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Complicações Pós-operatórias

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Mariana Costa Teixeira 
 
Introdução 
As complicações no pós-operatório estão relacionados à 
doença de base, ato cirúrgico e aos fatores relacionados à 
doença de base. 
 
Prevenção: 
1. Medidas pré-operatórias – histórico, fatores de risco. 
Melhorar o pré-operatório para evitar possíveis 
complicações. 
Exemplo: cessação do tabagismo durante o procedimento 
ou perda de peso (objetivo de diminuir pressão intra-
abdominal e risco de complicações relacionadas a isso). 
 
2. No pós-cirúrgico: 
- Estimular o paciente a sentar, tossir, deambular, realizar 
inspiração e expiração profunda. 
 
 
FEBRE 
Pode ser de causa infecciosa ou não infecciosa. 
Nas primeiras 12h: 
Origem metabólica – endócrina: fisiológico, é esperado. 
 
Quando a febre se torna um sinal alarmante? 
- Temperatura superior a 1°C 
- Duração > 48h 
OBS: A atelectasia é a principal causa de febre (90%) nas 
primeiras 24h – ocorre principalmente em obesos, 
tabagistas, pacientes com doença pulmonar prévia. 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
São as complicações mais comuns nas cirurgias de tórax, 
abdome superior e cirurgias de urgência. 
Segunda causa mais frequente de mortalidade pós-
operatória em > 60 anos. 
 
Mecanismo: aporte de O2 comprometido; eliminação de 
CO2 inadequada. 
Causas: condições em que há ⇩ débito cardíaco (choque 
cardiogênico), sepse. 
 
Complicação respiratória mais comum – sobretudo em 
cirurgias de abdome. 
Geralmente autolimitada. 
Surge nas primeiras 48h. 
Se duração > 72h: atenção à ocorrência de pneumonia. 
 
Quadro 
- Taquicardia 
- Tosse 
- ⇩ murmúrios vesiculares 
- Taquipneia 
 
Radiografia
 
 
Prevenção 
- Fisioterapia respiratória 
- Deambulação precoce 
 
 
Comum em pacientes submetidos a sedação, e com 
rebaixamento do nível de consciência. 
Ocorre em até 2/3 dos PO de cirurgias torácicas e 
abdominais. 
Fatores predisponentes: 
1. Sonda nasogástrica ou endotraqueal 
2. Depressão do sistema nervoso por drogas. 
 
Complicação comum da aspiração pulmonar: pneumonia. 
Aspiração de conteúdo sólido: obstrução aérea. 
 
Síndrome de Mendelson: aspiração de conteúdo gástrico – 
HCl – a depender do volume, pH (<2,5) e frequência da 
aspiração, pode evoluir com pneumonite química. 
 
 
 
Quadro 
- Taquipneia 
- Hipóxia 
 
Em caso de aspiração maciça: hipovolemia e choque. 
 
Prevenção 
- Jejum pré-operatório 
- Posição adequado no ato cirúrgico e no pós. 
- Cuidados na IOT 
- Manutenção da via aérea: aspiração endotraqueal, 
broncoscopia (em caso de corpo estranho). 
 
Atenção: NÃO usar ATB profilático. Uso de ATB 
recomendado no caso de aspiração maciça com 
repercussões clínicas. 
Considerada como pneumonia pós-operatória/hospitalar se 
ocorre até 30 dias do procedimento. 
Pode ocorrer como complicação de outras condições: 
atelectasia, aspiração, VM prolongada. 
 
Agentes: 
1. S. pneumoniae 
2. H. influenzae 
3. Enterococo 
 
Quadro 
- Febre 
- Tosse 
- Aumento de secreções 
- Broncofonia 
- ⇩ murmúrios vesiculares 
- Pectorilóquia 
 
Radiografia: presença de consolidações. 
OBS: o Rx sem evidências, não exclui o diagnóstico. 
 
Qualquer procedimento cirúrgico aumenta incidência de 
TVP e consequente embolia. 
 
Tríade de Virchow 
1. Lesão Endotelial 
2. Estase sanguínea 
3. Hipercoagulabilidade 
 
➣ Sistema venoso Iliofemoral: local onde se origina a 
maioria dos êmbolos pulmonares. 
 
