de pressão intravesical. Fatores Predisponentes - Choque hemorrágico - Infusão maciça de cristaloides - Politransfusões - Grandes sangramentos abdominais Tratamento Se PIA > 21-25 com repercussões graves OU > 25mm Hg = Laparotomia descompressiva. COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS Peristaltismo: retornam em 24h em procedimentos que não invadem cavidade abdominal. Retorno fisiológico (esperado): cólicas abdominais, eliminação de flatos, retorno no apetite.Após LE: peristaltismo pode retornar em 48h. Motilidade do delgado é pouco afetada, com exceção para os casos de manipulação direta dele (ressecção segmentar dele, anastomoses, obstrução intestinal). Opioides, eletrólitos alterados, condições inflamatórias (peritonite, pancreatite) podem piorar ou prolongar o curso do íleo adinâmico. Íleo adinâmico: distensão abdominal, ausência de ruídos hidroaéreos. – TRATAMENTO: não há terapia específica. Pode-se utilizar descompressão gástrica por sonda nasogástrica e hidratação venosa. Falência de função intestinal. Pode ser em decorrência da permanência/persistência do íleo adinâmico ou obstrução mecânica (aderências ou hérnias internas – geralmente manifestação TARDIA). Pacientes com obstrução mecânica podem apresentar um quadro de funções fisiológicas normais antes de manifestar os sintomas da obstrução. OBS: obstruções são amis comuns nos PO de cirurgias colorretais. Síndrome de Ogilvie: pseudo-obstrução colônica aguda – distúrbio funcional exclusivo do cólon. Possui as mesmas causas do íleo paralítico. Tratamento clínico, exceto: distensão cecal > 12cm (exame de imagem) – descompressão por cecostomia lateral por sonda ou mesmo cecostomia percutânea. 10% das pancreatites agudas. 1-3% dos pacientes com manipulação peripancreática e cirurgias de vias biliares. Forma necrosante de pancreatite: ocorre frequentemente em PO. OBS: a pancreatite também pode ocorrer em PO de cirurgia de transplante renal, cirurgia de parótida e cirurgia com circulação extracorpórea. Causas - Manipulação do órgão com trauma mecânico. Diagnóstico pode ser difícil. Monitorização do órgão por TC sequencial. Quadro - Icterícia leve a insuficiência hepática fulminante. População: 1% dos pacientes submetidos a anestesia geral. Insuficiência hepatocelular é a principal causa de icterícia pós-operatória (em decorrência de necrose de células hepáticas, inflamação ou grande ressecção do tecido hepático). - Drogas, hipotensão, hipóxia e sepse: icterícia por lesão parenquimatosa. TODO paciente com icterícia PO deve ser investigado – avaliar necessidade de abordagem cirúrgica. Colestase pós-hepática: aumenta risco de COLANGITE AGUDA e sepse. Conduta - Monitorar função renal (hiperbilirrubinemia pode acarretar em IR). Pode ocorrer em decorrência de qualquer tipo de cirurgia. Mais comum em procedimentos do trato gastrointestinal. Pode ser: química, fulminante de etiologia isquêmica. Colecistite aguda PO difere da colecistite aguda: forma mais prevalente é ACALCULOSA (70-80%), em homens. Diarreia causada pelo C. difficile é comum em ambiente nosocominal, principalmente em pacientes cirúrgicos. Risco principal é uso de ATB perioperatório. Diagnóstico - Presença da toxina citopática nas fezes (cultura em amostra/swab/retossigmoidoscopia com pseudomembranas). Prevenção - Medidas de higiene + minimizar uso de ATB. Tratamento - Metronidazol IV ou VO; Vancomicina VO (resistentes). Fatores de risco - Insuficiência respiratória - Coagulopatia - Infecção grave - Uremia - Hemorragia digestiva. Profilaxia: IBP. OBS: nos politraumatizados as úlceras de estresse recebem o nome de “úlcera de Cushing” e nos grandes queimados “úlcera de Curling”. Raros no PO. Quadro - Febre alta - Dor em HID, associado ou não a icterícia. Causas - Coleções diafragmáticas na manipulação do abdome superior; doença neoplásica intra-hepática também pode necrosar e evoluir com abscesso – dificilmente a etiologia é identificada. Tratamento - Drenagem percutânea minimamente invasiva com exame de imagem guiado. No caso de múltiplos abscessos: tratamento cirúrgico. COMPLICAÇÕES DO SNC Idosos. Geralmente naqueles que possuem aterosclerose e mantem PA diminuída intra e pós OP. Suspeitar sempre que: déficit neurológico focal com duração maior que 24h. Etiologia - Reações adrenérgicas – taquicardia, hipertensão, hipotensão e hipóxia. Fatores associados - AVC prévio - Aterosclerose com obstrução carotídea parcial - Hipertensão arterial - DM - DPOC. Prevenção: controle da doença de base. Manter parâmetros adequados + controle da dor PO. OBS: pacientes idosos podem ter quadro de DELIRIUM: disfunção cognitiva, flutuação do nível de consciência e orientação temporoespacial, perda de memória e conversação incoerente. (mais prevalente em cirurgias ortopédicas por fratura de quadril). O quadro de delirium pode ser favorecido pela presença de distúrbios hidroeletrolíticos e infecções ativas. Tratamento do delirium: haloperidol. RABDOMIÓLISE Pode ocorrer por compressão muscular ou em reação a agentes anestésicos – pacientes obesos mórbidos submetidos a cirurgias de longa duração. Pode haver insuficiência renal por elevação da creatinoquinase. O quadro se manifesta com oligúria, coloração acastanhada e grumos. Prevenção: proteção renal (diurese forçada com hiper- hidratação, alcalinização da urina com infusão de bicarbonato e uso de diurético de alça – furosemida – e manitol para estimulo diurético). - Rabdomiólise por síndrome compartimental de membros: fasciotomia descompressiva. DISFUNÇÃO SEXUAL Comum após: prostatectomia, cirurgia cardíaca, reconstrução aórtica, cirurgias pélvicas – lesão de ramos sacrais.
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