Quadro 
- Dispneia 
- Dor torácica (pleurítica) 
- Tosse 
- Taquipneia 
- Taquicardia. 
 
Exames Complementares 
1. Gasometria Arterial 
Se pO2 < 70: indica TEP. 
 
2. ECG 
3. Radiografia de Tórax – CORCOVA DE HAMPTON 
 
 
 
4. D-dímero – Pode estar alterado pode várias condições, 
porém, se NORMAL, exclui TEP. 
 
Padrão-ouro para diagnóstico: Angiografia (porém, não é 
exame inicial e pouco usado atualmente). 
- Cintilografia e Angiotmografia * 
 
Tratamento 
- Oxigênio complementar sob máscara facial 
Se maciço: terapia trombolítica. 
 
 
Surge em 12-72h: casos de trauma. 
 
Grupo acometido 
- Transfundidos; 
- Pacientes em nutrição parenteral 
- Transplante de medula óssea. 
 
Quadro 
Sintomas neurológicos + insuficiência respiratória + 
petéquias (axila, tórax, MMSS). 
 
Procedimentos cirúrgicos sabidamente 
provocam lesão endotelial e estase sanguínea. 
 
 
Tratamento 
Ofertar melhora da condição respiratória 
PEEP. 
 
 
 
Pode ser em decorrência de condições que afetam a pré ou 
a pós-carga. 
Mecanismo: acúmulo de líquidos nos alvéolos resultando 
em hipoxemia. 
 
Quadro 
- Taquicardia 
- Taquipneia + uso de musculatura acessória 
- Cianose 
 
 
 
Causas PO: 
- Iatrogenia 
- Infusões de grandes volumes de fluidos IV 
 
Tratamento 
- Diuréticos de alça (furosemida) 
- Nitrito 
- Nitroprussiato de sódio 
- Morfina (controle álgico). 
 
 
Mecanismo: hipóxia decorrente de resposta 
inflamatória patológica. 
 
Causas 
- Trauma 
- Sepse 
 
 
Pequeno volume: comuns – cirurgias de abdome superior. 
São reabsorvíveis. 
Grande volume: geralmente surge no PO tardio. 
Em casos de DP de grande volume em pós-operatório, 
investigar pancreatite e abscessos intracavitários. 
 
 
Pode ocorrer em complicações PO. 
Causas 
- Iatrogênicas 
1. Barotrauma (ventilação mecânica) 
2. Punção iatrogênica (acesso venoso central). 
 
 
COMPLICAÇÕES DE FERIDA 
OPERATÓRIA 
Complicação comum! 
Definição: coleção de sangue em ferida operatória fechada. 
Elevação, coloração da ferida, afastamento de suas bordas, 
desconforto e secreção local. O sangue pode ser expelido 
espontaneamente, sendo necessária reintervenção quando 
sangramento surge precocemente. 
 
 
 
Causas 
- Hemostasia inadequada 
- Medicações: AAS, Heparina. 
 
Tratamento 
Pequenos hematomas: reabsorvidos – porém, chance de 
infecção de ferida operatória. 
- Evacuação dos coágulos em condições estéreis + ligadura 
dos vasos e fechamento primário da ferida. 
 
 
Acúmulo de gordura e linfa liquefeitos. 
Aspecto similar ao da água de uma carne descongelada. 
Sua presença faz aumentar o risco de infecção de ferida 
operatória. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
- Localização abaixo da pele: evacuados por aspiração com 
agulha em condições estéreis ou observação seriada. 
 
 
 
Surge entre o 5-8º dia. 
Pode ser parcial ou total. 
A infecção cirúrgica é um fator associado a mais da metade 
das feridas deiscentes. 
 
 
 
Comum em grupos específicos: imunossuprimidos – DM, 
uso de corticoides, quimioterapia e/ou radioterapia e sepse. 
 
Associações 
- Uremia 
- Hipoalbuminemia 
- Desnutrição severa 
- DPOC 
- Icterícia 
- Tabagismo 
- Obesidade mórbida. 
 
Pode ocorrer em decorrência de fatores sistêmicos ou 
locais. 
Fatores de Risco Sistêmicos 
Rara abaixo dos 30 anos. 
Pode afetar até 5% dos pacientes > 60 anos submetidos a 
LE. 
 
Fatores de Risco Locais 
- Técnica operatória inadequada 
- Aumento da pressão intra-abdominal (asciste, obesidade, 
distensão de alças por íleo paralítico, tosse, sd 
compartimental) 
- Deficiência na cicatrização 
 
Deiscência da ferida pode ser a primeira manifestação de 
um abscesso intra-abdominal. 
Sinal precoce de deiscência de aponeurose: descarga de 
secreção serossanguinolenta da ferida. 
 
Pacientes ascíticos: risco aumentado de perda de fluidos 
pela ferida operatória. 
Medida preventiva: fechamento das camadas com sutura 
contínua e das demais camadas, de modo que não haja 
espaço entre os planos da parede abdominal. 
 
Condição GRAVE. 
Ruptura de todas as camadas + externalização de conteúdo 
visceral. 
Conduta: cobertura das alças com compressas úmidas e 
mornas + cobertura ATB imediata + centro cirúrgico para 
inventário de toda cavidade abdominal + lavagem exaustiva 
com fluidos aquecidos + desbridamento de tecidos 
desvitalizados + drenagem de eventuais abscessos e 
reparação de novasutura com fios INABSORVÍVEIS e de 
espessura maior. 
 
Recorrência de evisceração são raras, porém, hernias 
incisionais ocorrem em 20% dos casos. 
 
 
Deiscência sem evisceração com rompimento parcial. 
Conduta 
- Paciente estável e baixo risco anestésico-cirúrgico: 
tratamento pode ser adiado, e a hérnia incisional tratada de 
forma eletiva. 
- Paciente alto risco operatório: não é indicado reparação. 
A hérnia incisional deve ser observada. 
 
Medidas adotadas: 
Enfaixamento abdominal e adiamento da retirada de 
pontos da pele. 
 
 
 
Se houver infecção/secreção na ferida: realizar cultura + 
antibiograma + ATB empírico até saída do antibiograma. 
 
OBS: feridas operatórias torácicas tem menor propensão à 
ocorrência de deiscências, exceto: feridas de esterno. 
 
 
Febre que aparece após 4º dia (relacionada a germes 
entéricos). 
 
Prevenção 
- Antissepsia e assepsia 
 
A febre tem padrão apiculado: pico febril durante o dia. 
 
Quadro 
- Febre 
- Taquicardia 
- Calafrios 
- Leucocitose 
- Celulite peri-incisional 
 
OBS: se já estiver sendo feita cobertura com ATB, as 
manifestações podem não ser evidentes. 
 
Tratamento 
- Drenagem + cultura 
 
ATENÇÃO 
Ferida operatória com processo infeccioso em região 
genital/perineal 
- Síndrome de Fournier: é grave. 
 
DEISCÊNCIAS ANASTOMÓTICAS 
Complicação grave. 
Abertura de pontos em um local de comunicação feita (Ex: 
pancreatojejunostomia – cirugia de Wipple). 
Abscessos, fístulas, ruptura de anastomose, deiscência da 
parede abdominal e sepse podem ocorrer (extravasamento 
de líquidos + bactérias). 
 
Como evitar: 
- Órgão deve ter perfusão adequada até a borda da 
anastomose 
- Sutura deve ser livre de tensão 
 
Anastomoses propensas a deiscência: 
pancretojejunostomia; esofagoenterostomia. 
 
O primeiro sinal da deiscência anastomótica com fístula é 
a TAQUICARDIA. 
 
 
Quadro 
- Febre 
- Dor abdominal 
- Mal-estar 
- Íleo paralítico 
- Recusa alimentar 
- Vômitos 
 
Em caso de presença de dreno intracavitário: efluente GI 
colabora com o diagnóstico. 
 
Diagnóstico – exames de imagem 
Suspeição quando presença de grandes coleções de líquido, 
níveis hidroaéreos em uma cavidade com abscesso, grande 
quantidade de líquido livre na cavidade peritoneal ou 
quantidade de ar livre (pneumoperitôneo). 
 
Tratamento 
- Deiscência pequena + fístula controlada SEM obstrução a 
jusante, SEM contaminação da cavidade e SEM 
Continuidade da mucosa com a pele: tratamento 
conservador até que cesse a drenagem do líquido. 
Se o paciente não estiver séptico: instituir nutrição 
parenteral. 
 
- Quando em condições diferenteS ou débito persistente > 
500mL/d deve-se considerar tratamento CIRÚRGICO. 
 
Fístulas Biliares: drenagem local. 
Fístulas em cólons: colostomia + fístula mucosa em região 
antes da ostomia (para exteriorização de muco – coto distal 
do instestino). 
 
Tratamento clínico em deiscência de anastomose GI, 
quando: 
1. Não houver contaminação da cavidade (peritonite, 
abscessos) 
2. Não ter continuidade da mucosa GI com a pele; 
3. Não haver obstrução distal à anastomose; 
4. Não ser de alto débito (alto débito é > 500ml/24h); 
5. Ter trajeto cutâneo com saída de todo efluente ao meio 
externo. 
 
 
COMPLICAÇÕES DO TRATO 
URINÁRIO 
Pode ocorrer disfunção miccional após cirurgias pélvicas, 
perineais, sob raquianestesia ou peridural. 
 
Na presença de obstrução urinária + dilatação do sistema 
pielocalicial: passagem de cateter uretral para alívio do 
regime de hipertensão (CATETER DUPLO J). 
O tempo de permanência depende da indicação. 
 
 
Em casos de tratamento de cálculos ureterais/renais normalmente recomenda-se 
retirar em até 15 dias. Em caso de pieloplastia deve permanecer por até 6 
semanas. O longo tempo de permanência com duplo J pode acarretar 
complicações como calcificações e infecções. Quando há necessidade de 
permanência do duplo J por longo período como em gestantes é recomendado 
que realize a troca após 6-8 semanas. 
 
Há risco de infecção urinária com sua permanência – caso 
se confirme: retirar. 
Germes comuns 
- Bactérias entéricas gram negativas (E. coli) 
 
Paciente com quadro de febre no PO de cirurgia 
geniturinária ou na qual se introduziu cateter uretral, deve-
se suspeitar de ITU. 
 
Quadro 
- Disúria 
- Calafrios 
- Polaciúria 
- Dor 
 
Pode ocorrer de maneira transitória. 
Em decorrência de: anestesia e uso de opioides. 
 
Se palpável BEXIGOMA: introduzir SONDA VESICAL DE 
ALÍVIO. 
- Excluir causas obstrutivas. 
 
Retenção prolongada – procedimentos ginecológicos: 
realizar cateterismo intermitente e fisioterapia pélvica. 
 
 
 
Ocorre principalmente em procedimentos urológicos e 
pélvicos. 
O mecanismo pode ser em decorrência de 
acometimento/lesão da inervação. 
Tratamento: medicação ou cirúrgico. 
 
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS 
Evitadas: risco cirúrgico no pré-operatório. 
Medidas terapêuticas prévias: ECG + Eco bidimensional com 
doppler. 
 
Em pacientes de ALTO risco cardiovascular: anestesia geral 
é preferível. 
 
Fatores relacionados a maiores complicações 
cardiovasculares: procedimentos de urgência e duração 
prolongada. 
 
Fatores de Risco 
- Má perfusão 
- Hipoxemia 
- Septicemia 
- Excesso de fluidos IV: falência ventricular esquerda. 
 
OBS: 
Pacientes com arritmias/doenças coronarianas ou IC: 
monitorar em UTI. 
 
Uso de Betabloqueadores 
Diminui complicações cardiovasculares, porém, aumenta 
mortalidade por AVC. 
 
20% ocorrem no intra-operatório: autolimitada. 
Comum em procedimentos torácicos. 
Incidência maior em portadores de arritmias e doenças 
cardíacas. 
 
1/3 arritmias pode ocorrer durante indução anestésica: 
causada por gases anestésicos (halotano, ciclopropano, 
drogas simpaticomiméticas). 
Toxicidade digitálica (digoxina) e hipercapnia também 
podem ser causa de arritmias. 
 
Arritmias no PO: 
Avaliar: 
- Hipopotassemia 
- Alcalose 
- Toxicidade a digitálicos 
- Estresse cirúrgico. 
OBS: podem ser a manifestação de uma isquemia do 
miocárdio. 
 
Quadro 
Maioria assintomática. 
Sintomática: 
- Dor torácica 
- Palpitação 
- Dispneia 
 
Mais comum em pacientes de cirurgia vascular. 
Fatores de Risco 
- Insuficiência cardíaca no pré-operatório 
- Isquemia pré-operatória 
- Idade > 70 anos 
 
Quadro 
- Dores torácicas 
- Hipotensão 
- Arritmia 
1/3: assintomático. 
 
 
 
OBS: lembrar que no DM o IAM é silencioso. 
 
Diagnóstico (2 dos 3): 
1. ECG alterado 
2. Enzimas cardíacas alteradas 
3. Dor típica 
 
Caso o paciente tenha história de evento isquêmico prévio 
(e atual), aguardar de 4-6 semanas para realizar 
procedimento (na possibilidade de adiar). 
 
Grupo 
- Ocorre em > 40 anos submetidos a anestesia geral 
- Excesso de fluidos IV 
 
Quadro 
- Dispneia progressiva 
- Hipoxemia com tensão normal de O2 
- Congestão pulmonar (evidenciado em Rx). 
 
COMPLICAÇÕES INTRACAVITÁRIAS 
SANGRAMENTOS: maior causa de choque nas primeiras 
24h do pós-cirúrgico. 
 
 
Ocorre comumente nas primeiras 24h. 
Quadro 
- Taquicardia 
- Hipotensão 
- Diminuição do débito urinário 
- Vasoconstrição periférica 
- Febre 
- Dor abdominal 
 
Tratamento precoce: expansão volêmica. 
Se sinais de hipovolemia persistirem: REOPERAR. 
 
 
 
Definição 
PIA > 20 + falência abdominal 
 
Diagnóstico 
Aferição de pressão intravesical. 
 
Fatores Predisponentes 
- Choque hemorrágico 
- Infusão maciça de cristaloides 
- Politransfusões 
- Grandes sangramentos abdominais 
 
Tratamento 
Se PIA > 21-25 com repercussões graves OU > 25mm Hg = 
Laparotomia descompressiva. 
 
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS 
Peristaltismo: retornam em 24h em procedimentos que 
não invadem cavidade abdominal. 
Retorno fisiológico (esperado): cólicas abdominais, 
eliminação de flatos, retorno no apetite.Após LE: peristaltismo pode retornar em 48h. 
Motilidade do delgado é pouco afetada, com exceção para 
os casos de manipulação direta dele (ressecção segmentar 
dele, anastomoses, obstrução intestinal). 
 
Opioides, eletrólitos alterados, condições inflamatórias 
(peritonite, pancreatite) podem piorar ou prolongar o curso 
do íleo adinâmico. 
Íleo adinâmico: distensão abdominal, ausência de ruídos 
hidroaéreos. – TRATAMENTO: não há terapia específica. 
Pode-se utilizar descompressão gástrica por sonda 
nasogástrica e hidratação venosa. 
 
Falência de função intestinal. 
Pode ser em decorrência da permanência/persistência do 
íleo adinâmico ou obstrução mecânica (aderências ou 
hérnias internas – geralmente manifestação TARDIA). 
 
Pacientes com obstrução mecânica podem apresentar um 
quadro de funções fisiológicas normais antes de manifestar 
os sintomas da obstrução. 
 
OBS: obstruções são amis comuns nos PO de cirurgias 
colorretais. 
 
Síndrome de Ogilvie: pseudo-obstrução colônica aguda – 
distúrbio funcional exclusivo do cólon. 
Possui as mesmas causas do íleo paralítico. 
Tratamento clínico, exceto: distensão cecal > 12cm (exame 
de imagem) – descompressão por cecostomia lateral por 
sonda ou mesmo cecostomia percutânea. 
 
10% das pancreatites agudas. 
1-3% dos pacientes com manipulação peripancreática e 
cirurgias de vias biliares. 
 
Forma necrosante de pancreatite: ocorre frequentemente 
 
 
em PO. 
OBS: a pancreatite também pode ocorrer em PO de cirurgia 
de transplante renal, cirurgia de parótida e cirurgia com 
circulação extracorpórea. 
 
Causas 
- Manipulação do órgão com trauma mecânico. 
Diagnóstico pode ser difícil. Monitorização do órgão por 
TC sequencial. 
 
Quadro 
- Icterícia leve a insuficiência hepática fulminante. 
 
População: 1% dos pacientes submetidos a anestesia geral. 
Insuficiência hepatocelular é a principal causa de icterícia 
pós-operatória (em decorrência de necrose de células 
hepáticas, inflamação ou grande ressecção do tecido 
hepático). 
- Drogas, hipotensão, hipóxia e sepse: icterícia por lesão 
parenquimatosa. 
 
TODO paciente com icterícia PO deve ser investigado – 
avaliar necessidade de abordagem cirúrgica. 
Colestase pós-hepática: aumenta risco de COLANGITE 
AGUDA e sepse. 
 
Conduta 
- Monitorar função renal (hiperbilirrubinemia pode 
acarretar em IR). 
 
Pode ocorrer em decorrência de qualquer tipo de cirurgia. 
Mais comum em procedimentos do trato gastrointestinal. 
Pode ser: química, fulminante de etiologia isquêmica. 
Colecistite aguda PO difere da colecistite aguda: forma mais 
prevalente é ACALCULOSA (70-80%), em homens. 
 
 
 
Diarreia causada pelo C. difficile é comum em ambiente 
nosocominal, principalmente em pacientes cirúrgicos. 
Risco principal é uso de ATB perioperatório. 
 
Diagnóstico 
- Presença da toxina citopática nas fezes (cultura em 
amostra/swab/retossigmoidoscopia com 
pseudomembranas). 
 
 
Prevenção 
- Medidas de higiene + minimizar uso de ATB. 
 
Tratamento 
- Metronidazol IV ou VO; Vancomicina VO (resistentes). 
 
 
 
Fatores de risco 
- Insuficiência respiratória 
- Coagulopatia 
- Infecção grave 
- Uremia 
- Hemorragia digestiva. 
 
Profilaxia: IBP. 
OBS: nos politraumatizados as úlceras de estresse recebem 
o nome de “úlcera de Cushing” e nos grandes queimados 
“úlcera de Curling”. 
 
Raros no PO. 
 
Quadro 
- Febre alta 
- Dor em HID, associado ou não a icterícia. 
 
Causas 
- Coleções diafragmáticas na manipulação do abdome 
superior; doença neoplásica intra-hepática também pode 
necrosar e evoluir com abscesso – dificilmente a etiologia é 
identificada. 
 
Tratamento 
- Drenagem percutânea minimamente invasiva com exame 
de imagem guiado. 
No caso de múltiplos abscessos: tratamento cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES DO SNC 
 
Idosos. 
Geralmente naqueles que possuem aterosclerose e 
mantem PA diminuída intra e pós OP. 
Suspeitar sempre que: déficit neurológico focal com 
duração maior que 24h. 
 
Etiologia 
- Reações adrenérgicas – taquicardia, hipertensão, 
hipotensão e hipóxia. 
 
Fatores associados 
- AVC prévio 
- Aterosclerose com obstrução carotídea parcial 
- Hipertensão arterial 
- DM 
- DPOC. 
 
Prevenção: controle da doença de base. Manter 
parâmetros adequados + controle da dor PO. 
 
OBS: pacientes idosos podem ter quadro de DELIRIUM: 
disfunção cognitiva, flutuação do nível de consciência e 
orientação temporoespacial, perda de memória e 
conversação incoerente. (mais prevalente em cirurgias 
ortopédicas por fratura de quadril). 
O quadro de delirium pode ser favorecido pela presença de 
distúrbios hidroeletrolíticos e infecções ativas. 
Tratamento do delirium: haloperidol. 
RABDOMIÓLISE 
Pode ocorrer por compressão muscular ou em reação a 
agentes anestésicos – pacientes obesos mórbidos 
submetidos a cirurgias de longa duração. 
Pode haver insuficiência renal por elevação da 
creatinoquinase. 
 
O quadro se manifesta com oligúria, coloração 
acastanhada e grumos. 
Prevenção: proteção renal (diurese forçada com hiper-
hidratação, alcalinização da urina com infusão de 
bicarbonato e uso de diurético de alça – furosemida – e 
manitol para estimulo diurético). 
 
- Rabdomiólise por síndrome compartimental de 
membros: fasciotomia descompressiva. 
 
DISFUNÇÃO SEXUAL 
Comum após: prostatectomia, cirurgia cardíaca, 
reconstrução aórtica, cirurgias pélvicas – lesão de 
ramos sacrais.

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